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APS - Direito do Trabalho Aplicado - Adv Preventiva


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Maria Vitória Pereira Esteves 
RA: 2499630 
 
FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS 
Curso de Direito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA - APS 
 
 
 
Maria Vitória Pereira Esteves – RA: 2499630 
Turma: 003208A01 
 
 
 
 
São Paulo/SP 
2022 
Maria Vitória Pereira Esteves 
RA: 2499630 
 
Interpretar e analisar através de situações concretas e hipotéticas as formas de 
contratação e as cláusulas previstas nos contratos de trabalho, a partir da jurisprudência e 
legislação vigente; Aplicar em casos reais e hipotéticos os conteúdos estudados relativos a 
estabilidades e acidente de trabalho; Reconhecer as diferentes espécies de extinção do 
contrato de trabalho, identificando as verbas rescisórias decorrentes da resolução ou 
resilição e os pedidos de reversão na Justiça do Trabalho; Distinguir assédio moral e 
assédio sexual; Aplicar adequadamente os institutos processuais estudados em casos 
concretos, envolvendo relação de emprego e relações terceirizadas. Resolver 
adequadamente questões afetas ao Direito do Trabalho Individual e Coletivo para 
assessoria empresarial. 
 
 
 
 
 
Professor (a): Vagner Patini Martins 
Aluno (a): Maria Vitória Pereira Esteves 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo/SP 
2022 
Maria Vitória Pereira Esteves 
RA: 2499630 
 
Acerca das questões levantadas pela diretoria da empresa Bitcoin Serviços 
de Informática Ltda, foram apuradas as seguintes resoluções: 
 
 
1. A empresa não possui qualquer planejamento relacionado 
a medicina e segurança do trabalho, pois, segundo orientação do Departamento de Recursos 
Humanos não há risco na atividade desenvolvida. 
Resolução: É necessário ser criado um compliance dentro da 
empresa, pois tal método traz o controle por parte da empresa sobre as questões de 
trabalho, ajudando então na questão de evitar acidentes ou questões legais por parte dos 
trabalhadores. Além do mais, a questão do compliance também ajuda em treinamentos para 
os trabalhadores acerca do serviço prestado, além da distribuição de EPI’s, ajudando a 
reduzir as probabilidades de ocorrer acidentes durante a jornada de trabalho. 
 
2. A empresa é ré em várias ações objetivando indenizações 
que apresentam como causa de pedir fática o tratamento vexatório diuturno a que são 
submetidos os vendedores e representantes comerciais que não alcançam o patamar de 
metas estabelecidos pelo supervisor que exerce as atribuições de gerência na área 
comercial, sendo que o Departamento de Recursos Humanos, ao analisar os casos informou 
a diretoria da empresa que a atitude do supervisor em presentear os vendedores com 
menor patamar de vendas com uma camiseta com a inscrição “Sou o Lanterninha do Mês”, 
não é ofensivo e que todos os vendedores melhoram sua produção nos meses seguintes. 
Resolução: Acerca do tratamento, isso se caracteriza como 
assédio moral dentro do ambiente de trabalho, pois leva os empregados a uma 
ridicularização sobre seus resultados de trabalho, algo que não pode ocorrer. Então a 
empresa deve efetuar meios de detectar este assédio moral, como proibir o ato de 
presentear os trabalhadores com a camiseta citada, observar a forma de cobrança de 
resultados e outras situações que podem acarretar problemas psicológicos aos 
trabalhadores e, por fim, gerar o assédio. 
 
3. Parte dos representantes comerciais são obrigados no 
comparecimento diário na sede da empresa, em horário determinado pelo diretor 
comercial, sendo certo que em eventual ausência o dia de trabalho é descontado das 
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RA: 2499630 
 
comissões no mês de referência, sendo que os demais somente comparecem a empresa para 
aviamento das necessidades comerciais (entrega de pedidos, recebimento de mostruários e 
recebimento de comissões), conduta esse aprovada pelo Departamento de Recursos 
Humanos da empresa. 
Resolução: Conforme os representantes recebem o dia de 
trabalho ao comparecer, a ausência deles pode ser caracterizada como falta ao expediente 
de trabalho, uma vez que o comparecimento de fato, pois cria-se a habitualidade do 
comparecimento, gerando então um dos elementos para se a caracterizar a relação de 
emprego, além do fato de que ele é insubstituível, adquirindo então a característica de 
pessoalidade juntamente. 
 
4. Todos os estagiários (cursando Administração de 
Empresas, Tecnologia da Informação e Direito) são contratados diretamente pela empresa, 
sem qualquer formalidade efetivada pelo Departamento de Recursos Humanos, a não ser o 
pagamento de vale transporte e bolsa auxílio e se ativam exclusivamente no recebimento 
dos pedidos de compras, independentemente da área acadêmica que pertençam e laboram 
oito horas diários e semanalmente são submetidos a horas extras. 
Resolução: De acordo com a lei 11.788/2008 (Lei do 
Estagiário), tais funções exercidas pelos estagiários se demonstram ilegais, uma vez que eles 
tem de efetuar atividades referentes a sua área de formação e, por efetuarem uma jornada 
de trabalho de 8 horas diárias e com horas extras, fica descaracterizado a questão de estágio 
e se torna uma relação de trabalho constituída na Consolidação das Leis do Trabalho, além 
da necessidade de que haja o Termo de Compromisso de Estágio para que conste também a 
instituição superior que o estudante/estagiário de fato não possui jornada celetista na 
empresa. 
 
5. Um dos assistentes comerciais foi denunciado por um dos 
clientes em razão de furto de numerário (o cliente apresentou vídeo contendo as filmagens 
do local onde a conduta restou comprovada), no entanto, o Departamento de Recursos 
Humanos da empresa desaconselhou a demissão sob alegação do mesmo ser detentor de 
estabilidade em decorrência de acidente do trabalho, em relação ao qual foi emitida a CAT 
(comunicação de Acidente do Trabalho) com afastamento médico de 10 dias. 
Maria Vitória Pereira Esteves 
RA: 2499630 
 
Resolução: No caso citado, o Departamento de Recursos 
Humanos veio a errar ao desaconselhar a demissão do funcionário, pois ele cometeu uma 
falta grave com provas claras acerca disso, logo não há estabilidade do mesmo e o correto 
seria a rescisão contratual. 
 
6. Os empregados da empresa, com exceção dos Diretores e. 
gerente e supervisores recebem em média valor de R$ 4.500,00, valor esse fruto do 
percentual de comissão das vendas realizadas, além de valor fixo de R$ 2000,00 o 
Departamento de Recursos Humanos, orientou a empresa, no sentido que a fixação de 
pagamento de parcela salarial fixa desonera a empresa de qualquer reflexo ou integração 
em relação aos valores comissionais. 
Resolução: Segundo luz do artigo 457, §1ª da CLT, tais 
valores de comissões pagas pelo empregador são efetivamente parte do salário, logo o 
Departamento de Recursos Humanos errou ao orientar em contrário da lei, gerando uma 
infração direta a Consolidação das Leis do Trabalho.