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Articulações crânio e coluna vertebral Articulações do crânio • Suturas; • Articulação temporo-mandibular (ATM); • Articulação atlanto-occipital Articulação Temporo-mandibular • Articulação sinovial • Faces articulares côndilo da mandíbula Fossa da mandíbula • Cápsula articular é frouxa - 2 membranas sinoviais (superior – reveste a cápsula fibrosa acima do disco articular a e inferior – reveste a cápsula abaixo do disco) • Disco articular Ligamentos que conectam a mandíbula ao crânio • Ligamento estilomandibular (processo estilóide até o ângulo da mandíbula) • Ligamento esfenomandibular (espinha do esfenóide até a língula da mandíbula) • Ligamento lateral intrínseco (ligamento temporomandibular) – reforça a ATM lateralmente Movimentos • Protrusão • Retrusão • Elevação (fechamento da boca) • Depressão (abertura da boca) • Mov. lateral • Protrusão : mandíbula move-se para frente. • Retrusão : mandíbula move-se para trás. • Desvio lateral: mandíbula desvia-se lateralmente para a direita ou para a esquerda. • Depressão da mandíbula: mandíbula move-se para baixo (abertura da maxila). • Elevação da mandíbula: mandíbula move-se para cima (fechamento da maxila). Protrusão e Retrusão Articulação atlanto-occipital (CO-C1) crânio e primeira vértebra cervical Trata-se de uma articulação crânio vertebral. • Faces articulares: côndilos do occipital + fóveas articulares superiores do atlas - art. Sinovial - Movimentos da cabeça (flexão e extensão + inclinações) - Membranas atlanto-occipital : anterior e posterior (ligam o atlas ao crânio) Dângelo e Fattini, 2006. Articulações da coluna vertebral Articulação atlanto-axial C1-C2 Três articulações: • 2 sinoviais (cada lado) = articulações interfacetárias ou zigoapofisárias: fóveas articulares superiores do axis com as fóveas articulares inferiores do atlas; • 1 sinovial (mediana) = art. Atlantoaxial mediana: arco anterior do atlas (faceta articular para o dente do axis) + dente do axis; • Movimentos - rotações atlanto-axial mediana interfacetária (entre C1 e C2) Ligamentos das art. Atlanto-axiais • Ligamento transverso do atlas - (liga o arco anterior do atlas ao dente do axis) • Ligamento cruciforme (forma de cruz) – da parte mediana do ligamento transverso projetam-se feixes craniais e caudais • Ligamentos alares – estendem-se a partir dos lados do dente do áxis até as margens laterais do forame magno – fixam o crânio a vértebra C1 • Membrana tectória – continuação cranial do ligamento longitudinal posterior, que do corpo do axis se estende ao assoalho da cavidade craniana, pelo forame magno. Articulações da coluna vertebral Articulações entre corpos vertebrais: • Entre os corpos vertebrais (intervertebrais) – C2-S1 • Articulações uncovertebrais (coluna cervical) – C3-C7 Articulações localizadas no arco vertebral: • Entre as faces articulares dos arcos vertebrais - (zigopofisárias ou interapofisárias) – C1-S1 Articulações intervertebrais Entre os corpos vertebrais (intervertebrais) – C2-S1 Disco intervertebral “O papel do disco é suportar e distribuir as cargas na coluna vertebral assim como restringir o excesso de movimento que ocorre no segmento vertebral” Hamill, 1999 Disco Cada disco apresenta duas partes: - Periférica: ânulo fibroso - Central: núcleo pulposo Parte central Núcleo pulposo substância gelatinosa, composta por 80-90% de água, (capacidade hidrófila) + 15-20% de colágeno Hamill, 1999 Kapanji,1999 Núcleo pulposo Anel fibroso • Fibras formadas 50-60% colágeno – proporcionando força tensiva ao disco • O colágeno é menos abundante na porção póstero-lateral do disco tornando essa área + vulnerável à lesão por haver uma força tensiva reduzida Hamill,1999 Parte periférica Anel fibroso - formado por uma sucessão de camadas fibrosas concêntricas,cuja obliqüidade é cruzada quando se passa de uma camada para a camada vizinha, - as fibras são verticais na periferia e que, quanto mais se aproximam do centro, mais elas são oblíquas. Kapanji, 1999 Parte periférica - o núcleo fica fechado num compartimento inextensível entre os platôs vertebrais, por cima e por baixo, e o anel fibroso. - Este anel impede a exteriorização da substância do núcleo. Kapanji,1999 Distribuição de cargas - o núcleo suporta 75% da carga. - anel fibroso suporta 25%. Ex: uma pressão de 20 kg, se distribui em 15 kg sobre o núcleo e 5 kg sobre o anel. Obs: o núcleo atua como distribuidor da pressão em sentido horizontal sobre o anel fibroso Kapanji,1999. MECANISMO DE AUTO-ESTABILIDADE Os movimentos (flexão, extensão e flexão lateral ) desenvolve-se uma força compressiva assimétrica, onde o corpo vertebral faz uma translação em direção ao lado que recebe a carga, as fibras são alongadas no outro lado, e a pressão no núcleo pulposo retorna a posição original. Hamill, 1999 Mecanismo de auto-estabilidade Migração de água no núcleo o núcleo repousa sobre a parte central do platô vertebral, parte cartilaginosa, porém com numerosos poros microscópicos que comunicam o compartimento do núcleo com o tecido esponjoso situado debaixo do platô vertebral Kapanji,1999 Quando uma pressão importante é exercida sobre o eixo da coluna vertebral, como no caso da influência do peso do corpo na posição de pé a água contida na substância cartilaginosa do núcleo passa através dos forames do platô vertebral ao centro dos corpos vertebrais. Se esta pressão estática é mantida durante todo o dia, nas últimas horas da noite o núcleo está nitidamente menos hidratado que no início da manhã: então, se pode deduzir que a espessura do disco diminui sensivelmente. Para um indivíduo normal, esta perda de espessura acumulada sobre a altura total da coluna vertebral pode atingir 2 cm. Ao contrário, durante a noite, em decúbito Supino , os corpos vertebrais não sofrem a pressão axial exercida pela ação da gravidade, mas somente a do tônus muscular, muito relaxado também pelo sono. Neste momento, a hidrofilia do núcleo atrai a água que retoma dos corpos vertebrais para o núcleo. Assim, o disco recupera a sua espessura inicial. De modo que somos mais altos pela manhã que pela noite. Articulações zigoapofisárias ou interapofisárias C1-S1 Entre os processos articulares. - Processos articulares inferiores de uma vértebra articulam-se com os superiores de vértebra subjacente. - articulações sinoviais planas - A direção do movimento é determinada pela orientação das facetas dos processos articulares Orientação – articulação apofisária cervical Torácica Lombar Articulações uncovertebrais Presentes apenas na coluna cervical Articulações suplementares existentes na coluna cervical Articulação uncovertebral • O disco não chega até a margem da vértebra, no platô superior sobressaem dois processos situados no plano sagital, os processos unciformes. Uma face articular interna orientada para cima e para dentro é recoberta de cartilagem e corresponde na margem ínfero-lateral do corpo vertebral subrajacente, a uma face articular semilunar, orientada para baixo e para fora recoberta de cartilagem. • Essa pequena articulação encontra-se recoberta por uma cápsula articular. Ligamentos Coluna vertebral Ligamentos localizados nos corpos vertebrais - Ligamento longitudinal anterior - (cinta larga que se fixa e cobre o contorno anterior dos corpos das vértebras e discos intervertebrais) - Ligamento longitudinal posterior – (situa-se na parede anterior do canal vertebral, alagando-se sobre o contorno posterior dos discos intervertebrais) Ambos terminam na borda superior do sacro. Ligamento Longitudinal Anterior - limita hiperextensão da coluna e restringe o movimento anterior de uma vértebra sobre a outra. Ligamento Longitudinal Posterior • oferece resistência a flexão da coluna+ largo na região cervical e + estreito na região lombar A face póstero lateral do segmento não é coberta por esse ligamento = local + vulnerável a protusão Hamill,1999 Ligamentos localizados nos arcos vertebrais interespinhal supraespinhal • Ligamentos flavos ou amarelos (unem de cada lado as lâminas das vértebras adjacentes); • Ligamentos interespinhais (ligam os processos espinhosos); • Ligamentos supraespinhais; • Ligamentos intertransversais; • Ligamento nucal (na região cervical o lig. supraespinhal é reforçado e recebe o nome de lig. nucal). Articulação sacroilíaca Articulação Sacroilíaca • face auricular do ílio + face auricular do sacro; • Articulação sinovial plana; • É reforçada por ligamentos extrínsecos e colaterais (estendidos entre o sacro e osso do quadril) Ligamentos sacroilíacos - lig. sacroilíaco anterior (fitas colágenas se abrem em leque sobre a face anterior da articulação sacroilíaca) - Lig. Sacroilíaco posterior (fitas fixadas aos tubérculos transversos fundidos do sacro prendem-se na tuberosidade ilíaca e espinha ilíaca póstero superior do ílio) - Ligamento íliolombar (processo transverso de L5 à crista ilíaca) Ligamento sacrotuberal • Resistente e largo • Estende-se da face dorsal do sacro e borda posterior do ílio, acima da incisura isquiática maior, convergindo para a borda medial da tuberosidade isquiática, onde se fixa. Ligamento sacrospinhal • Possui forma triângular • É anterior ao ligamento sacrotuberal • Base está fixada à borda lateral da parte inferior do sacro e parte superior do coccis, enquanto seu ápice se prende a espinha isquiática. Cóccix Articula-se com o sacro por meio de um disco intervertebral