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CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS-AFYA COORDENAÇÃO DE MEDICINA TIC’S SOI III KAILA SÂMY OLIVEIRA SOARES TIC’S SEMANA 04: EXAMES INDUTORES DE ISQUEMIA Porto Velho-RO 2024.1 KAILA SÂMY OLIVEIRA SOARES TIC’S SEMANA 04: EXAMES INDUTORES DE ISQUEMIA Atividade apresentada a SOI III do curso de Medicina do Centro Universitário São Lucas como requisito parcial a obtenção de nota para compor a modalidade de TIC’S conforme a semana vigente. Docente: Profº. Esp. Douglas Smith Porto Velho-RO 2024.1 S04: “EXAMES INDUTORES DE ISQUEMIA” I. “Qual o motivo da utilização destes procedimentos na prática clínica?” Os exames indutores de isquemia miocárdica (EIM) assumem um papel crucial no diagnóstico e acompanhamento de pacientes com doença arterial coronariana (DAC), tanto sintomática quanto assintomática. Através da avaliação da resposta do coração a diferentes estímulos, esses testes fornecem informações valiosas sobre a perfusão miocárdica, permitindo a detecção de áreas isquêmicas e a estratificação do risco cardiovascular. Alguns exemplos de EIM comumente utilizados: O teste ergométrico, o qual envolve caminhar em uma esteira ou pedalar em uma bicicleta ergométrica enquanto seu coração é monitorado por um ECG; ecocardiograma, que usa ondas sonoras para criar imagens do coração; teste de estresse ou repouso nuclear, este teste usa radioisótopos para visualizar o fluxo sanguíneo para o coração; cintilografia de perfusão miocárdica, usa radioisótopos para visualizar a perfusão do miocárdio e tomografia computadorizada por emissão de pósitrons (PET): este teste usa radioisótopos para visualizar o metabolismo do miocárdio. Diversos estudos demonstram a utilidade dos EIM na detecção de isquemia miocárdica. O estudo Framingham, por exemplo, acompanhou mais de 5.000 indivíduos por 20 anos e observou que alterações no ECG de repouso estavam associadas a um aumento significativo do risco de IAM e morte cardiovascular. Os EIM podem ser utilizados para: diagnosticar DAC, a isquemia induzida por testes como o ergométrico ou a cintilografia miocárdica indica a presença de DAC; estratificar o risco, a severidade e a extensão da isquemia miocárdica identificadas nos EIM ajudam a determinar o risco de eventos cardiovasculares futuros; monitorar a progressão da doença, EIM periódicos permitem avaliar a progressão da DAC e a efetividade do tratamento; guida terapêutica, os resultados dos EIM podem auxiliar na escolha do tratamento mais adequado para cada paciente, como medicações, angioplastia ou cirurgia cardíaca. Embora os EIM sejam ferramentas valiosas, alguns desafios e considerações devem ser ponderados, como, a especificidade, onde nem todas as alterações nos EIM indicam necessariamente DAC. Fatores como idade, sexo, nível de atividade física e outras comorbidades podem influenciar os resultados, além disso, os riscos e contraindicações em alguns EIM, como o teste ergométrico, podem apresentar riscos e contraindicações para determinados pacientes. REFERÊNCIAS BASSAN, R. et al. Sociedade Brasileira de Cardiologia. I Diretriz de dor torácicana sala de emergência. Definição de graus de recomendação e níveis deevidência. Arq Bras Cardiol, v. 76, n. supl II, 2002. CARESTIATO, L. Doença Coronária Assintomática e Roteiro para a Prática de Exercícios Físicos. Rev SOCERJ, v XII n. 4, p. 4, 1999. American College of Cardiology. ACC/AHA/HRS 2014 Guideline for the Management of Patients with Atrial Fibrillation: A Report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines and the Heart Rhythm Society. Journal of the American College of Cardiology, v. 64, n. 22, p. e1-e76, 2014. Lopes, R. B., & Machado, A. B. M. (2014). Eletrocardiograma: princípios e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. Balady, G. J., & Fletcher, G. F. (2010). Clinical exercise testing. Philadelphia: Saunders Elsevier. Henkin, R. E., & Iskandrian, A. S. (2012). Nuclear cardiology: principles and practice. Philadelphia: Saunders Elsevier. Lang, R. M., Badano, L. P., Mor-Avi, V., et al. (2015). Recommendations for cardiac chamber quantification by echocardiography in adults: an update from the American Society of Echocardiography and the European Association of Echocardiography. Journal of the American Society of Echocardiography, v. 28, n. 1, p. 1-39. Jankharia, B., & Nagel, E. (2014). Cardiovascular magnetic resonance: principles and practice. Philadelphia: Saunders Elsevier. CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS-AFYA COORDENAÇÃO DE MEDICINA TIC’S SOI III