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PRIMEIROS SOCORROS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NEUROLÓGICAS Professora Dra. Vivian C. C. Hyodo VERTIGEM ✢Falsa sensação de movimento ou de rotação ✢Impressão de que os objetos se movem ou rodam ✢Geralmente acompanhada por náusea e perda do equilíbrio ✢Somente a tontura verdadeira – a que os médicos denominam vertigem – causa uma sensação de movimento ou de rotação ✢Pode durar apenas alguns instantes ou pode persistir por horas ou mesmo dias VERTIGEM ✢Deverá ser vista como um aviso de que o organismo da vítima está debilitado ✢SINTOMAS ○Alterações da visão ○Dificuldade de andar ○Debilidade passageira nas pernas ○Desorientação no espaço ○Alterações do equilíbrio ○Inconsciência completa ✢Alterações associadas a hipoglicemia, hipotensão, entre outros problemas de saúde VERTIGEM ✢COMO PROCEDER? ○Sentar a vítima ○Colocar sua cabeça entre as pernas, com os braços caídos na lateral do corpo. ○Pedir que empurre a cabeça para cima, enquanto o socorrista a força para baixo aumenta o fluxo sanguíneo para o cérebro melhora o quadro do paciente ○Levar a vítima para atendimento médico ou orientá-la para isso SÍNCOPE ✢Popularmente conhecida como desmaio ✢Perda súbita e transitória da consciência ✢Sinal de aporte inadequado do oxigênio e de outros nutrientes ao cérebro ✢Geralmente provocado por uma diminuição temporária do fluxo sanguíneo SÍNCOPE ✢A síncope que ocorre subitamente com perda da consciência e se repete com frequência é sugestiva de arritmias cardíacas ou alterações neurológicas tipo pequeno mal epilético SÍNCOPE ✢SINAIS E SINTOMAS ✢Pode ser precedida de alguns sinais e sintomas, antes do desmaio propriamente dito (perda da consciência) ○Fraqueza ○Tontura ○Relaxamento muscular ○Escurecimento da vista ○Palidez e sudorese ○Pele fria ○Náuseas ○Pulso rápido e fraco SÍNCOPE ✢COMO PROCEDER? ○Impedir que o vítima caia não se machuque ○Deitá-la em decúbito dorsal, elevando os membros inferiores cerca de 30 cm do chão ○Monitorar os sinais vitais ○Afastar os curiosos ○Ventilar o ambiente e afrouxar as suas roupas, se necessário ○Não dar tapas no rosto da vítima nem fazê-la cheirar amônia ou álcool SÍNCOPE ✢COMO PROCEDER? ○Se ela não acordar em alguns minutos, chamar socorro ○Não é uma doença sinal de que algo não está bem no organismo da pessoa ○Mesmo que a vítima recobre a consciência espontaneamente ORIENTAR A PROCURAR UM SERVIÇO MÉDICO CONVULSÃO ✢Resposta a uma descarga elétrica anormal no cérebro ✢O termo crise convulsiva descreve várias experiências e comportamentos e não é o mesmo que uma crise epilética, embora os termos sejam às vezes utilizados como sinônimos CONVULSÃO ✢Qualquer coisa que irrite o cérebro pode produzir uma crise convulsiva ✢Dois terços dos indivíduos que apresentam uma crise convulsiva jamais a apresentam novamente ✢Um terço dos indivíduos continuarão a apresentar crises convulsivas recorrentes transtorno neurológico denominado EPILEPSIA CONVULSÃO ✢O que ocorre exatamente durante uma convulsão depende da parte do cérebro que é afetada pela descarga elétrica anormal ✢A descarga elétrica pode envolver uma área mínima do cérebro, fazendo apenas com que o indivíduo perceba um odor ou sabor estranho e tenha crises de ausência crise convulsiva de “pequeno mal” CONVULSÃO ✢Grandes áreas acarretando uma convulsão abalos e espasmos musculares generalizados e descoordenados convulsão de “grande mal” CONVULSÃO ✢COMO PROCEDER? ✢Proteger a vítima para que não se machuque evitar sua queda ou protegendo principalmente sua cabeça ✢Afastar curiosos e objetos que possam causar lesões ✢Não segurá-la e permitir que a crise ocorra CONVULSÃO ✢COMO PROCEDER? ✢VÔMITO ○Lateralizar a cabeça ○Desobstruir suas vias aéreas com gaze ou pano limpo ○Não colocar nada na boca da vítima durante o ataque ○Não “puxar a língua” nem jogar água no seu rosto ○Cessada a crise pode ficar sonolenta e desorientada CONVULSÃO ✢COMO PROCEDER? ✢Mantenha-a em repouso, em um ambiente calmo, silencioso e em observação constante até a recuperação completa, monitorando os sinais vitais ✢Encaminhe-a ao hospital ou aguarde o serviço de emergência ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL - AVC ✢Popularmente conhecido como derrame ✢Uma das principais causas de morte e de sequelas no mundo e no Brasil ✢A doença cerebrovascular atinge 16 milhões de pessoas ao redor do globo a cada ano ✢Seis milhões morrem ✢Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a adoção de medidas urgentes para a prevenção e tratamento da doença ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL - AVC ✢Risco aumenta com a idade, sobretudo após os 55 anos ✢O aparecimento da doença em pessoas mais jovens está mais associado a alterações genéticas ✢Pessoas da raça negra e com histórico familiar de doenças cardiovasculares também têm mais chances de ter um derrame ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL - AVC ✢BRASIL ✢Cerca de 68 mil mortes por AVC anualmente ✢Representa a primeira causa de morte e incapacidade no País ✢Grande impacto econômico e social ✢Governo federal priorizar o combate à doença com foco na prevenção 90% dos casos podem ser evitados ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL - AVC ✢TRATAMENTO ○Chegar rápido a um hospital ○Atendimento imediato ✢“A Linha de Cuidado do AVC” Rede de Atenção às Urgências ✢Rede básica de saúde + SAMU + unidades hospitalares de emergência e leitos de retaguarda + reabilitação ambulatorial + programas de atenção domiciliar ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL - AVC ✢Decorre da insuficiência no fluxo sanguíneo em uma determinada área do cérebro ✢DIFERENTES CAUSAS ○Malformação arterial cerebral (aneurisma) ○Hipertensão arterial ○Cardiopatia ○Tromboembolia (bloqueio da artéria pulmonar) ✢Segundo o Ministério da Saúde, o fumo é responsável por cerca de 25% das doenças vasculares, entre elas, o derrame cerebral ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL - AVC ✢Comum paciente que sofreu um AVC apresentar sequelas ○Dificuldade na fala ○Paralisação de parte do corpo ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL - AVC ✢DIAGNÓSTICO ✢Exames de imagem permitem identificar a área do cérebro afetada e o tipo do derrame cerebral ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL - AVC ✢PRINCIPAIS TIPOS DE AVC ✢ISQUÊMICO ○85% dos casos ○Parada do sangue que chega ao cérebro ○Obstrução dos vasos sanguíneos ✢HEMORRÁGICO ○Ligado a quadros de hipertensão arterial ○Causa hemorragia dentro do tecido cerebral AVC ISQUÊMICO ✢SINTOMAS ○Fraqueza de um lado do corpo ○Dificuldade para falar ○Perda de visão ○Perda da sensibilidade de um lado do corpo AVC HEMORRÁGICO ✢SINTOMAS ✢AVISOS ○Alteração motora ○Paralisia de um lado do corpo ○Distúrbio de linguagem ○Distúrbio sensitivo ○Alteração no nível de consciência ✢Sinais dependem do local do cérebro que foi acometido ✢Mais grave ✢Altos índices de mortalidade ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL - AVC ✢Muito comum o idoso apresentar o AVC mais de uma vez ✢A somatória de lesões no cérebro pode causar problemas de memória ✢Isquemias cerebrais têm grande contribuição para os casos de demência no Brasil ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL - AVC ✢Muitas vezes o derrame traz alguns sinais, mas na maior parte dos casos não vem com avisos ✢IMPORTANTE ✢Manter a saúde em ordem ✢Fazer sempre um acompanhamento uma vez por ano para quem não tem nenhum problema ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL - AVC ✢TRATAMENTO PREVENTIVO ✢Engloba o controle de vários fatores de risco vasculares ✢Pressão arterial ✢Diabetes ✢Colesterol ✢Triglicérides ✢Doenças cardíacas ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL - AVC ✢TRATAMENTO PREVENTIVO ✢NÃO FUMAR ✢Alimentação saudável ✢Praticar exercícios físicos regularmente URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS OBSTÉTRICAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS OBSTÉTRICAS ✢Médicos e enfermeiros devem estar preparados para prestar assistência a uma paciente em processo de gestação, parto e puerpério, reconhecendo os sinais da gestação de alto risco, encaminhando para atendimento especializado quando necessário e prestando orientações quanto à saúde reprodutiva, planejamento familiar e assistência pré-natal, alémde um atendimento humanizado e de qualidade ao parto. ASSISTÊNCIA AO PARTO NORMAL ✢Realizar anamnese ✢Exame físico obstétrico ✢Buscar informações sobre a gestação atual ✢Realização do pré-natal ✢Paridade número de partos ✢Intercorrências em gestações anteriores ✢Problemas de saúde, etc. ASSISTÊNCIA AO PARTO NORMAL ✢O início do trabalho de parto é desencadeado por fatores maternos, fetais e placentários, que se interagem ✢Socorrista ✢Identificar o trabalho de parto sinais ✢Discreto sangramento vaginal ✢Perda de tampão mucoso ✢Eliminação de líquido amniótico em condições normais, apresenta-se claro, translúcido e com pequenos grumos semelhantes a pedaços de leite coalhado ASSISTÊNCIA AO PARTO NORMAL ✢Contrações uterinas inicialmente regulares, de pequena intensidade, com duração variável de 20 a 40 segundos, podendo chegar a duas ou mais em dez minutos; ✢Desconforto lombar; ✢Alterações da cérvice (colo uterino) com amolecimento e dilatação progressiva ✢O exame cervical deve ser realizado por médico ou enfermeiro obstetra ASSISTÊNCIA AO PARTO NORMAL ✢Controle dos batimentos fetais deve ser realizado a cada hora do trabalho de parto, durante e após a contração uterina. ✢Na avaliação da dinâmica uterina, sempre deve ser feita a ausculta do coração do feto ✢COMPLICAÇÕES ○Acelerações ○Desacelerações ○Mecônio ✢Ausculta necessita ser verificada a cada 5, 10 ou 15 minutos depende da situação PERÍODOS CLÍNICOS DO PARTO ✢1- DILATAÇÃO ✢2- EXPULSÃO FETAL ✢3.DEQUITAÇÃO ✢4.PERÍODO DE GREENBERG DILATAÇÃO ✢Definido clinicamente de primeiro estágio ✢Tem início com a instalação das contrações regulares ✢Ocorre gradualmente dilatação total da cérvice EXPULSÃO FETAL ✢Inicia-se com a completa dilatação do colo uterino ✢Termina com o nascimento completo do bebê ✢Total dilatação da cérvice caracteriza o início do segundo período do parto expulsão ✢Termina com o nascimento da criança ✢Ao final do primeiro período do trabalho de parto, o sangramento aumenta com a laceração dos capilares no colo uterino EXPULSÃO FETAL ✢Manter o recém-nascido aquecido cobrir com um lençol/manta previnir hipotermia ✢A mulher deve ser incentivada a iniciar a amamentação nos primeiros minutos após o parto ✢Facilita a saída da placenta ✢Estimula a involução do útero diminui o sangramento pós-parto ✢Vínculo precoce com o bebê EXPULSÃO FETAL ✢CORDÃO UMBILICAL ✢Se estende do umbigo à superfície fetal da placenta ✢Comprimento em média 55cm ✢Diâmetro entre 1 e 2,5cm ✢Estrutura que liga o feto à placenta ✢Vital ao feto DEQUITAÇÃO ✢Secundamento ou delivramento ✢Tem início após a expulsão do feto ✢Termina com a saída da placenta e seus anexos membranas – córion e âmnio ✢Parturiente experimenta um período de bem- estar e alegria repouso fisiológico do útero término das contrações uterinas. ✢Aproximação precoce entre a mãe e o recém- nascido fortalece o vínculo afetivo e a maternidade DEQUITAÇÃO ✢Após os sinais positivos de descolamento placentário (sangramento aumentado), o profissional que assiste ao parto deve realizar a manobra de rotação no sentido horário para a retirada da placenta MANOBRA DE JACOBS ✢Membrana se descolam e se desprendem DEQUITAÇÃO ✢Após a dequitação, examina-se o canal vaginal, o colo uterino e a região perineal, para a identificação de rupturas e lacerações; ✢Caso tenha sido realizada episiotomia (corte no períneo) sutura DEQUITAÇÃO ✢Placenta ✢Cuidadosamente examinada com relação à sua integridade deve estar completa ✢Tipo de vascularização ✢Local de inserção do cordão ✢Verificação do número de vasos do cordão umbilical 2 artérias e 1 veia ✢Presença de nós e tumorações DEQUITAÇÃO ✢PROFISSIONAL ✢Ficar atento para as perdas sanguíneas não podem ser superiores a 500 ml ✢Condições gerais da paciente ✢Registrar o horário de saída da placenta ✢Placenta pesar e registrar o peso PERÍODO DE GREENBERG ✢Definido como a primeira hora após a saída da placenta ✢Podem acontecer as grandes hemorragias e complicações que solicitem habilidade e conhecimento da equipe de saúde ✢A assistência ativa nesse período e a vigilância ao lado da paciente surpreendem e corrigem oportunamente quaisquer desvios do mecanismo fisiológico PERÍODO DE GREENBERG ✢PROFISSIONAL DE SAÚDE ✢Observar rigorosamente os lóquios (sangramento pós-parto) ✢Avaliar a involução e contração uterina intervir em qualquer anormalidade ✢Sinais vitais devem ser verificados com atenção, especialmente a pressão arterial e frequência cardíaca, que se manifestam alteradas em quadros hemorrágicos SINAIS INDICATIVOS DE POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES MATERNO-FETAIS COMPLICAÇÕES MATERNO-FETAIS ✢Sangramento anormal durante a gestação ou trabalho de parto podem indicar uma placenta prévia (placenta baixa) ou descolamento prematuro da placenta (DPP) ✢DESCOLAMENTO DE PLACENTA ○Hemorragia acompanhada de dor súbita e enrijecimento da parede abdominal ○Gestante deverá ser encaminhada com urgência ao hospital para avaliação e conduta COMPLICAÇÕES MATERNO-FETAIS ✢PRÉ-ECLÂMPSIA ○Paciente com elevação da pressão arterial ○Presença de edema ○Proteinúria ✢Monitorar atentamente a pressão arterial e batimentos cardíacos fetais ✢Gestante deverá ser mantida em decúbito lateral esquerdo e encaminhada para acompanhamento em serviço de gestação de alto risco COMPLICAÇÕES MATERNO-FETAIS ✢ECLÂMPSIA ✢Crises convulsivas ✢Além dos sinais descritos na pré-eclâmpsia ✢Vômitos excessivos (hiperemese gravídica) ✢Excesso de líquido amniótico polidrâmnio ✢Redução do líquido amniótico oligodrâmnio COMPLICAÇÕES MATERNO-FETAIS ✢Presença de líquido amniótico com mecônio ✢PROLAPSO DE CORDÃO UMBILICAL ○Parturiente deverá ser colocada em posição genupeitoral e o cordão envolvido com uma compressa estéril umidificada com soro fisiológico ○O cordão umbilical não deverá ser colocado para dentro do canal vaginal ○Cesárea é indicada imediatamente COMPLICAÇÕES MATERNO-FETAIS ✢Assistência pré-natal de qualidade ✢Prevenir grande parte das complicações surgidas no ciclo gravídico-puerperal ✢Reduz significativamente a morbimortalidade materna e/ou fetal COMPLICAÇÕES MATERNO-FETAIS ✢Equipe de saúde ✢Trabalhar conjuntamente e de forma humanizada promover a saúde do binômio mãe – filho ✢Apta a lidar com as intercorrências e dificuldades do processo gestacional