Prévia do material em texto
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SISTEMAS, PROCESSOS E CONTROLES ELETRO- ELETRÔNICA - DASE COORDENADORIA DE ELETROTÉCNICA – CELT Prof. José Aderaldo Lopes Av. Prof. Luiz Freire, 500 Cidade Universitária – Recife – PE Fone: (81) 2125-1729 6 PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS II Prof. JOSÉ ADERALDO LOPES Recife, agosto de 2012 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SISTEMAS, PROCESSOS E CONTROLES ELETRO- ELETRÔNICA - DASE COORDENADORIA DE ELETROTÉCNICA – CELT Prof. José Aderaldo Lopes Av. Prof. Luiz Freire, 500 Cidade Universitária – Recife – PE Fone: (81) 2125-1729 7 APRESENTAÇÃO Esta apostilha apresenta o conteúdo da disciplina proteção de sistemas elétricos II do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco – IFPE. No primeiro capitulo é apresentado à proteção de linhas para sistemas elétricos radias, incluindo algumas noções sobre os cálculos de curto-circuito, bem como a coordenação da proteção. No segundo capitulo é apresentada a proteção de transformadores, considerando os defeitos internos e externos aos mesmos. Ressaltamos que a apostila apresenta os conteúdos de proteção desejáveis para formação de um técnico de nível médio, se necessário conhecimento adicional sobre o assunto recomendamos a leitura das referências bibliográficas relacionadas no final dos capítulos. INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SISTEMAS, PROCESSOS E CONTROLES ELETRO- ELETRÔNICA - DASE COORDENADORIA DE ELETROTÉCNICA – CELT Prof. José Aderaldo Lopes Av. Prof. Luiz Freire, 500 Cidade Universitária – Recife – PE Fone: (81) 2125-1729 8 1. PROTEÇÃO DE LINHAS As linhas em um sistema elétrico tem a função de fazer o transporte de energia das Usinas(geração) aos Consumidores(Instalações elétricas) 1.1 TIPOS Podemos classificar as linhas em dois tipos, a saber. a) Linhas de distribuição, com níveis de tensão de 13,8kV e 34,5kV; As linhas de Distribuição pertencem às concessionárias e são operadas e mantidas pelas mesmas. b) Linhas de subtransmissão, com níveis de tensão de 69kV e 138kV; As linhas de subtransmissão pertencem às concessionárias e são operadas e mantidas pelas mesmas. c) Linhas de transmissão, com níveis de tensão de 230kV, 345kV, 550kV e 765kV. As linhas com tensão igual ou superior a 230kV, geralmente pertencem ao Sistema Interligado Nacional – SIN, também conhecida com rede básica e são operadas pelo Operador Nacional do Sistema – ONS. . 1.2. CÁLCULO DA CORRENTE DE CURTO-CIRCUITO O curto-circuito é uma ligação, intencional ou acidental, entre dois ou mais pontos de potenciais diferentes, de um sistema elétrico, através de impedâncias desprezíveis. Em geral, é detectado tanto pelos os efeitos térmicos, quanto pelos efeitos dinâmicos da corrente. As correntes de curto-circuito são, em geral, de valor maior que as correntes normais de cargas, as tensões do sistema, no momento do curto-circuito, são menores que as normais de serviço, e o ângulo de atraso entre a corrente e a respectiva tensão por fase é, geralmente, maior para condição de curto-circuito. Na determinação das correntes de curto-circuito, é imprescindível que sejam consideradas todas as fontes que contribuem para falta e suas impedâncias, conhecidas. Há três fontes básicas de corrente de curto-circuito, a saber: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SISTEMAS, PROCESSOS E CONTROLES ELETRO- ELETRÔNICA - DASE COORDENADORIA DE ELETROTÉCNICA – CELT Prof. José Aderaldo Lopes Av. Prof. Luiz Freire, 500 Cidade Universitária – Recife – PE Fone: (81) 2125-1729 9 - Geradores; - Motores Síncronos; - Motores Assíncronos (Indução). Os curtos-circuitos estão divididos em duas categorias básicas para o estudo que são: - curtos-circuitos simétricos; Os curtos-circuitos simétricos são equilibrados, exemplo: curto-circuito trifásico. - curtos-circuitos assimétricos Os curtos-circuitos assimétricos são desequilibrados, exemplos: curto-circuito bifásico e monofásico. As correntes de curto-circuito devem ser calculadas em todo o sistema elétrico para os diversos tipos de defeitos. O conhecimento da corrente de curto-circuito atende a vários objetivos a saber: � conhecer a dimensão do seu valor nos diversos pontos da rede de distribuição; � dimensionar os disjuntores, religadores, seccionalizadores, chaves fusíveis, quanto à seção dos contatos e capacidade de interrupção; � dimensionar o transformador de corrente em relação à condição de saturação; � analisar as sobretensões na frequência industrial devido ao curto-circuito; � conhecer o tempo de atuação dos relés, consequentemente o tempo de eliminação do defeito; � efetuar a coordenação dos relés. 1.2.1Equações para o Cálculo das Correntes de Curto-Circuito a) Curto-Circuito Trifásico O sistema é representado por um diagrama unifilar o qual representa apenas uma fase e o neutro do sistema. Como, em termos de modelo, o que se passa numa fase se equivale às outras, o método é plenamente satisfatório. Para se calcular o valor de curto-circuito trifásico simétrico num ponto do sistema, podemos calcular o equivalente de Thevenin, nesse ponto e, em seguida curtocircuitá-lo. A figura 1, mostra um sistema elétrico trifásico, operando em vazio e o seu equivalente de Thevenin no ponto de curto-circuito(Falta). A partir dele e usando as equações de componentes simétricos, encontra-se a seguinte equação para o cálculo da corrente de curto- circuito trifásico: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SISTEMAS, PROCESSOS E CONTROLES ELETRO- ELETRÔNICA - DASE COORDENADORIA DE ELETROTÉCNICA – CELT Prof. José Aderaldo Lopes Av. Prof. Luiz Freire, 500 Cidade Universitária – Recife – PE Fone: (81) 2125-1729 10 Figura 1 - Curto-circuito trifásico em um sistema elétrico |Ia | = |Ib|= |Ic|= Ic3φ = (1xIbase) / ZeTH1 eq. 1 sendo: Ibase = corrente base no ponto de defeito; ZeTH1 = impedância equivalente de thevenin de sequência positiva, no ponto de defeito(curto- circuito) b) Curto-Circuito Monofásico(fase-terra) A figura 2 mostra um sistema elétrico trifásico, operando em vazio. A partir dele e usando as equações de componentes simétricos, encontra-se a seguinte equação para o cálculo da corrente de curto-circuito monofásico: Figura 2 - Curto-circuito Monofásico franco F O N T E C A R G A a b c Ic Ib Ia referência Ea ZeTH1 P V1 I1 P F O N T E C A R G A a b c Ia P INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SISTEMAS, PROCESSOS E CONTROLES ELETRO- ELETRÔNICA - DASE COORDENADORIA DE ELETROTÉCNICA – CELT Prof. José Aderaldo Lopes Av. Prof. Luiz Freire, 500 Cidade Universitária – Recife – PE Fone: (81) 2125-1729 11 sendo: ZeTH2 = impedância equivalente de thevenin de sequência negativa, no ponto de defeito(curto- circuito) ZeTH0 = impedância equivalente de thevenin de sequência zero, no ponto de defeito(curto- circuito) - Casos Particulares - ZeTH1 = ZeTH2 , temos Ic1φ = Ia = (3xIbase) / (ZeTH0 + 2xZeTH1) - com resistência de contato Ro, temos Ic1φ = Ia = (3xIbase)/ (ZeTH0 + ZeTH1 + ZeTH2 + 3Ro) ou Ic1φ = Ia = (3xIbase) /(ZeTH0 + 2xZeTH1 + 3Ro), para ZeTH2 = ZeTH1 c) Curto-Circuito Bifásico A figura 3 mostra um sistema elétrico trifásico, operando em vazio. A partir dele e usando as equações de componentes simétricos, encontra-se a seguinte equação para o cálculo da corrente de curto-circuito bifásico: Figura 3 - Curto-circuito bifásico F O N T E C A R G A a b c Ic Ib Ia P I c1φ = Ia = (3xIbase) / (ZeTH0 + ZeTH1 + ZeTH2) eq. 2 Ib = -Ic = I c2φ = (√3x1,0∠-90xIbase) /( ZeTH1 + ZeTH2 ) eq. 3 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SISTEMAS, PROCESSOS E CONTROLES ELETRO- ELETRÔNICA - DASE COORDENADORIA DE ELETROTÉCNICA – CELT Prof. José Aderaldo Lopes Av. Prof. Luiz Freire, 500 Cidade Universitária – Recife – PE Fone: (81) 2125-1729 12 Considerando, ZeTH1 = ZeTH2, temos Da equação acima podemos concluir que em valor absoluto (modulo): 1.2.2 Corrente Assimétrica - Fator de Assimetria A corrente real de curto-circuito é a assimétrica que é composta da corrente simétrica senoidal e da componente contínua. A figura 4 a seguir mostra as formas de ondas da corrente assimétrica e suas componentes. Ressalta-se que a corrente assimétrica é a corrente de curto-circuito formada pela corrente alternada, ou seja, a obtida pelo cálculo das correntes de curto-circuito através das componentes simétricos. i ( t) a ssim étr ica sim étr ica i ( t) con tín ua i ( t) Figura 4 - Corrente de curto-circuito assimétrica A corrente assimétrica é necessária para o dimensionamento dos equipamentos que interropem as correntes de curto-circuito, tais como disjuntor, religador, chave fusível. Pode-se calcular a corrente assimétrica pelo uso direto do fator de assimetria (F.A), que é definido pela relação entre a corrente assimétrica e a corrente simétrica. Ib = -Ic = I c2φ = (√3/2) /(1,0xIbase / ZeTH1) ∠-90 eq. 4 I c2φ = (√3/2) x I c3φ eq. 5 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SISTEMAS, PROCESSOS E CONTROLES ELETRO- ELETRÔNICA - DASE COORDENADORIA DE ELETROTÉCNICA – CELT Prof. José Aderaldo Lopes Av. Prof. Luiz Freire, 500 Cidade Universitária – Recife – PE Fone: (81) 2125-1729 13 F.A = ( I assimétrica) / ( I simétrica) eq. 6 O fator de assimetria é função da relação X/R no ponto de defeito, sendo o valor X/R análogo à constante de tempo do circuito visto pela fonte de tensão de seqüência positiva. A tabela 1 a seguir mostra o valores do fator de assimetria em função da relação X/R. Tabela 1 - Fator de assimetria em função de X/R X/R FA X/R FA X/R FA Até 0,25 1,000 2,30 1,085 6,80 1,360 0,30 1,004 2,40 1,090 7,00 1,362 0,40 1,005 2,50 1,104 7,25 1,372 0,50 1,006 2,60 1,110 7,50 1,385 0,55 1,007 2,70 1,115 7,75 1,391 0,60 1,008 2,80 1,123 8,00 1,405 0,65 1,009 2,90 1,130 8,25 1,410 0,70 1,010 3,00 1,140 8,50 1,420 0,75 1,011 3,10 1,142 8,75 1,425 0,80 1,012 3,20 1,150 9,00 1,435 0,85 1,013 3,30 1,155 9,25 1,440 0,90 1,015 3,40 1,162 9,50 1,450 0,95 1,018 3,50 1,170 9,75 1,455 1,00 1,020 3,60 1,175 10,00 1,465 1,05 1,023 3,70 1,182 11,00 1,480 1,10 1,025 3,80 1,190 12,00 1,500 1,15 1,026 3,90 1,192 13,00 1,515 1,20 1,028 4,00 1,210 14,00 1,525 1,25 1,029 4,10 1,212 15,00 1,550 1,30 1,030 4,20 1,220 16,00 1,560 1,35 1,033 4,30 1,225 17,00 1,570 1,40 1,035 4,40 1,230 18,00 1,580 1,45 1,037 4,50 1,235 19,00 1,590 1,50 1,040 4,60 1,249 20,00 1,600 1,55 1,043 4,70 1,255 22,50 1,610 1,60 1,045 4,80 1,260 25,00 1,615 1,65 1,047 4,90 1,264 27,50 1,625 1,70 1,050 5,00 1,270 30,00 1,630 1,75 1,055 5,20 1,275 35,00 1,636 1,80 1,060 5,40 1,290 40,00 1,648 1,85 1,063 5,60 1,303 45,00 1,653 1,90 1,065 5,80 1,310 50,00 1,659 1,95 1.068 6,00 1,315 55,00 1,660 2,00 1,070 6,20 1,324 60,00 1,680 2,10 1,075 6,40 1,335 2,20 1,080 6,60 1,350 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SISTEMAS, PROCESSOS E CONTROLES ELETRO- ELETRÔNICA - DASE COORDENADORIA DE ELETROTÉCNICA – CELT Prof. José Aderaldo Lopes Av. Prof. Luiz Freire, 500 Cidade Universitária – Recife – PE Fone: (81) 2125-1729 14 1.2.3 Passos para Cálculo das Correntes de Curto-Circuito Os passos para cálculo das correntes de curto-circuito são os seguintes: a) escolher/calcular os valores bases para o sistema elétrico; b) transformar os valores de impedâncias, em pu, na base escolhida; c) calcular as impedâncias equivalentes de Thévenin no ponto de defeito d) usando as equações 2.1, 2.2 e 2.5 calcula-se as correntes de curto-circuito trifásico, bifásico e monofásico. e) valores bases, adotando-se como potência base, Sbase = 100MVA e tensão base, Vbase = tensão nominal do sistema � Para o sistema de 13,8kV: Corrente base: Ibase = Sbase/(1,732xVbase) = 100000000/(1,732 x 13800) = 4183,8A. Impedância base: Zbase = (Vbase) 2 / Sbase = (13800)2 / 100000000 = 1,9044Ω. � Para o sistema de 69kV: Corrente base: Ibase = Sbase/(1,732xVbase) = 100000000/(1,732 x 69000) = 836,8A. Impedância base: Zbase = (Vbase) 2 / Sbase = (69000)2 / 100000000 = 47,61Ω. � Para o sistema de 138kV: Corrente base: Ibase = Sbase/(1,732xVbase) = 100000000/(1,732 x 138000) = 418,4A. Impedância base: Zbase = (Vbase) 2 / Sbase = (138000)2 / 100000000 = 190,44Ω. � Para o sistema de 230kV: Corrente base: Ibase = Sbase/(1,732xVbase) = 100000000/(1,732 x 230000) = 251,02A. Impedância base: Zbase = (Vbase) 2 / Sbase = (230000)2 / 100000000 = 529Ω. 1.2.4 Exercícios 1.2.4.1 Para o sistema de distribuição da figura a seguir calcule as correntes de curtos-circuitos, trifásico, bifásico, monofásico e assimétrica, em ampères, na barra 1 e no ponto C. Considere a resistência de contato igual a zero. INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SISTEMAS, PROCESSOS E CONTROLES ELETRO- ELETRÔNICA - DASE COORDENADORIA DE ELETROTÉCNICA – CELT Prof. José Aderaldo Lopes Av. Prof. Luiz Freire, 500 Cidade Universitária – Recife – PE Fone: (81) 2125-1729 15 DADOS: a) Impedância reduzida na Barra 1, na base de 100 MVA e 13,8 kV. Z1=Z2 = 0,0282 + j0,4621 pu Z0 = j0,3187 pu b) Impedância dos condutores b1) Cabo 70 mm2 - Cobre Z1=Z2 = 0,2989 + j0,4221 Ω/km Z0 = 0,2504+ j1,0193 Ω/km b2) Cabo 25 mm2 - Cobre Z1=Z2 = 1,5289 + j0,4659 Ω/km Z0 = 1,7067 + j1,9849 Ω/km 1.2.4.2 Repita os cálculos para corrente de curto-circuito monofásico do exercício anterior, considerando uma resistência de contato igual 33,3Ω. 1.2.4.3 Para o sistema de distribuição da figura a seguir calcule as correntes de curtos-circuitos, trifásico, bifásico e monofásico, em ampere, na barra 1 e no ponto A. Considere a resistência de contato igual a zero. 7 km 5 km 3 km 3 km 7 km 4 km 25mm2 - cobre Barra 1 A C B F2 R1 R2 F1 70 mm2 - cobre 70 mm2 - cobre 70 mm2 - cobre 70 mm2 - cobre 25 mm2 - cobre INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SISTEMAS, PROCESSOS E CONTROLES ELETRO- ELETRÔNICA - DASE COORDENADORIA DE ELETROTÉCNICA – CELT Prof. José Aderaldo Lopes Av. Prof. Luiz Freire, 500 Cidade Universitária – Recife – PE Fone: (81) 2125-1729 16 DADOS: a) Impedância reduzida na Barra 1, na base de 100 MVA e 13,8 kV. Z1=Z2 = 0,0445 + j0,8332 pu Z0 = j0,6575 pu b) Impedância dos condutores b1) Cabo 1/0 CAA Z1=Z2 = 0,6047 + j0,4310 Ω/km Z0 = 0,7826 + j1,9500 Ω/km b2) Cabo 4 CAA Z1=Z2 = 1,5289 + j0,4659 Ω/km Z0 = 1,7067 + j1,9849 Ω/km 1.2.4.4 Repita os cálculos para corrente de curto-circuito monofásico do exercício anterior,considerando uma resistência de contato igual 33,3Ω. 1.3 PROTEÇÃO DE LINHAS DE DISTRIBUIÇÃO A Figura 5, a seguir mostra as proteções que podem ser usadas em uma linha de distribuição. Saída da subestação, usamos um religador de subestação associado com relés de sobrecorrentes, 50/50N e 51/51N, e relé de religamento, 79. Nos ramais usamos chaves/elos fusíveis, seccionalizadores e religador de linha, a escolha de um destes tipos de proteção depende da importância do ramal e da relação custo/benefício, em função dos custos a preferência é: chave/elo fusível, seccionalizador e religador. 5 km 10 km 10 km 5 km 15 km 11 km 4 CAA Barra 1 A C B F2 R1 R2 F1 1/0 CAA 1/0 CAA 1/0 CAA 1/0 CAA 4 CAA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SISTEMAS, PROCESSOS E CONTROLES ELETRO- ELETRÔNICA - DASE COORDENADORIA DE ELETROTÉCNICA – CELT Prof. José Aderaldo Lopes Av. Prof. Luiz Freire, 500 Cidade Universitária – Recife – PE Fone: (81) 2125-1729 17 Figura – 5- diagrama unifilar mostrando a proteção de uma linha de distribuição No diagrama da figura 1, vemos que cada parte do sistema elétrico deve ser devidamente protegida. 1.4 PROTEÇÃO DE LINHAS USANDO RELÉS DE SOBRECORRENTES 1.4.1 Diagrama Unifilar da Proteção de Linhas, Usando Relés de Sobrecorrentes Figura 6 – Diagrama Unifilar da Proteção de Linhas usando relés de sobrecorrente 1.4.2 Definição de Relé de Sobrecorrente É o relé cuja grandeza sensora é a corrente e atua quando essa corrente é superior ao seu valor de ajuste. R1 R2 F1 Z4 Z2 Z1 Z3 s A 50/50N 51/51N 79 TC I cc2φMin I cc1φMin 52 TC 50 / 50N 51 / 51N 79 Relés de sobrecorrente instantâneos Relés de sobrecorrentes temporizados Relé de religamento INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SISTEMAS, PROCESSOS E CONTROLES ELETRO- ELETRÔNICA - DASE COORDENADORIA DE ELETROTÉCNICA – CELT Prof. José Aderaldo Lopes Av. Prof. Luiz Freire, 500 Cidade Universitária – Recife – PE Fone: (81) 2125-1729 18 1.4.3 Forma de Atuação Quando a corrente medida pelo relé de sobrecorrente for superior ao seu ajuste ele atua fechando os seus contatos, que energiza o circuito de comando e controle, que energiza a bobina de abertura do disjuntor que abre o circuito, isolando o trecho defeituoso, conforme figura 7. Figura 6 – Diagrama Unifilar da Proteção de Linhas usando relés de sobrecorrente Figura 7 – Forma de atuação – relé de sobrecorrente eletromecânico 1.4.4 Tempo de Atuação Os relés de sobrecorrentes podem atuar de forma: a) Instantânea – sem retardo de tempo (50/50N) b) Temporizada – com retardo de tempo (51/51N) � Tempo definido – O tempo de atuação do relé é definido pelo operador � Tempo inverso – O tempo de atuação do relé obedece a uma curva onde quanto maior a corrente de curto circuito menor o tempo de atuação do relé. • Curva normal inversa • Curva muito inversa • Curva extremamente inversa A figura 8, o mostra as diversas formas de tempo de atuação dos relés de sobrecorrentes INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SISTEMAS, PROCESSOS E CONTROLES ELETRO- ELETRÔNICA - DASE COORDENADORIA DE ELETROTÉCNICA – CELT Prof. José Aderaldo Lopes Av. Prof. Luiz Freire, 500 Cidade Universitária – Recife – PE Fone: (81) 2125-1729 19 Figura 8 – Formas de tempo de atuação dos relés de sobrecorrentes 1.4.5 Equações da Curva de Atuação dos Relés As curvas de atuação dos relés têm as seguintes equações: � Curva Normalmente Inversa t = (0,14 x TMS) / ((M)0,02 – 1) eq. 7 Onde: t = tempo de atuação do relé ; TMS = Ajuste do dial de tempo do relé(curva); M = Múltiplo = Icc/Iajuste � Curva Muito Inversa t = (13,5 x TMS) / (M – 1) eq. 8 � Curva Extremamente Inversa t = (80 x TMS) / ((M)2 – 1) eq. 9 I Inst. T T. Def. N. Inv. M. Inv. Ex. Inv. Região de Incerteza M = Múltiplo INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SISTEMAS, PROCESSOS E CONTROLES ELETRO- ELETRÔNICA - DASE COORDENADORIA DE ELETROTÉCNICA – CELT Prof. José Aderaldo Lopes Av. Prof. Luiz Freire, 500 Cidade Universitária – Recife – PE Fone: (81) 2125-1729 20 1.4.6 Diagrama Trifilar – Esquema Básico de Ligação Figura 9 - Diagrama Trifilar da Proteção de Linhas usando relés de sobrecorrente Nota: Para relés eletromecânicos, podemos ter 3(três) ou 2 (dois) relés de fases, 1 (um) relé de neutro e 1 (um) relé de religamento, para relés digitais, podemos ter um único relé desempenhando todas está funções. 1.4.6 Critérios para ajuste dos tapes dos relés de sobrecorrentes Neste tópico definiremos os critérios para ajustar os tapes dos relés de sobrecorrentes instantâneos e temporizados, fases e neutro. 5 2 TC Relés de fases(50/51) Relé de neutro(50N/51N) TC TC I cc2φMin I cc1φMin INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SISTEMAS, PROCESSOS E CONTROLES ELETRO- ELETRÔNICA - DASE COORDENADORIA DE ELETROTÉCNICA – CELT Prof. José Aderaldo Lopes Av. Prof. Luiz Freire, 500 Cidade Universitária – Recife – PE Fone: (81) 2125-1729 21 ICC3ɸ ICC2ɸ ICC1ɸ ICC1ɸMin. A 1710 1482 720 690 B 840 728 410 396 C 520 451 276 260 BARRAS CORRENTES DE CURTOS-CIRCUITOS NAS BARRAS CORRENTES DE CURTOS-CIRCUITOS (A) Circuito Exemplo Figura 10 – Diagrama Unifilar – caso exemplo 1) Dados a) Capacidades de Correntes nas linhas Linha 1, cabo 4/0 CAA = 317A; Linha 2, cabo 4/0 CAA = 317A; b) Potência de cargas das linhas Linha 1, cabo 4/0 CAA = 9MVA; Linha 2, cabo 4/0 CAA = 4MVA; c) Correntes de Curtos-Circuitos nas barras Tabela 02 – Correntes de Curtos-Circuitos I carga ou Scarga I carga ou Scarga INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SISTEMAS, PROCESSOS E CONTROLES ELETRO- ELETRÔNICA - DASE COORDENADORIA DE ELETROTÉCNICA – CELT Prof. José Aderaldo Lopes Av. Prof. Luiz Freire, 500 Cidade Universitária – Recife – PE Fone: (81) 2125-1729 22 a) Escolha da Relação de Transformação dos TC´s - Condição de Carga/Carregamento da Linha Inp ≥ Fs x IL ou Inp ≥ K1 x Icarga Onde: Fs = fator que considera a sobrecarga admissível na linha = 1,2; K1 = Fator que considera o crescimento da carga e transferências IL= Capacidade de corrente da linha; Icarga= Corrente de carga da linha - Condição de Saturação Inp ≥ Iccmáx. / 20 Onde: Iccmáx = Corrente de curto circuito máximo no ponto de instalação do TC b) Escolha dos Tapes dos Relés Temporizados – Fase (51) - Condição de Carga/Carregamento Tape ≥ (Fs x IL ) / RTC ou Tape ≥ (K1 x Icarga ) / RTC - Condição de Sensibilidade Tape ≤ ( Icc2Фmin ) / ( Fsen. X RTC ) Onde: Icc2Фmin = Corrente de curto-circuito bifásico no final da zona de proteção; Fsen = Fator de Sensibilidade = 1,5 a 2,0. c) Escolha dos Tapes dos Relés Temporizados – Neutro (51N) - Condição de Desequilíbrio INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SISTEMAS, PROCESSOS E CONTROLES ELETRO- ELETRÔNICA - DASE COORDENADORIA DE ELETROTÉCNICA – CELT Prof. José Aderaldo Lopes Av. Prof. Luiz Freire, 500 Cidade Universitária – Recife – PE Fone: (81) 2125-1729 23 Tape ≥ (0,1 a 0,3 ) x Tape de fase Onde: 0,1 para linhas com cargaequilibrada; 0,3 para linha com carga desequilibrada - Condição de Sensibilidade Tape ≤ ( Icc1Фmin )/ ( Fsen. X RTC ) Onde: Icc1Фmin = Corrente de curto-circuito monofásico mínimo (c/resistência de contato) no final da zona de proteção; Fsen = Fator de Sensibilidade = 1,5 a 2,0. d) Escolha dos Tapes dos Relés Instantâneos - Fase (50) - Condição de Energização Tape ≥ (8 a 10 ) x Icarga )) / RTC - Condição de Seletividade Tape ≥ 1,1 x ( Icc3Ф )/ X RTC Onde: Icc3Ф = Corrente de curto-circuito trifásico no final da linha protegida; e) Escolha dos Tapes dos Relés Instantâneos – Neutro (50N) - Condição de Seletividade Tape ≥ 1,1 x ( Icc1Ф )/ X RTC Onde: Icc1Ф = Corrente de curto-circuito monofásico franco no final da linha protegida; INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SISTEMAS, PROCESSOS E CONTROLES ELETRO- ELETRÔNICA - DASE COORDENADORIA DE ELETROTÉCNICA – CELT Prof. José Aderaldo Lopes Av. Prof. Luiz Freire, 500 Cidade Universitária – Recife – PE Fone: (81) 2125-1729 24 I Inst. T T. Def. N. Inv. M. Inv. Ex. Inv. 1.4.8 CRITÉRIOS PARA AJUSTE DE TEMPO � Instantâneo – sem retardo de tempo (50/50N) � Temporizado – com retardo de tempo (51/51N) � Tempo definido � Tempo inverso � Curva normal inversa � Curva muito inversa � Curva extremamente inversa � Tipos de curvas dos relés de sobrecorrentes, conforme figura 9 Figura 11 – Curvas dos relés de sobrecorrentes � Equações das curvas dos relés INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SISTEMAS, PROCESSOS E CONTROLES ELETRO- ELETRÔNICA - DASE COORDENADORIA DE ELETROTÉCNICA – CELT Prof. José Aderaldo Lopes Av. Prof. Luiz Freire, 500 Cidade Universitária – Recife – PE Fone: (81) 2125-1729 25 1.4.9 COORDENAÇÃO DA PROTEÇÃO DE LINHAS – RELÉ X RELÉ A figura 12 mostra duas linhas de transmissão, em 69kV, protegidas por relés de sobrecorrentes. Figura 12 - Diagrama Unifilar – linhas de transmissão 69kV protegidas por relés de sobrecorrentes Para se obter seletividade entre esses dois conjuntos de relés, as curvas de tempo dos relés protetor(fase e neutro) deverão estar acima das curvas dos relés protegido(fase e neutro), respectivamente, no mínimo 0,4 s, no ponto mais crítico, em todo o trecho protegido pelos relés protegidos, para as correntes de curtos-circuitos de fase e terra. TEMPO relé protegido ≥ TEMPO relé protetor + Intervalo de Coordenação Nota: Usualmente adota-se como intervalo de coordenação 0,4 s. 1.5 RESOLUÇÃO DO EXEMPLO Definir os ajustes dos relés de sobrecorrentes para linhas 1 e 2, do circuito exemplo da figura 10, considerando as linhas equilibradas, reproduzido a seguir na figura 13. INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SISTEMAS, PROCESSOS E CONTROLES ELETRO- ELETRÔNICA - DASE COORDENADORIA DE ELETROTÉCNICA – CELT Prof. José Aderaldo Lopes Av. Prof. Luiz Freire, 500 Cidade Universitária – Recife – PE Fone: (81) 2125-1729 26 Figura 13 – Circuito exemplo 1.5.1 CÁLCULO DAS CORRENTES DE CARGAS Icarga = Scarga /(1,732 x Vff) IcargaL2 = 4.000.000 /(1,732 x 69.000) = IcargaL2 = 33,47 A IcargaL1 = 9.000.000 /(1,732 x 69.000) = IcargaL1 = 75,31 A 1.5.2 ESCOLHA DA RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO DOS TC´S - LINHA 2 � Condição de Carga/Carregamento da Linha Inp ≥ Fs x IL ou Inp ≥ K1 x Icarga Inp ≥ 1,2 x 317 ≥ 380,4 A ou Inp ≥ K1 x Icarga ≥ 1,5 x 33,47 ≥ 50,21A I LT1 = 317A S carga = 9MVA I LT2 = 317A S carga = 4MVA I CC3ϕ = 1710A I CC2ϕ = 1482A I CC1ϕ =720A I CC1ϕmin = 690A I CC3ϕ = 840A I CC2ϕ = 728A I CC1ϕ =410A I CC1ϕmin = 396A I CC3ϕ = 520A I CC2ϕ = 451A I CC1ϕ =276A I CC1ϕmin = 260A INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SISTEMAS, PROCESSOS E CONTROLES ELETRO- ELETRÔNICA - DASE COORDENADORIA DE ELETROTÉCNICA – CELT Prof. José Aderaldo Lopes Av. Prof. Luiz Freire, 500 Cidade Universitária – Recife – PE Fone: (81) 2125-1729 27 � Condição de Saturação Inp ≥ Iccmáx. / 20 = 840 / 20 ≥ 42 TC escolhido L1 = 400 – 5A, liberando todo capacidade da linha, RTC = 400 / 5 = 80 1.5.3 ESCOLHA DOS TAPES DOS RELÉS TEMPORIZADOS – FASE (51) – LINHA 2 � Condição de Carga/Carregamento Tape ≥ (Fs x IL ) / RTC ≥ (1,2 x 317) / 80 ≥ 4,76 A Ou Tape ≥ (K1 x Icarga ) / RTC ≥ (1,5 x 33,47) /80 ≥ 0,63A � Condição de Sensibilidade Tape ≤ ( Icc2Фmin ) / ( Fsen. X RTC ) Tape ≤ ( 451 ) / ( 2. X 80 ) Tape ≤ 2,82 Tape escolhido = 1A, Valor de pick-up = Tape x RTC = 1 x 80 = 80A 1.5.4 ESCOLHA DOS TAPES DOS RELÉS TEMPORIZADOS – NEUTRO (51N) – LINHA 2 � Condição de Desequilíbrio Tape ≥ (0,1 a 0,3 ) x Tape de fase ≥ 0,1 x 1 ≥ 0,1A � Condição de Sensibilidade Tape ≤ ( Icc1Фmin )/ ( Fsen. X RTC ) ≤ 260 / (2 x 80) ≤ 1,63A Tape escolhido = 0,1A, Valor de pick-up = Tape x RTC = 0,1 x 80 = 8A INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SISTEMAS, PROCESSOS E CONTROLES ELETRO- ELETRÔNICA - DASE COORDENADORIA DE ELETROTÉCNICA – CELT Prof. José Aderaldo Lopes Av. Prof. Luiz Freire, 500 Cidade Universitária – Recife – PE Fone: (81) 2125-1729 28 1.5.5 ESCOLHA DOS TAPES DOS RELÉS INSTANTÂNEOS - FASE (50) – LINHA 2 � Condição de Energização Tape ≥ (8 a 10 ) x Icarga )) / RTC ≥ (10 x 33, 47) / 80 ≥ 4,18A � Condição de Seletividade Tape ≥ (1,1 x Icc3Ф )/ RTC ≥ (1,1 x 520 )/ 80 ≥ 7,15A Tape escolhido = 8A, Valor de pick-up = Tape x RTC = 8 x 80 = 640A 1.5.6 ESCOLHA DOS TAPES DOS RELÉS INSTANTÂNEOS – NEUTRO (50N) – LINHA 2 � Condição de Seletividade Tape ≥ (1,1 x Icc1Ф ) / RTC ≥ (1,1 x 276) / 80 ≥ 3,80 Tape escolhido = 4A, Valor de pick-up = Tape x RTC = 4 x 80 = 320A 1.5.7 ESCOLHA DA RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO DOS TC´S - LINHA 1 � Condição de Carga/Carregamento da Linha Inp ≥ Fs x IL ou Inp ≥ K1 x Icarga Inp ≥ 1,2 x 317 ≥ 380,4 A ou Inp ≥ K1 x Icarga ≥ 1,5 x 75,31 ≥ 112,97A � Condição de Saturação Inp ≥ Iccmáx. / 20 = 1710 / 20 ≥ 85,5 TC escolhido L1 = 400 – 5A, liberando todo capacidade da linha, RTC = 400 / 5 = 80 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SISTEMAS, PROCESSOS E CONTROLES ELETRO- ELETRÔNICA - DASE COORDENADORIA DE ELETROTÉCNICA – CELT Prof. José Aderaldo Lopes Av. Prof. Luiz Freire, 500 Cidade Universitária – Recife – PE Fone: (81) 2125-1729 29 1.5.8 ESCOLHA DOS TAPES DOS RELÉS TEMPORIZADOS – FASE (51) – LINHA 1 � Condição de Carga/Carregamento Tape ≥ (Fs x IL ) / RTC ≥ (1,2 x 317) / 80 ≥ 4,76 A Ou Tape ≥ (K1 x Icarga ) / RTC ≥ (1,5 x 75,31) / 80 ≥ 1,41A � Condição de Sensibilidade Tape ≤ ( Icc2Фmin ) / ( Fsen. X RTC ) Tape ≤ ( 451 ) / ( 2 X 80 ) Tape ≤ 2,82 Tape escolhido = 1,5A, Valor de pick-up = Tape x RTC = 1,5 x 80 = 120A 1.5.9 ESCOLHA DOS TAPES DOS RELÉS TEMPORIZADOS – NEUTRO (51N) – LINHA 1 � Condição de Desequilíbrio Tape ≥ (0,1 a 0,3 ) x Tape de fase ≥ 0,1 x 1,5 ≥ 0,15A � Condição de Sensibilidade Tape ≤ ( Icc1Фmin )/ ( Fsen. X RTC ) ≤ 260 / (2 x 80) ≤ 1,63A Tape escolhido = 0,15A, Valor de pick-up = Tape x RTC = 0,15 x 80 = 12A 1.5.10 ESCOLHA DOS TAPES DOS RELÉS INSTANTÂNEOS - FASE (50) – LINHA 1 � Condição de Energização Tape ≥ (8 a 10 ) x Icarga )) / RTC ≥ (10 x 75,31) / 80 ≥ 9,41ª INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SISTEMAS, PROCESSOS E CONTROLES ELETRO- ELETRÔNICA - DASE COORDENADORIA DE ELETROTÉCNICA– CELT Prof. José Aderaldo Lopes Av. Prof. Luiz Freire, 500 Cidade Universitária – Recife – PE Fone: (81) 2125-1729 30 � Condição de Seletividade Tape ≥ (1,1 x Icc3Ф )/ RTC ≥ (1,1 x 840 )/ 80 ≥ 11,55A Tape escolhido = 12A, Valor de pick-up = Tape x RTC = 12 x 80 = 960ª 1.5.11 ESCOLHA DOS TAPES DOS RELÉS INSTANTÂNEOS – NEUTRO (50N) – LINHA 1 � Condição de Seletividade Tape ≥ (1,1 x Icc1Ф ) / RTC ≥ (1,1 x 410) / 80 ≥ 5,64A Tape escolhido = 6A, Valor de pick-up = Tape x RTC = 6 x 80 = 480A 1.6 AJUSTE DE TEMPO 1.6.1 AJUSTE DE TEMPO DA PROTEÇÃO DA LINHA 2 A linha 2 é uma linha final do sistema elétrico, logo podemos ajustar sua proteção para atuar no menor tempo possível. Para linha 2, vamos considerar ajustada na curva extremamente inversa: t = (80 x TMS) / ((M)2 – 1) e TMS = 0,1, o mais baixo possível. 1.6.2 AJUSTE DE TEMPO DA PROTEÇÃO DA LINHA 1 A linha 1 é uma linha inicial do sistema elétrico, logo sua proteção de coordenar com a proteção da linha 2, fazer a proteção de retaguarda. Para linha 1, vamos considerar ajustada na curva normalmente inversa: t = (0,14 x TMS) / ((M)0,02, – 1) e TMS = 0,2, para coordenar com a proteção de sobrecorrente da linha, garantindo um intervalo de coordenação de 0,4s, conforme tabela 3. INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SISTEMAS, PROCESSOS E CONTROLES ELETRO- ELETRÔNICA - DASE COORDENADORIA DE ELETROTÉCNICA – CELT Prof. José Aderaldo Lopes Av. Prof. Luiz Freire, 500 Cidade Universitária – Recife – PE Fone: (81) 2125-1729 31 Tabela 03 – tempos de atuação da proteção Trifasico Bifásico Monofásico franco Monofásico c/ resistência Barra C 0,1939394 0,259897 0,006726929 0,007581142 Barra B 0,0732265 0,097788 0,003046966 0,003266306 Barra A - - - - t = (80 x TMS) / ((M) 2 – 1) Trifasico Bifásico Monofásico franco Monofásico c/ resistência Barra C 0,9408284 1,043483 0,432646898 0,441313365 Barra B 0,7055485 0,76265 0,382624898 0,386562692 Barra A 0,5130822 0,543075 0,328126119 0,331715792 t = (0,14 x TMS) / ((M) 0,02 – 1) C B A TMS= 0,1 2 0,2 ICC3ɸ= 520 840 1710 ICC2ɸ= 451 728 1482 ICC1ɸ= 276 410 720 ICC1ɸmin= 260 396 690 Iajustefase = 80 120 Iajusteneutro = 8 12 Tipo de Curto circuitoLocal do Curto circuito Tempo (s) de atuação da proteção temporizada da linha 2 - Curva Extremamente Inversa Tempo (s) de atuação da proteção temporizada da linha 1 - Curva normalmente Inversa Local do Curto circuito Tipo de Curto circuito INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SISTEMAS, PROCESSOS E CONTROLES ELETRO- ELETRÔNICA - DASE COORDENADORIA DE ELETROTÉCNICA – CELT Prof. José Aderaldo Lopes Av. Prof. Luiz Freire, 500 Cidade Universitária – Recife – PE Fone: (81) 2125-1729 32 1.6 PROTEÇÃO LINHA USANDO RELÉS DE DISTÂNCIA 1.6.1 TIPOS DE RELÉS DE DISTÂNCIA � Impedância; � Reatância; � Admitância; � Quadrilátero(Paralelogramo). 1.6.2 DEFINIÇÃO Ë um relé cuja grandeza supervisionada é a relação entre a tensão e a corrente, impedância, no ponto onde o relé está instalado, o relé atua quando a impedância fica dentro da característica do relé(plano X-R). 1.6.3 FORMA DE ATUAÇÃO Quando a impedância medida pelo relé de distância fica dentro da sua característica ele atua fechando os seus contatos, que energiza o circuito de comando e controle, que energiza a bobina de abertura do disjuntor que abre o circuito, desligando a linha e isolando o trecho defeituoso. 1.6.4 TEMPO DE ATUAÇÃO a) Instantâneo – sem retardo de tempo. b) Temporizado – com retardo de tempo. � Tempo definido 1.6.5 PRINCIPAIS APLICAÇÃO � Proteção de linhas de transmissão 1.6.6 DIAGRAMA UNIFILAR DE LIGAÇÃO DOS RELÉS Figura 14 - Diagrama Unifilar de ligação dos relés de distância TC 21/21N 52 TP I carga INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SISTEMAS, PROCESSOS E CONTROLES ELETRO- ELETRÔNICA - DASE COORDENADORIA DE ELETROTÉCNICA – CELT Prof. José Aderaldo Lopes Av. Prof. Luiz Freire, 500 Cidade Universitária – Recife – PE Fone: (81) 2125-1729 33 1.6.7 CARACTERÍSTICAS DOS RELÉS DE DISTÂNCIA a) Relé tipo admitância Figura 15 – Característica do relé de distância – tipo admitância Se a impedância medida pelo relé for Z1= R1 + jX1, ele deve atuar, pois a mesma está dentro do circulo, se for Z2 = R2 + jX2, o relé não deve atuar, pois a impedância está fora do circulo. b) Relé tipo paralelogramo Figura 16 – Característica do relé de distância – tipo paralelogramo X R Z2 C+ Onde C+ = conjugado positivo; C- = conjugado negativo X2 Z1 X1 R2 R1 C- Região de atuação = toda área azul dentro do circulo Região de não atuação = toda área branca fora do circulo, acima do conjugado positivo Onde C+ = conjugado positivo; C- = conjugado negativo X R X2 X1 R1 R2 Z1 Z2 Região de não atuação = toda área branca fora do paralelogramo, acima do conjugado positivo Região de atuação = toda área dentro do paralelogramo, marcada de azul C+ C- INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SISTEMAS, PROCESSOS E CONTROLES ELETRO- ELETRÔNICA - DASE COORDENADORIA DE ELETROTÉCNICA – CELT Prof. José Aderaldo Lopes Av. Prof. Luiz Freire, 500 Cidade Universitária – Recife – PE Fone: (81) 2125-1729 34 Se a impedância medida pelo relé for Z1= R1 + jX1, ele deve atuar, pois a mesma está dentro do circulo, se for Z2 = R2 + jX2, o relé não deve atuar, pois a impedância está fora do paralelogramo. 1.5.8 CRITÉRIOS DE AJUSTES Suponha que a característica do relé seja do tipo admitância, com três zonas conforme figura 17. Figura 16 – Característica do relé de distância – tipo admitância com três zonas, Z1, Z2 e Z3 A tabela 04, mostra os critérios que podem ser adotados para os ajustes de tape e tempo da função de distância dos relés. Tabela 04 – Correntes de Curtos-Circuitos ZONAS AJUSTES DE TAPE AJASTES DE TEMPO 1a ZONA 80% a 90 % de Z linha Instantâneo 2a ZONA 120% a 130 % de Z linha TEMPO 2a zona ≥ TEMPO 1a zona + Intervalo de Coordenação 3a ZONA 150% a 200 % de Z linha TEMPO 3a zona ≥ TEMPO 2a zona + Intervalo de Coordenação CRITÉRIOS DE AJUSTES INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SISTEMAS, PROCESSOS E CONTROLES ELETRO- ELETRÔNICA - DASE COORDENADORIA DE ELETROTÉCNICA – CELT Prof. José Aderaldo Lopes Av. Prof. Luiz Freire, 500 Cidade Universitária – Recife – PE Fone: (81) 2125-1729 35 CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE PERNAMBU CO – CEFET-PE COORDENAÇÃO DE ELETROTÉCNICA CURSO: ELETROTÉCNICA DISCIPLINA: PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS II PROFESSOR: JOSÉ ADERALDO LOPES ASSUNTO: PROTEÇAO DE LINHAS LISTA DE EXERCÍCIOS QUESTÕES 1) Para linhas de que nível de tensão, fazemos a sua proteção usando relés de sobrecorrentes? 2) Para linhas de que nível de tensão, fazemos a sua proteção usando relés de distância 3) Descreva a proteção de linha, usando relé de sobrecorrentes, instantâneos e temporizados, ressaltando, definição do relé, forma de atuação, tempo de atuação. Desenhe também um diagrama unifilar, mostrando a proteção de uma linha, através de relés de sobrecorrente de fases e neutro. Use o código ANSI para identificar os relés. 4) Descreva a proteção de linha, usando relé de distância, ressaltando, definição do relé, forma de atuação, tempo de atuação Desenhe também um diagrama unifilar de uma Linha, mostrando a proteção da mesma através de relé de distânciafase e neutro, use o código ANSI para identificar os relés. Considerando que o relé de distância que faz a proteção da Linha é do tipo admitância, desenhe também, a característica do relé no plano R x X, indicando as regiões de atuação e não atuação do relé. 5) Em um sistema de proteção de linhas qual a função do relé e qual a função do disjuntor? 6) Para a linha de distribuição 13,8kV da figura a seguir, equilibrada, defina os ajustes de tapes dos relés de sobrecorrentes e calcule as correntes de pick-up de fase e neutro, conforme dados a seguir: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SISTEMAS, PROCESSOS E CONTROLES ELETRO- ELETRÔNICA - DASE COORDENADORIA DE ELETROTÉCNICA – CELT Prof. José Aderaldo Lopes Av. Prof. Luiz Freire, 500 Cidade Universitária – Recife – PE Fone: (81) 2125-1729 36 DADOS a) TC – 150x300x600-5A (F.T = 1,2): b) Relés temporizados de fases – Tapes disponíveis: 1,0; 2,0; 3,0; 4,0; 5,0; 6,0A; c) Relé temporizado de neutro – Tapes disponíveis: 0,5; 0,6; 0,8; 1,0; 1,5; 2,0A. d) Relés instantâneos de fases - Tapes disponíveis: 10; 20; 30; 40; 50; 60A; e) Relé instantâneo de neutro – Tapes disponíveis: 5; 10; 15; 20; 25; 30; 35; 40A. 7) Considere a linha da questão 6, uma linha terminal, com os relés temporizados ajustados na curva IEC muito inversa, cuja equação do tempo é igual, t = (13,5 x TMS)/(M-1). Calcule o tempo de atuação da proteção de fase para um curto circuito trifásico no inicio da linha e o tempo de atuação da proteção de neutro para o curto circuito monofásico mínimo no final da linha. 8) Para a linha de distribuição 13,8kV da figura a seguir, equilibrada, defina os ajustes de tapes dos relés de sobrecorrentes e calcule as correntes de pick-up de fase e neutro, conforme dados a seguir: I c3φ = 10500 A I c2φ = 9099 A I c1φ = 11436 A I c1φmin = 378 A I c3φ = 1254 A I c2φ = 1087 A I c1φ = 786 A I c1φmin = 150 A 50/50N 51/ 51N 52 TC Scarga = 7MVA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SISTEMAS, PROCESSOS E CONTROLES ELETRO- ELETRÔNICA - DASE COORDENADORIA DE ELETROTÉCNICA – CELT Prof. José Aderaldo Lopes Av. Prof. Luiz Freire, 500 Cidade Universitária – Recife – PE Fone: (81) 2125-1729 37 DADOS a) TC - 300x400x500x600-5A (F.T = 1,2); b) K = 1,3 c) Relés temporizados de fases – Tapes disponíveis: 1,0; 2,0; 3,0; 4,0; 5,0; 6,0A; d) Relé temporizado de neutro – Tapes disponíveis: 0,5; 0,6; 0,8; 1,0; 1,5; 2,0A. e) Relés instantâneos de fases – Tapes disponíveis: 10; 20; 30; 40; 50; 60A; f) Relé instantâneo de neutro – Tapes disponíveis: 5; 10; 15; 20; 25; 30; 35; 40A. 9) Para a linha de subtransmissão 69kV da figura a seguir, equilibrada, defina os ajustes dos relés de sobrecorrentes de fases e neutro e calcule as correntes de pick-up de fase e neutro, conforme dados a seguir. Calcule também o tempo de atuação da proteção para defeitos no inicio e no final da linha, considerando curva IEC normal inversa. DADOS a) TC - 400x500x600-5A (F.T = 1,2); b) Relés de fases temporizados – Tapes disponíveis: 1,0; 2,0; 3,0; 4,0; 5,0 e 6,0A; c) Relé de neutro temporizado – Tapes disponíveis: 0,1; 0,3; 0,5; 0,6; 0,8; 1,0; 1,5A; d) Relés de fases Instantâneos – Tapes disponíveis: 10; 20; 30; 40; 50 e 60A; e) Relé de neutro Instantâneo – Tapes disponíveis: 5,0; 10; 15; 20; 25; 30; 35 e 40A. I c3φ = 10500 A I c2φ = 9099 A I c1φ = 11436 A I c1φmin = 378 A I c3φ = 1254 A I c2φ = 1087 A I c1φ = 786 A I c1φmin = 150 A I carga = 430 A 50/50N 51/ 51N 52 TC I c3φ = 7680A I c2φ = 6656 A I c1φ = 7986 A I c1φmin =656 A I c3φ = 1194 A I c2φ = 1035 A I c1φ = 746 A I c1φmin =320 A Scarga =40MVA 50 / 50N 51/ 51N 52 TC 69kV 69kV INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SISTEMAS, PROCESSOS E CONTROLES ELETRO- ELETRÔNICA - DASE COORDENADORIA DE ELETROTÉCNICA – CELT Prof. José Aderaldo Lopes Av. Prof. Luiz Freire, 500 Cidade Universitária – Recife – PE Fone: (81) 2125-1729 38 10) Considere a linha da questão 9, uma linha terminal, com os relés temporizados ajustados na curva IEC extremamente inversa, cuja equação do tempo é igual, t = (80,0 x TMS)/((M)2-1). Calcule o tempo de atuação da proteção de fase para um curto circuito bifásico no Final da linha e o tempo de atuação da proteção de neutro para os curtos circuitos monofásicos franco e mínimo no inicio da linha. 11) Para a linha de distribuição, 13,8kV, da figura abaixo, equilibrada, defina os ajustes de tapes dos relés de correntes de fases e neutro e calcule os correntes de pick-up de fase e neutro, conforme dados a seguir: DADOS TC - 100x200x300x400x500x600 - 5 A ( FT = 1,2 ) Relés de fases – Temporizados com tapes disponíveis de 1,0; 2,0; 3,0; 4,0; 5,0 e 6,0 A Relé de neutro - Temporizado, com tapes disponíveis de 0,5; 0,6; 0,8; 1,0; 1,5 e 2,0 A Relés de fases – Instantâneos, com tapes disponíveis de 10; 20; 30; 40; 50 e 60 A Relé de neutro - Instantâneos, com tapes disponíveis de 5; 10; 15; 20; 25; 30; 35; 40; 45 e 50A 12) Para a linha de Transmissão de 69kV da figura a seguir, equilibrada, defina os ajustes(tape e tempo) dos relés de sobrecorrentes (50/50N e 51/51N), calcule as correntes de pick-up de fase e neutro, conforme dados a seguir. Para ajustar o tempo de atuação considere disponíveis nos relés as curvas IEC(normal inversa, muito inversa e extremamente inversa) e que os tempos máximos de atuação das proteções da carga são: tempo relés de fases = 0,4 s para curto circuito bifásico na barra B e tempo do relé de neutro = 0,3 s para curto circuito monofásico na barra B. 52 I c3φ = 5808 A I c2φ = 5033 A I c1φ = 6326 A I c1φmin = 443 A I c3φ = 1876 A I c2φ = 1626 A I c1φ = 890 A I c1φmin = 238 A Pcarga = 8MVA 52 TC 50/50N 51/51N INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SISTEMAS, PROCESSOS E CONTROLES ELETRO- ELETRÔNICA - DASE COORDENADORIA DE ELETROTÉCNICA – CELT Prof. José Aderaldo Lopes Av. Prof. Luiz Freire, 500 Cidade Universitária – Recife – PE Fone: (81) 2125-1729 39 DADOS a) TC - 300x400x600x800-5A (F.T = 1,2); b) Relés de fases temporizados – Tapes disponíveis: 2,0; 3,0; 4,0; 5,0 e 6,0A; c) Relé de neutro temporizado – Tapes disponíveis: 0,1; 0,3; 0,5; 0,8; 1,0 e 1,5A; d) Relés de fases Instantâneos – Tapes disponíveis: 10; 20; 30; 40; 50 e 60A; e) Relé de neutro Instantâneo – Tapes disponíveis: 5,0; 10; 20; 30; e 40A. 13) A figura a seguir mostra o diagrama unifilar de três linhas de transmissão protegidas por relés de sobrecorrentes, considerando que o tempo de atuação da proteção da linha 3, para defeito no ponto indicado é 0,3 s, qual deve ser o tempo mínimo de atuação da proteção da linha 1, para defeito no ponto indicado, para que seja garantida a coordenação da proteção. 14) A figura a seguir mostra o diagrama unifilar de duas linhas de transmissão protegidas por relés de sobrecorrentes, considerando que o tempo de atuação da proteção da linha 1, para defeito no ponto indicado é 0,9 s, qual deve ser o tempo máximo de atuação da proteção da linha 2, para defeito no ponto indicado, para que seja garantida a coordenação da proteção. 51/51 N 52 51/51 N 52 TC TC Linha 1 Linha 2 I cc TC Linha 3 51/51 N 52 51/51 N 52 51/51 N 52 TC TC Linha 1 Linha 2 I cc TC 69kV 50 / 50N 51/ 51N I c3φ = 8000A I c2φ = 6928 A I c1φ = 10000 A I c1φmin =600 A I c3φ = 4000 A I c2φ = 3464 A I c1φ = 3000A I c1φmin =350 A Scarga = 50MVA TC 50 / 50N 51/ 51N 52 Barra A Barra B 52 Scarga 69kV INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SISTEMAS, PROCESSOS E CONTROLES ELETRO- ELETRÔNICA - DASE COORDENADORIA DE ELETROTÉCNICA – CELT Prof. José Aderaldo Lopes Av. Prof. Luiz Freire, 500 Cidade Universitária – Recife – PE Fone: (81) 2125-1729 40 15) A figura a seguir mostra o diagrama unifilar de três linhas de transmissão protegidas por relés de sobrecorrentes, considerando que o tempo de atuação da proteção da linha 1, para defeito no ponto indicado é 1,2 s, qual deve ser o tempo máximo de atuação da proteção da linha 2, para defeito no ponto indicado, para que seja garantida a coordenação da proteção. 16) Considere um sistema de proteção com relés de distância com três zonas (1ª; 2ª e 3ª ), protegendo uma linha de transmissão, como deve ser ajustados os tapes e os tempos de cada zona? 17) Para as afirmações a seguir, indique o que está errado: a) Se a impedância medida pelo relé de distância, que faz a proteção de uma linha, estiver dentro de sua característica na região de conjugado positivo, o relé não deve atuar; b) Nas linhas de distribuição devemos fazer a proteção preferencialmente usando relé de distância(21/21N); c) A primeira zona de um relé de distância que protege uma linha de transmissão deve ser ajustada para atuação temporizada d) Para uma linha de transmissão radial, fonte única, protegida por relés de sobrecorrentes temporizados, ajustados em uma curva tempo inverso, o tempo de atuação da proteção para curto-circuito no inicio da linha é maior do que para curto-circuito no final da linha, independente da curva tempo inverso ajustada. 51/51 N 52 51/51 N 52 TC TC Linha 1 Linha 2 I cc TC Linha 3 51/51 N 52 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SISTEMAS, PROCESSOS E CONTROLES ELETRO- ELETRÔNICA - DASE COORDENADORIA DE ELETROTÉCNICA – CELT Prof. José Aderaldo Lopes Av. Prof. Luiz Freire, 500 Cidade Universitária – Recife – PE Fone: (81) 2125-1729 41 18) Considere uma linha de distribuição protegida por relés de sobrecorrentes (50/50N e 51/51N), que tipos de correntes de curtos-circuitos usamos para ajustar os reles de fases e os reles de neutro?