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Repertório Tema Tese (P1 e P2) A C A D E M IA D E R E D A Ç Ã O 9 0 0 + ESTRUTURA-BASE REDAÇÃO ENEM INTRODUÇÃO CONCLUSÃO O Romantismo foi um movimento literário do século XIX que ficou marcado, em sua fase indianista, pela exaltação do indígena como herói nacional de suma importância para a formação identitária dos brasileiros. A atualidade, entretanto, distancia-se lamentavelmente dessa concepção ao apresentar desafios para a valorização não apenas de tal etnia, mas de comunidades e povos tradicionais como um todo. Nesse sentido, para reverter essa problemática, é necessário compreender como a negligência do governo e a falha da educação contribuem para constituir um cenário tão divergente do proposto pela escola romântica. DESENVOLVIMENTO 1 (D1) De início, é fundamental ressaltar que o descaso governamental desvaloriza os povos tradicionais do Brasil. Nessa lógica, o conceito "cidadãos de papel", desenvolvido por Gilberto Dimenstein, diz respeito a indivíduos os quais, apesar de possuírem garantias na teoria de um documento legal, não possuem acesso prático a elas e são privados de direitos básicos que asseguram sua dignidade. Sob tal ótica, percebe-se que a descrição formulada pelo jornalista define fielmente a situação enfrentada pelos integrantes dessas comunidades, uma vez que, apesar de munidos de aparatos constitucionais de reconhecimento e preservação, são constantemente cuidados por um governo negligente que não se preocupa em protegê-los ou conservá-los. Esse quadro perverso é visível com a demarcação de territórios, a qual se torna ineficiente por ser conduzida por governantes que não respeitam o caráter topofílico de apego à terra de, por exemplo, ribeirinhos e pescadores e a utilizam para aumentar o lucro advindo de atividades agropecuárias. Logo, nota-se como a displicência do Estado prejudica a valorização de grupos tradicionais ao corromper o lugar físico e, consequentemente, a existência deles. Retomada do P1 Repertório Argumentos do P1 Consequências DESENVOLVIMENTO 2 (D2) Ademais, é importante salientar que a educação, por ser falha, não dá a devida importância às comunidades da tradição brasileira. Acerca disso, "Escola gaiola" é como Rubem Alves define a instituição de ensino que aprisiona o estudante a concepções engessadas e pouco reflexivas. Nessa perspectiva, o educador consegue definir com propriedade o sistema educacional do país, o qual, por priorizar a aplicação de conteúdos técnicos e de provas, não desenvolve, em crianças e adolescentes, a percepção da relevância real que os povos tradicionais têm para a cultura. Esse panorama é perceptível na forma como escolas abordam a celebração do Dia do Índio, no qual os indígenas são reduzidas a adornos folclóricos e fantasias em detrimento de serem valorizados por seus saberes e profundo conhecimento da natureza. Assim, ao terem como base de conhecimento uma abordagem superficial e restrita acerca dessa classe social, são formados adultos que não a valorizam e que podem, até mesmo, causar o apagamento cultural dela. Retomada do P1 Repertório Argumentos do P1 Consequências Torma-se evidente, portanto, que é necessário contornar os desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais. Nesse viés, cabe ao Governo aprimorar políticas de demarcação de territórios, por meio da contratação de corpo técnico para realizar tal processo, a fim de que integrantes desses grupos sejam protegidos e preservados. Além disso, o Ministério da Educação deve investir em mecanismos culturalmente educativos, por meio do direcionamento de verbas à organização de seminários e palestras, os quais, ao contarem com a participação de indianistas e antropólogos, possam transmitir conhecimento real e profundo acerca de figuras da tradição brasileira. Com base nessas medidas, é possível que povos tão contribuintes para a cultura nacional sejam devidamente respeitados e valorizados, assim como proposto pela literatura romântica indianista do século XIX. Retomada do Tema Solução 1 Solução 2 Finalização retomando repertório