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TÓPICOS INTEGRADORES II - ARQUITETURA E URBANISMO UNIDADE II 2 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, do Grupo Ser Educacional. Edição, revisão e diagramação: Equipe de Desenvolvimento de Material Didático EaD ___________________________________________________________________________ Silva, Anderson dos Santos. Tópicos Integradores II – Arquitetura e Urbanismo, Guia de Estudo: Unidade 2 – Recife: Grupo Ser Educacional, 2021. __________________________________________________________________________ Grupo Ser Educacional Rua Treze de Maio, 254 - Santo Amaro CEP: 50100-160, Recife - PE PABX: (81) 3413-4611 3 SUMÁRIO PARA INÍCIO DE CONVERSA ...................................................................................... 4 O DESENHO TÉCNICO: ÍNICIO .................................................................................... 5 DESENHO ARQUITETÔNICO ....................................................................................... 8 SISTEMA DE REPRESENTAÇÃO ................................................................................. 9 Planta Baixa .............................................................................................................................. 10 Paredes ...................................................................................................................................... 15 Portas e Janelas ....................................................................................................................... 16 Equipamentos fixos ................................................................................................................... 16 Referência de nível ................................................................................................................... 17 Cotas ............................................................................................................................................ 18 Texto ............................................................................................................................................ 19 Pisos e Hachura ........................................................................................................................ 19 CORTES ........................................................................................................................... 20 SIMBOLOGIA DOS CORTES ........................................................................................ 24 FACHADAS (ELEVAÇÕES OU VISTAS) ....................................................................... 29 Simbologia das Fachadas ........................................................................................................ 31 4 TÓPICOS INTEGRADORES II ARQUITETURA E URBANISMO UNIDADE 2 PARA INÍCIO DE CONVERSA Olá, querido (a) aluno(a)! Tudo bem com você? Seja bem-vindo (a) ao nosso segundo encontro da disciplina Tópicos Integradores II – Arquitetura e Urbanismo. Você passou pela primeira fase e agora terá a oportunidade de avançar em mais uma etapa de seu conhecimento. Nesta segunda unidade será dedicada ao estudo da representação de uma parte de importante do Desenho Arquitetônico, responsável pela elaboração do desenho básico de um projeto. Ao longo deste guia você irá ter a oportunidade de aprender sobre a correta representação desses desenhos e seus elementos, além do passo a passo de montagem de cada desenho. Por isso é muito importante que, ao estudar esta unidade, você possa praticar em casa, tente a cada guia de estudo concluído, realizar algum exercício de fixação daquele conteúdo absorvido por você. Aproveite esta jornada de conhecimento e desejamos a você, bons estudos! ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA Ao longo desta unidade, você terá acesso a várias informações sobre representação gráfica de projeto de arquitetura. Ao final dela, você irá ter revisado sobre a correta representação de uma planta baixa, cortes e fachadas para desenho arquitetônico. Nosso objetivo é que você revise e tenha a compreensão da correta representação de acordo com as normas técnicas. Mas, para isso você precisa praticar! Qualquer tipo de desenho, seja ele técnico ou artístico, exige de você, muita prática e planejamento, afinal todo processo criativo de um projeto passa por etapas e você precisa conhecê-las e respeitá-las. Então, vamos para mais um aprendizado acadêmico! 5 PALAVRAS DO PROFESSOR Caro (a) estudante, você já parou para pensar na importância de sua profissão para o desenvolvimento da sociedade?! Você será responsável por transformar as cidades e espaços construídos, assim como ser um agente de mudança nas transformações dos anseios das cidades! Dentro das edificações o seu papel é tornar um ambiente mais agradável, belo e funcional. Fora delas, promover o bem-estar e a qualidade de vida urbana das pessoas. Para tudo isso, umas das ferramentas primordiais a realização do bom trabalho de um profissional arquiteto e urbanista é a representação gráfica dos projetos a serem executados, e nada melhor que saber transmitir com exatidão sua ideia, de forma a qualquer pessoa possa executar da maneira planejada. Essa é a questão ao qual o Desenho Arquitetônico se debruça, representar uma ideia em uma linguagem universal. Uma vez realizada tal representação, o produto pode ser compreendido por qualquer pessoa que tenha a prática da linguagem do desenho, seja ele leigo ou não. Um exemplo prático disso é que em uma obra, os profissionais como engenheiros, marceneiros, serralheiros, eletricistas, mestre de obras e outros, se comunicam unicamente pela linguem comum a todos, o desenho. O DESENHO TÉCNICO: ÍNICIO Antes de nos debruçarmos no assunto dessa unidade, faremos uma breve revisão sobre conceitos que nortearam a construção de nosso conhecimento neste guia. Fique atento (a) porque é de extrema importância entender os símbolos que fazem parte da correta representação gráfica dos desenhos arquitetônico, pois permitem de forma universal a leitura do projeto. Vamos iniciar pelos conceitos de desenho técnico. O que é o desenho técnico?! De acordo com SANTOS (2019), desenho técnico é uma linguagem gráfica que tem por objetivo retratar a realidade com precisão e exatidão através de vistas que permite a mensuração de suas partes através de sistemas geométricos de representação das verdadeiras grandezas dos objetos, apesar de não serem representados nos seus tamanhos originais, mas através de relações de proporção conhecidas como escalas. Esse conceito nos leva a analisar que desenho técnico é uma forma de expressão que representa graficamente as formas de objetos, lhe conferindo dimensões e inserindo em posições no espaço de 6 acordo com cada situação. É através desse desenho que o projetista pode transmitir suas ideias. Se pensarmos que um autor de algum livro transmite sua ideia, seus sentimentos, seus objetivos através das palavras em um determinado texto, os desenhos técnicos são responsáveis em fazer este papel de transmissão de informações para o profissional que é responsável pela execução. Portanto, ela é usada em diversas áreas dentro das engenharias e arquitetura, como projetos de edifícios, peças mecânicas, instalações elétricas, estruturas de prédios, projetos de mobiliários, etc. Assim como para um autor escrever um livro existem regras a serem seguidas, em uma linguagem técnica emitida através de desenhos também precisam de regras para que qualquer pessoa que precise se orientar por ela, consiga fazer a leitura, sendo aí onde você se encontra ou em qualquer outro lugar do mundo. No Brasil as normas de desenho técnico são regidas pela ABNT (Associação Brasileirade Normas Técnicas). É ela quem irá determinar alguns aspectos do desenho, como por exemplo: o material a ser usado, o nível de elaboração, as técnicas que você usará para projetos, as fases de cada projeto e especificações dele. Para SANTOS (2019), no Desenho Técnico, as regras e normas são indispensáveis para uma boa execução e compreensão da ideia ou mensagem transmitida. Para tal, e a fim de tornar o desenho técnico uma linguagem universal, houve a necessidade de padronizá-lo em todo o mundo, o que deu origem às normas técnicas internacionais e suas consequentes normas nacionais. Elas são uma forma de facilitar a compreensão de desenhos e projetos em meio a atuação de profissionais de diversas áreas. GUARDE ESSA IDEIA! Você sabe o que é Verdadeira Grandeza (V.G.)? É um conceito utilizado em geometria descritiva, para representar uma dimensão real de um objeto geométrico que se encontra. Por vezes nos deparamos que projeções de desenho que estão inclinadas no espaço e sua projeção no papel não representa a sua dimensão real. As distâncias, ângulos e áreas podem ter as suas verdadeiras grandezas obtidas caso os desenhos (ou arestas), que estejam paralelas a um plano de projeção, ou rebatidas de forma paralela. 7 PALAVRAS DO PROFESSOR Estimado (a) aluno (a), você sabe por que é importante sempre usar a Norma em seus projetos? Existem riscos para um projeto elaborado por você não estar de acordo com a Norma? A resposta é: sim, existem! Quando falamos que temos um projeto ruim ou que não está bem elaborado, podemos destacar dois riscos principais que certamente irá ocorrer em seu trabalho: o risco do próprio projeto e o financeiro. Depois da elaboração de projeto, este irá para as mãos de profissionais que irá realizar a execução, sendo que nesta fase terá um processo de compra, fabricação de peças, montagem das estruturas e execução do projeto em si. Quando temos um projeto mal executado ou que não esteja de acordo com a linguagem técnica das normas, acabará não deixando seu entendimento claro para os demais profissionais, acarretando erros executivos, ou seja, compras de materiais de forma desnecessárias ou até de forma errada, em tamanho e quantidade; fabricação de estruturas ou peças com defeitos ou que não funcionam de acordo com a expectativa do projeto. A consequência desses erros é o desperdício de material, atraso na entrega da obra que acaba sendo repassado ao cliente (aquele que paga pelo projeto), em forma de gastos diferentes do planejado. Posso destacar que a mal execução pode acarretar até risco à segurança da estrutura, por exemplo: uma viga mal executada ou executada com materiais inadequadas, pode colocar em risco a integridade física da estrutura; isso traz insegurança a funcionalidade da peça inviabilizando a utilização do espaço para qual ela foi projetada. Fiquei atento (a) à leitura de cada norma antes de iniciar seu projeto e, principalmente, o respeito às especificações contidas nela. Vamos continuar! Então, desenho técnico é a representação gráfica cujo objetivo é a representação da forma, dimensão e posição de objetos tridimensionais em espaços bidimensionais, de acordo com as necessidades de diversas áreas do conhecimento, sobretudo na Arquitetura e nas Engenharias (SANTOS, 2019 apud, RIBEIRO, 2011). Continuando com Santos (2019), essa representação bidimensional é aquela que advém do Sistema Mongeano o qual utilizada de projeções ortogonais através de projetantes retas e paralelas, sendo possível obter as verdadeiras grandezas do objeto. 8 Agora que você relembrou o que é um desenho técnico, vamos ver o conceito básico de Desenho arquitetônico?! Figura 1: As vistas ortogonais são usadas no desenho arquitetônico. Fonte: Montenegro, 2001, p.42 DESENHO ARQUITETÔNICO Desenho arquitetônico é uma especialização do desenho técnico que tem por objetivo representar e executar os projetos de arquitetura. Assim, podemos dizer que os desenhos de arquitetura é um conjunto de registros gráficos ao qual é criado e especificado por arquitetos, desenhistas e outros profissionais da área, durante o processo de criação. É através dele que outros profissionais podem executar as edificações proposta pelo projeto. A autora SANTOS (2019), complementa que antes de qualquer coisa, é importante você relembrar que o Projeto de Arquitetura é um documento constituído de uma parte escrita e uma parte gráfica. Esse último é o chamado Desenho de Arquitetura ou Desenho Arquitetônico, o qual é constituído por um conjunto de desenhos que têm como objetivo representar os componentes construtivos e a configuração volumétrica e espacial da edificação. Apresentam-se sob a forma de plantas baixas, cortes e fachadas (vistas ou elevações). Agora é o momento de aprender cada uma das etapas do desenho arquitetônico, começando pela junção do sistema de representação mongeana que é de onde se deriva as demais linhas de desenho. 9 Figura 2: As vistas ortogonais e a relação com o desenho arquitetônico. Fonte: Montenegro, 2001, p.44 SISTEMA DE REPRESENTAÇÃO Então diante do tratado sobre as Normas, existem algumas que nos ajudam na linguagem gráfica que vale a pena ler e para seu conhecimento, listo algumas abaixo: NBR 16752/20: Desenho técnico - Requisitos para apresentação em folhas de desenho; NBR 10068/87: Folha de Desenho - Leiaute e Dimensões; NBR 6492/94: Representação de projetos de arquitetura; NBR 10068/87: Folha de desenho - Leiaute e dimensões - Padronização; NBR 8403/84: Aplicação de linhas em desenhos - Tipos de linhas – larguras de linhas; NBR 8402/94: Execução de Caractere de escrita em Desenho técnico; NBR 13142/99: Desenho Técnico – Dobragem de Cópia; NBR 8196/99: Desenho Técnico - Emprego de Escalas; NBR 10126/88: Cotagem de Desenho Técnico. BORMIO E MELO (2017), fala que além das vistas que já vimos anteriormente, o desenho técnico também é composto por outros elementos, que vão ajudá-lo a desenvolver com melhor clareza seu projeto, em resumo são eles: Planta baixa: essa representação de um ambiente se dá em duas dimensões, normalmente com o observador na parte superior, ou seja, o plano de representação em uma planta baixa é o plano inferior. Deve-se representar objetos que se encontram até 1,50 m do pavimento. Cortes: essa representação é indicada para as dimensões verticais, pode ser feita por meio da representação dos planos longitudinais ou transversais. Fachadas: é a representação do plano exterior de uma peça ou edificação, assim como corte desenhado em sua dimensão vertical. 10 Planta de cobertura: representação aérea do telhado do projeto, pode trazer informações do sistema de escoamento pluvial. Planta de localização: essa representação traz a vista superior do terreno, tem a função de identificar o formato, as dimensões e a localização da construção no terreno. Planta de situação: representação superior esquemática com abrangência de todo o terreno onde será edificada a construção, tem a finalidade de identificar o formato, as dimensões do terreno e a amarração deste na quadra em que se localiza. Para este guia de estudos, focaremos em resumir três elementos no desenho arquitetônicos principais e fazer suas construções, serão eles: Planta Baixa, Cortes e Fachadas. Planta Baixa Prezado (a), você sabe o que é uma planta baixa e como desenhar uma? Vamos entender esse passo a passo! Uma planta baixa é um dos documentos que compõe o caderno de desenho técnico dentro de projeto de arquitetura. Com ela é possível visualizar todos os ambientes dentro da edificação e suas interligações, além de visualizar mobiliário, circulação, materiais e outros aspectos. Ela é um dos desenhos técnicos da projeção mongeana, mas com uma especificação: vamos imaginar uma lâmina que fazer um corte horizontal na edificação a uma altura de 1,50m do piso acabado, sua representação é feita retirando a parte de cima e olhando para baixo (Vista Superior), assim teremos a possibilidade de ver as paredesde divisão dos cômodos, portas e janelas, os móveis, etc. Para as autoras BORMIO E MELO (2017), a quantidade de plantas baixas para representar um edifício está diretamente relacionada ao número de pavimentos que ele apresenta. Por exemplo, se um edifício possui somente o pavimento térreo, ele terá uma planta baixa, enquanto um edifício que possui subsolo, térreo e um andar, havendo estruturas arquitetônicas diferentes entre os pavimentos, terá três plantas baixas, e assim por diante. Cabe destacar ainda que, com relação à nomenclatura, deve-se sempre utilizar as denominações “piso” ou “pavimento”, e não andar. Caso o edifício possua mais de um pavimento com a mesma planta baixa, ou seja, com a mesma estrutura arquitetônica, ela receberá o nome de “planta baixa do pavimento tipo”, sendo que os demais receberão a denominação do respectivo pavimento. Por exemplo: planta baixa do subsolo; planta baixa piso térreo; planta baixa do mezanino; planta baixa tipo 1°, 2° e 3° pavimentos. 11 Figura 3: Plano de corte a 1,50m do piso acabado. Fonte: Montenegro, 2001, p.51 Figura 4: Retiramos a parte de cima da edificação e olhamos de cima para baixo. Fonte: Montenegro, 2001, p.51 Figura 5: Será considerado o plano horizontal do corte. Fonte: Montenegro, 2001, p.52 12 Figura 6: Temos assim com todos os elementos a planta baixa. Fonte: Montenegro, 2001, p.52 Agora veremos um passo a passo para a construção de uma planta baixa, de acordo com CHING (2011): Primeiro: Traçar as linhas principais que regulam a posição dos elementos estruturais e das paredes. Segundo: Pode-se usar uma malha de eixos ortogonais de maneira conveniente e eficaz para indicar o sistema estrutural ou modular. Terceiro: Dar espessura adequada as principais paredes e aos demais elementos estruturais, como coluna e pilares. 13 Figura 7: Traças as linhas principais/ Dar a espessura adequada. Fonte: CHING, 2011, p. 54 Quarto: Desenhar os elementos como janelas, portas e escadas. Quinto: Por fim, faça os detalhes, como as portas e a marcação de suas aberturas, os pisos e corrimãos de escada e os móveis e acessórios fixos. Sexto: apague as linhas, limpe os desenhos, insira as hachuras piso das áreas molhadas e finalize o desenho colocando os textos: nome dos ambientes, áreas, níveis, etc. 14 Figura 8: Desenhar os elementos/ Faças os detalhes. Fonte: CHING, 2011, p. 55 As plantas devem conter diferentes produtos de entrega de acordo com cada etapa de projeto, a Norma NBR 6492(1994, p. 4) que normatiza a representação dos projetos de arquitetura, detalha cada entrega, desde o estudo preliminar até o projeto executivo, para exemplificar, de acordo com a Norma, na etapa de Anteprojeto a representação gráfica de uma planta baixa deve conter: a) simbologias de representação gráfica conforme as prescritas na Norma; b) indicação do norte; c) eixos do projeto; d) sistema estrutural; e) indicação das cotas entre os eixos, cotas parciais e totais; f) caracterização dos elementos do projeto: - Fechamentos externos e internos; - Circulações verticais e horizontais; - Cobertura/telhado e captação de águas pluviais; - Acessos e demais elementos significativos; g) marcação de projeção de elementos significativos acima ou abaixo do plano de corte; h) indicação dos níveis de piso acabado; i) denominação dos diversos compartimentos e respectivas áreas úteis; 15 j) marcação de cortes e fachadas; k) escalas; l) notas gerais, desenhos de referência e carimbo. Para desenho técnicos, precisamos ter conhecimento sobre alguns símbolos gráficos e convenções, ao qual temos a obrigação de representá-las. Vamos agora relembrar algumas simbologias que deverão ser apresentados durante a representação gráfica! Paredes A representação das paredes no desenho deve obedecer ao material que o compõe. Em se tratando de alvenaria de tijolo convencional a espessura mais usual é 15cm, sendo também modificada de acordo com a intenção no projeto. A representação de parede em planta baixa é um corte da alvenaria, como mostrado no passo-a-passo do tópico anterior, sendo assim a linha de escolha desse tipo de representação deve ser com linhas mais grossas. Para representação desse elemento em escala, igual ou inferior a 1:100, utiliza-se dois traços paralelos, para escalas superiores, em que o desenho será menor, pode-se utilizar um traço cheio ou pintado. Figura 9: Indicação de representação das paredes. Fonte: Montenegro, 2001, p.68 16 Portas e Janelas A representação das portas e janelas se dá indicando sempre as folhas das esquadrias ao qual se pretende representar sua forma e modelo, e a sua abertura, objetivando mostrar o espaço real que aquele elemento ocupa. Importante lembrar: em planta baixa a representação deve ser sempre evidenciando a esquadria aberta, no caso de janelas, dependendo do tipo de esquadria que for escolhido, a abertura deve ser apresentada não só em planta, mas também no corte. Figura 10: Representação em planta de algumas portas. Fonte: Bormio e Melo, 2017, p.53 Figura 11: Representação em planta baixa de janelas. Fonte: Bormio e Melo, 2017, p.54 Equipamentos fixos Os equipamentos são considerados fixos quando sua representação se torna obrigatória em representação de uma planta baixa básica, a importância se dá por dois fatores, o primeiro por precisar de um sistema construtivo específico para execução: pia de cozinha, lavatório, tanque, vaso sanitário, chuveiros e outros; segundo, por mais que alguns equipamentos elétricos sejam móveis, sua representação é obrigatório porque ele precisa de uma localização específica dentro do espaço, já que sua forma de uso está ligado a outros e precisa de uma infraestrutura especifico para seu funcionamento, como ponto de tomadas, 17 de água, etc., exemplo: equipamento elétricos de grande porte: fogões, geladeiras, máquina de lavar e outros. Sua representação em planta baixa, deve ser uma representação simples, mas que proporcione uma identificação rápida e fácil, como exemplos abaixo: Figura 12: Representação em planta baixa de equipamentos fixos. Fonte: Bormio e Melo, 2017, p.55 Figura 13: Representação em planta baixa de equipamentos elétricos. Fonte: Bormio e Melo, 2017, p.55 Referência de nível Para indicação de altura de cada plano representado em planta baixa no projeto é apresentado um símbolo de nível, assim deve ser indicado todos os diferentes níveis que fará composição no projeto, não sendo necessário indicar em todos os compartimentos a simbologia, mas sim onde haverá diferença de alturas. Deverá ser sempre indicado em metro, onde acompanhará o sinal negativo (-), ou positivo (+), que indicará que o piso estará abaixo da linha referência 00.00 ou acima deste nível, respectivamente. 18 Figura 14: Representação de cota de nível em Planta Baixa. Fonte: NBR 6492, p.17 Cotas São elementos indicativos das dimensões impostas no desenho técnico e arquitetônico, por isso, seguem as determinações e orientações das NBR 10126 (cotagem em desenho técnico), e a NBR 6294 (representação em projeto de arquitetura). São formadas por três elementos principais, são eles: Linha de cota: é a linha onde é posto a dimensão do elemento que se pretende cotar, é sobre ela que é colocado o valor numérico. Linha de extensão: também chamada de linha auxiliar ou de chamada, é a linha que faz a ligação entre a linha de cota e o objeto a ser cotado. Finalização da linha de cota: É o encontro entre a linha de cota e a extensão, para representação em desenho arquitetônico a caracterização dessa linha é um pequeno traço inclinado a 45º ou pontos demarcando exatamente este cruzamento. Lembrando que as outras áreas utilizam outras finalizações como padrão. Figura 15: Elementos de uma cota. Fonte: https://docplayer.com.br/43309302-Desenho-tecnico-arquitetonico.html https://docplayer.com.br/43309302-Desenho-tecnico-arquitetonico.html\ 19 Texto Os textos devem ser apresentados sempre em caligrafiatécnica, tomando como referência a NBR 8402 (Execução de caracter de escrita em desenho técnico). Estes devem ser dispostos em planta baixa sempre no sentido da leitura, ou seja, da esquerda para a direita e de cima para baixo. A altura ou tamanho dos textos, devem ser levados em conta a hierarquia de informações e principalmente estar compatível com a escala adotada no projeto, permitindo assim uma fácil leitura e adequação a filmagens e fotografias, caso necessário. Figura 16: Os textos devem levar em conta a escala do desenho. Fonte: Extraído de https://docplayer.com.br/43309302-Desenho-tecnico-arquitetonico.html Pisos e Hachura Os pisos em planta baixa são sempre representações de linhas em vista, ou seja, linha fina, recomendando o aumento gradual de sua espessura à medida que essa se aproxima do observador. Na representação de pisos também deve ser observado à densidade das hachuras, ou seja, o distanciamento entre suas linhas em relação ao tamanho do compartimento onde eles são aplicados. Deve-se evitar a utilização de hachuras muito densas em compartimentos de grandes dimensões e de hachuras pouco densas em compartimentos pequenos. As primeiras sobrecarregam visualmente o desenho, e as últimas tornam difícil sua leitura. Deve-se, sempre que possível, manter uma proporção entre a densidade da hachura e o tamanho (área) do compartimento, observando-se, é claro, uma certa proximidade com as dimensões reais dos materiais representados. (XAVIER, 2011, p. 28). https://docplayer.com.br/43309302-Desenho-tecnico-arquitetonico.html 20 Figura 17: Representação de pisos. Fonte: https://docplayer.com.br/43309302-Desenho-tecnico-arquitetonico.html CORTES Cortes são projeções ortogonais verticais que visam apresentar o interior da edificação passando por pontos específicos determinados pelo projetista. Vamos imaginar assim, uma grande lâmina caindo no centro de sua residência e essa partirá a edificação ao meio, você escolherá qual das duas partes da edificação cortada será aproveitada, a escolhida e agora se posicionando olhando de frente para ela, esta visualização é o que chamamos de corte. Figura 18: Edificação sendo cortada pela “lâmina” ou plano vertical. Fonte: Montenegro, 2001, p.54 https://docplayer.com.br/43309302-Desenho-tecnico-arquitetonico.html 21 Figura 19: Divisão dos planos e escolha do lado a representar. Fonte: Montenegro, 2001, p.54 Assim, os cortes servem para mostrar, por exemplo, compartimentos internos e suas alturas construtivas como coberta, forro, vigas, peitoril de janelas, escadas, reservatórios de água e outros; apresenta a altura dos mobiliários, portas e janelas; por fim outras informações que não são apresentados na planta baixa. BORMIO E MELO (2017), fala que um melhor entendimento a respeito dos cortes pode ser obtido considerando-os como planos verticais. Imagine-os como “fatias” da edificação que podem ser cortadas no eixo transversal (acompanhando a menor dimensão), longitudinal (acompanhando a maior dimensão) ou em quantos outros forem necessários, sempre buscando a obtenção de uma perfeita compreensão do projeto e, consequentemente, a adequada execução da obra. Na representação do desenho arquitetônico, de acordo com a NBR 6492, deverá ter no mínimo dois cortes definidos, cuja indicação deve estar representada em planta baixa com símbolo específico ou uma seta, mostrando para que lado da edificação o corte está sendo representado. Ainda na Norma, ela descreve que o corte, ou cortes, deve ser disposto de forma que o desenho mostre o máximo possível de detalhes construtivos. Pode haver deslocamentos do plano secante onde necessário, devendo ser assinalados, de maneira precisa, o seu início e final. Nos cortes transversais, podem ser marcados os cortes longitudinais e vice-versa. Sendo assim, ao se definir os cortes em uma edificação, estes devem passar obrigatoriamente por escadas, reservatórios, cobertas – mostrando o caimento da água, estruturas, áreas molhadas e detalhes particulares em seu projeto. Conforme citado na norma, existem dois tipos básicos e obrigatórios de cortes: o longitudinal e o transversal: 22 Longitudinal é aquele corte que passar pela edificação ao “longo” de sua estrutura, sendo representado em sua maior dimensão, atravessando assim de um lado para o outro. Transversal é o corte perpendicular ao corte transversal passando na edificação em sua menor dimensão. Estimado (a) estudante, a partir dessas informações, você deve poderá iniciar a construção de um corte, a autora SANTOS (2019), fala sobre alguns passos a serem seguidos nessa construção, apresentados e ilustrados abaixo: Primeiro: Utilizar papel transparente (na posição horizontal) sobre o desenho da planta baixa orientado no sentido de marcação do corte. Figura 19: Início do desenho de corte, utilizando a planta baixa como orientação. Fonte: Montenegro, 2001, p.55 Segundo: Em seguida, deve ser desenhada a linha de altura do piso térreo e a linha referente ao nível do terreno. Terceiro: As linhas de parede externas e internas cortadas pela linha de corte são desenhas a seguir. Figura 20: Definição de pisos e paredes nos cortes. Fonte: Montenegro, 2001, p.60 23 Quarto: Logo, os vãos de portas e janelas devem ser desenhados, de modo que agora, as portas são representadas fechadas. Aqui também, podem ser desenhados aqueles elementos que são”vistos”e não ‘cortados” pelo plano de corte, sendo indicados com traço contínuo mais fino que o traço dos elementos cortados. Quinto: Depois as linhas que marcam os elementos “cortados” pelo plano de corte devem ser engrossadas de modo a evidenciá-las, como exemplo, as paredes cortadas. Também deve ser feita a cotagem. No final do processo, pretendemos obter um resultado, como por exemplo, o apresentado na imagem abaixo: Figura 21: Elementos de um corte final. Fonte: Bormio e Melo, 2017, p.95 Após a construção do primeiro corte é hora de construir o segundo! Para definir qual corte representar primeiro, a escolha deve ser demostrando principalmente o caimento da coberta, caso não seja laje plana, pois será através desse elemento que se definirá algumas alturas na coberta. Em uma segunda etapa de representação, você verá que ficará mais fácil representar o corte pegando referências construtivas e suas alturas do primeiro desenho, posicionando-se em sua folha ou área de desenho, um ao lado do outro. 24 Como no exemplo abaixo: Figura 22: Segunda etapa dos cortes. Fonte: Montenegro, 2001, p.60 GUARDE ESSA IDEIA! Essa é uma definição que você, caro (a) aluno (a), como projetista deverá ter sempre em mente! Ao cotar um desenho, fica estabelecido que as cotas no corte são exclusivamente para indicações de dimensões na vertical, enquanto as cotas horizontais são exclusivas para cotagem em planta baixa! Fique atento (a)! SIMBOLOGIA DOS CORTES Assim como as plantas baixas, os cortes são seções em que alguns elementos são atingidos por esse plano secante, assim a representação de linhas segue a mesma ideia de uma planta: 25 Os elementos cortados, são representados com traço contínuo grosso; As demais paredes em vista, utilização traço fino; As linhas de cortes em planta baixa têm sua configuração em traço e ponto grosso; Demais elementos cortados que não sejam estruturas e paredes são representados em linhas medias. Figura 23: Relembrando as configurações de linhas. Fonte: https://imagens-revista-pro.vivadecora.com.br/uploads/2018/11/corte-de-planta-baixa-linha-de- corte.png Figura 24: Representação das linhas de corte. Fonte: Bormio e Melo, 2017, p.93 https://imagens-revista-pro.vivadecora.com.br/uploads/2018/11/corte-de-planta-baixa-linha-de-corte.png https://imagens-revista-pro.vivadecora.com.br/uploads/2018/11/corte-de-planta-baixa-linha-de-corte.png 26 Marcação do corte A indicação de direção de visualização e posição do corte na planta baixa, obedece a uma sequência que deve ser representada,além disso outro componente importante é o nome dado ao corte (AA/AB/AA’). De forma opcional, você pode indicar também a qual prancha pertence o desenho. Figura 25: Exemplos de marcação do corte. Fonte: Bormio e Melo, 2017, p.96 Cotas de nível De acordo com a NBR 6294, a representação de cota de nível em cortes deve ocorrer sempre em duas situações: nível acabado (N.A.) e nível em osso (N.O.), elas devem ser apresentadas em metros e quando o a referência for representada abaixo no nível “zero – 00.00” do terreno, a indicação deve ser feita no negativo e acima no positivo. Figura 26: Representação da cota de nível em cortes. Fonte: Bormio e Melo, 2017, p.97 27 Texto O texto deve ser inserido próximo a linha do piso do corte da edificação, de forma horizontal e sempre indicado o ambiente correspondente ao caminho que a linha de indicação do corte passa. Demais elementos Devemos ter em mente que a construção de um desenho se faz com todos os elementos construtivos pensados para a construção, além dos indicados acima, existem outros termos e estruturas que fazem parte da edificação, a exemplo: vigas, vergas, embasamento, beiral, fundação, pé direito, entre outros. Figura 27: Representação de alguns elementos em corte. Fonte: Montenegro, 2001, p.56 Por fim, os cortes, assim como indicado anteriormente para a planta baixa, devem conter diferentes produtos de entrega de acordo com cada etapa de projeto, a Norma NBR 6492(1994, p. 4), na etapa de Anteprojeto a representação gráfica de um corte deve conter: a) simbologias de representação gráfica conforme; b) eixos do projeto; c) sistema estrutural; d) indicação das cotas verticais; e) indicação de cotas de nível em osso e acabado dos diversos pisos; f) caracterização dos elementos do projeto: - Fechamentos externos e internos; 28 - Circulações verticais e horizontais; - áreas de instalações técnicas e de serviços; - Cobertura/telhado e captação de águas pluviais; - Forros e demais elementos significativos; g) denominação dos diversos compartimentos seccionados; h) escalas; i) notas gerais, desenhos de referência e carimbo; j) marcação dos cortes transversais nos cortes longitudinais e vice-versa, podendo ainda ser indicadas as alturas das seções horizontais (planta da edificação). GUARDE ESSA IDEIA! Prezado (a), existe um vocabulário técnico vasto para muitos elementos dentro da construção civil e projetos e você deve conhecê-los. Você sabe o que significa os termos: Pé direito, Pé esquerdo e Pé direito duplo no desenho arquitetônico? Funciona da seguinte forma: quando queremos indicar a altura do piso acabado de uma edificação até o forro ou laje (teto)x esta medida é chamada pé direito. Ao dobrar essa medida diz-se que aquele ambiente tem pé direito duplo. E o pé esquerdo? Quando na edificação temos vários pavimentos, a medida indicada do piso do pavimento inferior ao piso do pavimento superior chama-se pé esquerdo, esse é importante, por exemplo, quando queremos saber a medida vertical que uma escada irá alcançar em sua construção. VISITE A PÁGINA Olá, aluno (a), você já sabe por que é tão importante a construção de cortes no desenho arquitetônico, não é verdade? Além de tudo que foi trabalhado neste guia, recomendo a leitura do seguinte artigo: A importância do corte na representação e prática arquitetônica. https://www.archdaily.com.br/br/895844/a-importancia-do- corte-na-representacao-e-pratica-arquitetonica Boa leitura! https://www.archdaily.com.br/br/895844/a-importancia-do-corte-na-representacao-e-pratica-arquitetonica https://www.archdaily.com.br/br/895844/a-importancia-do-corte-na-representacao-e-pratica-arquitetonica 29 PRATICANDO Agora que você relembrou o que é um corte e como se dá sua construção, que tal praticar um pouco? Em sua residência, você deverá imaginariamente definir uma linha de corte: longitudinal e transversal e representá-lo em uma folha de papel, evidenciando todos os elementos que puder representar. Vamos lá? Mãos à obra! FACHADAS (ELEVAÇÕES OU VISTAS) A representação gráfica dos planos fora das edificações é chamada de fachadas. Neste tipo de representação é trabalhado o visual externo do objeto ao qual no processo de desenho suas faces serão planificadas. Para sua apresentação na prancha, será representado paredes externas, portas, janelas, coberta e demais elementos, além disso é através da fachada na projeção de desenho arquitetônico em que teremos uma real noção sobre a hierarquia dos volumes apresentados em seu partido. Figura 28: Esquema de visualização das fachadas(vistas) de uma edificação. Fonte: Montenegro, 2001, p.44 30 Figura 29: Esquema de planificação das fachadas(vistas) de uma edificação. Fonte: Montenegro, 2001, p.45 BORMIO E MELO (2017), ainda sobre as definições, explica que se pode dizer que essas vistas externas, também denominadas de fachadas, são representações gráficas da edificação que têm como objetivo apresentar a maneira como ela se configura quanto à sua verticalidade, diferenciando-se do corte por não fazer nenhuma secção. Nesse tipo de desenho serão apresentados o posicionamento e as massas de estrutura das aberturas (janelas, portas e portões), telhado e elementos que a compõem, assim como outros visíveis fora da edificação, como a vegetação. Na representação gráfica das fachadas, devemos levar em conta os cortes como base de montagem desse desenho. SANTOS (2019), explica que o desenho das vistas é feito após a obtenção da representação gráfica dos cortes já que eles servem como base para o desenho das fachadas e elevações. Não é à toa que o mesmo procedimento utilizado anteriormente para obtenção dos cortes, é utilizado para obtenção das vistas, com uma diferença: agora o papel transparente é colocado sobre o corte e não mais sobre a planta baixa. Nessa construção é importante seguir o passo a passo: Primeiro: Desenhar a linha do piso e todos os níveis que compõe o terreno. Segundo: Pegando referência nos cortes longitudinal e transversal correspondente a fachada a ser desenhada, deverá as medidas verticais e elementos a serem desenhados em vista. 31 Figura 30: Construção de uma fachada a partir do corte. Fonte: Extraída de https://slideplayer.com.br/slide/10990691/ Terceiro: Se utilizar das diferentes espessuras de linha para diferencias os volumes projetados na edificação, esta representação deverá ser definida da seguinte forma conforme a hierarquia de volumes: 1. Em primeiro plano, ou volumes mais próximos do observador, representar com linhas grossas; 2. Em segundo plano, volumes em uma proximidade intermediária, representar com linhas medias; 3. Em terceiro plano, volumes ou paredes em vistas mais distantes do observador, representar em linha fina. Figura 31: Exemplo da diferenciação das linhas na fachada. Fonte: Bormio e Melo, 2017, p.119 Simbologia das Fachadas Assim como os demais desenhos que compõe o projeto arquitetônico, existem algumas representações que são próprias das fachadas ou elevações. Esse detalhamento deve ser adotado com escala em tamanho https://slideplayer.com.br/slide/10990691/ 32 necessário ao entendimento e identificação do elemento, considerando também o maior detalhamento e fidelização ao objeto desenhado. Portas e janelas: Na representação de portas e janelas em fachada, deverá ser considerado os elementos que compõe a esquadria, como: marco, fechadura, maçanetas e as divisões caso tenham mais de uma folha. É importante representar também a forma de abertura daquele elemento assim como material que ele é feito. Figura 32: Exemplos de elevações de portas e janelas. Fonte: Bormio e Melo, 2017, p.119-120 Hachuras: As hachuras são desenhos que visam representar os materiais que serão utilizados no projeto. Estas são extremamente importantes também na definição volumétrica do projeto, podendo ser trabalhado diferentes planos em uma fachada dando destaque as paredes. Na representação de fachadas humanizadas, é a através das hachurase texturas que compomos as cores usados no projeto, evidenciando o tipo de material a ser trabalho em sua execução. Figura 33: Exemplos de hachuras e a aplicação em fachadas Fonte: Bormio e Melo, 2017, p.121 33 A entrega de um desenho de fachada deve conter os seguintes itens, de acordo com a NR 6294: a) simbologias de representação gráfica; b) eixos do projeto; c) indicação de cotas de nível acabado; d) escalas; e) notas gerais, desenhos de referência e carimbo; f) marcação dos cortes longitudinais ou transversais. PRATICANDO Querido (a) aluno (a), que tal agora representar a fachada de sua residência? Escolha pelo menos uma fachada, e faça sua representação gráfica, respeitando a hierarquia de linhas e principalmente as texturas reais que compõe cada parede! Tente apresentá-la de forma humanizada, incluindo cores e materiais de forma real. Bom trabalho! PALAVRAS FINAIS DO PROFESSOR Ao longo deste guia pudemos revisar de forma prática a construção de alguns desenhos que compõe o conjunto de um caderno de projetos arquitetônicos, evidenciamos de forma simples o passo a passo de construção de uma planta baixa e seus elementos, os cortes que devemos escolher para estudar a edificação vendo sobretudo seu interior e finalizando com as elevações, que são as fachadas, vistas externamente ao prédio. Fique atento (a) porque cada desenho desse é extremamente importante para a prática de sua profissão como arquiteto e urbanista, tanto para leitura, quanto para execução. Esta será sua linguagem básica para com os outros profissionais da área. Agora vamos ao segundo momento deste guia, que será testar seu conhecimento no questionário que foi preparado para testar seu conhecimento e atenção acerca de todo assunto estudado aqui. Desejo a você, bons estudos e até a próxima! 34 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6492: representação de projetos de arquitetura. Rio de Janeiro: ABNT, 1994. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13532: elaboração de projetos de edificações: arquitetura. Rio de Janeiro: ABNT, 1995. BORMIO, M. F.; MELO, N. M., Desenho Arquitetônico I. Londrina: Editoria e Distribuidora Educacional S.A., 2017. 188 p. CHING, Francis D. K.; JUROSZEK, Steven P. Desenho para arquitetos. 2. ed. São Paulo: Brookman, 2012. 410 p. CRUZ, T. Veja o passo a passo para fazer um corte de planta baixa nota 10! Disponível em: < https://www.vivadecora.com.br/pro/estudante/corte-de-planta-baixa/:, acesso em: 12 de outubro de 2021. DAUDÉN. J. A importância do corte na representação e prática arquitetônica, disponível em:< https://www.archdaily.com.br/br/895844/a-importancia-do-corte-na- representacao-e-pratica-arquitetonica>, acesso em: 20 de outubro de 2021. MONTENEGRO, Gildo Aparecido. Desenho arquitetônico. 4. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2001. OBERG. L., Desenho Arquitetônico. 22 ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1979. SANTOS, E. D. A. dos. Desenho Arquitetônico: Curso Técnico em Design de Interiores: Educação a distância – 1.ed. Recife: Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa, 2019. SR Cursos online. Desenho Técnico Arquitetônico. Disponível em: < https://docplayer. com.br/43309302-Desenho-tecnico-arquitetonico.html>, acesso em: 20 de outubro de 2021. XAVIER, S., Desenho Arquitetônico – 2011. Disponível em: < http://www.santoandre. sp.gov.br/pesquisa/ebooks/412146.pdf >, acesso em: 04 de novembro de 2021. _Hlk86683248 _Hlk86753648 _Hlk86753323 _Hlk86756710 _Hlk86756772 _Hlk86756843 _Hlk86756928 _Hlk86757244 _Hlk86757261 _Hlk86757291 _Hlk86757316 _Hlk86758214 _Hlk86758256 _Hlk86758313 _Hlk86758379 _Hlk86758883 Para início de conversa O DESENHO TÉCNICO: ÍNICIO DESENHO ARQUITETÔNICO Sistema de representação Planta Baixa Paredes Portas e Janelas Equipamentos fixos Referência de nível Cotas Texto Pisos e Hachura CORTES SIMBOLOGIA DOS CORTES Fachadas (Elevações ou vistas) Simbologia das Fachadas