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Anestesia Em Equinos

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Anestesia em Equinos 
Prof. Dr. Guilherme Buzon Gregores 
Disciplina de Anestesiologia 
e-mail: guilhermebuzon@gmail.com 
TÓPICOS 
1. Importância da anamnese e exame físico; 
2. Medicações pré-anestésicas; 
3. Técnicas de anestesia local; 
4. Indução da anestesia; 
5. Manutenção da anestesia; e 
6. Recuperação. 
OBJETIVOS 
1. Descrever a importância da anamnese e 
exame físico; 
2. Citar as medicações pré-anestésicas; 
3. Citar as técnicas de anestesia local; 
4. Citar os fármacos de indução da 
anestesia; 
5. Descrever a manutenção da anestesia; e 
6. Descrever a recuperação. 
INTRODUÇÃO 
• Mortalidade e morbidade; 
– (1:100) pequenos (1:1.000) humanos (1:200.000). 
• Tamanho (porte) do animal; 
• Agressivos; 
• Decúbito – pressão sob os pulmões; 
• Administração de medicamentos; 
• Dificuldade na reanimação cardiorrespiratória. 
ANAMNESE 
– Avaliar alterações clínicas e fisiológicas 
– Suporte pré-anestésico (fluidoterapia e 
analgésicos) 
– Monitoração pré, trans e pós-operatório 
 
Informações limitadas de alterações 
cardiopulmonares pré-existentes 
AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA 
• Auscultação cardíaca 
 e pulmonar 
• Presença de 
ectoparasitas 
• Grau de desidratação 
• Idade, estado clínico 
geral 
• Mensuração do 
hematócrito e proteínas 
plasmáticas totais 
• Jejum – Sólido 12 horas 
 Liquido 8 horas 
VALORES FISIOLÓGICOS 
Frequência cardíaca (bat/min) 30-40 
Frequência respiratória (bat/min) 8-20 
Tempo de preenchimento capilar (seg) <2 
Temperatura (°C) 37,5-38,6 
Volume globular 32-35 
Proteína total plasmática (g/dl) 6-8,5 
pH arterial 7,4 ± 0,2 
CO2 expirado - PCO2 (mm Hg) 30-50 
Pressão venosa central (cm H2O) 5-10 
Pressão média da artéria sanguínea 80-120 
Débito cardíaco (ml/kg/min) 60-80 
FLUIDO E ELETROLITOTERAPIA 
AVALIAÇÃO DO GRAU DE DESIDRATAÇÃO: 
 
Desidratação 
(%) 
Classificação 
Turgor de 
pele 
TPC VG% PPT (g/dl) 
5-7 Leve 2-3 1-2 40-50 6,5-7,5 
8-10 Moderada 3-5 2-4 50-65 7,5-8,5 
>10 Severa >5 >4 >65 >8,5 
Medicação Pré-anestésica 
• Finalidades 
– Sedar o animal 
– Redução do 
estresse 
– Redução de efeitos 
indesejáveis - 
anticolinérgicos 
– Redução da dor 
– Miorrelaxamento 
– Potencialização dos 
anestésicos gerais 
Medicação Pré-anestésica 
• Acepromazina (0,025 a 0,5 mg/kg IV IM) 
• Xilazina (0,3 a 0,5 - 1mg/kg IV IM) 
• Diazepam (0,02 a 0,1 mg/kg IV) 
• Detomidina (10 a 40 µg/kg IV IM) 
• Romifidina (0,03 a 0,05 – 0,1 mg/kg IV IM) 
• Buprenofina (3 a 10 µg/kg IV IM SC) 
• Medetomidina (10 a 40 µg/kg IV IM) 
• Butorfanol (0,02 a 0,1 mg/kg IV IM SC) 
• Meperidina (1,1 a 2,2 mg/kg IV). 
 
ANESTESIA LOCAL 
Finalidades 
• Diagnóstico; 
• Transporte; 
• Alivio de dor; 
• Cirurgias. 
Técnicas 
• Cabeça; 
• Membros; 
• Tronco. 
 Anestésicos 
• Lidocaína 
• Mepivacaína 
• Bupivacaína 
• Ropivacaína 
 Instrumentos 
• Agulhas (25x5) (30x7) 
• Volume – 3 a 5 ml 
• Profundidade 
• 0,5 a 10 cm 
CABEÇA 
A-n.supra-orbitário 
B-n.lacrimal 
C-n.infratroclear 
D-n.zigomático 
E-auricolopalpebral dorsal 
F-ventral 
G e H-n.infraorbitário 
K e L-n.mentoniano 
M
E
M
B
R
O
 A
N
T
E
R
IO
R
 
A-n.digital palmar 
B-ramo comunicante 
C-n.metacarpiano 
D-n.sezamóide abaxial 
E-ramo ventral 
I-dorsal do n.digital 
F-n.mediano 
G-n.ulnar 
H-n.musc.cutâneo 
M
E
M
B
R
O
 A
N
T
E
R
IO
R
 
F-n.mediano 
G-n.ulnar 
H-n.músculo-cutâneo 
L-vista lateral 
M-medial 
P-posterior 
A-anterior 
M
E
M
B
R
O
 P
O
S
T
E
R
IO
R
 
A-n.fibular B-n.tibial C-n.safeno 
L-vista lateral M-medial P-posterior e A-anterior 
TRONCO 
A-ramo dorsal B-ventral do n.espinhal A-anestesia epidural 
 
INDUÇÃO DA ANESTESIA 
• Diazepam (0,05 a 0,1 mg/kg IV) 
• Midazolam (0,1 a 0,5 mg/kg IV) 
• Quetamina (2 a 3 mg/kg IV) 
• Éter Gliceril Guaiacol (50 a 100 mg/kg IV) 
• Tiletamina + zolazepam (1,1 a 2,2 mg/kg IV) 
• Propofol (2 a 3 mg/kg IV) 
• Tiopental (12,5 mg/kg IV) 
MANUTENÇÃO DA ANESTESIA 
• TIVA • INALATÓRIA 
TIVA – Procedimentos Rápidos 
• Técnica para até 30 min. 
– MPA: xilazina 0,5 – 1 mg/kg IV 
 (ou Romifidina 40 – 80 µg/kg IV) 
– Indução: EGG 25 mg/kg + Tiopental 5 mg/kg 
Período hábil médio: 30 minutos (sem 
complementação) 
– Características 
• Recuperação 
– Prolongada, Ataxia 
• Depressão hemodinâmica 
TIVA – Procedimentos Moderados 
• Técnica para 30 – 90 min. 
– MPA: Xilazina 1,1 mg/kg IV 
– Indução: Xilazina 0,5 mg/kg + Cetamina 2 
mg/kg + EGG 50 mg/kg 
– Manutenção: Xilazina 2,1 mg/kg/h + EGG 215 
mg/kg/h + Cetamina 8,6 mg/kg/h 
– Características 
• Bradicardia, bradipnéia 
• Recuperação – 23 a 50 minutos 
• Técnica para 90 – 120 min. 
– MPA: Acepromazina 0,03 mg/kg IV 
– Indução: Xilazina 1 mg/kg + Cetamina 2 
mg/kg IV 
– Manutenção: Cetamina 2 – 3 mg/kg/h + 
Xilazina 1 – 1,5 mg/kg/h + EGG 50 – 75 
mg/kg/h 
TIVA – Procedimentos Longos 
ANESTESIA INALATÓRIA 
HALOTANO 
• Metabolizado no fígado (20-25%) 
• 1 CAM – 0,9%, potros 0,7% 
• Diminuir a ventilação – PaCO e Paco2 FR se mantém 
• Em ventilação espontânea – diminui de 40-50% no DC. 
• FC permanece inalterada (28 a 44 bpm) 
• PA diminui (PAM de 110 para 80 mmHg) 
ANESTESIA INALATÓRIA 
ISOFLUORANO 
• Estabilização e recuperação rápidas 
• Recuperação rápida – as vezes pouca qualidade 
(sedação) 
• Mantém melhor débito cardíaco que o Halotano 
• 1 CAM adulto 1,3%, potros 0,9% 
• Maior depressão respiratória 
• Depressão cardiovascular dose-dependente 
• Maior vasodilatação periférica 
ANESTESIA INALATÓRIA 
SEVOFLUORANO 
• 1 CAM adultos 2.3 % 
• Melhor controle do plano anestésico 
• Depressão dose-dependente 
• Causam aumentos na PaCO2 e diminuição no pH e no 
volume minuto. 
• Rápida recuperação. 
ANESTESIA INALATÓRIA 
DESFLUORANO 
• Recuperação rápida – 15 minutos após 1h40 de 
anestesia 
• 1 CAM - adultos 7.6 % 
• Efeitos cardiovascular são similares do isofluorano 
• Depressão respiratória dose-dependente 
• Irritação da via aérea 
• Requer vaporizador controlado 
MONITORAÇÃO 
SINAIS OCULARES DE 
MONITORAÇÃO 
 Plano da anestesia 
Superficial Adequado profundo 
Reflexo corneal presente presente ausente 
Reflexo palpebral presente diminuido ausente 
Nistagmu lateral presente ausente ou ocasional ausente 
Piscando presente ausente ausente 
MONITORAÇÃO - PAI 
Complicações durante a 
manutenção da anestesia 
• Decúbito : 
 oxigenação, e 
pressão sanguínea 
 
• Timpanismo: 
 disfunções severas 
cardíacas e 
pulmonares 
 
EFEITOS DA VENTILAÇÃO 
VENTILAÇÃO ESPONTÂNEA 
• Diminuição do VM 
• Diminuição da FR e Vt 
• Aumento da PaCO2 e 
ETCO2 (liberação de 
catecolaminas 
• Inspiração aumenta o 
retorno venoso 
• Estimula a função 
cardiovascular - 
contratilidadde 
VENTILAÇÃO CONTROLADA 
• Volume minuto mantido 
• FR e Vt mantidos 
• PaCO2 e ETCO2 
normais (menor liberação 
catecolaminas 
• Diminui o retorno venoso 
 
• Função cardiovascular 
não estimulada 
Recuperação Anestésica 
• Sala de Recuperação: 
 
• Escura, isenta de barulhos, piso emborrachado 
 
• Manter sonda orotraqueal até o decúbito esternal 
 
• Agonista α2 
 
• Observar vias aéreas em caso de edema 
administrar fenilefrina (5mg/5ml) 
CONCLUSÕES 
• Complexa 
 
• Exame Físico e 
Laboratorial 
 
• Constante 
monitoração 
 
• Bom senso

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