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caso 3 direito civil I.


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CASO CONCRETO Nº 03
Caso 1
Alteração do registro civil.
 O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul autorizou a alteração do nome de um transexual. A mudança no registro de nascimento poderá ser feita logo depois da cirurgia de mudança de sexo. A decisão é da 7ª Câmara Cível. Cabe recurso.
O recurso foi ajuizado por um jovem de 23 anos contra a decisão de primeira instância, que negou o pedido de retificação de registro civil. No processo, alegou que desde os 16 anos usa nome de mulher e por isso passa por situações constrangedoras.
A relatora, desembargadora Maria Berenice Dias, acolheu os argumentos. “Há um descompasso entre o sexo anatômico e o psicológico, pois o transexual acredita ter nascido num corpo que não corresponde ao gênero por ele exteriorizado social, espiritual, emocional e sexualmente”, enfatizou.
Tendo em conta o caso acima narrado, pergunta-se:
· O que vem a ser o registro civil de uma pessoa natural?
R: É a Formalização e a publicidade daquele fato jurídico que é o nascimento com vida, início da personalidade civil, apresentando o indivíduo à sociedade, dando eficácia a sua personalidade.
· A legislação civil brasileira prevê alteração de registro civil nos casos de transexualismo? 
R: Não.
· O que é transexualismo?
R: Transexualismo é a condição em que uma pessoa se identifica como sendo do gênero oposto ao sexo refletido pelo corpo
Caso 2
Domicílio civil. Classificação.
 André de Lima e Silva, 17 anos, está mais do que feliz, afinal foi aprovado em Concurso Público promovido pela Secretaria de Ação Social da Prefeitura de Duque de Caxias. Ocorre que André reside alguns dias da semana na capital do Estado do Rio de Janeiro e outros dias da semana reside na cidade de Saquarema, no interior do Estado do Rio, onde mora sua querida tia Lilica Lima, surfista profissional, com quem aprendeu a pegar ondas desde pequenino. Com base nas informações acima fornecidas responda:
· Onde será(ão) considerado(s) o(s) domicílio(s) de André? Justifique sua resposta com fundamento no Novo Código Civil.
R: O André de lima tem 17 anos, aprovado em concurso público, mas não assumiu ainda. De acordo com o Art. 76º do C. Civil o incapaz tem domicílio necessário, ou seja, o domicílio de André é o mesmo de seu responsável que pode ser o do seu genitor ou tutor, o que a questão não fala.
b) Qual(is) a(s) espécie(s) de domicílio(s) se apresenta(m) no caso em tela?
R: Domicílio Necessário. De acordo com o Art. 76º do Código Civil “tem domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso”
Caso 03
Término da existência da Pessoa Natural. Ausência
Após um dia normal de trabalho em seu escritório, JOÃO DE DEUS HONÓRIO DOS SANTOS, advogado bem sucedido no ramo do direito empresarial, 40 anos, chega em casa avisando a mulher e aos filhos que estava muito feliz, pois sua escola de samba ganhou o campeonato depois de 16 anos de espera e que ia à padaria comprar umas cervejas para comemorarem juntos. João saiu e nunca mais voltou, já faz nove anos, oito meses e quinze longos dias. Sendo certo que não deixou representante ou procurador. 
Pergunta-se:
· O caso de João se trata de ausência ou morte presumida?
R: Ausência. Pois João saiu e nunca mais voltou, sendo certo que não deixou representante ou procurador. De acordo com o Art. 22º do Código Civil: ”Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o Juiz a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência e nomear-lhe-á curador”
· Após todo esse tempo desaparecido, é correto afirmar que a propriedade dos bens de João poderá ser definitivamente entregue aos seus herdeiros?
R: Não. Pois de acordo com o Art. 22º do Código Civil, primeiramente é necessário o requerimento do Ministério Público ou de qualquer interessado para que o Juiz, declare a ausência e nomeie curador para administrar os bens. Isso se o ausente não houver deixado um representante ou procurador. O Ausente só perderá os bens após 10 anos de abertura da sucessão provisória, após transitado em julgado a sentença concessiva.
c) E se João Batista aparecer nove anos e onze meses depois alegando que fora abduzido por alienígenas, terá direito a ter seus bens de volta?
R: Sim. Independente da abertura ou não da sucessão provisória, porque não completou os 10 anos após a abertura da referida sucessão.