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CASO CONCRETO Nº 07 Caso 1 Os bens reciprocamente considerados. Três amigos que há muito não se viam encontram-se por acaso no corredor da 1ª. Vara Cível de Goiânia/GO, enquanto aguardam suas respectivas audiências. Papo vai papo vem acabam por revelar o motivo que os levou até lá. LAURO, professor de educação física, construíra de boa-fé uma piscina olímpica no terreno do imóvel que alugara para ali instalar sua academia de natação; DAGOBERTO, também de boa-fé, construíra uma piscina na casa que alugara para passar os fins-de-semana e WALDOMIRO, sempre na maior das boas-fés, construíra uma piscina no imóvel alugado em que funcionava a escola de ensino fundamental que dirigia. Todos os amigos, após a rescisão de seus contratos de locação, recusaram-se a deixar os respectivos imóveis e entraram na justiça buscando a indenização pelo que gastaram e pela valorização dos imóveis, com base em pretenso direito de retenção. Pergunta-se: a) A natureza jurídica da benfeitoria realizada por cada um dos amigos por se tratar de uma piscina, é a mesma? Afinal, o que é uma benfeitoria? R: Não. Benfeitoria é tudo o que se emprega num bem imóvel ou móvel, com a finalidade de salvaguardá-lo ou de embelezá-lo. b) O que significa esse “direito de retenção” alegado por todos os amigos como base para não saírem dos imóveis alugados? Todos eles são titulares de tal direito? R: Direito de retenção significa permanecer no imóvel até que o proprietário indenize os inquilinos sobre as benfeitorias que foram realizadas. Não, nem todos eles são titulares de tal direito, de acordo art. 578 c) E se o proprietário da casa alugada por DAGOBERTO passasse a cobrar ingresso de seus vizinhos para utilizarem a piscina construída, faria diferença no caso em análise? R: Sim. O Proprietário nesse caso estaria se beneficiando da benfeitoria, submetendo que estava de acordo com a construção, transformado em benfeitoria útil, que no final do contrato caberá indenização e retenção do imóvel. Caso 2 Os bens públicos. A Administração Pública do Estado de São Paulo resolveu alienar um prédio onde funciona a sede de uma empresa de iluminação do estado, para saldar dívidas contraídas frente a algumas empresas contratadas para fazerem obras de reforma em dois hospitais e cinco escolas, estabelecidos no interior do estado. Com base no caso proposto, é admissível a alienação do imóvel em questão perante nosso ordenamento jurídico? Justifique sua resposta R: Não. Com base no C. civil art. 100. “Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determina.” Conforme o enunciado o imóvel que se deseja alienar faz parte da Administração Pública do Estado de São Paulo onde funciona a sede de uma empresa de iluminação do estado, que é sempre usada pela população para tratar de assuntos referentes a iluminação pública. QUESTÃO OBJETIVA: Marque a alternativa ERRADA em relação aos bens reciprocamente considerados ( ) o bem principal é um bem que possui existência autônoma, própria, já os bens acessórios dependem da existência de outro bem ( X ) as pertenças são coisas móveis ou imóveis destinadas ao serviço ou ornamentação de um bem principal como parte integrante. ( ) os frutos, produtos e rendimentos são bens acessórios ( ) benfeitoria é toda obra ou despesa feita na coisa principal para conservá-la ou melhorá-la. ( ) o possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis