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Sistema de Combate a Incêndios

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INSTALAÇÕESINSTALAÇÕES
HIDROSANITÁRIASHIDROSANITÁRIAS
Me. Anderson Gobbi Drun
IN IC IAR
22/05/2024, 10:41 Ead.br
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introdução
Introdução
Caro estudante, por muito tempo as instalações hidrossanitárias se limitavam a
dimensionamento de água e esgoto, apenas. Com o passar dos anos, foi surgindo
a necessidade de se incorporar mais projetos nessa área tão ampla, e é nesse
contexto que os projetos de prevenção de incêndio e de instalação de gás
residencial se inserem.
A importância da elaboração do projeto de prevenção a incêndios vem da
necessidade de, após grandes tragédias, proteger as pessoas em casos de
incêndios. Nesse material, iremos abordar temas como o desenvolvimento do
fogo, maneiras de controlá-lo e toda a parte de sinalização de emergência.
O projeto de gás residencial também surge da necessidade de maior segurança
das edi�cações no uso do gás para as diversas atividades domésticas, sem contar
as comodidades oferecidas pelo sistema. Neste material, iremos conhecer como o
sistema funciona e o dimensionamento dele para diferentes situações.
Bons estudos!
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Caro estudante, você já parou para pensar que a origem do fogo está diretamente
relacionada à origem do homem? Imagino que em algum momento da sua vida
você já tenha relacionado esses assuntos. Sabemos que, no início dos tempos,
bater uma pedra contra a outra gerava uma faísca que, colocada em folhas secas
e gravetos, dava origem a uma fogueira para que os homens pudessem se
aquecer, cozinhar seus alimentos e iluminar a escuridão.
O fogo trouxe vários benefícios à evolução do homem, no entanto, o mesmo
homem sempre buscou controlar as forças da natureza, e com o fogo não seria
diferente. É nesse contexto que as atividades de segurança contra incêndio e
pânico foram introduzidas, técnicas foram desenvolvidas, bem como novos
equipamentos e, principalmente, novas legislações como medida para proteção a
incêndios. Como não recordarmos do incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria
(RS), que matou mais de duas centenas de jovens e foi um marco na mudança de
�scalização quanto à incêndios em locais públicos no Brasil?
Dinâmica do Fogo
Combate aoCombate ao
Incêndio: ConceitosIncêndio: Conceitos
Gerais sobre o FogoGerais sobre o Fogo
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Para que possamos entender como se dá a origem de grandes incêndios e as
formas de prevenção e controle, é necessário, primeiramente, entendermos o
mecanismo da origem e a propagação do fogo.
Araújo (2007) comenta que o fogo possui quatro elementos principais que
formam, assim, o tetraedro do fogo; são eles: combustível; comburente (podendo
ser oxigênio, enxofre, cloro, bromo, dentre outros); calor; e reação em cadeia.
1. Combustível: é o elemento que, ao mesmo tempo, alimenta e propaga o
fogo. Pode ser qualquer substância sólida, líquida ou gasosa que, após
atingir uma determinada temperatura, combina quimicamente com
outra e libera uma reação em forma de calor e luminosidade. A
combustibilidade de determinada substância é função da sua maior ou
menor facilidade de combinação com o oxigênio sob ação do calor.
2. Oxigênio: trata-se do oxigênio presente no ar atmosférico. Ele é de�nido
como o elemento ativador do fogo, que dá vida às chamas. Em
ambientes pobres de oxigênio, o fogo não produz chamas, mas em
ambientes ricos de oxigênio, as chamas são intensas e brilhantes.
“Normalmente, o oxigênio está presente no ar a uma concentração de
21%. Quando essa concentração é inferior a 15%, não haverá
combustão” (UMINSKI, 2003, p. 2).
3. Calor: trata-se do elemento responsável pelo início, por manter e
propagar o fogo. Ele pode ter início na ação da luz solar, nos raios, no
curto circuito ou, até mesmo, nos acidentes provocados pelos humanos,
como jogar bituca de cigarros, velas acesas, fósforos em ambientes com
vegetação seca. Os combustíveis necessitam de calor para queimar e isso
varia de corpo para corpo, por exemplo: a gasolina precisa de uma
temperatura baixa, enquanto a madeira ou o carvão necessitam de
grandes temperaturas para que sua queima ocorra.
4. Reação em cadeia: transferência de energia de uma molécula em
combustão para outra intacta. Numa situação de incêndio, o
combustível, após entrar em combustão, gera mais calor; esse calor
desprende mais gases combustíveis que, combinados com o oxigênio,
dão continuidade à reação de combustão, ou seja, uma transformação
gera outra transformação numa reação em cadeia.
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Classes de Incêndio
O fogo pode ser dividido em diferentes classes, de acordo com os materiais
envolvidos e a situação em que se encontram. Essa classi�cação foi inicialmente
realizada pelo NFPA, Associação de Proteção a Incêndios dos Estados Unidos, que
é adotada pelas seguintes instituições: Associação Internacional para o
Treinamento de Bombeiros dos Estados Unidos, Associação Brasileira de Normas
Técnicas e os Corpos de Bombeiros do Brasil.
Para que você compreenda melhor a classi�cação quanto ao fogo e como deve
proceder em cada uma das situações, vamos avaliar o quadro mostrado abaixo.
Fatores que In�uenciam o Incêndio
Caro estudante, obviamente, na prática não existem incêndios 100% iguais
sempre, pois assim seria fácil obter mecanismos de segurança para que nunca
Fonte: Adaptado de Gomes (2014, online).
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mais ocorram. No entanto, cada incêndio possui uma característica e alguns
fatores que ocorrem para o seu desenvolvimento, Seito et al. (2008, p. 43) destaca
alguns fatores gerais que devem ser observados.
Forma geométrica e dimensões da sala ou local;
Superfície especí�ca dos materiais combustíveis envolvidos;
Distribuição dos materiais combustíveis no local;
Quantidade de material combustível incorporado ou temporário;
Características de queima dos materiais envolvidos;
Local do início do incêndio no ambiente;
Condições climáticas (temperatura e umidade relativa);
Aberturas de ventilação do ambiente;
Aberturas entre ambientes para a propagação do incêndio;
Projeto arquitetônico do ambiente e ou edifício;
Medidas de prevenção de incêndio existentes;
Medidas de proteção contra incêndio instaladas.
O incêndio geralmente se inicia bem pequeno e o seu crescimento dependerá
muito dos materiais disponíveis no ambiente. A Figura 4.1 mostra a curva de
evolução e propagação do fogo. Pode-se notar que existe um padrão nas mais
diferentes situações em função do calor gerado com o tempo desenvolvido.
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Figura 4.1: Curva de evolução e propagação do fogo
Fonte: Seito et al. (2008, p. 44).
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Caro estudante, segundo a curva de evolução e propagação do incêndio,
podemos identi�car três fases distintas; vamos a elas:
1. Primeira fase: também chamada de fogo incipiente, possui um
crescimento lento com duração entre cinco e vinte minutos até a ignição
que inicia a segunda fase.
2. Segunda fase: caracteriza-se pelo crescimento das chamas, aquecendo,
assim, todo o ambiente. Em locais que possuem o sistema de detecção
de fumaça, o alarme deve ser acionado já na primeira fase, assim, o
combate ao incêndioe a sua extinção poderão ser efetuados com
sucesso. Com uma temperatura de 600°C, o aço, comumente utilizado
saibamais
Saiba mais
Os incêndios não escolhem local e nem hora
para acontecer, basta uma faísca e um
ambiente propício à propagação que a tragédia
é anunciada. Na história humana, temos
diversos exemplos de catástrofes
protagonizadas pelo fogo. O vídeo com link a
seguir mostra a reportagem de um incêndio em
um edifício em Londres que matou cerca de 79
pessoas no ano de 2017, ou seja, mesmo com
todo conhecimento que temos e as legislações
vigentes, acidentes envolvendo o fogo ainda
vitimizam pessoas pelo mundo. Você,
estudante, como futuro Engenheiro(a) Civil,
preste atenção na reportagem, principalmente
nos mecanismos de desenvolvimento do fogo.
ACESSAR
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https://globoplay.globo.com/v/5962020/
nas nossas construções, começam a perder sua resistência,
comprometendo, assim, a estabilidade da estrutura, podendo causar
desabamentos. Todo o ambiente é tomado por gases, vapores
combustíveis e fumaça desenvolvidos na queima dos combustíveis
sólidos. Se no local existir algum líquido combustível, ele irá contribuir
com seus vapores para uma in�amação generalizada, e o ambiente
poderá ser tomado por grandes labaredas.
3. Terceira fase: caracteriza-se pela diminuição gradual da temperatura do
ambiente e das chamas, normalmente provocada pela atuação do corpo
de bombeiros.
praticar
Vamos Praticar
A condição imprescindível para ocorrer o surgimento do fogo é a união dos elementos
combustível, oxigênio e calor. A extinção do fogo se dá quando se elimina um desses
elementos ou se interrompe o processo de reação química em cadeia, impedindo que o
fogo continue. As alternativas abaixo mostram métodos básicos de extinção, mas
apenas uma é verdadeira.
a) O resfriamento consiste em retirar ou diminuir o calor do material incendiado
até o ponto em que não libere mais vapores que reajam com o oxigênio,
impedindo o avanço do fogo. É um processo pouco utilizado pela alta demanda
de água.
b) O abafamento consiste em impedir ou diminuir o contato do oxigênio com o
material combustível; no entanto, possui a desvantagem de que a concentração
su�ciente de comburente no ar propaga ainda mais o fogo.
c) A Interrupção da reação química em cadeia consiste em utilizar determinadas
substâncias que têm a propriedade de reagir com algum dos produtos da reação
de combustão, colaborando, assim, para o fechamento da reação em cadeia.
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d) O Isolamento consiste na retirada, diminuição ou interrupção do material
combustível não atingido pelo fogo, com su�ciente margem de segurança, para
fora do campo de propagação do fogo.
e) O resfriamento consiste em retirar ou diminuir o calor do material incendiado
até o ponto em que não libere mais vapores que reajam com o oxigênio.
Normalmente, nesse caso, é empregado extintores com CO2.
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Caro estudante, sabe aquele ditado popular que diz que a gente só aprende algo
depois que já aconteceu? Tal ditado é aplicado em diversas situações e pode ser
aplicado também no contexto de prevenção de incêndio no Brasil.
No Brasil, até a década de 1970, não existia registros de grandes incêndios com
grande número de vítimas, sendo assim, o problema “incêndio” era restrito à
atuação do corpo de bombeiros; não existia a regulamentação no âmbito geral e
as recomendações eram exclusivas no código de obras dos municípios, mas sem
nenhum aprofundamento em quesitos como projeto de prevenção. Até essa
década não existia normas reguladoras nacionais sobre saídas de emergência,
iluminação de emergência, sinalização, rotas de fuga e escadas protegidas; no
entanto, com o passar dos anos, essa realidade foi mudando após uma sequência
de tragédias que ocorreram no Brasil. O quadro abaixo apresenta resumidamente
os principais acidentes envolvendo incêndio no país.
Projeto deProjeto de
Prevenção ePrevenção e
Combate a IncêndioCombate a Incêndio
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Quadro 4.2: Principais acidentes envolvendo incêndio no Brasil
Fonte: Elaborado pelo autor.
1961 - Gran Circo Norte-Americano (Niterói - RJ).
Considerado até hoje a maior tragédia envolvendo incêndio no país, foram
mais de 500 mortos e 800 feridos quando o toldo do circo em chamas caiu
sobre o público. Não havia sinalização ou saídas de emergência su�cientes
para a demanda.  
1972 - Edifício Andraus (São Paulo - SP).
O Edifício Andraus, com 31 andares, construído em concreto armado e
fachadas de vidro, queimou e deixou 16 mortos e 336 feridos. Esses
números só não foram superiores pois as pessoas se refugiaram no
heliponto e �caram protegidas na cobertura até o resgate por helicóptero.
Depois desse fato, a prefeitura de São Paulo começou a se movimentar
para reformulação nas legislações e no código de obras do município, no
entanto, as sugestões foram engavetadas sem efeito prático.  
1974 - Edifício Joelma (São Paulo - SP).
Dois anos depois do acidente no Edifício Andraus, o Edifício Joelma, com
23 andares, pega fogo. Como saldo total, foram 179 mortes e 320 feridos,
gerando uma comoção devido às fortes imagens das pessoas se jogando
do edifício para fugir das chamas.
2013 - Boate Kiss (Santa Maria - RS).
Um dos eventos marcantes em termos de aumento de �scalização e
legislação foi o incêndio na boate Kiss, que vitimou 242 pessoas e deixou
680 feridos. O evento foi de grande comoção nacional; todos os locais que
possuíam aglomeração de pessoas, como casa de shows e espetáculos,
começaram a se adequar às novas legislações muito mais rigorosas.
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Caro estudante, depois de conhecer essas tragédias e ver como o fogo pode ser
destrutivo, o pro�ssional da Engenharia Civil deve estar permanentemente
preocupado em oferecer aos moradores das edi�cações segurança quanto a
incêndios. Após avaliação de como ocorre e se propaga o fogo em casos de
incêndios, é preciso encontrar maneiras de evitá-lo e combatê-lo, caso ocorra.
Nesse sentido é que é realizado o projeto de prevenção e combate a incêndio.
As medidas são destinadas a proteger a vida humana e os bens materiais dos
efeitos destrutivos de um incêndio já em curso em uma edi�cação. O objetivo é
extinguir o início do fogo, limitar seu crescimento e evitar a propagação entre as
edi�cações vizinhas. As medidas de proteção se dividem em medidas ativas e
passivas. As medidas passivas incluem a correta elaboração de projetos com
utilização de materiais cujas propriedades e ignição sejam conhecidas. A
arquitetura da segurança contra incêndios se enquadra nesse tipo de proteção.
O projeto de um edifício, da estrutura, dos elementos constitutivos e
dos compartimentos da edi�cação, quanto ao seu potencial de limitar
ou conter o crescimento do incêndio e de dar proteção aos seus
ocupantes. A análise e o controle das características e quantidade de
materiais combustíveis reunidos tanto no acabamento interno quanto
no conteúdo da edi�cação também fazem parte das medidas de
proteção passiva. (DIAS; BEMFICA, 2011, p. 5).
A proteção ativa contra incêndio é constituída por equipamentos ou sistemas que
precisam ser acionados, manual ou automaticamente, para que funcionem em
situações de incêndio. O objetivo é a rápida detecção do incêndio e alertar os
usuários do edifício o mais rápido possível para que sedê as devidas ações de
segurança.
No Brasil, destacam-se como medidas ativas àquelas recomendadas pelas
normas técnicas da ABNT, entre elas:
NBR 5419 – Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas.
NBR 8660 – Revestimento de piso – Determinação da intensidade crítica
do �uxo de energia térmica.
NBR 9077 – Saídas de Emergência em Edifícios.
NBR 9441 – Execução de sistemas de detecção e alarme de incêndio.
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NBR 9442 – Materiais de construção – Determinação do índice de
propagação super�cial de chama pelo método do painel radiante.
NBR 10897 – Proteção contra incêndio por chuveiro automático.
NBR 10898 – Sistema de iluminação de emergência.
NBR 11742 – Porta corta-fogo para saídas de emergência.
NBR 13523 – Central predial de gás liquefeito de petróleo.
NBR 14024 – Centrais prediais e industriais de gás liquefeito de petróleo
com sistema de abastecimento a granel.
NBR 14432 – Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos
de edi�cações.
NBR 14880 - Saídas de emergência em edifícios - Escadas de segurança -
Controle de fumaça por pressurização.
NBR 15514 - Área de armazenamento de recipientes transportáveis de
gás liquefeito de petróleo (GLP) destinados ou não à comercialização -
Critérios de segurança.
Isolamento de risco nas edi�icações
Caro estudante, as edi�cações podem ser classi�cadas em diversos aspectos
segundo as Normas Brasileiras e o Código de Prevenção de Incêndios de cada
estado. Essa recomendação visa avaliar a distância da edi�cação com as
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edi�cações vizinhas com o objetivo de evitar, assim, a proliferação do fogo em
casos de incêndio. Deve-se também classi�car a edi�cação quanto o seu risco de
incêndio. Por exemplo, no estado do Paraná o corpo de bombeiros classi�ca essas
edi�cações com risco leve, moderado e elevado e indica qual deve ser o
procedimento para cada uma delas.
Carga de incêndio nas edi�icações
A carga de incêndio é de�nida como o conteúdo combustível de uma edi�cação,
ou de parte dela, normalmente expressa em termos de massa média de materiais
por unidade de área. Nesse caso, é calculada a liberação de calor baseado no
valor calorí�co dos materiais, e nisso inclui móveis, divisórias, acabamento de
pisos, paredes e forros, tapetes, cortinas, entre outros. A carga de incêndio é
expressa em MJ/m² ou kg/m².
Todo o material combustível existente em uma edi�cação pode representar um
potencial de incêndio. Sua carga de incêndio pode ser prevista segundo as
legislações de cada estado em que podem ser avaliados consequentes efeitos,
facilitando os meios preventivos necessários para uma extinção total. Portanto,
podemos resumir a de�nição de carga de incêndio de uma edi�cação como a
quantidade máxima de material combustível existente na sua estrutura e na sua
ocupação passíveis de queima em caso de incêndio.
Na prática, alguns fatores são importantes na avaliação da carga de incêndio, os
quais sempre deverão ser considerados:
A intensidade do incêndio é determinada pelo tipo de material
incendiado e pela velocidade da queima;
A rapidez da combustão é altamente in�uenciada pela disposição do
material.
A velocidade da combustão se fará na razão direta das áreas expostas,
portanto materiais estocados em pilhas sólidas queimará mais
lentamente que os dispostos em prateleiras tipo “racks” com amplos
canais de ventilação verticais e horizontais;
A duração de um incêndio o principal fator é a quantidade de material
passível de ser incendiado;
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Iguais quantidades de materiais de queima rápida e de queima lenta
podem determinar incêndios de duração diferentes e nem sempre
comparáveis.  (FERNANDES, 2010, p. 21).
A Tabela 4.1 mostra um exemplo da determinação da carga de incêndio segundo
ocupação de cada edi�cação - lembrando que essa tabela diz respeito à legislação
utilizada pelos bombeiros do estado do Paraná, e cabe a você, estudante, buscar
a respectiva tabela nas legislações do seu estado.
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Tabela 4.1: Cargas de incêndio
Fonte: Fernandes (2010, p. 22).
Saídas de emergência
Caro estudante, comentamos acima que as recomendações de projeto variam
entre o corpo de bombeiros de cada estado. No caso de saídas de emergência,
existe uma normativa nacional, a ABNT NBR 9077 (2001), que é a principal e mais
importante norma da área de prevenção de incêndios; é a base para todas as
Legislações de Prevenção de Incêndio do país.
Com isso é, necessário de�nir que:
Saída de emergência é o caminho contínuo, devidamente protegido,
proporcionado por portas, corredores, halls, passagens externas,
balcões, vestíbulos, escadas, rampas, ou outros dispositivos de saída
ou combinações destes, a ser percorrido pelo usuário, em caso de
incêndio, de qualquer ponto da edi�cação até atingir a via pública ou
espaço aberto, protegido do incêndio, em comunicação com o
logradouro. (ASSOCIAÇÃO, 2001, p.5)
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Para o dimensionamento das saídas de emergência, é necessário se ter a
população da edi�cação. Para isso, é utilizado a tabela da ABNT NBR 9077 (2001)
que classi�ca a edi�cação quanto a sua ocupação, conforme mostra a o Quadro
4.3.
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  G
Serviços
automotivos
    G-1
Garagens sem
acesso de
público e sem
abastecimento
    Garagens
automotivas.
    G-2 Garagens com
acesso de
público e sem
abastecimento
Garagens
coletivas não
automáticas em
geral, sem
abastecimento
(exceto para
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veículos de carga
e coletivos).
  G-3
Locais dotados
de
abastecimento
de combustível
Postos de
abastecimento e
serviços,
garagens (exceto
para veículos de
carga e
coletivos).
      G-4
  Serviços de
conservação,
manutenção e
reparos
Postos de serviço
sem
abastecimento,
o�cinas de
conserto de
veículos (exceto
de carga e
coletivos),
borracharia (sem
recauchutagem).
    G-5
Serviços de
manutenção
em veículos de
grande porte e
reti�cadoras
em geral
O�cinas e
garagens de
veículos de carga
e coletivos,
máquinas
agrícolas e
rodoviárias,
reti�cadoras de
motores
H
    Serviços de
saúde e
institucionais
    H-1 Hospitais
veterinários e
assemelhados
Hospitais, clínicas
e consultórios
veterinários e
assemelhados
(inclui-se
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alojamento com
ou sem
adestramento).
      H-2
Locais onde
pessoas
requeremcuidados
especiais e
limitações
físicas ou
mentais
    Asilos,
orfanatos,
abrigos
geriátricos,
reformatórios
sem celas e
outros.
      H-3
      Hospitais e
assemelhados
Hospitais, casas
de saúde,
prontos-
socorros, clínicas
com internação,
ambulatórios e
postos de
atendimento de
urgência, postos
de saúde e
puericultura e
outros,
H-4
Prédio e
instalações
vinculados às
forças
armadas,
polícias civis e
militar
  Quartéis,
centrais de
polícia,
delegacias
distritais, postos
policiais e outros.
    H-5 Locais onde a
liberdade das
Hospitais
psiquiátricos,
reformatórios,
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pessoas sofre
restrições
prisões em geral
e instituições
assemelhadas.
  I
Industrial,
Comercial de
alto risco,
atacadista e
depósitos
              I-
1
Locais onde as
atividades
exercidas e os
materiais
utilizados e/ou
depositados
apresentam
médio
potencial de
incêndio.
Locais onde a
carga
combustível
não chega a
50kg/m² ou a
1200 MJ/m² e
não se
enquadrem em
I-3.
  Atividades que
manipulem e/ou
depositem os
materiais
classi�cados
como de médio
risco de incêndio,
tais como
fábricas em
geral, onde os
materiais
utilizados não
são combustíveis
e os processos
não envolvem a
utilização
intensiva de
materiais
combustíveis.
  I-2
Locais onde as
atividades
exercidas e os
materiais
utilizados e/ou
depositados
apresentam
médio
potencial de
incêndio.
Locais onde a
carga
combustível
      Atividades
que manipulem
e/ou depositem
os materiais
classi�cados
como de médio
risco de incêndio,
tais como
mercearias,
fábricas de
caixas, de
colchões,
subestações,
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Quadro 4.3: Classi�cação da edi�cação quanto a sua ocupação.
Fonte: Associação (2001, p. 30).
não chega a
50kg/m² ou a
1200 MJ/m² e
não se
enquadrem em
I-3. Depósito
sem conteúdo
especí�co,
lavanderias a
seco, estúdios de
TV, impressoras,
fábrica de doces,
heliportos.
          I-3
  Locais onde
há alto risco de
incêndio pela
existência de
quantidade
su�ciente de
materiais
perigosos.
Fábricas e
depósitos de
explosivos, gases
e líquidos
in�amáveis,
materiais
oxidantes e
outros de�nidos
pelas normas
brasileiras, tais
como destilarias,
re�narias,
elevadores de
grãos, tintas,
borracha e
outros.
      J
    Depósitos
de baixo risco
  Depósitos
sem risco de
incêndio
expressivo
Edi�cações que
armazenam,
exclusivamente,
tijolos, pedras,
areias, cimentos,
metais e outros
materiais
incombustíveis.
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Outras classi�cações que ABNT NBR 9077 (2011) traz é em referência à:
classi�cação da edi�cação quanto à sua altura, mostrada no Quadro 4.4.
Quadro 4.4: Classi�cação da edi�cação quanto à sua altura
Fonte: Associação (2001, p. 32).
Tipo de edi�cação
Alturas contadas da soleira de
entrada ao piso do último pavimento,
não consideradas edículas no ático
destinadas a casas de máquinas e
terraços descobertos (H)
Código Denominação
K Edi�cações térreas
Altura contada entre o terreno
circundante e o piso da entrada igual
ou inferior a 1,00 m.
L Edi�cações baixas H ≤ 6,00 m
M
Edi�cações de média
altura
6,00 m < H ≤ 12,00 m
N
Edi�cações
mediamente altas
12,00 m < H ≤ 30,00 m
  O
  Edi�cações
altas
O-1 H > 30,00 m
O-2
Edifícios dotados de pavimentos
recuados em relação aos pavimentos
inferiores, de tal forma que a escadas
dos bombeiros não possam atingi-las,
ou situadas em locais onde é
impossível o acesso de viaturas de
bombeiros, desde que a sua altura
seja H> 12,00 m.
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Existe uma outra classi�cação que considera a dimensão em planta da edi�cação,
assim como nos mostra o Quadro 4.5.
Quadro 4.5 Classi�cação da edi�cação quanto a sua dimensão em planta
Fonte: Associação (2001, p. 33).
Natureza do
enfoque
Código
Classe da
edi�cação
Parâmetros de
área
α
Quanto a
área do
maior
pavimento
(sp)
P
De pequeno
pavimento
 s< 750 m²
Q
De grande
pavimento
s ≥750 m²
β
Quanto à
área dos
pavimentos
atuados
abaixo da
soleira de
estrada(s)
R
Com pequeno
subsolo
s< 500 m²
S
Com grande
subsolo
Ss ≥500 m²
γ
Quanto a
área total St
(soma das
áreas de
todos os
pavimentos
da edi�cação)
T
Edi�cações
pequenas
S< 750 m²
U
Edi�cações
médias
750 m² ≤ S < 1500
m²
V
Edi�cações
grandes
1500 m² ≤ S < 5000
m²
W
Edi�cações muito
grandes
A > 5000 m²
22/05/2024, 10:41 Ead.br
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Por �m, há a classi�cação quanto às características construtivas da edi�cação,
assim como nos mostra o Quadro 4.6.
Quadro 4.6: Classi�cação da edi�cação quanto a sua característica construtiva
Fonte: Associação (2001, p. 33).
Código Tipo Especi�cações Exemplos
X
Edi�cações
em que a
propagação
do fogo é
fácil
Edi�cações com
estruturas e
entrepisos
combustíveis
Prédios estruturados em
madeira, prédio com
entrepisos de ferro e
madeira, pavilhões em
arcos de madeira
laminada e outros.
Y
Edi�cações
com
mediana
resistência
ao fogo
Edi�cações com
estrutura
resistente ao
fogo, mas com
fácil propagação
de fogo entre
pavimentos
Edi�cações com paredes-
cortinas de vidros
(“cristaleiras”); edi�cações
com janelas sem peitoris
(distância entre verga e
peitoris de aberturas do
andar seguinte menor que
1,00m); lojas com galerias
elevadas e vãos abertos e
outros.
Z
Edi�cações
em que a
propagação
do fogo é
difícil
Prédios com
estrutura
resistente ao
fogo e
isolamento
entre
pavimentos
Prédios com concreto
armado calculado para
resistir ao fogo, com
divisórias incombustíveis,
sem divisórias leves, com
parapeitos de alvenaria
sob as janelas ou com
abas prolongando os
entrepisos e outros,
22/05/2024, 10:41 Ead.br
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A partir da classi�cação da edi�cação quanto ao seu uso, é possível determinar a
dimensão da saída de emergência para cada tipo de edi�cação. A Tabela 4.1
abaixo mostra os dados recomendados para a obtenção dessa informação.
22/05/2024, 10:41 Ead.br
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OCUPAÇÃO
POPULAÇÃO 
CAPACIDADE DE UNIDADE DE
PASSAGEM
Grupo Divisão
Acesso e
Descarga
Escadas
e
Rampas
Portas
A
A-1, A-2
Duas pessoas
por dormitório
  60   45   100A-3
Duas pessoas
por dormitório e
uma pessoa por
4.00 m² de área
de alojamento
B -
Uma pessoa de
15,00 m² de área
C -
Uma pessoa de
3,00 m² de área
  100   60 100D
Uma pessoa de
7,00 m² de área
E
E-1 a E-
4
Uma pessoa de
1,50 m² de área
E-5, E-6
Uma pessoa de
1,50 m² de área
30 22 30
        F
F-1
Uma pessoa de
3,00 m² de área 100
        75
100
F-2 F-5
F-8
Uma pessoa por
m² de área
(A)
22/05/2024, 10:41 Ead.br
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F-3 F-6
F-7
Duas pessoas
por m² de área
(1:0,5 m²)
F-4 Não regulado
    G
G-1 G-2
G-3
Uma pessoa por
40 vagas de
veículo
    100     60     100
G-4 G-5
Uma pessoa por
20,00 m² de área
    H
H-1
Uma pessoa por
7,00 m² de área
60 45 100
H-2
Duas pessoas
por dormitório e
uma pessoa por
4,00 m² de área
de alojamento
    30     22     30
H-3
Uma pessoa e
meia por leito +
uma pessoa por
7,00 m² de área
de ambulatório
H-4 H-5 Não regulado 60 45 100
I -
Uma pessoa por
10,00 m² de área
100 60 2100
J -
Uma pessoa por
30,00 m² de área22/05/2024, 10:41 Ead.br
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Tabela 4.1: Dados para dimensionamento das saídas de emergência
Fonte: Associação (2001, p. 34).
Cabe a você, estudante, conforme a obra que esteja projetando, classi�cá-la
corretamente para prosseguir com o dimensionamento dos demais elementos. A
largura das saídas de emergência pode ser encontrada por meio da equação
abaixo.
Em que:
N:  número de Unidades de Passagem (UP), em que 1 UP = 0,55m.
P: população de acordo com a Tabela 2.5.
C: capacidade de unidades de passagem conforme informado na Tabela 2.5.
Iluminação de emergência
A iluminação das rotas de saída deverá ser natural ou arti�cial no nível su�ciente,
mesmo em edi�cações destinadas ao uso exclusivamente diurno. A iluminação
das saídas de emergência é obrigatória nos acessos e nas descargas nos
seguintes casos:
Sempre que houver escada enclausurada protegida ou a prova de
fumaça;
Quando as rotas de saída ultrapassarem a 30 m, exceto as edi�cações de
ocupação A (residencial);
Em qualquer edi�cação não residencial, classe Y;
Em todas as edi�cações classe X, exceto casas unifamiliares.
(ASSOCIAÇÃO, 2001, p. 22).
N = P/C
22/05/2024, 10:41 Ead.br
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A iluminação deve ser executada obedecendo a ABNT NBR 10898 (2013). A Figura
4.2 mostra alguns exemplos de iluminação de emergência encontrados
comercialmente.
Sinalização de emergência
A sinalização de emergência é exigida
nos acessos e descargas das escadas de emergência em geral, em
prédios não residenciais (isto é, excluídas as edi�cações do grupo A);
nos acessos e descargas dos locais de reunião de público (grupo F),
mesmo quando não dotados de escadas;
nas edi�cações das ocupações B, C, D, E H quando classi�cadas em O
(área maior que 750 m2). (ASSOCIAÇÃO, 2001).
Figura 4.2: Iluminação de Emergência
Fonte: Vudhikul Ocharoen / 123RF.
22/05/2024, 10:41 Ead.br
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A Figura 4.3 mostra algumas sinalizações de saída normalmente utilizadas nas
edi�cações.
Extintores de incêndio
Normalmente, os extintores são colocados onde há a menor probabilidade do
fogo bloquear o seu acesso; devem estar visíveis para que todos os usuários
estejam familiarizados com a sua localização e não devem estar encobertos por
mercadorias, matérias-primas ou qualquer outro material.
Em locais onde exista a possibilidade de obstrução do equipamento devem ser
pintadas no piso faixas indicativas na cor vermelha e amarela para evitar que
neles seja colocado qualquer outro material a não ser o extintor de incêndio.
(Figura 4.4).
Figura 4.3: Sinalização de Emergência
Fonte: Placas ([s.d.], online).
22/05/2024, 10:41 Ead.br
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Os extintores devem possuir aprovação do INMETRO ou algum outro instituto de
certi�cação nacionalmente aceito; devem ser periodicamente inspecionados por
pessoas habilitadas e sua carga renovada nas épocas e condições recomendadas
pelas normas técnicas.
Nas etiquetas de carga e recarga deve constar o nome do proprietário ou o
endereço do estabelecimento que o extintor deve proteger. O número de
extintores recomendados vai depender da área total da edi�cação bem como da
sua classi�cação de risco: se leve, moderada ou elevada. Outra informação
necessária é o tipo de material que a edi�cação irá abrir; isso irá revelar qual o
conteúdo do extintor mais indicado, se água, gás carbônico, pó químico ou
espuma.
Assim como já mencionado, essas informações podem variar conforme o seu
estado, estudante, logo, procure a recomendação indicada pelo corpo de
bombeiros nesse quesito.
Figura 4.4: Indicação dos extintores de incêndio
Fonte: Placas ([s.d.], online).
22/05/2024, 10:41 Ead.br
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praticar
Vamos Praticar
Imagine a situação em que você, estudante, precisa determinar as unidades de
passagem (UP) para um local onde que será construída uma casa noturna com uma área
total de 1000 m². Seguindo as classi�cações mostradas acima, qual das alternativas
abaixo representa o número correto de UP para esse caso?
a) A edi�cação se classi�ca como sendo F-5, portanto, são necessárias 10
unidades de passagem.
b) A edi�cação se classi�ca como sendo F-8, portanto, são necessárias 10
unidades de passagem.
c) A edi�cação se classi�ca como sendo F-7, portanto, são necessárias 30
unidades de passagem.
d) A edi�cação se classi�ca como sendo F-6, portanto, são necessárias 20
unidades de passagem.
e) A edi�cação se classi�ca como sendo F-1, portanto, são necessárias 4 unidades
de passagem.
22/05/2024, 10:41 Ead.br
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Caro estudante, garanto que você já visitou alguma residência mais antiga que
ainda conta com o famoso botijão de gás ao lado do fogão, correto? Essa foi a
realidade por muitos anos na maioria das residências. No entanto, hoje em dia, as
novas construções ou até mesmo as antigas estão, cada vez mais, adotando o
sistema de gás. Esse sistema traz mais segurança e comodidade a todos os
moradores, seja de residências ou de edifícios.
A Figura 4.5 mostra esquematicamente como são as instalações residenciais de
gás de um edifício quando adotado o gás natural (GN). Nota-se que a primeira
imagem possui uma prumada individual, ou seja, o medidor normalmente �ca no
térreo, na garagem ou em algum local isolado, e uma tubulação levará o gás para
cada unidade habitacional especi�camente. Já a segunda imagem mostra uma
prumada coletiva, em que os medidores de consumo se encontram nos
respectivos pavimentos. Pode haver o caso de não existir medidores individuais,
sendo assim, o consumo de gás dos moradores é um valor referente à média do
consumo total do edifício.
InstalaçõesInstalações
Residenciais de GásResidenciais de Gás
22/05/2024, 10:41 Ead.br
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 39/65
Figura 4.5: Esquema representativo da instalação de gás natural em um sistema
individual e coletivo
Fonte: Tigre ([s.d.], p.18).
22/05/2024, 10:41 Ead.br
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A Figura 4.6 mostra esquematicamente como são as instalações residenciais de
gás de um edifício quando adotado o gás liquefeito de petróleo (GLP). Nota-se,
nesse caso, que o gás é obtido através dos botijões que �cam disposto em um
abrigo comumente chamado de central de gás, que fornece, através das
tubulações, o gás para as residências. Nesse caso, podemos ter, assim como no
caso do gás natural, a prumada individual ou coletiva.
Figura 4.6: Esquema representativo da instalação de gás natural em um sistema
individual e coletivo
Fonte: Tigre ([s.d.], p. 18).
22/05/2024, 10:41 Ead.br
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Figura 4.7: Esquema representativo da instalação de gás natural em um sistema
individual e coletivo
Fonte: Tigre ([s.d.], p. 18).
22/05/2024, 10:41 Ead.br
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 42/65
Elementos nas instalações de gás
residencial
Resumidamente, as instalações de gás residencial possuem os seguintes
materiais, dispositivos e equipamentos:
Tubos de cobre: normalmente são utilizados tubos decobre sem costura
com uma espessura mínima de 0,8 mm (Figura 4.8). As dimensões devem
estar de acordo com a ABNT NBR 13206 (2010).
Figura 4.8: Esquema representativo da instalação de GLP em um sistema
individual e coletivo
Fonte: Tigre ([s.d.], p. 19).
22/05/2024, 10:41 Ead.br
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 43/65
Tubos de aço: tubos de condução aço-carbono com ou sem costura,
conforme ABNT NBR 5580 (2015), de classe média, no mínimo
Válvulas de bloqueio (VB): as válvulas localizadas à montante dos
medidores e utilizadas nas instalações internas devem possuir
dispositivo para colocação de lacres na posição fechada, bloqueando,
assim, a passagem do gás. As válvulas posicionadas nas instalações
secundárias devem suportar a pressão máxima de 150 kPa. Para
instalações primárias, essa pressão deve ser de 1000 kPa. Recomenda-se
a utilização de válvulas de bloqueio do tipo esfera em aço inox em
trechos da instalação interna (Figura 4.10).
Figura 4.9 - Instalações de gás - canos amarelos
Fonte: Elenathewise / 123RF.
22/05/2024, 10:41 Ead.br
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Medidores: equipamentos que registram o volume de gás consumido.
Em locais com instalação individual e de uso doméstico, coletivo ou
comercial, recomenda-se o uso de medidores do tipo volumétrico (Figura
4.11).
22/05/2024, 10:41 Ead.br
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Reguladores de pressão: os reguladores de primeiro estágio devem ter a
descarga dos dispositivos de alívio de pressão em um ponto afastado,
com uma distância mínima de três metros da fachada do edifício e em
local bem ventilado (Figura 4.12). Os reguladores de segundo estágio
devem ser dimensionados para atender a pressão para os aparelhos de
utilização de gás.
22/05/2024, 10:41 Ead.br
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ABNT NBR 15526 (2016)
Caro estudante, a ABNT NBR 15526 (2016) estabelece os requisitos para o projeto
e a execução de redes para distribuição interna de gás combustível que não
exceda a pressão de 150 kPA e que possa ser abastecida tanto por canalização de
rua quanto por uma central de gás, que será levado até os pontos de utilização
através de um sistema de tubulações.
22/05/2024, 10:41 Ead.br
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Como o principal objetivo deste material é oferecer condições para elaboração de
projetos, veremos abaixo os documentos que, segundo a norma, devem ser feitos
e apresentados para instalação de gás residencial.
projeto e memorial de cálculo, incluindo isométrico da rede, identi�cação
dos materiais, diâmetro e comprimento da tubulação, tipo e localização
de válvulas e acessórios, tipo de gás a que se destina;
atualização do projeto conforme construído;
laudo do ensaio de estanqueidade;
22/05/2024, 10:41 Ead.br
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registro da liberação da rede para utilização em carga;
ART de elaboração do projeto, execução, instalação e ensaio de
estanqueidade;
ART de inspeção ou manutenção (modi�cação e extensão da instalação)
quando houver. (ASSOCIAÇÃO, 2016).
praticar
Vamos Praticar
Caro estudante, com o objetivo de avaliar se você realmente compreendeu as partes
constituintes e a tipologia do sistema de abastecimento de gás residencial, assinale a
alternativa abaixo que evidencia a ordem dos dispositivos utilizados desde a chegada do
gás natural até a entrega em cada unidade habitacional.
a) Válvula de bloqueio secundária, regulador de pressão, medidor individual,
tubos para as unidades habitacionais, válvulas de bloqueio primárias e aparelhos.
b) Válvula de bloqueio secundária, medidor individual, regulador de pressão,
tubos para as unidades habitacionais, válvulas de bloqueio primárias e aparelhos.
c) Válvula de bloqueio secundária, regulador de pressão, tubos para as unidades
habitacionais, válvulas de bloqueio primárias e aparelhos.
d) Válvula de bloqueio primária, regulador de pressão, medidor individual, tubos
para as unidades habitacionais, válvulas de bloqueio secundárias e aparelhos.
e) Válvula de bloqueio secundária, regulador de pressão, medidor individual,
tubos para as unidades habitacionais e aparelhos.
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Caro estudante, nesse tópico iremos aprender como se dimensiona o sistema de
instalações internas que utilizam gás (lembrando que o dimensionamento é
realizado de acordo com a ABNT NBR 15526 (2016)).
O primeiro passo é de�nir a potência dos aparelhos a gás que serão utilizados;
para isso, é importante de�nirmos o que é potência computada e potência
adotada, vamos lá.
Potência computada: é a potência nominal dos aparelhos de utilização de
gás que deve ser obtida por meio do fabricante do equipamento. Na falta
dessa informação, pode-se utilizar o indicado da Tabela 4.7 abaixo, que
está inserida na NBR 15526 (2016) por meio do Anexo D.
DimensionamentoDimensionamento
das Instalaçõesdas Instalações
Residenciais de GásResidenciais de Gás
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Fonte: fonte da tabela
Potência adotada: é a potência que será efetivamente utilizada no
dimensionamento das instalações internas. Para isso, leva-se em conta o
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fator de simultaneidade.
Fator de simultaneidade
O fator de simultaneidade busca se relacionar com a potência computada e a
potência adotada. Destaca-se que o fator de simultaneidade não deve ser
utilizado para dimensionamento de uma unidade domiciliar, nem de comércio, de
caldeiras e demais aparelhos de grande consumo.
A relação entre o fator de simultaneidade, a potência computada e a potência
adotada pode ser vista por meio da equação abaixo.
Em que:
A: potência adotada.
C: potência computada.
F: fator de simultaneidade que pode ser obtido por meio das seguintes formas:
Equação para fator de simultaneidade quando C está em kcal/h
A = F  x C/100
C < 21000
F = 100
21000  < C < 576720
F = 100/[1 + 0, 001 (C/60 − 349)0,8712
576720  < C < 1200000
F = 100/[1 + 0, 4705 (C/60 − 1055)0,19931
C > 1200000
F = 23
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Equação para fator de simultaneidade quando C está em kW
Vazão de gás (Q)
A vazão de gás é determinada dividindo-se a potência adotada, encontrada no
tópico anterior, pelo poder calorí�co do gás (PCI). Normalmente, o PCI para gás
natural é de 8600 kcal/m³ e para o GLP é de 24000 kcal/m³.
A vazão de gás pode ser determinada por meio da equação abaixo.
O comprimento total da tubulação deve ser obtido somando-se o trecho
horizontal com o trecho vertical e as respectivas perdas de carga localizadas,
assim como é realizado no projeto de água fria, por exemplo. Para se determinar
as perdas de carga, por sua vez, os valores fornecidos pelos fabricantes das
conexões e válvulas devem ser consultados. É preciso adotar um diâmetro interno
inicial para assim determinar o comprimento equivalente total paraa tubulação.
Em trechos verticais, deve-se considerar as variações de pressão que possam
ocorrer, onde temos a seguinte situação:
C1 < 24, 43
F = 100
24, 43  < C1 < 670, 9
F = 100/[1 + 0, 001 (C/60 − 349)0,8712
670, 9  < C < 1396
F = 100/[1 + 0, 4705 (C/60 − 1055)0,19931
C > 1396
F = 23
Q = A/PCI
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gás natural (GN): ganho em trecho ascendente ou perda em trecho
descendente;
gás liquefeito de petróleo (GLP): ganho em trecho descendente ou perda
em trecho ascendente.
Essa perda de pressão é calculada conforme a equação mostrada abaixo e não
pode ser superior a 10% da pressão de operação adotada para tubulação que
alimenta diretamente os aparelhos de utilização e a 30% em trechos da tubulação
que alimenta o regulador de pressão.
Em que:
: é a perda de pressão em kPa;
H: altura do trecho vertical em m;
S: densidade relativa do gás em relação ao ar. Normalmente, adota-se 1,8 para
GLP e 0,6 para GN.
Cálculo para pressões acima de 7,5 kPa
Em casos em que a pressão de operação seja superior a 7,5 kPa, recomenda-se a
utilização da equação mostrada abaixo para dimensionamento das redes,
avaliando principalmente a variação entre a pressão de entrada e a pressão de
saída.
Em que:
Q: vazão de gás expressa em Nm3/h;
D: diâmetro interno do tubo expresso em mm;
L: comprimento do trecho da tubulação expresso em m;
S: densidade relativa do gás em relação ao ar (adimensional);
ΔP = 1, 318 x   x H x  (S − 1)10−2
ΔP
P − P = 4, 67 x   x S x L x  /A2
(abs) B2
(abs) 105 Q1,82 D4,82
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PA: pressão de entrada em cada trecho expressa em kPa;
PB: pressão de saída em cada trecho expressa em kPa.
Cálculo para pressões de até 7,5 kPa
Assim como visto anteriormente, pode existir casos em que a pressão de
operação seja inferior ou igual a 7,5 kPa; dessa forma, utiliza-se as equações
mostradas abaixo para dimensionar as redes de gás conforme o gás que será
utilizado nessa edi�cação: GN ou GLP.
para gás natural (GN):
para GLP: 
Em que:
Q: vazão de gás expressa em Nm3/h;
D: diâmetro interno do tubo expresso em mm;
L: comprimento do trecho da tubulação expresso em m;
S: densidade relativa do gás em relação ao ar (adimensional);
PA: pressão de entrada em cada trecho expressa em kPa;
PB: pressão de saída em cada trecho expressa em kPa.
Cálculo da velocidade
Uma outra preocupação deve estar em avaliar a velocidade do �uido dentro da
tubulação, no caso, o gás. Para isso, recomenda-se calcular a velocidade conforme
mostra a equação abaixo, em que, segundo a NBR 15526 (2016), esse valor não
deve ser superior a 20 m/s.
= 2, 22 x   x ((H x  ) /Q0,9 10−2 D4,8 (  x L)S 0,8 0,5
P − P = 2273 x S x L x  /A(abs) B(abs) Q1,82 D4,82
V = 354 x Q x   x (P + 1, 033)−1
D−2
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Em que:
V: velocidade expressa em m/s;
Q: vazão de gás na pressão de operação expressa em Nm3/h;
P: pressão manométrica de operação expressa em kgf/cm²;
D: diâmetro interno do tubo expresso em mm.
Caro(a) estudante, o Quadro 4.7 abaixo mostra de forma simpli�cada e resumida
os principais passos que devem ser realizados para o dimensionamento de uma
tubulação de gás residencial. Utilize esta estrutura sequencial para criar uma
espécie de checklist nos projetos que você irá desenvolver e, assim, veri�car todas
as etapas necessárias de dimensionamento.
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Quadro 4.7 - Passo a passo para dimensionamento de tubulação de gás residencial
Fonte: Adaptado de COMGÁS (2014, p. 8).
praticar
Vamos Praticar
Caro estudante, imagine o caso em que você necessita dimensionar uma instalação de
gás natural em uma residência térrea que conta com os seguintes equipamentos: fogão
seis bocas com forno, aquecedor de passagem de 15 L/min e uma secadora de roupas.
Com isso, a vazão de gás necessária para atender a demanda dessa residência deve ser:
a) A vazão necessária para essa situação é de 4,34 m³/h.
b) A vazão necessária para essa situação é de 7,54 m³/h.
c) A vazão necessária para essa situação é de 4,41 m³/h.
d) A vazão necessária para essa situação é de 4,81 m³/h.
e) A vazão necessária para essa situação é de 2,10 m³/h.
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indicações
Material
Complementar
LIVRO
PPCI Fácil - Manual Completo de Prevenção de
Incêndio.
Sandro da Cunha Euzébio
Editora: Spazio Itália
Comentário: caro estudante, esse livro é interessante
para se compreender o projeto de prevenção de
incêndios, uma vez que o autor faz parte do Corpo de
Bombeiros da Brigada Militar. Uma vez que as legislações
variam entre os estados brasileiros, a presente versão
aborda os sistemas de segurança contra incêndios com
base nas Normas da ABNT e em algumas Instruções
Técnicas (ITs) dos Corpos de Bombeiros do Brasil, bem
como explica o funcionamento geral do assunto com base
nas legislações de segurança contra incêndios dos
estados.
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FILME
Linha Direta Justiça: O incêndio do Gran Circo
Norte-Americano
Ano: 2006
Comentário: caro estudante, você sabia que a pior
tragédia envolvendo incêndios no Brasil foi provocada
criminalmente? Em uma vingança ao dono do Gran Circo
Norte-Americano, dois homens provocaram a morte de
mais de 500 pessoas. O link abaixo mostra uma simulação
apresentada pelo programa Linha Direta desse
acontecido, vale a pena assistir ao vídeo para conhecer o
contexto histórico dos grandes incêndios no nosso país.
Para conhecer mais sobre o �lme, assista ao trailer.
Trailer
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https://www.youtube.com/watch?v=vgG4k5rt9Z4
conclusão
Conclusão
Caro estudante, ao �nalizar este material, você deve avaliar criticamente os novos
conhecimentos que adquiriu. Até que ponto foi produtivo? Se houver algum
tópico que não entendeu, volte, releia, busque materiais de apoio para que não
exista nenhum tipo de dúvida.
Temos a situação atípica para o projeto de prevenção de incêndios em que cada
estado possui suas legislações conforme o corpo de bombeiro. Procure saber as
principais informações no seu estado e no estado vizinho para, se possível,
realizar um trabalho comparativo, avaliando as principais diferenças encontradas.
No caso do projeto para instalações de gás, ele se assemelha bastante ao projeto
de água fria, em que deve-se satisfazer uma pressão de serviço para que o gás
exerça sua plena função.
Espero que ao �m deste material você, estudante, sinta-se um pouco mais
Engenheiro (a) Civil e apto a realizar os devidos projetos.
referências
Referências
Bibliográ�cas
ARAÚJO, R. L. Comportamento do Fogo. Cascavel, 2007.
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https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 63/65
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT 9077: Saídas de
emergênciaem edifícios. Rio de Janeiro, 2001.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT 5580: Tubos de aço-
carbono para usos comuns na condução de �uidos - Especi�cação. Rio de Janeiro,
2015.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT 15526: Redes de
distribuição interna para gases combustíveis em instalações residenciais —
Projeto e execução. Rio de Janeiro, 2016.
DIAS, A. K. C. D.; BEMFICA, G. do C. Normas legais para prevenção e combate a
incêndio em Belo Horizonte: Mudança na ação �scalizadora do Estado. Belo
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GOMES, T.; Projeto de prevenção e combate a incêndio. 2014. Dissertação
(Graduação em Engenharia Civil) - Universidade Federal de Santa Maria, Santa
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INCÊNDIO em prédio de Londres que matou 79 começou em geladeira. Jornal
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<https://globoplay.globo.com/v/5962020/>. Acesso em: 3 ago. 2019.
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https://globoplay.globo.com/v/5962020/
https://www.youtube.com/watch?v=oqaRG6caHuE&feature=youtu.be
https://www.tigre.com.br/themes/tigre2016/downloads/catalogos-tecnicos/ct-tigregas-residencial.pdf
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UMINSKI, A. S. de C.. Técnicas de prevenção e combate a sinistros. Santa Maria,
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IMPRIMIR
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