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Intervenções interdisciplinares na dor

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23/05/23, 22:10 Intervenções interdisciplinares na dor
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Objetivos
Módulo 1
Intervenções médicas
Reconhecer os métodos médicos de intervenção na dor.
Acessar módulo
Módulo 2
Intervenções psicoterapêuticas
Identificar as práticas psicoterapêuticas utilizadas nos pacientes com dor.
Acessar módulo
Módulo 3
Intervenções interdisciplinares na dor
Prof.ª Andréa Gerevini da Fonseca
Descrição
Os métodos médicos de intervenção na dor, as práticas psicoterapêuticas e algumas terapias holísticas e práticas
complementares de tratamento da dor.
Propósito
Desde 1996, a dor é considerada o “quinto sinal vital”. É uma condição extremamente complexa e subjetiva, que
apresenta sintomatologia orgânica, emocional e comportamental. Portanto, diversos profissionais podem atuar na
melhoria da qualidade de vida do paciente. O fisioterapeuta deve ter conhecimento sobre a atuação da Medicina, bem
como métodos holísticos, psicoterapêuticos e alternativos, que podem ser utilizados no tratamento da dor.
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Terapias holísticas e práticas complementares
Identificar algumas terapias holísticas e práticas complementares de tratamento da dor.
Acessar módulo
1
A dor é o fenômeno de percepção da nocicepção, isto é, o fenômeno que torna consciente a existência de um potencial estímulo nocivo no
corpo.
A dor pode ser classificada de diversas formas:
Nociceptiva: aquela proveniente da estimulação periférica dos receptores de dor.
Neuropática: lesão das fibras neuronais.
Aguda ou rápida: termina pouco após a retirada do estímulo e tem localização espacial restrita – dor em pontada.
Crônica ou lenta: lesão do tecido, e possui pouca localização espacial, não é restrita – dor em queimação.
Cada tipo de dor deve ser analisado, interpretado e corretamente diagnosticado para que as terapias de tratamento possam ser eficazes, isto
é, gerar alívio da dor. Sempre acredite na resposta do paciente.
As terapias denominadas intervencionistas são terapias cujo objetivo é o tratamento da dor com o mínimo de invasão ao corpo.
Além disso, as terapias intervencionistas são multiprofissionais, isto é, envolvem vários profissionais, como médicos, fisioterapeutas,
educadores físicos, nutricionistas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, enfermeiros, dentre outros.
Neste conteúdo, apresentaremos as diferentes terapias intervencionistas e como o trabalho de multiprofissionais pode servir para a melhoria
na qualidade de vida das pessoas.
Introdução
Intervenções médicas
Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer os métodos médicos de intervenção na dor.
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Analgésicos não opioides ou anti-in�amatórios não narcóticos
O objetivo das terapias médicas intervencionistas é o alívio da dor usando técnicas minimamente invasivas para tal. As técnicas são escolhidas
baseadas em um gráfico de escala/escada de dor, montado depois de uma cuidadosa anamnese do paciente. A partir dessa escala, o médico
escolherá a melhor terapia farmacológica para o tratamento da dor.
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Escada da dor OMS modificada.
Vários fármacos podem ser utilizados no tratamento para alívio dos diversos tipos de dor. Vamos falar um pouco de cada um deles. Começando
pelos mais simples, os analgésicos não opioides.
Eles são fármacos heterogêneos, isto é, farmacologica e quimicamente diferentes, mas que possuem efeitos analgésicos, antipiréticos (febre) e
anti-inflamatórios em comum. Esses fármacos são também conhecidos pelos nomes: anti-inflamatórios não esteroidais (AINES) ou analgésicos
não narcóticos, e são os fármacos mais comuns e amplamente empregados no tratamento da dor, da inflamação e da febre (antitérmico-
antipiréticos).
A inflamação é uma resposta causada pela agressão às células dos tecidos. Essas células então respondem,
produzindo uma série de substâncias químicas denominadas de mediadores químicos da inflamação.
Os mediadores químicos da inflamação são responsáveis pela vasodilatação e, portanto, levando a um maior fluxo de sangue na região da lesão,
edema, atração de células de defesa como leucócitos (eosinófilos, mastócitos, macrófagos, linfócitos etc.) e a sensibilização dos terminais
nervosos livres (dor).
Não importa qual o estímulo inicial, a resposta clássica inclui: dor, calor, rubor (vermelhidão) e tumor (edema/tumefação). Essa resposta, na maioria
das vezes, é benéfica, e auxilia o tecido a se recuperar. Entretanto, essas respostas podem evoluir para uma resposta crônica, isto é, dura mais
tempo do que deveria, gerando principalmente dor persistente e aumentando a degeneração dos tecidos.
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Os mediadores químicos mais envolvidos na resposta inflamatória são um grupo denominado de eicosanoides e são produzidos a partir dos
lipídeos das membranas plasmáticas das células que sofreram agressão.
Os eicosanoides ou derivados do ácido araquidônico são: prostaglandinas, prostaciclinas, tromboxano A2; leucotrienos; lipoxinas e hepoxinas. Além
dos eicosanoides, a inflamação também estimula a produção de PAF (fator de ativação de plaquetas). Tanto os eicosanoides quanto o PAF atuam
em várias situações patogênicas ou fisiológicas, como: inflamação; tônus da musculatura lisa; hemostasia; trombose; parturição (trabalho de parto),
secreção gastrintestinal, dentre outras.
Uma vez que uma célula sofra qualquer tipo de lesão – mecânica, química, térmica –, essa célula ativará uma enzima denominada de fosfolipase. A
fosfolipase quebra os fosfolipídeos das membranas plasmáticas liberando o ácido araquidônico.
O ácido araquidônico, uma vez livre no citoplasma da célula, pode sofrer a ação das enzimas cicloxigenases -1 e -2 (COX-1 e COX-2) que vão
converter o ácido araquidônico em eicosanoides – prostaglandinas, prostaciclinas, tromboxanos e leucotrienos.
Conversão do ácido araquidônico pela ação das enzimas COX -1 e -2.
Os anti-inflamatórios não esteroidais (AINES) atuam na via das cicloxigenases, inibindo essas enzimas e, portanto, inibindo a produção dos
eicosanoides: prostaglandinas, prostaciclinas, leucotrienos e tromboxanos, o que vai diminuir a inflamação e a percepção de dor. Além da dor,
Atenção!
Essas substâncias possuem ações benéficas ou fisiológicas, como também atuam de forma a trazer malefícios ao corpo.

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ocorre a diminuição do edema e da vermelhidão.
Os AINES atuam tanto no nível dos nociceptores periféricos quanto no corno dorsal da medula espinal. Por terem ação na medula espinal, não são
mais designados como analgésicos periféricos.
Vamos conferir agora as classes de AINES!
Cada classe possui uma gama de efeitos adversos, sendo que os mais comuns são: gastrite, que pode evoluir para úlcera gástrica; insuficiência
renal; redução da agregação plaquetária – importante deixar claro que cada classe apresenta esses efeitos em graus diferentes.
Na escolha de um AINE para o tratamento da dor, deve ser levada em conta a sua ação na sensibilização dos nociceptores, bem como a
sensibilização dos neurônios do corno dorsal da medula espinal. Normalmente, são utilizados em lesões de tecidos (tissulares) onde há
Salicilatos
Ácido acetilsalicílico (aspirina); diflunisal.
Derivado paraminofenol
Paracetamol (acetominofeno).
Derivados do ácido acético
Indometacina; sulindaco; etodolaco; ácido mefenâmico; cetorolaco; diclofenaco etc.
Derivados do ácido propiônico
Ibuprofeno;naproxeno; fenoprofeno; cetoprofeno; flurbiprofeno etc.
Derivados do ácido enólico
Piroxicam; meloxicam; nabumetona.
Inibidores seletivos da COX-2
Colecoxibe; valdecoxibe; etoricoxibe etc.
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hiperalgesia provocada por mediadores químicos da inflamação.
Os usos mais comuns dos AINES são:

Artrite reumatoide

Osteoartrite

Espondilite anquilosante

Artropatias leves

Dor e rigidez matinal

Gota
O uso de AINES em idosos deve ser muito cauteloso. Sabe-se que o envelhecimento é acompanhado da diminuição de várias funções orgânicas. As
prostaglandinas possuem efeitos fisiológicos sobre as funções renais e cardiovasculares e, portanto, sua inibição pelos AINES precisa ser
acompanhada – principalmente a função renal. Nos idosos, os AINES interferem na eficácia dos anti-hipertensivos e diuréticos.
Os AINES seletivos para COX-2 foram desenvolvidos para minimizar os efeitos adversos graves como sangramento gástrico e insuficiência renal,
entretanto, foi observado que a COX-2 também possui papel fisiológico no sistema cardiovascular. A utilização dos AINES seletivos pode provocar
aumento dos riscos de infarto (riscos cardiovasculares) e tromboembólicos. O médico deverá avaliar o custo/benefício do uso desses
medicamentos e sua segurança em cada paciente.
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O paracetamol tem sido grandemente utilizado no tratamento da dor por apresentar poucos efeitos adversos. O maior efeito adverso do
paracetamol é seu alto potencial hepatotóxico dependente da dose (maior que 4g/dia). O risco aumenta em pacientes que já apresentam qualquer
doença hepática.
Medicamentos adjuvantes
Um fármaco é classificado como adjuvante da terapia da dor quando foi desenvolvido com outro objetivo e, entretanto, possui ação na analgesia. As
vantagens são: reduzem as quantidades de opioides e tratam outros sintomas relacionados à dor (insônia, parestesia, contraturas musculares etc.)
Anticonvulsivantes
Os anticonvulsivantes possuem vários mecanismos de ação, e diversos pesquisadores acreditam que a ação desses fármacos é devido à
combinação desses mecanismos.
Os anticonvulsivantes usados antigamente eram a carbamazepina, valproato e oxcarbazepina, que possuíam vários efeitos adversos. Atualmente,
os anticonvulsivantes mais utilizados são gabapentina, pregabalina e lamotrigina.
Normalmente, são considerados quando os anti-inflamatórios não possuem qualquer ação. Deve-se sempre manter uma monitorização dos níveis
séricos desses fármacos.
Antidepressivos
São drogas utilizadas como adjuvantes no tratamento da dor, isto é, em associação a outros fármacos. Os antidepressivos podem ajudar a aliviar a
dor em pessoas mesmo sem depressão. São divididos em várias classes, entretanto, as duas classes mais eficazes no alívio da dor são:
Gabapentinoides 
Lamotrigina 
Topiramato 
Carbamazepina 
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antidepressivos tricíclicos e os antidepressivos inibidores seletivos da receptação de serotonina (ISRS). Atuam tanto ao nível de sistema nervoso
central quanto ao nível de sistema nervoso periférico.
É necessário aguardar no mínimo duas semanas para que os efeitos se iniciem.
Antidepressivos tricíclicos: Atuam inibindo a recaptação de serotonina e noradrenalina – isso aumenta a disponibilidade desses
neurotransmissores na fenda sináptica. Esses neurotransmissores aumentam nas vias descendentes da analgesia e reforçam essa via; aumentam a
afinidade dos opioides pelos seus receptores.
Estão divididos em aminas secundárias e terciárias.
Aminas secundárias
Nortriptilina, protriptilina, desipramina e maprotriptilina.
Aminas terciárias
Amitriptilina, imipramina, clomipramina, trimipramina e doxepina.
Os antidepressivos tricíclicos causam efeitos adversos, como: boca seca; gosto metálico; desconforto epigástrico; prisão de ventre; tontura;
taquicardia; palpitações; visão turva e retenção urinária. Há risco de arritmias com overdoses. As aminas terciárias possuem efeitos adversos mais
acentuados.
São muito indicados em dores neuropáticas e enxaquecas.
Inibidores seletivos da receptação de serotonina (ISRS): atuam inibindo somente a recaptação da serotonina – aumentando sua disponibilidade na
fenda sináptica. Também atuam nas vias descendentes da analgesia; aumentam a afinidade dos opioides pelos seus receptores.
Os ISRS possuem como efeitos adversos: náuseas; vômitos; cefaleia; disfunção sexual, como atenuação do orgasmo nas mulheres e inibição da
ejaculação.
Duloxetina: é um antidepressivo atípico e também bloqueia a recaptação de noradrenalina e de serotonina – aumenta a disponibilidade desses
neurotransmissores na fenda sináptica.
Atualmente, é um dos antidepressivos mais utilizados no tratamento de dores neuropáticas pela sua eficácia no controle da dor. É bem tolerada nos
idosos por possuir poucos efeitos adversos anticolinérgicos.
Exemplo
Citalopram; escitalopram; fluoxetina; paroxetina; sertralina; venlafaxina; desvenlafaxina.

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Os efeitos adversos mais comuns são: cefaleia, insônia, disfunção sexual, boca seca, tontura, sudorese, perda de apetite, sedação, náuseas.
Neurolépticos
Também classificados como antipsicóticos e utilizados no tratamento de psicoses, como a esquizofrenia, daí também serem chamados de
antiesquizofrênicos.
São classificados como típicos e atípicos. Vamos conferi-los!
Outros fármacos
Atenção!
Os antidepressivos tricíclicos, apesar de possuírem mais efeitos adversos que os ISRS, são mais eficazes no tratamento da dor. Por isso,
cada caso deve ser analisado de forma única, levando em consideração a idade e os hábitos de vida dos pacientes.

Típicos 
Atípicos 
Anti-in�amatórios esteroidais ou corticoides ou hormonais
Aliviam a dor por meio da ação anti-inflamatória, pois suprimem o sistema imunológico. Podem ser administrados por via oral,
injetável (intramuscular, intratecal ou sistêmico).
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Opioides
Os opioides exógenos (ou sintéticos) atuam no corpo imitando substâncias que são produzidas pelo próprio corpo, e que são chamadas de
peptídeos opioides endógenos ou endorfinas.
Clonidina
Anti-hipertensivo de ação central. Atua como um agonista dos receptores α2-adrenérgicos.
Relaxantes musculares
Atuam reduzindo a dor muscular. Alguns atuam reduzindo a atividade sináptica central pela ativação dos receptores do
neurotransmissor GABA.
Baclofeno
Atua como um agonista dos receptores GABA B (ácido gama-aminobutírico), causando hiperpolarização por meio do aumento da
entrada de potássio nos neurônios.
Carisoprodol
Ainda obscuro, mas admite-se que faça bloqueio da atividade dos interneurônios na formação reticular descendente e na medula
espinal.
Tizanidina
Reduz a liberação pré-sináptica de glutamato na medula espinal.
Curiosidade

d
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Já é sabido que neurônios do sistema nervoso central (SNC) e periférico (SNP) possuem receptores para os opioides endógenos, os quais são alvo
também dos opioides sintéticos.
Os neurônios apresentam quatro classes principais de receptores opioides:

μ (mu), também chamado de MOP.

δ (delta), também chamado de DOP.

Κ (kappa), também chamado de KOP.

FQ (orfanina), também chamado de NOP.
Os receptores μ estão concentrados na região do corno dorsal da medula espinal, no bulbo e na grísea periaquedutal, as regiõescentrais envolvidas
com a analgesia. Além desses receptores, essas regiões também apresentam os receptores Κ e δ. Todos estão em posições estratégicas para
regular a sensação de dor. Os receptores μ medeiam os efeitos indesejáveis, como depressão respiratória, constipação e imunossupressão.
O ópio, bem como seus derivados sintéticos como morfina, codeína e outros, são utilizados desde a antiguidade para o tratamento de
dores.
Atenção!

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Podem ser utilizados sozinhos ou em associação aos anti-inflamatórios, sendo que nas associações o objetivo é potencializar o efeito analgésico
reduzindo a concentração do opioide.
Os receptores foram classificados de acordo com sua afinidade pelos seus agonistas. Um exemplo é a alta afinidade da morfina pelos receptores μ.
Além do fato de haver uma grande correlação entre a potência do agonista (substância que se liga e ativa um receptor) e a sua afinidade de ligação
a esses receptores. Essa relação de localização dos receptores opioides com as áreas centrais envolvidas na analgesia só reforça o conceito de que
há regiões do encéfalo responsáveis pela redução ou abolição da percepção da dor.
A escolha de um opioide deve ser orientada pela sua potência, características farmacológicas e via de administração disponível.
A depressão respiratória é o efeito adverso mais perigoso causado por esses fármacos. É provocada pela redução da sensibilidade dos
quimiorreceptores centrais à concentração de dióxido de carbono. O tratamento da depressão respiratória deve ser feito com fármacos
antagonistas opioides como a naloxona e naltrexona, que bloqueiam os receptores opioides, impedindo que os opioides sintéticos se liguem a eles.
A morfina é o fármaco mais seguro devido às suas características farmacocinéticas. Proporciona uma analgesia em torno de 4 a 8 horas de
duração. Não há evidências que demonstrem que outros opioides tenham maior eficácia analgésica que a morfina.
Tratamentos invasivos
O número de receptores μ nos neurônios Aδ, que levam informação de dor aguda ou rápida é menor que os encontrados nas fibras C que
medeiam a dor crônica. Isso explica por que a morfina é menos eficaz nas dores agudas que nas dores crônicas.
Mecanismo de ação geral 
Fármacos mais utilizados 
Vias de administração 
Atenção!
Esses fármacos induzem à tolerância e dependência.

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A maioria dos tratamentos aqui descritos têm por finalidade o tratamento da própria dor (controle sintomático), e não da sua causa.
Os tratamentos invasivos são classificados em:
Ablativos
Quando não preservam o SNC ou SNP.
Não ablativos
Quando preservam o sistema nervoso.
Anestésicos locais
É um procedimento não ablativo.
Os anestésicos locais mais utilizados para o tratamento são: procaína, lidocaína, prilocaína, bupivacaína e ropivacaína. Podem ser administrados
por via tópica (local), infusão próxima dos troncos nervosos ou mesmo por via sistêmica em doses iguais às suas ações antiarrítmicas.
A administração deve ser realizada em centros especializados e os sinais vitais devem ser monitorizados.
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Os anestésicos locais são fármacos lipossolúveis e atravessam a membrana das fibras neuronais, se ligam e bloqueiam os canais de Na+
dependentes de voltagem ao longo dos axônios impedindo a condução dos potenciais de ação, o que impede a liberação dos neurotransmissores
na fenda sináptica.
Indicações: curativos, mobilidade e reduções de membros com fraturas ou luxações; retirada de cistos e abcessos.
Neuroablação
São utilizadas estratégias cirúrgicas para fazer a interrupção da comunicação (tomias) ou a retirada da região (ectomias) no SNP ou SNC. O objetivo
é interromper a via da dor de forma cirúrgica por meio de lesões seletivas de estruturas nervosas.
Atenção!
Os anestésicos locais interferem com a atividade motora do membro ou da região anestesiada, ao contrário das infusões com opioides.

Simpatectomia
Consiste na lesão ou destruição de nervos periféricos ou das vias nervosas da dor na medula espinal. Bem parecidas com essa
intervenção são a rizotomia e a neurotomia.
Tratotomia de Lissauer e lesão do corno posterior da medula espinal
Consiste na lesão do corno dorsal da medula espinal. É realizada por radiofrequência.
Reticulotomia rostral mesencefálica ou mesencefalotomia
Lesão do trato espinorretículo talâmico.
Nucleotratotomia trigeminal pontina
C i t bl ã d ú l d t t i l d t i ê d fib d d t
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Neuroestimulação invasiva
É uma técnica que utiliza a estimulação elétrica direta do tecido neuronal pela implantação de eletrodos. Tornou-se um método de indução de
analgesia sem destruição e se houver efeitos indesejáveis é só interromper a estimulação.
Pode ser feita na medula espinal; no córtex motor; no gânglio da raiz dorsal e nervos periféricos.
A eficácia do tratamento depende da seleção de pacientes aptos; dos materiais utilizados e das técnicas escolhidas pelos neurocirurgiões.
É utilizada para tratamento da dor crônica não responsiva a outras técnicas, principalmente as de origem neuropática.
Implantes de dispositivos para administração de fármacos no SNC
Essa técnica consiste na implantação no SNC de dispositivos que possuem câmaras para armazenar fármacos e fazer a liberação gradual deles no
tecido nervoso. Esses dispositivos possuem cateteres que liberam os fármacos diretamente nos compartimentos epidural e ventricular.
O equipamento consiste, além do cateter e da câmara, de uma bomba infusora. A câmara precisa ser puncionada
periodicamente para ser preenchida com mais fármacos. Esses dispositivos são implantados por meio de
procedimentos cirúrgicos com anestesia local ou geral.
Os fármacos mais utilizados são: morfina, meperidina, metadona, tramadol, fentanila, sufentanila, alfentanila, buprenorfina, clonidina.
Consiste na ablação do núcleo do trato espinal do nervo trigêmeo e de suas fibras descendentes.
Mielotomia extraleminiscal
Lesão das fibras do trato espinorretículo talâmico que cruzam a medula espinal.
Talamotomia
Lesão dos núcleos talâmicos para onde convergem as fibras das vias espinotalâmicas e paleoespinotalâmicas.
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Intervenções médicas na dor
Confira agora como os médicos atuam em pacientes com dor, seja com prescrição de medicamentos até intervenções invasivas.
Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Módulo 1 - Vem que eu te explico!
Opioides
Módulo 1 - Vem que eu te explico!
Neuroablação para tratamento da dor


d
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Questão 1
Os AINES são fármacos heterogêneos e que possuem características em comum, que são a ação anti-inflamatória, analgésica e antipirética.
Seu mecanismo de ação é

Vamos praticar alguns conceitos?
Falta pouco para atingir seus objetivos.
A a ativação dos receptores MOP.
B o bloqueio das enzimas COX.
C o bloqueio dos canais de sódio.
D o bloqueio dos canais de cálcio.
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Questão 2
O topiramato é um fármaco que pertence a qual classe?
2
E a ativação dos canais de potássio.
Responder
A Opioides
B AINES
C Antidepressivos
D Anticonvulsivantes
E Corticoides
Responder
Intervenções psicoterapêuticas
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar as práticas psicoterapêuticas utilizadas nos pacientes com dor.
d
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A dor e a psicologia
A dor é uma experiência sensorial desagradável do ponto de vista sensorial e emocional e atua também como um fator limitante para o indivíduo. A
dor é responsável pela redução da produtividade das pessoas, conflitos sociais, licenças médicas, aposentadoria precoce etc.
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Em 2004, a Organização Mundial de Saúde (OMS) considerou a dor como um problema de saúde pública e, juntamente com outros órgãos
internacionais, publicou um documento no qual dizem que o tratamento da dor deveria ser um direito humano. Seria necessário que cada país
desenvolvesse políticas públicas de saúde para o tratamento da dor.
A percepção da dor é um evento complexo e envolve muitas áreas corticais (SNC), algumas das quais são influenciadas pelas emoções, isto é, pelo
contexto emotivo da situação.
O conceito emocional também foi considerado a partir de observações de vários casos de lesões graves ocorridas em acidentes ou em guerras.
Como explicar que um soldado com uma lesão grave no corpo não sinta dor, ou só a sinta mais tarde, enquanto uma pessoa que acabou de se ferir
tão gravemente quanto, se em ambiente doméstico, sente muita dor?
Essas questões vêm sendo levantadas e a explicação encontrada pelos estudiosos está exatamente no contexto da situação em que as pessoas
estão envolvidas. Um soldado sabe que ele precisa levantar-se e sair daquela situação para não morrer, seu cérebro está voltado para a
sobrevivência a uma situação de perigo, enquanto em um ambiente doméstico não existe essa preocupação.
Os pesquisadores, para entender a complexidade da dor, costumam dividi-la em dois componentes:
Saiba mais
Vários estudos estimam que em torno de 12% a 55% da população mundial sofre com algum tipo de dor (aguda ou crônica) e que a maior
parte dessa população não tem acesso a nenhum tipo de tratamento.
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Componente sensorial-discriminativo – SN sensorial
Responsável pela detecção da intensidade, localização espacial; duração; padrão temporal e qualidade do estímulo nocivo.
Componente emocional-afetivo
Reação emocional decorrente da percepção, ou seja, a integração do estímulo com áreas do córtex e sistema límbico.
O tratamento psicológico vem crescendo ultimamente, visto que as intervenções psicológicas melhoram os quadros de depressão, estresse,
ansiedade, medo, baixa autoestima, insônia, crendices etc. A melhoria do quadro geral melhora a percepção da dor.
Mesmo os pacientes que possuem acesso aos tratamentos farmacológicos devem ter tratamento psicológico, pois que auxilia na orientação e
escolha de qual tipo de tratamento a ser escolhido pelo paciente e altera suas crenças sobre a dor e suas perspectivas em como tratá-la.
Podemos classificar o tratamento geral de um paciente com dor crônica em dois tipos:
Biomédico
Leva em conta somente o diagnóstico e o tratamento do indivíduo.
Biopsicossocial
Leva em consideração, também, os âmbitos social, psicológico, espiritual e físico do indivíduo.
É importante ressaltar que as estratégias psicoeducativas estejam voltadas para desenvolver no indivíduo valores como: compreensão da
complexidade da dor, técnicas de relaxamento, educação sobre a sua dor, habilidades sociais, adesão ao tratamento farmacológico, estimular a
prática de exercícios físicos e mudanças comportamentais relevantes, dentre outros.
A avaliação do paciente pelo terapeuta é complexa e leva em consideração fatores cognitivos, emocionais e comportamentais e, ainda, ambientais,
físicos e sociais, além dos fisiológicos. O terapeuta deve questionar também as crenças do paciente sobre seus processos de dor e levá-lo a refletir
sobre sua vivência na dor e as implicações que esta tem sobre seu cotidiano.
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Aspectos �siológicos da dor
Levar em consideração as sensações físicas como localização; intensidade; qualidade (queimação, pontada); duração
e classificação (incômoda, insuportável, horrível). Utilizar instrumentos de avaliação como as escalas de dor. Conhecer
possíveis causas físicas e a interferência dessas causas nas capacidades físicas do indivíduo.
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O ideal é que o psicólogo faça parte de uma equipe interdisciplinar, e que possa discutir dentro do grupo de profissionais as estratégias em conjunto
para o tratamento do indivíduo, a partir das observações de cada profissional.
O psicólogo assume papel imprescindível como educador psicossocial. Ele redefine a significação da dor para o paciente; auxilia na exclusão de
pensamentos de catastrofização; age como moderador de conflitos e na terapia em grupo; auxilia nas relações interpessoais e intrapessoais;
orienta na busca pela melhoria da qualidade de vida.
Intervenções psicológicas no controle da dor
Terapias cognitivas
É de notório saber, e demonstrado cientificamente, que as emoções e a atenção influenciam os estados de dor aguda e crônica. Além disso, a teoria
do portão ou comporta da dor também demonstra influências psicológicas sobre a percepção da dor nos indivíduos.
A terapia cognitivo-comportamental tenta sempre apresentar intervenções com caráter otimista, tentando fazer com que o indivíduo tenha outro
olhar sobre ponto de vista mais positivo para o seu problema. Ao indivíduo, deve-se deixar claro que o sucesso do tratamento se deve a ele próprio,
suas habilidades pessoais, seu comportamento e suas decisões.
O objetivo das terapias cognitivas comportamentais é que a partir de um conjunto de técnicas o paciente seja
capaz de alterar as respostas cognitivas e comportamentais relacionadas com a dor, auxiliar o paciente a aprender
a gerenciar a própria condição de dor, o humor e o funcionamento social, familiar e religioso.
A terapia cognitiva trabalha com três níveis de cognição:
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Pensamentos automáticos
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Crenças intermediárias
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Crenças nucleares
Os pensamentos ou imagens automáticas, como o nome já diz, são aqueles que passam sempre pela nossa cabeça a todo instante. São
involuntários e são os mais fáceis de acessar e modificar. As crenças intermediárias são aquelas inerentes ao indivíduo, criadas por ele. São criadas
para permitir a sobrevivência às crenças nucleares.
No início da terapia, o indivíduo deve ser orientado a registrar seus pensamentos disfuncionais, isto é, descrever os pensamentos automáticos,
sendo que a descrição da emoção que esse pensamento causou também é necessária. O paciente deve descrever a situação que estimulou o
pensamento automático.
As crenças nucleares são as cognições ditas disfuncionais, são concepções enraizadas que o indivíduo constrói ao longo da vida. A crença nuclear
modela o estilo do pensamento e produz erros cognitivos. Geralmente, determinam as dificuldades e as facilidades que ocorrem no tratamento.
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As técnicas cognitivas permitem aos pacientes encontrar os erros das crenças intermediárias e das crenças nucleares, corrigi-las e então se
sentirem melhor. A melhoria geral de qualidade de vida reflete também em uma melhoria do quadro de dor. Essas técnicas podem ser realizadas
individualmente ou em grupo. Alguns estudiosos defendem as terapias em grupo, jáque o contexto de socialização parece ter positividade sobre o
tratamento.
O terapeuta deve analisar o conceito de tríade cognitiva do indivíduo (visão de si, de mundo e de futuro do sujeito):
As análises desses autocomentários devem refletir o sentimento geral desse paciente. Devem ser avaliadas: a desesperança, a depressão e o
potencial risco de suicídio.
Psicoeducação
O paciente deve ser encorajado a dar uma descrição sobre o que acha de si.
Conferir adjetivos a ele mesmo.
Falar o que pensa sobre o mundo em que vive.
Dizer o que espera do futuro.
Comentário
Pensamentos automáticos negativos dão permissão a sentimentos desagradáveis e inibições comportamentais.
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O paciente e o terapeuta trabalham em equipe para que o paciente aprenda a monitorar e identificar pensamentos automáticos. O profissional
ensina a reconhecer as relações entre cognição, afeto e comportamento, a testar a validade de pensamentos automáticos e crenças nucleares, a
corrigir conceitualizações tendenciosas, substituindo pensamentos distorcidos por cognições mais realistas, e a identificar e alterar crenças,
pressupostos ou esquemas subjacentes a padrões disfuncionais de pensamentos.
A equipe interdisciplinar ou o terapeuta devem fornecer informações com vista à aquisição e ao desenvolvimento de saberes e competências com o
objetivo de:
As estratégias educativas devem ser realizadas de forma a não despertar no indivíduo sentimentos negativos e medo, o que pode gerar ações
defensivas por parte do indivíduo. A estratégia educativa deve ser apresentada de forma racional, com linha de raciocínio claro e, por vezes, usar
exemplos concretos para evidenciar a teoria.
O terapeuta tem papel fundamental a partir do momento em que fornece informações sobre a função básica da terapia que será utilizada, a
metodologia, seus objetivos e suas bases teóricas. Também fomenta a participação ativa do indivíduo nas ações terapêuticas, na adesão ao
tratamento médico etc.
Enfrentamento
É descrito pela literatura como a maneira que o indivíduo lida com recursos internos e externos para minimizar os efeitos físicos e emocionais
causados pelos fatores estressantes. O enfrentamento tenta modificar as relações indivíduo-ambiente por meio do controle da situação geradora de
tensão. Também pode alterar a resposta emocional trazida à tona pela situação-problema.
Ensinar o indivíduo a como conduzir sua doença.
Fomentar sentimentos de autocon�ança.
Desenvolver coragem para enfrentamento.
Desenvolver con�ança no tratamento e sua consequente adesão.
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Programação de atividades diárias
Treinamento de habilidades, aplicação de escala e tarefas de casa: o paciente é estimulado a se imaginar praticando qualquer situação, como
cozinhar um prato que está acostumado. Durante a imaginação, ele deve classificar suas habilidades e prazer de cozinhar o prato em uma escala de
0 a 10, antes de realizar a tarefa. Essa autoclassificação deverá ser comparada aos elogios das pessoas que comeram o prato.
Treino de relaxamento: relaxamento muscular progressivo; respiração diafragmática; imagem mental relaxante.
Realização de exercícios físicos
Quando o indivíduo sente dor, é normal que ele pare de realizar o determinado movimento que lhe cause esse sofrimento. Isso traz como
consequência a debilidade da falta de atividade física.
Já é comprovado cientificamente que a realização da prática física de forma constante melhora a qualidade de vida dos indivíduos. A atividade
física leva à liberação de endorfinas que atuam na analgesia e na modulação da dor, reduzindo a obesidade e melhorando a qualidade de vida e
autoestima.
Modelo do condicionamento clássico
Sabe-se que a dor surge com um estímulo neutro. Os indivíduos associarão esse estímulo à dor. Sempre que esse estímulo surgir, o indivíduo sentirá
dor. Um exemplo é a atividade física que é realizada antes de uma sensação de dor. Isso pode provocar rejeição do indivíduo a realizar atividades
físicas com medo da dor.
Nesse caso, o tratamento é a indução do paciente a realizar a tarefa, aumentando progressivamente a exposição aos exercícios físicos.
No modelo do condicionamento operante, o indivíduo apresenta dor associada às regras ou consequências do ambiente social. Assim sendo, o
terapeuta deve identificar as variáveis que precipitam a dor e os comportamentos de risco. O tratamento para o condicionamento operante deve ser
feito provocando no indivíduo mudanças no comportamento ou desenvolver comportamento alternativo.
Atenção!
A terapia cognitiva não tem como objetivo a analgesia, porém tirar o foco da dor por meio do controle dos sintomas, a melhoria do
conforto, modificação do simbolismo da dor, desenvolvimento de autoconfiança, encorajamento para realização de tarefas, correção dos
desajustes familiares, sociais e profissionais, e a diminuição do uso de fármacos analgésicos.
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Terapia da terceira onda
A terapia da terceira onda engloba o Mindfulness, Terapia da Aceitação e Compromisso (ACT) e a Psicoterapia Analítica Funcional (FAP).
Nessas terapias, há uma troca espontânea entre terapeuta e cliente e também uma aceitação dos eventos aversivos, ao contrário do
condicionamento.
Ainda dentro da terceira onda, a Terapia da Aceitação e Compromisso coloca para o paciente que ele não evite pensar na dor. Não pensar na dor
traria mais dor, pois a esquiva traria um aumento de novas respostas aversivas à dor. Nesse caso, o paciente é orientado a aceitar suas experiências
e buscar novos objetivos em longo prazo.
A Psicoterapia Analítica Funcional pode ser feita em grupo, o que já foi observado apresentar respostas eficazes maiores ao tratamento da dor. Na
FAC, o terapeuta também tem papel principal, tendo como objetivo alterar o círculo vicioso da dor. A terapia em grupo, então, possibilita a discussão
de contextos e mudanças que podem apresentar para aumentar as possibilidades terapêuticas.
Abordagens psicoterapêuticas na dor
Confira agora algumas abordagens psicoterapêuticas com pacientes que sofrem com dores. É o caso das terapias cognitivo-comportamentais,
condicionamento clássico, psicoeducação, terapias da terceira onda, dentre outras. Vamos lá!
Exemplo
Um exemplo de terapia da terceira onda é a prática de Mindfulness, em que o cliente é estimulado a ter consciência dos seus
pensamentos, emoções, sensações e ações. Além disso, não deve fazer julgamentos ou críticas a si mesmo ou à própria experiência.
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Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Módulo 2 - Vem que eu te explico!
Aspectos importantes na avaliação psicológica da dor
Módulo 2 - Vem que eu te explico!
Terapia da Terceira Onda
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Vamos praticar alguns conceitos?
Falta pouco para atingir seus objetivos.
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Questão 1
A avaliação do paciente pelo terapeuta é complexa e deve levar em consideração vários aspectos. Leia a afirmativa a seguir:
“Avaliar as influências ambientais e físicas que melhoram ou agravam a dor; avaliar se frio/calor, momento do dia, objetos ou instrumentos
usados pelo paciente, forma de transporte que o paciente usa, etc.; avaliar o impacto da família e pessoas próximas.”
Essa afirmativarefere-se a que aspecto da avaliação?
Questão 2
“As estratégias educativas devem ser realizadas de forma a não despertar no indivíduo sentimentos negativos e medo, o que pode gerar ações
defensivas por parte do indivíduo.”
Ao fazer uma comunicação, o terapeuta deve ter cuidado para não desencadear respostas nocivas. Isso é uma premissa de qual tipo de
abordagem psicológica?
A Aspectos fisiológicos da dor.
B Aspectos cognitivos.
C Aspectos emocionais.
D Aspectos comportamentais.
E Aspectos ambientais e físicos.
Responder
A Psicoeducação.
B Condicionamento clássico.
C Terceira onda.
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3
D Aceitação e compromisso.
E Psicoterapia analítica funcional.
Responder

Terapias holísticas e práticas complementares
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar algumas terapias holísticas e práticas complementares de tratamento da dor.
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Conhecendo as terapias holísticas
As terapias conhecidas pelo termo “terapias holísticas” visam ao tratamento do indivíduo como um todo: corpo e mente. Os tratamentos são
realizados dos pontos de vista energético e emocional.
Temos que lembrar que nem todos os tratamentos possuem comprovação científica, e isso vem sendo constante fonte de debates entre a
comunidade científica e adeptos. Vale lembrar que esses tratamentos devem ser usados como tratamentos complementares, e não únicos.
As terapias holísticas englobam todas as terapias que não são utilizadas pela medicina ocidental ou alopática, e que tratam o indivíduo em sua
integralidade:
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Corpo-mente

Espírito

Energético
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Material
Tem o foco no “Ser” em sua totalidade. Sendo assim, procura e trata a causa do problema, e não os sintomas.
Na terapia holística, cada problema é tratado como único, já que o Ser é único e apresenta desequilíbrios energéticos ou qualquer tipo de desajuste
que possa provocar alterações emocionais, mentais, energéticas e espirituais.
Na terapia não convencional, a doença é um resultado dos desequilíbrios ou desajustes que terminam por afetar o corpo. Portanto, na terapia
holística há uma busca para reintegrar o Ser e restabelecer a harmonia e o equilíbrio entre os centros de força na busca pela saúde.
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As terapias holísticas estão dentro do que é chamado de terapias integrativas e complementares. A OMS (Organização Mundial da Saúde), a partir
de 1976, passa a reconhecer o papel benéfico das terapias complementares e integrativas. A partir de 1986, na Declaração de Veneza, a UNESCO
passa a incentivar que os países-membros adotem as terapias e educação holística.
Uma das bases da terapia holística é o olhar para o Ser com abordagem no espírito ou espiritualidade. A importância da espiritualidade tem crescido
tanto ultimamente que a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) criou um departamento responsável por estudos e análises da espiritualidade e
morbidades. Vários cursos superiores de Medicina têm colocado em suas matrizes curriculares a disciplina de espiritualidade.
Não confundam espiritualidade com religião. É fato que uma pessoa religiosa apresenta espiritualidade, mas o conceito de espiritualidade vai além
do indivíduo ter ou não religião. Segundo a atualização das diretrizes da SBC, a espiritualidade é definida como:
um conjunto de valores morais, mentais e emocionais que norteiam pensamentos, comportamentos e atitudes
nas circunstâncias da vida de relacionamentos intra e interpessoais.
(DEMCA, s.d.)
Nesse contexto, entram também tanto ateus quanto agnósticos, já que baseiam sua conduta moral em valores filosóficos. A espiritualidade,
segundo estudiosos, provoca compaixão, preocupações e a sensação de conexão com algo maior que nós mesmos.
A espiritualidade está intimamente associada à redução da depressão, redução de internações e melhoria da qualidade de vida. Esse
comportamento é observado entre pessoas cuja espiritualidade está associada a algum tipo de religião. Estudiosos acreditam que o
comportamento religioso educa o indivíduo quanto ao consumo de tabaco, álcool, drogas, alimentação, diminuição de parceiros sexuais, e até
acesso à assistência médica. Também se observa nesses indivíduos uma conduta positiva perante a vida, como esperança, conforto, perdão, dentre
outros.
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A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) é a agência internacional especializada em saúde pública das Américas, e atua juntamente com a
OMS para oferecer aos países-membros cooperação mútua no combate a doenças transmissíveis, além de fortalecer o sistema público de saúde. A
OPAS/OMS, em acordo com a BIREME, lançaram a Biblioteca Virtual em Saúde MTCI (BVS MTCI). Já na primeira reunião do projeto foi criada a rede
de colaboração de MTCI das Américas, com delegados de todos os países-membros. Essa rede faz a gestão da BVS. Na BVS, são publicados os
estudos dos cientistas na área de MTCI de todos os países da rede, e o acesso é público.
Nesse contexto de estudo e divulgação das práticas complementares, surge o Consórcio Acadêmico Brasileiro de Saúde Integrativa – CABSIN, que
segue a estratégia da OPAS/OMS para construção do conhecimento qualificado e evidência científica sobre MTCI. O CABSIN conta com cientistas
de diversas universidades e centros de pesquisa federais e privados, que seguem regras rígidas de pesquisa e produção de conhecimento em
Medicina Baseada em Evidências.
Atualmente, o SUS oferece 29 práticas de Medicina complementar e integrativa. Dessas, somente abordaremos aqui as que possuem atuação
comprovada no tratamento da dor. Tenhamos em mente que algumas práticas podem não estar associadas ao tratamento da dor, somente por não
terem sido avaliadas de forma científica.
Yoga e Mindfulness
A Yoga é um caminho, uma prática de origem indiana que será desenvolvida pelo indivíduo de acordo com suas experiências, e que o levará a se
posicionar no universo. Os praticantes de Yoga relatam que é uma experiência acessível a todos que o desejam praticar e que objetiva a construção
do equilíbrio físico e mental. Atua transformando estados de dispersão em concentração interior e de silêncio da mente, além de desenvolver a
humildade e a honestidade.
A partir da busca da etimologia (significado) da palavra, o termo Yoga significa “juntar”, “religar”, e tem sentido com a junção, união da alma
individual e do supremo. Para realizar essa integração, a Yoga utiliza meditação, técnicas de respiração, relaxamento e posições corporais (asanas).
Atua para controlar ou apaziguar a vida psíquica.
Existem alguns tipos de yogas que podem ser divididas em:
Comentário
No Brasil, a institucionalização das PICS (Práticas Integrativas e Complementares em Saúde) se iniciou em 1988, a partir de resoluções da
CIPLAN (Comissão Interministerial de Planejamento e Coordenação), logo após a criação do SUS. Em 2006, a portaria nº 971, de 3 de
maio, instituiu a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) e o termo PIC (Práticas Integrativas e
Complementares). A partir daí, as reuniões subsequentes da Comissão Nacional de Saúde (CNS) recomendaram a adição de várias outras
PICS ao SUS.
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Yogas dinâmicas
Ashtanga Yoga; Hot Yoga; Vinyasa Yoga e Iyengar Yoga. Exigem mais do físico. São indicadas para jovens com boa saúde.
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Apesar da Yoga não ser uma religião ou doutrina, ela permite uma experiência na espiritualização. Existem várias escrituras milenares comorientações sobre. As mais utilizadas no Ocidente são as sutras por apresentarem conceitos mais práticos.
Os textos sutras mais utilizados são do Yogi Patanjali. Podemos resumir seus textos em oito ensinamentos básicos:
Yogas leves
Hatha Yoga; Yin Yoga e Yoga restauradora. São leves e relaxantes. Desenvolvem flexibilidade. Indicadas para quem quer qualidade de
vida e envelhecer com qualidade.
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A Hatha Yoga é a Yoga mais difundida no mundo ocidental e uma das mais utilizadas nos tratamentos terapêuticos para dores e outras condições.
Utiliza as asanas (posturas) associadas aos exercícios respiratórios (pranayama) e técnicas de meditação para alcançar o equilíbrio físico e mental.
A técnica para silenciar a mente se inicia com a prática de exercícios respiratórios ou pranayama. Entretanto, para realizar o pranayama, a pessoa
deve ter uma postura com a coluna reta e estar relaxada.
Na Hatha Yoga, os exercícios de postura são mais leves, e devem ser realizados da forma mais correta possível. Aos poucos, a pessoa vai
aprendendo a executar as posturas, obter o relaxamento e conseguir realizar o pranayama.
Yamas – condutas éticas: não mentir, não roubar, valores ligados à não violência (contra você mesmo e contra
outros).
Niyamas – observações pessoais – puri�cação e pureza – higiene pessoal e ambiental; higiene mental;
contentamento; disciplina; humildade; honestidade.
Ásana – prática de posturas – exige concentração e conforto para as posturas.
Pranayama – práticas de controle de respiração – conscientemente.
Prathyahara – abstração de sentidos/controle dos sentidos.
Dharana – manutenção de concentração/foco da concentração em algo.
Dhyana – estado meditativo, integração com o todo.
Samadhi – estado de total integração com o todo. Raro.
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Benefícios da Hatha Yoga:
Amplia a consciência corporal
Gera autoconhecimento; detecta pontos de tensão muscular; aprende a controlar situações de estresse que possam
surgir durante o dia.
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Vários artigos de pesquisa qualitativa e de revisão sistemática que estão disponíveis na internet e na Biblioteca Virtual em Saúde MTCI afirmam que
a Yoga é eficaz no tratamento de dores, como: lombalgia, dor cervical, enxaquecas, fibromialgia, artrite, artrite reumatoide, síndrome do túnel do
carpo, dor da síndrome do intestino irritável e dor oncológica. A melhoria da dor ocorre em vários períodos classificados como curto, médio e longo
prazo. A Yoga também se mostra eficaz no tratamento da incapacidade gerada por esses tipos de dor.
Os pesquisadores demonstram em artigos os benefícios da prática da Yoga como uma ferramenta adicional no tratamento de vários tipos de dor,
uma vez que a mudança do pensamento, de como o paciente vê seu corpo ou sua condição, mudança de humor, aumento da concentração por meio
de exercícios respiratórios, melhoria dos hábitos alimentares, melhoria postural e da qualidade do sono confluem para uma melhoria do quadro
álgico.
Mindfulness é também denominada de Intervenções Baseadas em Mindfulness (IBM), que são baseadas e fundamentadas em vários princípios e
práticas meditativas, como o budismo (principalmente), hinduísmo, taoísmo e judaísmo.
O Mindfulness trabalha com meditações dentro do modelo biopsicossocial, no qual o indivíduo tem como foco o não julgamento, a aceitação da dor
física e estresse psicológico com o objetivo de reduzir a ruminação (remoer o mesmo assunto) e a catastrofização (pensamento negativo que se
concentra na dor).
Comentário
Alguns artigos, inclusive, demonstram que a redução da dor é tão significativa que os médicos até reduzem alguns medicamentos, como:
analgésicos, antidepressivos e opioides.
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Sendo o budismo a filosofia base do Mindfulness, a mente é o principal personagem e deve se concentrar nos oito caminhos para aliviar seu
sofrimento.
Alguns pesquisadores sugerem que o Mindfulness funcionaria em três pilares ou bases: intenção, atenção e atitude (IAA). O desenvolvimento
dessas três bases tem como objetivo a percepção.
Base da intenção
Tem como fundamento o foco na prática para que ela leve à exploração do eu, o autocontrole que culminaria na libertação.
Base atenção
Assim como na terapia cognitivo-comportamental, baseia-se na vigilância e atenção sustentada inibindo a atenção secundária por meio do
foco atencional em determinado objeto ou pensamento.
Base atitude
Habilidade de aceitação sem julgamentos, compaixão e o não julgamento consigo.
Existem três programas de Mindfulness para tratamento da dor utilizados pela Medicina: o Mindfulness baseado na redução de estresse (MBRE), o
Mindfulness baseado em terapia cognitiva (MBTC) e a terapia de aceitação e comprometimento (TAC). Apesar de algumas pequenas diferenças,
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todos os métodos trabalham com as emoções, a aceitação e a redução da catastrofização.
Vários estudos disponíveis gratuitamente na internet demonstram a melhoria dos quadros de dor crônica e na imunidade. Esses estudos também
demonstram redução da liberação de cortisol, redução da ativação do sistema límbico, principalmente da amígdala e redução da inflamação
neurogênica. Essas ações da prática do Mindfulness sobre a fisiologia têm como consequência a redução de ansiedade, depressão e raiva.
Homeopatia
De todas as MTCI, talvez seja a mais conhecida e praticada. Tem boa aceitação por grande parte dos médicos (que angariaram para si essa
especialização) e da população em geral.
Samuel Hahnemann.
A homeopatia foi desenvolvida pelo médico alemão Samuel Hahnemann nos primeiros anos do século XIX, a partir de sua desilusão com a prática
alopática. Em seus estudos, ele observou que, quando ele mesmo (livre de qualquer doença) utilizava alguns medicamentos da época, acabava por
apresentar sintomas semelhantes às doenças que esses remédios tratavam.
A partir dessas observações, ele postulou a teoria do “semelhante cura semelhante” (similia similibus curentur). Isto é, o quadro sintomatológico
apresentado por um paciente é curado pela substância que, experimentada no homem são, produziu-lhe o quadro sintomatológico semelhante.
Vamos conferir agora as bases fundamentais da homeopatia!
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Experiência no homem são
As substâncias são testadas em pessoas livres de doenças, para que não ocorra mascaramento pelos sintomas dessas doenças.
Hahnemann testou várias substâncias nele mesmo e anotou todos os sintomas.
Lei dos semelhantes
O quadro sintomatológico do paciente é curado pela substância que, experimentada pelo homem são, produz a ele o quadro
sintomatológico semelhante.
Doses mínimas
Hahnemann observou que as doses habituais agravavam muito o enfermo e passou a diminuí-las.
Medicamento único
O homeopata trabalha para encontrar um único medicamento que reúna em suas características a maioria dos sintomas do paciente.
Os homeopatas são classificados em unicistas – aqueles que trabalham só com medicamento único – ou pluralistas – que
prescrevem vários medicamentos (a maioria é pluralista).
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Conceitos da homeopatia:
A homeopatia utiliza substâncias dos três reinos: animal, vegetal e mineral. A nomenclatura é latina para manter a universalidade, e as preparações
são feitas principalmente em duas escalas: decimal e centesimal. Opaciente passa pelo processo de repertorização, no qual todos os sintomas
físicos e mentais dele devem ser descritos para o médico homeopata.
Vários livros básicos estão disponíveis para quem quiser se aprofundar no tratamento homeopático: O Organon, Matéria médica homeopática,
Repertório homeopático e outros.
Miasmas homeopáticos, em uma visão mais simplista do que Hahnemann classificou, são todas as alterações psicológicas que modificam a
energia vital e provocam doenças. Os miasmas progridem à medida que as alterações também progridem.
Unidade do ser humano
O indivíduo é único, é um todo moral, físico e psíquico. Todas essas partes se relacionam intimamente com o meio e com outros
indivíduos. O ser adoece por inteiro, e não uma parte dele. Por isso, deve-se tratar o ser, e não só a parte.
Há doentes e doenças
O doente deve ser individualizado. O homeopata deve estudar as características do doente e seus sintomas como um todo. Apesar de
a doença ser a mesma, cada indivíduo é único, e deve ser tratado como tal.
Energia vital
É a energia responsável pela vida, pela homeostase dos corpos físicos, que mantém o funcionamento fisiológico e a harmonia entre
os sistemas fisiológicos. Alterações da energia vital provocam as doenças.
Exonerações
Alguns sintomas são a energia vital tentando voltar ao equilíbrio após algumas alterações. Por isso, esses sintomas normalmente não
são tratados imediatamente, porque seu tratamento pode provocar um agravamento de outro sintoma.
Medicamento dinamizado
O medicamento sofre um processo de sucussionamento (agitação) juntamente com diluição. Acredita-se que esse processo de
agitação libera a energia do medicamento, isto é, dinamiza a substância ou o medicamento. Quanto maior a dinamização, maior será
a potência do medicamento.
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Hahnemann classificou três miasmas:
A homeopatia na dor
A homeopatia, por tratar de forma personalizada os pacientes que sofrem com vários tipos de dor, busca o medicamento base que dará alívio às
dores, o fim delas ou a lentificação da evolução da doença.
Não há como falar especificamente de um medicamento homeopático, visto que cada indivíduo é único, e não importando se a visão é unicista ou
pluralista, cada pessoa terá seu medicamento base e outros medicamentos diferentes uns dos outros, bem como as diluições também diferentes.
Fitoterapia
Não podemos confundir com homeopatia. A homeopatia também usa plantas (usa igualmente minerais e animais), porém há todo um
processamento de diluições e dinamizações para esses medicamentos.
A fitoterapia é baseada em conhecimentos ancestrais somados a estudos sobre plantas medicinais, isto é, precisa
ter seu efeito estudado de modo científico.
Psora 
Sicose 
Sífilis/luético 
Atenção!
Vários estudos randomizados têm demonstrado os benefícios da homeopatia sozinha ou em associação à alopatia no tratamento de
variados tipos de dores crônicas ou agudas – fibromialgia, lombalgia, neurite pós-hanseníase, artrite reumatoide e outras.
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Esse tipo de terapia utiliza as plantas in natura, secas ou em diferentes estados para o tratamento de doenças (como medicamento), bem como
preparações de plantas elaboradas por técnicas de farmácia. As plantas medicinais podem ser usadas na forma de infusões, cataplasmas, tinturas,
óleos essenciais, pós etc.
O Brasil, por causa da sua extensão e a grande quantidade de plantas nativas, possui uma enorme quantidade de recursos da flora ainda não
explorados. Estima-se que tenhamos 750 mil extratos de plantas com potencial terapêutico.
As plantas possuem princípios ativos em suas folhas, caules e/ou flores (dependendo da espécie). Vários princípios ativos de plantas já foram
utilizados pela indústria farmacêutica para o desenvolvimento de medicamentos alopáticos.
As propriedades farmacológicas de várias plantas medicinais têm sido comprovadas em estudos, e suas doses terapêuticas (de tratamento) têm
sido estabelecidas, assim como as doses tóxicas. Algumas formulações ainda separam o princípio ativo de ação terapêutica de outros princípios
que podem ser tóxicos.
Atenção!
Os fitoterápicos devem ser utilizados de forma consciente, pois podem causar vários efeitos adversos. Importante também analisar qual
tipo de dor está na queixa do paciente e buscar a planta mais indicada e sua forma de administração mais aceita. Não adianta a
prescrição de infusões (chás) se o paciente não gosta, pois ele não vai consumir.
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O emprego de algumas espécies de plantas no tratamento da dor, na maioria dos casos, ocorre pelas suas propriedades anti-inflamatórias. Elas são
empregadas na artrite-reumatoide, fibromialgia, dor de garganta, dor de cabeça, dores musculares, dores articulares, fraturas, TPM (tensão pré-
menstrual) etc. Outras plantas possuem ações sobre infecções, como ação antibacteriana e antifúngica (ação anti-infecciosa).
Plantas como arnica, arruda, sálvia, camomila, Rhus, sucupira, garra do diabo, dentre tantas outras plantas possuem efeitos terapêuticos sobre a dor,
seja pelas suas ações anti-inflamatórias ou pelas anti-infecciosas.
Acupuntura
A acupuntura é a arte de curar por meio de agulhas. Normalmente, é aplicada juntamente com a moxabustão (uso de um bastão, geralmente de
artemísia, com uma brasa na ponta), daí o nome de acupuntura e moxabustão. Pertence ao grupo de práticas de Medicina Tradicional Chinesa
(MTC) juntamente com a auriculoterapia, Tai chi chuan, massagens, orientações alimentares e fitoterapia.
Nos princípios filosóficos da MTC e, portanto, da acupuntura, encontramos como base fundamental que o ser humano é regido por leis universais,
formando um todo indissolúvel e inter-relacionado – isso não parece familiar?
Os chineses acreditam que a saúde depende do fluxo de energia (Qi, se pronuncia “Chi”) pelo corpo. Alterações ou bloqueios ao fluxo do Qi estão
relacionados às doenças. Na realidade, não há doenças, mas sim doentes.
As MTC estão fundamentadas no Tao ou Taoismo, doutrina criada por Lao-Tsé, e nos cinco elementos (fogo, madeira, terra, metal e água).
O Tao é o princípio de tudo, o caminho absoluto, fonte e força motriz de tudo o que existe. Na divisão do Tao estão o Yin e o Yang, que são forças
opostas, porém complementares. São considerados como duas fases de um movimento cíclico. Não há bem nem mal, mas sim equilíbrio e
desequilíbrio, aceitar os opostos sem impor valor a cada um deles. Um não existe sem o outro, o desaparecimento de um implica o
desaparecimento do outro.
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Os órgãos internos (Zang Fu) são divididos em doze sistemas, sendo seis Yin e seis Yang:
Yin
Coração; baço/pâncreas; pulmão; rim; fígado e pericárdio.
Yang
Intestino delgado; estômago; intestino grosso; bexiga; vesícula biliar; triplo aquecedor.
Símbolo do Yin e Yang.
Os órgãos Yin (Zang) são mais “sólidos” e internos, estão relacionados à estrutura; os Yang (Fu) são mais “ocos” e externos e relacionados à função.
Há uma relação entre cada órgão e uma emoção no corpo. Uma emoção influencia um determinado órgão que também influencia a emoção
relacionada a ele. Um exemplo é o fígado, que está relacionado à raiva – os cálculos biliares seriam um desequilíbrio da fluidez da energia. Os
pulmões estão relacionados à tristeza; o pâncreas, com a preocupação, e os rins, ao medo e insegurança.
Os meridianos são os caminhos/fluxos de energia no corpo. São bilaterais, sempre em pares. Existem meridianos Yin, e outros Yang. A pressão
sobre um meridiano, além de estimular os nervos etecidos, também libera o fluxo do Qi ao longo do meridiano. Os meridianos conectam os órgãos
(Zang Fu), membros e articulações. Comunicam o superior com o inferior, e a superfície com a profundidade.
O fluxo de energia percorre os meridianos por uma ordem e sentidos determinados. O fluxo segue a orientação:
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Do tronco para as mãos.
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Das mãos para a cabeça.
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Da cabeça para os pés.
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Dos pés para o tronco; e volta à sequência.
Vários trabalhos científicos analisaram exaustivamente a prática da acupuntura na tentativa de esclarecer seus mecanismos de ação. Os cientistas
encontraram várias ações das agulhas sobre a vasculatura regional e sobre as fibras nervosas.
Como mecanismo de ação, as agulhas:
Provocam vasodilatação, modi�cando a dinâmica da circulação regional.
Relaxamento muscular e redução de espasmos.
Redução da in�amação e da dor.
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A eletroacupuntura e a teoria do portão da dor
A eletroacupuntura (uso de correntes elétricas aplicadas usando as agulhas de acupuntura como eletrodos) de baixa frequência estimula as fibras
Aβ (do tato e pressão). Essas fibras, ao alcançarem o corno dorsal da medula espinal, ativam interneurônios inibitórios que bloqueiam as sinapses
das fibras C e Aδ com os neurônios de projeção. Esse mecanismo inibe a percepção do estímulo nocivo e da dor.
A eletroacupuntura de baixa frequência também está associada à liberação de beta-endorfinas e encefalinas no córtex e na medula espinal. Esses
opioides endógenos ativam os receptores opioides, provocando a analgesia. Já a eletroacupuntura de alta frequência está associada à liberação de
dinorfina na medula espinal, provocando analgesia pela ativação dos receptores kappa (Κ). Esses achados foram comprovados com o uso de
naloxona, um antagonista dos receptores opioides. A naloxona inibe a analgesia provocada pela eletroacupuntura.
As terapias holísticas e complementares na dor
Liberação de endor�nas promovendo analgesia.
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Confira agora algumas das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), como Yoga, Acupuntura, Mindfulness, Fitoterapia e
Homeopatia, e sua importância no contexto do SUS.
Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Módulo 3 - Vem que eu te explico!
A Hatha Yoga
Módulo 3 - Vem que eu te explico!
A �toterapia
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Vamos praticar alguns conceitos?
Falta pouco para atingir seus objetivos.
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Questão 1
As terapias holísticas, ou como são chamadas no SUS, as MTCI (Medicinas Tradicionais, Complementares e Integrativas), tratam os indivíduos
de forma diferente da Medicina ocidental. Baseado nos conceitos dessas terapias, podemos afirmar que elas tratam
Questão 2
Os miasmas classificados na homeopatia colocam os pacientes em graus diferentes de doenças. No miasma chamado de psora, os pacientes
costumam apresentar lesões
A somente o espírito.
B somente a mente.
C o indivíduo como um todo: mente, corpo e espírito.
D somente o corpo.
E só a doença.
Responder
A de pele.
B ulcerosas em órgãos internos.
C alterações de fluidos.
D alterações da mente.
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Considerações �nais
A dor acomete entre 11% e 55% da população mundial e atualmente é considerada um problema em saúde pública, já que é responsável pela
redução de produtividade, absenteísmo (falta ao trabalho), imobilidade dos indivíduos e aposentadoria precoce. Vários profissionais de saúde no
mundo inteiro têm procurado desenvolver e estudar práticas terapêuticas eficazes no tratamento da dor, sejam elas alopáticas ou holísticas.
A alopatia ainda está presente em 99% dos tratamentos prescritos de forma única pelos médicos, entretanto, as práticas complementares e
integrativas têm crescido muito nos últimos anos e têm se apresentado de maneira científica e eficaz no tratamento adicional ao tratamento
alopático para a dor. As terapias holísticas – Medicina tradicional, complementar e integrativa –, assim como as terapias psicológicas, têm como
objetivo tratar o ser, o indivíduo como um todo, levando em consideração seu emocional, sua espiritualidade, energia, e seu corpo.
Tanto a terapia alopática quanto as práticas integrativas e complementares podem (e devem) ser utilizadas em conjunto para uma maior eficácia
para a redução da percepção da dor pelos pacientes, bem como na melhoria da qualidade de vida.
Podcast
Ouça agora como os pacientes com dor podem ser abordados de forma interdisciplinar.
00:00 06:18
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E tuberculosas.
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Referências
BATLOUNI, M. Anti-Inflamatórios Não Esteroides: Efeitos Cardiovasculares. Arq. Bras. Cardiol., 2010.
BRUNTON, L. L.; HILAL-DANDAN, R.; KNOLLMANN, B. C. As Bases Farmacológicas da Terapêutica de Goodman e Gilman. 13. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2018.
KUMMER, C. L,; COELHO, T. C. R. B. Anti-inflamatórios não esteroides inibidores da ciclooxigenase-2 (COX-2): aspectos atuais. Revista Brasileira de
Anestesiologia, v. 52, p. 498-512, 2002.
PEREIRA, R. D. de M. et al. Práticas integrativas e complementares de saúde: revisão integrativa sobre medidas não farmacológicas à dor
oncológica. Rev. enferm. UFPE On-line, p. 710-717, 2015.
PERES, M. F. P.; LUCCHETTI, G. Coping Strategies in Chronic Pain. Curr. Pain Headache Rep., 2010; v. 14, p. 331–8.
PRÉCOMA, D. B. et al. Atualização da diretriz de prevenção cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019. Arquivos Brasileiros de
Cardiologia, v. 113, n. 4, p. 787-891, 2019.
RIBEIRO, A. A. V. et al. Yoga para o tratamento de dor crônica e aguda em adultos e idosos: qual eficácia/efetividade e a segurança do Yoga para
tratamento da dor aguda ou crônica em população adulta? Biblioteca Virtual em Saúde. Consultado na internet em: 17 mar. 2022.
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Confira as indicações que separamos especialmente para você!
Leia mais sobre a dor na saúde do idoso no documento Dor: O Quinto Sinal Vital – Abordagem Prática no Idoso, no portal Documentos.
Sobre o tratamento cirúrgico da dor, leia o artigo de TEIXEIRA et al., Tratamento cirúrgico funcional da dor, publicado na Revista de Medicina, v. 80,
p. 276-289, 2001.
Acesse o site do Ministério da Saúde para saber mais sobre as práticas integrativas no contexto do SUS.
Acesse o site do Departamento de Espiritualidade e Medicina Cardiovascular para saber mais sobre a relação entre espiritualidade e Medicina.
Acesse o site da Biblioteca Virtual em Saúde e conheça mais sobre Medicina Tradicional nas Américas.
Acesse o site do Consórcio Acadêmico Brasileiro de Saúde Integrativa – CABSIN, e conheça alguns estudos sobre Medicina Tradicional,
Complementar e Integrativa (MTCI).
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