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D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANÇAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 37 AULA 2 Finanças Públicas para AFRF Olá alunos e alunas! Recebi algumas mensagens no fórum de dúvidas referentes à primeira aula em que os alunos me perguntavam a respeito da extensão das aulas bem como o conteúdo presente. A esse respeito gostaria de dizer a vocês que as mesmas aulas estão estruturadas de forma a cobrir por completo todo e qualquer ponto que eventualmente possa estar presente nas questões da prova de Auditor. Ocorre que neste momento de edital publicado não há que se falar em divagar sobre temas e assuntos que não são relevantes ao estudo, especialmente porque a objetividade, em função até mesmo de todas as matérias presentes no edital, é condição essencial para o aproveitamento do curso. Ressalto apenas que em hipótese alguma deixaremos passar qualquer tópico que esteja relacionado ao conteúdo abordado pelo edital e que possa ser tema presente no certame. Por tudo isso, digo a vocês que façam a parte mais importante, estudem cada detalhe da aula e, na ocorrência de toda e qualquer dúvida, não se furtem a esclarecê-la por meio do fórum. A nossa aula de hoje versará sobre os tipos de tributos, não no sentido da espécie destes (impostos, taxas, contribuições), mas sim de que forma se dá a incidências destes sobre os agentes econômicos e sobre os bens e serviços produzidos em uma economia. Veremos nesta aula que o somatório de tributos, e não somente de impostos, constitui o que definimos por carga fiscal de um país, que de fato pode ter características de progressividade, regressividade ou mesmo neutralidade sobre os seus impactos sobre a economia como um todo. Destaco ainda nesta introdução um aspecto peculiar às questões de Finanças Públicas. Tem-se evoluído para a cobrança de questões interpretativas, o que nos obriga a ater-se à análise do contexto em que a pergunta é feita, de tal forma que D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANÇAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 38 acabemos por não cair na interpretação equivocada do seu texto. Sendo assim, ressalto, muita atenção na interpretação, ok? Vai aí o último comentário, já abrindo o estudo da aula: O que se deseja para um sistema tributário é o exercício de verificação de qual seria a carga fiscal dita ótima, ou seja, que maximizaria o recolhimento de tributos pelo Estado e, ao mesmo tempo, minimizaria os impactos distorcivos sobre a sociedade. Um grande abraço! Francisco D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANÇAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 39 Conceituação do Impostos em Diretos e Indiretos Iniciamos nossa análise diferenciando os chamados impostos diretos e indiretos, que possuem como característica principal a forma de incidência sobre os contribuintes. Impostos Diretos e Indiretos A diferenciação entre os impostos diretos e indiretos está associada à possibilidade de transferência do seu ônus a terceiros ou não. Impostos diretos Os impostos diretos são aqueles que incidem diretamente sobre a renda e o patrimônio de pessoas físicas e jurídicas. Os exemplos mais comuns de impostos diretos são o IPTU – Imposto Territorial Urbano, IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores e o IR – Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer natureza. Vale destacar que os impostos diretos não configuram transferência do ônus tributário aos demais contribuintes. Entende-se assim que os impostos diretos são aqueles em que a tributação incide de uma vez só, diretamente sobre o destinatário final da espécie de tributo. Impostos Indiretos Os impostos indiretos são aqueles em que a pessoa responsável pela arrecadação arca, em parte, com o ônus tributário. Estes impostos incidem diretamente sobre a produção de bens e serviços da economia. Exemplos de impostos indiretos são o ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços e o IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados. D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANÇAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 40 Cabe destacar que os impostos incidentes sobre a produção são aqueles repassados até o consumidor final, ao todo ou em parte, de acordo com o mercado tributado (concorrencial, monopolizado, etc), através da cadeia produtiva de agregação de valor. Uma questão importante refere-se aos chamados subsídios. Estes representam uma ajuda governamental para que a produção de bens e serviços seja vendida a um valor em que o bem ou serviço produzido tenha o seu preço inferior aos custos de produção. Destaca-se assim que os subsídios tendem a minimizar os impactos dos impostos indiretos sobre o sujeito passivo do ônus tributário. Destaca-se ainda que os impostos indiretos podem ser cobrados como sendo um valor único (ad rem), chamado de imposto específico, ou como uma alíquota sobre o valor da transação, conhecidos como impostos ad valorem. Um exemplo de imposto ad valorem é o referente ao ICMS, que é um percentual sobre o valor do bem ou da transação. Já um bom exemplo de imposto específico é o IPI sobre a produção de cigarros, que possui valor fixo por cada carteira de cigarros produzida. Impostos Progressivos, Regressivos, Neutros ou Proporcionais A incidência dos impostos sobre a sociedade, sejam eles diretos ou indiretos, tem como fim promover a chamada realocação da renda, ou seja, na medida em que se ganha mais, se paga mais. Isto seria um mundo ideal, mas que, infelizmente não acontece, especialmente se levarmos em conta a atual estrutura tributária brasileira. A diferenciação dos impostos entre progressivos, regressivos e neutros ou proporcionais está associada à forma de incidência destes sobre a renda da sociedade. D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANÇAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 41 Impostos Progressivos Os Impostos progressivos são aqueles que a medida que a renda aumenta, o percentual de imposto cobrado aumenta em uma proporção maior do que o aumento ocorrido na própria renda. Esta afirmação diz na verdade que a razão entre imposto e renda é crescente. Trata-se da noção, quem ganha mais paga mais (proporcionalmente ao salário). O Imposto de Renda representa muito bem o chamado imposto progressivo. De acordo com a tabela divulgada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, ano calendário 2009, quem recebe até R$ 1.434,59 é isento de tributação do imposto. Já quem recebe entre R$ 1.434,60 e R$ 2.150,00 é tributado em 7,5% no que exceder R$ 1.434,60. Quem recebe entre R$ 2.150,00 e R$ 2.866,70 é tributado em 15% no que exceder o valor de R$ 2.150,00. Adicionalmente, quem recebe entre R$ 2.866,71 e R$ 3.582,00 será tributado em 22,5% no que exceder R$ 2.866,71. Finalmente, quem recebe acima de R$ 3.582,00 será tributado em 27,5%. Destaca- se apenas, para fins de conformidade, que para cada uma das faixas de incidência existe a parcelaredutora do imposto devido. Os impostos progressivos estão diretamente relacionados ao conceito de impostos diretos, ou seja, recaem diretamente sobre o contribuinte final. Menciona- se ainda que os impostos progressivos contribuem para a melhor distribuição da renda, possibilitando assim o atendimento de uma das funções governamentais. Vejamos um simples gráfico ilustrativo do chamado imposto progressivo: Relação Imposto/Renda (em reais) Renda (Y) Imposto Progressivo D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANÇAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 42 Os impostos progressivos são considerados como sendo impostos anticíclicos, ou seja, na medida que a economia vai mal, ou seja, a renda agregada diminui, o resultado é a maior concentração da renda em faixas de alíquotas menores de incidência deste imposto direto, levando assim a uma minimização do efeito do decréscimo da renda gerada na economia. De forma contrária, com o crescimento da renda, passa a ocorrer uma maior concentração da renda da sociedade em faixas de incidência de alíquotas maiores de impostos. A idéia é a de que um maior número de pessoas passam a ter a maior parte da sua renda tributada na faixa dos 27,5%. Impostos Regressivos Os Impostos regressivos são aqueles em que a medida que a renda aumenta, a carga do imposto diminui proporcionalmente à renda. Um exemplo de imposto regressivo são os chamados impostos indiretos, caracterizados como os impostos incidentes sobre as cadeias de produção de bens. Estes acabam por não diferenciar quem é o comprador final do bem ou serviço produzido. Destaca-se apenas que os impostos diretos também podem ser considerados progressivos, desde que as alíquotas imputadas, como no caso do IR, diminuam em função do crescimento da renda. Vamos então a um exemplo que melhor exemplifica a relação entre os impostos regressivos e os impostos indiretos: Dois indivíduos com diferentes níveis de renda decidem comprar bens iguais. Imaginemos que o IPI incidente sobre o determinado bem seja de 15% e que o preço de venda desse bem seja de R$ 500,00. O imposto embutido no valor do bem é de R$ 75,00 (R$ 500,00 * 0,15). Para uma pessoa “A”, que recebe R$ 2000,00, o percentual pago de imposto perante a renda do indivíduo é de 3,75%. D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANÇAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 43 No caso de uma pessoa “B”, que recebe R$ 1000,00, o percentual pago de imposto é de 7,5%. Esta característica destaca bem o grau de regressividade do imposto. Em situações na qual o ônus do imposto é considerado regressivo, a distribuição da renda tende a se tornar pior, em direção à concentração desta nas mãos dos que ganham mais. Vejamos o gráfico quem demonstra a relação entre o imposto cobrado e a renda do consumidor. Destaca-se ainda que os impostos regressivos são considerados pró-cíclicos, de tal forma que a medida que cai a renda da economia, aumenta a base de cálculo do ônus tributário sobre aqueles que ganham menos. Impostos Proporcionais ou Neutros Os impostos proporcionais ou neutros são representados pelos impostos que mantêm uma relação constante entre a alíquota de cobrança e a renda. Dessa maneira, na medida em que a renda aumenta, o imposto devido (unidades monetárias), e não o percentual deste em relação à renda, aumento na mesma proporção. Um imposto neutro pode ser obtido através da tributação por meio de uma alíquota única para a renda de cada trabalhador. Senão vejamos: Alíquota de 15% sobre a Renda; Renda indivíduo A = R$ 2000,00; Renda indivíduo B = R$ 5.000,00; Relação Imposto/Renda (em reais) Renda (Y) Imposto Regressivo D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANÇAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 44 Imposto devido por A = 15% de R$ 2000,00 = 300,00 Imposto devido por B = 15% de R$ 5.000,00 = 750,00 Percentual de Imposto pago por A = 300/2000 = 15% Percentual de Imposto pago por B = 750/5000 = 15% A proposição de um IR em que a alíquota seja a mesma independente da faixa de renda, representa o caso típico de proporcionalidade. Vale mencionar que não estamos falando de valores absolutos recolhidos aos cofres públicos, mas sim o percentual (relativo) do imposto sobre a renda. Anota-se ainda que os impostos proporcionais não alteram a distribuição da renda na sociedade. Vamos a um exemplo: X ganha R$ 2.000,00 e paga 10% de imposto = R$ 200,00; Y ganha R$ 10.000,00 e também paga 10% de imposto = R$ 1000,00. Veja que se calcularmos o valor relativo do imposto sobre a renda, teremos a chamada neutralidade ou proporcionalidade mantida. Relação (Imposto recolhido/renda) de X = 200/2000 = 10% Relação (Imposto recolhido/renda) de Y = 1.000/10.000 = 10% Relação Imposto/Renda (em reais) Renda (Y) Imposto Neutro ou Proporcional D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANÇAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 45 Importante lembrar que os impostos neutros atendem ao princípio teórico da tributação que afirma que o impacto da tributação não deve provocar uma re- alocação dos recursos econômicos, a partir da alteração dos preços relativos entre estes. Finalmente, destaca-se que os impostos proporcionais não são considerados pró ou anti-cíclicos, tendo o seu ônus atuando literalmente de forma neutra. Adendo: Impostos Seletivos Os chamados impostos seletivos são representados por impostos que visam desestimular a produção de bens considerados prejudiciais à população. Trata-se pois dos chamados bens não meritórios. O IPI sobre cigarros e bebidas é considerado um imposto seletivo. Por meio deste imposto ad rem, ou seja, tributando-se por meio de um valor específico, busca- se inibir o consumo do produto. Cabe apenas ressaltar que a simples aplicação deste imposto tende a tornar regressivo o sistema tributário, dado que itens como cigarros e bebidas são consumidos por todas as classes sociais e que, desta forma, aqueles que ganham menos pagarão um imposto maior em proporção de sua renda em função do consumo destes mesmos bens. Outra forma de imposto seletivo refere-se ao imposto sobre grandes fortunas, previsto mas ainda não regulamentado. Este tipo de imposto tende, ao contrário do IPI sobre o cigarro, a tornar o sistema tributário progressivo, uma vez que subentende-se que pessoas proprietários de grandes fortunas são aquelas com maiores capacidade contributivas. Adiciona-se ainda a questão de que com o imposição do imposto sobre grandes fortunas, o governo garante a geração de receita extra com fins de garantir fonte complementar de financiamento das políticas assistencialistas desenvolvidas. D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANÇAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 46 Conclui-se assim que não que se falar que os impostos seletivos são progressivos ou regressivos,apenas sendo válida esta vinculação caso seja aplicado a cada tipo de análise (IPI sobre cigarros, imposto sobre grandes fortunas, etc). Passemos agora a resolução de algumas questões que abordaram os conceitos até agora desenvolvidos, retornando depois ao estudo da formatação da carga tributária e fiscal. D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANÇAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 47 Questões de Provas Anteriores: 15 – (AFTN/STN – ESAF/1996) Escolha, dente as opções abaixo, a definição correta de tributos diretos. a) Tributos para os quais os contribuintes podem transferir total ou parcialmente o ônus da contribuição a terceiros. b) Tributos que gravam um ato, ou fato, ou objeto, cobrados em virtude de tarifas impessoais e que recaem sobre certos fatos intermitentes. c) Tributos cujos contribuintes são os mesmos indivíduos que arcam com o ônus da respectiva contribuição. d) Tributos que oneram as transações referentes ao movimento e à utilização dos bens ou serviços produzidos em uma economia. e) Tributos que podem ser transferidos pelo contribuinte para outra pessoa e que, por sua vez, os transferirá ou os suportará em definitivo. 16 - (AFRF/SRF – ESAF/2000) O governo não só arrecada impostos, mas também devolve parte deles sob a forma de transferências e subsídios. Segundo os textos usuais de Finanças Públicas, identifique a opção correta. a) Os impostos indiretos incidem sobre a renda ou a propriedade. b) O imposto de renda é exemplo de imposto indireto e de tributo federal. c) Subsídios podem ser considerados impostos indiretos com o sinal negativo. d) Transferências são impostos indiretos com o sinal positivo. e) Os impostos diretos incidem sobre os preços dos bens e serviços. 17 – (AFTN/STN – ESAF/1998) As receitas tributárias podem ser classificadas em tributos diretos e indiretos. Afirma-se que os tributos: a) indiretos podem ser ad valorem, com alíquota fixa sobre o bem; b) indiretos incidem sobre a renda das pessoas; c) diretos são específicos, com valor fixo em unidades monetárias, independente do valor do bem; d) indiretos são mais justos ou equânimes do ponto de vista fiscal; D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANÇAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 48 e) diretos incidem sobre os preços das mercadorias. 18 – (AFRF/SRF – ESAF/2003) A forma como são estruturados os sistemas tributários determina o impacto dos impostos tanto sobre o nível de renda como sobre a organização econômica. Quanto ao aspecto de afetar a distribuição de renda, não se pode afirmar que: a) os impostos indiretos aumentam a desigualdade na distribuição do produto nacional. b) a implantação de um sistema tributário em que todos pagam 7% de sua renda como imposto caracteriza um sistema proporcional. c) os impostos diretos, tais como o ICMS e o IPI, que não incidem sobre a renda, mas sobre o preço das mercadorias, são impostos regressivos. d) com impostos regressivos, os segmentos sociais de menor poder aquisitivo são os mais onerados. e) a estrutura tributária, baseada em impostos progressivos, onera proporcionalmente mais os segmentos da sociedade de maior poder aquisitivo. 19 – (AFRF/SRF – ESAF/2000) Sabendo-se que o imposto seletivo é um tributo que incide apenas sobre alguns bens, identifique a opção falsa. a) Um imposto seletivo pode ser empregado como fonte adicional de receita geral para complementar outros impostos, quando o custo de arrecadação na cobrança desses impostos é elevado. b) Um imposto seletivo pode ser empregado para “desestimular” o consumo de certos bens considerados prejudiciais à saúde e à sociedade. c) Um imposto seletivo pode ser justificado como um tipo de tributação direta de acordo com o benefício. d) O imposto seletivo pode ser aplicado ao produto de determinadas indústrias, de modo a conter a poluição ambiental. e) O imposto seletivo pode ser utilizado para reforçar a progressividade da estrutura fiscal. D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANÇAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 49 20 - (APO/MPOG – ESAF/2002) Com base nos sistemas de tributação, aponte a opção falsa. a) Em um sistema de impostos proporcionais, a alíquota média é menor que a alíquota marginal. b) Em um sistema de impostos proporcionais, as alíquotas marginal e média dos impostos permanecem as mesmas quando a renda se eleva. c) Em um sistema de impostos regressivos, a alíquota média é maior que a alíquota marginal. d) Em um sistema de impostos regressivos, as alíquotas marginal e média dos impostos reduzem-se quando a renda se eleva. e) Em um sistema de impostos progressivos, as alíquotas marginal e média dos impostos aumentam quando a renda se eleva. 21 – (APO/MPOG – ESAF/2008) Os sistemas de tributação diferenciam-se entre si de acordo com o tratamento tributário dado às diversas camadas de renda da sociedade. Com relação aos sistemas de tributação, identifique a única opção correta. a) O sistema de imposto progressivo tem a característica básica de tributar mais fortemente as camadas mais baixas de renda. b) A aplicação de um sistema de imposto proporcional altera o padrão da distribuição de renda da sociedade. c) A aplicação de um sistema de imposto progressivo não altera o padrão da distribuição de renda da sociedade. d) No sistema regressivo, o percentual do imposto pago diminui com o aumento do nível de renda. e) No sistema proporcional, o percentual de imposto a ser pago depende do nível de renda. 22 – (AFC/STN – ESAF/2008) No que se refere à tributação, o conceito de eqüidade remete à idéia de justiça social, ou seja, os indivíduos pagarão mais ou menos tributos conforme suas características. Nesse contexto, é incorreto afirmar: D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANÇAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 50 a) o princípio do benefício defende que a carga tributária deve ser diretamente proporcional ao benefício que o agente aufere. De maneira simples, quanto maior for a utilidade atribuída ao bem público, maior será a propensão em pagar os tributos. b) verticalmente, os impostos podem ser progressivos quando a proporção de tributos sobre a renda aumenta à medida que a renda se eleva. c) a idéia de tributar, segundo a capacidade de contribuição, refere-se a tributar cada indivíduo de acordo com sua renda, mantendo o princípio da eqüidade. d) verticalmente, os impostos podem ser regressivos quando os contribuintes, com a mesma capacidade de pagamento, arcam com o mesmo ônus fiscal. e) existe eqüidade horizontal quando os indivíduos que possuem a mesma renda pagam a mesma quantidade de tributos. Por sua vez, existe eqüidade vertical quando quem ganha mais paga mais. 23 – (APO/Séc. Fazenda SP – ESAF/2009) Por política fiscal, entende-se a atuação do governo no que diz respeito à arrecadação de impostos e aos gastos públicos. Com relação à tributação, não é correto afirmar: a) os tributos específicos e ad valorem são exemplos clássicos de impostos diretos. b) o sistema tributário é dito progressivo quandoa participação dos impostos na renda dos indivíduos aumenta conforme a renda aumenta. c) o sistema tributário é considerado proporcional quando se aplica a mesma alíquota do tributo para os diferentes níveis de renda. d) a aplicação de um sistema de imposto regressivo afeta o padrão de distribuição de renda, tornando-a mais desigual. e) conforme aumenta a renda dos indivíduos e a riqueza da sociedade, aumenta a arrecadação de impostos diretos. D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANÇAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 51 Gabarito Comentado: Questão 15: letra “c”. a) Tributos Indiretos b) Imposto Indireto. d) Impostos Indiretos. e) Tributos Indiretos. Questão 16: letra “c”. No cálculo da riqueza gerada no processo econômico, caracterizada pelo PIB, tem em seu resultado a adição dos impostos indiretos e a subtração dos subsídios, normalmente utilizados pelo governo para estimular a produção de bens ou serviços que são de importância ímpar à sociedade ou mesmo que tem o seu custo de produção superior ao preço de venda no mercado. Entende-se assim que os subsídios são considerados impostos indiretos com sinal negativo. Menciona-se apenas, no caso da assertiva “d”, que as transferências correspondem ao repasse de recursos feitos pelo governo diretamente à consumidores (bolsa família, etc). Questão 17: letra “a”. b) diretos incidem sobre a renda de pessoas. c) indiretos são específicos... d) diretos são mais justos... e) indiretos incidem... Questão 18: letra “c”. c) Os impostos indiretos, tais como ICMS e o IPI... D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANÇAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 52 Questão 19: letra “c”. O imposto seletivo, tal como o imposto sobre grandes fortunas, é medido pela capacidade de pagamento. Observação: letra “a” e “e” a) De fato, quando o custo de arrecadação com outros impostos é elevado, o imposto seletivo, que recai somente sobre alguma transação ou indivíduo, pode representar uma fonte adicional de receita. e) Do mesmo modo, o imposto seletivo pode ser utilizado para reforçar a progressividade, desde que recai nos moldes do destacado na explicação da alternativa “a”. Questão 20: letra “a” a) Em um sistema de impostos proporcionais a alíquota média é igual a alíquota marginal. Questão 21: letra “d” Trata-se da própria definição do sistema regressivo. Questão 22: letra “d” d) verticalmente, os impostos podem ser regressivos quando os contribuintes, com a diferente capacidade de pagamento, arcam com um diferente ônus fiscal, pagando menos proporcionalmente a sua renda. Questão 23: letra “a” a) os tributos específicos e ad valorem são exemplos clássicos de impostos indiretos. D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANÇAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 53 Carga Fiscal: Progressividade, Regressividade, Neutra, Carga Fiscal Ótima A carga fiscal correspondente ao somatório de toda tributação imposta à sociedade relativamente ao total de riquezas geradas pelo país. Trata-se pois da relação existente entre Receita Fiscal e o PIB. Segundo a Comissão Econômica para a América Latina – CEPAL, existe uma pequena diferença entre Carga Fiscal e Carga Tributária. No caso da primeira, além de incluídos os impostos, taxas e contribuições de melhoria, que correspondem à carga tributária, inclui-se também as contribuições fiscais e parafiscais, tais como a CIDE e a Contribuição para fins de Seguridade Social. A princípio entendemos que tal definição é válida, especialmente porque a própria classificação da receita orçamentária, objeto de aula futura, diferencia as receitas em tributárias e receitas de contribuições. Destaca-se apenas que na maior parte das questões de concurso não existe tal diferenciação, motivo pelo qual devemos ter atenção ao abordarmos uma questão que verse sobre tal assunto. O objetivo da imposição do ônus fiscal é o de financiar a atividade governamental, consubstanciada nas suas funções de alocação, distribuição, estabilização e regulação do processo econômico. A estrutura tributária, bem como o seu grau de incidência sobre a riqueza gerada no país, está diretamente relacionada à composição dos tributos incidentes. Carga Fiscal Progressiva O sistema tributário com carga fiscal progressiva é aquele em que a medida que a renda cresce, a carga fiscal cresce mais do que proporcionalmente ao crescimento da renda. O objetivo deste sistema é o de promover a melhoria da distribuição na renda da sociedade, tributando mais aqueles que ganham mais. Pode-se afirmar ainda que quando a carga fiscal é progressiva, o acréscimo marginal (adicional) da incidência fiscal é maior do que a carga média da mesma D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANÇAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 54 incidência. Vejamos como isso ocorre, utilizando-se do IR que é um imposto progressivo: Fonte: site da SRF Base de cálculo mensal em R$ Alíquota % Parcela a deduzir do imposto em R$ Até 1.434,59 - - De 1.434,60 até 2.150,00 7,5 107,59 De 2.150,01 até 2.866,70 15,0 268,84 De 2.866,71 até 3.582,00 22,5 483,84 Acima de 3.582,00 27,5 662,94 Perceba que na faixa de renda entre R$ 2.150,01 e R$ 2.866,70 a alíquota cobrada de IR é de 15%. Com o recebimento de renda adicional, ou seja, o que exceder o valor de R$ 2.866,71, a renda será tributada em 22,5%. Veja assim que a alíquota media é de 15% mas a marginal é de 22,5%. Carga Fiscal Regressiva O sistema tributário com carga fiscal regressiva é aquele em que a medida que a renda cresce, a carga fiscal cresce menos do que proporcionalmente ao crescimento da renda. Destaca-se ainda que a regressividade tende a piorar a distribuição da riqueza gerada na economia, uma vez que aqueles que ganham mais pagam menos proporcionalmente as suas rendas. Destaca-se ainda que, no caso da regressividade, o aumento marginal da carga fiscal é inferior a carga fiscal média cobrada em função do aumento da renda. Carga Fiscal Neutra ou Proporcional Finalmente, no caso do sistema tributário proporcional ou neutro, a carga fiscal cresce na mesma proporção do aumento da renda. Neste caso a alíquota marginal é igual à alíquota média cobrada, uma vez que ocorram aumentos na renda da sociedade. D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANÇAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 55 Assim como o disposto na análise dos impostos, verifica-se que uma carga fiscal proporcional atende diretamente ao princípio teórico da neutralidade, não alterando a alocação dos recursos econômicos. Diante destes conceitos e agregando-se os conhecimentos das aulas anteriores, podemos afirmar que em um regime de Carga Fiscal Progressiva, pagam mais aqueles que ganham mais. A carga fiscal progressiva tende a minorar as desigualdades econômicas, na medida em que ocorre uma redistribuição darenda gerada na economia. Um dos impactos negativos de uma Carga Fiscal Progressiva, a ser analisado por nós nas próximas aulas, é o de que os trabalhadores decidirão ofertar menos trabalho (não querem aumentar mais a sua renda), pois pagarão uma carga tributária cada vez maior1. De forma inversa, diante de uma Carga Fiscal Regressiva, acabam por pagar mais aqueles que recebem menos, acentuando as desigualdades econômicas no país. Diante de uma Carga Fiscal Regressiva, ocorre um estímulo ao trabalho, pois a medida que aumenta a renda, a tributação aumenta em um percentual menor do que a própria renda. Trata-se de uma dicotomia existente diante de um sistema tributário perverso. Conforme já verificado, no caso de uma Carga Fiscal Neutra, as decisões de alocação de recursos não se alteram, uma vez que a Carga Fiscal imposta à sociedade é proporcional à renda, permanecendo constante a oferta de trabalho pelos trabalhadores. Carga Fiscal Ótima – A curva de Laffer Independentemente do aspecto referente à estrutura tributária do país, é importante identificar qual seria o nível de carga fiscal que maximiza a arrecadação 1 Isto ficará demonstrado quando estudarmos os efeitos do excesso da cobrança de tributos. D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANÇAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 56 de recursos pelo Estado e, ao mesmo tempo, torna o sistema tributário equitativo e neutro, não causando interferência nas decisões dos agentes econômicos. O simples aumento das alíquotas dos tributos pode não levar ao aumento da receita, mas sim a queda da arrecadação. Esse fenômeno ocorre devido ao fato de que fica muito custoso aos trabalhadores oferecerem trabalho, já que parte representativa de sua renda é transferida diretamente ao governo. Esta constatação foi inicialmente abordado por Laffer, famoso economista americano que procurou demonstrar a existência de um nível ótimo de carga fiscal que maximizaria a arrecadação tributária e, ao mesmo tempo, não desestimularia o chamado trabalho formal. A curva de Laffer mostra que quando a alíquota é relativamente baixa, existe uma relação direta entre a alíquota e a arrecadação. De acordo com Laffer, existe uma alíquota ótima de arrecadação – a chamada carga fiscal ótima -. Entretanto, a partir de determinado nível de carga fiscal, qualquer elevação adicional resultará numa diminuição da arrecadação global, devido a provável evasão (sonegação) fiscal e ao desestímulo sobre os negócios em geral. Alguns aspectos e considerações devem ser feitos quanto à estrutura e distribuição do ônus tributário. Para a reestruturação da carga fiscal e conseqüente melhoria nos níveis de distribuição da renda, é importante que os recursos gerados sejam originados da Carga Fiscal que maximiza a arrecadação. Alíquota Média 0% 30% 50% 70% 100% Total da arrecadação D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANÇAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 57 tributação de bens e serviços de consumo das classes de maior nível de renda, especialmente aqueles de uso suntuário ou de luxo. Uma tributação progressiva sobre a propriedade (residências e automóveis de luxo, barcos, aviões) também contribuiria para melhorar o perfil distributivo. Um balanceamento destas formas de tributacão, com a adoção de um imposto de renda progressivo, que não desestimule a poupança e o investimento (a utilização de incentivos fiscais, desde que bem monitorados quanto ao alcance de seus objetivos, pode auxiliar nesse aspecto) parece ser o desenho mais apropriado, de forma a alcançarmos se não um nível ótimo de carga fiscal, pelo menos obter uma minimização das distorções geradas pelo sistema tributário. Curva de Lorenz Uma forma alternativa de caracterizar a Carga Fiscal Ótima é através da Curva de Lorenz. Esta mostra a desigualdade na distribuição da renda de uma sociedade. No eixo “X” encontra-se o percentual da população e no eixo “Y” encontra-se a renda a qual o percentual da população esta relacionado. A idéia da curva de Lorenz é a de que 10% da população concentre 10% da renda, 20% da população concentre 20% da renda e assim sucessivamente. Dessa maneira, quando 10% da população representam 50% da renda e os outros 90% representam os outros 50%, existe uma concentração da riqueza da sociedade nas mãos de uma pequena parte da sociedade. Vejamos a curva: % população % Renda C B A D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANÇAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 58 A curva de Lorenz “A” é a chamada curva ideal. Tendo uma inclinação de 45%, ela demonstra uma relação linear entre o percentual acumulado da população e o percentual acumulado da renda da sociedade. Conforme dito no parágrafo anterior, o aumento do percentual acumulado da população é exatamente igual ao aumento percentual acumulado da renda da sociedade. Para a curva de Lorenz “B”, a relação não é linear, ou seja, um maior percentual da população possui um menor percentual da renda da sociedade. Ainda pior do que a curva “B” é a curva “C”. Esta demonstra um percentual ainda maior da população com pouca representatividade na renda da sociedade. Políticas que promovam uma Carga Fiscal Progressiva, em que aqueles que ganham mais paguem mais, levarão as curvas “B” e “C” em direção da curva de Lorenz ideal. Caso a Carga Fiscal seja essencialmente regressiva, é certa a piora da distribuição da renda da sociedade. Ainda na análise sobre os tipos de tributos e sua relação com progressividade, regressividade ou neutralidade, podemos verificar de que forma estes tributos tendem a impactar as decisões feitas pelos agentes econômicos em termos da relação existentes entre trabalho e lazer (descanso), uma vez que na medida em que aumenta a renda, maior tende a ser a “mordida” tributária. Os tributos progressivos e a chamada curva reversa Os efeitos da ausência ou excesso de tributos podem ser traduzidos como a melhora ou a piora das inter-relações existentes entre consumidores, produtores e o próprio governo. A tributação é objetivada na necessidade de geração de caixa para o governo, para que este possa realizar a manutenção da máquina estatal, bem como para ser o promovedor de políticas de estímulo ao crescimento econômico nas mais diversas formas (saúde, educação, transportes e etc.), além de atuar na minimização das distorções existentes entre as relações negociais de produtores e consumidores. D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANÇAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 59 Conforme dissemos ainda na primeira aula, os mercados sem a interferência governamental são aqueles chamados de perfeitamente competitivos, onde a alocação dos recursos pode levar ao chamado na economia de “Ótimo de Pareto”, situação em que o aumento do bem-estar de um indivíduo acaba por piorar a o bem- estar dos demais integrantes da sociedade. Vale mencionar no entanto, que toda a atividade interventiva governamental, no sentido do atingimentodo ponto teórico de “Ótimo de Pareto” deve ser pautada nos princípios da tributação de neutralidade e equidade, de forma que o ônus tributário seja utilizado mais dirimir distorções nos mercados do que para inibir as transações entre consumidores e produtores. Entende-se assim que a tributação imposta à sociedade deve ser adequada, de forma a não desestimular as atividades econômicas, uma vez que o salário, remuneração do processo produtivo, também conhecido como renda do trabalhador, é gravado pelo próprio ônus tributário. Na medida em que crescem as alíquotas de impostos, cresce na mesma direção o desestímulo a oferta de trabalho, o que, por si só, traz como resultado o impacto sobre o crescimento da renda e do produto da economia. Desta maneira, partindo-se da racionalidade econômica, podemos interpretar que maiores salários serão seguidos de maior oferta de trabalho, mas, no entanto, até que ponto está afirmação é verdadeira? Esta argumentação baseia-se princípio econômico da utilidade, onde níveis mais altos de utilidade representam uma maior satisfação dos consumidores. Destaca-se, dentro da análise feita, que o salário líquido, real valor recebido pelo trabalhador, diminui em proporção ao aumento de trabalho ofertado, uma vez que a tributação imposta sobre a renda é progressiva. Diante desta situação, maior será o desestímulo ao aumento de horas trabalhadas. D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANÇAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 60 A incidência tributária progressiva sobre a renda dos consumidores gera os chamados efeitos substituição (deslocamento) e efeito renda. No caso do efeito substituição, o trabalhador, ao verificar a incidência tributária sobre a renda, entende que a sua remuneração líquida está diminuindo proporcionalmente às horas trabalhadas, de tal maneira que se torna mais interessante para ele SUBSTITUIR trabalho por lazer. Diante desta situação, conclui-se que quanto maior a carga tributária, menor será o estimulo do trabalhador a oferecer trabalho, impactando negativamente a arrecadação fiscal. No caso do efeito renda, o trabalhador, ao verificar que a sua renda líquida diminuiu, procura oferecer mais trabalho, de forma a diminuir o impacto da perda de bem-estar. Por conseqüência o trabalhador terá menos horas de lazer. O resultados dos efeitos substituição e renda torna a oferta de trabalho na economia representada conforme o gráfico abaixo. Inicialmente os trabalhadores oferecerão mais trabalho, de forma a compensar a perda de renda, fazendo com que efeito renda seja superior ao efeito substituição. Não obstante, como o dia só possui 24 horas, aumentos ainda maiores na tributação farão com o efeito substituição de trabalho por lazer dos trabalhadores seja maior do o efeito renda, fazendo com que mesmo aumentos salariais adicionais levem a diminuições nas horas de trabalho ofertadas. W/P Horas trabalhadas W/P3 W/P2 W/P1 L1 L2 L3 Curva Reversa, ocasionada em função da progressividade do IR. D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANÇAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 61 Em conclusão, pode-se afirmar que, em condições normais, o aumento dos salários será acompanhado de uma maior oferta de trabalho. No entanto, com a excessiva tributação sobre e renda, cada aumento salarial será menos relevante sobre a decisão de oferta de trabalho, uma vez que o salário líquido, valor descontado dos impostos será cada vez menor, diminuindo a utilidade adicional auferida pelo consumidor. Assim sendo, e considerados os pontos abordados, podemos agora novamente nos debruçar sobre algumas questões de concursos anteriores, objetivando a eficiência e a eficácia no estudo e na aprendizagem. Destaco que o último exercício da série que se segue destaca bem uma possível mudança na abordagem das questões para o próximo certame da Receita Federal. Sendo assim, analise criteriosamente as respostas, procurando verificar os pontos que não seriam consistentes, para que assim se possa buscar o gabarito da questão. Um grande abraço e até a próxima aula! Francisco D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANÇAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 62 Questões de Provas Anteriores: 24 – (AFTN/STN – ESAF/1996) Considere as seguintes transações econômicas, verificadas numa economia abeta e com governo. Assinale a opção que corresponde à carga tributária bruta, em percentual. Utilize somente as informações necessárias para este cálculo. a) Receitas correntes do governo 1500 unidades monetárias b) Receitas de capital do governo 600 unidades monetárias c) Impostos indiretos 800 unidades monetárias d) Impostos diretos 500 unidades monetárias e) Transferências correntes 300 unidades monetárias f) Produto Interno Bruto a preços de Mercado 8200 unidades monetárias a) 9,75; b) 15,85 c) 18,29 d) 19,51 e) 25,60 25 - (ACE/TCU – ESAF/2000) Caracteriza regressividade do sistema tributário a) a concentração da receita efetivamente disponível em poder da União. b) a alocação de recursos preferencialmente entre os segmentos mais ricos. c) a fixação de tetos para as deduções do Imposto de Renda das pessoas físicas em geral. d) a aplicação das mesmas alíquotas a produtos de diferentes graus de essencialidade. e) a má distribuição regional de renda. 26 – (AFRF/SRF – ESAF/2000) De acordo com os fundamentos da curva de Laffer, identifique a opção falsa. D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANÇAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 63 a) A curva de Laffer mostra o efeito de variações na alíquota do imposto sobre a receita tributária. b) Segundo Laffer, o imposto é pago sem sonegação se a alíquota for suficientemente baixa. c) Quando o ponto ótimo de alíquota é ultrapassado, a receita tributária pode ser aumentada mediante elevação de alíquota. d) O modelo presume que o incentivo à sonegação cresce com a magnitude da alíquota. e) Há um ponto ótimo de alíquota que gera uma receita tributária máxima. 27 - (AFRF/SRF – ESAF/2000) A estruturação de um sistema tributário envolve o impacto dos impostos sobre o nível de renda. No que diz respeito a esse aspecto, assinale a opção falsa. a) Um sistema é neutro quando a participação dos impostos na renda é a mesma, independente do nível de renda. b) Um sistema é regressivo quando a participação dos impostos na renda dos agentes diminui conforme a renda aumenta. c) No sistema progressivo, paga mais (em termos relativos) quem ganha mais. d) No sistema regressivo, paga menos (em termos relativos) quem ganha menos. e) Um sistema é dito progressivo quando a participação dos impostos na renda dos indivíduos aumenta quando a renda aumenta. 28 – (Fiscal de tributos estaduais/PA/ESAF– 2002) Com relação a curva de Laffer, assinale a opção falsa a) A curva de Laffer mostra a relação entre receitas tributárias e alíquotas tributárias. b) Observa-se que, a princípio, curva sobe quando as alíquotas tributárias afastam- se de zero, mas, adiante, a curva começa a declinar. c) Supondo que as alíquotas tributárias subissem para 100% da renda, todos os incentivos para produzir e trabalhar seriam retirados e as receitas seriam zero. d) Se as alíquotas tributárias fossem 0% da renda, haveria incentivos para trabalhar e produzir, uma vez que nenhum imposto seria pago. D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANÇAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 64 e) A curva de Laffer mostra a relação entre renda real e arrecadação. 29 – (Fiscal de Rendas/Séc. Fazenda RJ – FGV/2009) Os impostos progressivos têm como característica: a) a taxa marginal de imposto sobre a renda mais alta que a taxa média para todo o nível de renda dos contribuintes, sem efeitos perversos sobre o incentivo de aumentar a renda. b) o efeito perverso direto sobre a capacidade de arrecadação do Estado. c) a taxa marginal de imposto sobre a renda menor que a taxa média para todo o nível de renda dos contribuintes. d) o efeito perverso sobre os incentivos marginais dos agentes econômicos cuja renda ultrapassa certo nível. e) a redução do seu montante com o nível de renda do agente tributado. 30 – (AFRF/SRF – ESAF/2002) Distorcendo opções entre trabalho e lazer, ou entre consumo e investimento, os impostos criam custos para a economia. Com relação às perdas provocadas pelos impostos, identifique a única opção incorreta. a) Como resultado dos impostos sobre certos bens e atividades, as pessoas trabalham muito pouco, ou poupam muito pouco, ou compram muito pouco as mercadorias muito tributadas e muito mais as que são pouco tributadas. b) Ações decorrentes das distorções causadas pelos impostos sobre os preços relativos fazem com que o bem-estar econômico diminua. c) Os custos dos impostos são, até certo ponto, inevitáveis, porque os impostos são necessários para arcar com os gastos governamentais. d) O efeito deslocamento diz que as famílias terão menos lazer quando ficarem mais pobres, em decorrência do aumento de imposto sobre a renda. e) Impostos sobre a pessoa jurídica afetam decisões de investimento. 31 – (APO/MPOG – ESAF/2008) Identifique a única opção incorreta com relação às características básicas de um modelo de reforma tributária coerente com os princípios da responsabilidade (recuperação da ética tributária), visibilidade, equilíbrio e solidariedade (sem espaço para antagonismo). D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANÇAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 65 a) A tributação da renda deve ser feita de forma abrangente, reduzindo-se ao mínimo as deduções e abatimentos, eliminando-se os regimes especiais e restringindo-se a progressividade das alíquotas ao imposto cobrado sobre a renda familiar. b) O combate à evasão e à sonegação deve ser conduzido, prioritariamente, por medidas de cunho repressivo e policial. c) Nenhum imposto deve onerar a exportação e a aquisição de máquinas e equipamentos indispensáveis à modernização tecnológica, ao aumento da capacidade produtiva e à geração de maiores oportunidades de emprego. d) A simplificação tributária requer não apenas a redução do número de impostos, mas também a simplificação e estabilidade das normas jurídicas aplicadas à administração e cobrança dos tributos. e) O imposto sobre a propriedade deve ser utilizado como reforço do vínculo de co- responsabilidade entre o Estado e o cidadão contribuinte, no plano das relações do poder público local com as comunidades. D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANÇAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 66 Gabaritos Comentados: Questão 24: letra “b”. c) Impostos Diretos + Impostos Indiretos/PIB = 15,85% Questão 25: letra “d”. Uma vez que produção mais necessários são tributados na mesma medida de produtos supérfluos, as camadas de mais baixa renda acabam por ser mais prejudicadas. Destaca-se que a opção “b” refere-se a distribuição da renda, conseqüência de um sistema tributário regressivo. Questão 26: letra “c”. c) Quando o ponto ótimo de alíquota é ultrapassado, a receita tributária não pode ser aumentada mediante elevação de alíquota. Questão 27: letra “d”. e) No sistema regressivo, paga mais (proporcionalmente a renda) quem ganha menos. Questão 28: letra “e”. e) A curva de Laffer mostra a relação entre a carga fiscal e a arrecadação. Questão 29: letra “d”. Sabe-se que os impostos progressivos são aqueles que possuem como características (IR) o fato de que a medida que ocorre o aumento da renda, maior é D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANÇAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 67 a alíquota incidente, o que tende, a partir de certo nível de renda, a fazer com que o trabalhador tenha um desestímulo a oferecer mais trabalho, optando por mais lazer. Verifica-se assim que há um efeito perverso sobre os incentivos marginais dos agentes econômicos cuja renda ultrapassa certo nível. Questão 30: letra “d”. O efeito deslocamento refere-se ao efeito substituição, em que este afirma que as famílias terão mais lazer quando ficarem mais pobre (relativamente). Questão 31: letra “b”. b) O combate à evasão e à sonegação deve ser conduzido, prioritariamente, por medidas de cunho repressivo, por meio de medidas que desestimulem os contribuintes a não realizarem o recolhimento tributário. A repressão policial é medida extrema, não realizada pela autoridade tributária.