Prévia do material em texto
Mas seu coração Balança um samba de tamborim Emite acordes dissonantes Pelos cinco mil alto-falantes Senhoras e senhores Ele põe os olhos grandes Sobre mim Viva Iracema, ma, ma Viva Ipanema, ma, ma, ma, ma Viva Iracema, ma, ma Viva Ipanema, ma, ma, ma, ma Domingo é o fino-da-bossa Segunda-feira está na fossa Terça-feira vai à roça Porém... O monumento é bem moderno Não disse nada do modelo Do meu terno Que tudo mais vá pro inferno Meu bem Que tudo mais vá pro inferno Meu bem Viva a banda, da, da Carmem Miranda, da, da, da, da Viva a banda, da, da Carmem Miranda, da, da, da, da POESIA MARGINAL Sobre a poesia marginal, notável movimento poético brasileiro do final dos anos sessenta do século XX, transcrevermos o verbete homônimo do E-dicionário de Termos Literários de Carlos Ceia): [5] POESIA MARGINAL - NELLY NOVAES COELHO Esse rótulo ambíguo, "poesia marginal" (que pode ter n implicações), aplica-se aqui a um fenómeno específico que surge na poesia brasileira, em fins dos anos 60, nos rastos do boom da Música Brasilera (MPB), representada por Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil... Ou mais especificamente, poesia que se manifesta como um múltiplos desdobramentos do Tropicalismo, lançado por Caetano Veloso com "tropicália", no pós-64, como um repto à Ditadura Militar que se instalara no Brasil. 48