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FES_Function_Electrical_Stimulation (1)

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FES
Function Electrical Stimulation
Estimulação Elétrica 
Neuromuscular
(EENM)
CONCEITO:
 Estimulação elétrica neuromuscular 
funcional, é uma corrente de baixa 
frequência caracterizada por pulsos de forma 
retangular bifásicos simétricos, modulados 
em amplitude e frequência.
 Utilizada para ativação de músculos
esqueléticos inervados e produção de 
movimentos. 
Objetivo do FES
 “É uma forma de eletroterapia capaz de 
produzir contrações musculares com 
objetivos funcionais”.Trata-se de uma 
estimulação de músculos desprovidos de 
controle motor ou com insuficiência contrátil 
ou “postural”,com o objetivo de produzir um 
movimento funcional e utilizávele/ou 
substituir uma órtese convencional.
 A técnica FES tem como base a produção da 
contração através da estimulação elétrica, 
que despolariza o neurônio motor, 
produzindo uma resposta sincrônica em 
todas as unidades motoras do músculo. Este 
sincronismo promove uma contração 
eficiente, mas é necessário treinamento 
específico, a fim de evitar a fadiga precoce 
que impediria a utilização funcional do 
método com o objetivo re-habilitacionais.
A FES POSSUI AS SEGUINTES CONFIGURAÇÕES:
• Freqüência de pulsos
•Amplitude
•Largura do pulso
•Rampa de subida
•Rampa de descida
•Tempo de sustentação
•Modos sincronizados ou recíprocos
INDICAÇÕES:
TS
REPOUSO
RS: rampa de subida
TS: tempo de sustentação
RD: rampa de descida
BURST BURST
TRENS DE PULSO
 É necessário uma série de estímulos com uma 
certa duração, seguidos por outros com uma 
apropriada freqüência e repetição. Esta 
seqüência de estímulos recebe o nome de trem 
de pulsos. Um período entre dois trens de 
pulso período de repouso deve ser observado, 
afim de evitar a fadiga na fase de 
recondicionamento muscular ou para permitir o 
controle das contrações musculares e se 
obterem movimentos úteis à locomoção.
A FORMA DO TREM DE PULSO
Pode ser retangular, porém fases de ascensão e 
descida mais inclinadas possibilitam uma contração 
muscular com características mais biológica, se o 
tempo de subida do pulso for muito lento, a fibra 
nervosa sofre um processo de acomodação de 
membrana e pode não responder, apesar da 
intensidade da corrente satisfatória.Além da forma 
do trem de pulsos, as características individuais de 
cada pulso devem ser determinadas, afim de se 
obter o efeito terapêutico.
Parâmetros de FES Para Força Muscular
Freqüência Alta (70 Hz ou mais)
Amplitude – a máxima tolerada pelo paciente
Pulso – 200 a 500 microssegundo
Relação on/off – on time: ± 3 segundos off time: 12’’
 “Pensar” mais na amplitude do que no tempo que o músculo fica
contraindo (recrutamento das unidades motoras)
 Rampa de subida/descida – 1 a 2 seg
 O paciente deve contrair junto com a corrente assim que “sentir” a
contração começar
Parâmetros para 
Resistência muscular
 Frequência – baixa ( até 
30Hz)
 Relação on/off – 8/16
 Amplitude: o suficiente para 
ocorrer contração muscular
Sub-luxação de Ombro
 Colocar 1 eletrodo no supra-
espinhoso e o outro no
deltóide posterior
 Trabalhar configuração para 
“resistência”
Tipos de Configurações
 Frequência de Pulsos – pode variar até 100 pps
 Frequência do Burst - pode variar de 1 a 100 burts 
p/segundo (número de “pacotes”)
 Duração de pulso = largura do pulso
 Tempo de Subida do Burst – permite o ajuste, em 
segundos, da velocidade de contração
 Sustentação do Burst – ajusta o tempo da 
contração (tamanho do burst)
 Tempo de Descida do Burst – permite o ajuste, em 
segundos, da velocidade do relaxamento
 O ajuste da intensidade é feito individualmente em 
cada canal
 Modo recíproco – canais ativados alternadamente
 Modo Sincronizado – canais são ativados ao 
mesmo tempo
 Modo Retardado – possibilidade de ajuste de todos 
os parâmetros separadamente em cada canal
 Operação Manual ou automática – ativador ou 
bloqueador manual do impulso 
 Colocação dos eletrodos
 - Sobre ou ao redor da área dolorosa
 - Sobre os dermátomos que correspondem à 
área dolorosa
 - Próximo à medula que inerva área dolorosa
 - Sobre nervos periféricos que inervam a 
área dolorosa
 - Sobre estruturas vasculares superficiais
 - Sobre pontos motores
INDICAÇÕES:
 Fortalecimento Muscular (hipotrofias, pacientes imobilizados 
por gessos...)
 Facilitação Neuromuscular (hemiplegias, monoplegias,...)
 Controle da Espasticidade
 Uso como Órteses (manter alinhamento do ombro quando há 
sub-luxações em paralisias em flácidas)
 Minimizar Efeitos da Imobilização (melhorar amplitude de 
movimento nas seqüelas de fraturas,...)
 Escoliose
 Melhora da Capacidade Cardiopulmonar
 Ginecologia 
CONTRA-INDICAÇÕES:
 ABSOLUTAS:
 Marca-passo. - Epilepsia
 Doença vascular periférica (tromboses)
 Infecções -Osteoporose Severa
 Seio carotídeo
 Fraturas
 Espasticidade muito severa(4 na Escala Aswort)
 RELATIVAS:
 Pacientes diabéticos -
 Neuropatias periféricas
 Estado emocional do paciente
PARÂMETROS DO FES PARA 
TRABALHAR FORÇA MUSCULAR
Frequência 20 Hz (Kramer, 1987), 30 a 70Hz (Delitto, 
2001)
Amplitude – a máxima tolerada pelo paciente
Pulso – 200 a 500 microssegundo
Relação on/off – on time: 10 a 15 segundos/ off time: 
50 a 60 seg
 “Pensar” mais na amplitude do que no tempo que o 
músculo fica contraindo (recrutamento das unidades 
motoras) 
 Rampa de subida/descida – 1 a 2 seg
PROTOCOLO P/ FORÇA SEGUNDO 
SOO E COL. (1988):
 Contrações – 10 a 15 seg, 6 a 12 repetições por 
série, 1 a 3 séries por sessão, 1 a 3 sessões por dia, 
3 a 5 vezes por semana.
 Frequência Alta – recruta 80% de fibras brancas e 
20% de fibras vermelhas
 Frequência Baixa – recruta 40 % de fibras 
vermelhas e 60% de fibras brancas
 O paciente deve contrair junto com a corrente assim 
que “sentir” a contração começar
FES PARA RESISTÊNCIA À FADIGA 
MUSCULAR:
 Segundo Nivaldo Parizzoto (2004) :
 Frequência – mais alta que a usada na 
força
 Relação on/off – 1/1; 1/0,5; 12/8
 Deve-se chegar próximo ao limiar de fadiga, 
usar pequenos intervalos
FES PARA SUB-LUXAÇÃO DE 
OMBRO:
 Colocar 1 eletrodo no supra-espinhoso e o 
outro no deltóide posterior
 Trabalhar configuração para “resistência”
FES NA ESPASTICIDADE:
 Quando estimulamos o antagonista ocorre inibição 
reflexa do agonista espástico.
 Quando estimulamos o agonista espástico 
queremos produzir fadiga do músculo
 ATENÇÃO: a amplitude não pode causar dor no 
paciente caso contrário a espasticidade aumenta
 Rampa de subida curta (máx 3 seg)
 Uso com Botox é o ideal
ORIENTAÇÕES
Elevar aos poucos a intensidade da corrente nas 
primeiras sessões
 Eletrodo ativo posicionado sobre o ponto motor ou 
ventre muscular do músculo a ser estimulado
 Usar correntes despolarizadas para estimulação 
mioeletrica da face
 Realizar estimulação elétrica de forma modulada 
para evitar fadiga
 Na obesidade, limiar de excitabilidade é alto
 Pacientes com neuropatias periféricas devem ser 
ORIENTAÇÕES
 Realizar estimulação elétrica de forma modulada 
para evitar fadiga
 Na obesidade, limiar de excitabilidade é alto
 Pacientes com neuropatias periféricas devem ser 
melhor monitorados
 Intensidade adequada contribui para hipertrofia e 
aumento de potencia de músculo debilitado
 Antes do tratamento, a pele deve ser lavada com 
água e sabão ou limpa com lenço umedecido com 
álcool.

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