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PROJETO EDUCACIONAL DE PREVENÇÃO CONTRA AS DROGAS

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PROJETO EDUCACIONAL DE PREVENÇÃO 
 CONTRA AS DROGAS 
 
 
 
 
 
 “A Família é o Berço de tudo”. Mas, quando ela falha se alguém pode efetivamente 
contribuir na luta contra as drogas, sem dúvida alguma é o papel ímpar do Educador”. 
 
 
 
 
 
 Todos perderam tempo no combate as drogas... Família, Governos, Sociedade Brasileira - 
Achavam que não era motivo para se aterem a uma preocupação exagerada. Hoje é um caos 
verdadeiro, que suga e mata crianças e jovens, desnorteando a família, que vivia de certa 
maneira descompromissada. 
 Em minhas palestras nas Escolas a partir de 1995 eu já prevenia que seria um caos, se o 
governo e a sociedade não acordassem para o problema. Agora está se vendo onde o país 
perdeu e chegou em relação ao descontrole nesse aspecto deixando desprotegidos as crianças 
e jovens, e com isso o aumento geométrico da criminalidade. 
 Mas, nunca é tarde demais. É preciso enfrentar e minar os instrumentos de prevenção a fim 
de proteger inteligentemente as crianças e jovens do Brasil... Quanto mais informação 
científica e realista melhor nossas crianças e adolescentes estarão cientes dos perigos. 
 
 
 Humberto Antonio Pedrazza Furlanetto 
 Projetista de Ações Sociais 
 Mar/1996 
 Revisado em jun/2018
1 
 
ÍNDICE 
 
1 – Introdução 
2 – Avaliação do Problema 
3 – Participação das Escolas na Prevenção e esclarecimento sobre as drogas 
4 – Estabelecimento das Faixas Etárias 
4 – Programa de Conscientização sobre as drogas 
5 - Planejamento 
6– Detecção do usuário de drogas 
7 – Providências a tomar pela Escola 
8 – Conclusão 
9 – Anexo 1 – Assuntos que os Professores/as abordarão com as crianças nas faixas etárias 
de 6 a 13 anos (separadamente); 
10 – Anexo 2 – Assuntos que os Professores/as abordarão com os adolescentes 
11 – Anexo 3 – Passos das drogas 
12 – Anexo 4 - Nomes e gírias de algumas drogas 
13 – Anexo 5 - Programas existentes na área do governo e área privada: 
- Área Pública: 
- Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas; 
- Ministério da Saúde; 
- As CAPS – Centro de Atenção Psicossocial; 
14 – Opiniões Diversas – Contribuições de Auditorias reais da mídia, e Teses Científicas 
- Área Privada: 
- Agência LUPA; 
- Revista Superinteressante; 
- Entrevista da Revista PODER ao cientista Dr. Arthur Guerra; e 
15 – Escrito: Clamor por Justiça! – “A Desgraça das Famílias” 
 
 
 
 
2 
 
1 - INTRODUÇÃO: 
 
 As drogas foram vagarosamente surgindo ao longo do tempo sendo absorvidas em alguns 
países culturalmente, e em outros sendo distribuídas e passadas comercialmente por mentes 
distorcidas e malvadas minando as estruturas da sociedade, pois seu alvo principal era e 
continua a ser a juventude. 
 A sociedade de alguns países, principalmente os considerados pobres e emergentes, não 
deram a devida importância em estabelecer medidas de prevenção e mesmo, de combate 
forte a essa criminalidade, que sem dúvida alguma permitiu alastrar-se um dos males mais 
terríveis que ataca já há algum tempo os jovens, e até crianças. 
 O cúmulo do absurdo é que chega ao ponto de algumas pessoas de notório saber com 
transito nos níveis dos poderes constituídos da República emitirem opiniões favoráveis a 
legalização, com argumentos que modificam a verdade dos fatos. Esquecem que o Brasil tem 
uma população diversificada em termos de educação, onde infelizmente há altos níveis de 
ignorância. 
 Há realmente culturas arraigadas em povos que pela tradição milenar jamais interferiram 
nas modificações usuais de suas sociedades – China, Índia, alguns povos Árabes, e mesmo 
povos Indígenas da América do Sul – Bolívia, Peru, Colômbia. 
 Entretanto, essas culturas estão entranhadas em seus povos por outras peculiaridades de 
costumes, sem a intenção, que posteriormente os criminosos levaram a comercialização 
intencional para outros países. Tanto que os países dessas culturas tradicionais apenas por 
costumes combatem as gangues criminosas. 
 Se sabe que em nosso país existem grupos que por vezes se reúnem e tentam alardear e 
fazem a apologia (inicialmente) da maconha. Claro, que por suas dependências querem que 
se legalizem para suas comodidades do vício, mas esquecendo o comprometimento ético e 
moral exemplar que deveriam se preocupar com as crianças e jovens brasileiros. 
 Em nosso país ainda a estrutura de combate as drogas é extremamente falha. Ela começa 
fraquejando na prevenção que deveria ser maciçamente empregada nas Escolas, e com 
programas médicos intensivos de tratamento aos usuários, e ainda com preparo auxiliar às 
famílias, que não tem conhecimento algum, quer pela ignorância, quer pelo desnorteamento 
psíquico, quando se veem com um membro familiar dependente. 
 Vê-se que há necessidade premente de Políticas Públicas extremamente abrangente em 
todos os aspectos, desde a prevenção no currículo escolar, ao tratamento de recuperação, e 
ao acompanhamento social após o tratamento, para evitar a regressão do doente (tanto no 
aspecto médico, quanto psíquico). Em relação aos traficantes, as penas precisariam ser mais 
intensificadas, e com presídios separados, para evitar o contágio dos demais presos – Já que 
é um crime que envolve muito dinheiro, e que deixa inebriado quem já está envolvido na 
criminalidade. 
 Por fim encontra-se a família, esteio principal de tudo, que deve nortear e dar estabilização 
a prole, dentro dos princípios de boas virtudes, que em sua maioria vacila em reencontrar 
esses valores, diante de ilusões e falsidades que proliferam no mercado e pela mídia. 
Complexidades que explodem na maioria das vezes em problemas familiares absorvidos pelas 
3 
 
fraquezas de seus condutores, e que deixam a mercê dos vícios e dos criminosos seus próprios 
filhos. 
 O presente trabalho não pretende esgotar as medidas que se podem aperfeiçoar nesse 
campo. Ao contrário serve para abrir novas discussões e perspectivas de fato que possam 
contribuir para algo a mais em favor das crianças e adolescentes. E por isso mesmo precisa do 
engajamento de vários segmentos da sociedade, principalmente da incorporação das Escolas. 
 É sem dúvida, o Educador que tem por sua nobre missão um papel importantíssimo de 
liderança e condutor do ensino diversificado em disseminar a informação positiva, e nesse 
caso de extrema carência, com a prevenção contra as drogas, para que as crianças e jovens 
saibam se proteger contra esse malefício, que estraga a vida e até mesmo mata sonhos e 
direitos dos alunos. 
 
2 – AVALIAÇÃO DO PROBLEMA 
 
 O uso indevido de drogas já se constitui em uma problemática social tendo em vista que 
amplos setores de nossa população, sobretudo uma grande parcela da juventude encontram-
se dependentes de drogas. Os traficantes não tem princípios, e por isso atacam 
impiedosamente na base – crianças e jovens, para atingir seus maléficos intentos. 
 Levantamento efetuado em 2017 posiciona melhor os dados estatísticos do aumento de 
usuários no país, atingindo principalmente crianças e jovens. Órgãos ligados a ciência expõem 
claramente a destruição orgânica e mental do efeito destrutivo das drogas, tanto lícitas, 
quanto em maior nível as ilícitas (maconha, crack, cocaína, e demais entorpecentes). 
 Pior ainda, que o usuário sob o efeito das drogas comete indiscriminadamente crimes, 
como assédios, estupro, assaltos, latrocínios, etc. contra qualquer pessoa, e até mesmo 
crianças. Sendo que quando preso, deveria ir para um presídio adequado para submeter-sea 
tratamento e cumprimento da pena, porém normalmente ganham a liberdade retornando ao 
palco do crime. É importante que também se diga que esses usuários são potencializadores 
afeitos a doenças como HPV/AIDS, devido ao desleixo de suas vidas. 
 Assusta mais ainda que a cada ano cresce a diminuição de idade dos usuários de drogas, a 
ponto de atingir crianças a partir de 8 (oito) anos. Relatos de Delegados de Polícia, 
Conselheiros Tutelares, e Psicólogos Forenses, que os traficantes distribuem inicialmente 
gratuitamente, até em porta de Escola, para então com a dependência exigir a cobrança dessas 
crianças e jovens, até que seus pais aparvalhados tomem conhecimento. 
 Os levantamentos sobre os dados de usuários que se submetem a tratamentos são isolados, 
pois não há uma centralização ficando apenas com estatísticas de clínicas sem a concentração 
dos dados, que deveriam estar em Órgão governamental. Mesmo o caso do SUS e Pronto 
Socorros Municipais, que atendem apenas os surtos imediatos, não são computados na 
totalização com as iniciativas privadas. 
 Por alto se estima um índice de aproximadamente entre vinte a trinta por cento de usuários 
que saem bem após um tratamento mínimo de seis meses a um ano (Um ano é o ideal) em 
Clínicas privadas e poucas Entidades Sociais. Apesar de não se fazer acompanhamento 
4 
 
posterior desses usuários, muitos retornam ao vício. Há sempre novas internações. É como os 
psiquiatras dizem: “É fácil entrar nas drogas, o difícil e sair definitivamente delas”. 
 Frise-se que inúmeros trabalhos científicos elaborados por entidades confiáveis 
demonstram as consequências graves que os usuários carregam consigo, desde as doenças 
orgânicas, quanto as mentais, sem falar na falência de perspectivas de uma vida normal, e o 
que dizer dos familiares, que também sofrem e adoecem com seu parente. É crível do que 
pensar sobre o número incalculável de usuários não constantes das estatísticas, que irão 
ingressar como zumbis (sem tratamento) e mortos no confronto criminalidade com Órgãos de 
Segurança. 
 Deduz-se portanto o papel preponderante da prevenção educacional contra as drogas. 
 O gráfico ANEXO 3 (de número 11 do Índice) mais adiante, demonstra todo o trajeto das 
partes envolvidas em quaisquer hipóteses do caminho das drogas. 
 
3 – PARTICIPAÇÃO DAS ESCOLAS NA PREVENÇAO E ESCLARECIMENTOS SOBRE AS DROGAS: 
 
 “A Escola deve ser entendida como um dos Agentes Educativos. Essa abrangência 
compreende de fato, a inter-relação dos demais Agentes – Família, Governo e Sociedade 
(Estatuto da Criança e Adolescente)”. 
 A contribuição da Escola no processo de prevenção e combate as drogas assume um papel 
deveras importante na transmissão de informações aos alunos, pois foca todos os passos do 
problema que envolve o espectro das drogas, bem como irá somar-se ao papel constitucional 
dos demais Agentes. Neste particular contribuindo enormemente com o futuro das crianças e 
adolescentes. 
 Não é por demais se esperar que quantos usuários iniciais poderão diante de um 
conhecimento mais aprofundado e mesmo a motivação de seus colegas poderão deixar o uso 
desse malefício. 
 A Escola tem em seu controle de dados dos alunos uma fonte importante de 
selecionamento devido registros constantes de indisciplina, evasão, notas baixas, 
recalcitrações, para que se possa não apenas detectar o usuário, mas tomar as providências 
iniciais, como a chamada dos pais. E, até mesmo dando um norte para os pais, a fim de 
encaminhar o aluno para tratamento, e acompanhamento especial junto com a família. 
 
ANEXO 1 (número 9 do Índice): ASSUNTOS QUE OS PROFESSORES/AS FARÃO A ABORDAGEM 
SABRE AS DROGAS COM OS ALUNOS DENTRO DAS FAIXAS ETÁRIAS SEPARADAMENTE DE SEIS, 
NOVE E DOZE ANOS; 
 Este Anexo (número 9 do Índice) contém alguns pontos que os Professores/as podem 
abordar com os alunos adequadamente às suas faixas etárias. Poderão ainda ampliar com 
outros aspectos, como a importância de se manter a autoestima, a perspectiva futura, a 
importância da família, a diferença entre o bem e o mal, a boa amizade, e a perda de vida que 
leva as pessoas que se envolvem com vício e ou o crime das drogas. 
5 
 
ANEXO 2 (número 10 do Índice): ASSUNTOS QUE OS PROFESSORES/AS FARÃO A ABORDAGEM 
SOBRE AS DROGAS COM OS ADOLESCENTES 
 Este anexo (número 10 do Índice) é dirigido aos alunos adolescentes já com uma 
profundidade mais franca e sob uma maneira de dar um impacto maior diante de suas 
perspectivas de vida. Ainda tecendo considerações da importância de não se perder o Norte, 
que é o direito de cada pessoa em aproveitar bem a vida, através das boas virtudes, ética e 
dignidade. 
 
4 - ESTABELECIMENTO DAS FAIXAS ETÁRIAS E PROGRAMAÇÃO: 
 
 Com o avanço da tecnologia a mente das crianças está mais propícias ao aprendizado, bem 
como os Educadores se servem desse aspecto, para também iniciar cedo as informações às 
tenras idades, pois que a criminalidade procura esses novos consumidores (constata-se uma 
realidade cruel), que por isso mesmo precisam dessas informações de prevenção contra as 
drogas. 
 
Faixa Etária Conteúdo de Informação Periodicidade 
6 e 7 anos Contido no Anexo 1 Critério da Escola 
8 a 10 anos Contido no Anexo 1 ”” 
11 a 13 anos Contido no Anexo 1 “” 
Adolescentes Contido no Anexo 2 “” 
 
5 - PLANEJAMENTO: 
 
 Anualmente as Escolas planejarão as atividades para a colocação em prática do preparo e 
estabelecimento de programas e programação do calendário a ser desenvolvido 
extracurricular para os alunos, preferencialmente em suas classes de aula (Pela experiência, 
quanto adequado o número de alunos, melhor o aproveitamento). Nele estarão a formação 
básica sobre drogas no preparo dos professores/as com a apresentação do Projeto para 
conhecimento, e seus respectivos complementos, que cabe a cada Direção de Escola, por livre 
e espontânea vontade acrescer ao projeto, a fim de incrementar algo importante, quer 
relativo a sugestões dos professores, quer em relação ao regionalismo e situação de cada 
município. 
 Sugiro que a Direção da Escola faça contato com Juiz, Delegado de Polícia, Comandante de 
Batalhão da Polícia Militar, Conselho Tutelar, a fim de serem convidados para darem Palestras 
suplementares (Nesse caso pode-se agregar um número maior de alunos – Máximo de 100. 
 Essas autoridades pela experiência de vida policial e judiciária sempre tem novidades para 
colocar em atenção no que diz respeito à prevenção dos alunos. 
6 
 
 É importante colocar no planejamento uma etapa de solicitação de alunos voluntários para 
incrementar com cartazes a divulgação dos eventos. Bem como por parte dos voluntários 
sugerirem ou criarem eventos como: Arte, Representação, Poesia, etc. Também, após cada 
evento e ou palestra, colocar como rotina de aula a exigência de redação (Trabalho Escolar) 
sobre tais acontecimentos. As melhores selecionadas poderiam ser afixadas no Quadro de 
Aviso da Escola, e comentadas em todas as Classes, até mesmo para divulgação em Rádios e 
Imprensa. 
 As Secretarias Municipais de Educação podem fazer Convênios com Órgãos Públicos e 
Privados (Entidades Sociais), que possibilitem inteirações de interesse mútuo, a fim de 
beneficiar e incrementar os programas de prevenção aos alunos. 
 
6 – DETECÇÃO DO USUÁRIO DE DROGAS 
 
 A prática científica aponta alguns indícios que o usuário começa a apresentar quando faz 
uso de drogas ilícitas, tanto em relação ao consumo, quanto a abstinência. 
- Excitação, tagarelice, distúrbios verbais ou agressividade; 
-Apatia, isolamento, depressão; 
- Não registra as matérias, não cumpre com tarefas, notas baixas; 
- Manifestações estranhas (físico, mental, temporárias; 
- Manifestações bizarras de distúrbio psiquiátrico; 
- Mudança brusca de comportamento; 
- Falta de motivação, atrasos constantes, excessivas faltas diárias; 
- Atitudes furtivas, mentiras, mutismo; 
- Mau cheiro (caso fumo maconha) nas roupas; 
- Outros (É procurado na Escola pela Polícia, e ou traficantes) 
 
 Todo usuário quando apresenta quadro de necessidade de tratamento médico ou mesmo 
internação tenta descaracterizar seu estado de comprometimento com drogas, e passa a 
desvirtuar as respostas ou histórias colhidas pelos responsáveis (médico, pais, professores). 
 Avaliem o grau de dificuldade de se lidar com o usuário, mesmo em caso de tratamento. 
Portanto, não se pode pensar que todo processo é desumano. Contudo, o melhor papel que a 
Escola tem a desempenhar além da prevenção é chamar os pais e indicar o tratamento médico, 
com os pais supervisionando, sem o qual não há como prosseguir... 
 
 
 
7 
 
 
 
7 – PROVIDÊNCIAS A TOMAR PELA ESCOLA 
 
 Havendo a detecção do aluno usuário de drogas, não há tempo a perder e por isso, abaixo 
se cita algumas medidas: 
- Chamar os pais e posicionar de maneira clara o que está acontecendo de grave com o aluno; 
- Sugerir o encaminhamento ao aluno a tratamento médico-psicológico; 
- Cumprida esse caminho é possível que sob declaração médica que o aluno usuário está 
fazendo o tratamento, a Escola se coloca a disposição de reintegrá-lo, desde que não haja mais 
detecção de drogas. Essa decisão é antecedida de comprometimento com a presença dos pais 
e do aluno presentes com a Direção. 
- A Escola pode fazer o aluno participar de eventos extras como um efeito de terapia: Esportes, 
Artes, Rotinas Lúdicas, etc; 
- Supervisionar com mais cuidado todas as rotinas escolares para se aquilatar o 
acompanhamento de recuperação desse aluno. 
- Em casos que ultrapasse essas possibilidades de apoio, não se pode continuar pois há o risco 
e prejuízo dos demais alunos. Nesse caso, a Escola participa à família do impedimento a 
frequência, podendo após o tratamento retornar ao curso. 
 
 
8 
 
8 – CONCLUSÃO 
 
 (O relato abaixo foi feito no Projeto Inicial em 1996 – O quadro atual está bem pior) 
 
 Vê-se que de uma maneira geral não é nada fácil o papel da Escola. É um quadro grave cujas 
medidas governamentais tem sido incipientes, com poucos resultados práticos. A medida que 
evolui a crise não existe nada que se anteponha para evitar-se que a base (juventude) 
aumente. Ou seja, que haja uma contrapartida forte e estruturada por parte dos vários 
segmentos da sociedade. São passos importantes que o governo acorde e passe a realizar o 
seu papel obrigatório. 
 A sociedade precisa cobrar e fazer mais manifestações contra essas omissões, tanto no 
legislativo, quanto no judiciário e executivo. O problema das drogas somente será amenizado 
se forem atacados os vários vetores: Política contra as drogas (Feitura de uma lei ampla e bem 
feita – Discutida com pessoas entendidas no assunto, e não feita com interesses escusos, e ou 
líderes políticos descompromissados com o bem público. É preciso fazer a interação em todos 
os setores envolvidos (Controle eficiente nas fronteiras – terra/mar/ar, sem o que as drogas 
chegam aos consumidores doentes nas cidades; Melhor equipamento tecnológico para as 
Polícias; Apoio médico-psicológico em Hospitais e Clínicas Públicas especializadas; Orientação 
de prevenção aos alunos pelas Escolas; Apoio psicológico as famílias); Aumento de penas e 
Presídios separados aos traficantes). 
 É preciso dar um apoio maior em Escolas das periferias e favelas, não apenas no papel 
conjuntural de educação, mas em policiamento ostensivo, pois é onde os traficantes se 
sentem fortificados pela ausência do Estado. Frise-se da importância crucial da prevenção 
contra as drogas nas Escolas, pois os alunos precisam ser bem esclarecidos sobre todo o papel 
que envolve esse espectro das drogas 
 O ideal é que o governo fizesse também chegar principalmente nessas áreas mais carentes 
– Periferias e favelas, programas de porta em porta, para que os moradores fossem bem 
esclarecidos com esse problema, pois sendo bem esclarecidos eles não apenas estariam 
protegendo seus filhos, como até auxiliariam os poderes constituídos com relação a 
informações graves de tráfico. Poderiam ainda solicitar voluntários sociais para participarem 
de programas especiais nesse sentido. 
 No fundo, parece que as mãos são lavadas, entretanto, não fazendo o que se deve, o preço 
da omissão e comodismo será bastante caro. De modo, que sem dúvida o futuro não será nada 
fácil com o descaso que se vê, bem como a impunidade que vem imperando, motivo pelo qual 
a sociedade precisa acordar como um todo. É uma situação grave que cresce 
geometricamente, onde vê-se pouco os que preocupam-se com essa realidade tanto das 
drogas, quanto da AID 
 Talvez, ainda haja esperança, principalmente se for atacada com força a “Prevenção nas 
Escolas” – Uma prevenção estruturada na responsabilidade de passar e ganhar a confiança 
dos informados. Através dessa estratégia, o aluno bem informado estará mais consciente, 
atento, e poderá ficar isento da oferta perigosa das drogas. 
9 
 
 Por tudo isso é muito importante a participação da CLASSE DOS PROFESSORES/AS – 
Segmento confiável da sociedade, que além da missão de educar e oferecer cultura à 
juventude, também contribui para levar boas virtudes no seu dia a dia... 
 
 Revisão: O fator geométrico da gravidade citado, agora está bem pior. Perdeu-se 
oportunidade de imposição, e eles (Três Poderes) também deixaram esvair o tempo. A 
população cresceu mais de uma vez e meia. O Brasil está no caos das drogas. A juventude vem 
sendo perdida e morta. Mas, sempre há a esperança... Não podemos nos entregar. O povo 
sempre luta, e os PROFESSORES/AS estão à frente nessa luta! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
9 – ANEXO 1 
 
ASSUNTOS QUE OS PROFESSORES/AS ABORDARÃO COM AS CRIANÇAS NAS FAIXAS ETÁRIAS 
DE 6 A 13 ANOS (SEPARADAMENTE) – Preferencialmente nas Classes de Aula. 
 Obs: (Ao final dos itens abaixo há sugestões de assuntos a comentar) 
 
ASSUNTO FAIXAS ETÁRIAS 
 6/7 8/10 11/13 
1 – O professor/a abrirá a palestra inicial com tranquilidade e pas- 
sando aos alunos a necessidade de serem melhor esclarecidos so- 
bre o que acontece ao redor de seu mundinho e que precisam es- 
tar alertas e conhecerem as maneiras de se protegerem do mal. X X X 
 
2 – Informações que serão passadas aos alunos e farão parte de 
um calendário a serem efetivadas periodicamente, para que os 
alunos estejam preparados aos riscos existentes de colegas maio- 
res e mal intencionados, falsos amigos, e/ou pessoas estranhas que 
rondam as proximidades da Escola, com interesses maldosos ofere- 
cendo vantagens ao aluno, para depois abusarem de sua inexpe- 
riência. X X X 
 
3 – Posicionar os alunos sobre como os traficantes e seus vendedo- 
res (aviões) fazem os contatos com os consumidores infantis (alu- 
nos) – Assédio oferecendo inicialmente guloseimas, conversas pro- 
pondo vantagens (oferecimento), e por último a venda da droga. X X X 
 
4 – Papos (de percepção) com os aluno de como está a situação fa- 
miliar – Se há harmonia ou ao contrário, desentendimentos, violên- 
cia.Finalidade de se aquilatar o estado psíquico do aluno. X - - 
 
5 – Abordagem parecida a anterior, entretanto sob o enfoque de 
11 
 
Questionário com vários itens, como: Alcoolismo, queixas de mãe 
sobre violência, registro de crimes na família, parente envolvido com 
drogas, pedofilia. A finalidade é a de se aquilatar o risco de vulnerabi- 
lidade a que está exposto o aluno. - X X 
 
6 – Expor ao aluno a necessidade de relatar aos pais e ou mesmo ao 
Professor/a se está sendo assediado por traficante/vendedor droga. X X X 
 
7 – Colocar-se a disposição dos alunos para quaisquer assuntos que 
precisarem de mais esclarecimento, e por isso mesmo os professo- 
res estão para dar esse apoio. - X X 
 
8 – Inclusão de outros itens por parte dos professores/as... 
 
SUGESTÕES: 
- Explicar aos alunos sobre os riscos que eles ficam expostos quando se ausentam da Escola 
não acompanhados. Há sempre pessoas mal intencionadas para a pratica d crimes; 
- Dar exemplos desses riscos (tipos de crimes em que as crianças são vítimas); 
- Não aceitar assédios, normalmente enganosos e com guloseimas; 
- Idem com presentinhos – Comunicar aos pais e ou professores/as; 
- Não sair da Escola, mesmo que o convite seja de um colega/amigo; 
- Detalhar a miúde sobre o mal das drogas – O vício destrutível que ela faz com a pessoa; 
- Não aceitar do traficante, para que leve um pacote, bolsa, ou encomenda para qualquer 
pessoa, ou ainda colega ou amigo da Escola. 
- (Os professores/as podem incluir outros...). 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
10 - ANEXO 2 
 
ASSUNTOS QUE OS PROFESSORES/AS ABORDARÃO COM OS ADOLESCENTES – 
Preferencialmente nas Classes de Aula: 
 
1 - Inicialmente abrir a palestra com uma introdução sobre a importância da prevenção contra 
as drogas (lícitas e ilícitas) que levam os traficantes procurarem os jovens incautos a perderem 
o lado normal e estrutural de sua vida. Os professores/as poderão incrementar algo a mais da 
mesma “Introdução constante deste projeto, da Avaliação do problema, assim como 
acrescentando as suas experiências profissionais. 
 
2 – Porque os traficantes julgam como fácil ter os jovens como consumidores? Porque os 
traficantes julgam serem os jovens bobinhos e quererem logo experimentarem as drogas? São 
fatos levantados pela Associação Nacional dos Policiais em trabalhos estatísticos que 
demonstram essas conclusões, através de relatos de traficantes presos. 
 
3- Abordar que o usuário de droga prova e passa a gostar. Depois fica dependente da droga, 
Seja a espécie que for. Pode mais adiante mudar a espécie, também para provar outras, e a 
sua situação fica cada vez pior em relação a dependência. Sua situação física começa a 
enfraquecer organicamente, depois o enfraquecimento mental, podendo chegar ao desvario. 
Uma porta para o crime, prisão, e morte. 
 
4 – Como fica a família do usuário de droga? Perdida em querer tratar do filho/a. E doentee 
também, pois a vida familiar fica toda comprometida e transtornada diante de um problema 
grave com o filho/a envolvido com drogas/crimes. É importante estender bem esse assunto. 
 
5 – Quem oferece a droga é amigo ou um falso amigo? Quer esse falso amigo ter ele como 
uma bengala, ou é mandado oferecer a ordem do traficante? É preciso encarar com coragem. 
Não aceitando a oferta desse falso amigo, ou amigo contaminado (perde a consciência) por 
isso age dessa maneira. É hora de se proteger e afastar-se essa amizade. 
 
6 – Como enfrentar as frustrações do jovem na vida? Será que são insuficientes os meios, que 
a sociedade oferece? A própria Escola, também está aí para oferecer – Estender o assunto. 
Quem sabe os jovens abram essas discussões? 
 
7 – Os jovens pensaram nos sacrifícios que gerações anteriores enfrentaram problemas 
gravíssimos, e conseguiram subsistir a toda dificuldade surgida, tendo apenas suas convicções, 
virtudes, coragem e perspectivas de acreditar em crenças e trabalho, defesa de sustentação 
13 
 
da família, a fim de levar a luta à frente para a proteção de todos. Exemplos não faltam.- 
Estender o assunto. 
 
8 – Quem está a toa no pensar, que opte por suplantar problemas engajando-se em ocupação: 
trabalho, esportes, atividade voluntária social, artes, etc. Estender o assunto. 
 
9 –Ninguém é uma ilha. Se o aluno está com um problema e não consegue conversar em casa 
com os pais. Abra-se com o professor/a. Isso faz parte do relacionamento humano e os 
mestres estão sempre prontos. Isso também se estende, a um bom vizinho, um amigo mais 
velho, um tio carinhoso. 
 
10 – Aproveitar o ensejo para alistar alunos que queiram participar da Campanha Contra as 
Drogas. A união faz a força. Os próprios jovens conversarão em grupos, e apresentarão aos 
professores/as as suas ideias. Dentro e até fora da Escola. 
 
11 – Aberto a palavra e ideias dos professores/as. 
 
SUGESTÕES: 
- Como está a vida familiar o relacionamento do aluno com os pais; 
- O aluno vem sofrendo com bulling?; 
- Tipos de drogas. Uma pior que a próxima; 
- Os traficantes dão a entrada até gratuita das drogas, mas não dão a saída – É morte do 
usuário por drogas. Os traficantes ao tempo criaram um estado (falso) paralelo com sua lei 
própria (isentando a sua família). Eles decretam a PENA DE MORTE a quem não paga dívida 
de drogas, e a seus desafetos (submissos que tentam enganá-los); 
- Já sofreram aliciamento para vender as drogas?; 
- Tem conhecimento dos problemas que algum amigo está enfrentando com o uso de drogas, 
quando chegam as doenças orgânicas e a queima de neurônios, que levam a lesão cerebral?; 
- Há casos na família com problemas de drogas – consumo, tráfico? 
- Voluntários para a Campanha Contra as Drogas; 
- Outros assuntos a ser acrescentado pelos professoes/as. 
 
 
 
 
14 
 
11 – ANEXO 3 
 
PASSOS DAS DROGAS: 
 
 
 
 
 
15 
 
12 – ANEXO 4 
 Nomes e Gírias de Algumas Drogas 
 
 Alucinógenas: São drogas que causam alucinações. Os usuários veem imagens, ouvem sons 
e sentem sensações que parecem muito reais, mas que não existem. Alguns alucinógenos 
também produzem mudanças repentinas e imprevisíveis no humor de quem os usa. LSD, 
ácido, passaporte, barril, bike, pontos, trips, filete, bonequinha, papel, micro ponto, vidraça, 
doce, quadrado, fiote; 
Anfetaminas: bolinha, perventin (ampola); 
Cocaina: Cheirosa, fajuta, carinha, Cristina, purinha; 
Crack (Craque)): fumero, fumão, arrebenta pulmão, cano torto 
Maconha: alimba, bagulho, bucha, charro, erva, fumo, manga rosa, malva pó de fada, alface 
do diabo; 
Outros nomes e usos diversificados: 
Acochar, bang, cafungar, caminho, cana, cara limpa, da política, canudo, viajou, dólar, 
desarvorado, estar de zonzeira, embandeirar, estar na sua, fanta, fazer presença, atacadista, 
careta, cartucho, chicharra, chincheiro, chinfra, chocar, curtir, devagar, pura, esquadrilha, 
Fontes: Portal Educação, Alerta aos Incautos, e Içami Tiba (livro). 
 
ALGUNS TIPOS DE DROGAS: Lícita como o tabaco e ilícitas (demais): 
TABACO - A nicotina é uma droga mais letal que a maconha e vicia com mais facilidade que a 
heroína; no entanto, é bem mais acessível que as outras duas 
ECSTASY - As drogas sintéticas, fabricadas em geral nos países ricos, são as que tiveram maior 
aumento de consumo nos últimos anos – Endoidecem os jovens nas diversões noturnas; 
COCAÍNA - A política de redução de danos, que substitui drogas mais letais por outras menos 
agressivas, ainda não achou substituto para a cocaína– Droga cara que faz aumentar os crimes 
de roubos e assaltos – morte de inocentes; 
HEROÍNA - Os opiáceos são a droga usada há mais tempo pela humanidade. Há registros de 8 
000 anos sobre o poder da papoula - `Por questões culturais, e não de dependência 
mercadológica. 
MACONHA - Uma das razões para a criminalização da maconha foi o lobby da indústria 
farmacêutica, cujos produtos concorriam com a erva. Sem contar com a destrutividade 
persistente dos neurônios – Aumento de psicoses, que ao tempo lesa o indivíduo na sua vida 
normal. Também é provado ser ao tempo entrada às drogas mais letais. 
CRACK - Dependência e destruição total, tanto orgânica, quanto mental – morte mais rápida. 
13 – ANEXO 5 
 
16 
 
 PROGRAMAS EXISTENTES NA ÁREA DO GOVERNO E ENTIDADES PRIVADAS 
- A política pública brasileira sobre drogas é comandada pela Secretaria Nacional de Políticas 
Sobre Drogas (Senad), que foi criada pela medida provisória nº 1669, de 1998 e 
posteriormente transferida para a estrutura do Ministério da Justiça pelo Decreto Nº 7.426, 
de 7 de janeiro de 2011. 
 
Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas: 
Competência: 
À Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas compete: 
I - assessorar e assistir o Ministro de Estado quanto às políticas sobre drogas; 
II - articular e coordenar as atividades de prevenção do uso indevido, a atenção e a reinserção 
social de usuários e de dependentes de drogas e as atividades de capacitação e treinamento 
dos agentes do Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas; 
III - apoiar, no que couber, as ações de cuidado e de tratamento aos usuários e dependentes 
de drogas, em consonância com as políticas do Sistema Único de Saúde e do Sistema Único de 
Assistência Social; 
IV - desenvolver e coordenar atividades relativas à definição, à elaboração, ao planejamento, 
ao acompanhamento, à avaliação e à atualização de planos, programas, procedimentos e 
políticas públicas sobre drogas; 
V - gerir o Fundo Nacional Antidrogas e fiscalizar a aplicação dos recursos repassados pelo 
Fundo aos órgãos e entidades conveniados; 
VI - firmar contratos, convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres com entes 
federados, entidades, instituições e organismos nacionais e propor acordos internacionais, na 
área de suas competências; 
VII - indicar bens apreendidos e não alienados em caráter cautelar, a serem colocados sob 
custódia de autoridade ou de órgão competente para desenvolver ações de redução da 
demanda e da oferta de drogas, para uso nestas ações ou em apoio a elas; 
VIII - gerir o Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas; 
IX - desempenhar as atividades de Secretaria-Executiva do Conselho Nacional de Políticas 
sobre Drogas; 
X - analisar e propor, em conjunto com a Secretaria de Assuntos Legislativos, atualização da 
legislação pertinente à sua área de atuação; 
XI - executar as ações relativas à Política Nacional sobre Drogas e a programas federais de 
políticas sobre drogas; e 
XII - organizar informações, acompanhar fóruns internacionais e promover atividades de 
cooperação técnica, científica, tecnológica e financeira com outros países e organismos 
internacionais, mecanismos de integração regional e sub-regional que tratem de políticas 
sobre drogas. 
17 
 
Competência estabelecida pelo Decreto nº 8.668, de 11 de fevereiro de 2016, Anexo I. 
 
- O Ministério da Saúde e a Secretaria de Saúde do Paraná vão implantar programas voltados 
as crianças e adolescentes para a prevenção do uso de drogas e álcool no Paraná. 
 
As CAPS – Centro de Atenção Psicossocial 
 Em municípios até mesmo de médio porte. As CAPS tem feito papel de apoio até mais do 
que se previa em sua definição médico social. 
 Previsto para atender pessoas com transtornos mentais graves e persistentes e também 
com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas de todas as faixas 
etárias. Serviço de atenção à saúde mental em municípios com população: de 20 mil até 70 
mil habitantes. 
 Muitas Prefeituras Municipais fazem convênios com Entidades Sociais e ou em parcerias 
com clínicas especializadas. É importante a participação dos Conselhos de Saúde do Município 
e ainda das Câmaras de Vereadores, para fiscalizar a sua operacionalidade e o teor dos 
Convênios. 
 
ÁREA PRIVADA – Entidades Sociais 
 
 Vem sendo ao longo dos anos, extremamente importante a participação da sociedade na 
formação de Entidades Sociais, sem fins lucrativos, que apoiam em várias frentes sociais 
iniciativas que auxiliam às pessoas mais necessitadas, devido a carência de recursos e que não 
chegam a ponta da linha – As Comunidades, por parte dos governos nos três níveis (Federal, 
Estadual e Municipal). 
 Não fosse esse desiderato e a solidariedade de bons brasileiros que compõem essas 
Entidades Sociais, e certamente o povo menos favorecido seria muito mais prejudicado. 
 Uma MENÇÃO HONROSA a esses bons brasileiros! 
 
14 – OPINIÕES DIVERSAS – Contribuições de Auditorias reais e Teses Científicas 
 
- AGÊNCIA LUPA 
 – Entidade da mídia que faz uma espécie de auditoria de informação propalada, sobre o 
que é verdadeiro e o que é falso. 
 
Governo da presidente Dilma Rousseff: 
O Programa Crack, é possível vencer? 
http://planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Decreto/D8668.htm
18 
 
Os objetivos foram alcançados? 
Jornalistas: Juliana Dal Piva e Leandro Resende – 02/06/2017 
 Em dezembro de 2011, a presidente Dilma Rousseff lançou o programa “Crack, é possível 
vencer” com o intuito de auxiliar estados e municípios a combater o avanço da droga pelo 
Brasil. Nos documentos que ilustraram o anúncio foram fixadas diversas metas, divididas em 
três áreas de atuação: “cuidado” (para ampliar a capacidade de atendimento de saúde aos 
dependentes), “prevenção” ( uma rede de proteção contra o uso de drogas) e “autoridade” ( 
inteligência e policiamento contra o tráfico de entorpecentes). A Lupa voltou a esses 
documentos para saber o que saiu do papel. 
“O programa Crack é possível vencer investirá R$ 4bilhões até o ano 2014” 
 
FALSO: 
 Estudo feito pela Confederação Nacional dos Municípios mostra que só R$ 1,9 bilhão foi 
efetivamente gasto com o programa. Isso equivale a 47,5% do que havia sido prometido pelo 
governo federal, na gestão Dilma Rousseff. Os dados mostram que o Ministério da Saúde foi 
o maior executor do programa, tendo executado R$ 1,5 bilhão nas ações do Crack, é possível 
vencer. O estudo ainda revela que, dos 121 municípios que aderiram ao programa, 21 não 
tiveram a ajuda prometida. Não receberam verbas. A maioria dessas cidades estão no Ceará 
e no Pará. 
 
 
“Até 2014, serão criados 2.460 leitos e qualificados cerca de 1.140 leitos já existentes para 
atendimentos e internações de curta duração durante crises de abstinência de crack” 
 
FALSO 
O balanço oficial disponível no site do programa Crack, é possível vencer mostra que foram 
criados apenas 800 leitos de saúde mental em hospitais gerais. O número representa 32,5% 
do que havia sido anunciado. Na mesma página não há informações sobre leitos 
requalificados. Os que existem dão suporte hospitalar de curta duração em situações de 
urgência ou emergência decorrentes do consumo ou abstinência de álcool, crack e outras 
drogas, além de doenças associadas à dependência. 
 
FALSO: 
“Serão criados até 2014 308 consultórios na rua que farão atendimento volante nos locais em 
que há maior incidência de consumo de crack e outras drogas” Segundo o site da iniciativa, 
mantido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), foram criados apenas 129 
consultórios desse tipo – 41,8% do que havia sido prometido. Essas unidades são compostas 
por equipes de saúde móveis que prestam atenção integral à saúde da população em situação 
de rua e que trabalham junto aos dependentes com a estratégia de redução de danos. 
http://www2.planalto.gov.br/acompanhe-o-planalto/caderno-destaques/marco-2012/plano-integrado-de-enfrentamento-ao-crack-e-outras-drogashttp://www2.planalto.gov.br/acompanhe-o-planalto/caderno-destaques/marco-2012/plano-integrado-de-enfrentamento-ao-crack-e-outras-drogas
https://pt.slideshare.net/BlogDoPlanalto/info-crack
http://www.cnm.org.br/cms/biblioteca_antiga/ET%20Vol%207%20-%2019.%20Crack,%20%C3%A9%20poss%C3%ADvel%20vencer.pdf
http://www.brasil.gov.br/observatoriocrack/cuidado/leitos-enfermarias-especializadas.html
http://www.brasil.gov.br/observatoriocrack/cuidado/consultorio-na-rua.html
http://www.brasil.gov.br/observatoriocrack/cuidado/consultorio-na-rua.html
19 
 
 
 
“Até 2014, serão 175 unidades (Centros de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas – Caps 
Ad) em todo o país” 
 
FALSO: 
O site oficial do programa informa que foram criados 59 Caps Ad em todo o Brasil. Esses locais 
oferecem atendimento e também realizam acompanhamento clínico dos usuários em seus 
momentos de crise. Em alguns casos, oferecerem acolhimento noturno por um período curto 
de dias. Além disso, buscam auxiliar a reinserção social dos usuários na sociedade, tentando 
fortalecer laços familiares e comunitários, acesso ao trabalho, lazer e exercício dos direitos 
civis. 
 
 
“Até 2014, serão criadas 408 unidades (de acolhimento) para o público adulto e 166 pontos 
exclusivos para o público de 10 a 18 anos de idade” 
 
FALSO: 
Os dados oficiais mostram que foram criadas 34 unidades para o atendimento de adultos e 26 
unidades voltadas para o acolhimento infanto-juvenil. O serviço para os adultos oferece 
acolhimento transitório às pessoas de ambos os sexos. São casas pensadas para acolher até 
15 adultos por, no máximo, seis meses. No segundo caso, as instituições também oferecem 
acolhimento transitório para crianças e adolescentes de ambos os sexos, com idades entre 10 
e 18 anos. 
 “O contingente das polícias Federal e Rodoviária Federal será reforçado com a contratação de 
mais de dois mil novos policiais até 2014” 
VERDADEIRO: 
Os boletins Estatísticos de Pessoal e Informações Organizacionais feitos pelo Ministério do 
Planejamento entre dezembro de 2011 e dezembro de 2016 mostram que houve crescimento 
no número de agentes da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. Em 2011, a PF tinha 
3.298 agentes. Em 2014, 6.112. A Polícia Rodoviária Federal foi de 9.169 agentes em 2011 para 
10.178 em 2014. A soma dos novos policiais ultrapassa o total prometido na época do 
lançamento do Crack, é possível vencer. 
 
 
“O Executivo enviou ao Congresso um projeto de lei que institui o Sistema Nacional de 
Informações de Segurança Pública, Prisionais e sobre Drogas (Sinesp)” 
 
http://www.brasil.gov.br/observatoriocrack/cuidado/centro-atencao-psicossocial.html
http://www.brasil.gov.br/observatoriocrack/cuidado/unidade-acolhimento-adulto.html
http://www.brasil.gov.br/observatoriocrack/cuidado/unidade-acolhimento-infantil.html
http://www.brasil.gov.br/observatoriocrack/cuidado/unidade-acolhimento-infantil.html
http://d3vb7h9zygb7zj.cloudfront.net/wp-content/uploads/2017/06/Dezembro-de-2011.pdf
http://d3vb7h9zygb7zj.cloudfront.net/wp-content/uploads/2017/06/dezembro-de-2014.pdf%7E
20 
 
VERDADEIRO, MAS: 
Em julho de 2012, a então presidente Dilma Rousseff sancionou a lei que criou o Sinesp, 
sistema que coletaria dados e ajudaria na elaboração de políticas públicas ligadas ao combate 
do crack. Mas o portal do Sinesp não é atualizado desde 12 de maio de 2015. Os últimos dados 
disponibilizados na plataforma datam de 2014. 
Procurado, o Ministério da Justiça disse que o programa está ativo e que o portal do Sinesp 
está passando por uma atualização. Veja aquia nota completa da pasta. Já o Ministério da 
Saúde não se pronunciou sobre essas checagens até a publicação desta reportagem. 
*Esta reportagem foi publicada na edição impressa do jornal Folha de S.Paulo. 
 
REVISTA SUPERINTERESSANTE: 
Matéria do Jornalista Rodrigo Vergara da Revista Superinteressante: 
 
Bálsamo ou veneno? Comida dos deuses ou maldição do diabo? Hábito natural ou desvio da 
sociedade moderna? Não há resposta certa ou fácil quando o assunto são as drogas. As 
pesquisas de opinião refletem essa ambiguidade. Quando abordam o tema, em geral mostram 
que estamos longe de um consenso. Mas as pesquisas revelam algo mais. Em meio aos 
números, nota-se que quase não há indecisos sobre o assunto. Ou seja, não importa de que 
lado as pessoas estejam, o fato é que todas elas têm opinião formada – e arraigada – sobre o 
uso de drogas. 
Surpreende encontrar esse grau de convicção em um assunto tão complexo, com aspectos 
médicos, econômicos, sociais, históricos e morais tão sinuosos. Quem examina esse vespeiro 
percebe que a coisa mais rara de achar são respostas 100% seguras. 
“Só há uma coisa certa sobre as drogas: é preciso haver informação. Informação de qualidade, 
desvinculada da moral, do poder econômico e das forças políticas”, diz o juiz aposentado 
Wálter Fanganiello Maierovitch, ex-secretário nacional antidrogas e um dos maiores experts 
no tema no Brasil. 
É isso que tentamos oferecer a você nas próximas páginas: informação. Ao longo da leitura, 
você encontrará questões que raramente são formuladas a respeito das drogas. E outras que, 
apesar de formuladas há muito tempo, seguem sem resposta definitiva. Verá que os conceitos 
mais simples revelam contornos inéditos quando examinados à luz do debate. E conhecerá os 
interesses que até agora ditaram as regras do jogo (suprimido os tipos de drogas, por constar 
acima) 
Como estamos lidando com o problema? 
O modelo atual de combate às drogas busca nada mais nada menos que a abstinência 
completa das substâncias ilegais. Qualquer outro resultado que não passe pelo abandono 
dessas substâncias de uma vez por todas é considerado um fracasso. O argumento para chegar 
lá é forte: quem não largar o baseado ou a seringa vai para a cadeia. 
Essa guerra tem três frentes de batalha. A primeira é tentar acabar com a oferta, ou seja, 
combater os fornecedores, os narcotraficantes. A Polícia Federal brasileira, que apreende 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12681.htm
http://d3vb7h9zygb7zj.cloudfront.net/wp-content/uploads/2017/06/SINESP.png
http://d3vb7h9zygb7zj.cloudfront.net/wp-content/uploads/2017/06/Nota-minist%C3%A9rio-da-Justi%C3%A7a.png
http://d3vb7h9zygb7zj.cloudfront.net/wp-content/uploads/2017/06/Folha_de_SPaulo02_de_Junho_de_2017Cotidiano_e_Esportepag7.pdf
21 
 
toneladas de entorpecentes todo ano, trabalha nessa frente. Outro exemplo saído desse front 
foi a substituição de cultivo realizada na Bolívia e no Peru, pela qual os agricultores receberam 
incentivos para trocar a lavoura de coca por outras culturas. 
A segunda frente de combate é a redução da demanda. Há duas maneiras de convencer o 
sujeito a não usar drogas, ou seja, de prevenir o uso das drogas. Além de ameaçar prendê-lo, 
processá-lo e condená-lo – ou seja, reprimi-lo –, pode-se tentar educá-lo: ensinar-lhe os riscos 
que determinada substância traz à sua saúde e colocá-lo em contato com pessoas que já foram 
dependentes. 
A terceira frente de batalha é o tratamento. Chegar à eliminação das drogas não pelo ataque 
à oferta ou ao consumo, mas tratando aqueles que já estão dependentes da droga como 
vítimas que precisam de ajuda médica em vez de algozes que merecem repressão policial. 
 
ENTREVISTA: 
 A seguir colocamos uma entrevista de profundo conhecimento científico e dirigido a leigos, 
que a Revista Poder fez com o Dr. Artur Guerra, psiquiatra e especialista no assunto de álcool 
(droga lícita) e drogas (ilícitas). 
 Infelizmente, como será respondido pelo especialista, nesses casos sofre o dependente do 
uso de drogas por não se submeter ao tratamento de recuperação, como a família, que na 
maioria das vezes se desestrutura sob todos aspectos de controle. E, ainda alguns pais 
disfarçam o problema crucial, e às vezes entram em desnorteamento estrutural e alimentam 
o vício do filho. 
PODER: A dependência química pode ser considerada uma doença 
Arthur Guerra: Sim. É a manifestaçãomáxima da doença. Para chegar ao grau de dependência, 
a pessoa já passou pelo uso social do álcool ou das drogas, pela utilização como “muleta” para 
tentar amenizar seus problemas. O dependente é aquele que traz prejuízos para si e também 
para as pessoas com quem convive. Ele se torna “escravo” da substância, deixa de ser 
funcional. No caso do álcool, por exemplo, precisa beber todos os dias para ficar “calibrado” 
– senão, a mão treme, por exemplo. O dependente não consegue parar de beber ou de usar 
drogas mesmo sabendo que isso pode levá-lo à morte. 
PODER: Quem é mais vulnerável, o homem ou a mulher? 
Arthur Guerra: Em relação ao álcool não há a menor dúvida de que a mulher é mais vulnerável, 
corre mais risco de se tornar dependente. As mulheres, em geral, têm menos enzimas no 
fígado para metabolizar o álcool. Por uma questão fisiológica – pesam menos e têm menos 
massa corpórea –, os efeitos são muito mais intensos e prejudiciais para elas. É preciso levar 
em conta também os ciclos hormonais – e o álcool não ajuda nem um pouco nisso. As mulheres 
se tornam mais vulneráveis ainda por volta dos 50 anos, principalmente no que diz respeito 
ao consumo de álcool. Nessa fase, a taxa de estrógeno diminui e elas vivem a chamada 
síndrome do ninho vazio, quando os filhos cresceram e já se tornaram independentes. 
Também pode acontecer de o marido não estar mais tão interessado nela e, algumas vezes, 
até de ter um caso com alguém mais jovem. Muitas mulheres têm extrema dificuldade de lidar 
com tudo isso e acabam recorrendo ao álcool. 
PODER: A genética determina se uma pessoa vai se tornar dependente ou não? 
22 
 
Arthur Guerra: A genética influencia, sim. Há famílias em que as pessoas produzem mais 
enzimas que metabolizam o álcool. Com isso, a quantidade para provocar embriaguez vai ser 
cada vez maior, o que aumenta o risco de dependência. Mas a hereditariedade em si não é um 
fator determinante. 
Geralmente, esses pacientes são os mais difíceis de tratar porque costumam ter uma postura 
arrogante. A negação da dependência faz parte do quadro clínico. Eu costumo pedir um teste 
toxicológico de urina que acusa o uso de qualquer substância nos últimos sete dias. Muitos 
desses pacientes se recusam a fazer o teste, dizendo que é humilhante. Aí, já sei que é porque 
usaram alguma coisa. Quando a pessoa está em um grau grave de dependência, a única chance 
de recuperação é a parada total, a abstinência. 
PODER: Qual é o tempo médio de uso de álcool e de outras drogas para alguém se tornar 
dependente? 
Arthur Guerra: No caso do álcool, em geral, a pessoa leva de oito a 12 anos para se tornar 
dependente; a maconha pode provocar dependência depois de cinco anos de uso contínuo; 
no caso da cocaína, esse prazo é de um ano. Quanto ao crack e à heroína, em alguns casos, 
três utilizações bastam para levar à dependência. 
PODER: Que droga funciona como porta de entrada para outras? 
Arthur Guerra: O álcool é a principal. Dependendo da vulnerabilidade da pessoa – se ela está 
em um quadro depressivo, se tem alguma fobia, se é ansiosa –, há grandes chances de partir 
para outras substâncias. A maconha também pode funcionar como gatilho. Aqui no 
consultório, só atendo casos graves, extremos, e em todos foi a primeira droga utilizada. Eu 
trato as pessoas que tentam parar e não conseguem. 
PODER: Por que as pessoas costumam misturar álcool e drogas? 
Arthur Guerra: Com a falsa crença de que uma substância neutraliza o efeito da outra. Entre 
os jovens, maconha não é considerada droga – é como se fosse o vinho que os adultos tomam. 
Eles consomem também muito ecstasy, LSD e MD, que é o ecstasy mais potencializado. É 
muito comum o jovem fazer um “esquenta” e tomar uma bebida alcoólica para chegar 
“calibrado” na festa. Acontece que o álcool tem efeito depressor e deixa a pessoa com um 
ritmo mais lento. Então, esses jovens usam alguma outra coisa para dar um up, tomam um 
energético, por exemplo. Eles costumam misturar vodca e energético com a falsa ideia de que 
um anula o efeito do outro, já que o energético excita e a vodca relaxa. Isso não é verdade e 
a pessoa sai sempre no prejuízo. 
Da mesma maneira, tem gente que bebe e depois cheira cocaína. Se a pessoa estiver grogue 
e cheirar cocaína, vai ficar mais excitada, mas seus reflexos vão continuar alterados por causa 
do álcool. Outro erro comum é acreditar que o que faz mal é misturar mais de um tipo de 
bebida. Para o fígado, não importa, tudo é álcool. 
PODER: O que acontece no cérebro quando alguém bebe? 
Arthur Guerra: O álcool age como um capacete, um spray, e atua não só em uma região, mas 
no cérebro inteiro – e no corpo todo também. A primeira ação é excitatória, a pessoa fica mais 
falante, desinibida. Depois, o ritmo diminui. 
PODER: Qual é a proporção de homens e mulheres entre seus pacientes? 
23 
 
Arthur Guerra: Atendo pacientes a partir de 13 anos e, nesse grupo, há 70% de meninos e 30% 
de meninas. Muitas vezes, eles vêm aqui porque a mãe encontrou a droga ou porque o 
rendimento escolar e esportivo começou a cair de forma vertiginosa. Geralmente, o jovem 
começa com o álcool, que está na geladeira da casa dele, porque viu o irmão mais velho e o 
primo beberem. Aí, vem aquela questão cultural de que “quem bebe é mais macho”. Quanto 
mais cedo o jovem começar a beber, maior é o risco de ele passar para outras substâncias: 
maconha, skank, que é, digamos, a maconha mais pura, mais limpa, mais forte (E, portanto 
igual ou pior). Depois, vem o haxixe. 
Entre os adolescentes de 16, 17 anos, a proporção é de 80% de rapazes e 20% de moças. Nessa 
idade, eles acreditam que têm o “corpo fechado”. Então, acreditam que não vão se tornar 
dependentes, que podem fazer sexo sem proteção, dirigir sem cinto de segurança, essas 
coisas. É uma situação de onipotência, de uma primariedade e de uma infantilidade enormes. 
Em geral, as moças dessa idade chegam na clínica com quadros graves por três razões 
principais: a primeira por causa do uso exagerado de álcool, o que a gente chama de blecaute 
ou amnésia alcoólica; a segunda é o “boa-noite, Cinderela”, mistura de álcool e 
tranquilizantes; e a terceira é pelo uso de anfetaminas. Associada ao álcool, a anfetamina 
provoca um quadro psicótico forte. 
Depois vêm os pacientes na faixa de 21 a 24 anos, o grupo dos universitários, o que mais usa 
álcool e drogas – e isso não só aqui no Brasil, mas no mundo também. Muitos estudam fora e 
moram sozinhos, situação que os deixa mais vulneráveis, já que não estão sob a supervisão 
dos pais. Tem o calcanhar de Aquiles que se chama festa open-bar, em que as pessoas vão 
beber e muito. Não são raros os casos de morte com uma brincadeira chamada maratona ou 
maratomba, competição em que vence quem consegue beber mais. A pessoa vai entrar em 
coma alcoólico e coma alcoólico é a antessala da morte. Por isso, quem organiza essas festas 
também contrata uma ambulância. 
O próximo grupo de pacientes é composto por pessoas que estão na faixa dos 25 aos 32 anos. 
Aqui, a proporção é de 60% de homens e 40% de mulheres. É bastante comum nesse grupo 
uma transição rápida do álcool para a cocaína sem passagem pela maconha. Na fase adulta, 
dos 30 aos 40, 42 anos, a proporção entre mulheres e homens é igual. Nessa etapa da vida, as 
pessoas estão casadas, têm filhos e percebem que, para ganhar dinheiro, precisam de um 
emprego e que as drogas não são mais aliadas. Mas há aqueles que bebem e cheiram cocaína. 
Nesse grupo de pacientes, bem menos gente fuma maconha (Todo tipo de classes dos simples 
aos advogados, médicos, engenheiros). 
PODER: E o canabidiol, o princípio ativo da maconha, traz algum benefício para a saúde? 
Arthur Guerra: Atenção que o uso não é destrutivo (tipo fumar ou cheirar), mas 
medicamentoso. Traz benefícios, sim, mas em algumas situações específicas: quadros 
depressivos, melhora o glaucoma (aumento da pressão intraocular que pode levar à cegueira) 
e as dores crônicas, além de estimular o apetite de pacientes anoréxicos.Sobre o uso do 
canabidiol em crises convulsivas, há médicos que não acreditam que seu efeito seja melhor 
que o de outros medicamentos. Mas a importação foi autorizada – a pauta entrou via Conselho 
Regional de Medicina e agora foi para o governo federal. O canabidiol pode ser importado – 
desde que haja prescrição médica. A importação do canabidiol como medicamento está 
liberada, mas a importação e o uso recreativo da maconha continuam proibidos. 
PODER: Como é o tratamento da dependência química? 
24 
 
Arthur Guerra: Muitas vezes, é preciso internar o paciente para afastá-lo do álcool e das 
drogas. O apoio da família é fundamental porque a pessoa precisa refazer seu círculo de 
amigos. A prática regular de atividade física também é essencial – tenho sete personal trainers 
na minha equipe. A gente faz uma troca: a dopamina (neurotransmissor liberado durante o 
consumo de certas drogas) pelas endorfinas, hormônios produzidos pelo próprio corpo que 
trazem sensação de bem-estar e são liberados durante a prática de exercícios físicos. A pessoa 
se sente satisfeita porque conseguiu bater a meta, conseguiu fazer uma prova de 10 
quilômetros, começa a ter amigos que fazem a mesma coisa, se sente mais valorizada, perde 
peso. 
PODER: Dependência tem cura? 
Arthur Guerra: Melhor dizer que ela tem controle. Vamos supor que alguém esteja há 30 anos 
sem usar nenhum tipo de droga. Se utilizar novamente, volta tudo de novo, porque há uma 
herança química, genética. 
PODER: Como o senhor costuma lidar com seus pacientes? 
Arthur Guerra: Quando necessário, sou duro, bravo, radical. Mas também sou muito próximo, 
mergulho no caso – os pacientes dividem suas angústias e contam comigo. E tenho uma equipe 
muito boa, que me ajuda muito. Mas, quando saio da clínica e chego em casa, não toco mais 
no assunto. Alguns pacientes acham que o médico não precisa impor limites e insistem em 
falar comigo fora do horário do consultório. Por isso, a clínica conta com uma equipe de 
plantão que funciona 24 horas, sete dias por semana. Eles só me acionam quando não 
conseguem resolver o caso. 
PODER: Alguma vez o senhor sentiu que falhou como médico? 
Arthur Guerra: Várias vezes. Já tive pacientes que se suicidaram. Há também aquele paciente 
que se suicida lentamente, que vai morrendo aos poucos, vai perdendo os elos, vai 
definhando. Quando a pessoa não quer, ela não para de beber nem de usar drogas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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15 – Escrito: Clamor por justiça! 
 
 DESGRAÇA DAS FAMÍLIAS 
Iniciei pelas bebidas... 
Droga desgraçada! 
Depois chegastes pela mão amiga, 
Apenas para experimentar... 
E, fostes tomando conta de mim, 
Lançando-me ao fundo do poço. 
Hoje te desprezo, mais ainda, 
Os velhacos que te comercializam; 
Os traficantes que subjugam; 
Até os entregadores finais. 
Patifes infelizes! 
Alguns desses são massa de manobra. 
Gente da miséria humana, 
Viciados também, desempregados, presos, 
Também explorados pelos vis criminosos. 
Recuperando-me ainda, sinto-me melhor, 
Pra tentar te combater. 
Lamento a falta de estrutura no Brasil, 
Tanto de repressão, quanto na recuperação da saúde. 
De tudo, lamento o desgosto dado à minha família. 
Peço perdão a Deus, por inconscientemente, 
Tanto mal haver causado, 
Perdendo um tempo precioso da minha vida. 
Agora tenho noção do mal irreparável que fazem as drogas. 
Alerto aos jovens e ingênuos: 
Não se deixem enganar pelos encantadores das drogas. 
Certeza eu tenho agora, 
Que serei um guerreiro a mais nesse combate, 
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A essa erva daninha e aos traficantes. 
A que todos devem se engajar 
Contra esse mal misturado na sociedade. 
 
 COMBATER SEMPRE! 
 ESTA É A LUTA DE TODOS. 
 
 ANTES DO FIM... 
 QUEM SABE, UMA ESPERANÇA... 
 Humberto - 07/04/2005

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