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APA FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL - MERY

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ATIVIDADE PRÁTICA DE APRENDIZAGEM
Aluna: Mery Anne Freitas Lima Disciplina: Formação Sociocultural 
Curso: Bacharelado em Serviço Social
1) Nome da programação: Como se fosse a primeira vez (2004)
2) Modalidade da programação: Filme
3) Quantidade de personagens negros e brancos: Apenas 3 personagens negras identificadas, em comparação com 32 brancos. 
4) Função desempenhada do personagem negro: As três atrizes negras (Chantell D. Christopher, Nika Williams e Brenda Vivian) representam funcionárias de um salão de beleza. 
5) Agora faça as suas considerações sobre os resultados levantados por você nesta Atividade Prática de Estudo.
Embora haja mais representação refletida na frente e atrás das câmeras, a indústria cinematográfica falhou em reconhecer que é cúmplice na perpetuação de preconceitos e estereótipos raciais, especificamente dentro da comunidade negra.
Desde os primeiros dias do cinema, os negros foram retratados negativamente em comparação com seus colegas brancos. Embora os papéis negros tenham evoluído, a maioria dos filmes falha em representar a experiência negra como um todo.
Os filmes negros tendem a se enquadrar em três categorias: escravidão, filmes de gangue ou filmes em que os negros existem para fazer o personagem branco parecer um herói.
Em se tratando especificamente do filme analisado nesta atividade, cabe ressaltar que as três mulheres negras são representadas enquanto funcionárias e, em papéis secundários, havendo apenas atores brancos nos papéis de destaque. Crenshaw (1989 apud KYRILLOS, 2020) introduziu o conceito de interseccionalidade, o qual discute como as mulheres negras são sujeitas a múltiplas formas alinhadas de opressão: patriarcado, racismo e sistema de classes. 
Neste caso, a análise das representações fílmicas da opressão colonial cruzada de trabalhadoras negras de baixa qualificação não apenas nos permite focar nas representações da cultura popular que exibem múltiplas opressões, mas também ligamos isso a diferentes contextos caracterizados por regimes de colonialidade específicos. 
Nesta perspectiva da colonialidade, Hollywood tem uma longa história de retratar atores negros com um nível de exotismo cultural, como forma de diminuir a humanidade da experiência negra. A realidade é mais insidiosa: a indústria cinematográfica lucra com a miséria e o sofrimento dos negros.
Até que Hollywood possa fazer mudanças significativas, nós, como consumidores, precisamos fazer nossa parte e exigir que a mudança seja feita para refletir a miríade de experiências que compõem nossas diversas culturas.
REFERÊNCIA
KYRILLOS, Gabriela M. Uma análise crítica sobre os antecedentes da interseccionalidade. Revista Estudos Feministas, v. 28, 2020.
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