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Resolucao 02 Conselho Municipal de Educacao

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CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE MURIAÉ 
 
ESTADO DE MINAS GERAIS 
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 
 
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C
M
 
 
 
RESOLUÇÃO DO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE MURIAÉ 
MINAS GERAIS Nº 02, DE 19 DE OUTUBRO DE 2022. 
 
Estabelece normas sobre a Educação 
Especial na Educação Básica, no Sistema 
Municipal de Ensino de Muriaé, Minas 
Gerais, e dá outras providências. 
 
O Presidente do Conselho Municipal de Educação de Muriaé, Minas Gerais, no uso de 
suas atribuições legais e com base nas políticas pertinentes, com ênfase na Lei Federal n.º 
9.394, de 20 de dezembro de 1996; no Decreto n.º 7.611, de 17 de novembro de 2011; na 
Resolução do CNE n.º 04, de 02 de outubro de 2009; na Resolução CEE nº 460, de 12 de 
dezembro de 2013; na Lei Federal n.º 13.146, de 6 de julho de 2015; Resolução CME n.º 
001, de 06 de outubro de 2017; na Resolução SEE n.º 4256/2020; e tendo em vista o 
Parecer CEE n.º 895, de 12 de dezembro de 2013. 
RESOLVE: 
CAPÍTULO I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 1º. Ficam instituídas as diretrizes municipais para a Educação Básica, que 
deverão ser observadas para o atendimento educacional dos estudantes públicos da 
modalidade de Educação Especial da Rede Municipal de Educação de Muriaé, de modo 
a garantir aos alunos o desenvolvimento de suas potencialidades, o acesso ao 
conhecimento e o pleno exercício da cidadania. 
Art. 2º. A Educação Especial é uma modalidade de educação escolar transversal 
a todas as etapas, níveis e modalidades de ensino, e parte integrante da Educação Regular, 
devendo ser prevista no Projeto Político Pedagógico das Unidades Escolares. 
Art. 3º. Para efeito desta Resolução, considera-se: 
I - PDI: Plano de Desenvolvimento Individualizado; 
II - AEE: Atendimento Educacional Especializado; 
III - TGD: Transtornos Globais do Desenvolvimento; 
IV - TEA: Transtorno dos Espectro Autista. 
Parágrafo único. O termo acessibilidade deve ser entendido como condição para 
que as pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas 
habilidades utilizem, com segurança e autonomia, as vias, edificações e os espaços 
públicos e privados, mobiliário, equipamento e recursos tecnológicos, meios de 
transporte, sistemas e meios de comunicação e informação, bem como todos os materiais 
didáticos e pedagógicos inclusivos. 
 
 
 
CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE MURIAÉ 
 
ESTADO DE MINAS GERAIS 
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 
 
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Art. 4º. A oferta da Educação Especial, dever constitucional do Estado, tem início 
durante a educação infantil, e deve ser observada pelo Poder Público e a iniciativa 
privada. 
Art. 5º. Para fins desta Resolução, são público-alvo da Educação Especial os 
alunos com deficiência, transtorno do espectro autista e altas habilidades/superdotação, 
considerando-se: 
I - Aluno com deficiência: aquele que possui impedimento de longo prazo de 
natureza física, mental e intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais 
barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de 
condições com as demais pessoas. 
II - Aluno com Transtorno do Espectro Autista (TEA): aquele que apresenta 
quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas 
relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras. 
III - Aluno com Altas Habilidades/Superdotação: aquele que demonstra potencial 
elevado em qualquer uma das áreas intelectual, acadêmica, de liderança, 
psicomotricidade e artes, isoladas ou combinadas, além de apresentar grande criatividade, 
envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse. 
 
CAPÍTULO II 
DOS PRINCÍPIOS E FINALIDADES 
Art. 6º. A Educação Especial regulamentada por esta Resolução tem como 
objetivo garantir aos estudantes públicos da modalidade de Educação Especial da Rede 
Municipal de Educação de Muriaé o direito de acesso às instituições escolares e ao 
currículo, a permanência e percurso escolar e a uma escolarização de qualidade, por meio 
da oferta dos atendimentos educacionais especializados. 
Art. 7º. São princípios e objetivos da Educação Especial inclusiva: 
I - direito de acesso ao conhecimento, desde o início da vida escolar, sem nenhuma 
forma de negligência, segregação, violência e discriminação; 
II - direito à educação de qualidade, igualitária, equitativa, inclusiva e centrada no 
respeito e na valorização à diversidade humana; 
III - direito de acesso, permanência e percurso com qualidade de ensino e 
aprendizagem, bem como a continuidade e conclusão nos níveis mais elevados de ensino; 
IV - direito ao atendimento educacional especializado, assim como os demais 
serviços e recursos de acessibilidade a fim de garantir o acesso ao currículo em condições 
de igualdade com os demais estudantes. 
 
 
 
 
 
 
CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE MURIAÉ 
 
ESTADO DE MINAS GERAIS 
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 
 
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CAPÍTULO III 
DO DIREITO À EDUCAÇÃO E DO DEVER DE EDUCAR 
Art. 8º. Fica assegurado aos estudantes públicos da Educação Especial o direito à 
matrícula em escolas, classes ou turmas da Educação Básica, em todos os níveis e 
modalidades de ensino ofertadas pela Rede Municipal de Educação. 
Art. 9º. A matrícula do estudante público da Educação Especial é compulsória, 
sendo vedada a possibilidade de negativa de vaga, conforme legislação vigente. 
Art. 10. Os regentes de turma e regentes de aula incumbir-se-ão de: 
I - Assumir o compromisso com a diversidade e com a equalização de 
oportunidades, privilegiando a colaboração e a cooperação de todos os estudantes na sala 
de aula; 
II - Utilizar a Base Nacional Comum Curricular e o Currículo Referência da 
Secretaria Municipal de Educação de Muriaé no planejamento pedagógico e na avaliação 
dos estudantes públicos da educação especial; 
III - Construir o Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) em conjunto com o 
especialista da educação básica e com o professor de atendimento educacional 
especializado; 
IV - Trabalhar em parceria com os professores do Atendimento Educacional 
Especializado (AEE), disponibilizando o plano de aula antecipadamente para 
planejamento dos recursos de acessibilidade dos estudantes; 
V - Zelar pela aprendizagem dos estudantes públicos da Educação Especial. 
Parágrafo único. O processo de ensino e aprendizagem do estudante público da 
Educação Especial é de responsabilidade dos professores regentes de turma e regentes de 
aula, em colaboração com o professor do Atendimento Educacional Especializado. 
Art. 11. Os Profissionais de Apoio Especializado incumbir-se-ão de: 
I - Em colaboração com o regente, eliminar as barreiras que podem obstruir a 
participação plena e efetiva do estudante com deficiência nas atividades escolares em 
igualdade de condições com os demais estudantes; 
II - Trabalhar em colaboração contínua com o regente de turma e regente de aula 
para planejamento dos recursos de acessibilidade dos estudantes com base no 
planejamento de aula dos regentes; 
III - Atuar na escola como multiplicador do conhecimento acerca de metodologias 
de ensino da Educação Especial, tecnologias assistivas e comunicação alternativa; 
IV - Zelar pela aprendizagem dos estudantes público-alvo da Educação Especial; 
V - Participar de reuniões e capacitações promovidas pela Secretaria Municipal 
de Educação de Muriaé sempre que convocados; 
VI - Registrar todas as adaptações realizadas para o estudante e arquivar. 
 
 
 
 
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SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 
 
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Art. 12. É garantido ao estudante público da Educação Especial participar de 
todos os projetos e programas que forem realizados na instituição de ensino em que esteja 
matriculado, resguardando-se o direito de frequentar o AtendimentoEducacional 
Especializado (AEE). 
Art. 13. É garantido ao estudante com deficiência a realização de todas as 
adaptações razoáveis necessárias para garantir o seu pleno acesso ao currículo em 
condições de igualdade, promovendo a conquista e o exercício de sua autonomia. 
 
Seção I 
Do Atendimento Educacional Especializado (AEE) 
Art. 14. A Sala de Atendimento Educacional Especializado (AEE) caracteriza-se 
como um atendimento educacional especializado que visa a complementação ou 
suplementação do atendimento educacional comum ofertado exclusivamente para 
estudantes públicos da educação especial, matriculados em escolas comuns em quaisquer 
níveis de ensino oferecidos pelo Sistema Municipal de Educação de Muriaé. 
Parágrafo único. A finalidade do AEE é o desenvolvimento da cognição e 
metacognição, atividades de enriquecimento curricular, o ensino de linguagens e códigos 
específicos de comunicação e sinalização, ajudas técnicas e tecnologias assistivas para 
estudante público da Educação Especial. 
Art. 15. A oferta do AEE é obrigatória a todos os estudantes públicos da educação 
especial no contraturno de sua escolarização e vedada aos estudantes que não são público 
da educação especial. 
Parágrafo único. Serão contabilizados duplamente, no âmbito do FUNDEB, os 
alunos matriculados em classe comum de ensino regular que tiverem matrícula 
concomitante em sala de 
AEE. 
Art. 16. A matrícula em sala de AEE deverá ser ofertada, prioritariamente, na 
própria escola ou em outra escola de ensino comum, observando-se o acesso e 
conveniência pedagógica para o estudante. 
Art. 17. Poderão ser matriculados de 15 (quinze) a 25 (vinte e cinco) estudantes 
a cada turma autorizada pela Secretaria Municipal de Educação, após comprovação da 
demanda e espaço físico. 
Art. 18. O atendimento poderá ser individual ou em pequenos grupos, com 
duração mínima de 50 minutos, frequência determinada pelo professor de sala de AEE, 
articulado com o planejamento pedagógico do professor regente e pedagogo do estudante. 
 
 
 
 
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Art. 19. É de competência dos professores que atuam nas salas de AEE a 
elaboração e execução do Plano de Atendimento Educacional Especializado (PAEE) que 
identifique as necessidades educacionais do estudante e que defina os recursos a serem 
utilizados, as atividades a serem desenvolvidas e o cronograma de atendimento. 
Art. 20. A Educação Especial ofertada na Rede Municipal de Ensino de Muriaé 
deverá observar as seguintes diretrizes: 
I - ser ofertada para Educação Infantil e Ensino Fundamental, com base na 
igualdade de oportunidades, resguardando-se o respeito e a individualidade dos alunos; 
II - fomentar programas compartilhados com as áreas de saúde e assistência social, 
visando ao aprendizado contínuo; 
III - ser ofertada de forma gratuita e obrigatória da Creche ao Maternal, 
asseguradas as adaptações adequadas às necessidades individuais, sendo os estudantes 
desse nível de escolaridade atendidos por estagiários de graduação; 
IV - ofertada de forma gratuita e obrigatória a partir dos 04 (quatro) anos, 
asseguradas as adaptações adequadas às necessidades individuais, sendo os estudantes a 
partir desse nível de escolaridade atendidos por Profissionais de Apoio; 
V - adotar medidas de apoio geral, individualizado e efetivo, em ambientes que 
possam elevar ao máximo o desenvolvimento escolar e social dos estudantes, para a 
inclusão plena; 
VI - ser ofertada, preferencialmente, na rede regular de ensino e em instituições 
especializadas em Educação Especial, respeitada a decisão da família. 
Art. 21. Compete às instituições de ensino, para efetivar a oferta da Educação 
Especial: 
II - promover processos de educação permanente e de qualificação dos 
profissionais de apoio quanto aos atendimentos dos alunos com necessidades especiais; 
III - buscar parcerias para capacitar e orientar o uso de recursos de Tecnologias 
Assistivas, como tecnologias da informação e comunicação, comunicação alternativa e 
aumentativa, informática acessível, soroban, recursos ópticos e não ópticos, softwares 
específicos, códigos e linguagens, sistema Braille, atividades de orientação e mobilidade, 
utilizando-os de forma a ampliar habilidades funcionais dos alunos, promovendo 
autonomia, atividade e participação; 
IV - identificar e elaborar recursos pedagógicos, produzir e organizar serviços de 
acessibilidade e estratégias, considerando as necessidades específicas dos alunos; 
V - elaborar e implementar o PDI, visando avaliar as condições e necessidades 
dos alunos; 
VI - elaborar e executar o Plano de Atendimento Educacional Especializado 
(AEE), avaliando a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de 
acessibilidade; 
 
 
 
 
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VII - organizar e definir o tipo e a frequência de atendimentos, acompanhando sua 
funcionalidade nas salas de aula e nas salas de recurso multifuncional; 
VIII - buscar parcerias para capacitar Professores, Profissionais de Apoio e 
orientar famílias sobre a utilização de recursos pedagógicos e de acessibilidade; 
IX - estabelecer articulação entre os professores do ensino regular e profissionais 
de apoio visando à gestão eficiente e eficaz do processo pedagógico. 
Art. 22. A instituição escolar deverá matricular todos os alunos, quaisquer que 
sejam suas condições físicas, sensoriais, intelectuais, emocionais, linguísticas, dentre 
outras, devendo a matrícula ser feita prioritariamente em classes do ensino regular, em 
todos os níveis e modalidades de ensino ofertadas pela Rede Pública de Ensino Municipal, 
com atendimento em sala de AEE e/ou com profissional do atendimento educacional 
especializado, ou encaminhados para Instituição Especializada (APAE), quando essa 
alternativa for considerada a mais apropriada para o aluno, respeitada a decisão da família 
Parágrafo único. A instituição deve proceder à avaliação inicial e continuada dos 
alunos com deficiência, Transtorno do Espectro Autista (TEA), Altas 
Habilidades/Superdotação com a colaboração da equipe multiprofissional da Secretaria 
Municipal de Educação e da família, de forma a orientar a elaboração de PDI, contendo 
ações a serem desenvolvidas durante todo o processo escolar, que deverão ser atualizadas 
segundo avaliações periódicas, com portfólio bimestral, levando em consideração a 
flexibilização e as adaptações do currículo. 
Art. 23. O Ensino Fundamental na Educação Especial poderá ter sua duração 
acrescida em até 50% (cinquenta por cento) do tempo escolar previsto para esse nível, 
obedecendo o seguinte critério: 
I - nos anos iniciais do Ensino Fundamental, máximo de 02 anos, limitados a 01 
ano no 2° ano e 01 ano no 5° ano; 
II - nos anos finais do Ensino Fundamental, máximo de 02 anos, limitados a 01 
ano no 7° ano e 1 ano no 9° ano. 
§1º. No caso dos estudantes com deficiência matriculados na modalidade de 
Educação de Jovens e Adultos, o ensino poderá ter sua duração acrescida em até 50% 
(cinquenta por cento) do tempo escolar previsto para essa modalidade, de acordo com a 
necessidade pedagógica. 
§2º. Para proceder à flexibilização do tempo para percurso escolar, a instituição 
de ensino deverá considerar as características próprias de desenvolvimento do estudante, 
bem como as intervenções e as estratégias pedagógicas estabelecidas no PDI. 
§3º. A flexibilização do tempo para percurso escolar será possibilitada de acordo 
com a necessidade pedagógica do estudante, levando em consideração as habilidades e 
competências ainda não consolidadas e elencadas no PDI. 
 
 
 
 
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§4º. A flexibilização do tempo para percurso escolar deverá ser registrada por 
meio de relatório elaborado pelo regente de turma ou regente de aula, juntamente com 
especialista da escola e profissionais do AEE, e referendado em conselho de classe, 
devendo esse documento deve ficar arquivado na pasta do estudante. 
§5º. A flexibilização do tempo para percurso escolar deve ser realizada de modo 
a evitar a excessiva distorção idade/ano de escolaridade, para que o percurso escolar do 
estudante junto aos seus pares etários seja respeitado. 
Art. 24. A flexibilização do tempo para o percurso escolar disposta no Art. 23 
deverá ser comprovada por avaliação pedagógica e prevista na Proposta Político-
Pedagógica da Instituição de Ensino e no Regimento Escolar. 
Parágrafo único. A flexibilização do tempo para o percurso escolar não 
caracteriza retenção, consistindo em um aumento da carga horária a fim de que seja 
respeitado o direito do aluno ao acesso ao currículo escolar, devendo essa carga horária 
ser computada no histórico escolar. 
Art. 25. Concluído o percurso escolar, conforme estabelecido no Projeto 
Pedagógico e no Regimento Escolar e diante dos resultados alcançados, o estudante 
receberá o Certificado de Conclusão do nível escolar correspondente e/ou será 
encaminhado para cursos de função profissional relacionada à sua capacidade. 
Art. 26. O histórico de conclusão de etapa ou curso de Educação Básica oferecido 
ao estudante com deficiência, transtornos invasivos do desenvolvimento e altas 
habilidades seguirá o mesmo modelo padrão estabelecido pela Rede Municipal de Ensino, 
devendo conter em anexo o PDI e o Relatório Circunstanciado do aluno. 
§1º. O registro da carga horária e do aproveitamento do aluno são obrigatórios. 
§2º. O campo “observação” contido no histórico escolar, destinado a orientar 
sobre a possibilidade de continuidade do processo, deverá ser preenchido 
obrigatoriamente com a redação: “aluno amparado pelo Art. 59 da Lei n.º 9.394, de 20 de 
dezembro de 1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, pela Resolução do 
Conselho Municipal de Educação n.º 02, DE 19 DE OUTUBRO DE 2022, constando 
em anexo o PDI e o Relatório Circunstanciado, como partes integrantes deste 
documento”. 
Seção II 
Do Profissional de Apoio Especializado (Apoio Profissional) 
Art. 27. O Profissional de Apoio tem a função de apoiar o processo pedagógico 
de escolarização do estudante com disfunção neuromotora grave, deficiência múltipla ou 
Transtornos do Espectro Autista (TEA) matriculado na escola comum, observado o 
disposto no Art. 3º, III, da Lei n.º 13.146/15. 
 
 
 
 
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§1º. Será autorizado 01 (um) Profissional de Apoio para até 03 (três) estudantes 
matriculados no mesmo ano de escolaridade e frequentes na mesma turma. 
§2º. Nos casos em que houver na escola apenas uma turma para o ano de 
escolaridade, o Profissional de Apoio poderá atender mais de 03 (três) estudantes. 
§3º. A autorização do Profissional de Apoio se justifica quando o estudante 
apresentar necessidades de suporte na comunicação alternativa, aumentativa ou no uso de 
recursos de tecnologias assistivas, atestadas em laudo médico especializado. 
§4º. Os laudos médicos especializados serão analisados por Comissão de 
Avaliação, composta por 03 (três) membros, a ser nomeada em ato próprio da Secretaria 
Municipal de Educação, responsável por deferir o acompanhamento especializado pelo 
Profissional de Apoio, se for o caso. 
§5º. A equipe pedagógica da instituição escolar deverá elaborar um relatório 
sempre que necessário, levando-se em conta o laudo médico especializado, descrevendo 
o desenvolvimento pedagógico e demais necessidades do estudante acompanhado por 
Profissional de Apoio, como comportamento, higiene e outros. 
Art. 28. As atividades de Profissional de Apoio serão exercidas por estagiários de 
pós-graduação, selecionados através de Processo Seletivo Simplificado regido por 
instrumento editalício próprio, cuja participação será restrita aos profissionais que 
comprovarem, cumulativamente: 
I - possuir nível superior de escolaridade, mediante a apresentação de diplomas/ 
certificados de conclusão de curso de nível superior e histórico escolar; e 
II - estar regularmente matriculado em curso de pós-graduação em Educação 
Especial/Inclusiva, ou possuir especialização em Educação Especial/Inclusiva 
(apresentado o respectivo diploma/certificado de conclusão de curso e histórico escolar) 
e estar regularmente matriculado em curso de pós-graduação na área de educação e afins. 
§1º. A contratação do estagiário de pós-graduação, regularmente aprovado e 
convocado no Processo Seletivo Simplificado, fica condicionada à realização de convênio 
com a IES cursada e assinatura do respectivo Termo de Compromisso de Estágio, de 
modo que, a vedação à realização de estágio pelo programa cursado acarretará a 
eliminação do certame. 
§2º. A jornada do estágio de pós-graduação será de 25 (vinte e cinco) horas 
semanais, distribuídas em 05 (cinco) horas diárias, com controle de presença. 
§3º. O horário de realização do estágio de pós-graduação será definido conforme 
o mérito administrativo no momento da contratação, podendo ser alterado, a qualquer 
tempo, conforme conveniência e oportunidade da Secretaria Municipal de Educação. 
§4º. A bolsa estágio corresponde ao valor de R$ 1.412,50 (um mil, quatrocentos 
e doze reais e cinquenta centavos) mensais, para jornada de 25 (vinte e cinco) horas 
semanais, podendo ter seu valor alterado conforme a jornada definida pela entidade 
concedente (20h ou 25h semanais), de acordo com as normas vigentes. 
 
 
 
 
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§5º. Competirá à Secretaria Municipal de Educação estabelecer o local de atuação 
dos estagiários de pós-graduação e o programa a ser cumprido. 
§6º. O estagiário de pós-graduação poderá atuar como Profissional de Apoio por 
até 02 (dois) anos, não possuindo vínculo de qualquer natureza com a Instituição de 
Ensino para a qual for designado, a Secretaria Municipal de Educação e/ou o Município 
de Muriaé, e estará subordinado às regras estabelecidas nas normativas de estágio 
vigentes. 
§7º. Os profissionais que não comprovarem o atendimento aos requisitos 
elencados nos incisos desse artigo não poderão atuar como Profissional de Apoio. 
Seção III 
Do Professor - Intérprete De Libras 
Art. 29. O estudante surdo e deficiente auditivo fará jus à oferta de educação 
bilíngue, em Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS como primeira língua e, na 
modalidade escrita, em Língua Portuguesa como segunda língua, em escolas e classes 
bilíngues e em escolas inclusivas. 
Art. 30. O Professor – Intérprete de Libras assumirá a atividade de ensinar a 
Língua Brasileira de Sinais, atuando como mediador comunicativo do estudante surdo 
e/ou cego, transmitindo-lhe todas as informações de modo fidedigno, compreensível e 
assegurando-lhe o acesso aos ambientes da instituição escolar, conforme regulamentação 
e será admitido na forma do edital nº 14, de 20 de julho de 2022, ou outro instrumento 
que venha substitui-lo. 
 
CAPÍTULO IV 
DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL INDIVIDUALIZADO (PROFISSIONAL 
DE APOIO) EM SALA REGULAR 
Seção I 
Das Competências do Profissional de Apoio 
Art. 31. O Profissional de Apoio ficará responsável por auxiliar o professor 
regente em todas as atividades escolares nas quais se fizer necessário, em todos os níveis 
e modalidades de ensino, em outras atividades desenvolvidas em sala de aula e na 
organização do trabalho realizado junto ao estudante com deficiência. 
Art. 32. Sem prejuízo do dispostono Art. 32, o Profissional de Apoio deverá 
garantir o atendimento às necessidades funcionais dos estudantes com deficiência que 
demandem auxílio para atividades da vida diária, ficando responsável por: 
I - Orientar e prestar cuidados aos estudantes que não possuírem/apresentarem 
limitação na mobilidade física dos membros superiores, apoiando-os na alimentação; 
 
 
 
 
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II - Possibilitar a participação dos estudantes com deficiência durante as aulas, 
através do uso de recursos de comunicação alternativa e outros recursos de acessibilidade; 
III - Colaborar para que os estudantes com deficiência, durante o período de 
permanência em sala de aula, realizem as mesmas atividades designadas e aplicadas aos 
demais estudantes; 
IV - Estimular o desenvolvimento da autonomia dos estudantes com deficiência, 
incentivando-os na realização de todas as atividades educacionais e da vida diária; 
V - Apoiar o professor regente na organização do trabalho em sala de aula e/ou 
no horário de planejamento de aulas; 
VI - Auxiliar o professor regente, a partir de sua orientação, em atividades 
educativas realizadas dentro e fora da instituição de ensino; 
VII - Auxiliar na realização das atividades da vida diária dos estudantes, sob 
orientação do professor regente, como trocas, alimentação, banho, acompanhá-los ao 
banheiro e outros; 
VIII - Zelar pelo cuidado com os estudantes, mantendo um relacionamento 
respeitoso, atento e disponível às suas necessidades a todo tempo; 
IX - Participar de todas as atividades realizadas pela turma, sob a orientação do 
professor regente; 
XI. Acompanhar os estudantes com deficiência em sala de aula e demais espaços 
necessários ao pleno desenvolvimento escolar; 
XII. Executar atividades correlatas, conforme necessidade do serviço e orientação 
superior. 
CAPÍTULO V 
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS 
Art. 33. Os gestores das instituições de ensino deverão realizar reunião bimestral 
com os responsáveis legais pelos estudantes públicos da Educação Especial, a fim de 
apresentar o relatório com o desenvolvimento do estudante, apontando os direitos e 
recursos pedagógicos que são disponibilizados aos mesmos. 
Art. 34. É direito da família ter acesso ao Plano de Desenvolvimento Individual 
(PDI) sempre que solicitado. 
Art. 35. As equipes do Serviço de Apoio à Inclusão da Secretaria Municipal de 
Educação devem trabalhar de forma articulada com o Serviço de Inspeção Escolar Equipe 
Pedagógica para potencializar o monitoramento das escolas, sempre que for necessário. 
Art. 36. Ao ser efetivada a matrícula do estudante com deficiência, o gestor da 
instituição de ensino deverá solicitar ao responsável legal o laudo médico especializado 
que ateste a deficiência, remetendo-o à Comissão de Avaliação responsável por analisá-
lo e por deferir o acompanhamento especializado pelo Profissional de Apoio, se for o 
caso. 
§1º. O acompanhamento do estudante com deficiência pelo Profissional de Apoio 
somente será iniciado após o deferimento pela Comissão de Avaliação. 
 
 
 
 
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§2º. Exarada a decisão, a Comissão de Avaliação a remeterá ao gestor da 
instituição de ensino para que seja dada ciência ao responsável legal do estudante e, se 
for o caso, iniciado o acompanhamento pelo Profissional de Apoio. 
§3º. Recebida a decisão, o gestor escolar deverá proceder ao seu arquivamento, 
juntamente com o respectivo laudo médico especializado, na pasta do estudante. 
Art. 37. A Educação Especial poderá ser efetivada fora do espaço próprio, em 
ambiente hospitalar e/ou domiciliar, de forma complementar ou substitutiva e em parceria 
com a família, sempre que os estudantes com deficiência assim necessitarem. 
Art. 38. Os casos omissos desta Resolução serão dirimidos pela Secretaria 
Municipal de Educação, ouvido o Conselho Municipal de Educação - CME/Muriaé. 
Art. 39. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as 
disposições em contrário. 
 
Muriaé, 19 de outubro de 2022. 
 
FERNANDA DE ARAÚJO GROSSO KUHN 
Presidente do Conselho Municipal de Educação de Muriaé 
 
 
MARIA CRISTINA NAVARRO DE AQUINO RIBEIRO 
Secretária Municipal de Educação

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