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Guia Completo Cloud Computing

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E-Book 
CLOUD 
COMPUTING 
CLOUD COMPUTING 
2 
 
SUMÁRIO 
 
UNIDADE I .................................................................................................................... 4 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 5 
1.1. Definição de nuvem .......................................................................................... 5 
1.2. Modelos de serviços em nuvens ....................................................................... 7 
1.3. Modelos de implantação em nuvem ................................................................ 10 
1.4. Vantagens oferecidas pela computação em nuvem ......................................... 11 
1.5. Medidas de segurança e conformidade da Nuvem ........................................... 13 
UNIDADE II .................................................................................................................. 15 
CONCEITO BÁSICO ................................................................................................... 16 
2.1. Conhecendo os recursos, zonas e regiões ....................................................... 16 
2.2. Virtual Private Cloud (VPC) .............................................................................. 17 
2.3. Elastic Compute Cloud .................................................................................. 22 
2.4. Computação Serverless ................................................................................. 23 
2.5. Edge Computing & Elastic Beanstalk ............................................................. 26 
UNIDADE III ................................................................................................................ 28 
ARMAZENAMENTO .................................................................................................. 29 
3.1. Armazenamento ............................................................................................ 29 
3.2. Requisitos do armazenamento em nuvem...................................................... 29 
3.3. Tipos de armazenamento em nuvem .............................................................. 30 
3.4. Banco de dados em nuvem ............................................................................ 30 
3.5. Banco de Dados Não Relacional ..................................................................... 32 
UNIDADE IV ................................................................................................................ 35 
ARQUITETURA E SERVIÇOS ..................................................................................... 36 
4.1. Arquitetura .................................................................................................... 36 
4.2. Estilos de arquitetura .................................................................................... 39 
4.3. Principais conceitos relacionados ao Balanceador de Carga .......................... 40 
4.4. Monitoramento: CloudWatch......................................................................... 44 
4.5. Auto Scaling .................................................................................................. 44 
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 50 
ANEXO I - Zé Delivery cria serviço de entrega de bebidas na AWS e sustenta seu 
crescimento exponencial. ........................................................................................ 51 
ANEXO II - Estudo de Caso Hess Corporation ........................................................... 54 
CLOUD COMPUTING 
3 
 
ANEXO III - Samsung reacomoda 1,1 bilhão de usuários de três continentes migrando 
do Oracle para o Amazon Aurora com o AWS Database Migration Service ................. 59 
 
CLOUD COMPUTING 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE I 
 
 
 
 
CLOUD COMPUTING 
5 
 
INTRODUÇÃO 
1.1. DEFINIÇÃO DE NUVEM 
Para que seja compreendido o conceito de computação em nuvem, é primordial 
que se entenda, inicialmente, o conceito de servidor on-premise, no qual a própria 
empresa é responsável pela gestão do seu hardware e de seu software. Isso significa que 
ela é responsável por toda a infraestrutura do servidor on-premise que será implantada. 
Boa parte dessa infraestrutura está representada na figura a seguir (Figura 1). 
Figura 1: Infraestrutura necessária para servidor on-premise 
 
Fonte: autoria própria. 
Toda essa infraestrutura gera gastos que nem sempre são acessíveis a todas as 
empresas e pessoas físicas, o que acaba dificultando o acesso à tecnologia de ponta. 
Colocando como hipótese a aquisição de um servidor físico, o primeiro passo seria iniciar 
o planejamento dos recursos necessários para o servidor, o que é bastante trabalhoso. Em 
seguida, seria necessário passar pelo processo da área comercial da empresa (Figura 2). 
Figura 2: Passos burocráticos para aquisição do servidor 
 
Fonte: autoria própria. 
Ryan Ferreira
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CLOUD COMPUTING 
6 
 
Como pode ser observado, esse processo atual demanda muita paciência, sem 
contar quando se faz necessário trocar um recurso como memória, HD, processador ou 
realizar alguma atualização de software. Na maioria das vezes, isso acaba “parando” o 
servidor para que se possa efetuar a manutenção do recurso ou atualização do software. 
A computação em nuvem tem superado em muitos aspectos a computação 
tradicional ou on-premise, e isso se dá não somente por causa dos avanços tecnológicos. 
Na computação em nuvem, todos ganham com a redução de custo e agilidade, gerando 
a possibilidade de qualquer empresa, independente do porte, ter acesso aos recursos 
tecnológicos, igualando, dessa forma, a competição entre as empresas. 
Atualmente existem empresas como a Amazon (AWS), Google (GCP) e Microsoft 
(Azure) que tomaram a frente para oferecer esses serviços de forma a minimizar os 
trabalhos e reduzir os custos necessários para implementação de servidor e serviços em 
várias empresas. A seguir estão algumas definições dessas empresas, começando pela 
AWS: 
Computação em nuvem é a entrega sob demanda de poder computacional, 
banco de dados, armazenamento, aplicativos e outros recursos de TI pela 
Internet com uma definição de preço conforme o uso. Esses recursos são 
executados em computadores servidores localizados em grandes datacenters 
em todo o mundo. Quando você usa um provedor de serviços em nuvem como a 
AWS, ele é o proprietário dos computadores que você está usando. Esses 
recursos podem ser usados em conjunto, como componentes básicos, para 
criar soluções que ajudam a cumprir metas de negócios e requisitos de 
tecnologia (AWS, 2022). 
 
Segundo a Microsoft: 
... a computação em nuvem é o fornecimento de serviços de computação, 
incluindo servidores, armazenamento, bancos de dados, rede, software, análise 
e inteligência pela Internet (“a nuvem”) para oferecer inovações mais rápidas, 
recursos flexíveis e economias de escala. Você normalmente paga apenas pelos 
serviços de nuvem que usa, ajudando a reduzir os custos operacionais, a 
executar sua infraestrutura com mais eficiência e a escalonar conforme as 
necessidades da sua empresa mudam. (MICROSOFT, 2022) 
 
Percebe-se que as definições são bem parecidas. A ideia é ter um modelo que 
permita um acesso de rede onipresente e sob demanda com os recursos de computação 
(redes, servidores, armazenamento, aplicativos e serviços) configuráveis que possa ser 
rapidamente alocado e liberado com o mínimo de esforço e gerenciamento com o 
provedor de serviços (MELL e GRANCE, 2011). 
 
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CLOUD COMPUTING 
7 
 
Figura 3: Diagrama ilustrando Computação em Nuvem 
 
Fonte: Sam Johnston - 
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/b5/Cloud_computing.svg 
 
1.2. MODELOS DESERVIÇOS EM NUVENS 
O modelo de serviço ou computação em nuvem refere-se ao nível de controle de 
recursos de TI. Existem três modelos principais, que são: 
I. Infraestrutura como serviço (IaaS, Figura 4): nela são encontrados os serviços 
básicos da TI em nuvem que vão fornecer acesso aos recursos de redes, com-
putadores e armazenamento de dados. Nesse modelo é possível implantar e 
executar software, o que pode incluir sistemas operacionais e aplicativos. En-
contram-se aqui um alto nível de flexibilidade e controle de recursos de TI em 
relação ao gerenciamento, assemelhando-se bastante ao que se encontra na 
maioria dos departamentos de TI e equipes de desenvolvimento. A res-
ponsabilidade do usuário é escolha do sistema operacional e manutenção de 
Ryan Ferreira
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CLOUD COMPUTING 
8 
 
todos os dados, aplicações, componentes de middleware e ambientes de 
execução. Já o provedor de serviços será responsável pelo acesso à rede, 
servidores e recursos de virtualização e armazenamento necessários. Dessa 
forma, pode ser dispensada a utilização e manutenção de um provedor local, 
com a administração sendo feita através de um painel de controle ou uma 
interface de programação de aplicações (API) oferecida pela maioria dos 
provedores de serviços. 
Vantagens da IaaS: 
✓ Flexibilidade para adquirir somente recursos computacionais necessários, 
podendo expandi-los ou reduzi-los conforme a necessidade; 
✓ Possibilidade de criar e desativar ambientes de desenvolvimento e teste de 
maneira rápida e flexível; 
✓ Possibilidade de usar apenas a infraestrutura necessária para criar um ambiente 
de desenvolvimento e escalá-lo pelo período que precisar; e 
✓ Pagar somente por aquilo que for utilizado. 
Desvantagens 
✓ Segurança do provedor; 
✓ Utilização de sistemas com multilocação em que os recursos de infraestrutura 
são compartilhados com vários clientes; e 
✓ Confiabilidade do serviço dependendo do provedor. 
Figura 4: Serviços oferecidos pelo modelo IaaS 
 
Fonte da imagem: Red Hat. 
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CLOUD COMPUTING 
9 
 
II. Plataforma como serviço (PaaS, Figura 5): nesse nível, a camada inferior de 
software e hardware deixa de ser uma preocupação, dando espaço para se 
concentrar no gerenciamento de aplicativos. As empresas também não pre-
cisam se preocupar em gerenciar a infraestrutura, permitindo que a equipe se 
concentre na implantação e no gerenciamento das aplicações, tornando 
eficiente a execução da sua aplicação. Ela é muito utilizada por desenvolve-
dores e programadores, permitindo ao usuário desenvolver, executar e ge-
renciar aplicações sem ter a necessidade de criar a infraestrutura para esse 
processo. 
Figura 5: Serviços oferecidos pelo modelo PaaS 
 
Fonte da imagem: Red Hat. 
III. Software como serviço (SaaS, Figura 6): nesse nível serão encontrados os 
serviços de software voltados para o usuário final, não havendo preocupação 
com a manutenção ou gerenciamento de serviço dos modelos anteriores. Há 
somente o planejamento e uso do software específico, e nessa categoria, o 
webmail entra como aplicação comum do SaaS. Como um serviço, o software 
oferece produtos completos voltados para o usuário final, sendo a única 
preocupação saber como utilizá-lo. Um exemplo comum de aplicação do SaaS 
é o Google Sala de Aula, que é um sistema de gerenciamento de conteúdo para 
escolas que procuram simplificar a criação, a distribuição e a avaliação de 
trabalhos. 
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CLOUD COMPUTING 
10 
 
 
 Figura 6: Serviços oferecidos pelo modelo IaaS (em vermelho) 
 
Fonte da imagem: Red Hat. 
1.3. MODELOS DE IMPLANTAÇÃO EM NUVEM 
Quando se fala de modelo de implantação, representa o ambiente de nuvem em 
que os aplicativos serão implantados, sendo eles: 
Nuvem: nesse modelo de implantação, os aplicativos foram criados totalmente 
na nuvem ou migraram por completo para uma estrutura nela, obtendo, dessa forma, 
todos os benefícios da computação em nuvens. Sendo assim, podem seguir o padrão de 
arquitetura e escalabilidade da infraestrutura principal. 
O que faz a nuvem ser pública? 
✓ Alocação de recursos: usuários locatários fora do provedor de serviços com-
partilham recursos virtuais e serviços de nuvem. 
✓ Acordo de uso: não há um modelo de pagamento e os recursos são distribuídos 
de acordo com a necessidade. 
CLOUD COMPUTING 
11 
 
✓ Gerenciamento: o fornecedor cuida da manutenção do hardware, rede e pelo 
gerenciamento do software de virtualização. 
Híbrida: nesse modelo de implantação há um aproveitamento da infraestrutura 
local com recursos baseados na nuvem. Dessa forma, é possível ampliar a infraestrutura 
local para a nuvem conectada a recursos internos. Todas as nuvens hibridas devem: 
✓ Conectar vários computadores por meio de uma rede; 
✓ Consolidar recursos de TI; 
✓ Escalar horizontalmente e provisionar novos recursos com rapidez; 
✓ Permitir a migração de cargas de trabalho entre ambientes; 
✓ Incorporar uma ferramenta unificada de gerenciamento; e 
✓ Orquestrar processos com a ajuda da automação. 
No local: apesar de não ser o ideal, é possível oferecer localmente recursos dedi-
cados através tecnologias que possam virtualizar e gerenciar recursos dedicados. Na 
maioria das vezes, acaba sendo igual ao modelo on-premise. 
Figura 7: Modelo de implantação na nuvem 
 
Fonte da imagem: https://br.freepik.com/ 
1.4. VANTAGENS OFERECIDAS PELA COMPUTAÇÃO EM NUVEM 
No modelo on-premise ou modelo de computação tradicional, podemos pensar na 
infraestrutura basicamente composta por hardware. Dessa forma, há a associação do 
pensamento às soluções físicas que envolvem utilização de espaço, equipe técnica, 
segurança física dos equipamentos e planejamento de compras do material. Um 
problema encontrado é no ciclo de manutenção da infraestrutura do hardware visto que, 
na maioria das vezes, envolve etapas de cotação, aprovação gerencial, aprovação 
financeira etc. 
Outro problema encontrado no modelo on-premise é a possibilidade de se projetar 
os recursos necessários para picos máximos sazonais de forma correta. Caso o pico 
máximo não seja atingido, haverá uma máquina com recursos ociosos ou, do contrário, 
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CLOUD COMPUTING 
12 
 
se as necessidades excederem o que foi projetado, será necessário gastar novamente 
recursos de tempo, dinheiro e projeto para ter uma solução. 
No entanto, como já mencionado, a infraestrutura da nuvem parte de uma visão 
de software, e não de hardware, tornando assim as soluções mais flexíveis. É o que o 
NIST1 caracteriza por Self-Service sob demanda: 
Um consumidor pode provisionar unilateralmente recursos de computação, 
como tempo do servidor e armazenamento de rede, conforme necessário 
automaticamente sem exigir interação com cada prestador de serviço. (MELL e 
GRANCE, 2011) 
Segundo Gonzaga (2022, p. 16-17), outras características (Figura 8) apresentadas 
pela infraestrutura da nuvem são: 
• Amplo acesso à rede: os recursos estão disponíveis na rede e são acessados 
por meio de mecanismos que promovem o uso por plataformas heterogêneas 
de clientes finos ou grossos; 
• Pool de recursos: os recursos de computação do provedor são agrupados para 
atender a vários consumidores usando um modelo multi-inquilinos, com dife-
rentes recursos físicos e virtuais dinamicamente atribuídos e reatribuídos de 
acordo com a demanda do consumidor; 
• Elasticidade rápida: os recursos podem ser provisionados e liberados elasti-
camente e, em alguns casos, automaticamente, para escalar, de forma rápida, 
para dentro e para fora de acordo com a demanda; e 
• Serviços medidos: os usos de recursos podem ser monitorados, controlados e 
reportados, proporcionando transparência tanto para o provedor quanto para 
o consumidor do serviço utilizado. 
Figura 8: Características da computação em nuvem 
 
Fonte da imagem: https://www.nist.gov 
Com essas características, é possívelelencar algumas das vantagens da compu-
tação em nuvens que faz cada vez mais empresas migrarem para esse modelo, sendo 
elas: 
 
1 National Institute of Standards and Technology - Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia 
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CLOUD COMPUTING 
13 
 
• Pagar somente pelo que usar: na computação tradicional é necessário 
montar o servidor ou empilhar recursos em um data center e fazer o 
gerenciamento, muitas vezes pagando independentemente de estar 
usando ou não. Na computação em nuvem, paga-se somente pelos 
recursos consumidos e pela quantidade de recursos utilizados. Dessa 
forma, há a economia do investimento em tecnologia e o acesso a 
aplicativos em minutos, concentrando-se nas regras de negócio da 
empresa. 
• Economia em escala: o fato de gigantes como a AWS, AZURE e GCP terem 
milhares de clientes contribui para a redução do custo computacional para 
todos. 
• Facilidade para projetar: não há risco de ficar com capacidade limitada ou 
recursos ociosos ao implantar um aplicativo. Pode-se ajustar a escala em 
poucos minutos. 
• Mudança de mentalidade: enquanto no modelo on-premise os recursos 
computacionais eram pensados fortemente em hardware, no qual a 
implantação poderia levar semanas, o ambiente computacional com 
recursos à escolha do usuário está disponível a um clique. 
• Fim de manutenção de hacks e servidores: a computação em nuvem 
acaba com a necessidade de contratar empresas para manutenção, 
alocação de espaço, cuidados com segurança física dentre outros. 
• Alcance Global: seus aplicativos podem estar disponíveis em qualquer 
parte do mundo, diminuindo, dessa forma, a latência e ofertando uma 
melhor experiência para o usuário. 
1.5. MEDIDAS DE SEGURANÇA E CONFORMIDADE DA NUVEM 
Quando a empresa decide migrar para a nuvem, três são os pilares que devem es-
tar alinhados para o sucesso dessa migração: pessoas, processos e tecnologia. Vistos a 
partir de uma determinada perspectiva, tornam-se um conjunto de recursos relaciona-
dos. De forma geral, essas perspectivas dividem-se em dois focos: empresariais e 
técnicos. 
Na perspectiva empresarial existem os negócios, pessoas e governança, 
enquanto na perspectiva técnica enquadram-se plataforma, segurança e operações. Por 
exemplo: na perspectiva empresarial, gerentes de negócios e gerentes financeiros 
devem garantir o alinhamento entre as estratégias e metas de negócio com as 
estratégias e objetivos de TI. Já na perspectiva das pessoas, a análise deve ser feita para 
priorizar alterações organizacionais, tornando-a, assim, mais ágil. As partes 
interessadas da perspectiva de segurança podem estruturar e implantar controles de 
segurança de acordo com a necessidade da organização. 
 
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CLOUD COMPUTING 
14 
 
RESUMO 
✓ Associe sempre o termo “computação em nuvem” com a entrega de recursos 
de TI sobre demanda e utilizando a internet, que você vai pagar conforme o uso. 
✓ Na computação em nuvem você usa e pensa na infraestrutura de TI como 
software. 
✓ Existem três modelos de serviços em nuvem: IaaS, PaaS e SaaS. 
✓ Existem três modelos de implantação em nuvem: nuvem, híbrida e no local (ou 
nuvem privada). 
✓ Vantagens da computação em nuvem: pagar só pelo que usa, economia em 
escala, facilidade de projetar, mudança de mentalidade e alcance global. 
✓ Para migrar para a nuvem é necessário, nas organizações, estratégia e 
alinhamento do que será feito. 
✓ Para melhorar a estratégia de migração, as empresas podem se concentrar em 
seis perspectivas: negócios, pessoas, governança, plataforma, segurança, 
operações. 
CLOUD COMPUTING 
15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE II 
 
CLOUD COMPUTING 
16 
 
CONCEITO BÁSICO 
2.1. CONHECENDO OS RECURSOS, ZONAS E REGIÕES 
Antes de começar a tratar dos principais recursos encontrados na maioria dos 
provedores de serviços em nuvem, é necessário abordar alguns conceitos dos locais 
onde essa infraestrutura será criada. O primeiro conceito chama-se região: cada 
provedor de serviço como a AWS, Azure e GCP possui regiões onde a infraestrutura da 
nuvem é criada. Uma região é uma localização geográfica física com uma ou mais zonas 
de disponibilidade. As zonas de disponibilidade, por sua vez, consistem em um ou mais 
datacenters (AWS, 2022) como apresentado na figura 9. 
Figura 9: Regiões da AWS na América do Norte 
 
 
Fonte da imagem: https://aws.amazon.com/pt/about-aws/global-infrastructure/regions_az/ 
Atualmente, tomando como exemplo a estrutura da AWS, ela possui 25 regiões 
espalhadas pelo mundo, sendo que a maior concentração de regiões se encontra na Ásia 
e no Pacífico. A necessidade de haver tantas regiões é para que, quando ocorra algum 
tipo de falha ou instabilidade, deve-se preparar uma estrutura. Como as regiões são 
isoladas, não é possível replicar os recursos de uma para a outra de forma automática. 
Como serão abordados os recursos, é importante considerar qual região será se-
lecionada, ou qual delas será ideal para, por exemplo, armazenar um dado ou usar outro 
serviço do provedor. Além disso, há a governança de dados que devem se adequar às leis 
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CLOUD COMPUTING 
17 
 
locais de cada país, limitando qual conteúdo pode ser oferecido. Outra preocupação é 
oferecer e armazenar seus aplicativos o mais próximo do usuário, diminuindo, dessa 
forma, a latência. Alguns provedores de serviços oferecem ferramentas para testar a la-
tência entre o seu local atual e as regiões. Um exemplo é o CloudPing: um site que retorna 
um teste de latência entre usuário e algumas regiões da AWS (Figura 10). 
Figura 10: Tela de retorno de latência 
 
Fonte da imagem: https://www.cloudping.info/ 
 Além disso, cada região possui vários locais, os quais são chamados de zona de 
disponibilidade. Cada uma dessas zonas pode incluir vários data centers, que por sua vez 
inclui centenas de milhares de servidores. É possível, dessa forma, ter serviços disponí-
veis, pois eles ficam particionados em várias zonas, permitindo a replicação de informa-
ções, o que torna muito mais seguro. 
2.2. VIRTUAL PRIVATE CLOUD (VPC) 
O conceito de uma VPC começa bem antes com o conceito de redes de 
computadores: 
Uma rede de computadores são duas ou mais máquinas cliente conectadas para 
compartilhar recursos. Uma rede pode ser particionada logicamente em sub-
redes. A rede requer um dispositivo de rede (como um roteador ou switch) para 
conectar todos os clientes e permitir a comunicação entre eles”. FOROUZAN 
(2008) 
 
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CLOUD COMPUTING 
18 
 
Figura 11: Rede de computadores 
 
Fonte da imagem: Forouzan (2008). 
Para cada cliente é adicionado um endereço IP (Internet Protocol) para identifica-
ção exclusiva. Por padrão, o endereço IP está no formato decimal que, posteriormente, 
é convertido em uma numeração binária. Se, por exemplo, existir o endereço IP 
192.168.0.1, cada um dos quatro números separados representa 8 bits no formato octal, 
podendo ter até 32 bits no conjunto dos quatro números. 
ENDEREÇO IP 
Decimal 192 168 0 1 
Conversão ↓ ↓ ↓ ↓ 
Binário 11000000 10101000 00000000 00000001 
Mais uma vez, é necessário fazer esse nivelamento, pois muitos dos conceitos de 
uma rede local são utilizados na rede baseada na nuvem, sendo que boa parte da 
complexidade é abstraída sem perder a segurança, controle e usabilidade. 
O VPC é um serviço que permite controlar os recursos de rede virtual, endereça-
mento IP, criação de sub-redes, dentre outras, permitindo um acesso seguro aos aplica-
tivos e recursos, assim como provisionar nuvens privadas virtuais. Cada VPC pertence a 
uma única região, podendo abranger várias zonas de disponibilidade, como mostra a 
Figura 12. 
 
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CLOUD COMPUTING 
19Figura 12: Diagrama de funcionamento da VPC (Amazon) 
 
Fonte da imagem: https://aws.amazon.com/pt/vpc/ 
Para cada região pode haver várias VPCs, cada uma pertencendo a uma única re-
gião, podendo abranger várias zonas de disponibilidade. Criar uma sub-rede em diferen-
tes zonas significa passar a ter alta disponibilidade. Quando uma VPC é criada, cada uma 
recebe um IP privado de forma automática. 
Veja como ocorre o conceito de elasticidade: 
Uma interface de rede elástica é uma interface de rede virtual que você pode 
anexar ou desanexar de uma instância em uma VPC. Os atributos de uma 
interface de rede a seguem quando ela é reanexada a outra instância. Quando 
você move uma interface de rede de uma instância para outra, o tráfego de rede 
é redirecionado para a nova instância. (AWS, 2022) 
Tudo isso porque podem existir várias instâncias em diversas zonas. 
 
Gateway 
Um gateway é um computador que trabalha em todas as camadas da arquitetura, 
podendo ser no modelo TCP/IP (cinco camadas) ou no modelo OSI (sete camadas). 
Funciona da seguinte forma: a aplicação do computador manda uma mensagem para o 
gateway, ele a lê e a interpreta. Isso significa que não é preciso haver comunicação com 
o tipo de arquitetura, pois uma rede desenvolvida no conjunto TCP/IP pode 
tranquilamente se conectar a outra rede utilizando a arquitetura do modelo OSI. Deve-se 
lembrar que, em outras situações, o termo gateway pode não significar a mesma coisa 
(GONZAGA, 2022, p. 21). O gateway vai permitir que essas instâncias se conectem à 
internet ou outros serviços do seu provedor, sendo também criado através da 
especificação da rede pública. 
 
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CLOUD COMPUTING 
20 
 
Figura 13: Diagrama de funcionamento do Gateway 
 
Fonte da imagem: https://aws.amazon.com/pt/vpc/ 
É o gateway que, como um componente da VPC escalável, vai permitir a 
comunicação entre instancias na VPC e na internet, tendo como finalidades principais 
fornecer um destino nas tabelas de rotas da VPC para tráfego roteável pela Internet e 
executar a conversão de endereços de rede para instâncias que receberam endereços 
IPv4 públicos. 
Compartilhamento de VPC 
O compartilhamento de VPC permite que os clientes criem aplicativos, banco 
de dados e funções de forma mais centralizada. Basta uma rede proprietária da VPC 
compartilhar uma ou mais sub-redes com outros participantes e todos poderão 
visualizar, criar, modificar e excluir seus recursos de aplicativo compartilhados com 
eles. 
 
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CLOUD COMPUTING 
21 
 
Figura 14: Diagrama de funcionamento do compartilhamento 
 
Fonte da imagem: https://aws.amazon.com/pt/vpc/ 
Além disso, ao compartilhar a VPC é possível dissociar contas e redes. Dessa 
forma, as VPCs ficam menores se gerenciadas centralmente, gerenciando aplicativos 
que são altamente interconectados. 
Segurança da VPC 
As VPCs possuem um grupo de segurança que vai atuar como firewall virtual da 
instância e vai controlar o tráfego de entrada e saída. Cada instância em uma sub-rede 
na VPC poderá ser atribuída a um grupo de segurança, como mostra a Figura 15. 
Figura 15: Grupo de Segurança atuando em instâncias diferentes 
 
Fonte da imagem: https://aws.amazon.com/pt/vpc/ 
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CLOUD COMPUTING 
22 
 
Por padrão, ao ser criado, os grupos de segurança só possuem regras de saída, 
logo, nenhum tráfego de entrada é permitido até que sejam criadas as próprias regras ao 
grupo de segurança. 
2.3. ELASTIC COMPUTE CLOUD 
O sucesso da nuvem se dá por oferecer diversos serviços e práticas de computa-
ção para diferentes casos de usos, beneficiando uma diversidade de pessoas. Em rela-
ção às práticas, é possível citar: 
✓ Ter um leque de opções de computação disponível; 
✓ Conhecer as configurações computacionais existentes; 
✓ Acompanhar métricas do projeto computacional; e 
✓ Usar os recursos disponíveis de forma elástica. 
Muitas das vezes o projeto computacional é iniciado e, depois de acompanhar as 
métricas, pode ser percebida a necessidade de alteração de design. Isso só é possível 
por conta do conceito de elasticidade que será apresentado a seguir. 
Subir um servidor em uma empresa é muito caro, uma vez que seu processo de 
desenvolvimento vai desde o projeto, passando pela aquisição do hardware e equipe 
especializada na manutenção dos datacenters até o provisionamento de hardware, caso 
ocorra pico de carga de trabalho. Após a implantação, pode ocorrer desperdício de 
recurso por conta de a capacidade do servidor estar sendo parcialmente utilizada. 
Figura 16: Criando várias instâncias através do conceito de elasticidade 
 
 
Fonte – AWS. 
O conceito Elastic Compute Cloud é a utilização de máquinas virtuais para os 
mesmos aplicativos que poderiam ser utilizados on-premise, podendo ser utilizado para 
os seguintes servidores: 
✓ Servidores de aplicativos; 
✓ Servidores Web; 
✓ Servidores de banco de dados; 
✓ Servidores de jogos; 
✓ Servidor de e-mail; 
✓ Servidores de mídia; 
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✓ Servidores de catálogo; 
✓ Servidores de arquivos; 
✓ Servidores de computação; e 
✓ Servidores de proxy. 
 
O que significa Elastic Compute Cloud 
O termo elastic é por conta da possibilidade de poder facilmente, diante da 
demanda de um aplicativo, aumentar ou diminuir a quantidade de servidores que estão 
trabalhando para este, assim como a quantidade de servidores existentes. 
Compute refere-se aos serviços e recursos computacionais que são utilizados 
para a execução do aplicativo como potência de processamento (CPU) e memória (RAM). 
Cloud, por sua vez, faz referência às máquinas virtuais ou instâncias que estão hospeda-
das na nuvem. 
Tipos de armazenamento no EC2 
✓ Elastic Block Store: no EBS, os volumes de armazenamento se apresentam em 
blocos brutos e não formatados. Cria-se um sistema de arquivos sobre esses 
volumes de armazenamento de maneira que possam ser utilizados como um 
disco rígido, podendo alterar de forma dinâmica a configuração do volume. O 
EBS é recomendado quando se trata de acesso rápido e armazenamento de 
longo prazo para sistemas de arquivos e bancos de dados. 
✓ Armazenamento de instâncias: esse tipo é um modelo de armazenamento 
temporário. Localizado em discos que estão anexados fisicamente ao compu-
tador host, é ideal para informações que são alteradas frequentemente, como 
cachês, buffers, dados de rascunho ou para um grupo com balanceamento de 
carga de servidores Web. 
✓ Armazenamento de arquivos: nesse modelo de armazenamento, os dados são 
acessados por meio de sistema de arquivos compartilhados na nuvem. É um 
método de armazenamento que permite aos servidores e aplicações acessa-
rem os dados por meio de sistemas de arquivos compartilhados. 
 
2.4. COMPUTAÇÃO SERVERLESS 
Serverless é um modelo de desenvolvimento nativo em nuvem para criação e 
execução de aplicações sem o gerenciamento de servidores (HAT, 2017). O nome 
serverless significa sem servidor, porém, a verdade é que eles estão sendo usados, mas 
são abstraídos do desenvolvimento de aplicações. 
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Rotinas de manutenção, provisionamento e infraestrutura do servidor ficam por 
conta do provedor de nuvem (AWS, Azure, Red Hat), ficando a cargo dos desenvolvedores 
somente o empacotamento do código em containers para realizar a implantação. A partir 
daí, as demandas vão sendo atendidas com a escala aumentando e diminuindo 
automaticamente pela aplicação serverless. 
Arquitetura serverless 
Diferentemente das arquiteturas dos modelos de cloud computing, nas quais é 
responsabilidade do provedor gerenciar a infraestrutura e escalar as aplicações na 
nuvem, as aplicações serverless (ou Lambda na AWS, como mostrado na Figura 17)são 
inseridas em containers que são iniciados de forma automática quando chamados. 
No IaaS padrão da computação em nuvem, os servidores estão sempre ativos, 
prontos para a execução de aplicativos, aumentado ou reduzindo sua capacidade de 
acordo com a demanda e a necessidade e, mesmo quando utiliza o mínimo de 
infraestrutura, esta continua ativa. Na arquitetura serverless, as aplicações são iniciadas 
apenas quando necessárias e encerram a utilização dos recursos do servidor quando 
termina a execução do código. Dessa forma, ocorre um aumento da eficiência e 
economia. 
O provedor de nuvem na computação serverless 
As soluções serverless são divididas em duas categorias: back-end, como serviço 
(BaaS), e função, como serviço (FaaS). Cabe ao provedor executar e alocar serviços do 
servidor para que os desenvolvedores possam implantar código no container da produção. 
Com o BaaS, o desenvolvedor acessa aplicativos e serviços de terceiros através 
de APIs2, tendo acesso a vários de seus serviços e aplicações. Por exemplo, talvez um 
provedor de nuvem ofereça serviços de reconhecimento facial com toda implementação 
necessária, a qual o programador chama utilizando somente as APIs. 
O FaaS é o modelo mais puro de serverless, pois nele há uma interação maior do 
programador gravando sua própria lógica no servidor e sendo executada nos containers 
gerenciados pelo provedor de serviços de nuvem. 
Todos os principais provedores de nuvem pública oferecem pelo menos uma 
solução de FaaS, podendo ser: 
✓ Amazon Web Services, com o AWS Lambda; 
✓ Microsoft Azure, com o Azure Functions; 
✓ IBM Cloud, com o IBM Cloud Functions; e 
✓ Red Hat OpenShift Serverless. 
 
2 Interfaces de Programação de Aplicações 
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O que é função como serviço (FaaS) 
Nesse modelo, a computação é orientada a eventos. A lógica desenvolvida por 
programadores é inserida em containers gerenciados por uma plataforma e executada 
somente quando necessário. O FaaS permite um maior controle aos desenvolvedores, 
permitindo a criação de aplicativos personalizados sem ter dependência com serviços 
de bibliotecas preexistentes. 
Os containers que recebem o código a ser implantados são: 
✓ Sem estado, o que simplifica a integração dos dados; 
✓ Passageiros, para que eles sejam executados por muito pouco tempo; 
✓ Acionados por eventos, para que eles sejam executados automaticamente 
quando necessário; e 
✓ Totalmente gerenciados por um provedor de nuvem. Assim é pago somente o 
necessário, não os servidores e aplicações "sempre ativos". 
Prós e contras da computação serverless 
Prós: 
✓ Aumentar a produtividade dos desenvolvedores; 
✓ Reduzir os custos operacionais (é pago o tempo de computação baseado em 
nuvem conforme necessário); 
✓ Livrar os desenvolvedores das tarefas rotineiras de provisionamento e 
gerenciamento de servidores; 
✓ Focar mais no cliente; e 
✓ Utilizar componentes completos de soluções de BaaS de terceiros. 
Contras: 
✓ Não executar o seu próprio servidor; 
✓ Não controlar sua própria lógica, se for BaaS; 
✓ Haver restrições por conta dos provedores; 
✓ Depender do fornecedor; e 
✓ Haver geração de custos por conta da troca de provedor. 
 
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Figura 17: Modelo de computação sem servidor 
 
Fonte da imagem: https://docs.aws.amazon.com/pt_br/pt_br/lambda 
É pago apenas o tempo de computação consumido, não havendo cobrança 
quando o código não está em execução. 
Estudo de Caso Zé Delivery (Leia no Anexo I) - Pg.50 
2.5. EDGE COMPUTING & ELASTIC BEANSTALK 
Na edge computing, ou computação de borda, o processamento de dados ocorre 
junto ao local físico do usuário. Dessa forma, a execução dos serviços ocorre de forma 
mais rápida, reduzindo o período de latência, e confiável através da computação hibrida. 
Isso ocorre porque as empresas podem executar o processamento de dados no próprio 
datacenter e na infraestrutura de uma nuvem pública. A Red Hat exemplifica bem com 
um caso de uso: 
No chão da fábrica, os sensores de Internet das Coisas (IoT) geram um fluxo 
contínuo de dados que pode ser usado para evitar interrupções e melhorar as 
operações. Estima-se que uma fábrica moderna com 2.000 equipamentos 
possa gerar 2.200 terabytes de dados por mês. Portanto, é mais rápido e 
econômico processar esse volume de dados quando ele está mais próximo do 
equipamento, em vez de transmiti-lo para um datacenter remoto primeiro. No 
entanto, é recomendável que o equipamento esteja conectado por meio de uma 
plataforma de dados centralizada. Assim, o equipamento pode, por exemplo, 
receber atualizações de software padronizadas e compartilhar dados filtrados 
que ajudam a melhorar as operações em outros locais da fábrica. (HAT, 2021) 
Dessa forma, a grande parte do processamento ocorre junto ao cliente, tornando 
mais rápido a execução da carga de trabalho. 
Benefícios da Edge Computing 
✓ Alta disponibilidade de serviços, trazendo uma experiência mais rica para os 
usuários em termos de velocidade e consistência; 
✓ Redução de custos de redes, redução de latência no tempo de transmissão e 
melhor controle sobre dados confidenciais; e 
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✓ Aplicações de realidade virtual e aumentada ganham vantagem na edge 
computing. 
Elastic Beanstalk 
O Elastic Beanstalk é uma plataforma como serviço que permite a implantação e 
gerenciamento de aplicativos e serviços web. Com a plataforma já criada, a única 
necessidade é fazer upload do código, podendo escolher o tipo de banco de dados, qual 
instância será utilizada, habilitação de HTTPS e muito mais. O próprio Elastic Beanstalk 
gerencia a implantação dos recursos, cabendo a quem o utiliza o controle sobre esses 
recursos implantados. 
Características do Beanstalk 
Rápido e Simples: capacidade de provisionamento, balanceamento de 
carga, dimensionamento automático e monitoramento de integridade 
do aplicativo são feitas de forma automáticas pelo Elastic Beanstalk. 
Controle total de Recursos: o usuário escolhe e controla os recursos 
que pretende utilizar com seu aplicativo, podendo também assumir o 
controle dos recursos da sua infraestrutura. 
Produtividade do desenvolvedor: o desenvolvedor se preocupa 
somente com o desenvolvimento do código, não sendo necessário 
gerenciar servidor e banco de dados. 
Dificuldade de superar: picos de carga de trabalho ou tráfego podem 
ocorrer a qualquer momento. O Elastic Beanstalk gerencia tudo com o 
Auto Scaling. 
 
RESUMO: 
✓ Uma VPC é uma divisão isolada logicamente da Nuvem AWS. 
✓ Uma VPC pode ser subdividida em sub-redes. 
✓ Uma sub-rede pertence a uma zona de disponibilidade. 
✓ Grupos de segurança são opções de firewall de proteção para VPC. 
✓ No Elastic Computer Cloud você sobe máquinas virtuais Windows e Linux na 
nuvem. 
✓ Você pode combinar vários recursos (CPU, RAM, armazenamento e recursos de 
rede) 
✓ A importância da computação serverless para uma redução ainda maior de 
custos. 
 
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CLOUD COMPUTING 
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UNIDADE III 
 
CLOUD COMPUTING 
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ARMAZENAMENTO 
3.1. ARMAZENAMENTO 
O armazenamento na nuvem é mais um modelo de serviço que reduz muito as 
preocupações: retira o peso de gerenciar e armazenar os dados físicos, ficando isso por 
conta do provedor. Como a maioria dos serviços em nuvem, o serviço é oferecido on-
demand, e isso significa que se pode ajustar a capacidade e custos no momento que for 
preciso. Dessa forma, é obtido acesso global de armazenamento de dados em qualquer 
lugar ou momento. 
Benefícios do armazenamento em nuvem 
O armazenamento de dados na nuvem muda o paradigma de três áreas dos 
departamentos de TI, que são: 
1. Custo total de propriedade: com o armazenamentona nuvem, a aquisição de 
hardware, espaço de armazenamento e provisionamento de capital para 
aquisições futuras não se fazem mais necessárias. Há a possibilidade de 
adicionar recursos, remover recursos sob demanda e alterar rapidamente a 
escalabilidade e desempenho, sem contar a possibilidade de transferir os 
dados acessados com menor frequência para locais de armazenamento com 
menor custo. 
2. Tempo de implantação: com a infraestrutura “terceirizada”, o time de 
desenvolvimento está livre para desempenhar sua tarefa. Com a possibilidade 
de disponibilizar a quantidade exata de armazenamento, no momento que for 
preciso, a equipe de desenvolvimento pode se preocupar com situações 
relacionadas ao desenvolvimento de software, eliminando o problema de ter 
que gerenciar sistemas de armazenamento. 
3. Gerenciamento de informações: a centralização do armazenamento permite a 
extração e bloqueio de dados com maior facilidade. 
3.2. REQUISITOS DO ARMAZENAMENTO EM NUVEM 
Dados são bens da empresa que devem estar seguros e disponíveis a qualquer 
momento. Os requisitos fundamentais que devem ser avaliados ao se considerar o 
armazenamento dos seus dados na nuvem são: 
• Durabilidade: desastres naturais, falhas humanas e problemas mecânicos são 
passíveis de acontecer, portanto, redundância é a palavra-chave. Os dados 
devem estar armazenados em várias zonas e, se possível, em outras regiões. 
• Disponibilidade: é muito importante a velocidade em que os dados solicitados 
estejam disponíveis, mas isso envolve custo. É então importante haver um 
equilíbrio entre o custo e o tempo de disponibilização. 
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• Segurança: independente dos dados estarem ativos (em trânsito) ou inativos, 
eles são criptografados. Permissões e controles de acesso não deixam de 
existir na nuvem. 
 
3.3. TIPOS DE ARMAZENAMENTO EM NUVEM 
Os tipos de armazenamento físico de dados na nuvem são três: armazenamento 
de objetos, de arquivos e de blocos. Cada um vai fornecer vantagens que se adequam de 
acordo com a necessidade de um determinado projeto. 
Armazenamento de objetos: quando o aplicativo exige escalabilidade e flexi-
bilidade, a melhor solução é o metadados de armazenamento de objetos. Como esse 
modelo de armazenamento não é estruturado, ele pega parte dos dados e os 
transforma em objetos. Outra facilidade encontrada no tipo de armazenamento físico 
está quando é feita a importação de datastores para a realização de serviços de 
análise, backup ou arquivamento. 
Armazenamento de arquivos: para aplicativos que necessitam de acessar arquivos 
compartilhados, exigindo um grande volume de dados, o tipo ideal é o de armazenamento 
de arquivos. Quando se necessita de grandes repositórios de conteúdo, armazenamento 
de mídia é o modelo recomendado. 
Armazenamento em blocos: esse modelo oferece latência muito baixa para altas 
cargas de trabalho que exigem alto desempenho. Logo, é benéfico para aplicativos 
empresariais como ERP e banco de dados. 
Estudo de Caso Hess Corporation (Leia no Anexo II) - Pg. 53 
3.4. BANCO DE DADOS EM NUVEM 
Na nuvem é possível implementar os seguintes dois modelos de bancos de dados: 
• Tradicional: bem semelhante ao que se conhece na computação on-premise, 
diferencia-se apenas sobre como sua infraestrutura é provisionada. Um 
espaço é adquirido em um provedor e a implementação do banco de dados 
ocorre na nuvem, por parte da equipe da empresa. 
• Banco de dados como serviço (DBaaS): nele, o provedor fornece uma terceiri-
zação de serviços como a automação nas áreas de provisionamento, backup, 
dimensionamento, alta disponibilidade, segurança, patches e monitoramento 
de integridade. Esses serviços são oferecidos em tempo real para o usuário 
final (ORACLE, 2022). 
Benefícios de um banco de dados em nuvem 
Os benefícios do banco de dados em nuvem acompanham os benefícios de outros 
serviços em nuvem, sendo: 
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• Maior agilidade e inovação: a configuração dos bancos de dados em nuvem flui 
com maior rapidez. As novas ideias são validadas e operacionalizadas de forma 
rápida e segura. Caso o projeto não compense ser operacionalizado, basta 
descartar e passar para o novo projeto. 
• Menor tempo de lançamento no mercado: compra de hardware, espera de 
material, preparação de infraestrutura, instalação e configuração de rede 
deixam de ser preocupação e o acesso ao banco fica disponível em poucos 
minutos. 
• Riscos reduzidos: por si só os modelos em nuvem já reduzem o risco. Quando 
se trata do modelo DBaaS, a utilização de automação promove as melhores 
práticas, diminuindo o risco de erro humano. Com o conceito de elasticidade, 
a previsão de capacidade deixa de ser um fantasma por conta dos serviços on-
demand. 
• Custos reduzidos: com o dimensionamento dinâmico, os usuários podem 
provisionar o mínimo, assim como aumentar e diminuir a demanda de acordo 
com o pico de maior movimentação da empresa. Outro ponto interessante 
de redução de custo é a possibilidade de literalmente desligar serviços 
desnecessários. 
Relational Database Service (RDS) 
A definição de banco de dados relacional praticamente é autoexplicativa pelo 
próprio nome: banco de dados (coleção de itens de dados) relacional (que mantém um 
relacionamento entre si). Esses itens de dados ficam dispostos em linhas e colunas3, 
onde as informações sobre o objeto serão representadas no banco de dados. Cada 
coluna vai armazenar um determinado tipo de dado, enquanto o campo armazena o valor 
do atributo. O acesso aos dados ocorre de diversas formas, sem haver a necessidade de 
reorganizar a tabela do banco de dados (AWS, 2022). 
Aspectos importantes dos bancos de dados relacionais 
SQL 
O SQL, ou Structured Query Language, é o padrão utilizado por todos os bancos de 
dados de categoria relacional. É usado para gerenciar todos os aspectos do banco de 
dados e funcionalidades, como adicionar, atualizar ou excluir linhas de dados, recuperar 
subconjuntos de dados para processamento de transações e aplicativos de análise, 
gerenciando um grande volume de informações e várias tabelas. 
Integridade de dados 
Falar que dados são importantes para qualquer empresa chega a ser um pleo -
nasmo. Dados precisam manter a precisão e confiabilidade, e integridade significa 
justamente isso: manter a perfeição, precisão e consistência gerais dos dados. As 
 
3 O cruzamento entre linhas e colunas é denominado campo. 
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restrições do banco de dados relacionais colaboram para manter essa integridade. 
Restrições como chaves primárias, chaves estrangeiras, restrição "Exclusiva", 
restrições de "Verificação", restrição "Padrão" e restrição "Não Nula" garantem a 
precisão e a confiabilidade dos dados. 
Transações 
Uma transação é a execução de vários itens em uma única unidade lógica de 
trabalho através de instruções SQL, resultando em COMMIT ou ROLLBACK. O COMMIT 
ocorre quando toda a transação está completa, caso contrário, nenhum componente da 
transação passa e tudo volta ao ROLLBACK, ou estado anterior. 
Conformidade com o ACID 
As transações de banco de dados devem seguir a regra ACID, ou seja, devem ser 
atômicas, uniformes, isoladas e duráveis, garantindo a integridade dos dados, da 
seguinte forma: 
a. Atomicidade: significa que a transação deve ser executada sem falhas. Caso 
ocorra alguma falha, toda a transação é encerrada e invalidada; 
b. Consistência: os dados gravados devem estar consistentes com todas as 
regras definidas; 
c. Isolamento: toda transação deve ser independente por si só, garantindo o 
controle da concorrência; e 
d. Durabilidade: após a transação ser concluída com êxito, as alterações feitas no 
banco de dados devem ser permanentes. 
3.5. BANCO DE DADOS NÃO RELACIONALA criação de aplicativos modernos exige modelos de dados e esquemas mais 
flexíveis do que o encontrado no modelo tradicional. Os bancos de dados NoSQL facilitam 
o desenvolvimento para esses aplicativos, melhorando a funcionalidade e performance 
(AWS, 2022). 
Funcionamento de um banco de dados NoSQL 
Enquanto os bancos de dados relacionais são conhecidos pelo alto grau de 
restrições de consistência, os bancos de dados NoSQL dispensam alguma dessas 
exigências em favor de modelos de dados otimizados para aplicativos que consomem 
grande volume de dados, exigindo baixa latência e alta flexibilidade. Esses requisitos são 
atendidos mediante o relaxamento de algumas restrições de consistência de dados dos 
outros bancos. 
Para um entendimento prático, há o exemplo didático da AWS (Figura 18), a qual 
mostra a modelagem do esquema para um banco de dados simples de livros: 
 
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Em um banco de dados relacional, um registro de livro é normalmente 
disfarçado (ou “normalizado”) e armazenado em tabelas separadas, e os 
relacionamentos são definidos por restrições de chave primária e externa. 
Neste exemplo, a tabela Livros tem colunas para ISBN, Título do livro e Número 
da edição, a tabela Autores tem colunas para AuthorID e Nome do autor e, 
finalmente, a tabela Author-ISBN tem colunas para AuthorID e ISBN. O modelo 
relacional é projetado para permitir que o banco de dados imponha a 
integridade referencial entre as tabelas no banco de dados, normalizadas para 
reduzir a redundância e geralmente otimizadas para armazenamento. 
Em um banco de dados NoSQL, um registro de livro é normalmente armazenado 
como um documento JSON. Para cada livro, o item, o ISBN, o Título do livro, o 
Número de edição, o Nome do autor e o AuthorID são armazenados como 
atributos em um único documento. Neste modelo, os dados são otimizados para 
desenvolvimento intuitivo e escalabilidade horizontal. (AWS, 2022) 
Figura 18: Banco de dados relacionais X não relacionais 
 
Fonte da imagem: AWS. 
Utilidade de um banco de dados NoSQL 
Aplicativos que proporcionam excelentes experiências aos usuários, em que são 
necessários os quesitos de bancos de dados flexíveis, escaláveis e de alta performance 
(encontrados principalmente em jogos e na Web) são os principais motivos para utilizar 
o NoSQl. Esses quesitos são assim caracterizados: 
• Flexibilidade: dados semiestruturados e não estruturados são ideais e bem 
adaptados no NoSQL; 
• Escalabilidade: a utilização dos bancos de dados NoSQL a partir de clusters 
distribuídos facilita o gerenciamento; 
• Alta performance: o banco de dados NoSQL tem otimização que permite uma 
maior performance em relação com bancos de dados relacionais; 
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• Altamente funcional: as APIs dos bancos de dados NoSQL, por serem criadas 
especificamente para seus modelos de dados, tornam-se altamente funcionais. 
Estudo de Caso Samsung (Leia no Anexo III) – Pg. 58 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLOUD COMPUTING 
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UNIDADE IV 
 
CLOUD COMPUTING 
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ARQUITETURA E SERVIÇOS 
4.1. ARQUITETURA 
Arquitetura é a arte e a ciência de projetar e modelar artificialmente o meio físico. 
Sistemas computacionais grandes e complexos também precisam de arquitetos para 
modelar o meio físico na nuvem. 
Características do arquiteto de nuvem: 
✓ Envolvimento com os stakeholders para identificação do objetivo comercial e 
os recursos que precisam ser aprimorados; 
✓ Garantia do alinhamento Resultados TI X Objetivos Empresariais; e 
✓ Garantia de que a implementação da equipe seja apropriada para os recursos 
de TI. 
Dessa forma, com o sistema bem arquitetado, as chances do sucesso empresarial 
aumentam significativamente. 
Princípios básicos da arquitetura da Nuvem 
AWS (2022) e Azure (2022) concordam que os serviços na Arquitetura de Nuvem 
apresentam alguns padrões de excelência relacionados à arquitetura que devem ser ob-
servados para poder atingi-la. São a base ou pilares da arquitetura da nuvem: excelência 
operacional, segurança, confiabilidade, eficiência de desempenho, otimização de 
custos e sustentabilidade. 
Pilar da Excelência Operacional 
O foco nesse pilar é a melhoria contínua de processos, procedimentos, execução 
e monitoramento de sistemas. Para atingir a excelência, muitas vezes deve-se cuidar da 
automação de alguns processos, de forma a tirar a carga de trabalho de alguém e 
direcionar o processo para o autômato. Gerenciamento de operações diárias cabe nesta 
mesma situação ou no processo de reação a eventos. 
Existem seis princípios de design para a excelência operacional na nuvem, que são: 
• Executar operações como código: definir e atualizar a carga de trabalho 
como código. Procedimentos operacionais devem ser orientados a eventos 
e configurados para serem acionados automaticamente, limitando, assim, o 
erro humano. 
• Anotar a documentação: faz parte da cultura de criação automática de docu-
mentação, após cada compilação, para dar acesso a outras pessoas e sistemas. 
• Fazer alterações frequentes, pequenas e reversíveis: efetuar pequenas car-
gas de trabalhos para uma atualização mais regular, fazendo, dessa forma, pe-
quenos incrementos e evitando ao máximo afetar os clientes. 
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• Refinar os procedimentos operacionais com frequência: melhorar cada vez 
mais os procedimentos operacionais e evoluir seus procedimentos de acordo 
com a evolução da carga. 
• Prever falhas: antecipar fontes de falha para que elas possam ser removidas 
por validar todos os cenários e verificar como cada um impacta em caso de 
falha, verificando também seus procedimentos para todas as situações nos 
eventos simulados. 
• Aprender com as falhas operacionais: a partir do erro cometido, promover 
melhorias e compartilhar experiências com a equipe para promover um 
aprendizado. 
Pilar da Segurança 
O foco nesse pilar é proteger as informações, sistemas e ativos sem deixar de 
entregar valor comercial por meio de avaliações de risco. 
A seguir estão os três pilares da segurança da informação: confidencialidade, 
integridade e disponibilidade: 
✓ Confidencialidade: está ligada a quanto os dados estão seguros, de forma que 
eles não estejam espalhados e disponibilizados sem a devida autorização. 
Algumas medidas são necessárias para garantir a confidencialidade: somente 
pessoas autorizadas podem ter acesso às informações, consciência sobre as 
regras de segurança da empresa e proteção contra vírus e ciberataques; 
✓ Integridade: a integridade se refere à garantia da preservação dos dados, ou 
seja, que não haja corrupção externa e nem interna dos dados da empresa. Para 
garantir isso, é necessário trabalhar na infraestrutura de lógica dos dados, 
como controle de acesso para os colaboradores, regras de permissão de 
arquivo e rotinas de backups diários. 
✓ Disponibilidade: refere-se à capacidade dos detentores das informações terem 
acesso a qualquer instante. 
Dentro desses parâmetros existem sete princípios de design que podem melhorar 
a segurança, os quais são: 
✓ Implementar uma base de identidade forte: começar com o mínimo de privilé-
gio, impondo separação de responsabilidades. 
✓ Habilitar a rastreabilidade: o monitoramento, auditorias e alertas de altera-
ções devem ocorrer em tempo real com logs e métricas. 
✓ Aplicar segurança em todas as camadas: aplicar a segurança em todas as 
camadas da arquitetura. 
✓ Automatizar as melhores práticas de segurança: ao automatizar os mecanis-
mos de segurança, ganha-se rapidez e economia. Arquiteturas cujos códigos 
são criados e gerenciados por versionamento tendem a ser mais seguras. 
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CLOUD COMPUTING 
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✓ Proteger dados em trânsito e ociosos: rotular seus dados em níveis de confi-
dencialidade e usar mecanismos como criptografia, tokenização e controle de 
acesso. 
✓ Manter as pessoas longe dos dados: evitar o processamento manual de dados 
para reduzir o risco de perda ou modificação de dados confidenciais devido a 
erros humanos. 
✓ Preparar-se para eventos de segurança: gerenciar incidentes alinhados 
aos requisitos organizacionais por executar simulações de resposta a esses 
incidentes. 
Pilar da Confiabilidade 
A arquitetura será confiável tanto quanto aguentar a variação de carga de trabalho 
e processamento de acordo com a demanda, de forma rápida e sem falhas. Nesse pilar, 
pontos importantes a serem observados são o projeto de sistemas distribuídos, planeja-
mento de recuperação e requisitos de adaptação a mudanças. 
Em relação ao design, podem ser citados estes cinco princípios para aumentar a 
confiabilidade: 
1. Testar procedimentos de recuperação: usando a automação, fazer simulação 
de falha e recuperação dos sistemas de diferentes formas e cenários. Após 
isso, validar procedimentos de recuperação, o que facilita reações para um 
cenário real. 
2. Recuperar automaticamente de falhas: indicadores com limites bem ajustados 
permitem uma recuperação quando essa barreira for transpassada, permitindo 
a notificação imediata e reparação de falhas. 
3. Escalar horizontalmente para aumentar a disponibilidade agregada do sis-
tema: o recurso grande deve ser substituído por microsserviços como forma 
de redução de impacto caso esse recurso falhe. 
4. Parar de adivinhar a capacidade: automatizar a demanda de recursos. 
5. Gerenciar alterações na automação: fazer da automação uma aliada para a 
realização de alterações na infraestrutura. 
Pilar da Eficiência de performance 
Neste pilar, rege a máxima do design minimalista: menos é mais. A estrutura 
inicial a ser alocada deve ser simplificada a partir de recursos de TI, com seleção de tipos 
e tamanhos certos. Há também a necessidade de monitoramento a fim de manter a 
eficiência de acordo com as necessidades comerciais. 
 
 
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CLOUD COMPUTING 
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Pilar da Otimização de custos 
Neste pilar é muito importante o conceito de serviços medidos, os quais propor-
cionam o uso de recursos que podem ser monitorados, controlados e reportados, pro-
porcionando transparência tanto para o provedor quanto para o consumidor do serviço 
utilizado, assim evitando gastos desnecessários. 
Pilar da Sustentabilidade 
Este pilar tem como foco reduzir o impacto ambiental devido à necessidade de 
expansão da nuvem, seguindo o modelo de responsabilidade compartilhada e máxima 
utilização dos recursos de forma a reduzir os impactos. 
4.2. ESTILOS DE ARQUITETURA 
Em se tratando de arquitetura de nuvem, há o compartilhamento de algumas ca-
racterísticas específicas. Algumas tecnologias são adequadas a determinadas arquite-
turas, entretanto a arquitetura não exige a utilização de uma tecnologia específica. 
N camadas 
Normalmente utilizada em aplicativos empresariais, as dependências nas N 
camadas são gerenciadas dividindo o aplicativo de acordo com a execução de suas 
funções lógicas: acesso a dados, lógica de negócios e apresentação. Entretanto, esse 
estilo é fortemente acoplado, o que torna difícil manter uma camada sem interromper 
o serviço das demais, reduzindo a velocidade de atualização de novos recursos. Por ser 
muito utilizada em soluções já existentes, a arquitetura em camadas está presente em 
soluções de Infraestrutura como Serviço (IaaS). 
Trabalhador de Fila da Web 
Soluções de Plataforma como Serviço (PaaS) utilizam muito essa arquitetura por 
ser adequada para domínios simples com intensivo uso de recursos. A comunicação do 
aplicativo se dá nessa arquitetura através de um front-end do aplicativo, o qual manda 
requisições para seu back-end, processando então as tarefas através de uma fila de 
mensagens assíncronas. Quanto maior o domínio, mais difícil será gerenciar as depen-
dências, dificultando assim a manutenção e atualização e, consequentemente, reduzir 
as inovações e atualizações. 
Microsserviços 
O ideal para domínios mais complexos são os microsserviços, que nada mais são 
do que a composição de vários serviços menores, cada um deles implementando um 
recurso de negócio e se comunicando através de contratos de API. Dessa forma, cada 
serviço pode ser criado, mantido e atualizado por uma pequena equipe de trabalho com 
mais experiência em desenvolvimento. Feito de forma correta, esse estilo promove 
velocidade na distribuição, inovação e arquitetura mais resiliente. 
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Big Data, Computação Intensa 
Quando se necessita de alto desempenho na computação, cálculos paralelos, ren-
derização, modelagem, simulações, são esses são os estilos de arquitetura adequados 
para computação intensa. 
4.3. PRINCIPAIS CONCEITOS RELACIONADOS AO BALANCEADOR DE 
CARGA 
O Balanceador de carga (Figura 19) tem a função de distribuir o tráfego de entrada 
entre vários destinos, monitorando a integridade dos destinos por usar e rotear apenas 
para destinos íntegros, podendo ser dimensionado automaticamente. Ao utilizar o um 
balanceador de carga, a disponibilidade e tolerância à falha de aplicativos aumenta. 
Figura 19: Tipos de balanceador de carga 
 
Fonte da imagem: AWS. 
Balanceador de aplicativos 
O balanceador de aplicativos é recomendado quando se utiliza aplicativos com 
tráfego HTTP e HTTPS. Esse modelo de load balancer possui roteamento, microsservi-
ços e contêineres, distribuição round robin do tráfego de entrada, entre outros. O Gate-
way de Aplicativo pode facilmente, através de configuração, substituir um gateway 
voltado para a Internet. O balanceador de aplicativos opera na camada de aplicativo, ro-
teando o tráfego para contêineres, endereços IP (Internet Protocol) e funções Lambda. 
Atualmente ele traz mais segurança ao garantir a utilização de criptografias e dos 
protocolos (SSL/TLS), muito utilizados atualmente. 
 
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Figura 20: Modelo conceitual do Balanceador de carga 
 
Fonte da imagem: AWS 
Balanceador de rede 
O Network Load Balancer (Figura 21) opera a nível da conexão, permitindo um 
desempenho muito alto com suporte a endereços IPs e UDP. 
Figura 21: Modelo do balanceador de redes 
 
Fonte da imagem: AWS. 
Gateway Load Balancer 
O Gateway Load Balancer (Figura 22) é utilizado para ampliar a política de 
segurança e os controles de conformidade para dispositivos virtuais. Nele é possível 
mapear conexões de entrada e destinos por utilizar regras através das opções de serviço 
TCP e HTTP. 
 
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Figura 22: Modelo de balanceador de gateway 
 
Fonte da imagem: AWS. 
Técnicas de Load Balancer 
A aplicação do load balancer pode ocorrer em hardware, software ou em ambos. 
A seguir estão as duas técnicas mais utilizadas no mercado de TI para distribuição de 
requisições: 
Figura 23: Representação gráfica do load balancer 
 
 Fonte da imagem: https://br.freepik.com/ 
Master/Slave: 
Nessa técnica (figura 24) pode haver um ou mais servidores intermediários, tam-
bém conhecidos como Slave, que entram em ação quando o principal, chamado de Master, 
apresenta alguma instabilidade, problema ou deixa operar. Para garantir a estabilidade, há 
um data center para cada servidor. 
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Figura 24: Modelo Master/Slave 
 
Fonte da imagem: https://br.freepik.com/ 
Round Robin 
Neste modelo não existe o Slave, e todos os servidores disponíveis são conside-
radosMaster. Sendo assim, quando um apresenta problema no funcionamento, o outro, já 
funcionando, assume as requisições do servidor que apresentou algum tipo de problema. 
Figura 25: Modelo Round Robin 
 
Fonte da imagem: https://br.freepik.com/ 
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Vantagens do Load Balance 
Por si só essa distribuição de carga já é uma enorme vantagem, porém, o load 
balance traz outras vantagens, como: 
• Eficiência: a distribuição de informação e de carga de trabalho torna eficiente 
o processamento de dados, melhorando, dessa forma, as operações das em-
presas que utilizam dessa tecnologia. 
• Agilidade: com a técnica load balance, o sistema nunca fica inoperante e man-
têm o bom desempenho da aplicação. 
• Escalabilidade: o load balance pode trazer melhorias nos seus sistemas de 
hardware e software. Com tudo em funcionamento, isso é uma operação 
escalável. 
• Flexibilidade: se o sistema é escalável, ele é flexível. 
• Redundância: caso ocorra a queda de um servidor, o servidor reserva entra em 
ação para que nenhum serviço fique fora do ar. 
4.4. MONITORAMENTO: CLOUDWATCH 
A função de um aplicativo CloudWatch é monitorar e observar os recursos e as 
aplicações da nuvem que são executados em tempo real. A atividade desse tipo de 
aplicativo vai desde coletar até monitorar os recursos mensuráveis de um aplicativo. 
Pode-se criar alarmes quando o recurso de uma CPU estiver aquém ou além da 
necessidade, cobrança de faturas, taxa de transferência e até para aplicativos. Outra al-
ternativa desses modelos de aplicativos é bem parecida com a ideia de firewall, na qual 
é possível definir regras de eventos de entrada/saída. CloudWatch é uma das ferramen-
tas que permite visibilidade durante todo o processo do aplicativo. 
Alguns exemplos práticos desse aplicativo são: 
✓ A utilização da média da CPU é superior a 60% por mais de 5 minutos; 
✓ O número de conexões simultâneas é maior que 10 por mais de 1 minutos; e 
✓ O número de hosts íntegros é menor que 5 por mais de 10 minutos. 
4.5. AUTO SCALING 
Notadamente, a quantidade de informações que transita pela web passa de 
centenas de milhares, que são solicitações de cliente e retorno de dados confiáveis 
de textos, vídeos, imagens e aplicativos. Quando se executa aplicativos na nuvem, é 
necessário a garantia de que a arquitetura mude de acordo com necessidade da 
demanda de forma automática. 
Essa capacidade de aumentar ou diminuir a quantidade de recursos para seu apli-
cativo é denominada escalabilidade. Imagine, por exemplo, uma loja que possui demanda 
de carga variável: sua maior carga ocorre em períodos sazonais como Dia das Mães ou 
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Natal. Nesse modelo, a maior quantidade de recursos é necessária nessas duas datas, e 
a menor quantidade nos demais períodos. A primeira opção seria atender a maior neces-
sidade de demanda, mas os recursos durante o resto do ano ficariam simplesmente 
subutilizados. Dessa forma, haveria custos altos para pouca demanda em relação ao 
período anual. 
Caso fosse alocada uma menor capacidade de recursos, significaria que haveria, 
na melhor época de venda para a loja, uma baixa performance do aplicativo web justa-
mente no período quando a perspectiva de venda é a melhor possível, correndo até a 
possibilidade de incorrer indisponibilidade para o cliente. 
Na nuvem há a possibilidade de programar o recurso e a capacidade 
computacional tornando possível a escalabilidade de forma. O Auto Scaling encontrado 
na maioria dos provedores permite manter a disponibilidade de recursos com seu 
respectivo aumento ou redução de recursos de acordo com a necessidade. 
Há várias possibilidades de forma a melhorar a performance do aplicativo, como 
adicionar novas instancias ou removê-las de forma programada. Para melhorar a perfor-
mance, é possível criar um grupo de Auto Scaling, que nada mais é que um conjunto de 
instâncias Auto Scaling. Da mesma forma, será possível aumentar ou diminuir as 
instâncias de acordo com a necessidade. 
Tipos de escalabilidade 
• Escalabilidade manual: é especificada a escalabilidade anual com as altera-
ções mínimas e máximas desejadas. 
• Escalabilidade programada: a partir de uma data e hora pré-estipulada irá 
ocorrer, em função delas, a escalabilidade. É muito útil para necessidade de 
recursos previsíveis. 
• Escalabilidade dinâmica sob demanda: é possível programar a escalabilidade 
a partir do consumo de recursos. Sua aplicação, inicialmente, precisa de duas 
instâncias: quando a utilização da CPU ultrapassar 50%, pode ser programada 
a entrada de outra instancia. É uma boa estratégia quando não se tem noção 
de quando será necessário a utilização de mais recursos. 
• Escalabilidade preditiva: é a utilização de modelos de Machine Learning que 
acompanham os padrões de tráfego existente. 
 
 
 
 
 
 
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Contêineres 
Quando se cria um aplicativo, junto a ele há bibliotecas e dependências que auxi-
liam o código. Um contêiner nada mais é que o empacotamento do aplicativo, bibliotecas 
e dependências para que a execução ocorra em várias plataformas, como desktop, on-
premises ou em cloud. Isso ocorre através de um modelo de virtualização do sistema 
operacional do host, tornando-o rápido e portátil, pois não é necessário incluir nele o 
sistema operacional (IBM, 2021). 
A diferença entre um contêiner e uma máquina virtual (VM) é que na VM ocorre a 
virtualização do hardware, do sistema operacional e do aplicativo com suas bibliotecas 
e dependência. Já nos contêineres há a virtualização do sistema operacional convidado, 
contendo apenas o aplicativo, suas bibliotecas e dependências, trazendo assim portabi-
lidade, leveza e velocidade para eles. 
Vantagens dos contêineres 
• Leve: ao compartilhar o kernel do sistema operacional da máquina, reduz a 
utilização completa de uma instância do sistema operacional, tornando os 
contêineres menores e de fácil utilização; 
• Portátil: ao carregar suas próprias dependências e bibliotecas, não há neces-
sidade de adaptação em outros ambientes de computação; 
• Desenvolvimento moderno: aplicativos modernos se beneficiam das tecnolo-
gias serverless (sem servidor) e microsserviços; 
• Otimização de recursos: os contêineres otimizam a utilização dos recursos da 
máquina física (CPU, Memória). 
Kubernetes 
Com o crescimento dos aplicativos no modelo de contêiner, torna-se complexo a 
operacionalização desses contêineres. O Kubernete é uma API que gerencia o local e 
como esses contêineres serão executados: 
Aplicativos modernos são cada vez mais criados usando contêineres, que são 
microsserviços empacotados com suas dependências e configurações. O 
Kubernetes (pronúncia: /"koo-ber-net-ees/") é um software open-source para 
implantar e gerenciar esses contêineres em escala – além de ser a palavra grega 
para o timoneiro de um navio ou um piloto. Crie, entregue e dimensione 
aplicativos em contêiner mais rapidamente com o Kubernetes. (AZURE, 2022) 
Kubernetes gerenciam balanceamento de carga, alocam e dimensionam recursos 
de acordo com o uso computacional dos recursos e verificam a integridade dos 
aplicativos, reiniciando os contêineres automaticamente, caso seja necessário. 
Para entender ainda melhor a tecnologia, deve-se preste atenção no antes e 
depois da tecnologia kubernete (KUBERNETES, 2022): 
 
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Figura 26: Evolução dos modelos de implantação 
 
Fonte da imagem: Kubernetes. 
Implantação tradicional (Traditional Deployment): aplicações são executadas em 
servidores locais, causando problemas no dimensionamento de recursos computacio-
nais. Ao executar várias aplicações ao mesmo tempo, incorre a possibilidade de uma 
aplicação ocupar a maior parte dos recursos emrelação a outra. 
Implantação virtualizada (Virtualized Deployment): as aplicações podem funcio-
nar de forma isolada nas máquinas virtuais (VMs) de uma única CPU do servidor físico, 
permitindo a melhor alocação dos recursos. 
Implantação em contêineres (Container Deployment): são semelhantes às VMs-
Contêineres, porém isolados em relação ao sistema operacional (SO) e as aplicações. 
A Azure lista alguns novos termos que surgiram com a utilização dos Kubernetes 
(AZURE, 2022), a saber: 
• Master: a máquina que controla os nós do Kubernetes. É nela que todas as 
atribuições de tarefas se originam; 
• Nó: são máquinas que realizam as tarefas solicitadas e atribuídas. A máquina 
mestre do Kubernetes controla os nós; 
• Pod: um grupo de um ou mais containers implantados em um único nó. Todos 
os containers em um pod compartilham o mesmo endereço IP, IPC, nome do 
host e outros recursos. Os pods separam a rede e o armazenamento do contai-
ner subjacente, e isso facilita a movimentação dos containers pelo cluster; 
• Controlador de replicações: controla quantas cópias idênticas de um pod 
devem ser executadas em um determinado local do cluster; 
• Serviço: desacopla as definições de trabalho dos pods. Os proxies de serviço do 
Kubernetes automaticamente levam as solicitações de serviço para o pod correto, 
independentemente do local do pod no cluster ou se este foi substituído; 
 
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• Kubelet: um serviço executado nos nós e que lê os manifestos do container, 
garantindo que os containers definidos foram iniciados e estão em execução; 
• Kubectl: a ferramenta de configuração da linha de comando do Kubernetes. 
Figura 27: Diagrama do Kubernete 
 
Fonte da imagem: AWS. 
Segurança da nuvem 
A maioria dos provedores trabalha a segurança de forma compartilhada. Dessa 
forma é possível reduzir a carga operacional ao mesmo tempo que pode oferecer 
flexibilidade e controle durante a implantação de aplicativos pelo cliente. Os provedores 
são responsáveis pela infraestrutura e segurança física das instalações. Já o cliente é 
responsável pela segurança na rede, criptografia e grupos de segurança. 
Na parte de segurança da nuvem, os recursos incluem segurança física dos 
datacenters, dispositivos de armazenamento, hospedagem dos sistemas operacionais, 
aplicativos, serviços de virtualização e, principalmente a infraestrutura de rede como 
roteadores e cabeamento. 
Governança de TI 
É a forma dos administradores controlarem os produtos e serviços operados na 
nuvem como controle de acesso, serviços e aplicações. Com a Governança de TI é pos-
sível que os administradores possam automatizar a utilização de recursos. As ferramen-
tas de Governança de TI permitem que o administrador controle a infraestrutura de 
forma geral. 
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O gerenciamento de nuvem é feito a partir de aplicativos já existentes, como 
máquina virtual (VM), banco de dados ou servidor. Tudo isso é sustentado pelo sistema 
operacional, por isso este deve funcionar em qualquer nuvem que se deseje utilizar. 
Não se deve confundir gerenciamento de nuvem com computação em nuvem. As 
nuvens são o conjunto de recursos disponíveis como armazenamento e serviços gerenci-
ados. Tudo isso permite a combinação de políticas de governança, armazenamento e 
serviços sejam gerenciados por um software. Deve-se adequar a plataforma de acordo 
com a necessidade do administrador, mas, principalmente, a mudanças rápidas e itens 
a serem observados em uma plataforma de gerenciamento de útil. 
A plataforma de gerenciamento de TI deve integrar-se com a TI já proposta no 
ambiente corporativo, contendo: 
✓ Capacidade de flexibilidade de automação, eliminando assim a redução de 
interação humana; 
✓ Transparência necessária nos custos e recursos a serem visualizados; 
✓ Acesso à internet e compatibilidade com uma variedade de tipos de nuvem 
(privada, pública e híbrida); e 
✓ Manter o máximo controle sobre tudo. 
TCO na governança de TI 
É possível comparar qual é a melhor opção em termos de gastos quando se trata 
de uma solução na nuvem ou local. O TCO, ou Custo Total de Propriedade, é usado para 
aferir e estimar as necessidades financeiras que ajudam o administrador a compreender 
os custos indiretos e diretos dos custos associados ao serviço. Na nuvem, utiliza-se a 
relação infraestrutura x carga de trabalho tal qual se usaria em uma solução local. 
Quando se trata de custos ligados a um datacenter local, inclui-se: 
✓ Custo de instalação para hardware e software onde serão provisionados esses 
equipamentos; 
✓ Custo de administração desse equipamento e suas atualizações; e 
✓ Custo de mão de obra especializada. 
As avalições dos serviços em nuvem são bem mais práticas devido à transparên-
cia envolvida em relação as métricas de usos de RAM, armazenamento em disco e largura 
de banda. Dessa forma, o cliente pode fazer uma estimativa de custos com várias possi-
bilidades e de forma bem rápida. 
Em uma avaliação de serviços local é necessário calcular custos diretos, como 
energia, operações de TI, e outros indiretos, como a infraestrutura de rede, sem contar 
os custos de software como banco de dados, segurança e administração de aplicativos. 
 
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REFERÊNCIAS 
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zon.com/pt_br/vpc/latest/userguide/how-it-works.html. Acesso em: 10 maio 2022. 
AWS. Infraestrutura Global. AWS, 2022. Disponível em: https://aws.amazon.com/pt/about-
aws/globalinfrastructure/regions_az/?p=ngi&loc=2. Acesso em: 09 maio 2022. 
AWS. O que é a computação em nuvem? AWS, 03 maio 2022. Disponível em: 
https://aws.amazon.com/pt/what-is-cloud-computing/. Acesso em: 03 maio 2022. 
AWS. O que é banco de dados relacional? AWS, 2022. Disponível em: https://aws.ama-
zon.com/pt/relational-database/. Acesso em: 13 maio 2022. 
AWS. O que é NoSQL? AWS, 2022. Disponível em: https://aws.amazon.com/pt/nosql/. 
Acesso em: 14 maio 2022. 
AWS. Seis Pilares da arquitetura de nuvem. AWS, 2022. Disponível em: https://aws.ama-
zon.com/pt/architecture/well-architected/?wa-lens-whitepapers.sort-by=item.additi-
onalFields.sortDate&wa-lens-whitepapers.sort-order=desc. Acesso em: 16 maio 2022. 
AZURE. Conceitos básicos da arquitetura de aplicativos do Azure. Azure, 2022. Disponí-
vel em: https://docs.microsoft.com/pt-br/azure/architecture/guide/. Acesso em: 16 
maio 2022. 
FOROUZAN, Behrouz A. Comunicação de dados e redes de computadores. 4ª. ed. Porto 
Alegre: Bookman, 2008. 
GONZAGA, Sergio. Computação em Nuvem. In: GONZAGA, Sergio Plataformas como 
Serviços (PaaS). Manaus: [s.n.], 2022. p. 46. 
HAT, Red. O que é Serverless. Red Hat, 2017. Disponível em: https://www.redhat.com/pt-
br/topics/cloud-native-apps/what-is-serverless. Acesso em: 18 maio 2022. 
MELL, Peter M.; GRANCE, Timothy. The NIST Definition of Cloud Computing. The NIST 
Definition of Cloud Computing, 2011. Disponível em: https://www.nist.gov/publica-
tions/nist-definition-cloud-computing. Acesso em: 19 fev. 2022. 
MICROSOFT. O que é computação em nuvem? Um guia para iniciantes. Azure, 2022. Dis-
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Acesso em: 03 maio 2022. 
ORACLE. Banco de dados em nuvem. Oracle, 2022. Disponível em: https://www.ora-
cle.com/br/database/what-is-a-cloud-database/. Acesso em: 14 maio 2022. 
 
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ANEXO I - ZÉ DELIVERY CRIA SERVIÇO DE ENTREGA DE 
BEBIDAS NA AWS E SUSTENTA SEU CRESCIMENTO 
EXPONENCIAL4. 
Mais pessoas do que nunca estão usando seus telefones para encomendar cer-
veja e outras bebidas para entrega em domicílio. Seguindo essa tendência, a Zé Delivery, 
uma subsidiária da produtora internacional de bebidas Anheuser-Busch

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