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430 TOY, SIMPSON & TINTNER importante preocupação para muitos pais e talvez precisem ser abordadas direta- mente com eles. Manejo Talvez o aspecto mais importante do manejo de pacientes com autismo seja um ambiente educacional estruturado de forma adequada. Se o autismo é um transtorno do desenvolvimento, é fundamental começar as intervenções o mais breve possível para maximizar o desenvolvimento do potencial da criança. Além disso, as inter- venções comportamentais podem ser muito úteis para o paciente, bem como para a família e os cuidadores. As intervenções farmacológicas são, às vezes, empregadas, embora atualmente não existam muitos estudos clínicos para apoiá-las. Estudos me- nores têm sugerido que o uso de inibidores da recaptação seletiva da serotonina e medicamentos antipsicóticos atípicos podem fornecer algum benefício. É preciso citar que até hoje nenhuma medicação recebeu uma indicação da Food and Drug Administration (FDA) para uso no tratamento dos sintomas do autismo. Portanto, não é uma supressa que muitos tratamentos alternativos e complementares tenham sido recomendados para esses pacientes, tratamento de quelação de mercúrio, com secretina por via intravenosa e uma série de suplementos. Os pais devem ser pergun- tados sobre o uso de tais tratamentos e devem ser aconselhados sobre seus perigos potenciais. Prognóstico A doença não costuma ser progressiva, embora ocasionalmente, com o crescimen- to de uma criança, possam ser evidenciados déficits adicionais. Embora indivíduos menos afetados possam desenvolver melhoras em seus relacionamentos sociais, o prognóstico para as crianças afetadas é significativamente pobre. O grau de compro- metimento da linguagem e inteligência em geral prediz o resultado funcional final; uma criança que não aprendeu a falar até os cinco anos geralmente não obterá a capacidade de comunicação. QUESTÕES DE COMPREENSÃO 51.1 Dos pacientes a seguir, encaminhados por problemas de desenvolvimento, qual é o clinicamente mais preocupante? A. Uma criança com três anos que nunca aprendeu a falar. B. Uma criança de cinco anos com retardos moderados em todas as quatro áreas de desenvolvimento. C. Uma criança de dois anos com paralisia cerebral e epilepsia. D. Uma criança de quatro anos que sempre foi desajeitada. Toy - Neurologia.indd 430 21/8/2013 15:21:00