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Centralização do Poder na Era Vargas

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Na Era Vargas, visando estabelecer o equilíbrio de poderes entre as unidades de governo, o governo central foi fortalecido.
Na Era Vargas, especialmente durante o período conhecido como Estado Novo (1937-1945), Getúlio Vargas implementou uma série de medidas que fortaleceram o governo central em detrimento das unidades regionais de governo. Esse fortalecimento do governo central teve como objetivo estabelecer um equilíbrio de poderes que favorecesse a centralização e a consolidação do poder nas mãos do presidente e da administração federal.
Algumas das principais medidas adotadas para fortalecer o governo central incluem:
1. Constituição de 1937: Conhecida como a "Polaca" devido à inspiração na constituição autoritária da Polônia, a Constituição de 1937 conferiu amplos poderes ao presidente, incluindo o poder de legislar por decreto. Essa nova constituição eliminou a autonomia dos estados e dos municípios, centralizando o poder no governo federal.
2. Fechamento do Congresso Nacional: Em novembro de 1937, Vargas fechou o Congresso Nacional, as Assembleias Legislativas Estaduais e as Câmaras Municipais, concentrando todo o poder legislativo no Executivo.
3. Interventores Federais: Em vez de governadores eleitos, Vargas nomeou interventores federais para governar os estados. Esses interventores eram diretamente subordinados ao presidente, garantindo a lealdade das administrações estaduais ao governo central.
4. Criação de Organismos Centralizadores: Foram criadas várias instituições e órgãos com poder centralizador, como o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), que controlava a censura e a propaganda, e o Conselho Nacional do Trabalho, que regulamentava as relações trabalhistas.
5. Política Econômica Centralizada: O governo Vargas implementou políticas econômicas centralizadas, como a criação de empresas estatais (por exemplo, a Companhia Siderúrgica Nacional) e a implementação de planos de desenvolvimento industrial e de infraestrutura, que eram controlados pelo governo federal.
Essas medidas consolidaram a centralização do poder nas mãos de Getúlio Vargas e do governo federal, enfraquecendo o poder das oligarquias regionais e alterando significativamente o equilíbrio de poderes no Brasil. Esse processo de centralização foi uma marca distintiva da Era Vargas e teve impactos duradouros na estrutura política e administrativa do país.

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