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UniEVANGÉLICA CURSO DE FARMÁCIA Avenida Universitária Km 3,5 Cx. Postal 122 e 901 – CEP: 75 070 – 290 Anápolis–GO, Fones: (0xx62) 310 – 6620 e 310 – 6697 Apostila de aulas práticas da disciplina: OPERAÇÕES UNITÁRIAS Professora Msc. Ana Paula Montandon de Oliveira UniEVANGÉLICA CURSO DE FARMÁCIA Avenida Universitária Km 3,5 Cx. Postal 122 e 901 – CEP: 75 070 – 290 Anápolis–GO, Fones: (0xx62) 310 – 6620 e 310 – 6697 OPERAÇÕES UNITÁRIAS: Aula Prática nº 1: Fluidez e compressibilidade de pós 1) Densidade aparente e compactada: Em uma proveta graduada de 10 mL de capacidade, previamente pesada, preencha com a amostra de cada tipo de granulado até obter-se o Volume Inicia (Vi) de 10 mL. Pese novamente a fim de se determinar a massa (m) para cálculo da densidade aparente (ρa). ρa (g/mL) = m/Vi A proveta, deve ser submetida à 250 batidas, até que se completem 1250, manualmente. Deve-se observar, a cada grupo de batidas, qual a alteração no volume do granulado, até que a redução do volume seja constante. Anote o volume final (Vf) ocupado pelo pó após agitação. Calcule a densidade compactada das partículas (ρc), conforme equação abaixo. Realize os testes em triplicata e tire a média. ρc (g/mL) = m/Vf 2) Determinação do índice de compressibilidade (Índice de Carr) e Fator de Hausner: O Índice de Carr (IC) e Fator de Hausner (FH) são características de compressibilidade e fluidez de pós. A compactibilidade ou compressibilidade descreve a capacidade de um pó ou granulado se compactar durante o processo de compressão. Esta característica é importante para garantir um peso homogêneo dos comprimidos. (IC%) Compressibility Index = 100 x ( V0 – VF ) V0 Alternativamente, pode ser calculado assim: UniEVANGÉLICA CURSO DE FARMÁCIA Avenida Universitária Km 3,5 Cx. Postal 122 e 901 – CEP: 75 070 – 290 Anápolis–GO, Fones: (0xx62) 310 – 6620 e 310 – 6697 IC(%) = [(ρc - ρa)/ ρc] . 100 O Fator de Hausner (PH ou FH) é: FH = V0 Vf Alternativamente, pode ser calculado assim: FH= ρc/ ρa , onde: ρa = Densidade aparente das partículas (g/mL) ρc = Densidade compactada das partículas (g/mL) 3) Ângulo de Repouso: O ângulo de repouso tem sido utilizado como método indireto para quantificar a escoabilidade dos pós, em função com sua relação com a coesão entre as partículas. Pós com ângulo de repouso >40° possuem, em geral, propriedades de fluxo deficientes. Ângulos abaixo de 40° possuem propriedades de fluxo aceitáveis, e abaixo de 25° possuem propriedades muito boas (AUTON, 2005). Conforme metodologia descrita em AUTON (2005),o pó deve ser sustentado pelo funil, sustentado por um suporte universal, sobrepondo uma base de diâmetro conhecido, até que seja preenchida esta base. Forma-se um cone, cuja altura deve ser medida com auxílio de uma régua graduada em 1 mm. Deve ser medida a altura entre a base e o bico do funil. Para o cálculo do ângulo de repouso, deve-se usar a fórmula: tg α = h/r , onde h = altura e r= raio Obs.: a USP preconiza utilizar 100g de produto, em uma proveta de 250mL, de forma que o volume alcance entre 150 e 250 mL. Se o volume alcançado estiver foram, pode- se utilizar uma proveta de 100 mL, com uma quantidade de pó adequada. Quanto mais diferentes as densidades aparente e compactada, menor a fluidez do pó. UniEVANGÉLICA CURSO DE FARMÁCIA Avenida Universitária Km 3,5 Cx. Postal 122 e 901 – CEP: 75 070 – 290 Anápolis–GO, Fones: (0xx62) 310 – 6620 e 310 – 6697 Critério de aceitação: Referências: COUTO, A.G. et al, Acta Farm. Bonaerense. 20 (3) 189-96 (2001) ANDRADE, T.C. Estudo da granulação por solidificação de material fundido em leito fluidizado utilizando dispersão sólida de indometacina, Ribeirão Preto, 2009. USP XXXI, UNITED STATES PHARMACOPEIA XXXI, VOL I, 639 -641. Materiais necessários a cada bancada: 1 suporte universal, com uma garra acoplada. Sobre a garra um funil (tentar obter funis com diâmetro da abertura o maior possível, e todos os funis com diâmetro o mais idênticos possível). Na base do suporte deve haver uma placa de petri (mesmo diâmetro para todas as bancadas), réguas ou trenas, 1 pipeta de 10 mL, amostras de granulado. 1 pipeta de 10 ou 25 mL. Balanças. UniEVANGÉLICA CURSO DE FARMÁCIA Avenida Universitária Km 3,5 Cx. Postal 122 e 901 – CEP: 75 070 – 290 Anápolis–GO, Fones: (0xx62) 310 – 6620 e 310 – 6697 OPERAÇÕES UNITÁRIAS: AULA PRÁTICA Nº 2: Análise Granulométrica de Pós 1ª Etapa: Para que serve? Saber qual é a faixa granulométrica de um pó farmacêutico é importante para verificar a compatibilidade do pó com algumas propriedades do produto acabado, como a dissolução, a fluidez, etc. Método: Adaptado da USP XXXI. Por sua vez, a USP adaptou o método da norma ISO 3310-1 Test sieves- Technical requiriments and testing. Pesar o equivalente a 15 mL do pó (medir na proveta). Anotar o peso. Pesar, separadamente, cada um dos tamises e anotar o peso. Montar o jogo de tamises, de forma decrescente, isto é, de modo que o de maior abertura seja posicionado em cima e o de menor abertura seja posicionado no final. Submeter a amostra à vibração manual, com movimentos vibratórios (alternando movimentos para a frente e para trás e para a direita e esquerda) perfazendo 10 minutos para cada amostra. Após decorrido o tempo de agitação, pesar novamente os tamises e anotar o peso do pó presente em cada tamis, através da subtração do peso inicial. Calcular a porcentagem de pó retida em cada tamis. Proceder novamente à agitação manual por 5 minutos e pesar novamente os tamises, anotar o peso do pó presente em cada tamis. Calcular a porcentagem de pó retida em cada tamis. Esta porcentagem não poderá diferir mais que 10% da medida anterior, para nenhum dos tamises. Caso este valor exceda este limite, os pós devem ser novamente tamisados por 10 minutos e o peso dos tamises anotado, até que não haja diferenças maiores que 10% entre as massas obtidas. Construir uma tabela com as porcentagens retidas em cada tamis. Para a próxima aula, trazer um gráfico com a distribuição encontrada para a amostra. 2ª Etapa: Exemplo Distribuição granulométrica da Lactose 200 (Via Farma): Nº do Tamis % de pó retido abaixo 45 µm 31,08 45 26,16 UniEVANGÉLICA CURSO DE FARMÁCIA Avenida Universitária Km 3,5 Cx. Postal 122 e 901 – CEP: 75 070 – 290 Anápolis–GO, Fones: (0xx62) 310 – 6620 e 310 – 6697 63 21,78 90 16,83 125 4,14 Amostras necessárias para a aula: Lactose, amido de milho, carboximetilcelulose, ácido acetil salicílico, sacarose, álcool estearílico 3 tamises de tamanho decrescente para cada estação de trabalho, 1 proveta de 15 a 25 mL, um béquer para apoiar os tamises na balança 1 saco plástico para cada conjunto de tamises, de diâmetro idêntico ao diâmetro dos tamises, para fechar o último tamis. Vidrarias e equipamentos: Balanças com capacidade para 600g aproximadamente (peso do tamis + bequer) + amostra. 1- OBJETIVOS Cada grupo irá realizar o teste de granulometria de pós para um uma matéria prima específica. 2- PARTE EXPERIMENTAL Executar o ensaio e determinar, elaborando um laudo de análise deste teste, o resultado. 786PARTICLE SIZE DISTRIBUTION ESTIMATION BY ANALYTICAL SIEVING Sieving is one of the oldest methods of classifying powders by particle size distribution.Sieving is most suitable where the majority of the particles are larger than UniEVANGÉLICA CURSO DE FARMÁCIA Avenida Universitária Km 3,5 Cx. Postal 122 e 901 – CEP: 75 070 – 290 Anápolis–GO, Fones: (0xx62) 310 – 6620 e 310 – 6697 about 75µm,although it can be used for some powders having smaller particle sizes where the method can be validated. Method I(Dry Sieving Method)— Tareeach test sieve to the nearest 0.1g.Place an accurately weighed quantity of test specimen on the top (coarsest)sieve,and replace the lid.Agitate the nest of sieves for 5minutes.Then carefully remove each from the nest without loss of material.Reweigh each sieve,and determine the weight of material on each sieve.Determine the weight of material in the collecting pan in a similar manner.Reassemble the nest of sieves,and agitate for 5minutes.Remove and weigh each sieve as previously described.Repeat these steps until the endpoint criteria are met (see Endpoint Determination under Test Sieves).Upon completion of the analysis,reconcile the weights of material.Total losses must not exceed 5%of the weight of the original test specimen. Repeat the analysis with a fresh specimen,but using a single sieving time equal to that of the combined times used above.Confirm that this sieving time conforms to the requirements for endpoint determination.When this endpoint has been validated for a specific material,then a single fixed time of sieving may be used for future analyses,providing the particle size distribution does not change significantly. 800µm 25 710 710 22 710µm 710µm 710µm 600µm 30 26 560µm 500µm 500µm 500µm 35 500 500 30 ISO Nominal Aperture US Sieve No. Recommended USP Sieves European Sieve No. Japan Sieve No. Principal sizes Supplementary sizes R20/3 R20 R40/3 450µm 425µm 40 36 400µm 355µm 355µm 355µm 45 355 355 42 315µm 300µm 50 50 280µm 250µm 250µm 250µm 60 250 250 60 224µm 212µm 70 70 200µm 180µm 180µm 180µm 80 180 180 83 160µm 150µm 100 100 140µm 125µm 125µm 125µm 120 125 125 119 UniEVANGÉLICA CURSO DE FARMÁCIA Avenida Universitária Km 3,5 Cx. Postal 122 e 901 – CEP: 75 070 – 290 Anápolis–GO, Fones: (0xx62) 310 – 6620 e 310 – 6697 112µm 106µm 140 140 100µm 90µm 90µm 90µm 170 90 90 166 80µm 75µm 200 200 71µm 63µm 63µm 63µm 230 63 63 235 56µm 53µm 270 282 50µm 45µm 45µm 45µm 325 45 45 330 40µm 38µm 38 391 2 The specifications for standard sieves in Europe,Japan,and the USare all identical to ISO3310-1:2000(E).The lists of European and Japanese standard sieves are included for informational purposes. UniEVANGÉLICA CURSO DE FARMÁCIA Avenida Universitária Km 3,5 Cx. Postal 122 e 901 – CEP: 75 070 – 290 Anápolis–GO, Fones: (0xx62) 310 – 6620 e 310 – 6697 OPERAÇÕES UNITÁRIAS: AULAs PRÁTICAS Nº 3 E 4: REQUERIMENTO DE USUÁRIO 1ª Etapa: analisar o ERU (Especificação de requerimento de usuário) de uma indústria farmacêutica e entender os principais tópicos importantes a serem descritos durante a elaboração deste documento. Atividade: cada grupo irá estudar a ERU de um equipamento específico, anotando os principais dados observados e entendidos como importantes para especificar um equipamento industrial. 2ª Etapa: Cada grupo irá desenvolver uma ERU para um equipamento específico de um Laboratório de Desenvolvimento Farmacotécnico, conforme instruções dadas pela professora. Os passos para esta atividade serão: a) Encontrar na internet marcas e equipamentos similares à necessidade apresentada pela área de trabalho (serão descritos pela professora). b) Analisar os folhetos distribuídos pela professora com informações sobre as necessidades da área, para que sejam contemplados no documento. c) Utilizar o modelo de documentação para criar uma Especificação de Requerimento de Usuário adequada conforme requisitos a e b. 3ª Etapa: Apresentar o documento pronto e impresso para a professora e colegas, explicando o que foi levado em conta na hora de criar o documento. UniEVANGÉLICA CURSO DE FARMÁCIA Avenida Universitária Km 3,5 Cx. Postal 122 e 901 – CEP: 75 070 – 290 Anápolis–GO, Fones: (0xx62) 310 – 6620 e 310 – 6697 OPERAÇÕES UNITÁRIAS: AULAs PRÁTICAS Nº 4 E 5: QUALIFICAÇÃO DE INSTALAÇÃO 1ª Etapa: analisar o documento de Qualificação de Instalação de uma indústria farmacêutica e entender os principais tópicos importantes a serem descritos durante a elaboração deste documento. Atividade: cada grupo irá estudar a Qualificação de Instalação de um equipamento específico, anotando os principais dados observados e entendidos como importantes para especificar um equipamento industrial. 2ª Etapa: Cada grupo irá desenvolver uma Qualificação de Instalação para um equipamento específico de um Laboratório de Desenvolvimento Farmacotécnico, conforme instruções dadas pela professora. Os passos para esta atividade serão: a) Cada grupo irá estudar um equipamento especificado pela professora, preenchendo o check list de itens a serem verificados. b) Analisar os manuais do equipamento distribuídos pela professora com informações que podem ser utilizadas para construção do documento. c) Utilizar o modelo de documentação para criar uma Qualificação de Operação adequada conforme requisitos a e b. 3ª Etapa: Apresentar o documento pronto e impresso para a professora e colegas, explicando o que foi levado em conta na hora de criar o documento. UniEVANGÉLICA CURSO DE FARMÁCIA Avenida Universitária Km 3,5 Cx. Postal 122 e 901 – CEP: 75 070 – 290 Anápolis–GO, Fones: (0xx62) 310 – 6620 e 310 – 6697 OPERAÇÕES UNITÁRIAS: AULAs PRÁTICAS Nº 6 E 7: QUALIFICAÇÃO DE OPERAÇÃO 1ª Etapa: analisar o documento de Qualificação de Operação de uma indústria farmacêutica e entender os principais tópicos importantes a serem descritos durante a elaboração deste documento. Atividade: cada grupo irá estudar a Qualificação de Operação de um equipamento específico, anotando os principais dados observados e entendidos como importantes para especificar um equipamento industrial. 2ª Etapa: Cada grupo irá desenvolver uma Qualificação de Operação para um equipamento específico de um Laboratório de Desenvolvimento Farmacotécnico, conforme instruções dadas pela professora. Os passos para esta atividade serão: a) Cada grupo irá estudar um equipamento especificado pela professora, preenchendo o check list de itens a serem verificados. b) Analisar os manuais do equipamento distribuídos pela professora com informações sobre o funcionamento do equipamento. c) Utilizar o modelo de documentação para criar uma Qualificação de Operação adequada conforme requisitos a e b. 3ª Etapa: Apresentar o documento pronto e impresso para a professora e colegas, explicando o que foi levado em conta na hora de criar o documento.