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Renascimento comercial e urbano

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E.E Professor Antônio Candido Corrêa Guimarães Filho
História – Prof º Erik Neri da Silva
1º ano do Ensino Médio
Renascimento Comercial
 Renascimento Comercial foi uma das vertentes do Renascimento Italiano, movimento cultural, econômico e político surgido na Itália, no século XIV.
Ao lado do Renascimento Cultural e Urbano, o Renascimento Comercial foi marcado pela intensificação das relações comerciais entre as nações, pondo fim ao sistema feudal e dando início ao capitalismo comercial.
Contexto Histórico: Resumo
O fim do sistema feudal e o surgimento do sistema capitalista foram fundamentais para consolidar a expansão do comércio.
Entretanto, foi a partir das Cruzadas (entre os séculos XI e XIII), expedições militares de caráter econômico, político e religioso, que as relações comerciais foram fortalecidas com o Oriente.
Além disso, a abertura do Mar Mediterrâneo foi essencial para o aumento das rotas comerciais entre os países, levando ao fim do período da Idade Média e o início da Idade Moderna.
O Renascimento, aliado ao cientificismo e ao humanismo vigentes, consagraram novas formas de ver o mundo. Assim, o antropocentrismo, ou seja o homem como centro do mundo, foi substituído pelo teocentrismo medieval, onde Deus estava no centro do Universo, e a vida das pessoas giravam em torno da religião.
Para tanto, a “Idade das Trevas” (cunhada por alguns humanistas para indicar o período sombrio e estático da Idade Média), perdurou durante muito tempo na Europa, do século V ao século XV, e estava baseado numa sociedade monárquica onde o rei era o senhor mais soberano, seguido da nobreza e do clero.
Os servos, eram os últimos da estrutura hierárquica medieval, e que decerto não possuíam poder e/ou as mesmas possibilidades que os estamentos acima (nobreza e clero).
Apoiados à crise do regime feudal, os humanistas italianos alegavam que o período anterior do Medievo esteve marcado por um grande retrocesso humano, em relação às produções clássicas.
Para tanto, a ideia central desses intelectuais, artistas e pensadores humanistas eram sobretudo, a valorização do homem, na medida em que expressavam e disseminavam essa nova visão de mundo, a qual emergia aliada às transformações sociais, políticas e econômicas da Europa.
De tal modo, além da crise do sistema feudal, as grandes navegações ultramarinas do século XVI, donde Portugal foi um dos pioneiros, altera e expande a mentalidade dos homens, aliados ao cientificismo da Teoria Heliocêntrica (Sol no centro do mundo), proposta pelo matemático e astrônomo Nicolau Copérnico, em detrimento do Geocentrismo aceito pela Igreja, donde a terra era o centro do Universo.
Essa nova forma de ver o mundo, alterou significativamente a mentalidade dos homens, questionando os velhos valores num impasse desenvolvido entre a fé a razão.
Além desses fatores essenciais para a transformação da sociedade medieval, o aparecimento de uma nova classe social, denominada burguesia, consolidam o novo sistema social, econômico e político.
Nesse ínterim, os burgueses que viviam nas pequenas cidades medievais amuralhadas denominadas “burgos”, começaram a desenvolver o comércio interno, impulsionadas pelas feiras livres, locais de compra e venda de produtos diversos.
Para saber mais sobre aspectos das feiras medievais, leia o artigo: História e Origem das Feiras.
Note que o sistema feudal já não conseguiu suprir as necessidades de todos os seus habitantes, de forma que uns fugiam e outros eram expulsos pelos senhores de terra.
Com efeito, esse grupo de marginalizados seguiam para as cidades (burgos) em busca de melhor qualidade de vida, sendo que aqueles que se dedicaram ao comércio ambulante, foram aos poucos constituindo a nova classe social que, mais tarde, substituirá o sistema anterior, detendo os meios de produção e o acúmulo de capital: a burguesia.
Assim sendo, as feiras-livres (donde se destacam a feira de Champagne, na França, e a de Flandres, na Bélgica) foram essenciais para o desenvolvimento de atividades manufatureiras, aumento da circulação de mercadorias, o retorno das transações financeiras, o reaparecimento da moeda e formação de associações de controle de produção e comércio (Ligas Hanseáticas, Guildas Medievais e Corporações de Ofício).
Ainda que as cidades italianas de Veneza, Florença e Gênova se destacaram com a abertura do Mar Mediterrâneo, no século XV e XVI, posto que utilizaram o mar como rota marítima de comércio, sobretudo de especiarias vindas do Oriente, a expansão ultramarina tornou o mar uma nova rota comercial, substituindo, dessa maneira, o eixo comercial do Mediterrâneo para o Oceano Atlântico, com a descobertas das terras no novo mundo.
Renascimento Urbano
O Renascimento Urbano representou uma das vertentes que formaram o movimento Renascentista, ao lado do Renascimento Cultural e Comercial.
Vale lembrar que o Renascimento Italiano foi um movimento econômico, artístico e cultural que dominou a mentalidade europeia durante séculos: do XIV ao século XVII. Assim, o Renascimento Urbano está associado ao florescimento e desenvolvimento das cidades medievais, os “Burgos”.
Contexto Histórico: Resumo
No último período da Idade Média, denominado Baixa Idade Média (século X ao século XV), a Europa passava por diversas transformações nos campos político, econômico e social, de forma que a queda de Constantinopla, em 1493, representou o fim da Idade Média e o início da Idade Moderna.
Esse período esteve marcado pela decadência do sistema feudal, formado basicamente de dois grupos sociais: os senhores (proprietários de terras, os feudos) e os servos (trabalhavam e viviam nos feudos). A sociedade feudal era estamental, posto que não possuía mobilidade social, ou seja, se nasceu servo, morrerá servo.
Acima do senhor feudal estavam o Rei, a Nobreza e o Clero, os três grupos que detinham o poder. Dessa forma, o Rei representava o poder supremo, seguido da nobreza (importante figuras) e o Clero, associado ao poder religioso da Igreja Católica.
Esse último grupo dominante possuía claros privilégios em relação ao povo, de modo que somente eles tinham acesso aos assuntos políticos, econômicos e religiosos, bem como ao conhecimento dos livros, posto que representavam a parcela mínima que sabia ler e escrever.
Além da explosão demográfica oriunda das Cruzadas, a qual gerou uma população marginalizada que foi em busca de libertar a Terra Santa, e por fim, ficou sem emprego, terras e dinheiro, a melhoria das técnicas agrícolas (rotação de culturas, moinho hidráulico, charrua, etc.) foi um dos importantes fatores para o crescimento populacional nos feudos, o qual possuíam uma economia autossuficiente (consumo local).
Diante disso, o desenvolvimento das rotas comerciais europeias, a partir das Cruzadas (expedições de caráter religioso, econômico e militar que ocorreram entre os séculos XI e XIII) e da intensificação do comércio, sobretudo de especiarias no Mar Mediterrâneo, tornaram evidente o florescimento dos Burgos (pequenas cidades medievais fortificadas), que, anteriormente, estavam ligados ao feudo apenas como centros religiosos e militares donde habitavam os reis, nobres, bispos e alguns comerciantes.
Diante desse contexto, alguns servos, insatisfeitos com as condições rudes e estáticas do sistema feudal fugiam (ou eram expulsos pelo senhor) para os burgos, em busca de melhores condições de vida, desde o trabalho livre assalariado.
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