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Mapa Genético e a Origem Humana

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Mapa genético mostra que todas as pessoas estão ligadas umas às outras, diz cientista
Silvana Salles
Do UOL Ciência e Saúde
Em São Paulo
Se a cor da pele, o sotaque e a forma como nos vestimos revela de onde viemos, os genes fazem 
o mesmo. E para mostrar que viemos todos de um mesmo ponto do globo, independente do país 
onde nascemos, da língua que falamos ou dos nossos costumes, uma equipe chefiada pelo 
pesquisador americano Spencer Wells desenvolveu uma espécie de mapa genético dos moradores 
do Queens, um dos distritos mais multiculturais de Nova York.
Wells, doutor em genética pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, disse que o 
objetivo do projeto era mostrar que todas as pessoas estão ligadas umas às outras. 
"O que mais me surpreende como cientista é que pudemos comprovar que todos nós viemos da 
África. Como espécie, saímos todos da África milhares de anos atrás", disse o geneticista. A teoria de 
que a humanidade saiu da África é amplamente difundida entre cientistas de diferentes áreas, como 
biólogos e arqueólogos. O mais famoso fóssil de um ancestral do ser humano já encontrado foi 
descoberto na Etiópia em 1974 e apelidado de "Lucy". A descoberta ajudou a consolidar a fama da 
região como "berço da humanidade".
"Acredito que esta pesquisa pode contribuir principalmente com o trabalho de arqueólogos e 
historiadores, que podem usar as informações para tentar explicar de onde viemos", completa o 
cientista.
Na pesquisa da Spencer Wells, a equipe de pesquisadores coletou 50 mil amostras de DNA de 
pessoas de mais de cem países e identificou alguns marcadores genéticos. Os cientistas mediram a 
ocorrência destes marcadores nas amostras. "Quando duas pessoas têm o mesmo marcador, isso 
quer dizer que elas tiveram um ancestral em comum", explicou o geneticista. Os marcadores 
mostraram que, no Queens nova-iorquino, alguns vizinhos eram descendentes de uma mesma 
linhagem antiga, que remetia à Europa, à Ásia, ao Oriente Médio e, por fim, à África.
O projeto gerou o documentário "A Grande Árvore Genealógica", que será exibido no canal por 
assinatura NatGeo neste domingo (22), às 21h. Para o pesquisador-chefe, que é colaborador da 
National Geographic, a pesquisa, da forma como foi feita e com a amplitude de amostras que teve 
até o momento, "é fruto de 20 anos de aplicação do DNA nas ciências" e foi possível graças às 
tecnologias de informática desenvolvidas durante este período.
http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultnot/2009/09/27/ult4477u2088.jhtm [3]
Note que a expressão esta pesquisa não só encapsula tudo o que foi dito antes, ao mesmo tempo que 
informa tratar-se de uma pesquisa, como também permite a continuação do texto, de modo a considerar que, 
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