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Fonte [4] O plágio se configura como uma apropriação indevida ao texto alheio, como se a autoria fosse do plagiário. Muitas vezes tal prática é deliberada, de modo que se procura ocultar o intertexto. Outras vezes, porém, é efeito de um desconhecimento de formas de demarcação de autoria, como em práticas discursivas do mundo acadêmico, em que se deve marcar a propriedade do que é dito a partir da referência ao autor e à data de publicação onde as ideias discutidas (por meio de citações e paráfrases) se encontram inseridas. Vejamos o conteúdo de um email cujo assunto era “Carta aberta: plágio no meio acadêmico”. CARTA ABERTA: PLÁGIO NO MEIO ACADÊMICO De: Comissão de Pós-Graduação do IEL <cpgiel@iel.unicamp. br> Assunto: [Pos-l] Fw: Carta aberta: plagio no meio academico Para: "pos-l" <pos-l@listas. iel.unicamp. br> Data: Sexta-feira, 4 de Setembro de 2009, 20:13 Poderiam repassar para a comunidade acadêmica? Obrigada. UMA CÓPIA GROSSEIRA Sérgio de Castro Pinto* Na esteira do amigo José Nêumanne Pinto, vou direto ao assunto:a Professora Adiane Fogali Marinello, da Universidade de Caxias do Sul (RGS), em um ensaio de treze páginas – "O Lugar da infância na poesia de Mario Quintana" –, publicado no livro "Na Esquina do Tempo - 100 anos com Mario Quintana" (Editora da Universidade de Caxias do Sul, RGS, 2006), copiou trechos inteiros do meu livro "Longe daqui, aqui mesmo – a poética de Mario Quintana" (Editora Unisinos, São Leopoldo, Rio Grande do Sul, 2000), originariamente tese de doutorado defendida no Curso de Pós- Graduação em Letras da Universidade Federal da Paraíba. O citado volume foi organizado pelos Professores João Cláudio Arendt e Cinara Ferreira Pavani, ambos integrantes do corpo docente daquela instituição gaúcha. Vamos, porém, ao que interessa: demonstrar que trechos do meu livro e do ensaio da Professora Adiane Fogali Marinello, são, sem tirar nem pôr, rigorosamente os mesmos. Eis o que eu escrevo na página 13: "(...) um poeta cujo ecletismo funde e inter-relaciona a tradição com a renovação". Vejamos, agora, o que a referida professora escreve na página 101, do livro "Na Esquina do Tempo – Cem anos com Mario Quintana": "(...) trata-se de um poeta cujo ecletismo funde e inter-relaciona a tradição com a renovação". E o que eu escrevo na página 18 : "(...) cujas inovações não encobriam de todo os traços neo-simbolistas que impregnavam a maioria deles", com o que ela escreve na mesma página 101: "(...) mas as inovações nela apresentadas não encobrem de todo os traços neo-simbolistas que as impregnam". E tem mais, muito mais. Senão, observemos um trecho do meu ensaio: "Uma vez que estreou em 1940, cronologicamente poderia ser considerado um integrante da chamada Geração de 45. Mas não o foi no essencial, ou seja: na linguagem" (página 19). E o que ela escreve como sendo de sua autoria, na página 102: "Por outro lado, uma vez que 37