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Aula 10 - apresentacao

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DIREITO CIVIL 
INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO
ESCALA PONTEANA 
INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO
O código civil trata da invalidade do negócio jurídico, atos nulos e anuláveis do art. 166 a 184.
Constatada a invalidade do negócio jurídico, este deixará de ter validade e não surtirá ou deixará de surtir efeitos.
Ocorre a invalidade quando ocorre um vício no negócio jurídico, como por exemplo, quando o negócio descumpre uma norma jurídica ou não foi realizado com consentimento livre ou com o fim de prejudicar terceiro.
INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO
Quanto se está diante de um vício grave (interesse social), teremos configurada a nulidade absoluta, tornando o ato NULO. 
Exemplo: assinatura falsificada, objeto ilícito.
Quanto se está diante de um vício de gravidade relativa (interesse individual), teremos configurada a nulidade absoluta, tornando o ato ANULÁVEL. 
Exemplo: venda de um veículo com o motor defeituoso.
NULIDADE
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;
III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;
IV - não revestir a forma prescrita em lei;
V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;
VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;
VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.
ANULABILIDADE
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
I - por incapacidade relativa do agente;
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.
INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO
A invalidade do negócio jurídico pode ser:
Total: atinge todo o negócio jurídico (assinatura de um confissão de dívida por uma criança de 6 anos de idade).
Parcial: atinge parte do negócio jurídico (garantia em uma confissão de dívida foi declarada nula, mas os demais termos continuam mantidos).
Atenção: somente o juiz poderá declarar a invalidade do negócio jurídico, por sentença, quando passará a surtir os efeitos legais.
ATO NULO X ATO ANULÁVEL
	NEGOCIO JURÍDICO NULO	NEGÓCIO JURÍDICO ANULÁVEL
	Imprescritível (art. 182 do CC)	Possui prazo prescricional e decadencial (art. 177 do CC
	De ordem pública 	Interesse individual/privado
	Arguido por qualquer pessoa ou pelo MP e de ofício (art. 168 do CC)	Não será pronunciado de ofício pelo juiz (art. 177 do CC).
	Não admite ratificação ou confirmação, mas admite conversão (art. 170 do CC)	Admite retificação ou confirmação, salvo direito de terceiro (art. 172 do CC)
	Possui efeito ex tunc (retroage)	Possui efeito ex nunc (não retroage)
	Sansão mais intensa	Sanção mais branda.
CONFIRMAÇÃO DO ATO ANULÁVEL
Apenas o ato jurídico anulável poderá ser confirmado pelas partes, pois o ato nulo não surte efeitos, não podendo ser confirmado pelas partes e nem ser sanado pelo juiz.
Art. 169. O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem convalesce pelo decurso do tempo.
Art. 168. [...] Parágrafo único. As nulidades devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do negócio jurídico ou dos seus efeitos e as encontrar provadas, não lhe sendo permitido supri-las, ainda que a requerimento das partes.
CONFIRMAÇÃO DO ATO ANULÁVEL
A confirmação o ato anulável poderá ocorrer de forma expressa ou tácita.
Art. 173. O ato de confirmação deve conter a substância do negócio celebrado e a vontade expressa de mantê-lo. (expressa)
A confirmação expressa poderá ocorrer pelas partes, seus assistentes (relativamente incapaz) ou por terceiro.
Art. 172. O negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro.
Art. 176. Quando a anulabilidade do ato resultar da falta de autorização de terceiro, será validado se este a der posteriormente. Exemplo: venda de franquia para outra pessoa, precisa da autorização do franqueador.
CONFIRMAÇÃO DO ATO ANULÁVEL
A parte poderá confirmar também o negócio jurídico tacitamente, conforme previsão do art. 174 do CC.
Art. 174. É escusada a confirmação expressa, quando o negócio já foi cumprido em parte pelo devedor, ciente do vício que o inquinava.
Exemplo: Ao descobrir que o veículo adquirido era de leilão, Marcos faz o pagamento de todas as parcelas acordadas, confirmando o ato de forma tácita.
Art. 175. A confirmação expressa, ou a execução voluntária de negócio anulável, nos termos dos arts. 172 a 174, importa a extinção de todas as ações, ou exceções, de que contra ele dispusesse o devedor. (quitação do contrato).
DIREITO CIVIL 
ATO ILÍCITO 
ATO ILÍCITO
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Ação ou omissão valuntária;
Dolo ou culpa (negligência ou imprudência);
Nexo causal;
Necessidade de violação de direito;
Dano moral ou material.
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RESPONSABILIDADE CIVIL 
Danos materiais: Dano emergente (estrago do carro), Lucro cessante (interrupção das atividades) e Perda da chance (perda da oportunidade).
Danos morais: personalidade – pessoa jurídica e física.
Dano estético: jurisprudencial.
A Responsabilidade civil pode ser:
Subjetiva – culpa ou dolo – dano – nexo causal 
Objetiva – dano - nexo causal.
ABUSO DE DIREITO
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
Não haverá ato ilícito quando o uso do direito ocorre de forma ordinária (normal), mas se excedido os limites, ocorrerá o ato ilícito.
EXCEÇÕES 
Art. 188. Não constituem atos ilícitos:
I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente.
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo.
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