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INSTALAÇÕESINSTALAÇÕES HIDROSANITÁRIASHIDROSANITÁRIAS Me. Anderson Gobbi Drun IN IC IAR 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv1k… 1/65 introdução Introdução Caro estudante, por muito tempo as instalações hidrossanitárias se limitavam a dimensionamento de água e esgoto, apenas. Com o passar dos anos, foi surgindo a necessidade de se incorporar mais projetos nessa área tão ampla, e é nesse contexto que os projetos de prevenção de incêndio e de instalação de gás residencial se inserem. A importância da elaboração do projeto de prevenção a incêndios vem da necessidade de, após grandes tragédias, proteger as pessoas em casos de incêndios. Nesse material, iremos abordar temas como o desenvolvimento do fogo, maneiras de controlá-lo e toda a parte de sinalização de emergência. O projeto de gás residencial também surge da necessidade de maior segurança das edi�cações no uso do gás para as diversas atividades domésticas, sem contar as comodidades oferecidas pelo sistema. Neste material, iremos conhecer como o sistema funciona e o dimensionamento dele para diferentes situações. Bons estudos! 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv1k… 2/65 Caro estudante, você já parou para pensar que a origem do fogo está diretamente relacionada à origem do homem? Imagino que em algum momento da sua vida você já tenha relacionado esses assuntos. Sabemos que, no início dos tempos, bater uma pedra contra a outra gerava uma faísca que, colocada em folhas secas e gravetos, dava origem a uma fogueira para que os homens pudessem se aquecer, cozinhar seus alimentos e iluminar a escuridão. O fogo trouxe vários benefícios à evolução do homem, no entanto, o mesmo homem sempre buscou controlar as forças da natureza, e com o fogo não seria diferente. É nesse contexto que as atividades de segurança contra incêndio e pânico foram introduzidas, técnicas foram desenvolvidas, bem como novos equipamentos e, principalmente, novas legislações como medida para proteção a incêndios. Como não recordarmos do incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria (RS), que matou mais de duas centenas de jovens e foi um marco na mudança de �scalização quanto à incêndios em locais públicos no Brasil? Dinâmica do Fogo Combate aoCombate ao Incêndio: ConceitosIncêndio: Conceitos Gerais sobre o FogoGerais sobre o Fogo 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv1k… 3/65 Para que possamos entender como se dá a origem de grandes incêndios e as formas de prevenção e controle, é necessário, primeiramente, entendermos o mecanismo da origem e a propagação do fogo. Araújo (2007) comenta que o fogo possui quatro elementos principais que formam, assim, o tetraedro do fogo; são eles: combustível; comburente (podendo ser oxigênio, enxofre, cloro, bromo, dentre outros); calor; e reação em cadeia. 1. Combustível: é o elemento que, ao mesmo tempo, alimenta e propaga o fogo. Pode ser qualquer substância sólida, líquida ou gasosa que, após atingir uma determinada temperatura, combina quimicamente com outra e libera uma reação em forma de calor e luminosidade. A combustibilidade de determinada substância é função da sua maior ou menor facilidade de combinação com o oxigênio sob ação do calor. 2. Oxigênio: trata-se do oxigênio presente no ar atmosférico. Ele é de�nido como o elemento ativador do fogo, que dá vida às chamas. Em ambientes pobres de oxigênio, o fogo não produz chamas, mas em ambientes ricos de oxigênio, as chamas são intensas e brilhantes. “Normalmente, o oxigênio está presente no ar a uma concentração de 21%. Quando essa concentração é inferior a 15%, não haverá combustão” (UMINSKI, 2003, p. 2). 3. Calor: trata-se do elemento responsável pelo início, por manter e propagar o fogo. Ele pode ter início na ação da luz solar, nos raios, no curto circuito ou, até mesmo, nos acidentes provocados pelos humanos, como jogar bituca de cigarros, velas acesas, fósforos em ambientes com vegetação seca. Os combustíveis necessitam de calor para queimar e isso varia de corpo para corpo, por exemplo: a gasolina precisa de uma temperatura baixa, enquanto a madeira ou o carvão necessitam de grandes temperaturas para que sua queima ocorra. 4. Reação em cadeia: transferência de energia de uma molécula em combustão para outra intacta. Numa situação de incêndio, o combustível, após entrar em combustão, gera mais calor; esse calor desprende mais gases combustíveis que, combinados com o oxigênio, dão continuidade à reação de combustão, ou seja, uma transformação gera outra transformação numa reação em cadeia. 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv1k… 4/65 Classes de Incêndio O fogo pode ser dividido em diferentes classes, de acordo com os materiais envolvidos e a situação em que se encontram. Essa classi�cação foi inicialmente realizada pelo NFPA, Associação de Proteção a Incêndios dos Estados Unidos, que é adotada pelas seguintes instituições: Associação Internacional para o Treinamento de Bombeiros dos Estados Unidos, Associação Brasileira de Normas Técnicas e os Corpos de Bombeiros do Brasil. Para que você compreenda melhor a classi�cação quanto ao fogo e como deve proceder em cada uma das situações, vamos avaliar o quadro mostrado abaixo. Fatores que In�uenciam o Incêndio Caro estudante, obviamente, na prática não existem incêndios 100% iguais sempre, pois assim seria fácil obter mecanismos de segurança para que nunca Fonte: Adaptado de Gomes (2014, online). 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv1k… 5/65 mais ocorram. No entanto, cada incêndio possui uma característica e alguns fatores que ocorrem para o seu desenvolvimento, Seito et al. (2008, p. 43) destaca alguns fatores gerais que devem ser observados. Forma geométrica e dimensões da sala ou local; Superfície especí�ca dos materiais combustíveis envolvidos; Distribuição dos materiais combustíveis no local; Quantidade de material combustível incorporado ou temporário; Características de queima dos materiais envolvidos; Local do início do incêndio no ambiente; Condições climáticas (temperatura e umidade relativa); Aberturas de ventilação do ambiente; Aberturas entre ambientes para a propagação do incêndio; Projeto arquitetônico do ambiente e ou edifício; Medidas de prevenção de incêndio existentes; Medidas de proteção contra incêndio instaladas. O incêndio geralmente se inicia bem pequeno e o seu crescimento dependerá muito dos materiais disponíveis no ambiente. A Figura 4.1 mostra a curva de evolução e propagação do fogo. Pode-se notar que existe um padrão nas mais diferentes situações em função do calor gerado com o tempo desenvolvido. 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv1k… 6/65 Figura 4.1: Curva de evolução e propagação do fogo Fonte: Seito et al. (2008, p. 44). 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv1k… 7/65 Caro estudante, segundo a curva de evolução e propagação do incêndio, podemos identi�car três fases distintas; vamos a elas: 1. Primeira fase: também chamada de fogo incipiente, possui um crescimento lento com duração entre cinco e vinte minutos até a ignição que inicia a segunda fase. 2. Segunda fase: caracteriza-se pelo crescimento das chamas, aquecendo, assim, todo o ambiente. Em locais que possuem o sistema de detecção de fumaça, o alarme deve ser acionado já na primeira fase, assim, o combate ao incêndioe a sua extinção poderão ser efetuados com sucesso. Com uma temperatura de 600°C, o aço, comumente utilizado saibamais Saiba mais Os incêndios não escolhem local e nem hora para acontecer, basta uma faísca e um ambiente propício à propagação que a tragédia é anunciada. Na história humana, temos diversos exemplos de catástrofes protagonizadas pelo fogo. O vídeo com link a seguir mostra a reportagem de um incêndio em um edifício em Londres que matou cerca de 79 pessoas no ano de 2017, ou seja, mesmo com todo conhecimento que temos e as legislações vigentes, acidentes envolvendo o fogo ainda vitimizam pessoas pelo mundo. Você, estudante, como futuro Engenheiro(a) Civil, preste atenção na reportagem, principalmente nos mecanismos de desenvolvimento do fogo. ACESSAR 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv1k… 8/65 https://globoplay.globo.com/v/5962020/ nas nossas construções, começam a perder sua resistência, comprometendo, assim, a estabilidade da estrutura, podendo causar desabamentos. Todo o ambiente é tomado por gases, vapores combustíveis e fumaça desenvolvidos na queima dos combustíveis sólidos. Se no local existir algum líquido combustível, ele irá contribuir com seus vapores para uma in�amação generalizada, e o ambiente poderá ser tomado por grandes labaredas. 3. Terceira fase: caracteriza-se pela diminuição gradual da temperatura do ambiente e das chamas, normalmente provocada pela atuação do corpo de bombeiros. praticar Vamos Praticar A condição imprescindível para ocorrer o surgimento do fogo é a união dos elementos combustível, oxigênio e calor. A extinção do fogo se dá quando se elimina um desses elementos ou se interrompe o processo de reação química em cadeia, impedindo que o fogo continue. As alternativas abaixo mostram métodos básicos de extinção, mas apenas uma é verdadeira. a) O resfriamento consiste em retirar ou diminuir o calor do material incendiado até o ponto em que não libere mais vapores que reajam com o oxigênio, impedindo o avanço do fogo. É um processo pouco utilizado pela alta demanda de água. b) O abafamento consiste em impedir ou diminuir o contato do oxigênio com o material combustível; no entanto, possui a desvantagem de que a concentração su�ciente de comburente no ar propaga ainda mais o fogo. c) A Interrupção da reação química em cadeia consiste em utilizar determinadas substâncias que têm a propriedade de reagir com algum dos produtos da reação de combustão, colaborando, assim, para o fechamento da reação em cadeia. 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv1k… 9/65 d) O Isolamento consiste na retirada, diminuição ou interrupção do material combustível não atingido pelo fogo, com su�ciente margem de segurança, para fora do campo de propagação do fogo. e) O resfriamento consiste em retirar ou diminuir o calor do material incendiado até o ponto em que não libere mais vapores que reajam com o oxigênio. Normalmente, nesse caso, é empregado extintores com CO2. 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 10/65 Caro estudante, sabe aquele ditado popular que diz que a gente só aprende algo depois que já aconteceu? Tal ditado é aplicado em diversas situações e pode ser aplicado também no contexto de prevenção de incêndio no Brasil. No Brasil, até a década de 1970, não existia registros de grandes incêndios com grande número de vítimas, sendo assim, o problema “incêndio” era restrito à atuação do corpo de bombeiros; não existia a regulamentação no âmbito geral e as recomendações eram exclusivas no código de obras dos municípios, mas sem nenhum aprofundamento em quesitos como projeto de prevenção. Até essa década não existia normas reguladoras nacionais sobre saídas de emergência, iluminação de emergência, sinalização, rotas de fuga e escadas protegidas; no entanto, com o passar dos anos, essa realidade foi mudando após uma sequência de tragédias que ocorreram no Brasil. O quadro abaixo apresenta resumidamente os principais acidentes envolvendo incêndio no país. Projeto deProjeto de Prevenção ePrevenção e Combate a IncêndioCombate a Incêndio 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv1… 11/65 Quadro 4.2: Principais acidentes envolvendo incêndio no Brasil Fonte: Elaborado pelo autor. 1961 - Gran Circo Norte-Americano (Niterói - RJ). Considerado até hoje a maior tragédia envolvendo incêndio no país, foram mais de 500 mortos e 800 feridos quando o toldo do circo em chamas caiu sobre o público. Não havia sinalização ou saídas de emergência su�cientes para a demanda. 1972 - Edifício Andraus (São Paulo - SP). O Edifício Andraus, com 31 andares, construído em concreto armado e fachadas de vidro, queimou e deixou 16 mortos e 336 feridos. Esses números só não foram superiores pois as pessoas se refugiaram no heliponto e �caram protegidas na cobertura até o resgate por helicóptero. Depois desse fato, a prefeitura de São Paulo começou a se movimentar para reformulação nas legislações e no código de obras do município, no entanto, as sugestões foram engavetadas sem efeito prático. 1974 - Edifício Joelma (São Paulo - SP). Dois anos depois do acidente no Edifício Andraus, o Edifício Joelma, com 23 andares, pega fogo. Como saldo total, foram 179 mortes e 320 feridos, gerando uma comoção devido às fortes imagens das pessoas se jogando do edifício para fugir das chamas. 2013 - Boate Kiss (Santa Maria - RS). Um dos eventos marcantes em termos de aumento de �scalização e legislação foi o incêndio na boate Kiss, que vitimou 242 pessoas e deixou 680 feridos. O evento foi de grande comoção nacional; todos os locais que possuíam aglomeração de pessoas, como casa de shows e espetáculos, começaram a se adequar às novas legislações muito mais rigorosas. 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 12/65 Caro estudante, depois de conhecer essas tragédias e ver como o fogo pode ser destrutivo, o pro�ssional da Engenharia Civil deve estar permanentemente preocupado em oferecer aos moradores das edi�cações segurança quanto a incêndios. Após avaliação de como ocorre e se propaga o fogo em casos de incêndios, é preciso encontrar maneiras de evitá-lo e combatê-lo, caso ocorra. Nesse sentido é que é realizado o projeto de prevenção e combate a incêndio. As medidas são destinadas a proteger a vida humana e os bens materiais dos efeitos destrutivos de um incêndio já em curso em uma edi�cação. O objetivo é extinguir o início do fogo, limitar seu crescimento e evitar a propagação entre as edi�cações vizinhas. As medidas de proteção se dividem em medidas ativas e passivas. As medidas passivas incluem a correta elaboração de projetos com utilização de materiais cujas propriedades e ignição sejam conhecidas. A arquitetura da segurança contra incêndios se enquadra nesse tipo de proteção. O projeto de um edifício, da estrutura, dos elementos constitutivos e dos compartimentos da edi�cação, quanto ao seu potencial de limitar ou conter o crescimento do incêndio e de dar proteção aos seus ocupantes. A análise e o controle das características e quantidade de materiais combustíveis reunidos tanto no acabamento interno quanto no conteúdo da edi�cação também fazem parte das medidas de proteção passiva. (DIAS; BEMFICA, 2011, p. 5). A proteção ativa contra incêndio é constituída por equipamentos ou sistemas que precisam ser acionados, manual ou automaticamente, para que funcionem em situações de incêndio. O objetivo é a rápida detecção do incêndio e alertar os usuários do edifício o mais rápido possível para que sedê as devidas ações de segurança. No Brasil, destacam-se como medidas ativas àquelas recomendadas pelas normas técnicas da ABNT, entre elas: NBR 5419 – Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. NBR 8660 – Revestimento de piso – Determinação da intensidade crítica do �uxo de energia térmica. NBR 9077 – Saídas de Emergência em Edifícios. NBR 9441 – Execução de sistemas de detecção e alarme de incêndio. 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 13/65 NBR 9442 – Materiais de construção – Determinação do índice de propagação super�cial de chama pelo método do painel radiante. NBR 10897 – Proteção contra incêndio por chuveiro automático. NBR 10898 – Sistema de iluminação de emergência. NBR 11742 – Porta corta-fogo para saídas de emergência. NBR 13523 – Central predial de gás liquefeito de petróleo. NBR 14024 – Centrais prediais e industriais de gás liquefeito de petróleo com sistema de abastecimento a granel. NBR 14432 – Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos de edi�cações. NBR 14880 - Saídas de emergência em edifícios - Escadas de segurança - Controle de fumaça por pressurização. NBR 15514 - Área de armazenamento de recipientes transportáveis de gás liquefeito de petróleo (GLP) destinados ou não à comercialização - Critérios de segurança. Isolamento de risco nas edi�icações Caro estudante, as edi�cações podem ser classi�cadas em diversos aspectos segundo as Normas Brasileiras e o Código de Prevenção de Incêndios de cada estado. Essa recomendação visa avaliar a distância da edi�cação com as 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 14/65 edi�cações vizinhas com o objetivo de evitar, assim, a proliferação do fogo em casos de incêndio. Deve-se também classi�car a edi�cação quanto o seu risco de incêndio. Por exemplo, no estado do Paraná o corpo de bombeiros classi�ca essas edi�cações com risco leve, moderado e elevado e indica qual deve ser o procedimento para cada uma delas. Carga de incêndio nas edi�icações A carga de incêndio é de�nida como o conteúdo combustível de uma edi�cação, ou de parte dela, normalmente expressa em termos de massa média de materiais por unidade de área. Nesse caso, é calculada a liberação de calor baseado no valor calorí�co dos materiais, e nisso inclui móveis, divisórias, acabamento de pisos, paredes e forros, tapetes, cortinas, entre outros. A carga de incêndio é expressa em MJ/m² ou kg/m². Todo o material combustível existente em uma edi�cação pode representar um potencial de incêndio. Sua carga de incêndio pode ser prevista segundo as legislações de cada estado em que podem ser avaliados consequentes efeitos, facilitando os meios preventivos necessários para uma extinção total. Portanto, podemos resumir a de�nição de carga de incêndio de uma edi�cação como a quantidade máxima de material combustível existente na sua estrutura e na sua ocupação passíveis de queima em caso de incêndio. Na prática, alguns fatores são importantes na avaliação da carga de incêndio, os quais sempre deverão ser considerados: A intensidade do incêndio é determinada pelo tipo de material incendiado e pela velocidade da queima; A rapidez da combustão é altamente in�uenciada pela disposição do material. A velocidade da combustão se fará na razão direta das áreas expostas, portanto materiais estocados em pilhas sólidas queimará mais lentamente que os dispostos em prateleiras tipo “racks” com amplos canais de ventilação verticais e horizontais; A duração de um incêndio o principal fator é a quantidade de material passível de ser incendiado; 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 15/65 Iguais quantidades de materiais de queima rápida e de queima lenta podem determinar incêndios de duração diferentes e nem sempre comparáveis. (FERNANDES, 2010, p. 21). A Tabela 4.1 mostra um exemplo da determinação da carga de incêndio segundo ocupação de cada edi�cação - lembrando que essa tabela diz respeito à legislação utilizada pelos bombeiros do estado do Paraná, e cabe a você, estudante, buscar a respectiva tabela nas legislações do seu estado. 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 16/65 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 17/65 Tabela 4.1: Cargas de incêndio Fonte: Fernandes (2010, p. 22). Saídas de emergência Caro estudante, comentamos acima que as recomendações de projeto variam entre o corpo de bombeiros de cada estado. No caso de saídas de emergência, existe uma normativa nacional, a ABNT NBR 9077 (2001), que é a principal e mais importante norma da área de prevenção de incêndios; é a base para todas as Legislações de Prevenção de Incêndio do país. Com isso é, necessário de�nir que: Saída de emergência é o caminho contínuo, devidamente protegido, proporcionado por portas, corredores, halls, passagens externas, balcões, vestíbulos, escadas, rampas, ou outros dispositivos de saída ou combinações destes, a ser percorrido pelo usuário, em caso de incêndio, de qualquer ponto da edi�cação até atingir a via pública ou espaço aberto, protegido do incêndio, em comunicação com o logradouro. (ASSOCIAÇÃO, 2001, p.5) 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 18/65 Para o dimensionamento das saídas de emergência, é necessário se ter a população da edi�cação. Para isso, é utilizado a tabela da ABNT NBR 9077 (2001) que classi�ca a edi�cação quanto a sua ocupação, conforme mostra a o Quadro 4.3. 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 19/65 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 20/65 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 21/65 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 22/65 G Serviços automotivos G-1 Garagens sem acesso de público e sem abastecimento Garagens automotivas. G-2 Garagens com acesso de público e sem abastecimento Garagens coletivas não automáticas em geral, sem abastecimento (exceto para 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 23/65 veículos de carga e coletivos). G-3 Locais dotados de abastecimento de combustível Postos de abastecimento e serviços, garagens (exceto para veículos de carga e coletivos). G-4 Serviços de conservação, manutenção e reparos Postos de serviço sem abastecimento, o�cinas de conserto de veículos (exceto de carga e coletivos), borracharia (sem recauchutagem). G-5 Serviços de manutenção em veículos de grande porte e reti�cadoras em geral O�cinas e garagens de veículos de carga e coletivos, máquinas agrícolas e rodoviárias, reti�cadoras de motores H Serviços de saúde e institucionais H-1 Hospitais veterinários e assemelhados Hospitais, clínicas e consultórios veterinários e assemelhados (inclui-se 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 24/65 alojamento com ou sem adestramento). H-2 Locais onde pessoas requeremcuidados especiais e limitações físicas ou mentais Asilos, orfanatos, abrigos geriátricos, reformatórios sem celas e outros. H-3 Hospitais e assemelhados Hospitais, casas de saúde, prontos- socorros, clínicas com internação, ambulatórios e postos de atendimento de urgência, postos de saúde e puericultura e outros, H-4 Prédio e instalações vinculados às forças armadas, polícias civis e militar Quartéis, centrais de polícia, delegacias distritais, postos policiais e outros. H-5 Locais onde a liberdade das Hospitais psiquiátricos, reformatórios, 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 25/65 pessoas sofre restrições prisões em geral e instituições assemelhadas. I Industrial, Comercial de alto risco, atacadista e depósitos I- 1 Locais onde as atividades exercidas e os materiais utilizados e/ou depositados apresentam médio potencial de incêndio. Locais onde a carga combustível não chega a 50kg/m² ou a 1200 MJ/m² e não se enquadrem em I-3. Atividades que manipulem e/ou depositem os materiais classi�cados como de médio risco de incêndio, tais como fábricas em geral, onde os materiais utilizados não são combustíveis e os processos não envolvem a utilização intensiva de materiais combustíveis. I-2 Locais onde as atividades exercidas e os materiais utilizados e/ou depositados apresentam médio potencial de incêndio. Locais onde a carga combustível Atividades que manipulem e/ou depositem os materiais classi�cados como de médio risco de incêndio, tais como mercearias, fábricas de caixas, de colchões, subestações, 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 26/65 Quadro 4.3: Classi�cação da edi�cação quanto a sua ocupação. Fonte: Associação (2001, p. 30). não chega a 50kg/m² ou a 1200 MJ/m² e não se enquadrem em I-3. Depósito sem conteúdo especí�co, lavanderias a seco, estúdios de TV, impressoras, fábrica de doces, heliportos. I-3 Locais onde há alto risco de incêndio pela existência de quantidade su�ciente de materiais perigosos. Fábricas e depósitos de explosivos, gases e líquidos in�amáveis, materiais oxidantes e outros de�nidos pelas normas brasileiras, tais como destilarias, re�narias, elevadores de grãos, tintas, borracha e outros. J Depósitos de baixo risco Depósitos sem risco de incêndio expressivo Edi�cações que armazenam, exclusivamente, tijolos, pedras, areias, cimentos, metais e outros materiais incombustíveis. 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 27/65 Outras classi�cações que ABNT NBR 9077 (2011) traz é em referência à: classi�cação da edi�cação quanto à sua altura, mostrada no Quadro 4.4. Quadro 4.4: Classi�cação da edi�cação quanto à sua altura Fonte: Associação (2001, p. 32). Tipo de edi�cação Alturas contadas da soleira de entrada ao piso do último pavimento, não consideradas edículas no ático destinadas a casas de máquinas e terraços descobertos (H) Código Denominação K Edi�cações térreas Altura contada entre o terreno circundante e o piso da entrada igual ou inferior a 1,00 m. L Edi�cações baixas H ≤ 6,00 m M Edi�cações de média altura 6,00 m < H ≤ 12,00 m N Edi�cações mediamente altas 12,00 m < H ≤ 30,00 m O Edi�cações altas O-1 H > 30,00 m O-2 Edifícios dotados de pavimentos recuados em relação aos pavimentos inferiores, de tal forma que a escadas dos bombeiros não possam atingi-las, ou situadas em locais onde é impossível o acesso de viaturas de bombeiros, desde que a sua altura seja H> 12,00 m. 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 28/65 Existe uma outra classi�cação que considera a dimensão em planta da edi�cação, assim como nos mostra o Quadro 4.5. Quadro 4.5 Classi�cação da edi�cação quanto a sua dimensão em planta Fonte: Associação (2001, p. 33). Natureza do enfoque Código Classe da edi�cação Parâmetros de área α Quanto a área do maior pavimento (sp) P De pequeno pavimento s< 750 m² Q De grande pavimento s ≥750 m² β Quanto à área dos pavimentos atuados abaixo da soleira de estrada(s) R Com pequeno subsolo s< 500 m² S Com grande subsolo Ss ≥500 m² γ Quanto a área total St (soma das áreas de todos os pavimentos da edi�cação) T Edi�cações pequenas S< 750 m² U Edi�cações médias 750 m² ≤ S < 1500 m² V Edi�cações grandes 1500 m² ≤ S < 5000 m² W Edi�cações muito grandes A > 5000 m² 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 29/65 Por �m, há a classi�cação quanto às características construtivas da edi�cação, assim como nos mostra o Quadro 4.6. Quadro 4.6: Classi�cação da edi�cação quanto a sua característica construtiva Fonte: Associação (2001, p. 33). Código Tipo Especi�cações Exemplos X Edi�cações em que a propagação do fogo é fácil Edi�cações com estruturas e entrepisos combustíveis Prédios estruturados em madeira, prédio com entrepisos de ferro e madeira, pavilhões em arcos de madeira laminada e outros. Y Edi�cações com mediana resistência ao fogo Edi�cações com estrutura resistente ao fogo, mas com fácil propagação de fogo entre pavimentos Edi�cações com paredes- cortinas de vidros (“cristaleiras”); edi�cações com janelas sem peitoris (distância entre verga e peitoris de aberturas do andar seguinte menor que 1,00m); lojas com galerias elevadas e vãos abertos e outros. Z Edi�cações em que a propagação do fogo é difícil Prédios com estrutura resistente ao fogo e isolamento entre pavimentos Prédios com concreto armado calculado para resistir ao fogo, com divisórias incombustíveis, sem divisórias leves, com parapeitos de alvenaria sob as janelas ou com abas prolongando os entrepisos e outros, 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 30/65 A partir da classi�cação da edi�cação quanto ao seu uso, é possível determinar a dimensão da saída de emergência para cada tipo de edi�cação. A Tabela 4.1 abaixo mostra os dados recomendados para a obtenção dessa informação. 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 31/65 OCUPAÇÃO POPULAÇÃO CAPACIDADE DE UNIDADE DE PASSAGEM Grupo Divisão Acesso e Descarga Escadas e Rampas Portas A A-1, A-2 Duas pessoas por dormitório 60 45 100A-3 Duas pessoas por dormitório e uma pessoa por 4.00 m² de área de alojamento B - Uma pessoa de 15,00 m² de área C - Uma pessoa de 3,00 m² de área 100 60 100D Uma pessoa de 7,00 m² de área E E-1 a E- 4 Uma pessoa de 1,50 m² de área E-5, E-6 Uma pessoa de 1,50 m² de área 30 22 30 F F-1 Uma pessoa de 3,00 m² de área 100 75 100 F-2 F-5 F-8 Uma pessoa por m² de área (A) 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 32/65 F-3 F-6 F-7 Duas pessoas por m² de área (1:0,5 m²) F-4 Não regulado G G-1 G-2 G-3 Uma pessoa por 40 vagas de veículo 100 60 100 G-4 G-5 Uma pessoa por 20,00 m² de área H H-1 Uma pessoa por 7,00 m² de área 60 45 100 H-2 Duas pessoas por dormitório e uma pessoa por 4,00 m² de área de alojamento 30 22 30 H-3 Uma pessoa e meia por leito + uma pessoa por 7,00 m² de área de ambulatório H-4 H-5 Não regulado 60 45 100 I - Uma pessoa por 10,00 m² de área 100 60 2100 J - Uma pessoa por 30,00 m² de área22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 33/65 Tabela 4.1: Dados para dimensionamento das saídas de emergência Fonte: Associação (2001, p. 34). Cabe a você, estudante, conforme a obra que esteja projetando, classi�cá-la corretamente para prosseguir com o dimensionamento dos demais elementos. A largura das saídas de emergência pode ser encontrada por meio da equação abaixo. Em que: N: número de Unidades de Passagem (UP), em que 1 UP = 0,55m. P: população de acordo com a Tabela 2.5. C: capacidade de unidades de passagem conforme informado na Tabela 2.5. Iluminação de emergência A iluminação das rotas de saída deverá ser natural ou arti�cial no nível su�ciente, mesmo em edi�cações destinadas ao uso exclusivamente diurno. A iluminação das saídas de emergência é obrigatória nos acessos e nas descargas nos seguintes casos: Sempre que houver escada enclausurada protegida ou a prova de fumaça; Quando as rotas de saída ultrapassarem a 30 m, exceto as edi�cações de ocupação A (residencial); Em qualquer edi�cação não residencial, classe Y; Em todas as edi�cações classe X, exceto casas unifamiliares. (ASSOCIAÇÃO, 2001, p. 22). N = P/C 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 34/65 A iluminação deve ser executada obedecendo a ABNT NBR 10898 (2013). A Figura 4.2 mostra alguns exemplos de iluminação de emergência encontrados comercialmente. Sinalização de emergência A sinalização de emergência é exigida nos acessos e descargas das escadas de emergência em geral, em prédios não residenciais (isto é, excluídas as edi�cações do grupo A); nos acessos e descargas dos locais de reunião de público (grupo F), mesmo quando não dotados de escadas; nas edi�cações das ocupações B, C, D, E H quando classi�cadas em O (área maior que 750 m2). (ASSOCIAÇÃO, 2001). Figura 4.2: Iluminação de Emergência Fonte: Vudhikul Ocharoen / 123RF. 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 35/65 A Figura 4.3 mostra algumas sinalizações de saída normalmente utilizadas nas edi�cações. Extintores de incêndio Normalmente, os extintores são colocados onde há a menor probabilidade do fogo bloquear o seu acesso; devem estar visíveis para que todos os usuários estejam familiarizados com a sua localização e não devem estar encobertos por mercadorias, matérias-primas ou qualquer outro material. Em locais onde exista a possibilidade de obstrução do equipamento devem ser pintadas no piso faixas indicativas na cor vermelha e amarela para evitar que neles seja colocado qualquer outro material a não ser o extintor de incêndio. (Figura 4.4). Figura 4.3: Sinalização de Emergência Fonte: Placas ([s.d.], online). 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 36/65 Os extintores devem possuir aprovação do INMETRO ou algum outro instituto de certi�cação nacionalmente aceito; devem ser periodicamente inspecionados por pessoas habilitadas e sua carga renovada nas épocas e condições recomendadas pelas normas técnicas. Nas etiquetas de carga e recarga deve constar o nome do proprietário ou o endereço do estabelecimento que o extintor deve proteger. O número de extintores recomendados vai depender da área total da edi�cação bem como da sua classi�cação de risco: se leve, moderada ou elevada. Outra informação necessária é o tipo de material que a edi�cação irá abrir; isso irá revelar qual o conteúdo do extintor mais indicado, se água, gás carbônico, pó químico ou espuma. Assim como já mencionado, essas informações podem variar conforme o seu estado, estudante, logo, procure a recomendação indicada pelo corpo de bombeiros nesse quesito. Figura 4.4: Indicação dos extintores de incêndio Fonte: Placas ([s.d.], online). 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 37/65 praticar Vamos Praticar Imagine a situação em que você, estudante, precisa determinar as unidades de passagem (UP) para um local onde que será construída uma casa noturna com uma área total de 1000 m². Seguindo as classi�cações mostradas acima, qual das alternativas abaixo representa o número correto de UP para esse caso? a) A edi�cação se classi�ca como sendo F-5, portanto, são necessárias 10 unidades de passagem. b) A edi�cação se classi�ca como sendo F-8, portanto, são necessárias 10 unidades de passagem. c) A edi�cação se classi�ca como sendo F-7, portanto, são necessárias 30 unidades de passagem. d) A edi�cação se classi�ca como sendo F-6, portanto, são necessárias 20 unidades de passagem. e) A edi�cação se classi�ca como sendo F-1, portanto, são necessárias 4 unidades de passagem. 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 38/65 Caro estudante, garanto que você já visitou alguma residência mais antiga que ainda conta com o famoso botijão de gás ao lado do fogão, correto? Essa foi a realidade por muitos anos na maioria das residências. No entanto, hoje em dia, as novas construções ou até mesmo as antigas estão, cada vez mais, adotando o sistema de gás. Esse sistema traz mais segurança e comodidade a todos os moradores, seja de residências ou de edifícios. A Figura 4.5 mostra esquematicamente como são as instalações residenciais de gás de um edifício quando adotado o gás natural (GN). Nota-se que a primeira imagem possui uma prumada individual, ou seja, o medidor normalmente �ca no térreo, na garagem ou em algum local isolado, e uma tubulação levará o gás para cada unidade habitacional especi�camente. Já a segunda imagem mostra uma prumada coletiva, em que os medidores de consumo se encontram nos respectivos pavimentos. Pode haver o caso de não existir medidores individuais, sendo assim, o consumo de gás dos moradores é um valor referente à média do consumo total do edifício. InstalaçõesInstalações Residenciais de GásResidenciais de Gás 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 39/65 Figura 4.5: Esquema representativo da instalação de gás natural em um sistema individual e coletivo Fonte: Tigre ([s.d.], p.18). 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 40/65 A Figura 4.6 mostra esquematicamente como são as instalações residenciais de gás de um edifício quando adotado o gás liquefeito de petróleo (GLP). Nota-se, nesse caso, que o gás é obtido através dos botijões que �cam disposto em um abrigo comumente chamado de central de gás, que fornece, através das tubulações, o gás para as residências. Nesse caso, podemos ter, assim como no caso do gás natural, a prumada individual ou coletiva. Figura 4.6: Esquema representativo da instalação de gás natural em um sistema individual e coletivo Fonte: Tigre ([s.d.], p. 18). 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 41/65 Figura 4.7: Esquema representativo da instalação de gás natural em um sistema individual e coletivo Fonte: Tigre ([s.d.], p. 18). 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 42/65 Elementos nas instalações de gás residencial Resumidamente, as instalações de gás residencial possuem os seguintes materiais, dispositivos e equipamentos: Tubos de cobre: normalmente são utilizados tubos decobre sem costura com uma espessura mínima de 0,8 mm (Figura 4.8). As dimensões devem estar de acordo com a ABNT NBR 13206 (2010). Figura 4.8: Esquema representativo da instalação de GLP em um sistema individual e coletivo Fonte: Tigre ([s.d.], p. 19). 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 43/65 Tubos de aço: tubos de condução aço-carbono com ou sem costura, conforme ABNT NBR 5580 (2015), de classe média, no mínimo Válvulas de bloqueio (VB): as válvulas localizadas à montante dos medidores e utilizadas nas instalações internas devem possuir dispositivo para colocação de lacres na posição fechada, bloqueando, assim, a passagem do gás. As válvulas posicionadas nas instalações secundárias devem suportar a pressão máxima de 150 kPa. Para instalações primárias, essa pressão deve ser de 1000 kPa. Recomenda-se a utilização de válvulas de bloqueio do tipo esfera em aço inox em trechos da instalação interna (Figura 4.10). Figura 4.9 - Instalações de gás - canos amarelos Fonte: Elenathewise / 123RF. 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 44/65 Medidores: equipamentos que registram o volume de gás consumido. Em locais com instalação individual e de uso doméstico, coletivo ou comercial, recomenda-se o uso de medidores do tipo volumétrico (Figura 4.11). 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 45/65 Reguladores de pressão: os reguladores de primeiro estágio devem ter a descarga dos dispositivos de alívio de pressão em um ponto afastado, com uma distância mínima de três metros da fachada do edifício e em local bem ventilado (Figura 4.12). Os reguladores de segundo estágio devem ser dimensionados para atender a pressão para os aparelhos de utilização de gás. 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 46/65 ABNT NBR 15526 (2016) Caro estudante, a ABNT NBR 15526 (2016) estabelece os requisitos para o projeto e a execução de redes para distribuição interna de gás combustível que não exceda a pressão de 150 kPA e que possa ser abastecida tanto por canalização de rua quanto por uma central de gás, que será levado até os pontos de utilização através de um sistema de tubulações. 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 47/65 Como o principal objetivo deste material é oferecer condições para elaboração de projetos, veremos abaixo os documentos que, segundo a norma, devem ser feitos e apresentados para instalação de gás residencial. projeto e memorial de cálculo, incluindo isométrico da rede, identi�cação dos materiais, diâmetro e comprimento da tubulação, tipo e localização de válvulas e acessórios, tipo de gás a que se destina; atualização do projeto conforme construído; laudo do ensaio de estanqueidade; 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 48/65 registro da liberação da rede para utilização em carga; ART de elaboração do projeto, execução, instalação e ensaio de estanqueidade; ART de inspeção ou manutenção (modi�cação e extensão da instalação) quando houver. (ASSOCIAÇÃO, 2016). praticar Vamos Praticar Caro estudante, com o objetivo de avaliar se você realmente compreendeu as partes constituintes e a tipologia do sistema de abastecimento de gás residencial, assinale a alternativa abaixo que evidencia a ordem dos dispositivos utilizados desde a chegada do gás natural até a entrega em cada unidade habitacional. a) Válvula de bloqueio secundária, regulador de pressão, medidor individual, tubos para as unidades habitacionais, válvulas de bloqueio primárias e aparelhos. b) Válvula de bloqueio secundária, medidor individual, regulador de pressão, tubos para as unidades habitacionais, válvulas de bloqueio primárias e aparelhos. c) Válvula de bloqueio secundária, regulador de pressão, tubos para as unidades habitacionais, válvulas de bloqueio primárias e aparelhos. d) Válvula de bloqueio primária, regulador de pressão, medidor individual, tubos para as unidades habitacionais, válvulas de bloqueio secundárias e aparelhos. e) Válvula de bloqueio secundária, regulador de pressão, medidor individual, tubos para as unidades habitacionais e aparelhos. 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 49/65 Caro estudante, nesse tópico iremos aprender como se dimensiona o sistema de instalações internas que utilizam gás (lembrando que o dimensionamento é realizado de acordo com a ABNT NBR 15526 (2016)). O primeiro passo é de�nir a potência dos aparelhos a gás que serão utilizados; para isso, é importante de�nirmos o que é potência computada e potência adotada, vamos lá. Potência computada: é a potência nominal dos aparelhos de utilização de gás que deve ser obtida por meio do fabricante do equipamento. Na falta dessa informação, pode-se utilizar o indicado da Tabela 4.7 abaixo, que está inserida na NBR 15526 (2016) por meio do Anexo D. DimensionamentoDimensionamento das Instalaçõesdas Instalações Residenciais de GásResidenciais de Gás 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 50/65 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 51/65 Fonte: fonte da tabela Potência adotada: é a potência que será efetivamente utilizada no dimensionamento das instalações internas. Para isso, leva-se em conta o 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 52/65 fator de simultaneidade. Fator de simultaneidade O fator de simultaneidade busca se relacionar com a potência computada e a potência adotada. Destaca-se que o fator de simultaneidade não deve ser utilizado para dimensionamento de uma unidade domiciliar, nem de comércio, de caldeiras e demais aparelhos de grande consumo. A relação entre o fator de simultaneidade, a potência computada e a potência adotada pode ser vista por meio da equação abaixo. Em que: A: potência adotada. C: potência computada. F: fator de simultaneidade que pode ser obtido por meio das seguintes formas: Equação para fator de simultaneidade quando C está em kcal/h A = F x C/100 C < 21000 F = 100 21000 < C < 576720 F = 100/[1 + 0, 001 (C/60 − 349)0,8712 576720 < C < 1200000 F = 100/[1 + 0, 4705 (C/60 − 1055)0,19931 C > 1200000 F = 23 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 53/65 Equação para fator de simultaneidade quando C está em kW Vazão de gás (Q) A vazão de gás é determinada dividindo-se a potência adotada, encontrada no tópico anterior, pelo poder calorí�co do gás (PCI). Normalmente, o PCI para gás natural é de 8600 kcal/m³ e para o GLP é de 24000 kcal/m³. A vazão de gás pode ser determinada por meio da equação abaixo. O comprimento total da tubulação deve ser obtido somando-se o trecho horizontal com o trecho vertical e as respectivas perdas de carga localizadas, assim como é realizado no projeto de água fria, por exemplo. Para se determinar as perdas de carga, por sua vez, os valores fornecidos pelos fabricantes das conexões e válvulas devem ser consultados. É preciso adotar um diâmetro interno inicial para assim determinar o comprimento equivalente total paraa tubulação. Em trechos verticais, deve-se considerar as variações de pressão que possam ocorrer, onde temos a seguinte situação: C1 < 24, 43 F = 100 24, 43 < C1 < 670, 9 F = 100/[1 + 0, 001 (C/60 − 349)0,8712 670, 9 < C < 1396 F = 100/[1 + 0, 4705 (C/60 − 1055)0,19931 C > 1396 F = 23 Q = A/PCI 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 54/65 gás natural (GN): ganho em trecho ascendente ou perda em trecho descendente; gás liquefeito de petróleo (GLP): ganho em trecho descendente ou perda em trecho ascendente. Essa perda de pressão é calculada conforme a equação mostrada abaixo e não pode ser superior a 10% da pressão de operação adotada para tubulação que alimenta diretamente os aparelhos de utilização e a 30% em trechos da tubulação que alimenta o regulador de pressão. Em que: : é a perda de pressão em kPa; H: altura do trecho vertical em m; S: densidade relativa do gás em relação ao ar. Normalmente, adota-se 1,8 para GLP e 0,6 para GN. Cálculo para pressões acima de 7,5 kPa Em casos em que a pressão de operação seja superior a 7,5 kPa, recomenda-se a utilização da equação mostrada abaixo para dimensionamento das redes, avaliando principalmente a variação entre a pressão de entrada e a pressão de saída. Em que: Q: vazão de gás expressa em Nm3/h; D: diâmetro interno do tubo expresso em mm; L: comprimento do trecho da tubulação expresso em m; S: densidade relativa do gás em relação ao ar (adimensional); ΔP = 1, 318 x x H x (S − 1)10−2 ΔP P − P = 4, 67 x x S x L x /A2 (abs) B2 (abs) 105 Q1,82 D4,82 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 55/65 PA: pressão de entrada em cada trecho expressa em kPa; PB: pressão de saída em cada trecho expressa em kPa. Cálculo para pressões de até 7,5 kPa Assim como visto anteriormente, pode existir casos em que a pressão de operação seja inferior ou igual a 7,5 kPa; dessa forma, utiliza-se as equações mostradas abaixo para dimensionar as redes de gás conforme o gás que será utilizado nessa edi�cação: GN ou GLP. para gás natural (GN): para GLP: Em que: Q: vazão de gás expressa em Nm3/h; D: diâmetro interno do tubo expresso em mm; L: comprimento do trecho da tubulação expresso em m; S: densidade relativa do gás em relação ao ar (adimensional); PA: pressão de entrada em cada trecho expressa em kPa; PB: pressão de saída em cada trecho expressa em kPa. Cálculo da velocidade Uma outra preocupação deve estar em avaliar a velocidade do �uido dentro da tubulação, no caso, o gás. Para isso, recomenda-se calcular a velocidade conforme mostra a equação abaixo, em que, segundo a NBR 15526 (2016), esse valor não deve ser superior a 20 m/s. = 2, 22 x x ((H x ) /Q0,9 10−2 D4,8 ( x L)S 0,8 0,5 P − P = 2273 x S x L x /A(abs) B(abs) Q1,82 D4,82 V = 354 x Q x x (P + 1, 033)−1 D−2 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 56/65 Em que: V: velocidade expressa em m/s; Q: vazão de gás na pressão de operação expressa em Nm3/h; P: pressão manométrica de operação expressa em kgf/cm²; D: diâmetro interno do tubo expresso em mm. Caro(a) estudante, o Quadro 4.7 abaixo mostra de forma simpli�cada e resumida os principais passos que devem ser realizados para o dimensionamento de uma tubulação de gás residencial. Utilize esta estrutura sequencial para criar uma espécie de checklist nos projetos que você irá desenvolver e, assim, veri�car todas as etapas necessárias de dimensionamento. 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 57/65 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 58/65 Quadro 4.7 - Passo a passo para dimensionamento de tubulação de gás residencial Fonte: Adaptado de COMGÁS (2014, p. 8). praticar Vamos Praticar Caro estudante, imagine o caso em que você necessita dimensionar uma instalação de gás natural em uma residência térrea que conta com os seguintes equipamentos: fogão seis bocas com forno, aquecedor de passagem de 15 L/min e uma secadora de roupas. Com isso, a vazão de gás necessária para atender a demanda dessa residência deve ser: a) A vazão necessária para essa situação é de 4,34 m³/h. b) A vazão necessária para essa situação é de 7,54 m³/h. c) A vazão necessária para essa situação é de 4,41 m³/h. d) A vazão necessária para essa situação é de 4,81 m³/h. e) A vazão necessária para essa situação é de 2,10 m³/h. 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 59/65 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 60/65 indicações Material Complementar LIVRO PPCI Fácil - Manual Completo de Prevenção de Incêndio. Sandro da Cunha Euzébio Editora: Spazio Itália Comentário: caro estudante, esse livro é interessante para se compreender o projeto de prevenção de incêndios, uma vez que o autor faz parte do Corpo de Bombeiros da Brigada Militar. Uma vez que as legislações variam entre os estados brasileiros, a presente versão aborda os sistemas de segurança contra incêndios com base nas Normas da ABNT e em algumas Instruções Técnicas (ITs) dos Corpos de Bombeiros do Brasil, bem como explica o funcionamento geral do assunto com base nas legislações de segurança contra incêndios dos estados. 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 61/65 FILME Linha Direta Justiça: O incêndio do Gran Circo Norte-Americano Ano: 2006 Comentário: caro estudante, você sabia que a pior tragédia envolvendo incêndios no Brasil foi provocada criminalmente? Em uma vingança ao dono do Gran Circo Norte-Americano, dois homens provocaram a morte de mais de 500 pessoas. O link abaixo mostra uma simulação apresentada pelo programa Linha Direta desse acontecido, vale a pena assistir ao vídeo para conhecer o contexto histórico dos grandes incêndios no nosso país. Para conhecer mais sobre o �lme, assista ao trailer. Trailer 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 62/65 https://www.youtube.com/watch?v=vgG4k5rt9Z4 conclusão Conclusão Caro estudante, ao �nalizar este material, você deve avaliar criticamente os novos conhecimentos que adquiriu. Até que ponto foi produtivo? Se houver algum tópico que não entendeu, volte, releia, busque materiais de apoio para que não exista nenhum tipo de dúvida. Temos a situação atípica para o projeto de prevenção de incêndios em que cada estado possui suas legislações conforme o corpo de bombeiro. Procure saber as principais informações no seu estado e no estado vizinho para, se possível, realizar um trabalho comparativo, avaliando as principais diferenças encontradas. No caso do projeto para instalações de gás, ele se assemelha bastante ao projeto de água fria, em que deve-se satisfazer uma pressão de serviço para que o gás exerça sua plena função. Espero que ao �m deste material você, estudante, sinta-se um pouco mais Engenheiro (a) Civil e apto a realizar os devidos projetos. referências Referências Bibliográ�cas ARAÚJO, R. L. Comportamento do Fogo. Cascavel, 2007. 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 63/65 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT 9077: Saídas de emergênciaem edifícios. Rio de Janeiro, 2001. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT 5580: Tubos de aço- carbono para usos comuns na condução de �uidos - Especi�cação. Rio de Janeiro, 2015. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT 15526: Redes de distribuição interna para gases combustíveis em instalações residenciais — Projeto e execução. Rio de Janeiro, 2016. DIAS, A. K. C. D.; BEMFICA, G. do C. Normas legais para prevenção e combate a incêndio em Belo Horizonte: Mudança na ação �scalizadora do Estado. Belo Horizonte, 2011. FERNANDES, I. R. Engenharia de segurança contra incêndio e pânico. 1. ed. Curitiba: CREA-PR, 2010 GOMES, T.; Projeto de prevenção e combate a incêndio. 2014. Dissertação (Graduação em Engenharia Civil) - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2014. INCÊNDIO em prédio de Londres que matou 79 começou em geladeira. Jornal Nacional, Rio de Janeiro, 23 jun. 2017. Disponível em: <https://globoplay.globo.com/v/5962020/>. Acesso em: 3 ago. 2019. PEDRO JANOV. Linha Direta Justiça: o incêndio do Gran Circo Norte- Americano - 29/06/2006. 2016. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=oqaRG6caHuE&feature=youtu.be>. Acesso em: 4 ago. 2019. SEITO, A. A segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto Editora, 2008. TIGRE S/A. Tigregás Residencial: Orientações técnicas sobre instalações de Tigregás Residencial. Catálogo Técnico. Joinville: Tigre S/A, [s.d.]. Disponível em: <https://www.tigre.com.br/themes/tigre2016/downloads/catalogos-tecnicos/ct- tigregas-residencial.pdf>. Acesso em: 4 ago. 2019. 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 64/65 https://globoplay.globo.com/v/5962020/ https://www.youtube.com/watch?v=oqaRG6caHuE&feature=youtu.be https://www.tigre.com.br/themes/tigre2016/downloads/catalogos-tecnicos/ct-tigregas-residencial.pdf https://www.tigre.com.br/themes/tigre2016/downloads/catalogos-tecnicos/ct-tigregas-residencial.pdf UMINSKI, A. S. de C.. Técnicas de prevenção e combate a sinistros. Santa Maria, RS: Colégio Nossa senhora de Fátima, 2003. IMPRIMIR 22/05/2024, 10:41 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1aBrEgJq3KaSpj%2bnfQEJ4g%3d%3d&l=mz0P7cZvOwkJxtrVVcLBiw%3d%3d&cd=LzJv… 65/65