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CURSO DE EDIFICAÇÕES 
DISCIPLINA: CONSTRUÇÃO CIVIL I 
PROF
as
 MARIA CLEIDE OLIVEIRA e JUVENISE TAVARES FREIRE 
 
 
AULA 01 - SERVIÇOS PRELIMINARES 
 
I. LIMPEZA DO TERRENO 
Temos algumas modalidades para limpeza do terreno, que devemos levar em consideração e 
sabermos defini-las: 
1 - Capinagem - Quando a vegetação é rasteira e com pequenos arbustos, usando para tal, 
unicamente a enxada. 
2 - Roçado - Quando além da vegetação rasteira, houver árvores de pequeno porte, que poderão ser 
cortadas com foice. 
3 - Destocamento - Quando houver árvores de grande porte, necessitando desgalhar, cortar ou 
serrar o tronco e remover parte da raiz. Este serviço pode ser feito com máquina ou manualmente. 
Os serviços serão executados de modo a não deixar raízes ou tocos de árvore que possam dificultar 
os trabalhos. Todo material vegetal, bem como o entulho terão que ser removidos do canteiro de 
obras. 
 
 
II. LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO: 
Os levantamentos topográficos são feitos para se obter dados fundamentais à elaboração do projeto, 
como: dimensões exatas do lote, ângulos formados entre os lados adjacentes, perfil do terreno, 
identificação de edificações existentes, afloramento de rochas, etc. 
 
 
III. TERRAPLENAGEM 
 
A terraplenagem, ou movimento de terras, pode ser entendida como o conjunto de operações 
(escavação, carga, transporte, bota-fora, corte ou aterro) necessárias para remover a terra dos locais 
onde se encontra em excesso para aqueles onde há falta, tendo em vista um determinado projeto a 
ser implantado. 
No movimento de terra básico, no caso de edifícios, pode significar uma ação de corte, aterro ou 
misto. Nas operações de corte e aterro, deve ser considerado o empolamento do solo, ou seja, o 
aumento de volume quando o solo é retirado do seu lugar natural e removido para outro. 
No corte os materiais são classificados em: 
- materiais de 1ª categoria: terra em geral, piçarra ou argila, rochas em decomposição e seixos com 
diâmetro máximo de 15cm. 
- materiais de 2ª categoria: rocha com resistência à penetração mecânica inferior ao do granito. 
- Materiais de 3ª categoria: rochas com resistência à penetração mecânica igual ou superior ao 
granito. 
Para os aterros as superfícies deverão ser previamente limpas, sem vegetação nem entulhos. O 
material escolhido para os aterros e reaterros devem ser de preferência solos arenosos, sem detritos, 
pedras ou entulhos. Devem ser realizadas camadas sucessivas de no máximo 30 cm, devidamente 
molhadas e apiloadas manual ou mecanicamente. 
 
 
 
 
 
 
 
IV. CANTEIRO DE OBRAS 
 
Com o terreno limpo e movimento de terra executado, passa-se à preparação do canteiro prevendo-
se todas as necessidades futuras da obra. A distribuição do espaço disponível deve ser adequada. As 
instalações poderão ser executadas de uma só vez ou em etapas independentes, de acordo com o 
desenvolvimento da obra. 
No canteiro, deve-se considerar: 
⇒ ligações de água, energia elétrica e meios de comunicação; 
⇒ áreas para materiais a granel não perecíveis; 
⇒ construções (almoxarifado, escritório, alojamento); 
⇒ sanitários; 
⇒ circulação (acessos); 
⇒ áreas para trabalhos diversos (carpintaria, armação, etc.); 
⇒ equipamentos de segurança 
⇒ andaimes, andaimes suspensos (jaú), passarelas, rampas, plataformas, tapumes e 
bandejas; 
⇒ placas dos profissionais/responsáveis técnicos. 
 
O tapume deve ser feito em todo o perímetro da obra, com altura mínima de 2,20 metros. Pode ser 
feito com chapas de compensado com espessura de 12 ou 14mm (dimensões 2,20 x 1,10m), fixados 
a caibros. 
Os componentes básicos de um canteiro de obras são: 
 
1. Acessos 
 
2. Setor administrativo 
 escritórios 
 
3. Setor social 
 vestiários, sanitários, refeitórios, alojamentos 
 
4. Setor técnico 
 depósito de ferramentas e equipamentos 
 almoxarifado 
 
5. Setor de materiais 
 depósitos fechados e abertos 
 agregados 
 cimento 
 cal 
 tijolos 
 madeira 
 ferro 
 material hidráulico 
 material elétrico 
 concreto pronto 
 argamassa pronta 
 
6. Locais de preparo ou transformação (postos de trabalho) 
 concreto 
 argamassas 
 formas 
 armaduras 
 pré-moldados 
 
7. Meios e vias de transporte horizontal e vertical 
 caminhões (carroceria, caçamba, etc.) 
 carregadeiras 
 carrinhos, giricas 
 guincho 
 guincho de torre 
 gruas 
 correias transportadoras 
 calhas 
 
8. Locais de aplicação 
 
V. LOCAÇÃO DA OBRA 
 
O primeiro passo é passar o edifício que "está no papel" para o terreno. A esta atividade dá-se o 
nome de LOCAÇÃO DO EDIFÍCIO, isto é, transfere-se para o terreno o que foi projetado em 
escala reduzida. 
A locação tem como parâmetro o projeto de localização ou de implantação do edifício. 
No projeto de implantação, o edifício sempre está referenciado a partir de um ponto conhecido e 
previamente definido. A partir deste ponto, passa-se a posicionar (locar) no solo a projeção do 
edifício desenhado no papel. É comum ter-se como referência os seguintes pontos: 
· o alinhamento da rua; 
· um poste no alinhamento do passeio; 
· um ponto deixado pelo topógrafo quando da realização do controle do movimento de terra; ou 
· uma lateral do terreno. 
 
Os métodos mais utilizados são: 
Processo dos cavaletes. 
Os alinhamentos são fixados por pregos cravados em cavaletes. Estes são constituídos de duas 
estacas cravadas no solo e uma travessa pregada sobre elas. 
 
Processo da tábua corrida (gabarito) 
Este método se executa cravando-se no solo cerca de 50cm, pontaletes ou barrotes a uma distância 
entre si de 1,50m e a 1,20m das paredes da futura construção, que posteriormente poderão ser 
utilizadas para andaimes. 
Nos pontaletes serão pregadas tábuas em volta da construção (geralmente de 15 ou 20cm), em nível 
e aproximadamente 1,00m do piso. Pregos fincados nas tábuas com distâncias entre si iguais às 
interdistâncias entre os eixos da construção, todos identificados com letras e algarismos respectivos 
pintados na face vertical interna das tábuas, determinam os alinhamentos. 
Nos pregos são amarrados e esticados linhas ou arames, cada qual de um nome interligado ao de 
mesmo nome da tábua oposta. Em cada linha ou arame está materializado um eixo da construção. 
 
VI. RECONHECIMENTO DO SUBSOLO: 
 
A elaboração de projetos de fundações exige um conhecimento adequado do solo no local onde será 
executada a obra, com definição da profundidade, espessura e características de cada uma das 
camadas que compõem o subsolo, como também do nível da água e respectiva pressão. A obtenção 
de amostras ou a utilização de algum outro processo para a identificação e classificação dos solos 
exige a execução de ensaios de campo, ou seja, ensaios realizados no próprio local onde será 
edificado o prédio. A determinação das propriedades do subsolo que importam ao projeto de 
fundações poderia ser tanto feita por ensaios de laboratório como ensaios de campo. Entretanto, na 
prática das construções, são realizados na grande maioria dos casos ensaios de campo, ficando a 
investigação laboratorial restrita a alguns poucos casos especiais em solos coesivos. 
 
Um dos processos de investigação do subsolo mais aplicados na construção civil, a sondagem à 
percussão ou SPT (sigla, em inglês, que significa Teste de Penetração Padrão) é indispensável para 
definir o melhor tipo de fundação. "Ao mostrar a morfologia do terreno, esse estudo evita 
transtornos e surpresas que podem elevar o custo da obra", resume Marcio Casonato Vital. O ensaio 
consiste da cravação de um amostrador, que perfura a terra e coleta amostras do material. Isso 
ocorre pelo impacto de um martelo com peso padronizado de 65 kg abandonado a uma altura, 
também padronizada, de 75 cm acima da cabeça do amostrador. São dados vários golpes, até que o 
amostrador penetre 45 cm no solo. O índice de resistência à penetração, chamado SPT ou NSPT,corresponde ao número de golpes necessários para cravar o amostrador nos 30 cm finais. 
 
Sendo assim, podemos dizer que os requisitos técnicos a serem preenchidos pela sondagem do 
subsolo são os seguintes: 
Determinação dos tipos de solo que ocorrem, no subsolo, até a profundidade de interesse 
do projeto; 
Determinação das condições de compacidade (areias) ou consistência (argilas) em que 
ocorrem os diversos tipos de solo; 
Determinação da espessura das camadas constituintes do subsolo e avaliação da orientação 
dos planos (superfícies) que as separam; 
Informação completa sobre a ocorrência de água no subsolo. 
 
A sondagem é realizada contando o número de golpes necessários à cravação de parte de um 
amostrador no solo realizada pela queda livre de um martelo de massa e altura de queda 
padronizadas. 
O Índice de Resistência à Penetração é determinado através do número de golpes do peso padrão, 
caindo de uma altura de 75cm, considerando-se o número necessário à penetração dos últimos 30 
cm do amostrador. Conhecido como S.P.T (Standart Penetration Test). 
 
A execução de uma sondagem é um processo repetitivo, que consiste em abertura do furo, ensaio de 
penetração e amostragem a cada metro de solo sondado. 
Desta forma, em cada metro faz-se, inicialmente, a abertura do furo com um comprimento de 55cm, 
e o restante dos 45cm para a realização do ensaio de penetração. 
As fases de ensaio e de amostragem são realizadas simultaneamente, utilizando um tripé, um 
martelo de 65 kg, uma haste e o amostrador. 
 
 
 
Número mínimo de pontos em função da área construída (NBR8036/1983) 
 
 
Podemos ainda, avaliar o mínimo de furos para qualquer circunstância em função da área do terreno 
para lotes urbanos: 
2 furos para terreno até 200m² 
3 furos para terreno entre 200 a 400m², ou 
No mínimo, três furos para determinação da disposição e espessura das camadas.

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