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Impacto da COVID-19 e CPI

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INTRUDUÇAO
A COVID-19 teve início no ano de 2020, persistindo até os dias atuais. A sua propagação foi rápida e com um alta taxa de letalidade. É possível analisar que com a COVID-19, se tem uma crise sanitária no mundo inteiro, levando o sistema de saúde em alguns países a um colapso total.
Com o surgimento desse novo desafio, a humanidade vem acompanhando a evolução de números surpreendentes e as consequentes mudanças no cotidiano. A pandemia exibiu uma grande quantidade de dados todos os dias, e pode ver a gravidade do problema.
Nesse momento houve alguns surgimentos de programas como: APP Monitora Covid-19; Unidos Contra a Covid-19; ligue 155 – TELECORONAVIRUS; O Brasil Conta Comigo – Profissionais de Saúde. Um programa que o Senado aprovou em 30/03/2021 que ajudara bastante no requisito de necessidade de leitos é o programa “Pró – Leitos”, incentivando assim as empresas a contratação de leitos clínicos e de UTI para o uso do Sistema Único de Saúde (SUS) ao atendimento de pacientes com covid-19.
Devido a facilidade ao acesso a investimentos fornecidos por parte do governo muitos estados foram palco de desvio de verbas públicas, assim houve a necessidade da abertura de uma CPI para apurar e investigar gastos suspeitos e fraudulentos, e verificar possíveis omissões por parte do governo federal. Com a instauração da CPI COVID-19 foi possível trazer a transparência na prestação de contas no combate à pandemia.
 Após quase seis meses de intensos trabalhos, esta Comissão Parlamentar de Inquérito colheu elementos de prova que demonstraram sobejamente que o governo federal foi omisso e optou por agir de forma não técnica e desidiosa no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus, expondo deliberadamente a população a risco concreto de infecção em massa.
DESENVOLVIMENTO
1 - Infração de medida sanitária preventiva (art. 268 - Código Penal): Ocorre quando alguém descumpre determinações de autoridades sanitárias para prevenir doenças, como no caso de desrespeitar o uso de máscaras em locais públicos durante a pandemia. No relatório da CPI Covid 19 foi apontado atos de Infração de medida sanitária preventiva tal como o movimento “Médicos pela Vida”, ao mesmo tempo em que propôs a existência de um gabinete paralelo, desestimulava medidas não farmacológicas, como o uso de máscaras, e reforçava o isolamento vertical e o uso de medicamentos como hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina. E conforme se verá adiante, esse movimento foi ainda responsável pela publicação do “Manifesto pela Vida”, um informe publicitário divulgado em jornais e mídias sociais em defesa do tratamento precoce. 
A associação “Médicos pela Vida” é liderada pelo médico Antônio Jordão de Oliveira Neto, com registro médico no conselho do Estado de Pernambuco, responsável pela divulgação desse tratamento em jornais de grande circulação nacional, como a feita no dia 23 de fevereiro de 2021, quando até mesmo o primeiro pesquisador e divulgador da hidroxicloroquina (o médico francês Didier Raoul) já havia reconhecido o equívoco do estudo e a ineficácia dessa terapêutica para a covid-19. Desde junho de 2020, o órgão regulador de medicamentos dos Estados Unidos já tinha revogado a autorização para uso dessa substância para a covid-19 e a OMS declarado o encerramento dos estudos para esse fim, por reconhecer a ineficácia.
Portanto fica evidente que o programa “Médicos pela Vida” liderado pelo médico Antônio Jordão de Oliveira Neto cometeu uma infração de medida sanitária preventiva por incentiva e prescrever medicamento já reconhecido ineficazes para o tratamento de covid 19.
2 - Falsidade ideológica (art. 299 - Código Penal): Refere-se à falsificação de informações em documentos, como apresentar dados falsos em relatórios ou declarações oficiais. Dois casos emblemáticos dessa atuação fraudulenta foram os do médico toxicologista Antony Wong, grande apoiador do chamado tratamento precoce, e da Sra. Regina Hang, mãe do empresário Luciano Hang. Ambos foram internados na Prevent Senior com covid-19, receberam tratamento precoce, conforme registrado em seus prontuários, e com o agravamento de seus quadros clínicos, foram entubados, evoluíram com complicações secundárias e acabaram falecendo. Estranhamente, em suas declarações de óbito não constou a covid-19 como a causa da morte.
No caso da Sra. Regina Hang, assinaram a sua declaração de óbito, sem fazer qualquer menção à covid-19, o Dr. Daniel Garrido Baena e o Dr. João Paulo F. Barros. Já no caso de Anthony Wong, foi a médica Fernanda de Oliveira Igarashi que assinou o referido documento. Todos eles, dessa forma, devem responder por falsidade ideológica. Pelo que se apurou, também houve determinação para a mudança da Classificação Internacional de Doenças (CID) em relação a todos os pacientes acometidos e internados com covid-19 junto à Prevent Senior. Com efeito, foi realizado um comunicado do hospital determinando que, após 14 dias do início da doença, pacientes de enfermaria ou apartamento, e, após 21 dias, aqueles com passagem em UTI ou leito híbrido tivessem o CID modificado para qualquer outro, exceto o referente à covid-19. A justificativa era identificar aqueles que não tinham mais necessidade de isolamento, mas, na verdade, a operadora de saúde buscava manipular informações, para reduzir o número de registro de óbitos em razão do novo coronavírus.
Por essa razão, conclui-se que, em relação a esse delito, também houve a participação de Pedro Benedito Batista Júnior e de Fernando Parrillo e Eduardo Parrillo. Repise-se que o primeiro é o diretor-executivo da Prevent Senior, atuava na definição dos protocolos de comportamento dos médicos que atuavam nas unidades da operadora de saúde, razão pela qual detinha o controle do curso causal das condutas praticadas pelos seus subordinados, que agiam sob sua orientação. Assim, poderia ter suspendido a orientação para que houvesse a mudança do CID nos pronturários dos pacientes. Os segundos eram os donos da operadora de saúde, que, além de se beneficiar com a referida prática criminosa, assim como Pedro Benedito, poderiam tê-la interrompido. As condutas acima analisadas, à luz do que foi apurado, revelam fortes indícios do crime de falsidade ideológica previsto no art. 299 do Código Penal. A par do indiciamento que será feito ao final, entendemos que todas as condutas semelhantes como as ora apuradas, ou seja, que envolvam falsidade ideológica, sejam objeto de investigação e responsabilização pelas autoridades de persecução penal. Nesse sentido será feito o encaminhamento dos documentos que estão na posse desta Comissão aos órgãos de investigação.
3 - Corrupção passiva (art. 317 - Código Penal): Diz respeito ao ato de solicitar ou receber vantagens indevidas em função do cargo ocupado, caracterizando um crime de corrupção.
4 - Corrupção ativa (art. 333 - Código Penal): Já a corrupção ativa é quando alguém oferece ou promete vantagens indevidas a um agente público para obter benefícios ilícitos.
5 - Improbidade Administrativa (Lei 8.429/1992): Refere-se a ações ilegais cometidas por agentes públicos que violem os princípios da administração pública, como enriquecimento ilícito ou uso indevido de recursos públicos.
6 - Lei Anticorrupção (Lei 12.846/2013): Estabelece normas para responsabilização de pessoas jurídicas envolvidas em atos lesivos contra a administração pública, visando combater a corrupção no âmbito empresarial.
7 - Crimes contra a humanidade (Decreto nº 4.388/2002 - Estatuto de Roma): São atos graves que atentam contra a dignidade humana em larga escala, como genocídio, escravidão, tortura, entre outros.

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