Prévia do material em texto
Pequenina como se eu fosse o saudoso poeta E fosses a Paraíba Terra, Terra, Por mais distante o errante navegante Quem jamais te esqueceria? Paraíba – Humberto Teixeira/Luiz Gonzaga Quando a lama virou pedra E Mandacaru secou Quando a Ribaçã de sede Bateu asa e voou Foi aí que eu vim me embora Carregando a minha dor Hoje eu mando um abraço Pra ti pequenina Paraíba masculina, Muié macho, sim sinhô Eita pau pereira Que em princesa já roncou Eita Paraíba Muié macho sim sinhô Eita pau pereira Meu bodoque não quebrou Hoje eu mando Um abraço pra ti pequenina Paraíba masculina, Muié macho, sim sinhô Na canção de Caetano, há versos que aludem a uma outra canção, Paraíba, de autoria de Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga. O interessante é que na canção Terra o eu-lírico compara a si próprio com o ‘saudoso poeta’ (Humberto Teixeira) e, paralelamente, compara a Terra – tema da canção – com a Paraíba, tema da canção à qual alude. De acordo com Koch, Bentes e Cavalcante (2008), nem sempre um coenunciador detém as informações necessárias para o reconhecimento dos indícios intertextuais da referência e da alusão. Vejamos a letra dessa canção, gravada recentemente pela cantora Adriana Calcanhotto, no disco Maré de 2008: PORTO ALEGRE (NOS BRAÇOS DE CALIPSO) (Péricles Cavalcante) Amarrado num mastro Tapando as orelhas Eu resisti Ao encanto das sereias Eu não ouvi O canto das sereias Eu resisti Mas chegando à praia Não fiz nada disso Então caí Nos braços de Calipso Eu sucumbi Ao encanto de Calipso Não resisti Desde então eu não tive Nenhum outro vício Senão dançar 42