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E-BOOK Farmácia Hospitalar Farmácia Hospitalar Obrigado por fazer parte do nosso propósito de levar conhecimento com qualidade para o maior número de pessoas possíveis, por confiar e acreditar no nosso trabalho assim como nós acreditamos e confiamos no seu potencial. Acreditamos que você pode chegar onde quiser sempre com mais conhecimento. Você já é diferente por ter acesso a esse e-book e certificado. Você poderá ter acesso aos nossos cursos e congressos pelo nosso site: www.cessetembro.com.br Quer ser um Aluno Premium? Faça parte da A Nova Classe: www.anovaclasse.com.br Seja bem-vindo! Vamos fazer história juntos! @CESSETEMBRO @ANOVACLASSE http://cessetembro.com.br/cursos http://www.anovaclasse.com.br/ http://instagram.com.br/CESSETEMBRO http://instagram.com.br/ANOVACLASSE Clique no ícone da impressora. 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Documentos que remontam a 3000 a.C. comprovam o exercício da medicina entre os assírio- babilônicos. Mas não há comprovação alguma que indique onde essa prática era realizada e como era feito o atendimento 231 a.C. 431 a.C. Os primeiros “hospitais” que temos informação foram construídos em 431 a.C., no Ceilão (atual Sri Lanka), pelo rei Pandukabhaya que ordenou a construção de casas “para internação”. Aproximadamente dois séculos depois o imperador Asoka criou, na Índia, instituições especializadas para tratar doenças de forma semelhante aos hospitais de hoje, com a presença de médicos e enfermeiras. 100 a.C. Na Europa, os romanos ergueram locais chamados de valetudinária, a fim de cuidar dos soldados feridos em batalha. No entanto, foi apenas a partir do século IV, com o crescimento do cristianismo, que os hospitais se expandiram de forma mais evidente. 313 d.C. O Cristianismo tornou esse cuidado mais humano, surgindo a ideia de ajuda aos necessitados e doentes. O decreto de Milão promoveu a motivação para desenvolvimento de hospitais 1283 325 d.C. O Concílio de Nicéia, que estabelecia o atendimento compulsório aos carentes e enfermos, também promoveu a motivação final para o desenvolvimento dos hospitais. A criação e o desenvolvimento dos hospitais foram estimulados pelo aprimoramento do aprendizado da Medicina e pela evolução das reformas sanitárias. Séc. XVIII Há relatos de que o primeiro hospital do Brasil foi o Hospital da Santa Casa de Misericórdia de Olinda, inaugurado em 1540 em conjunto com a Igreja de Nossa Senhora da Luz. Este hospital funcionou até 1630, quando a estrutura foi saqueada por holandeses e posteriormente incendiada. Na Europa por impulso da Revolução Industrial inglesa, a burguesia crescia e colaborou, com novas aspirações socioeconômicas, para providências mais eficazes no campo da higiene e da saúde pública. Neste contexto, surgiram os hospitais modernos. A partir desse momento, os doentes são distanciados de seus familiares e da sociedade e hospedados nessas construções. 1540 1543 • Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, “O Hospital é parte integrante de um sistema coordenado de saúde, cuja função é dispensar à comunidade completa assistência à saúde, preventiva e curativa, incluindo serviços extensivos à família, em seu domicílio e ainda um centro de formação para os que trabalham no campo da saúde e paras as pesquisas biossociais. Nasce a Santa Casa de Misericórdia de Santos, em São Paulo, existente até hoje. No início, o atendimento não era feito por médicos, mas sim por jesuítas. CONCEITO DE HOSPITAL • Diagnosticar e restaurar a saúde; • Prevenir que a doença se reinstale; • Atender casos complexos; • Educar e desenvolver pesquisas. OBJETIVO DO HOSPITAL ASSISTÊNCIA: CLASSIFICAÇÃO DE HOSPITAL PORTE: • Pequeno porte: Hospital que tem capacidade de operação de até 50 leitos. • Médio Porte: Hospital que tem capacidade de operação de 51 a 150 leitos. • Grande Porte: Hospital que tem capacidade de operação de 151 a 500 leitos. • Hospital Capacidade Extra: Acima de 500 leitos. • Geral: Atende várias especialidades (clínicas e cirúrgicas), e podem ser específicas, como por exemplo, hospital infantil, hospital geriátrico, militar, entre outros. • Especializada: Atende pacientes com alguma patologia específica, como por exemplo, hospital psiquiátrico, oncológico, do coração, entre outros BREVE HISTÓRICO: • Início do século XX: Fase artesanal – Manipulação. • 1920 à 1950: Fase da descaracterização das funções do farmacêutico; • Desde 1951: Fase de desenvolvimento das Farmácias Hospitalares; • Em 1975, a Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais, incluiu no seu currículo a Disciplina de Farmácia Hospitalar, com 75 horas/ aula; • Em 1980, a UFRJ implantou o primeiro Curso de Especialização em Farmácia Hospitalar; • A partir de 1982, o Ministério da Educação, passou a incentivar programas de desenvolvimento para a Farmácia Hospitalar, que vem obtendo sucesso crescente em todo o país, despertando e formando novos profissionais nesta área. • Público: Administrado por entidade governamental municipal, estadual ou federal; • Particular: pertencente à pessoa jurídica de direito privado; • Privado sem fins lucrativos: beneficentes ou filantrópicos. REGIME: FARMÁCIA HOSPITALAR • A partir de 1985, o Ministério da Saúde, preocupado com os problemas como a Infecção Hospitalar, também passou a incentivar a reestruturação das Farmácias Hospitalares, promovendo cursos de especialização. CONCEITO: • Segundo a SBRAFH (Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar) a farmácia hospitalar é definida como sendo “unidade clínica, administrativa e econômica, dirigida por profissional farmacêutico, ligada hierarquicamente, à direção do hospital e integrada funcionalmente com as demais unidades de assistência ao paciente”. OBJETIVO: • Seu principal objetivo é contribuir para a qualidade da assistências prestada ao paciente, promovendo o uso seguro e racional de medicamentos e correlatos. FUNÇÕES: • Seleção de medicamentos, germicidas e correlatos necessários ao hospital; • Aquisição, conservação e controle dos medicamentos selecionados; • Manipulação e produção de medicamentos e germicidas; • Estabelecimento de um sistema racional de distribuição de medicamentos; • Implantação de um sistema de informação sobre medicamentos. • Garantir através de ações de farmácia clínica a efetividade e segurança dos pacientes. RH E INFRAESTRUTURA DA FARMÁCIA HOSPITALAR RH: • A farmácia é obrigatoriamente administrada pelo Farmacêutico. Este profissional deve integrar-se e relacionar-se adequadamente com os demais serviços assistenciais e administrativos do Hospital. • Além do Farmacêutico, deve dispor de Técnicos em Farmácia e Auxiliares Administrativos qualificados. • Todos os profissionais devem ser devidamente treinados de acordo com suas respectivas funções. • O SBRAFH preconiza que o Hospital deve contar com, no mínimo, 1 farmacêutico para cada 50 leitos, e 1 auxiliar para cada 10 leitos. • É importante que que o serviço disponha de manual contendo as principais atividades desenvolvidas na farmácia,para consulta dos funcionários. • Além disso, o manual e os POP’s devem ser periodicamente revisados e atualizados. • Uso de jaleco e de uniformes específicos dentro da farmácia é necessário e obrigatório. ESTRUTURA: • CAF (Central de Abastecimento Farmacêutico) – Local onde é armazenado os medicamentos e correlatos (Recebimento, Armazenamento e Distribuição). • Deve dispor de local para recepção, distribuição, áreas (soluções parenterais, medicamentos em geral, saneantes, material médico-hospitalar, matéria prima, medicamentos refrigerados, embalagens, inflamáveis, quarentena, administrativa, citotóxicos e de dispensação) veis, quarentena, administrativa, citotóxicos e de dispensação) • Farmácia Central – Local que tem como objetivo principal o fornecimento de materiais e medicamentos aos pacientes internados e que são atendidos diariamente no pronto atendimento. Farmácia Satélite – A farmácia satélite atende a um serviço especializado dentro da unidade. Existe a farmácia do centro cirúrgico (que por exemplo, é responsável pela montagem de kits para as cirurgias),a farmácia oncológica (que por exemplo, é responsável pela dispensação de hormônios), a farmácia de UTI, entre outros. Farmacotécnica – Local onde ocorrem as manipulações de medicamentos em geral (unitários e unitarizados) e quimioterápicos, citotóxicos, nutrição parenteral, soros, entre outros. Estrutura Organizacional: RECURSO BIBLIOGRÁFICO SISTEMA DE ARQUIVOS EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES ADEQUADAS INFORMÁTICA INFRAESTRUTURA: CICLO DA AF NO HOSPITAL SELEÇÃO DE MEDICAMENTOS • Etapa inicial da AF. • Responsável pelo estabelecimento da relação de medicamentos a serem disponibilizados. • Objetivos: • Proporcionar ganhos terapêuticos e econômicos. • Estabelecer relações nacionais, estaduais e municipais de medicamentos (RENAME, RESME, REMUME), baseadas em critérios técnicos-científicos (segurança, eficácia e efetividade). • Deve ser realizada por Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT). • Uma CFT tem como objetivo a promoção do uso racional de medicamentos. Nesse sentido, aprincipal atribuição é selecionar os medicamentos essenciais no nível de gestão do SUS em que está inserida. MEDICAMENTOS ESSENCIAIS • Medicamentos essenciais são aqueles que satisfazem às necessidades de saúde da maioria da população, a um preço que eles e a comunidade possam pagar; portanto eles deveriam estar disponíveis em todos os momentos, em quantidades adequadas e em formas farmacêuticas apropriadas. • Listas Disponíveis: • Lista de Medicamentos Essenciais (OMS) • Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (MS) - RENAME • Formulário Terapêutico Nacional • Relação Estadual de Medicamentos Essenciais (RESME) • Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (REMUME) • Os formulários terapêuticos são publicações que contêm informações sobre uso, posologia, efeitos adversos, contraindicações e precauções de medicamentos essenciais, entre outras informações. REQUISITOS NECESSÁRIOS: • Apoio da direção do hospital, da administração e dos chefes dos serviços, principalmente dos médicos. • Criação de uma CFT. • Assessoria de um Farmacêutico, de preferência que atue no Centro de Informações de Medicamentos (CIM), para facilitar o processo de desenvolvimento do Guia Farmacoterapêutico. Definição de política de compra dos medicamentos, tanto para os incluídos na lista, como aqueles eventualmente necessários não incluídos. • OBJETIVOS DA CFT: • Critérios para Inclusão/Exclusão de Medicamentos. • Critérios para prescrição/dispensação • Critérios para periodicidade de revisão MODELOS DE SELEÇÃO DE MEDICAMENTOS MODELO TRADICIONAL • A decisão é baseada nos dados de consumo, ou seja, nos medicamentos mais prescritos pelos prescritores. • A CFT não participa ativamente do processo de escolha nesse modelo, se restringe em informar as decisões estabelecidas por preferências de uso. MODELO DE GUIA FARMACOTERAPÊUTICO • Os medicamentos são selecionados com base na avaliação dos profissionais da equipe multiprofissional, considerando a eficácia, custos, efeitos adversos, etc. • O CFT participa ativamente nesse modelo. CONCURSO DE MEDICAMENTOS • Modelo mais aplicado em hospitais públicos, em que a CFT realiza a escolha dos medicamentos. • A escolha do fornecedor é feita através de concurso público. • Consiste em um conjunto de procedimentos pelos quais se efetiva o processo de compra dos medicamentos, de acordo com uma programação estabelecida, com o objetivo de suprir necessidades de medicamentos em quantidade, qualidade e menor custo-efetividade e manter a regularidade do sistema de abastecimento. AQUISIÇÃO DE MEDICAMENTOS • CMM: ESTOQUE REAL (ER) • Representa a quantidade do medicamento no estoque do hospital no momento atual. ESTOQUE DISPONÍVEL • Representa a soma do estoque real com quantidades solicitadas para aquisição. ESTOQUE MÁXIMO (Emáx) • Quantidade máxima que deverá ser mantida em estoque. Corresponde ao estoque reserva mais a quantidade de ressuprimento. Emáx = Emin + (CMM x PR) Emin: estoque mínimo ou reserva PR: período entre dois pedidos ou avaliações de estoque. ESTOQUE MÍNIMO • Quantidade mínima capaz de suportar o aumento do tempo de ressuprimento programado ou o aumento do consumo. Emin = (ΔD x TR) + (CMM x ΔTR) • ΔD: Variação do incremento do consumo do CMM (considerar o maior consumo – o CMM total) • TR: Tempo de ressuprimento • ΔTR: Aumento do tempo de ressuprimento, principalmente em relação a expectativa de atraso do fornecedor. PONTO DE PEDIDO • Quantidade existente no estoque que determina a emissão de um novo pedido de compra. • É o momento que sinaliza a necessidade de reposição dos medicamentos. PP = (CMM x TR) + Emín • PP: Ponto de Pedido CLASSIFICAÇÃO XYZ • Leva em consideração a relevância dos itens, ou seja, de acordo com a necessidade. • Classe X: • São itens imprescindíveis para a realização das atividades. • Sua falta pode prejudicar a realização de atividades importantes. • Não possuem substitutos ou equivalentes. REVISÃO PERIÓDICA DE ITENS CLASSIFICAÇÃO ABC • Classe A: Menor quantidade de itens com maior custo • Classe B: Itens com valor intermediário • Classe C: Maior quantidade de itens com menor custo • Classe Y: Itens com valor intermediário • São necessário para a realização das atividades. • Sua falta pode prejudicar a realização de atividades, mas pode ser revertido. • Pode ser substituído por outros equivalentes ou procedimentos. • Classe Z: Maior quantidade de itens com menor custo • São menos relevantes para as atividades diárias. • Sua falta não afeta a rotina. • Podem ser substituídos por equivalentes. • Conjunto de procedimento técnicos e administrativos que visa assegurar a qualidade dos medicamentos por meio e condições adequada de estocagem e um controle de estoque eficaz. • Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF): É uma construção destinada ao recebimento,estocagem, guarda e expedição dos medicamentos e insumos farmacêuticos, visando a assegurar a conservação adequada dos produtos em estoque (MARIN, 2003). ARMAZENAMENTO RECEBIMENTO • Ato de conferência em que se verifica a compatibilidade dos produtos solicitados e recebidos, ou seja, se os medicamentos entregues estão em conformidade com as condições estabelecidas (BRASIL, 2006). • Deve ser realizado em área específica (não dentro do estoque) – para ser realizada a conferência. • Os medicamentos que necessitam de refrigeração, devem ter prioridade na conferência e no armazenamento. • Avaliar: • Condições do Transporte: • Limpeza • Temperatura • Carga exclusiva para medicamentos • Avaria Acondicionamento dos produtos sob refrigeração, termolábeis e formas farmacêuticas com maior sensibilidade à mudança de temperatura (pomadas, supositórios, cápsulas, emulsões) ESTOCAGEM/ARMAZENAMENTO • Recomenda-se ordenar os produtos por descriçãogenérica (DCB), de maneira que permita sua fácil identificação. • Com o uso de sistemas informatizados é possível utilizar outras estratégias de estocagem, como o recurso à matriz volumétrica de armazenamento, que permite medir o volume de cada item e determinar seu posicionamento físico. • Medicamentos com datas de validade mais próximas do vencimento devem ficar à frente dos outros com maior prazo de validade, para que sejam distribuídos e dispensados antes. • Os medicamentos deverão ser separados do estoque geral pelo menos 30 dias antes do vencimento. Exceções deverão ser avaliados pelo farmacêutico responsável pelo CAF. • Conservar medicamentos nas embalagens originais, ao abrigo da luz direta. • Não armazenar medicamentos no chão, encostados às paredes, muito próximo do teto ou em locais com umidade e sujeitos a mofo. • A área de estoque deve ser arejada, podendo ser utilizados exaustores e climatizadores. • A Farmacopeia Brasileira define temperatura ambiente a faixa de 15º a 30º. • Manter distância entre as caixas dos medicamentos para facilitar a circulação de ar. • Cada medicamento deverá ser estocado de acordo com a temperatura recomendada pelo fabricante: ESTOCAGEM/ARMAZENAMENTO • Vacinas como as da febre amarela e da poliomielite devem ser armazenadas e transportadas congeladas (-20ºC). • Demais vacinas e soros devem ser armazenados e transportados entre 2ºC e 8ºC. • Insulinas e demais medicamentos termolábeis serão acondicionados em ambiente refrigerado, entre 2ºC e 8ºC • Não se recomenda a presença de janelas no local do armazenamento, mas caso existam, devem impedir a incidência da luz solar sobre os produtos, além de possuir grades e telas para garantir a segurança e impedir a entrada de insetos e roedores. • O manuseio inadequado dos medicamentos pode afetar a sua estabilidade. Por isso não se deve arremessar caixas, arrastá-las, empilhá-las demasiadamente ou colocar objetos ou peso sobre elas. E materiais passíveis de quebras (frascos, ampolas) devem ser guardados em local menos exposto a risco de acidentes. INSTALAÇÕES FÍSICAS • Terreno sem desnível acentuado; evitar localidades sem urbanização; • Piso plano, resistente com superfície lavável; • Parede de cor clara, pintura lavável, isenta de infiltrações e umidade; • • O manuseio inadequado dos medicamentos pode afetar a sua estabilidade. Por isso não se deve arremessar caixas, arrastá-las, empilhá-las demasiadamente ou colocar objetos ou peso sobre elas. E materiais passíveis de quebras (frascos, ampolas) devem ser guardados em local menos exposto a risco de acidentes. • Ausência de fontes de poluição (arredores: fumaças, poeiras, lixos) • Teto com telhas térmicas, evitando materiais que absorvam calor; • Instalações elétricas adequadas: manutenção periódica e cuidados específicos; • Banheiro(s) sem comunicação direta com área de estocagem; • Proteção contra insetos e roedores: telas nas janelas, ralos sifonados e escamoteados, lixeiras com tampa e pedal, abrigo para lixo. • Inventários periódicos. • Controle de temperatura e umidade. IDENTIFICAÇÃO E CONTROLE DE PRAZO DE VALIDADE • Os medicamentos e materiais devem estar devidamente identificados com Lote, Data de Validade, Nome do medicamento, Dosagem, Etc. • Os medicamentos devem ser estocados de acordo com sua data de validade. Por exemplo: medicamentos que vencem primeiro, devem ficar alocados em frente daqueles com data de vencimento posterior. • Os medicamentos devem ser facilmente localizados, classificados de acordo com: • Categoria farmacêutica • DCB ou DCI • Ordem alfabética • Endereçamento ou código de localização QUARENTENA •Na área de armazenamento deve existir um local adequado e separado das demais áreas. •Este local é específico para segregar medicamentos com problemas de desvio de qualidade, vencidos, rejeitados e/ou devolvidos. DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS • A farmacotécnica hospitalar é um setor dentro da farmácia, em que são realizados diversas operações técnicas para facilitar o uso dos medicamentos no ambiente hospitalar. • A farmacotécnica tem como objetivo: • Proporcionar, medicamentos de qualidade adaptados às necessidades específicas da população que atende; • Desenvolver fórmulas de medicamentos e produtos de interesse estratégicos e/ou econômico para Farmácia Hospitalar e para o Hospital; • Fracionar e/ou reenvasar os medicamentos elaborados pela indústria farmacêutica a fim de racionalizar sua distribuição e administração; • Preparar, diluir e/ou reenvasar germicidas necessários para as ações de antissepsia, limpeza, desinfecção e esterilização; • Garantir a qualidade dos produtos elaborados, manipulados, fracionados ou reenvasados; • Manipular produtos estéreis, incluindo soluções de nutrição parenteral, citostáticos e demais misturas intravenosas; • Contribuir na formação e reciclagem de pessoal auxiliar e outros farmacêuticos, nesta área de conhecimento e tecnologia. FARMACOTÉCNICA HOSPITALAR RDC 67 DE 2007 FORMAS FARMACÊUTICAS NÃO ESTÉREIS • Um medicamento não estéril é um medicamento que não exige condições estéreis durante sua manipulação. • Isso não significa que esses medicamentos não devam ser devidamente manipulados e em condições limpas e seguras, com o objetivo de evitar contaminação cruzada. • Um dos objetivos é realizar adaptações de formas farmacêuticas para o preparo de medicamentos que não disponibilizados pela indústria farmacêutica. • INFRAESTRUTURA • A RDC 67/07 exige que a farmácia deve ser localizada, projetada, construída ou adaptada, com uma infraestrutura adequada às atividades a serem desenvolvidas, possuindo, no mínimo: • área ou sala para as atividades administrativas; • área ou sala de armazenamento; • área ou sala de controle de qualidade; • sala ou local de pesagem de matérias-primas; • sala (s) de manipulação; Muito comum em unidades pediátricas: Anlodipino, Hidroclorotiazida, Isoniazida, Enalapril, Captopril, Espironolactona, Fluconazol, entre outros. Ex.: Suspenção oral de captopril. • Também pode ser praticado em situações em que são economicamente e estrategicamente viáveis para o hospital. • Isso permite uma formulação personalizada. • área de dispensação; • vestiário; • sala de paramentação; • Sanitários separados; • área ou local para lavagem de utensílios e materiais de embalagem; • depósito de material de limpeza. LEGISLAÇÕES: • RDC 67/07 – Boas Práticas de Manipulação em Farmácias. • RDC 333/03 – Dispõe sobre rotulagem de medicamentos e outras providências. • Medicamentos estéreis são aqueles que são administrados via intravenosa, e portanto, requerem a manutenção da estabilidade para garantir a segurança do paciente. • Envolvem as soluções parenterais (soluções injetáveis) e a nutrição parenteral (nutrição via intravenosa). • Devem ser obedecidas as seguintes orientações: • Estabilidade e Compatibilidade. • Avaliação dos parâmetros físico-químicos (como pH). • Cuidado com a luz sobre as misturas intravenosas. • Cuidado com a temperatura. • Interação com excipientes. • Esterilidade e Apirogenicidade. • Avaliar as fontes de Informação: Bulas, Tabelas de Compatibilidade, Banco de dados, etc. FORMAS FARMACÊUTICAS ESTÉREIS GESTÃO DE RESÍDUOS HOSPITALARES GRUPO A • Resíduos com a possível presença de Agentes Biológicos que, por suas características, podem apresentar risco de infecção Exemplos: • Culturas e estoques de microrganismos; • Resíduos de fabricação de produtos biológicos; • Descarte de vacinas; • Meios de cultura resíduos de laboratórios de manipulação genética; • Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por contaminação; • Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos; corpóreos, recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos corpóreos na forma livre. GRUPO B • Resíduos contendo Produtos Químicosque podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade Exemplos: • Produtos farmacêuticos; • Resíduos de saneantes, desinfetantes; • Resíduos contendo metais pesados; • Reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes; • Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores); • Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas. GRUPO C • Rejeitos Radioativos - Qualquer material que contenha radionuclídeo em quantidade superior aos níveis de dispensa especificados em norma da CNEN e para os quais a reutilização é imprópria ou não prevista. Exemplo: • Rejeito radioativo, proveniente de laboratório de pesquisa e ensino na área da saúde, laboratório de análise clínica, serviço de medicina nuclear e radioterapia, segundo Resolução da CNEN e Plano de Proteção Radiológica aprovado para a instalação radiativa. GRUPO D • Resíduos que Não Apresentam Risco Biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares. Exemplos: • Papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos; • Luvas de procedimentos que não entraram em contato com sangue ou líquidos corpóreos; • Equipo de soro, abaixadores de língua e outros similares não classificados como A; • Sobras de alimentos e do preparo de alimentos; • Resto alimentar de refeitório; • Resíduos provenientes das áreas administrativas; • Resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde. GRUPO E • Resíduos Perfurocortantes ou Escarificantes Exemplos: • Lâminas de barbear; • Agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas; • Fios ortodônticos cortados, próteses bucais metálicas inutilizadas; • Pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas, tubos capilares; • Micropipetas, lâminas e lamínulas, espátulas; • Todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri). A B C D E GESTÃO DA QUALIDADE HOSPITALAR: CERTIFICAÇÕES E INDICADORES Modalidade de armazenamento criada para atender geradores de resíduos dos grupos B e C que apresentam volumes pequenos de resíduos destes grupos, e estes poderão ficar armazenados em um local específico dentro da própria área de trabalho, até que haja um volume significativo que justifique o custo com a coleta e o tratamento. O armazenamento temporário consiste na guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta dentro do estabelecimento e otimizar o deslocamento entre os pontos geradores e o ponto destinado à disponibilização para coleta externa. • A razão de ser hospital é o paciente. Desta forma ele é o centro da atenção da equipe de saúde no desenvolvimento de suas atividades. • As iniciativas relativas aos processos de certificação no Brasil foram vistas com bastante otimismo, por possibilitarem o desenvolvimento dos processos com mais qualidade, seguindo-se uma cartilha pré- estabelecida de padrões considerados aceitáveis para o atendimento do paciente com segurança. • Existem diversos instrumentos de qualidade usados no hospital: ISO9001-2000, ONA, CQH, PNGS, PQGF, entre outros. • As iniciativas seguiram esta sequência: • 1991 – CQH – Programa de Controle de Qualidade Hospitalar que possui o apoio da Associação Paulista de Medicina e PNGS – Prêmio Nacional de Gestão em Saúde; • 1999 – CBA – Consórcio Brasileiro de Acreditação, agência credenciada a realizar a auditoria pela metodologia da Joint Commission International (JCI); • 1999 – ONA – Organização Nacional de Acreditação que surge para ser a metodologia nacional e adequada à realidade brasileira das instituições de saúde; • 2008 – CCHSA – Canadian Council on Health Services Accreditation, canadense; • NIAHO – National Integrated Accreditation for Healthcare Organizations, norueguesa. CERTIFICAÇÃO • É um conjunto de atividades desenvolvidas por um organismo independente com o objetivo de atestar publicamente, por escrito, que determinado produto, processo ou serviço está em conformidade com os requisitos especificados. Estes requisitos podem ser nacionais, estrangeiros ou internacionais. ACREDITAÇÃO • É um processo de certificação voluntária que visa introduzir nas instituições prestadoras de serviços de assistência à saúde, a cultura da qualidade. A acreditação de organizações de saúde se apresenta como uma forma de qualificar a competência dos serviços, e não como uma mera certificação (apesar de esta última ser uma opção de um programa de qualidade). Trata-se de um mecanismo comprometido com a elevação do nível de qualidade dos Serviços de Saúde. • Selo ou certificado – é fornecido quando a organização dos recursos e atividades evidencia um processo cujo resultado final é uma assistência à saúde de qualidade. • Atualmente no Brasil existem algumas organizações desenvolvendo processos de acreditação hospitalar distintos, com métodos próprios e sistemática de avaliação semelhante. • As certificações nacionais: • A certificação internacional e as estrangeiras: • Na aula de Administração Farmacêutica disponível na Plataforma Nova Classe, explico sobre diversas ferramentas de gestão e de qualidade na área farmacêutica, entre elas, pode-se citar: Ciclo PDCA, 5W2H, SWOT, PES, Zoop, Indicadores de Qualidade, etc. FARMÁCIA CLÍNICA BREVE RESGATE HISTÓRICO • Início: •BOTICÁRIO – Manipulação de ervas medicinais – Poucos diagnósticos na época, baixo arsenal terapêutico e “alto status” (Só o Boticário detinha de todo conhecimento). • FARMACÊUTICO – Nasce o curso de Farmácia – Substituição do Boticário pelo Farmacêutico graduado e diplomado. • INDÚSTRIA – 1ª e 2ª guerra mundial – Mortes e feridos – o Farmacêutico não conseguia atender a demanda nessa época. Nasce a necessidade de uma produção em grande escala. • Perda de status do Farmacêutico (agora a farmácia de manipulação já não é mais tão procurada), nasce a Drogaria (apenas para comercialização e no início sem obrigatoriedade do profissional no estabelecimento). • Busca de uma Nova Identidade (1960): E.U.A – A perda do papel farmacêutico nas farmácias ocorrida após a industrialização do setor foi enfrentada com relativo sucesso no âmbito hospitalar por meio de uma nova disciplina que pretendia resgatar a participação do profissional ne equipe de saúde, a Farmácia Clínica. • 1990 – Hepler & Strand – Cria-se o termo Pharmaceutical Care. CUIDADO FARMACÊUTICO X FARMÁCIA CLÍNICA X ATENÇÃO FARMACÊUTICA FARMÁCIA CLÍNICA • Farmácia Clínica é uma especialidade das Ciências Farmacêuticas, cuja prática é responsabilidade do Farmacêutico. • Compreende o julgamento e a interpretação na coleta de dados necessários para otimização da farmacoterapia, com ação integrada à equipe de saúde. • O Farmacêutico Clínico está apto a identificar sinais e sintomas, implementar, monitorar a terapia medicamentosa e orientar o paciente, atuando em conjunto com outros profissionais da saúde visando a efetividade da terapia medicamentosa. • ATENÇÃO FARMACÊUTICA = CUIDADO FARMACÊUTICO • Hepler and Strand (1990): Esforços em trazer o farmacêutico para o cuidado ao paciente, inclusive na farmácia comunitária. • É a interação direta do farmacêutico com o usuário, visando uma farmacoterapia racional, e a obtenção de resultados definidos e mensuráveis, voltados para a melhoria da qualidade de vida. ATRIBUIÇÕES SEGUNDO A RDC 585/2013 • Solicitar exames laboratoriais (Monitoramento da Farmacoterapia). • Avaliar resultado de exames laboratoriais. • Monitorar níveis terapêuticos de medicamentos (Farmacocinética Clínica). • Determinar parâmetros bioquímicos e fisiológicos do paciente. • Identificar, avaliar e intervir nas IM clinicamente significantes. • Detectar e resolver PRM e outros problemas relacionados à farmacoterapia.• Administrar medicamentos. • Orientação quanto a administração de formas farmacêuticas. • Elaborar plano de cuidado farmacoterapêutico do paciente e pactuar com o paciente e outros profissionais da saúde. FARMÁCIA CLÍNICA RDC 585/2013 • Fazer conciliação de medicamentos no ato da admissão, transferência e alta do paciente. • Fazer evolução farmacêutica e registrar no prontuário. • Manejo de problemas de saúde autolimitado - suporte. • Prescrição farmacêutica (RDC 586/2013) • Rastreamento em saúde, baseado em evidências técnico- científicas. FARMÁCIA CLÍNICA CENTRO DE INFORMAÇÕES DE MEDICAMENTOS • O Centro de Informações de Medicamentos (CIM) é um local onde são reunidas, analisadas, avaliadas e fornecidas informações sobre medicamentos, visando o seu uso racional. • No ambiente hospitalar é crucial que exista um CIM, ainda mais levando em consideração a complexidade do cuidado. PROTOCOLOS CLÍNICOS E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS • • Informações que podem ser passadas pelo CIM: • Farmacocinética/Farmacodinâmica/Farmacoterapia • Estabilidade e Conservação • Legislação atual • Nutrição • Posologia/Dosagem/Apresentação/Vias de adm. • Interações Medicamentosas/Contraindicações/RAM’s/ Teratogenicidade/ Toxicidade • Compatibilidades/Diluentes • Nomes genéricos (P.A) e comerciais (referências e similares) • Etc. • As informações levantadas devem ser de fontes confiáveis. • Os PCDT são documentos que estabelecem critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à saúde; o tratamento preconizado, com os medicamentos e demais produtos apropriados, quando couber; as posologias recomendadas; os mecanismos de controle clínico; e o acompanhamento e a verificação dos resultados terapêuticos. Devem ser baseados em evidência científica e considerar critérios de eficácia, segurança, efetividade e custo-efetividade das tecnologias recomendadas. • No ambiente hospitalar os PCDT promovem a padronização das condutas médicas, isso é, auxiliam na uniformização dos tipos de tratamento para determinados diagnósticos. • Eles organizam e facilitam a tomada de decisões da gestão hospitalar. • Os farmacêuticos podem atuar na pesquisa bibliográfica de protocolos farmacoterapêuticos existentes e verificar quais se encaixam melhor na realidade da instituição hospitalar que atua. Com base nesses protocolos pesquisados, é importante avaliar qual desses protocolos apresenta melhores resultados farmacoeconômicos. • Processo de revisão do tratamento do paciente antes e depois da transição de cuidados, evitando eventos adversos (IM, RAM, Incompatibilidades, duplicidade terapêutica, etc.). CONCILIAÇÃO DE MEDICAMENTOS • A avaliação da receita é um procedimento diário na vida do farmacêutico e dos técnicos em farmácia. • Além dos aspectos legais, deve ser avaliado os aspectos técnicos e assistenciais, como por exemplo: • Indicação do medicamento • Dosagem/Posologia/Via de adm. • Duplicidade terapêutica • Avaliação da Segurança: IM, RAM, etc. • Avaliação da Efetividade: Medicamento corretamente adequado para aquela condição clínica? • Medicamento não padrão. • Consultar quando necessário: • Prontuário do paciente (evoluções) • Exame clínico e laboratorial ANÁLISE DE PRESCRIÇÃO • Quem está apto para fazer a Conciliação: Médicos, Enfermeiros e Farmacêuticos. • O que avaliar: • Se os medicamentos são indicados. • Se faltou algum medicamento na prescrição. • Avaliar substituições terapêuticas. • Verificar se houve algum medicamento suspenso. • Avaliar ajuste de dose e/ou posologia. • O prontuário do paciente é um importante instrumento no cotidiano dos profissionais da saúde. Além de ser obrigatório para todos os usuários, é indispensável para uma assistência de qualidade e para a segurança dos pacientes. ALTA FARMACÊUTICA • O Farmacêutico pode e deve fazer alta no ambiente hospitalar, ao que tange a orientação sobre o uso correto e seguro dos medicamentos. • O que pode ser apontado durante o processo de alta farmacêutica: •Educação ao Paciente (avaliar tudo: crenças/medo/ansiedade, etc.) • Efeito benéfico e adverso esperado • Orientação de quando deve interromper o tratamento e procurar ajuda médica/farmacêutica • Modo de adm., posologia, duração do tratamento, etc. • Interações medicamentosas, com alimentos, etc. • Armazenamento adequado dos medicamentos. PRONTUÁRIO • O prontuário necessita ter: •Dados do paciente • Anamnese • Laudos de exames: é necessário conter análises complementares (urina, sangue, etc.), imagens ultrassonografia, RX, ressonância, entre outras; • Evolução • Termos de consentimentos/responsabilidade • Motivos de transferência, alta ou óbito: declarações da causa da transferência, registros das condições de alta e plano do óbito; • Documentos diversos: descrição cirúrgica, laudos de consultoria, atestados de quimioterapia, radioterapia, hemodiálise, entre outros. O PAPEL DO FARMACÊUTICO NA COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR BREVE HISTÓRICO • A ideia de se criar Comissões dedicadas ao controle de Infecção Hospitalar nasceu nos EUA. • Surgiu devido a uma pandemia de infecções causadas por Staphylococcus aureus que atingiu o país nas décadas de 50 e 60. FUNÇÃO DO CCIH • Existem diversas infeções ocorridas no hospital, mas as principais são: pneumonia, infeção urinária, da corrente sanguínea e do sítio cirúrgico. • São diversas atividades desenvolvidas pelo CCIH, entre elas: • Vigilância/Prevenção • Educação • Investigação de surtos • Controle de antibióticos • Implantação de políticas de controle de infecção PAPEL DO FARMACÊUTICO NO CCIH • São diversas funções do Farmacêutico no CCIH, entre elas, pode-se citar: • Redução da transmissão de infecções • Promoção do URM dos antimicrobianos • Educação continuada para os profissionais de saúde e pacientes • Trabalho integrado com a CFT na seleção de antimicrobianos • Trabalho integrado com o Laboratório de Microbiologia • Orientação quanto ao uso correto de medicamentos, antissépticos, desinfetantes e esterilizantes • Auditoria periódica dos equipamentos da área limpa (capela de fluxo laminar, por exemplo) • Estímulo do uso de EPI’s • Estímulo do uso de embalagens dose única para produtos estéreis • Etc. FARMACOVIGILÂNCIA Ciência relativa à detecção, avaliação, compreensão e prevenção dos efeitos adversos ou quaisquer problemas relacionados a medicamentos quando estes são liberados para comercialização. EVENTOS ADVERSOS • Agravos à saúde de um usuário ou de um paciente que podem estar presentes durante o tratamento com um produto farmacêutico, podendo ser erros de medicação, desvios de qualidade dos medicamentos, reações adversas, interações medicamentosas e intoxicações. • QUEIXAS TÉCNICAS • Ocorrência de afastamentos ou desvios dos parâmetros de qualidade de medicamentos exigidos para a comercialização ou registro dos medicamentos. • Podem ocasionar eventos adversos se não detectados antes da administração. OBJETIVOS: • Detecção de reações adversas desconhecidas e interações • Detecção do aumento da frequência das reações adversas conhecidas • Identificação dos fatores de risco e os possíveis mecanismos de desenvolvimento de reações adversas • Estimação dos aspectos quantitativos de análise risco- benefício e disseminação da informação necessária para promover a prescrição e regulação dos fármacos EVENTOS ADVERSOS MONITORADOS PELA FARMACOVIGILÂNCIA • Reações adversas • Inefetividade terapêutica • Desvios de qualidade que afetam a saúde dos usuários • Erros de medicação • Interações medicamentosas • Problemas decorrentes do uso off-label EXEMPLOS DE NOTIFICAÇÕES DE EVENTOS ADVERSOS: • Incidente / evento adverso durante procedimento cirúrgico; • Queda do paciente; • Úlcera por pressão (feridas na pele provocadas pelo tempo prolongado sentado ou deitado); • Reação adversa ao uso de medicamentos; • Inefetividade terapêutica de algummedicamento; • Erros de medicação que causaram ou não dano à saúde do paciente (por exemplo, troca de medicamentos no momento da administração); • Evento adverso decorrente do uso de artigo médico- hospitalar ou equipamento médico-hospitalar; • Reação transfusional decorrente de uma transfusão sanguínea; • Evento adverso decorrente do uso de um produto cosmético; • Evento adverso decorrente do uso de um produto saneante. EXEMPLOS DE NOTIFICAÇÕES DE QUEIXAS TÉCNICAS: • Produto (todos listados acima, exceto sangue e componentes) com suspeita de desvio da qualidade. • Produto com suspeita de estar sem registro. • Suspeita de produto falsificado. • Suspeita de empresa sem autorização de funcionamento. • Exs.: • Frasco de omeprazol com pó na cor amarela enquanto nos demais a cor é branca: Avaliação do caso: possível reação de degradação. cor é branca: Avaliação do caso: possível reação de degradação. • Conteúdo da ampola de solução de sulfametoxazol + trimetoprima apresentando partículas aparentemente oleosas, que após agitação se desfazem e turvam a solução: Avaliação do caso: possível contaminação. • Comprimidos soltando pó ou quebrando dentro do blíster: Avaliação do caso: possível problemas de dureza. • DOU está especificado ampola âmbar e farmácia recebe ampola transparente: Avaliação do caso: possível problema de registro. OBRIGADA E-book oferecido pelo Centro Educacional Sete de Setembro em parceria com o Professor Murilo Paiva. para o curso de "Farmácia Hospitalar ".