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Sistemas Hidráulicos e Pneumáticos - Unidade 3

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SISTEMAS HIDRÁULICOS ESISTEMAS HIDRÁULICOS E
PNEUMÁTICOSPNEUMÁTICOS
SISTEMASSISTEMAS
HIDROPNEUMÁTICOSHIDROPNEUMÁTICOS
Au to r ( a ) : D r. R u b e m M a t i m o to Ko i d e
R ev i s o r ( a ) : R i c a rd o Fe r n a n d e s
Tempo de leitura do conteúdo estimado em 1 hora e 10 minutos.
Introdução
Prezado(a) estudante, neste material, vamos discutir sobre a pneumática e
os sistemas pneumáticos em geral. Esses sistemas utilizam o ar como
�uido. A partir da compreensão acerca das propriedades dos �uidos, vamos
iniciar o estudo sobre alguns elementos, de modo a entender como eles se
inserem em um esquema pneumático ou em um circuito pneumático.
Avançaremos com o assunto por meio de simulações de circuitos
pneumáticos, através de um software especí�co para modelagem, por
exemplo, o FluidSIM. Por �m, vamos falar sobre a tendência de mercado, que
aponta para a automação eletropneumática associada à indústria 4.0,
buscando melhorar os processos e a e�ciência da manufatura e da
energética.
Bons estudos! Vamos lá?!
Você sabia que a pneumática pode ser aplicada em diversas indústrias, dos
mais variados ramos? Alguns exemplos: indústria química, indústria
automotiva, indústria de produção de bens etc.
Fonte: djsrki / 123RF.
Pneumática
O sistema pneumático utiliza ar comprimido como �uido e é considerado de menor custo,
principalmente quando comparado a um sistema elétrico ou hidráulico. Além disso, por sua
segurança e �exibilidade, é uma das alternativas mais adotadas nas linhas industriais ou na
Você deve ter notado a grande aplicabilidade nas indústrias que adotam a
pneumática e/ou os sistemas eletropneumáticos. Mas o que é pneumática?
O que compõe os sistemas pneumáticos? Como montar um circuito
pneumático? As respostas para essas perguntas serão comentadas a seguir.
Introdução à Pneumática
Prezado(a) estudante, você conhece o conceito de pneumática? De acordo
com Fialho (2011, p. 19), a “[...] pneumática provém da raiz grega pneuma,
que signi�ca fôlego, vento, sopro. Logo, pneumática é conceituada como a
matéria que trata dos movimentos e fenômenos dos gases”.
Conforme visto na de�nição, vamos trabalhar com os gases nos sistemas,
portanto, é necessário conhecer um pouco mais sobre eles. Normalmente,
utiliza-se o ar comprimido em pneumática, dessa forma, vamos revisar
algumas de suas principais características.
A expansibilidade é uma propriedade do ar, e isso quer dizer que o ar
preenche o espaço em que é inserido, adaptando-se à geometria da
tubulação, do cilindro, das válvulas etc.
O ar é compressível, e isso também é uma propriedade, ou seja, podemos
aumentar a pressão interna do ar do recipiente fechado em que ele se
encontra, adicionando mais ar dentro de um mesmo espaço. A pressão, em
termos de pneumática, está relacionada à força que comprime o ar pela área
interna do recipiente (área interna de um tanque ou vaso de pressão). No
entanto, quando temos a pressão em um cilindro, calculamos a pressão
como sendo a força perpendicular à área interna transversal do atuador
(cilindro). Outra propriedade é a elasticidade, que faz com que o ar retorne à
sua condição inicial de volume quando retirada a pressão imposta a ele.    
automação de processos. Podemos observar que empresas de diversos segmentos aplicam o
sistema pneumático.
O comportamento dos gases é regido por algumas leis. Uma delas é aquela
chamada equação de estado, que relaciona a pressão, o volume e a
temperatura. A equação de estado, para o gás ideal, é aquela que relaciona
essas variáveis para um �uido no estado gasoso. A partir dessa relação, é
possível analisar o comportamento dos gases. Essa relação é escrita como
PV=RT, em que P é a pressão, V é o volume, T é a temperatura, e R é uma
constante do gás, creditada a Clapeyron ou conhecida como equação de
Clapeyron.
Outra equação é dada pela lei de Gay-Lussac, em que ocorre a transformação
isobárica ou a pressão constante. Quando a transformação se dá com o
volume do gás, sem sofrer variação, chamamos de isovolumétrica; no caso
de a temperatura permanecer constante, chamamos de isotérmica. Além da
lei dos gases ideais ou perfeitos, temos as transformações de estado, com
três propriedades: pressão, volume e temperatura, que se relacionam entre si.
A equação para dois estados diferentes é dada por:
 (1)
Onde: é a pressão em Pa, é o volume em , e é a temperatura em
Kelvin [K]. Os subíndices 1 e 2 correspondem aos estados inicial e �nal do
processo.
O ar é considerado e tratado como um gás ideal, embora seja de
conhecimento a ocorrência de um erro pequeno com essa hipótese. Outras
informações sobre os gases e suas leis, incluindo o ar, podem ser revistas na
literatura de mecânica dos �uidos ou de termodinâmica.
Agora que já conhecemos o �uido com o qual vamos trabalhar, bem como
suas aplicações, vamos veri�car as vantagens e desvantagens da
pneumática, conforme o quadro a seguir.
=⋅P1 V1
T1
⋅P2 V2
T2
P V m3 T
Quadro 3.1 - Vantagens e desvantagens da pneumática
Fonte: Elaborado pelo autor (2021).
#PraCegoVer: a imagem apresenta um quadro. O quadro tem duas
colunas e nove linhas. Na primeira coluna, primeira linha, temos escrito o
Vantagens Desvantagens
Menor custo de investimento e de
operação.
O ar deve estar livre de impurezas, o
que exige uma maior preparação.
Manutenção e implantação mais
simples.
Não é possível controlar uma
velocidade precisa e constante.
Não polui o meio ambiente. Ocorrência de ruído.
Maior segurança com relação à
temperatura.
Maior custo de implantação.
Escalabilidade na ampliação.  
Disponibilidade in�nita do �uido (ar).  
Fácil transporte por tubulações.  
Trabalha com baixas pressões e altas
velocidades.
 
termo “vantagens”, em negrito. Na sequência, até a nona linha, temos as
descrições das vantagens propriamente ditas: menor custo de
investimento e de operação; manutenção e implantação mais simples;
não polui o meio ambiente; maior segurança com relação à temperatura;
escalabilidade na ampliação; disponibilidade in�nita do �uido (ar); fácil
transporte por tubulações; e trabalha com baixas pressões e altas
velocidades. Na segunda coluna, primeira linha, temos escrito o termo
“desvantagens”, em negrito. Nas linhas subsequentes, estão as
descrições das desvantagens propriamente ditas: o ar deve estar livre de
impurezas, o que exige uma maior preparação; não é possível controlar
uma velocidade precisa e constante; ocorrência de ruído; e maior custo
de implantação.
Para o aproveitamento do �uido (ar) nos sistemas pneumáticos, é necessário
que o ar seja comprimido, trabalhando sob determinada pressão. Portanto,
para a geração do ar comprimido, utiliza-se um compressor. É necessário
conduzir o ar comprimido até as regiões de atuação, ou seja, distribuí-lo por
tubulações. Além disso, é preciso aproveitar a energia pneumática em cada
ponto de aplicação.
Para realizar a produção, a distribuição e a aplicação, o sistema é constituído
de vários componentes. O Quadro 3.2 apresenta alguns desses
componentes:
Quadro 3.2 - Principais componentes do sistema pneumático e suas funções
Fonte: Elaborado pelo autor (2021).
#PraCegoVer: a imagem apresenta um quadro. O quadro tem duas
colunas e oito linhas. Na primeira coluna, primeira linha, temos escrito,
em negrito, o termo “componentes”. Na segunda coluna, primeira linha,
temos escrito, em negrito, o termo “funções”. Na primeira coluna, da
esquerda para a direita, de cima para baixo, temos escrito: “cilindro”,
“válvula”, “pressostato”, “compressor”, “dispositivos de preparação do ar
Componentes Função
Cilindro Atuador que realizará a operação
(força).
Válvula Controla a direção do ar.
Pressostato Controla a pressão do sistema.
Compressor Produz o ar comprimido.
Dispositivos de preparação do ar
(exemplo: �ltro)
Limpeza, regulagem e lubri�cação.
Acessórios (exemplo: conexões) Conecta componentes, tubulações.
Reguladores de �uxo e de pressão,
válvulas (bloqueio, controle)
Regula e controla a vazão, a pressão,
a temperatura etc.
(exemplo: �ltro)”, “acessórios(exemplo: conexões)” e “reguladores de
�uxo e de pressão, válvulas (bloqueio, controle)”. Na segunda coluna, da
esquerda para a direita, de cima para baixo, temos escrito: “atuador que
realizará a operação (força)”, “controla a direção do ar”, controla a
pressão do sistema”, “produz o ar comprimido”, “limpeza, regulagem e
lubri�cação”, “conecta componentes, tubulações” e “regula e controla a
vazão, a pressão, a temperatura etc.”.
O ar comprimido é o �uido utilizado nos sistemas pneumáticos, assim, sua
qualidade e pressão são fundamentais. Para a preparação do ar, usa-se um
compressor, conforme ilustrado na �gura a seguir.
Os compressores industriais são divididos em compressores volumétricos e
compressores dinâmicos, conforme destaca Fialho (2011).
Fonte: kangestudio /
123RF.
O compressor é um equipamento que prepara o
ar para ser utilizado em um sistema
pneumático. O trabalho do compressor é deixar
o ar comprimido na pressão correta para
aplicação no sistema. A qualidade do ar é
obtida por meio de outros dispositivos: �ltros,
secadores e purgadores.
Você teve um pouco do conhecimento da pneumática e revisou as
características dos �uidos utilizados em pneumática, ou seja, os gases, mais
precisamente, o ar. Eles respeitam certas leis regidas pela mecânica dos
�uidos.
S A I B A M A I S
Na pneumática, tratamos de estudar a energia gerada pelos gases, no
caso, o ar. Você já pensou em propulsão �uídica? Uma empresa está
Fonte: Asurnipal / Wikimedia
Commons.
Compressores volumétricos
(ou de deslocamento
positivo): caracterizam-se pela
obtenção de uma pressão
maior via redução do volume
do ar. Aqui, ocorre a
compressão em um sistema
fechado, ou seja, sem contato
da sucção e descarga. Na
�gura, vemos um compressor
de parafuso.
< >
A partir do primeiro foco da pneumática, vamos especi�car um pouco melhor
o nosso sistema, avançando para os circuitos pneumáticos. No entanto,
antes disso, vamos praticar os conhecimentos adquiridos até aqui!
Conhecimento
Teste seus Conhecimentos
(Atividade não pontuada)
Os sistemas pneumáticos possuem como principal �uido um gás. E, nesses
sistemas, o principal �uido é o ar, que é utilizado para a transformação de
energia pneumática em energia mecânica. Assim, aproveitam-se as
características, as leis e as propriedades dos gases nesse processo de
transformação.
Fonte: FIALHO, A. B. Automação pneumática: projetos, dimensionamento
e análise de circuitos. 7. ed. São Paulo: Érica, 2011.
desenvolvendo uma tecnologia aproveitando essa ideia para um carro
voador. Isso possibilita acelerar e decolar com mais e�ciência e menor
ruido. Ficou interessado(a)?
Para saber mais, acesse: https://canaltech.com.br/carros/empresa-
desenvolve-carro-voador-com-sistema-inovador-de-propulsao-sem-
helices-192376/.
https://canaltech.com.br/carros/empresa-desenvolve-carro-voador-com-sistema-inovador-de-propulsao-sem-helices-192376/
https://canaltech.com.br/carros/empresa-desenvolve-carro-voador-com-sistema-inovador-de-propulsao-sem-helices-192376/
https://canaltech.com.br/carros/empresa-desenvolve-carro-voador-com-sistema-inovador-de-propulsao-sem-helices-192376/
Com base nas propriedades e nas vantagens dos sistemas pneumáticos,
assinale a alternativa correta:
a) Os sistemas pneumáticos utilizam o ar como �uido diretamente,
sem a necessidade de comprimi-lo, ou seja, sem a necessidade de
nenhum tratamento.
b) Algumas desvantagens da pneumática são: é possível controlar
uma velocidade precisa e constante; ocorrência de ruído; e maior
custo de implantação.
c) Uma das propriedades do ar é a elasticidade, que faz com que o ar
não retorne à sua condição inicial de volume caso se retire a pressão
imposta a ele.
d) Conhecendo a equação de estado dos gases, observa-se que a
transformação que se dá com o volume do gás, sem sofrer variação,
é chamada de isobárica.
e) Uma das características importantes da pneumática é que ela
trabalha com baixas pressões e altas velocidades, além de uma
maior segurança com relação à temperatura.
Pneumática
O sistema pneumático é desenvolvido a partir da conexão de diversos
equipamentos, tubulações de ar, cilindros, válvulas, acessórios de controle de
pressão, de vazão e de temperatura etc. Geralmente, esses componentes são
esquematizados na forma de um circuito. Portanto, com o intuito de
representá-los mais facilmente, existem os símbolos grá�cos que indicam
cada um dos equipamentos pneumáticos. Alguns desses símbolos são
mostrados a seguir:
Quadro 3.3 - Exemplos de símbolos pneumáticos
Fonte: Adaptado de ABNT (2013).
#PraCegoVer: o quadro tem duas colunas e cinco linhas. Na primeira linha,
primeira coluna, temos um texto em negrito (descrição), além de dois símbolos.
Na segunda linha, primeira coluna, temos o seguinte texto: “compressores de
deslocamento �xo”. Na segunda coluna, temos um círculo: no lado direito, há
duas linhas paralelas, na horizontal; no topo do círculo, há uma linha vertical, na
parte externa; na parte interna, há um triângulo com o ponto do vértice para cima;
na parte de baixo, há uma linha reta vertical. Na terceira linha, primeira coluna,
temos o seguinte texto: “motor pneumático com deslocamento �xo, com uma
direção de �uxo”. Na segunda coluna, temos um círculo: no lado direito, há duas
linhas paralelas, na horizontal; no topo do círculo, há uma linha vertical, na parte
externa; na parte interna, há um triângulo com o ponto do vértice para baixo; na
parte de baixo, há uma linha reta vertical. Na quarta linha, primeira coluna, temos
o seguinte texto: “cilindro de simples efeito ou ação, com retorno por força não
de�nida”. Na segunda coluna, temos a �gura de um retângulo, com o lado direito
sem a linha. No interior do retângulo, há duas linhas paralelas, na vertical, do lado
esquerdo, além de um retângulo perpendicular, avançando para além do lado
direito. No lado esquerdo do retângulo aberto, há uma linha vertical do lado de
fora, na aresta inferior. Na quinta linha, primeira coluna, temos o seguinte texto:
“válvula de controle direcional de duas vias, duas posições, normalmente
fechada”. Na segunda coluna, temos a �gura de dois quadrados unidos. No
quadrado esquerdo, há uma linha com uma seta em negrito apontando para
cima, a partir do meio do quadrado. No quadrado da direita, há uma linha vertical,
no meio, que cruza o interior do quadrado até uma linha horizontal perpendicular.
Essas duas linhas perpendiculares estão presentes na parte superior e na parte
inferior do quadrado.
Os projetos de sistemas pneumáticos, em que são considerados vários
elementos e componentes, são desenvolvidos por meio da representação de
um circuito pneumático, através de símbolos grá�cos. Além de representar
um circuito pneumático, é possível efetuar simulações do �uxo de ar e testar
seu funcionamento.
Simulação e Montagem de Circuitos
A simulação de circuitos pneumáticos é muito importante para visualização e
testes prévios. Nos testes prévios, é possível ver como os elementos vão se
comportar e analisar as variáveis (pressão, vazão etc.) no circuito, em
funcionamento virtual. Ainda, pode-se efetuar correções em função desses
testes, simulando a prática antes da instalação do sistema pneumático.
SAIBA MAIS
O vídeo indicado apresenta como utilizar um
software para simulação de sistemas
pneumáticos e de outros tipos. Nele, são
Após acompanhar a apresentação do aplicativo, observa-se que as
ferramentas para desenvolver circuitos pneumáticos possibilitam ao
engenheiro criar e avaliar circuitos com mais e�cácia.
Para que tenhamos condições de desenvolver um bom circuito pneumático,
temos de entender o funcionamento de certos componentes. Como exemplo,
temos as válvulas, pois existe uma grande variedade desses componentes
relacionados ao seu funcionamento (ou tipos diferentes em relação à parte
construtiva desse elemento), possibilitando utilizá-las para diversas funções.
Conceitualmente, as válvulas são descritas da seguinte maneira:
São todas as válvulas que, ao receberem um impulso pneumático,
mecânico, ou elétrico, permitemque haja �uxo de ar pressurizado
para alimentar determinado(s) elementos(s) do automatismo.
Também são válvulas de comando as que permitem controlar o
�uxo do ar para os diversos elementos do sistema, mediante ajuste
mecânico ou elétrico, as que permitem o �uxo em apenas um
sentido, os elementos lógicos, as controladoras de pressão e as
temporizadas. (FIALHO, 2011, p. 109)
A �m de entendermos melhor a aplicação e o desenvolvimento de circuitos
pneumáticos, vejamos o Quadro 3.4, a seguir, que traz algumas
representações básicas de válvulas pneumáticas úteis em um sistema
pneumático:
apresentadas as bibliotecas dos componentes e
como utilizá-las no circuito. Além disso, são
mostrados testes virtuais para apresentar as
possibilidades do desenvolvimento de um bom
circuito.
Para saber mais, acesse:
A S S I S T I R
Quadro 3.4 - Representação básica de válvulas pneumáticas
Fonte: Adaptado de ABNT (2013).
#PraCegoVer: o quadro tem duas colunas e nove linhas. Na primeira linha, temos
o termo “válvulas”, o qual está acompanhado de uma imagem colorida
representando uma válvula. Na segunda linha, primeira coluna, temos o seguinte
termo: “representações”. Na segunda linha, segunda coluna, temos o seguinte
termo: “símbolos”. Na terceira linha, primeira coluna, está descrito o seguinte
texto: “quadrado – representa uma posição ou unidade de controle”. Na segunda
coluna, temos a imagem de um quadrado que representa uma posição. Na quarta
linha, primeira coluna, está descrito o seguinte texto: “quadrados justapostos
representam o número de posições”. Na segunda coluna, temos a imagem de um
desenho que representa dois quadrados justapostos. Logo abaixo, há três
quadrados alinhados. Na quinta linha, primeira coluna, está descrito o seguinte
texto: “os traços localizados externamente indicam orifícios”. Na segunda coluna,
temos a imagem de um desenho que representa dois quadrados alinhados, além
de um quadrado à direita e quatro traços verticais externos: dois na linha superior
e dois na linha inferior. Na sexta linha, primeira coluna, está descrito o seguinte
texto: “as setas representam as vias ou ligações conectando os orifícios”. Na
segunda coluna, temos a imagem de um desenho que representa dois
quadrados: o da esquerda tem uma linha vertical, de baixo para cima, com uma
seta ao �nal; o da direita tem dois tês internos, com traços verticais, após
cruzarem a linha superior e a linha inferior. Na sétima linha, primeira coluna, está
descrito o seguinte texto: “o T, no interior do quadrado, indica orifício fechado”.
Na segunda coluna, o quadrado da direita tem a imagem de um desenho que
representa uma linha vertical, passante de baixo para cima, iniciando antes de a
linha inferior atravessar o quadrado, onde há uma seta na linha superior e
contínua, e um trecho após a linha superior. Na oitava linha, primeira coluna, está
descrito o seguinte texto: “um círculo com outro circunscrito e em negrito indica
tubulação de ar comprimido. As letras A e B representam conexões de trabalho; P
representa a pressão; e R representa a exaustão”. Na segunda coluna, temos a
imagem de um desenho que representa três quadrados alinhados. O quadrado da
esquerda tem fundo cinza, além de um círculo com outro circunscrito em negrito,
com a letra pê maiúscula do lado esquerdo do círculo. Uma linha vertical sai da
superfície superior do círculo em direção ao quadrado e cruza em diagonal até a
linha superior, onde há uma seta para cima. Dali, prolonga-se com um traço
vertical, após a linha superior, onde há a letra a maiúscula ao �nal do traço. Na
linha inferior e do lado direito, há um tê interno, de onde cruza a linha inferior em
que há um triângulo com a base na linha inferior, além da letra r maiúscula do
lado direito. No quadrado do meio, há três tês: dois internamente (na linha
inferior) e um centralizado (na linha superior). No quadrado da direita, há um tê
na linha inferior (do lado direito) e uma linha em diagonal saindo do centro (da
linha superior em direção ao lado direito da linha inferior), onde termina com uma
seta.
Após estudar um pouco sobre as válvulas e alguns símbolos básicos para a
identi�cação de seus diferentes tipos, é hora de testar os nossos
conhecimentos novamente!
Conhecimento
Teste seus Conhecimentos
(Atividade não pontuada)
As válvulas direcionais são muito úteis em circuitos pneumáticos. Elas são
responsáveis por direcionar o �uxo de �uido dentro do sistema. Portanto,
existe uma diversidade grande de válvulas direcionais em função do
número de vias, posições, tipos de acionamento etc. No quadro a seguir, é
possível identi�car alguns tipos de válvulas:
Quadro - Exemplos de válvulas direcionais
Fonte: Adaptado de ABNT (2013).
#PraCegoVer: o quadro apresenta cinco desenhos, cada um deles
representado, em sequência, pelas letras (a), (b), (c), (d) e (e). Juntos,
esses desenhos representam os diferentes símbolos de válvulas
direcionais. Assim, o quadro possui o seguinte título, destacado em
negrito: “alguns tipos de válvulas direcionais”. A primeira imagem,
representada pela letra “a”, possui dois quadrados juntos: o da esquerda
tem dois tês, sendo formado por uma linha vertical e uma linha
transversal. Os tês estão posicionados assim: um na linha superior; e o
outro, na linha inferior do quadrado, iniciando pela linha vertical. A
imagem representada pela letra “b” tem dois quadrados juntos: o
quadrado da esquerda tem uma linha com uma seta em negrito saindo
da linha inferior até a linha superior, além de um tê mais à direita. No
segundo quadrado, há uma linha vertical iniciando fora e cruzando o
quadrado, terminando em forma de tê. Há, também, uma linha vertical
saindo acima da linha superior do lado esquerdo e cruzando em
diagonal o quadrado, em direção ao lado direito e terminando com uma
seta em negrito; a linha cruza a linha inferior e continua um trecho com
linha vertical. A imagem representada pela letra “c” tem dois quadrados
unidos: o quadrado da esquerda tem um tê a partir da linha inferior,
posicionado à esquerda, além de uma linha em diagonal partindo da
linha superior, a partir da esquerda, cruzando o quadrado e terminando
com uma seta em negrito. No segundo quadrado, há uma linha vertical
passante antes da linha inferior; ela atravessa o quadrado verticalmente.
Na linha superior, há uma seta em negrito (a partir daí, continua um
trecho acima dessa linha). Além disso, há uma linha à direita que cruza a
linha inferior e termina em tê no interior do quadrado. A imagem
representada pela letra “d” tem três quadrados juntos. O quadrado da
esquerda tem uma linha com uma seta em negrito saindo da linha
inferior até a linha superior, além de um tê mais à direita. No quadrado
do meio, há um trecho de linha que cruza a linha superior ou inferior e
termina em tê na parte inferior. Há um posicionado à esquerda (na linha
inferior), e outro, à direita. Além disso, há um posicionado à esquerda da
linha superior. No terceiro quadrado, há um tê na parte interna esquerda
da linha inferior, bem como uma linha em diagonal saindo do lado
esquerdo da linha superior, cruzando o quadrado e terminando com uma
seta em negrito, na parte direita da linha inferior. A imagem representada
pela letra “e” tem três quadrados juntos: o da esquerda tem duas linhas
em diagonal, com uma seta em negrito na ponta; uma sai do lado
esquerdo da linha inferior e cruza o quadrado em direção ao lado direito
da linha superior; a outra sai à direita da linha superior e vai em direção
ao lado esquerdo da linha inferior. No quadro do meio, há um trecho de
linha que cruza o quadrado e termina em tê na parte interna. Existem
quatro desses elementos: dois posicionados na linha inferior; dois
posicionados na linha superior. No terceiro quadrado, há uma linha
vertical, com uma seta em negrito na ponta, iniciando do lado esquerdo
da linha inferior e indo até a linha superior; a seta aponta para cima, e há
outra saindo da linha superior, à direita, em direção à linha inferior, com a
ponta para baixo.
Fonte: PARKER. Tecnologiapneumática industrial. Apresentação M1001-1
BR. Parker.com, [2021]. Disponível em:
https://www.parker.com/literature/Brazil/Apresentacao_M1001-1_BR.pdf.
Acesso em: 28 ago. 2021.
https://www.parker.com/literature/Brazil/Apresentacao_M1001-1_BR.pdf
Considerando os tipos de válvulas direcionais representadas na �gura,
assinale a alternativa correta:
a) Válvula de controle de direcional com quatro vias e duas posições
é considerada, normalmente, fechada.
b) A válvula de controle direcional tem três vias e três posições. É
considerada, normalmente, aberta.
c) A válvula de controle direcional tem duas vias e três posições, e
está, normalmente, aberta.
d) A válvula de controle direcional tem três vias e três posições, além
de centro fechado.
e) A válvula de controle de pressão tem quatro vias e quatro
posições, além de centro fechado.
Pneumática
Neste momento do nosso estudo, abordaremos como determinar a vazão
necessária nas válvulas, além de suas aplicações em circuitos pneumáticos.
Elas são utilizadas para o controle de pressão (ou de vazão de �uido) e no
controle direcional do �uido. Existem diversos tipos de válvulas direcionais,
em função de suas vias e posições. As válvulas podem atuar, também, como
reguladoras de pressão e de vazão, bem como com a função de bloquear o
�uxo de ar.
Para a seleção de válvulas, é possível adotar os coe�cientes de vazão e
. Com esses coe�cientes, determina-se a vazão de uma válvula. Essa
vazão é o volume de �uido por um tempo que �uirá por meio da válvula,
conforme Parker (2021, p. 40). O é dado por galões por minuto para uma
temperatura de 68 ºF e queda de pressão de 1 psig. O é especi�cado nas
unidades internacionais, dado em l/min, com a temperatura em ºC e a
pressão em bar. A relação entre esses dois coe�cientes é dada por:
 (2)
Parker (2021, p. 42) apresenta uma equação simpli�cada para o cálculo de
 para a determinação da vazão da válvula e de sua seleção, conforme a
seguir:
 (3)
Onde: é a área interna do cilindro em polegadas quadradas ( ); é o
curso de trabalho em polegadas (in); é a constante referente à queda de
pressão, conforme a Tabela 3.1;   é o fator de compressão, dado por
 ou conforme a Tabela 3.1; é a pressão de
entrada em (psig); e é o tempo do curso de avanço ou de retorno em
segundos.
Cv
Kv
Cv
Kv
= 0, 8547Kv Cv
Cv
=Cv
a⋅ A⋅Ct⋅ Fc
29⋅tc
a in2 Ct
A
Fc
= (P + 14, 7)/14, 7Fc P
tc
Tabela 3.1 - Constante e fatores para o cálculo do coe�ciente 
Fonte: Adaptada de Parker (2021, p. 42).
#PraCegoVer: a tabela tem 13 linhas e seis colunas. Na primeira linha,
primeira coluna, temos o texto “pressão de entrada (bar)”. Nas linhas
subsequentes, de 2 a 13, temos um campo em branco e os seguintes
valores: 0,70, 1,40, 2,00, 2,76, 3,45, 41,14, 4,83, 5,52, 6,20, 6,90, 7,60 e
8,30. Na primeira linha, segunda coluna, temos o texto “fator de
compressão”. Da linha 2 até a 13, temos os seguintes valores: 1,7, 2,4,
3,0, 3,7, 4,4, 5,1, 5,8, 6,4, 7,1, 7,8, 8,5 e 9,2. Na primeira linha, terceira
coluna, temos o texto “Constante A - Queda de pressão delta p entre
parênteses bar”. Na linha dois, da terceira coluna à sexta coluna, temos
os valores: 0,14 bar, 0,35 bar, 0,78 bar e 1,40 bar. Na terceira coluna, da
linha três até a décima terceira linha, temos os valores: 0,156, 0,126,
0,111, 0,100, 0,091, 0,085, 0,079, 0,075, 0,071, 0,068, 0,065 e 0,063. Na
quarta coluna, da linha três até a décima terceira linha, temos os valores:
0,103, 0,084, 0,073, 0,065, 0,059, 0,055, 0,051, 0,048, 0,046, 0,044, 0,042 e
0,040. Na quinta coluna, da terceira linha até a décima terceira linha,
temos: traço horizontal, 0,065, 0,055, 0,048, 0,044, 0,040, 0,037, 0,035,
0,033, 0,032, 0,030 e 0,029. Na sexta coluna, da terceira linha até a
décima terceira linha, temos: traço horizontal, traço horizontal, 0,048,
0,039, 0,034, 0,031, 0,028, 0,026, 0,025, 0,023, 0,023 e 0,021.
Para exempli�car a aplicação dos conceitos dos coe�cientes de vazão,
temos, a seguir, um exemplo numérico:
Exemplo 1: para um cilindro pneumático de 5 polegadas (in) de diâmetro e 12
polegadas (in) de curso, utilizado para transportar uma peça no tempo
Cv
máximo de 2,5 segundos, de modo que atenda às necessidades da produção,
utiliza-se uma válvula direcional cuja pressão é de 100 psig. Admite-se uma
queda de pressão limite de 10 psig, com objetivo de garantir a força
necessária à operação.
Com base no cálculo da vazão para a válvula do circuito pneumático,
determine o coe�ciente de vazão e o .
Resolução:
A partir das equações (2) e (3), podemos determinar os coe�cientes.
Primeiramente, vamos considerar as variáveis informadas do cilindro. Valores
dados:
Diâmetro do cilindro: 
Curso do cilindro: 
Tempo máximo do curso: 
Pressão de alimentação da válvula: 
Queda de pressão máxima: 
A partir da Equação (3), temos:
Cálculo da área: 
Conversão para bar:
Cv Kv
=  ou 5 polegadas,  ou 5 in∅c 5′′
= 12'' ou 12 polegadas,  ou 12 inCt
= 2, 5stc
= 90psigPv
ΔP = 10psig
=Cv
a⋅ A⋅Ct⋅ Fc
29⋅tc
a = =   = 19, 634 iπ⋅∅2
c
4
π⋅52 
4 n2
  = 100 psig ⋅  0, 0689476 bar/psigPv
= 6, 89 barPv
ΔP = 10 psig ⋅ 0, 0689476 bar/psig
A partir da Tabela 3.1, obtemos os valores de e .
Calculando:
A partir da Equação (2), temos:
Agora que já conhecemos um pouco sobre as válvulas e outros componentes
do circuito pneumático e seus símbolos, vamos veri�car sua utilização dentro
de um circuito pneumático. Vamos para a montagem da válvula no circuito!
Montagem de Circuitos Pneumáticos
Qual é a função da válvula no circuito e como interpretá-la? Para veri�carmos
essa fase, consideremos a aplicação mostrada na Figura 3.1 a seguir:
ΔP = 0, 7 bar
A = 0, 032 = 7, 8Fc
=Cv
19, 634 ⋅ 12 ⋅ 0, 032 ⋅ 7, 8
29 ⋅ 2, 5
= 0, 81 gal es/minCv o~
= 0, 8547 Kv Cv
= 0, 8547  ⋅ 0, 81Kv
= 0, 69 l/minKv
Figura 3.1 - Circuito pneumático básico com uma válvula de três vias e duas
posições.
Fonte: Adaptada de ABNT (2013).
#PraCegoVer: a �gura apresenta um desenho que representa um circuito
pneumático formado por um símbolo de uma unidade de condicionamento que
alimenta uma válvula de três vias e duas posições, e um cilindro simples com
retorno por mola.
No circuito da Figura 3.1, temos uma unidade de condicionamento composto
por �ltro com separador, válvula redutora de pressão, manômetro e
lubri�cador. Este alimenta uma válvula de três vias e duas posições, com
acionamento por botão e retorno por mola. Após a válvula, a linha de �uxo
segue para um cilindro simples, identi�cado pela letra “A” e com acionamento
por rolete e retorno por mola.
Fonte: mountainphoto / 123RF.
Estudamos diversos símbolos para válvulas direcionais e como aplicá-las em
circuitos pneumáticos. E como você usaria uma válvula multifuncional no seu
circuito pneumático? E qual seria o seu símbolo?
Funcionamento
O funcionamento do circuito se dá com um sinal de comando realizado a partir da válvula,
acionando-se o botão que ativa o cilindro, deslocando-o e comprimindo a mola...
V E R M A I S
REFLITA
Tempos de conexões, na indústria, estão mais
próximos do que imaginamos. Você já imaginou
Para complementar a avaliação da válvula, vamos praticar determinando o
coe�ciente de vazão da válvula, no exercício proposto a seguir. Ao determinar
o coe�ciente, é possível selecionar, a partir dos catálogos dos fabricantes, a
válvula correspondente à necessidade do problema.
praticar
Vamos Praticar
Para um cilindro pneumático de 4 polegadas (in) de diâmetro e 16
polegadas (in) de curso, utilizado para transportar uma peça no tempo
máximo de 2 segundos, de modo que atenda às necessidades da produção,
utiliza-se uma válvula direcional cuja pressão é de 80 psig. Admite-se uma
queda de pressão limite de 10 psig, de modo a garantir a força necessária à
operação.
Com base no cálculo da vazão para a válvula do circuito pneumático,
determine o coe�ciente de vazão e o .
uma válvula que pode substituir diversos
componentes e, além de tudo, ser comandada
por um aplicativo ou por computador? Imagine
como seria o símbolo paraessa válvula. Como a
implantação da indústria 4.0 poderia ser
agilizada?
Cv Kv
A partir deste momento, vamos analisar o cilindro pneumático, como ele é
utilizado em circuitos pneumáticos, sua função no circuito e suas principais
características e tipos.
O cilindro é um componente importante no circuito, pois é por meio dele que
o trabalho é realizado, ou seja, a transformação da energia pneumática em
energia mecânica.
Podemos classi�car o cilindro em três tipos, de acordo com a conversão de
energia: os lineares, os rotativos e os oscilantes. Nos lineares, a energia
convertida é utilizada em movimentos lineares ou angulares. Nos rotativos, a
energia convertida se dá por momento torçor contínuo. Já nos oscilantes, a
conversão se dá por momento torçor condicionado a um dado número de
graus.
A forma construtiva básica dos cilindros pneumáticos é constituída por uma
tubulação metálica e um pistão. Além disso, há os acionamentos, os
sensores ou os elementos elétricos para controle, êmbolos, cabeçotes,
Pneumática
mancais e vedações etc. O pistão, às vezes chamado de haste do cilindro, e o
cilindro podem ser denominados de atuadores pneumáticos.
O dimensionamento do cilindro pneumático se dá em função de algumas
variáveis: força necessária, pressão de trabalho e curso esperado do cilindro.
Essas variáveis são dependentes do tipo de aplicação. Conforme Parker
(2021, p. 105), a pressão de trabalho recomendada é de 80% da pressão
encontrada na rede de ar. A partir da carga aplicada, é necessário realizar a
correção da força, de modo a garantir a força real de trabalho. A força real de
trabalho é calculada em função do fator de correção, sendo dada por:
 (4)
Onde: é a força real de trabalho, é o fator de correção (adimensional), e
 é a força de projeto. O fator de correção é obtido pela Tabela 3.2, a
seguir:
= ⋅Fr fc Fp
Fr fc
Fp fc
Tabela 3.2 - Valores do fator de correção da força
Fonte: Parker (2021, p. 105).
#PraCegoVer: a tabela tem três colunas e cinco linhas. Na primeira
coluna, primeira linha, temos o texto “velocidade de deslocamento da
haste do cilindro”. Na segunda linha, temos o texto “lenta e com carga
aplicada somente no �m de curso”. Na terceira linha, temos o texto
Velocidade de
deslocamento da haste
do cilindro
Exemplo Fator de correção 
Lenta e com carga
aplicada somente no �m
de curso.
Operação de rebitagem 1,25
Lenta e com carga
aplicada em todo o
desenvolvimento do
curso.
Talha pneumática 1,35
Rápida e com carga
aplicada em todo o
desenvolvimento do
curso.
Operação de
estampagem
1,35
Rápida e com carga
aplicada em todo o
desenvolvimento do
curso.
Deslocamento de
mesas
1,50
fc
“lenta e com carga aplicada em todo o desenvolvimento do curso”. Na
quarta linha, temos o texto: “rápida e com carga aplicada em todo o
desenvolvimento do curso”. Na quinta linha, temos o texto: “rápida e com
carga aplicada em todo o desenvolvimento do curso”. Na segunda
coluna, primeira linha, temos o texto “exemplo”. Na segunda linha, temos
o texto “operação de rebitagem”. Na terceira linha, temos o texto “talha
pneumática”. Na quarta linha, temos o texto “operação de estampagem”.
Na quinta linha, temos o texto “deslocamento de mesas”. Na terceira
coluna, primeira linha, temos o texto “fator de correção f minúsculo com
subíndice c”. A partir da segunda linha, temos os respectivos números
para cada uma delas: 1,25, 1,35, 1,35 e 1,50.
A força teórica ou de projeto pode ser obtida pela Equação (5):
 (5)
Onde: é a força teórica de projeto em [N], é a pressão de trabalho em
Pascal [Pa], e é a área em [ ].
Além da força, podemos calcular o consumo de ar de um cilindro
pneumático:
 (6)
Onde: é o consumo de ar em [l/s], é a área efetiva do pistão em [ ],
 é o curso do cilindro (avanço ou retorno) em [mm], é o número de ciclos
por segundo, e é a pressão em [bar].
Para melhorar a compreensão das equações anteriormente expostas,
vejamos um exemplo de aplicação:
Exemplo 2: determine o diâmetro do pistão e da haste de um cilindro utilizado
para movimentar um suporte usado em uma operação de estampagem. O
cilindro se encontra montado sobre apoios articulados nas duas
extremidades. Selecione, após a checagem da �ambagem da haste, cilindros
= P ⋅AFp
Fp P
A m2
C = A⋅L⋅ ⋅( +1,013)nc pt
1,013⋅106
C A mm2
L nc
pt
normalizados em tabelas comerciais. O dispositivo tem uma massa de 150
kg e deve realizar um movimento linear por um curso de 100 cm. O tempo
necessário para o percurso é de 10 segundos. O módulo de elasticidade do
aço é , correspondente ao material da haste.
Considere a pressão de trabalho . Estime, também, o consumo de
ar necessário.
Solução:
O cálculo do diâmetro do pistão é dado por:
Onde: é o fator de correção (adimensional), e é a força de projeto. O
fator de correção é obtido pela Tabela 3.2.
A pressão de trabalho .
; 
Cálculo do diâmetro da haste (critério de Euler):
 (caso 2 – biarticulado – Tabela A10 (FIALHO, 2011,
p.296).
S = 4,5, coe�ciente de segurança (3,5 – 5).
E = 2, 1 ⋅ N/c107 m2
= 6 barpt
= 2 ⋅Dp
⋅Fp fc
π ⋅ pt
− −−−−−
√
fc Fp
= 1, 35fc
= fora peso = = m ⋅ g = 150kg ⋅ 9, 81m/ ; = 1471, 5NFp Fp s2 Fp
pt = 6 bar
= 2 ⋅Dp
1471,5⋅1,35 
π⋅6
− −−−−−−
√ Dp = 4, 73 cm ou 47, 3mm
dh=4 64 ⋅ S ⋅ ⋅λ2 Fa
⋅Eπ3
− −−−−−−−−−−−
√
λ = L = 100 cm
E = 2, 1 ⋅ N/c107 m2
= ⋅ = 1471, 5  ⋅ 1, 35Fa Fp fc
A partir da tabela do fabricante, podemos escolher um cilindro normalizado
(Tabela A9, segundo Fialho, 2011, p. 295):
Força de avanço=1493 N; Força de retorno=1310 N (para p=6 bar)
Reorganizando os dados, temos:
Massa do suporte m = 150 kg; curso L = 100 cm = 1000 mm; o tempo T = 10
s, o diâmetro do pistão ; o diâmetro da haste ; a
força de avanço de 1493 N à pressão de 6 bar (tabela do fabricante); a
pressão de trabalho .
Cálculos:
Ciclo 
Cálculo da área do pistão: 
Determinação do consumo de ar, conforme Equação (6):
= 1986, 53NFa
=dh
64 ⋅ 4, 5 ⋅ ⋅ 1986, 531002
⋅ 2, 1 ⋅π3 107
− −−−−−−−−−−−−−−−−−−
√4
= 1, 72 cm = 17, 2mmdh
= 63mm, = 20mmDp dh
= 63mmDp = 20mmdh
= 6 barpt
=   =  nc
1
T
1
10
A =   =   = A = 3117, 17 m
π⋅D2
p
4
π⋅632
4 m2
C =
A ⋅ L ⋅ ⋅ ( + 1, 013)nc pt
1, 013 ⋅ 106
C =
3117, 17  ⋅ 1000 ⋅ ( ) ⋅ (6 + 1, 013)1
10
1, 013 ⋅ 106
C = 2, 16 l/s
Montagem de Circuitos Pneumáticos
Conhecemos diversos elementos e componentes utilizados em sistemas
pneumáticos: compressores, bombas, válvulas e cilindros, além de outros
que auxiliam e complementam o circuito (�ltros, manômetros, medidores de
vazão e de temperatura). Abordamos, também, a simbologia desses
elementos.
O atuador pneumático (ou cilindro) foi apresentado na Figura 3.1. No caso, o
cilindro simples é pilotado a partir do direcionamento do �uxo, por uma
válvula direcional que começa a se deslocar e comprimir a mola; o cilindro
retornará, por mola, à posição inicial, quando não houver mais suprimento de
ar, ou seja, a válvula terá direcionado o �uxo para o retorno. Vamos lembrar
que a função básica do atuador, no circuito, é a realização de trabalho, em
que a energia pneumática foi transformada em energia mecânica, na
operação solicitada durante o processo.
SISTEMA
ELETROPNEUMÁTICO
Fonte: Elaborado pelo autor.
Fonte: Elaborado pelo autor.
#PraCegoVer: temos um infográ�co interativo com caixas de texto clicáveis e
expansivas. Na parte superior do infográ�co, temos o título “Sistema
eletropneumático” em azul e com uma linha vermelha embaixo. A seguir, temos
as seis caixas de texto clicáveis, as quais estão organizadas na vertical e
possuem o formato de �echa indicando para a direita. Quando clicamos em uma
caixa, um espaço se expande abaixo, revelando o seu texto. Na primeira caixa, de
cima para baixo, com o fundo azul escuro, temos o seguinte tópico:
“Fornecimento de energia:”. Ao clicá-la, nos é revelado o seguinte texto: “Em
relação ao fornecimento de energia para o sistema eletropneumático são
necessários alguns componentes, como compressor, reservatório, válvula de
regulagem de pressão etc. Elementos esses que auxiliam no suprimento
adequadode ar comprimento ao circuito”. Em seguida, na segunda caixa, com o
fundo vermelho, temos o seguinte tópico: “Entrada de sinal:”. Ao clicá-la, nos é
revelado o seguinte texto: “para um circuito eletropneumático, o acionamento
pode se dar a partir de diversos elementos, como botão, alavanca, válvula de
controle e sensor de aproximação”. A seguir, na terceira caixa, com o fundo azul
claro, temos o seguinte tópico: “Processamento de sinal:”. Ao clicá-la, nos é
revelado o seguinte texto: “Após o acionamento, inicia-se o �uxo do ar
comprimido para as direções planejadas do circuito, as quais são efetuadas por
válvula de controle direcional, válvula alternadora, válvula de pressão dupla e
válvula de sequência de pressão”. Logo depois, na quarta caixa, com o fundo
verde, temos o seguinte tópico: “Saída de sinal:”. Ao clicá-la, nos é revelado o
seguinte texto: “O direcionamento do �uxo de ar será conduzido por válvulas de
controle direcional a �m de indicar o caminho do �uxo para a realização de
alguma operação”. Na sequência, temos a quinta caixa com o fundo amarelo e o
seguinte tópico: “Execução do comando:”. Ao clicá-la, nos é revelado o seguinte
texto: “Nessa fase é executado o trabalho planejado para o qual o circuito
eletropneumático foi desenvolvido”. Por �m, na sexta caixa, com o fundo roxo,
temos o seguinte tópico: “Sistema eletropneumático:”. Ao clicá-la, nos é revelado
o seguinte texto: “Conecta os diversos elementos em cada fase com a inclusão
de outros elementos acessórios, como �ltros, controle de pressão e temperatura
e vazão, os quais contribuem para a execução integral do projeto de
eletropneumática”.
A partir dos conceitos expostos sobre as válvulas, bem como de seus tipos e
simbologias, acerca dos atuadores pneumáticos e seu dimensionamento,
resolva o exercício proposto a seguir, de modo a avaliar seus conhecimentos.
praticar
Vamos Praticar
Para um elevador de carga frágil, do tipo talha pneumática, aplica-se a carga
durante o curso do cilindro (de 300 mm). O diâmetro do cilindro é de 16
mm. Considere um cilindro compacto, em regime de (ciclos por
segundo), cujas características são dadas na tabela a seguir para uma
pressão de 6 bar.
nc = 2
Tabela - Forças teóricas (com base no catálogo de um fabricante)
Fonte: Parker (2021, p. 107).
#PraCegoVer: a tabela tem seis colunas e seis linhas. Na
primeira linha, primeira coluna, encontra-se o texto “diâmetro do
cilindro entre parênteses mm”. A segunda linha está em branco.
Da terceira linha até a sexta linha, estão representados os
seguintes números, respectivamente: 12, 16, 20, 25. Na primeira
linha, segunda coluna, encontra-se o texto “diâmetro da haste
entre parênteses mm”. A segunda linha está em branco. Da
terceira linha até a sexta linha, estão representados os seguintes
números, respectivamente: 6, 8, 10, 10. Na primeira linha, terceira
e quarta colunas, encontra-se o texto “área efetiva entre
parênteses mm ao quadrado”. Na terceira linha, encontra-se o
Diâmetro
do
cilindro
(mm)
Diâmetro
da haste
(mm)
Área efetiva
( )
Força teórica a 6
bar (N)
    Avanço Retorno Avanço Retorno
12 6 113,10 84,82 67,86 50,89
16 8 201,06 150,80 120,64 90,48
20 10 314,16 235,62 188,50 141,37
25 10 490,87 412,33 294,52 247,40
mm2
texto “avanço”. Da quarta linha até a sexta linha, estão
representados os seguintes números, respectivamente: 113,10,
201,06, 314,16, 490,87. Na terceira linha, quarta coluna, encontra-
se o texto “retorno”. Da quarta linha até a sexta linha, estão
representados os seguintes números, respectivamente: 84,82,
150,80, 235,62, 412,33. Na primeira linha, quinta e sexta colunas,
encontra-se o texto “força teórica a 6 bar entre parênteses N”. Na
segunda linha, quinta coluna, encontra-se o texto “avanço”. Da
terceira linha até a sexta linha, estão representados os seguintes
números, respectivamente: 67,86, 120,64, 188,50, 294,52. Na
segunda linha, sexta coluna, encontra-se o texto “retorno”. Da
terceira linha até a sexta linha, estão representados os seguintes
números, respectivamente: 50,89, 90,48, 141,37, 247,40.
Determine a força de trabalho real e encontre, também, o consumo de ar
do cilindro.
Material
Complementar
W E B
Aula 1 - prática de pneumática
Ano: 2016
Comentário: o vídeo permite conhecer alguns elementos
dos sistemas pneumáticos, tais como: tubulações para
pneumática e suas especi�cações, �ltros e óleos
lubri�cantes e sua importância etc. Além disso, permite
conhecer as válvulas e os cilindros. Nele, também é
possível visualizar a peça pneumática para além de
símbolos ou desenhos.
Para assistir ao vídeo, acesse o link a seguir:
ACESSAR
https://www.youtube.com/watch?v=9GdOKPSTVLs
L I V R O
Automação eletropneumática
Ano: 2013
Editora: Érica
Autores: Nelso Gauze Bonacorso e Valdir Noll
ISBN: 978-85-365-1816-9
Comentário: a obra abrange os principais tópicos da área e
é indicado para a revisão dos temas abordados até o
momento e outros que ainda veremos.
L I V R O
Termodinâmica
Ano: 2013
Editora: AMGH
Autores: Yunus A. Çengel e Michael A. Boles
ISBN: 978-85-8055-201-0
Comentário: a obra é um material didático sobre
engenharia e traz informações sobre as diversas
propriedades dos �uidos. O livro aborda em detalhes cada
uma das propriedades das diferentes fases (gasosa,
líquida e sólida). No caso da pneumática, aborda, também,
as leis dos gases.
Conclusão
Prezado(a) estudante, iniciamos com a de�nição da pneumática e a grande
variedade de aplicações na indústria, além dos gases como �uido para esse
sistema. Também detalhamos as vantagens e desvantagens do sistema
pneumático, em que é possível notar as facilidades e versatilidades de sua
utilização.
A representação grá�ca para a simbologia dos componentes foi mostrada, bem
como para as válvulas direcionais. Com isso, avançamos um pouco em circuitos
pneumáticos, mostrando as funções das válvulas e dos cilindros, além de
apresentar o dimensionamento prático desses elementos.
Espero que tenha aproveitado o conteúdo apresentado. Até a próxima!
Referências
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 1219 –
Sistemas e componentes hidráulicos e
pneumáticos: símbolos grá�cos e
diagramas de circuitos. Rio de Janeiro:
ABNT, 2013. Disponível em:
https://bit.ly/2ZqUPkX. Acesso em: 15
ago. 2021.
https://bit.ly/2ZqUPkX
AUTOMATION StudioTM - Introdução. [S. l.: s. n.], 2016. 1 vídeo (5 min). Publicado
pelo canal FamicTechnologies. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?
v=RynponbXHP0&t=1s. Acesso em: 27 set. 2021.
AULA 1 - prática de pneumática. [S. l.: s. n.], 2016. 1 vídeo (7 min). Publicado pelo
canal clubedotecnico. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?
v=9GdOKPSTVLs. Acesso em: 4 set. 2021.
BONACORSO, N. G.; NOLL, V. Automação eletropneumática.12. ed. São Paulo:
Érica, 2013.
ÇENGEL, Y. A.; BOLES, M. A. Termodinâmica. 7. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.
FIALHO, A. B. Automação pneumática: projetos, dimensionamento e análise de
circuitos. 7. ed. São Paulo: Érica, 2011.
PARKER. Tecnologia pneumática industrial. Apresentação M1001-1 BR.
Parker.com, [2021]. Disponível em:
https://www.parker.com/literature/Brazil/Apresentacao_M1001-1_BR.pdf. Acesso
em: 28 ago. 2021.
RIBEIRO, F. Empresa desenvolve carro voador com sistema inovador de propulsão
sem hélices. Canaltech, 2021. Disponível em:
https://canaltech.com.br/carros/empresa-desenvolve-carro-voador-com-sistema-
inovador-de-propulsao-sem-helices-192376/. Acesso em: 27 set. 2021.
https://www.youtube.com/watch?v=RynponbXHP0&t=1s
https://www.youtube.com/watch?v=RynponbXHP0&t=1s
https://www.youtube.com/watch?v=9GdOKPSTVLs
https://www.youtube.com/watch?v=9GdOKPSTVLs
https://www.parker.com/literature/Brazil/Apresentacao_M1001-1_BR.pdf
https://canaltech.com.br/carros/empresa-desenvolve-carro-voador-com-sistema-inovador-de-propulsao-sem-helices-192376/
https://canaltech.com.br/carros/empresa-desenvolve-carro-voador-com-sistema-inovador-de-propulsao-sem-helices-192376/

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