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Extinção de Atos Administrativos

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EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
Um ato eficaz se extingue por: 
 
1. Cumprimento de seus efeitos, que podem ser: 
a) esgotamento do conteúdo jurídico (gozo de férias) 
b) execução material (ordem de demolição de imóvel) 
c) implemento de condição resolutiva ou de termo final (esgotamento do prazo para 
realização de evento em área pública autorizada) 
 
2. Desaparecimento ou perda do sujeito ou objeto da relação jurídica (morte do 
funcionário, extingue sua nomeação para o cargo ocupado; tomada pelo mar de terreno 
de marinha dado em aforamento, extinção da enfiteuse) 
 
3. Retirada do ato, prática de um ato que extingue o anterior: revogação, 
invalidação, cassação, caducidade 
 
4. Renúncia: rejeição pelo beneficiário de situação jurídica favorável de que 
desfrutava (renuncia de cargo de Ministro) 
 
5. ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO, principais modalidades de desfazimento do 
ato administrativo 
 
 
• ANULAÇÂO (efeitos ex tunc) 
Para atos viciados 
Súmulas 340 e 473 STF 
“A Administração pública pode declarar a nulidade de seus próprios atos” 
“A Administração pública pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que 
os tronam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de 
conveniência e oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em todos 
os casos, a apreciação judicial” 
 
Art. 103 A, § 3º CF (Emenda Constitucional 45/04) o STF poderá anular ato 
administrativo que contrariar súmula vinculante em relação à Administração Direta e 
Indireta. 
 
• REVOGAÇÃO (efeitos ex nunc) 
Para atos legítimos 
Medida privativa da Administração e obedece regras de competência: quem pode editar 
o ato pode revogá-lo 
 
A revogação abrange o mérito; a anulação recai sobre ilegalidade ou ilegitimidade 
 
Limites à anulação 
 
• temporal: prazo legal (5 anos no âmbito federal e de 10 no Estado de SP) 
• o ato deve ser ampliativo da esfera jurídica do particular 
• destinatário do ato anulado deve estar de boa fé 
 
Limites à revogação 
• atos que a lei declare irrevogáveis 
• atos exauridos ou que determinam providência material já executada 
• atos vinculados, por não compreenderem juízo de conveniência e oportunidade 
• meros atos como atestados, certidões 
• atos que precluem com o advento de ato sucessivo (integram um procedimento) 
• atos complexos que demandam concurso de diferentes órgãos 
• atos que geram direitos adquiridos 
 
Em qualquer caso: observância do devido processo legal e contraditório que, 
entretanto não retiram dos atos o atributo da autoexecutoriedade

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