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Lei Geral de Proteção dos Dados
A Lei geral de proteção de dados, ou abreviadamente LGPD, foi divulgada no dia 17 de setembro de 2020 após a aprovação no Congresso Nacional. A mesma vigora em todo o território nacional, infligindo também companhias estrangeiras que de alguma forma se associam a população brasileira, tendo como objetivo a garantia da liberdade e sobretudo privacidade em vista dos indivíduos ou ainda empresas de caráter público ou privado que se inserem nos meios digitais, as quais determinadas plataformas acabam por realizar a coleta de informações, cabendo salientar que a diretriz só se aplica quando essas são de cunho particular.
Neste contexto, surge então o carecimento fundamental da compreensão do que se trata dado pessoal, diante deste previsível questionamento a regra o define como tal, tudo que isoladamente ou ainda em conjunto detenha a capacidade de identificar uma pessoa natural. Segundo Nairane Rebelo (2020), diretora da Autoridade Nacional de Proteção de Dados Pessoais (ANPD) fundada em julho de 2019, instituição da qual sua origem se dá em razão direta da consolidação da norma de resguardo, a medida que o cumprimento da última se dá por ela, os dados atualmente vão muito além daqueles cadastrais, campo onde há por exemplo o registro do cpf ou email, indicando até mesmo particularidades comercialmente valiosas, tais como histórico de compra e faixa de salarial, estes últimos burocraticamente são identificados levando além do radical, a palavra “sensíveis”. 
Ademais, na determinação exibe-se alguns termos genéricos que a primeiro momento podem parecer dúbios, “tratamento”, “controlador” e “operador”. O primeiro confere a todo o procedimento que de alguma maneira se interligue a dados pessoais, desde a coleta até uma campanha de marketing fundamentada no mesmo, este título. Os últimos se apresentam como agentes do processo anterior, sendo o controlador quem toda as decisões com relação ao conteúdo recolhido enquanto o operador por sua vez executa esta diligência, no caso ilegalidade, ambos se responsabilizam pelos danos infligidos aos titulares. 
Outrossim, outros pontos de destaque abrangidos pela regulamentação são o princípio de finalidade, que estipula que a necessidade de um fim bem delimitado, explicito e de consciência do sujeito cujo vai se dar a captação de informações, posteriormente entra em atuação a de adequação, definindo a obrigatoriedade da igualdade do proposito com o mesmo esclarecido ao público, estas ainda devem ser claras, acessíveis além de precisas conforme pressuposto de transparência. Para mais, o fundamento da segurança garante a integridade das mesmas por meio da imposição de medidas técnicas e administrativas elaboradas e aplicadas pelo empreendimento.

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