Material de Apoio - fundamentos do profético - 06

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AULA 06 
FUNDAMENTOS DO PROFÉTICO. 
 
 Visão Profética (Revelação). 
 
 O serviço profética está mais relacionado com àquilo que se vê. 
 
 Jesus não se movia por demandas, emoções ou pressão, mas por aquilo que Ele estava vendo; 
o Filho não fazia coisas pro Pai, Ele apenas contemplava o que o Pai estava fazendo e se 
envolvia com isso (Jo 5:19). 
 
 Pessoas profética não fazem nada de si mesmo, apenas estão vendo o que o Pai está fazendo 
no mundo. 
 
 O Pai nos ama, e Ele deseja revelar a sua obra em movimento no mundo. A questão é se nós 
estamos com olhos voltados para Deus (Jo 5:20). 
 
 Pessoas proféticas são homens e mulheres de olhos abertos, por isso, em muitos momentos 
nas Escrituras, elas são chamadas de videntes (Dt 13:5 / 1 Cr 26:28 / 2 Sm 4:11 / 1 Cr 25:5). 
 
 Podemos concluir que os profetas descritos na Bíblia falavam daquilo que viam diante de 
Deus, e não baseados nos acontecimentos que os cercavam. 
 
 Algumas passagens, a palavra referente ao profeta tem em sua raiz hebraica o significado de 
VIDENTE, como RAAH (1 Samuel 9:9 e CHOZEH (1 Crônicas 21:9). 
 
 Abraão, que viu o Senhor que lhe prometera uma terra, uma nação e um descendente que 
abençoaria todas as famílias da terra (Gênesis 12.7); 
 
 Davi, Gade e Natã, que viram a liturgia do culto celeste diante do trono de Deus e 
reproduziram o seu modelo no funcionamento do tabernáculo de Davi (2 Crônicas 29.25); 
 
 Isaías, que viu Jesus assentado sobre o Trono no Seu Reino vindouro (Isaías 6.1; João 12.41) 
e que, por isso, seus olhos foram abertos para ver detalhes do Reino milenar que não são 
descritos em nenhum outro livro das Escrituras; 
 
 
 
 Daniel e Ezequiel, que descreveram em suas profecias os destinos das nações, baseados 
no que viram (Daniel 9.21-23; Ezequiel 1.1); 
 Paulo, que no caminho de Damasco viu a luz da glória do Cristo ressurreto, e que foi fiel 
até a morte à visão celestial da obra redentora da reconciliação (Atos 9.3-5; Atos 26.13,19); 
 
 João, o escritor da profecia do Apocalipse, que recebeu a ordem do anjo que dizia “escreve 
tudo o que vê” para que a igreja saiba o que precisa acontecer (Apocalipse 1.10,11). 
 
 Pessoas proféticas voltam seus olhos para o Deus da história. 
 
 Toda jornada de Moisés foi motivada por amor a Cristo, e assim deve ser conosco (Hb 11:24-
27); aquilo que estamos vendo é o que vai dar rumo a nossa jornada, o que nos move é 
baseado na revelação que temos do nosso Deus. 
 
 Mas se não temos clara a revelação de Cristo, seremos abatidos pelo sistema deste mundo, 
pelas estruturas satânicas que nos cercam e pelas pressões da vida; mas se tirarmos nossos 
olhos do que está ao nosso redor e das nossas fraquezas interiores, e redirecionarmos nossos 
olhos para a graça de Deus, então nos moveremos baseados na visão celestial e no amor de 
Cristo. 
 
 Toda pessoas profética precisa entender que os nossos olhos precisam estar voltados para o 
Conselho do Senhor, para a Palavra viva (Cristo), e nesse lugar conheceremos os decretos do 
Senhor e suas prioridades (Jr 23:18,20). 
 
 A porta para o Conselho do Senhor está aberta. 
 
 A obra de Jesus abriu os céus (Jo 1:51). 
 
 Por causa do sangue de Jesus, agora temo acesso à glória de Deus (At 7:55-56). 
 
 Há um convite para nós, pelo sangue de Jesus, devemos acessar o Conselho do Senhor 
para que possamos ver a glória de Deus e contemplar a Palavra à destra de Deus e 
conhecer os desígnios do seu coração (Ap 4:1). 
 
 Jesus abriu um novo e vivo caminho para estarmos diante de Deus; o sangue de Jesus nos 
purifica e nos lava para criar em nós um coração limpo para estarmos diante do senhor (Hb 
10:19-22). 
 
 Jesus nos orienta a fechar tudo o que está acontecendo ao nosso redor, e entrar em um lugar 
chamado secreto, um lugar de intimidade e comunhão com o Pai que está nos céus e uma das 
recompensas de estar nesse lugar é receber revelação (Mt 6:6). 
 
 
 
 Precisamos aprender a buscar nesse lugar chamado secreto, visão profética, buscando crescer 
em intimidade com Deus para que como Paulo não abramos mão da visão celestial. 
 
 
Fábio Coelho, 2020.