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ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS DA PRÁTICA MÉDICA Módulo de Acolhimento e Avaliação Projeto Mais Médicos para o Brasil 31° Ciclo do PMMB OBJETIVOS DA APRENDIZAGEM • Discutir os princípios da bioética e sua aplicação na APS (aborto, violência contra criança, mulher e idoso); • Código de Ética Médica; • Lei 12.871/2013; • Apresentar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) • Apresentar o Estatuto do Idoso; • Apresentar a organização da prática médica (conselhos, sindicatos e sociedades médicas); • Aspectos ético-legais do trabalho multiprofissional. CARACTERÍSTICAS DO TRABALHO MÉDICO • O Brasil contava, em janeiro de 2023, com 562.229 médicos, o que corresponde à razão de 2,60 médicos / mil habitantes. • A média de consultas realizadas por médico no Brasil anualmente (1.261) é bem menor do que em países da OCDE (2.122). • A maioria dos médicos possuem múlLplos vínculos de trabalho. CARACTERÍSTICAS DOS ESTUDANTES DE MEDICINA • O estudante de medicina no Brasil é majoritariamente branco, do gênero feminino, com idade entre 19 e 24 anos, faz a graduação em instituições privadas e cursou o ensino médio também em escolas particulares. • Aumento do número de estudantes que se declaram pretos ou pardos nos últimos anos. • Aumento de estudantes que realizaram seu ensino médio em escola pública, principalmente nas Universidades Públicas. CARACTERÍSTICAS DOS RESIDENTES MÉDICOS • A maioria se forma em serviços de saúde que atendem usuários do SUS, 94,5%. • Porém, somente 24,6% tem a intenção de trabalhar integral ou majoritariamente no SUS. D is tri bu iç ão G eo gr áf ic a PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA E SUA APLICAÇÃO NA APS: CASO CLÍNICO Rafaela tem 13 anos, estuda na Escola Municipal do bairro e é acompanhada pela equipe da Unidade Básica de Saúde de Mangueirão. Dona Márcia, mãe de Rafaela, tem se queixado a Drª Gabriela que sua filha está muito quieta ultimamente, não quer se alimentar e tem notado que a mesma tem perdido peso. No dia anterior, chorando muito, confessou à mãe que teve sua primeira relação sexual há um mês, num momento de intimidade com seu namorado da época, a contragosto, porque o mesmo a forçou quando ela desistiu “no meio do caminho”. D. Márcia vem a unidade em busca de orientação de como deve agir nessa situação. • Descreva como a equipe deve acolher a mãe e a paciente nessa situação. • Quais as medidas que devem ser tomadas, clínicas e de notificação? PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA E SUA APLICAÇÃO NA APS: CASO CLÍNICO Júlia é uma criança de 2 anos de idade que vive com sua mãe de 16 anos e seu companheiro de 18 anos. Ambos usuários de drogas e envolvidos com o tráfico no bairro. Na última tentativa de visita de Cidinha, a ACS que acompanha a família, a mesma identificou que Júlia estava com manchas roxas pelo corpo, em péssimo estado de higiene e chorava muito aos pés da mãe. Naquele momento, a mãe, parecia “transtornada” e sem paciência. Na frente de Cidinha empurrou a criança gritando para se calar. Cidinha ao voltar para sua unidade, muito preocupada e sem saber o que fazer, passa a situação para Drª Gabriela e para a Enfª Janaína. • Diante dos preceitos do ECA como deve agir a equipe nesse caso? Conceitos •Violência contra crianças e adolescentes pode ser definida como “[...] todo ato ou omissão praticado por pais, parentes ou outras pessoas que – sendo capaz de causar dano físico, sexual e/ou psicológico à vítima – implica de um lado uma transgressão do poder/dever de proteção do adulto e, de outro, uma coisificação da infância, isto é, uma negação do direito que crianças e adolescentes têm de serem tratados como sujeitos de direitos e pessoas em condição peculiar de desenvolvimento” Conceitos •Segundo a OMS, a violência sexual praticada contra crianças e adolescentes envolve ações de conteúdo sexual praticadas por pessoas que se encontram em um estágio de desenvolvimento e maturidade superior ao da criança ou adolescente vítima. ELEMENTOS DA ASSISTÊNCIA • Observação inicial da relação mãe/cuidador e criança. • Coleta da história clínica com tranquilidade, acreditando nos sinais e na palavra da criança (quando ela já consegue se expressar verbalmente). • Exame físico completo e minucioso. • Registro do diagnóstico baseado na CID-10, especificando a violência como causas externas (acidentais e intencionais) e notificação. • Prevenção de gravidez, além do diagnóstico, tratamento e prevenção de infecções sexualmente transmissíveis quando se tratar de violência sexual. QUANTO AO SIGILO MÉDICO • Se o adolescente procurar a Unidade Básica de Saúde sem o acompanhamento dos pais, ele tem o direito de ser atendido sozinho. • No entanto, a equipe poderá negociar com ele a presença dos pais ou responsáveis, se for o caso. • Pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a adolescência vai dos 12 aos 18 anos. • O Código de Ética Médica, em seu artigo 74, diz ser vedado revelar sigilo profissional relacionado ao paciente menor de idade, inclusive a seus pais ou responsáveis legais, desde que o menor tenha capacidade de discernimento, salvo quando a não revelação possa acarretar danos ao paciente. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E ESTATUTO DO IDOSO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA Capítulo III - Responsabilidade Profissional É VEDADO AO MÉDICO: Art. 11. Receitar, atestar ou emitir laudos de forma secreta ou ilegível, sem a devida identificação de seu número de registro no Conselho Regional de Medicina da sua jurisdição, bem como assinar em branco folhas de receituários, atestados, laudos ou quaisquer outros documentos médicos. Art. 14. Praticar ou indicar atos médicos desnecessários ou proibidos pela legislação vigente no País. Capítulo IV - Direitos Humanos É VEDADO AO MÉDICO: Art. 23. Tratar o ser humano sem civilidade ou consideração, desrespeitar sua dignidade ou discriminá-lo de qualquer forma ou sob qualquer pretexto. Art. 24. Deixar de garantir ao paciente o exercício do direito de decidir livremente sobre sua pessoa ou seu bem-estar, bem como exercer sua autoridade para limitá-lo. CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA Capítulo V - Relação com Pacientes e Familiares É VEDADO AO MÉDICO: Art. 37. Prescrever tratamento ou outros procedimentos sem exame direto do paciente, salvo em casos de urgência ou emergência e impossibilidade comprovada de realizá-lo, devendo, nesse caso, fazê-lo imediatamente após cessar o impedimento. § 1º O atendimento médico a distância, nos moldes da telemedicina ou de outro método, dar-se-á sob regulamentação do Conselho Federal de Medicina. CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA RESOLUÇÃO CFM Nº 2.314, DE 20 DE ABRIL DE 2022 ● Art. 4º Ao médico é assegurada a autonomia de decidir se utiliza ou recusa a telemedicina, indicando o atendimento presencial sempre que entender necessário. ● Art. 16 A prestação de serviço de telemedicina, como um método assistencial médico, em qualquer modalidade, deverá seguir os padrões normativos e éticos usuais do atendimento presencial… ● Importância do Registro (prontuário) e da proteção dos dados. Art. 42. Desrespeitar o direito do paciente de decidir livremente sobre método contracepRvo, devendo sempre esclarecê-lo sobre indicação, segurança, reversibilidade e risco de cada método. Capítulo VII - Relação entre Médicos É VEDADO AO MÉDICO: Art. 52. Desrespeitar a prescrição ou o tratamento de paciente, determinados por outro médico, mesmo quando em função de chefia ou de auditoria, salvo em situação de indiscu;vel bene=cio para o paciente, devendo comunicar imediatamente o fato ao médico responsável. CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA Art. 65. Cobrar honorários de paciente assistido em instituição que se destina à prestação de serviços públicos, ou receber remuneração de paciente como complemento de salário ou de honorários. Capítulo IX - Sigilo Profissional É VEDADO AO MÉDICO: Art. 73. Revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do exercício de sua profissão, salvo por motivo justo, dever legal ou consentimento, por escrito, do paciente.CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA Parágrafo único. Permanece essa proibição: a)Mesmo que o fato seja de conhecimento público ou o paciente tenha falecido; b)Quando de seu depoimento como testemunha. Nessa hipótese, o médico comparecerá perante a autoridade e declarará seu impedimento; c)Na investigação de suspeita de crime, o médico estará impedido de revelar segredo que possa expor o paciente a processo penal. CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA Art. 74. Revelar sigilo profissional relacionado a paciente menor de idade, inclusive a seus pais ou representantes legais, desde que o menor tenha capacidade de discernimento, salvo quando a não revelação possa acarretar dano ao paciente. Art. 75. Fazer referência a casos clínicos idenRficáveis, exibir pacientes ou seus retratos em anúncios profissionais ou na divulgação de assuntos médicos, em meios de comunicação em geral, mesmo com autorização do paciente. CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA Art. 76. Revelar informações confidenciais obRdas quando do exame médico de trabalhadores, inclusive por exigência dos dirigentes de empresas ou de insRtuições, salvo se o silêncio puser em risco a saúde dos empregados ou da comunidade. Capítulo X - Documentos Médicos É VEDADO AO MÉDICO: Art. 80. Expedir documento médico sem ter praRcado ato profissional que o jusRfique, que seja tendencioso ou que não corresponda à verdade. CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA Capítulo X - Documentos Médicos É VEDADO AO MÉDICO: Art. 83. Atestar óbito quando não o tenha verificado pessoalmente, ou quando não tenha prestado assistência ao paciente, salvo, no último caso, se o fizer como plantonista, médico substituto ou em caso de necropsia e verificação médico-legal. Art. 84. Deixar de atestar óbito de paciente ao qual vinha prestando assistência, exceto quando houver indícios de morte violenta. CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA Capítulo X - Documentos Médicos É VEDADO AO MÉDICO: Art. 85. Permitir o manuseio e o conhecimento dos prontuários por pessoas não obrigadas ao sigilo profissional quando sob sua responsabilidade. Art. 86. Deixar de fornecer laudo médico ao paciente ou a seu representante legal quando aquele for encaminhado ou transferido para continuação do tratamento ou em caso de solicitação de alta. CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA Capítulo X - Documentos Médicos É VEDADO AO MÉDICO: Art. 87. Deixar de elaborar prontuário legível para cada paciente. § 1º O prontuário deve conter os dados clínicos necessários para a boa condução do caso, sendo preenchido, em cada avaliação, em ordem cronológica com data, hora, assinatura e número de registro do médico no Conselho Regional de Medicina. § 2º O prontuário estará sob a guarda do médico ou da insRtuição que assiste o paciente. CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA Capítulo X - Documentos Médicos É VEDADO AO MÉDICO: Art. 88. Negar, ao paciente, acesso a seu prontuário, deixar de lhe fornecer cópia quando solicitada, bem como deixar de lhe dar explicações necessárias à sua compreensão, salvo quando ocasionarem riscos ao próprio paciente ou a terceiros. Art. 89. Liberar cópias do prontuário sob sua guarda, salvo quando autorizado, por escrito, pelo paciente, para atender ordem judicial ou para a sua própria defesa. CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA: TRANSCRIÇÃO DE RECEITA MÉDICA O art. 37 do CEM é bastante enfático ao proibir a prescrição de tratamentos ou outros procedimentos sem exame direto do paciente (anamnese + exame físico). Em casos excepcionais, por exemplo, de medicações de uso prolongado ou anticonvulsivantes, o médico poderá prescrever como continuidade, ou seja, outro especialista fez uma prescrição anterior". Lei 5.991/73. Capítulo VI. Do Receituário • Art. 43. O registro do receituário e dos medicamentos sob regime de controle sanitário especial não poderá conter rasuras, emendas ou irregularidades que possam prejudicar a verificação da sua autenticidade. • Carimbo, não há exigência legal, mas na prática não é aceita sem carimbo (ou assinatura eletrônica certificada). CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA PONTOS IMPORTANTES 1. Lembrar que não vai ser raro encontrar pacientes com dificuldades em ler e em compreender as receitas. 2. Algumas unidades montam fluxos específicos em suas farmácias (sempre em duas vias, renovação de prescrição contínua, prescrição de enfermagem...). 3. A renovação de receitas é um fator importante a ser organizado no processo de trabalho, visto que é um motivo muito frequente de consulta. Capítulo III - Responsabilidade Profissional É VEDADO AO MÉDICO: Art. 11. Receitar, atestar ou emi-r laudos de forma secreta ou ilegível, sem a devida iden-ficação de seu número de registro no Conselho Regional de Medicina da sua jurisdição, bem como assinar em branco folhas de receituários, atestados, laudos ou quaisquer outros documentos médicos. CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA ATESTADO MÉDICO RESOLUÇÃO CFM n.º 1.658/2002: Art. 1º O atestado médico é parte integrante do ato médico, sendo seu fornecimento direito inalienável do paciente… Art. 2º Ao fornecer o atestado, deverá o médico registrar em ficha própria e/ou prontuário médico os dados dos exames e tratamentos realizados, de maneira que possa atender às pesquisas de informações dos médicos peritos das empresas ou dos órgãos públicos da Previdência Social e da JusIça. RESOLUÇÃO CFM n.º 1.658/2002: Art. 5º Os médicos somente podem fornecer atestados com o diagnóstico codificado ou não quando por justa causa, exercício de dever legal, solicitação do próprio paciente ou de seu representante legal. Parágrafo único No caso da solicitação de colocação de diagnóstico, codificado ou não, ser feita pelo próprio paciente ou seu representante legal, esta concordância deverá estar expressa no atestado. ATESTADO MÉDICO CÓDIGO DE ÉTICA Capítulo III - Responsabilidade Profissional É VEDADO AO MÉDICO: Art. 12. Deixar de esclarecer o trabalhador sobre as condições de trabalho que ponham em risco sua saúde, devendo comunicar o fato aos empregadores responsáveis Parágrafo único. Se o fato persistir, é dever do médico comunicar o ocorrido às autoridades competentes e ao CRM. Art. 13. Deixar de esclarecer o paciente sobre as determinantes sociais, ambientais ou profissionais de sua doença. Atestado, Relatório ou Laudo? Relatório médico = Atestado Laudo = por demanda judicial ou perícia oficial “TIPOS” DE ATESTADO MÉDICO 1.Declaração de Óbito (D.O.) 2.Atestado por Doença / Incapacidade laboral 3.Atestado/Notificação por Acidente de Trabalho 4.Atestado para Repouso à Gestante 5.Atestado para licença maternidade (120/180 dias) 6.Atestado para Fins de Interdição 7.Atestado de Aptidão Física 8.Atestado de Sanidade Física e Mental 9.Atestado para Amamentação 10.Comprovação de Comparecimento 11.Atestado para Internações ATESTADO MÉDICO PARA AFASTAMENTO DO TRABALHO - Carteira assinada (Trabalhador(a) CLT - celetista) - Segurado(a) pelo INSS (autônomo, MEI, contribuinte individual, etc) - Servidor(a) público(a) - Trabalhador(a) informal/sem vínculo ATESTADO MÉDICO PARA AFASTAMENTO DO TRABALHO ATESTADO RETROATIVO “A data do atestado médico deverá coincidir com a do ato médico que o gerou, sendo, entretanto, lícito, especificar o período de afastamento das aIvidades, mesmo que retroaIvo, desde que cienIficamente embasada a conclusão e registrada em prontuário” (PARECER CREMEB Nº 10/05, de 28 de Setembro de 2004. Aprovado em Sessão Plenária de 03/12/2004) Relatório Médico para Recebimento de Benefício Previdenciário (INSS/RPPS) - História clínica e ocupacional → DiagnósIco(s) / CID(s) - Exames complementares - Perda funcional, limitações e grau de incapacidade… para quais aIvidades… - Conclusão (doença relacionada ao trabalho ou comum) - Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT - INSS) - NoIficação de doença do trabalho no SINAN Relatório Médico para Sistema Único de Assistência Social (SUAS) Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS) Requisitos: • Ter Deficiência ou Doença Incapacitante Grave • Não ter outro tipo de cobertura previdenciária ou benefício doINSS • Baixa renda (menos de ¼ de salário mínimo per capita) • Estar inscrito no CAD Único DECLARAÇÃO DE ÓBITO Situação clínica Sílvia é médica do PMM na cidade de Currais Lindos. Durante seu descanso no fim de semana (estava fora da cidade) a secretária municipal de Currais Lindos entra em contato com a mesma porque S. Severino, 98 anos, paciente acompanhado pela equipe de Dra. Sílvia e por ela há mais de 2 anos, morreu em casa (sua filha o encontrou sem vida ao amanhecer). A secretária de saúde exige que a médica emita a DO de qualquer jeito porque não existe outro médico acessível naquele momento. Se você fosse Drª Sílvia, como agiria frente a essa situação. ATENÇÃO! O médico da estratégia de saúde da família não deve se ausentar da responsabilidade quando ele é o único medico disponível e se não houver indícios de morte por causa externa. p O médico tem responsabilidade ética e jurídica pelo preenchimento e pela assinatura da DO, assim como pelas informações registradas em todos os campos deste documento. Deve, portanto, revisar o document antes de assiná –lo. http://portalarquivos2.saude.gov.br/image s/ df/2015/agosto/14/Declaracao-de- Obito- WEB.pdf http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/ http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/ TIPOS DE ÓBITO • Causa Natural: doença ou condição • Causa Externa / Morte não natural: § Violência ou suspeita de violência; § Homicídio; § Acidente. Quem deve emitir DO: causa natural Quem deve emitir DO: causa externa Declaração de Óbito (D.O) Capítulo X - Documentos Médicos É VEDADO AO MÉDICO: Art. 83. Atestar óbito quando não o tenha verificado pessoalmente, ou quando não tenha prestado assistência ao paciente, salvo, no úlRmo caso, se o fizer como plantonista, médico subsRtuto ou em caso de necropsia e verificação médico-legal. Art. 84. Deixar de atestar óbito de paciente ao qual vinha prestando assistência, exceto quando houver indícios de morte violenta. Declaração de Óbito (D.O) Responsabilidade É5ca e Jurídica do Médico (O MÉDICO DEVE): 1.Preencher os dados de idenZficação com base em um documento da pessoa falecida. Na ausência de documento, caberá, à autoridade policial, proceder o reconhecimento do cadáver. 2.Registrar os dados na DO, sempre, com letra legível e sem abreviações ou rasuras. 3.Registrar as causas da morte, obedecendo ao disposto nas regras internacionais, anotando, preferencialmente, apenas um diagnósZco por linha e o tempo aproximado entre o início da doença e a morte. 4.Revisar se todos os campos estão preenchidos corretamente, antes de assinar. Declaração de Óbito (D.O) Responsabilidade Ética e Jurídica do Médico O QUE NÃO SE DEVE FAZER: 1.Assinar DO em branco. 2.Preencher a DO sem, pessoalmente, examinar o corpo e constatar a morte. 3.Utilizar termos vagos para o registro das causas de morte como parada cardíaca, parada cardio-respiratória ou falência de múltiplos órgãos. 4.Cobrar pela emissão da DO. Quando emitir • 1. Em todos os óbitos (naturais ou violentos). • 2. Quando a criança nascer viva e morrer logo após o nascimento, independentemente da duração da gestação, do peso do recém- nascido e do tempo que tenha permanecido vivo. • 3. No óbito fetal, se a gestação teve duração igual ou superior a 20 semanas, ou o feto com peso igual ou superior a 500 gramas, ou estatura igual ou superior a 25 centímetros. Quando não emitir Óbito fetal, com gestação de menos de 20 semanas, ou peso menor que 500 gramas (ABORTO), ou estatura menor que 25 cenbmetros. Óbito, quando declarar ? foi causa natural? sim Causa Externa: encaminhar ao IML foi assistido? não a causa está bem definida? simsim não não médico assistente ou substituto fornece Serviço de Verificação de Óbito Organização da Profissão •Conselhos; •Sindicatos; •Associações: Sociedades de especialistas Associações médicas Aspectos ético legais da prática multiprofissional O trabalho em equipe é um dos pilares do trabalho na ESF e na APS dia. Não existe um código de ética multiprofissional e invariavelmente ocorre conflitos pelas diferentes visões de cada profissão e de cada profissional diante de dilemas éticos. Dalla MDB, Lopes JMC. Ética na Atenção Primária à Saúde. In Tratado de medicina de Família e comunidade, 2012 Características do trabalho em equipe: cooperação, colaboração e divisão de responsabilidades. No trabalho em equipe, os resultados obtidos são maiores do que a soma dos resultados individuais, aumentando a eficácia e a eficiência do atendimento prestado à população. Pereira RCA, Rivera FJU, Artmann E. O trabalho multiprofissional na academia de saúde: estudo sobre as formas de trabalho. Interface (Botucatu) 2013 Aspectos ético legais da prática multiprofissional "Então, um trabalho de equipe é você fazer as suas atividades, mas estar sempre consultando e interagindo com os outros profissionais para o bem-estar da comunidade, da população". (dentista) "Para trabalhar em equipe é necessário ter um objetivo comum, estar disposto a fazer sua parte bem-feita em prol desse objetivo, e um pouco de humildade para reconhecer que você não sabe tudo, que não vai resolver tudo sozinho, gostar de colaborar". (médica) Pereira RCA, Rivera FJU, Artmann E. O trabalho multiprofissional na academia de saúde: estudo sobre as formas de trabalho. Interface (Botucatu) 2013 Aspectos ético legais da prática multiprofissional "Eu acho que eles veem meu trabalho na boa. Eventualmente a gente discute, a gente diverge de alguma coisa, mas aceito as críticas, aceito as sugestões, e a gente sempre chega a um acordo". (médica) "Pelo menos eu já deixei eles bem à vontade para falar sobre isso. Em reuniões de equipe eu falo: gente, se tiver alguma coisa que, assim, eu esteja fazendo, a maneira de eu trabalhar não tiver legal para vocês, não tiver interagindo com vocês, vocês podem falar. A gente pode sentar, discutir e ver como a gente pode resolver isso". (auxiliar de consultório dentário) Pereira RCA, Rivera FJU, Artmann E. O trabalho multiprofissional na academia de saúde: estudo sobre as formas de trabalho. Interface (Botucatu) 2013 BIBLIOGRAFIA 1.Código de é+ca médica: resolução CFM nº 1.931, de 17 de setembro de 2009 (versão de bolso) / Conselho Federal de Medicina – Brasília: Conselho Federal de Medicina, 2010. 2.RESOLUÇÃO CFM n.º 1.658/2002 (Publicada no D.O.U. de 20 de dezembro de 2002, Seção I, pg. 422) 3. Brasil. Ministério da Saúde. A declaração de óbito: documento necessário e importante / Ministério da Saúde, Conselho Federal de Medicina, Centro Brasileiro de Classificação de Doenças. – 3. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 4. Atestado de óbito: aspectos médicos, esta`s+cos, é+cos e jurídicos. / Coordenação de Ruy Lauren+ e Maria Helena P. de Mello Jorge. São Paulo: Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, 2015. 5. Dalla MDB, Lopes JMC. É+ca na Atenção Primária à Saúde. In Tratado de medicina de Família e Comunidade, 2012. 6. Pereira RCA, Rivera FJU, Artmann E. O trabalho mul+profissional na academia de saúde: estudo sobre as formas de trabalho. Interface (Botucatu) 2013. Gratidão OBRIGADO(A)! COORDENAÇÃO GERAL FRANCISCO DE ASSIS ROCHA NEVES NILSON MASSAKAZU ANDO POLO SÃO PAULO COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA GUSTAVO EMANUEL FARIAS GONÇALVES MARIANA TOMASI SCARDUA SUBCOORDENAÇÃO PEDAGÓGICA MARIZÉLIA GOIS MONTEIRO DANIEL DE MEDEIROS GONZAGA APOIO INSTITUCIONAL DO MEC MÁRCIA CRISTINA NÉSPOLI ANDO JONAS NERIS FILHO POLO SALVADOR COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA MARINA ABREU CORRADI CRUZ SUBCOORDENAÇÃO PEDAGÓGICA CLARISSA SANTOS LAGES APOIO INTITUCIONAL DO MEC JOÃO PEREIRA DE LIMA NETO POLO BELO HORIZONTE COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA CAMILA ZAMBAN DE MIRANDA FRANTCHESCA FRIPP DOS SANTOS SUBCOORDENAÇÃO PEDAGÓGICA JULIANA MACHADO DE CARVALHO AUGUSTO CEZAR DAL CHIAVÓN APOIO INTITUCIONAL DO MEC LILIAN PATRÍCIA SILVA DE SOUZA MINISTRO DA EDUCAÇÃO CAMILO SOBREIRA DE SANTANA SECRETÁRIA DE ENSINO SUPERIOR DENISE PIRES DE CARVALHO DIRETORA DE DESENVOLVIMENTODA EDUCAÇÃO EM SAÚDE GISELE VIANA PIRES COORDENADOR GERAL DE EXPANSÃO E GESTÃO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE FRANCISCO DE ASSIS ROCHA NEVES REFERÊNCIAS CENTRAIS DO MEC/PMMB ANA LUÍSA DOS SANTOS AZEVEDO ANA LUIZA FEITOZA NEVES SANTOS COSTA GABRIELA CARVALHO DA ROCHA HUMBERTO BATISTA BORGES DA SILVEIRA LEONARDO SOUSA ARAÚJO LUCAS DE SOUZA PORFIRIO MAÉZIA MARIA MEDEIROS COSTA MIGUEL TATIANA RIBEIRO