Prévia do material em texto
Complicaçõe� Diabética� Formação de produtos finais de glicação avançada - Resultam das reações não enzimáticas entre os precursores dicarbonil derivados da glicose (glioxal, metilglioxal e 3-deoxyglicosona) com os grupos amino das proteínas intracelulares e extracelulares. - O AGE se liga a um receptor específico (RAGE), que é expresso nas células inflamatórias (macrófagos e células T), no endotélio e no músculo liso vascular. - Efeitos: Libertação de citocinas e fatores de crescimento, incluindo o fator de crescimento transformante β (TGF-β), o qual leva à deposição de excesso de material de membrana basal e do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), envolvido na retinopatia diabética. Geração de espécies reativas de oxigênio (ROS) em células endoteliais. Aumento da atividade pró-coagulante em células endoteliais e macrófagos. Proliferação aumentada das células musculares lisas vasculares e síntese da matriz extracelular. - Os AGES podem interagir com as proteínas da matriz extracelular. Essa ligação pode atingir o colágeno tipo I diminuindo sua elasticidade, promovendo o estresse e a lesão endotelial, evoluindo para um depósito de proteínas. Dessa forma, o aprisionamento de LDL nos grandes vasos, acelerando o depósito de colesterol na parede íntima, provocando uma aterogênese. Ativação da proteína cinase C - Importante na transdução de sinais. - A hiperglicemia intracelular estimula a síntese de novo de diacilglicerol (DAG) a partir de intermediários glicolíticos, levando, portanto, à ativação excessiva da PKC. - Efeitos: produção de VEGF, TGF-β e da proteína pró coagulante inibidor do ativador do plasminogênio 1 (PAI-1) pelo endotélio vascular. Contribuindo para a microangiopatia diabética. Estresse oxidativo e distúrbios na via de polióis - A hiperglicemia persistente no meio extracelular leva ao aumento da glicose intracelular. Esse excesso de glicose é metabolizado pela enzima aldose redutase a sorbitol, um poliol, e eventualmente a frutose, em uma reação que usa o NADPH (a forma reduzida da nicotinamida dinucleotídeo fosfato) como um cofator. - O NADPH também é requerido pela enzima glutationa redutase na reação que regenera a glutationa reduzida (GSH). GSH é um dos mecanismos antioxidantes importantes na célula, e qualquer redução em GSH aumenta a suscetibilidade celular ao ROS. A acumulação de sorbitol no cristalino contribui para a produção de catarata. Vias de Hexosaminas e geração de frutose-6-fosfato - O fluxo induzido por hiperglicemia através da via de hexosamina aumenta os níveis intracelulares de frutose-6-fosfato, que é um substrato para a glicosilação de proteínas, levando à geração de proteoglicanos em excesso. Tais alterações de glicosilação se fazem acompanhar por expressão anormal de TGFβ ou de PAI-1, que ainda agravam o dano do órgão-alvo. - Produto: UDP-GlcNAc. Alterações crônicas do diabetes mellitus - Complicações macrovascular: disfunção endotelial, aterosclerose acelerada, infarto do miocárdio, gangrena dos membros inferiores, aterosclerose hialina. - Microangiopatia diabética: espessamento difuso das membranas basais. Os capilares diabéticos são mais permeáveis às proteínas plasmáticas do que os normais. A microangiopatia é a base do desenvolvimento da nefropatia, da retinopatia e de algumas formas de neuropatia diabética. - Nefropatia diabética: Três lesões são encontradas - lesões glomerulares; lesões vasculares renais, principalmente arteriosclerose; pielonefrite, incluindo papilite necrotizante. - Microvascular: espessamento generalizado da membrana basal capilar glomerular (GBM). Esclerose mesangial difusa (essa lesão consiste no aumento difuso da matriz mesangial). Glomerulosclerose intercapilar ou doença de Kimmelstiel-Wilson. As lesões glomerulares assumem a forma de nódulos de matriz, ovoides ou esféricos, frequentemente laminados, situados na periferia do glomérulo. Nefroesclerose.