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© Rev. HISTEDBR On-line Campinas, SP v.22 1-7 e022047 2022 [1] RESENHA FILGUEIRAS, V. A. “É tudo novo”, de novo: narrativas sobre grandes mudanças no mundo do trabalho como ferramenta do capital. 1. ed. São Paulo: Boitempo, 2021. 207 p. AS NARRATIVAS SOBRE AS MUDANÇAS NO MUNDO DO TRABALHO: QUAIS “NOVIDADES” NA DINÂMICA DO CAPITAL? Gislei José Scapin* Secretaria Municipal de Educação de Panambi Liliana Soares Ferreira** Universidade Federal de Santa Maria A Revista HISTEDBR On-line publica artigos resultantes de estudos e pesquisas científicas que abordam a educação como fenômeno social em sua vinculação com a reflexão histórica Correspondência ao Autor Nome: Gislei José Scapin E-mail: gjscapin@gmail.com Instituição: Secretaria Municipal de Educação de Panambi, Brasil Submetido: 09/03/2022 Aprovado: 03/05/2022 Publicado: 06/12/2022 10.20396/rho.v22i00.8668650 e-Location: e022047 ISSN: 1676-2584 Como citar ABNT (NBR 6023): SCAPIN, G. J.; FERREIRA, L. S. As narrativas sobre as mudanças no mundo do trabalho: quais “novidades” na dinâmica do capital? Revista HISTEDBR On- line, Campinas, SP, v. 22, p. 1-7, 2022. DOI: 10.20396/rho.v22i00.8668650. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/o js/index.php/histedbr/article/view/8 668650. Acesso em: 6 dez. 2022. Distribuído Sobre Checagem Antiplágio https://orcid.org/0000-0002-6996-2158 http://lattes.cnpq.br/8465343376412459 https://orcid.org/0000-0002-9717-1476 http://lattes.cnpq.br/4007512293061299 © Rev. HISTEDBR On-line Campinas, SP v.22 1-7 e022047 2022 [2] RESENHA Como o capital articula suas forças e se mobiliza estrategicamente para legitimar, reproduzir e radicalizar as práticas empresariais e as políticas públicas para atacar aqueles que vivem do (seu próprio) trabalho? Qual é a tática utilizada pelos agentes do capital, no âmbito da disputa política, para convencer os trabalhadores e as instituições da urgente adaptação a uma suposta “nova” realidade? Propor alternativas para identificar e perquirir essas questões é tarefa assumida pelo Professor Vitor Araújo Filgueiras em sua nova elaboração teórica, tendo por suposto, também, elaborações empíricas, cujo título é “É tudo novo”, de novo: as narrativas sobre grandes mudanças no mundo do trabalho como ferramenta do capital. A obra foi lançada à crítica no intuito de estimular o debate acerca das mudanças e “novidades” no mundo do trabalho e alertar sobre a retórica do capital para preservar a sua hegemonia e o gerenciamento do status quo da sociedade. A referida obra, aqui resenhada, foi publicada pela Boitempo Editorial, no ano de 2021 (novembro), situada na Coleção “Mundos do Trabalho” e, embora não ocorra uma referência direta e explícita, ela tece e instrumentaliza, nas entrelinhas, elementos para reflexão sobre as “novidades” situadas também no campo da Educação e da formação da classe trabalhadora. Do ponto de vista dos arranjos estruturais e comentários externos à obra, ela apresenta em sua “periferia”, nas lapelas do livro, algumas considerações tecidas pelo sociólogo do trabalho, Ricardo Antunes, destacando a pertinência do trabalho desenvolvido por Vitor ao desvelar e contrapor as imposturas do capital em sua estratégia de construir narrativas para forjar o novo com intuito de manter a velha ordem. Na quarta capa ou contracapa, constam as considerações de Renata Dutra e Lys Sobral que, respectivamente, evidenciam a sagacidade do autor ao desnudar a estratégia de dominação do capital pela via da elaboração de discursos sobre o “novo” e ao reivindicar a defesa do trabalho e dos trabalhadores para construir uma sociedade menos injusta e desigual. O livro conta com o Prefácio de José Dari Krein (pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho – Cesit/IE/Unicamp) que argumenta sobre a importante contribuição das elaborações de Vitor Filgueiras “[...] para a identificação e a desmistificação das narrativas dominantes que têm justificado e legitimado as políticas em favor do capital nos últimos quarenta anos.” (FILGUEIRAS, 2021, p. 11). Krein também destaca a preocupação didática do autor ao, por exemplo, apresentar à primeira vista as “novidades” mobilizadas pela narrativa do capital e, posteriormente, elevá-las ao confronto com os dados da realidade, buscando desmistificar o discurso e identificar o nexo causal entre ele e os objetivos do capital que suscitaram a sua elaboração. Feito esse preâmbulo de caracterização, encaminha-se para uma descrição e análise mais pontual da elaboração de Vitor. O autor explica, na seção da “Apresentação”, que a referida obra sintetiza “[...] achados e argumentos de minhas pesquisas e atividades profissionais nos últimos quinze anos. Parte fundamental das percepções e análises desenvolvidas nesse período decorre de minhas atividades como auditor fiscal do trabalho, cargo que ocupei entre 2007 e 2017.” (FILGUEIRAS, 2021, p. 9). Ademais, considera os resultados obtidos em suas pesquisas de doutoramento, defendida em 2012, e pós- © Rev. HISTEDBR On-line Campinas, SP v.22 1-7 e022047 2022 [3] RESENHA doutoramento, entre 2014 e 2016, uma na Unicamp e outra na Universidade de Londres; assim como considera os resultados, finais ou em andamento, dos seguintes projetos de pesquisa e extensão: “Caminhos do Trabalho: tendências, dinâmicas e interfaces, do local ao global” (2017 – em andamento); “Vida pós-resgate: trabalhadores resgatados em situação análoga à de escravos: investigação dos seus destinos e análise das políticas de assistência” (2017 e em andamento); “Os impactos jurídicos, econômicos e sociais da reforma trabalhista: análise teórica e empírica das experiências internacionais [...]” (2018 – 2019); atividades da “Rede de Estudos e Monitoramento Interdisciplinar da Reforma Trabalhista – Remir (2018 e em andamento); e Impactos da Reforma Trabalhista: comparação entre Brasil e Espanha [...]”, em 2020. (FILGUEIRAS, 2021, p. 10). Para situar e contextualizar o objetivo de sua obra, Vitor inicia argumentando que “Sem dúvida, o mundo do trabalho tem passado por grandes transformações nas últimas décadas em escala global [...]” (FILGUEIRAS, 2021, p. 15), a taxa de desemprego, por exemplo, é um dado objetivo, grave e recorrente no pós-guerra. Entretanto, adverte o autor, que o debate acerca de tais transformações está sendo pautado pelas empresas e seus representantes como, por exemplo, os organismos multilaterais e as associações corporativas. O agravante disso, que é, inclusive, o objeto de análise do autor, é a difusão de narrativas produzidas no interior das forças corporativas e “[...] repetidas como ondas, que noticiam grandes transformações que afetariam radicalmente o mundo do trabalho. Em comum, todos os anúncios concluem que é necessário adaptar o mundo do trabalho às modificações por eles diagnosticadas.” (FILGUEIRAS, 2021, p. 16). Em suma, o autor agrupa as narrativas do grande capital em quatro eixos, expressando seu caráter didático: 1) novo cenário internacional; 2) novas tecnologias; 3) novas empresas; 4) novos trabalhadores. Tudo “novo” (!?). Diante disso, o compromisso de Vitor é “[...] analisar essas narrativas empresariais propagadas pelo mundo nas últimas décadas, apresentando-as, contrastando-as com as evidências empíricas, discutindo sua lógica, mostrando seus impactos [...]” para, por fim, elencar alternativas para contrapor as narrativas em voga pelo capital. (FILGUEIRAS, 2021, p. 17). A tese do autor é que, a partir de recursos ideológicos de convencimento (e de chantagem, em certa medida), as narrativas do capital acerca das “novidades” no mundo do trabalho (flexibilização, terceirização, empreendedorismo, por exemplo), “[...] buscam legitimar políticas públicas e práticas que destroemdireitos e condições dignas de trabalho, ampliam a desigualdade e o desemprego.” (FILGUEIRAS, 2021, p. 18). Entende-se, com isso, que a tarefa assumida pelo autor e levada a cabo em “é tudo novo”, de novo está em – mediante a todo e qualquer discurso, retórica, narrativa ou anuncio1 produzido pelo capital para reivindicar alguma mudança, salto/avanço quali/quanti ou adequação – questionar: o que há de “novo”? E a quem interessa essas “mudanças” ou o/a discurso/narrativa sobre elas? Tomando como referência, para o embate/enfrentamento, os dados e fatos da realidade, que denunciam as contradições dissimuladas pelas narrativas capitalistas, o autor produz sua análise a partir das seguintes bases e dados, além dos resultados dos projetos de pesquisa e © Rev. HISTEDBR On-line Campinas, SP v.22 1-7 e022047 2022 [4] RESENHA extensão mencionados: informações e indicadores internacionais (OCDE, OIT, Eurostat, INE, NOS, LFS) e nacionais (Pnad, IBGE, Rais, FGTS, Ipeadata); relatórios da Inspeção do Trabalho e decisões da Justiça, assim como documentos de entidades empresariais e empregadores específicos; casos estudados in loco nos estabelecimentos empresariais e entrevistas com trabalhadores, sindicalistas, agentes públicos e empresas no Brasil, Reino Unido, Espanha e Coreia do Sul. No primeiro capítulo, “1. É tudo novo”, Vitor Filgueiras apresenta de “forma telegráfica”, ou seja, tal como o próprio capital idealizou, projetou, emitiu e justificou suas narrativas nos anos 1980 e 1990, sistematizadas em quatro eixos (já citados) que se combinam e retroalimentam. O autor contextualiza o quadro histórico e a base material que suscitou a dinâmica e a necessidade das mudanças e a elaboração das narrativas. Nesse contexto, o “novo” que tangencia a narrativa do capital a partir dos quatro eixos supracitados, respectivamente, é: a) o receituário dos organismos internacionais do capitalismo (FMI, OCDE, Banco Mundial), que incide sobre o Estado (reforma trabalhista e flexibilização); b) nos anos 1980 e 1990, a Terceira Revolução Industrial propicia uma gestão do trabalho mais automatizada e uma produção enxuta, acentuando as oportunidades de “[...] emprego melhores, menos pesados e repetitivos, e mais criativos [...]” (FILGUEIRAS, 2021, p. 34); c) a terceirização é a chave do progresso e da competividade da empresa enxuta e flexível para “[...] garantir a sobrevivência das corporações no novo padrão de competição e, por conseguinte, a manutenção ou ampliação dos postos de trabalho” (FILGUEIRAS, 2021, p. 38); d) o novo trabalhador reivindicado para o “novo” mundo do trabalho deverá ser capaz de “[...] achar e proteger o próprio emprego (ou se tornar empresário) e a própria vida.” (FILGUEIRAS, 2021, p. 38), uma vez que o Estado menos ativo (aliado ao enxugamento da empresa e ao avanço tecnológico) não dará conta de combater o desemprego com suas políticas (proteção e direitos do trabalho), o empreendedorismo é a chave e a qualificação é o caminho para o novo trabalhador em condição de empregabilidade. No capítulo “2. De novo...”, Vitor Filgueiras empreende um movimento de continuidade às narrativas do capital sobre as “novidades” do mundo do trabalho, mas, desta vez, tendo como quadro histórico os anos 2000 e a base material do avanço neoliberal e a crise dos anos 2008. É sabido que “modernização”, “flexibilização” e “qualificação” são termos-chaves das narrativas do capital em ambas ondas ou blocos de elaborações acerca do “novo” mundo do trabalho. O que caracteriza a segunda onda é a intensificação dos arranjos preconizados pelo capital quando o assunto é legislação trabalhista, emprego e empregabilidade, formação e tecnologias. Nesse novo contexto, os quatros eixos se caracterizam, respectivamente: a) no pós-crise de 2008, o capital reivindica uma maior flexibilização no âmbito trabalhista, priorizando acordos individuais sobre os coletivos; b) a Indústria 4.0 configura o novo salto tecnológico; c) as empresas alegam uma relação de trabalho não mais pela via da contratação de serviços, mas pela compra de um produto, além de exigirem maior legalização do trabalho autônomo e da informalidade, uma vez que o uso das TIC (aplicativos e plataformas) viabilizam novas dinâmicas produtivas e de consumo; © Rev. HISTEDBR On-line Campinas, SP v.22 1-7 e022047 2022 [5] RESENHA d) a narrativa sobre os novos trabalhadores trata da “[...] necessidade de cortes de direitos e o papel da qualificação e do empreendedorismo para resolver o problema do desemprego voltam com força redobrada [...]” (FILGUEIRAS, 2021, p. 61), novas habilidades cognitivas e socioemocionais são o substrato do “novo” trabalhador dono de seu próprio negócio (neoempreendedor) ou disposto a se adaptar ao trabalho cada vez mais tecnológico e digital, sem garantias de direitos, salário e suporte sindical. Diante do exposto, ambos capítulos abordam temas coincidentes, entretanto, em quadros históricos distintos e com arranjos discursivos cada vez mais intensos, além de, por ora, Vitor ainda não empreender um movimento de contraposição às narrativas supracitadas. É a partir do capítulo “3. É tudo novo? De novo?”, que o autor inicia um movimento de contraposição, de questionamento das narrativas mais convincentes e mais acentuadas no discurso dos representantes do capital. Vitor, seguindo a organização dos quatro eixos já citados que orientam toda a análise, destaca conceitos e categorias pontuais utilizadas, reiteradamente, pelo capital em suas investidas discursivas sobre as mudanças no mundo do trabalho e a necessidade do “novo”, tais como: desemprego, flexibilização, reformas, qualificação, tecnologia e criatividade, terceirização, autonomia e (neo)empreendedorismo. O autor não nega as mudanças que, de fato, ocorreram no mundo do trabalho nos últimos anos, entretanto, numa espécie de dialética do “novo”, Vitor apresentar as contradições dissimuladas nos discursos do capital a partir do contraste de suas narrativas com dados produzidos por estudos e pesquisas nacionais e internacionais, assim como os indicadores apresentados por órgãos de controle e fiscalização do trabalho. Nesse movimento, as promessas elaboradas pelo capital, numa espécie de jogo de linguagem, não encontram respaldo ou correspondência entre o “dito” (a narrativa) e a “coisa” (a realidade material), pois as narrativas “[...] apresentam o ‘novo’ para promover o ‘velho’ [...]” (FILGUEIRAS, 2021, p. 117) e, nesse sentido, as “novidades” envernizam formas inéditas e modernas de relações de trabalho, produção e qualificação para preservar (ou resgatar) as velhas ofensivas do capital contra o trabalho. No capítulo “4. A assimilação do ‘novo’ e as profecias autorrealizáveis”, o autor direciona sua análise à tarefa de desvelar o mecanismo de propagação e o potencial de convencimento das narrativas elaboradas pelo capital, apropriadas e reproduzidas por setores e sujeitos que, em tese, representam o direito e a proteção do trabalho, quais sejam: os sindicatos, as instituições do direito do trabalho – inclusive as academias – e os próprios trabalhadores. Vitor empreende esforços para caracterizar o movimento de cooptação da subjetividade dos trabalhadores e da manipulação realizada sobre os setores sindicais, uma vez que ocorre uma espécie de “conciliacionismo” (FILGUEIRAS, 2021, p. 159), a fim de cumprir com a agenda empresarial no ataque à regulação protetiva do trabalho e na intensificação das formas precárias de contratação. O caráter mais emblemático desse movimento fica evidente nos argumentos dos próprios trabalhadores, conforme as entrevistas e os dados produzidos por Vitor, posto que, mesmo entendendo as contradições, não apresentam ou vislumbram alternativas para sua superação. As profecias se © Rev. HISTEDBR On-line Campinas, SP v.22 1-7 e022047 2022 [6] RESENHAautorrealizam uma vez que “[...] aqueles que deveriam ou poderiam fazer oposição a esses ataques acreditam nelas.” (FILGUEIRAS, 2021, p. 159). A assimilação das narrativas do capital, legitimando a ausência de proteção do trabalho, se retroalimenta no discurso sobre as “novidades”. Ao fim e ao cabo, no capítulo “5. Precisamos de novidades”, uma vez constatadas as transformações no mundo do trabalho, Vitor reconhece a necessidade das “novidades”, mas não de forma ingênua e unilateral, situando o debate na centralidade da luta de classes e no horizonte formativo e protetivo do trabalho e dos interesses da classe trabalhadora. Ao identificar que a narrativa do capital sobre o mundo do trabalho, por meio de diferentes discursos, convence da urgência de “mudanças” que legitimam seus interesses e sua ofensiva sobre o trabalho, a empreitada do autor reivindica que as “[...] forças do trabalho criem suas próprias narrativas e proponham soluções alternativas às pautas dominantes.” (FILGUEIRAS, 2021, p. 161). Entretanto, adverte Vitor, é necessário, para além de identificar, “[...] explorar o potencial das contradições [...]” (FILGUEIRAS, 2021, p. 186), que o capital dissimula em seus discursos, compreendendo o caráter ideológico das narrativas e desmistificando sua inexorabilidade, apresentando um discurso propositivo e aproveitando a janela de oportunidades ao redor do mundo, tal como exemplifica o autor ao longo do capítulo. Por fim, se, de fato, o mundo do trabalho se modificou e há muito para ser atualizado, do ponto de vista político (o lócus de maior carência de vontade), no confronto de narrativas, o ponto de partida deve reivindicar a implementação de políticas protetivas do trabalho, isto é, o direito e a proteção do trabalho como condição mínima para idear e objetivar um projeto histórico de sociedade, não aceitando o discurso consensual que lança mão da negação total do vínculo de emprego e dos direitos dos trabalhadores como alternativa e solução ao desemprego. Desse modo, a democratização da produção e o trabalho associado são os fundamentos da ação política dos trabalhadores, ocupando e atuando, com sua coletividade, em/sobre todos os espaços e meios: “[...] na empresa, na associação, no bairro, no Estado, nos meios de comunicação [...]”, “O que você está fazendo? O que você pode fazer?” (FILGUEIRAS, 2021, p. 193). AUTORIA: * Mestrado em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Maria. Professor de Educação Física da Secretaria Municipal de Educação de Panambi, RS. Contato: gjscapin@gmail.com ** Doutorado em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Maria. Contato: anaililferreira@yahoo.com.br mailto:anaililferreira@yahoo.com.br © Rev. HISTEDBR On-line Campinas, SP v.22 1-7 e022047 2022 [7] RESENHA COMO CITAR ABNT: SCAPIN, G. J.; FERREIRA, L. S. As narrativas sobre as mudanças no mundo do trabalho: quais “novidades” na dinâmica do capital? Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 22, p. 1-7, 2022. DOI: 10.20396/rho.v22i00.8668650. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8668650. Acesso em: 6 dez. 2022. Notas 1 Aplicados pelo autor como sinônimos.