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Quais tipos de tecidos efetores são controlados pelo centro cardiovascular?
O centro cardiovascular também envia continuamente impulsos para o músculo liso nas paredes dos vasos sanguíneos
por meio dos nervos vasomotores. Estes neurônios simpáticos emergem da medula espinal em todos os nervos espinais
torácicos e nos primeiros um ou dois nervos espinais lombares e, em seguida, passam para os gânglios do tronco simpático
(ver Figura 15.2). De  lá, os  impulsos  se propagam ao  longo dos neurônios  simpáticos que  inervam os vasos  sanguíneos
das vísceras e áreas periféricas. A região vasomotora do centro cardiovascular envia continuamente impulsos por estas vias
às  arteríolas  de  todo  o  corpo,  mas  especialmente  àquelas  da  pele  e  das  vísceras  abdominais.  O  resultado  é  um  estado
moderado de contração tônica ou vasoconstrição, chamado tônus vasomotor, que define o nível de repouso da resistência
vascular sistêmica. A estimulação simpática da maior parte das veias provoca vasoconstrição, que move o sangue para fora
dos reservatórios de sangue venoso e aumenta a pressão arterial.
Regulação neural da pressão sanguínea
O  sistema  nervoso  regula  a  pressão  sanguínea  por meio  de  alças  de  feedback  negativo  que  ocorrem  como  dois  tipos  de
reflexos: barorreceptores e quimiorreceptores.
Reflexos barorreceptores
Os barorreceptores,  receptores  sensitivos  sensíveis  à  pressão,  estão  localizados  na  aorta,  nas  artérias  carótidas  internas
(artérias  do  pescoço  que  fornecem  sangue  ao  encéfalo)  e  outras  grandes  artérias  do  pescoço  e  do  tórax.  Eles  enviam
impulsos para o centro cardiovascular para ajudar a  regular a pressão  sanguínea. Os dois reflexos barorreceptores mais
importantes são o reflexo do seio carótico e o reflexo da aorta.
Os  barorreceptores  da  parede  dos  seios  caróticos  iniciam o  reflexo do  seio  carótico,  que  ajuda  a  regular  a  pressão
sanguínea no encéfalo. Os seios caróticos  são pequenas ampliações das artérias carótidas  internas direita e esquerda, um
pouco acima do ponto em que elas  se  ramificam da artéria carótida comum (Figura 21.13). A pressão arterial distende a
parede do seio carótico, o que estimula os barorreceptores. Os impulsos nervosos se propagam dos barorreceptores do seio
carótico  para  os  axônios  sensitivos  nos  nervos  glossofaríngeos  (IX)  para  o  centro  cardiovascular  no  bulbo.  Os
barorreceptores  da  parede  da  parte  ascendente  da  aorta  e  arco  da  aorta  iniciam o reflexo da  aorta,  que  regula  a  pressão
arterial  sistêmica.  Os  impulsos  nervosos  dos  barorreceptores  aórticos  chegam  ao  centro  cardiovascular  via  axônios
sensitivos do nervo vago (X).
Quando  a  pressão  arterial  cai,  os  barorreceptores  são  menos  distendidos  e  enviam  impulsos  nervosos  em  uma
frequência  mais  lenta  ao  centro  cardiovascular  (Figura  21.14).  Em  resposta,  o  centro  CV  diminui  a  estimulação
parassimpática do coração por meio dos axônios motores dos nervos vago e aumenta a estimulação simpática do coração
via nervos  aceleradores  cardíacos. Outra  consequência do  aumento na  estimulação  simpática  é  o  aumento na  secreção de
epinefrina e norepinefrina pela medula da glândula suprarrenal. Conforme o coração bate mais rápido e com mais força, e a
resistência vascular sistêmica aumenta, o débito cardíaco e a resistência vascular sistêmica aumentam, e a pressão arterial
aumenta até o nível normal.
https://jigsaw.vitalsource.com/books/9788527728867/epub/OEBPS/Text/chapter15.html#ch15fig2
Figura 21.13 Inervação do coração pelo SNA e reflexos barorreceptores que ajudam a regular a pressão arterial.
Os barorreceptores são neurônios sensíveis à pressão que monitoram a distensão.
Quais nervos cranianos conduzem impulsos dos barorreceptores do seio carótico e do arco da aorta ao
centro cardiovascular?
Inversamente,  quando  é  detectado  um  aumento  na  pressão,  os  barorreceptores  enviam  impulsos  em  uma  frequência
mais  rápida. O  centro CV  responde  aumentando  a  estimulação parassimpática  e  diminuindo  a  estimulação  simpática. As
reduções  resultantes  da  frequência  cardíaca  e  força  de  contração  diminuem  o  débito  cardíaco.  O  centro  cardiovascular
também  diminui  a  frequência  com  que  envia  impulsos  simpáticos  aos  neurônios  vasomotores  que  normalmente  causam
vasoconstrição. A vasodilatação  resultante  diminui  a  resistência  vascular  sistêmica. A diminuição  do  débito  cardíaco  e  a
redução da resistência vascular sistêmica reduzem a pressão arterial sistêmica ao nível normal.
Passar do decúbito ventral para a posição ortostática diminui a pressão arterial e o fluxo sanguíneo na cabeça e parte
superior do corpo. Os reflexos barorreceptores, no entanto, neutralizam rapidamente a queda de pressão. Às vezes, esses
reflexos operam mais  lentamente do que o normal, especialmente em idosos, caso em que uma pessoa pode desmaiar em
razão da redução do fluxo sanguíneo cerebral após levantar­se muito rapidamente.
CORRELAÇÃO CLÍNICA |
Massagem do seio carótico e síncope do seio
carótico
Como o seio carótico está próximo da face anterior do pescoço, é possível estimular os barorreceptores nesse local por meio de compressão do pescoço. Os médicos às
vezes usam a massagem do seio carótico para reduzir a frequência cardíaca em uma pessoa com taquicardia paroxística supraventricular, um tipo de taquicardia
que se origina nos átrios. Qualquer coisa que distenda ou comprima o seio carótico, como a hiperextensão da cabeça, colarinhos apertados ou o transporte de cargas
pesadas sobre o ombro, também pode desacelerar a frequência cardíaca e causar síncope do seio carótico, desmaio decorrente da estimulação inadequada dos
barorreceptores do seio carótico.
Reflexos quimiorreceptores
Os quimiorreceptores, receptores sensitivos que monitoram a composição química do sangue, estão localizados perto dos
barorreceptores  do  seio  carótico  e  do  arco  da  aorta  em pequenas  estruturas  chamadas glomos caróticos  e glomos para­
aórticos,  respectivamente. Estes  quimiorreceptores  detectam mudanças nos níveis  sanguíneos de O2, CO2  e H+. Hipoxia
(baixa disponibilidade de O2), acidose  (aumento na  concentração de H+)  ou hipercapnia  (excesso  de CO2)  estimulam os
quimiorreceptores a enviar impulsos ao centro cardiovascular. Em resposta, o centro CV aumenta a estimulação simpática
de  arteríolas  e  veias,  provocando  vasoconstrição  e  aumento  da  pressão  sanguínea.  Estes  quimiorreceptores  também
fornecem informações ao centro respiratório no tronco encefálico para ajustar a frequência respiratória.
Figura 21.14 Regulação por feedback negativo da pressão sanguínea via reflexos barorreceptores.
Quando a pressão arterial diminui, a frequência cardíaca aumenta.
1.
2.
3.
4.
Este ciclo de feedback negativo representa as mudanças que ocorrem quando você se deita ou quando
fica em pé?
Regulação hormonal da pressão sanguínea
Como você  viu  no Capítulo 18,  vários  hormônios  ajudam  a  regular  a  pressão  arterial  e  o  fluxo  sanguíneo  por meio  da
alteração no débito cardíaco, alteração da resistência vascular sistêmica ou ajuste do volume total de sangue:
Sistema renina­angiotensina­aldosterona (RAA). Quando o volume de sangue cai ou o fluxo sanguíneo para os rins
diminui,  as  células  justaglomerulares  dos  rins  secretam  renina  na  corrente  sanguínea.  Na  sequência,  a  renina  e  a
enzima conversora de angiotensina (ECA) atuam sobre seus substratos para produzir o hormônio ativo angiotensina
II,  que  aumenta  a  pressão  arterial  de  duas  maneiras.  Em  primeiro  lugar,  a  angiotensina  II  é  um  potente
vasoconstritor;  isso  aumenta  a  pressão  arterial  ao  aumentar  a  resistência  vascular  sistêmica.  Em  segundo  lugar,
estimula a secreção de aldosterona, a qual aumenta a reabsorção dos íons sódio (Na+) e água pelos rins. A reabsorção
de água aumenta o volume sanguíneo total, o que eleva a pressão arterial.(Ver Seção 21.6.)
Epinefrina e norepinefrina. Em resposta à estimulação simpática, a medula da glândula suprarrenal libera epinefrina
e  norepinefrina.  Esses  hormônios  aumentam  o  débito  cardíaco  ao  elevarem  a  velocidade  e  força  das  contrações
cardíacas. Também causam constrição das arteríolas e veias na pele e órgãos abdominais e dilatação das arteríolas no
músculo cardíaco e esquelético, o que ajuda a aumentar o fluxo sanguíneo para o músculo durante o exercício.  (Ver
Figura 18.20.)
Hormônio antidiurético (HAD). O hormônio antidiurético (HAD) é produzido pelo hipotálamo e liberado pela neuro­
hipófise  em  resposta  à  desidratação  ou  à  diminuição  no  volume  sanguíneo.  Entre  outras  ações,  o  HAD  causa
vasoconstrição,  o  que  aumenta  a  pressão  arterial.  Por  isso,  o HAD  é  também  chamado vasopressina.  (Ver  Figura
18.9.) O HAD também promove o deslocamento de água do lúmen dos túbulos renais para a corrente sanguínea. Isso
resulta em aumento no volume sanguíneo e diminuição na produção de urina.
Peptídio natriurético atrial  (PNA). Liberado pelas  células  do  átrio  do  coração,  o PNA  reduz  a  pressão  arterial  ao
causar vasodilatação e promover a perda de sal e água na urina, o que reduz o volume sanguíneo.
A Tabela 21.2 resume a regulação da pressão arterial pelos hormônios.
Autorregulação do 胱岒uxo sanguíneo
Em cada leito capilar, alterações locais podem regular a vasomotricidade. Quando vasodilatadores produzem dilatação local
das  arteríolas  e  relaxamento  dos  esfíncteres  pré­capilares,  o  fluxo  sanguíneo  nas  redes  capilares  aumenta,  o  que  eleva  o
nível  de  O2.  Os  vasoconstritores  têm  o  efeito  oposto.  A  capacidade  de  um  tecido  de  ajustar  automaticamente  o  fluxo
sanguíneo para atender às suas demandas metabólicas é chamada autorregulação. Em tecidos como o coração e o músculo
esquelético, em que a demanda por O2 e nutrientes e pela remoção de escórias metabólicas pode aumentar em até dez vezes
durante a atividade física, a autorregulação é um contribuinte importante para o aumento no fluxo sanguíneo no tecido. A
autorregulação  também  controla  o  fluxo  sanguíneo  regional  no  encéfalo;  a  distribuição  de  sangue  para  várias  partes  do
encéfalo muda drasticamente durante diferentes atividades físicas e mentais. Durante uma conversa, por exemplo, o fluxo
sanguíneo  aumenta  nas  áreas motoras  da  fala  quando  você  está  falando  e  aumenta  nas  áreas  auditivas  quando  você  está
ouvindo.
https://jigsaw.vitalsource.com/books/9788527728867/epub/OEBPS/Text/chapter18.html
https://jigsaw.vitalsource.com/books/9788527728867/epub/OEBPS/Text/chapter18.html#ch18fig20
https://jigsaw.vitalsource.com/books/9788527728867/epub/OEBPS/Text/chapter18.html#ch18fig9
1.
2.
13.
14.
15.
16.
17.
TABELA 21.2 Regulação da pressão arterial por hormônios.
FATORES QUE INFLUENCIAM A PRESSÃO ARTERIAL HORMÔNIO EFEITO SOBRE A PRESSÃO ARTERIAL
DÉBITO CARDÍACO    
Aumento da frequência e contratilidade cardíacas
RESISTÊNCIA VASCULAR SISTÊMICA
Norepinefrina, epinefrina. Aumentam.
Vasoconstrição Angiotensina II, hormônio antidiurético
(HAD), norepinefrina,* epinefrina.†
Aumentam.
Vasodilatação Peptídio natriurético atrial (PNA), epinefrina,†
óxido nítrico.
Diminuem.
VOLUME SANGUÍNEO    
Aumento no volume sanguíneo Aldosterona, 
hormônio 
antidiurético.
Aumentam.
Diminuição no volume sanguíneo Peptídio natriurético atrial. Diminui.
*Atua nos receptores α1 em arteríolas do abdome e pele.
†Atua nos  receptores β2  em arteríolas  dos músculos  cardíaco  e  esquelético;  a  norepinefrina  tem um efeito  vasodilatador
muito menor.
Dois tipos gerais de estímulos causam alterações autorregulatórias no fluxo sanguíneo:
Alterações  físicas.  O  aquecimento  provoca  vasodilatação  e  o  resfriamento  causa  vasoconstrição.  Além  disso,  o
músculo  liso  das  paredes  das  arteríolas  exibe  uma  resposta  miogênica  –  se  contrai  com  mais  força  quando  é
distendido  e  relaxa  quando  a  distensão  diminui.  Se,  por  exemplo,  o  fluxo  sanguíneo  por  uma  arteríola  diminui,  a
distensão das paredes da arteríola é  reduzida. Como  resultado, o músculo  liso  relaxa e produz vasodilatação, o que
aumenta o fluxo sanguíneo.
Produtos  químicos  vasodilatadores  e  vasoconstritores.  Vários  tipos  de  células  –  incluindo  leucócitos,  plaquetas,
fibras de músculo liso, macrófagos e células endoteliais – liberam uma grande variedade de substâncias químicas que
alteram  o  diâmetro  do  vaso  sanguíneo.  As  substâncias  químicas  vasodilatadoras  liberadas  pelas  células  teciduais
metabolicamente  ativas  incluem  o  K+,  H+,  ácido  láctico  (lactato)  e  adenosina  (do  ATP).  Outro  importante
vasodilatador  liberado  pelas  células  endoteliais  é  o  óxido  nítrico  (NO). O  trauma  tecidual  ou  inflamação  provoca  a
liberação  de  cininas  vasodilatadoras  e  histamina.  Os  vasoconstritores  incluem  o  tromboxano  A2,  os  radicais
superóxidos, a serotonina (das plaquetas) e as endotelinas (das células endoteliais).
Uma diferença importante entre as circulações pulmonar e sistêmica é a sua resposta autorregulatória a mudanças no
nível de O2. As paredes dos vasos sanguíneos na circulação sistêmica dilatam­se em resposta ao baixo nível de O2. Com a
vasodilatação,  a  entrega  de O2  aumenta,  o  que  restabelece  o  nível  de  O2  normal.  Por  outro  lado,  as  paredes  dos  vasos
sanguíneos  da  circulação  pulmonar  contraem­se  em  resposta  a  baixos  níveis  de O2.  Esta  resposta  garante  que  o  sangue
desvie dos alvéolos nos pulmões, que  são mal ventilados pelo ar  fresco. Assim, a maior parte do  sangue  flui para áreas
mais bem ventiladas do pulmão.
 TESTE RÁPIDO
Quais são as principais informações recebidas e estímulos enviados pelo centro cardiovascular?
Explique o funcionamento do reflexo do seio carótico e do reflexo da aorta.
Qual é o papel dos quimiorreceptores na regulação da pressão arterial?
Como os hormônios regulam a pressão arterial?
O que é autorregulação, e como ela difere nas circulações sistêmica e pulmonar?
21.5
•
Veri涽湮cação da circulação
 OBJETIVO
Definir pulso e pressões sistólica, diastólica e diferencial.
Pulso
A expansão e a retração alternadas das artérias elásticas após cada sístole do ventrículo esquerdo cria uma onda de pressão
móvel  que  é  chamada  pulso.  O  pulso  é  mais  intenso  nas  artérias  mais  próximas  do  coração,  torna­se  mais  fraco  nas
arteríolas  e  desaparece  por  completo  nos  capilares. O  pulso  pode  ser  palpado  em  qualquer  artéria  que  se  situe  perto  da
superfície  do  corpo  que  possa  ser  comprimida  contra  um  osso  ou  outra  estrutura  firme. A Tabela 21.3  descreve  alguns
pontos de verificação do pulso arterial comuns.
A frequência de pulso normalmente é igual a frequência cardíaca, por volta de 70 a 80 bpm em repouso. Taquicardia
é  uma  frequência  cardíaca  ou  de  pulso  acima  de  100  bpm.  Bradicardia  é  uma  frequência  cardíaca  ou  de  pulso  lenta
(inferior a 50 bpm). Os atletas que treinam a resistência normalmente apresentam bradicardia.
TABELA 21.3 Pontos de verificação do pulso arterial.
ESTRUTURA LOCALIZAÇÃO ESTRUTURA LOCALIZAÇÃO
Artéria temporal super cial Medial à orelha. Artéria femoral Inferior ao ligamento inguinal.
Artéria facial Mandíbula, alinhada com os ângulos
da boca.
Artéria poplítea Posterior ao joelho.
Artéria carótida comum Lateral à laringe (pregas vocais). Artéria radial Face lateral do punho.
Artéria braquial Face medial do músculo bíceps
braquial.
Artéria dorsal do pé Superior ao dorso do pé.
Aferição da pressão arterial
Na prática clínica, o termo pressão arterial geralmente refere­se à pressão nas artérias produzida pelo ventrículo esquerdo
durante a sístole e a pressão remanescente nas artérias quando o ventrículo está na diástole. A pressão arterial normalmente
é  aferida  na  artéria  braquial  do  braço  esquerdo  (Tabela  21.3).  O  aparelho  utilizado  paramedir  a  pressão  arterial  é  o
esfigmomanômetro.  O  aparelho  é  constituído  por  uma  braçadeira  de  borracha  conectada  a  uma  pera  de  borracha  que  é
18.
19.
20.
21.6
•
•
utilizada para insuflar a braçadeira e um medidor que registra a pressão na braçadeira. Com o braço apoiado em uma mesa
de modo que esteja aproximadamente no mesmo nível do coração, a braçadeira do esfigmomanômetro é enrolada em torno
de um braço nu. A braçadeira  é  insuflada e  a pera de borracha é  apertada até que a  artéria braquial  seja  comprimida e o
fluxo  sanguíneo  pare,  cerca  de  30  mmHg  acima  da  pressão  sistólica  normal  da  pessoa.  O  examinador  coloca  um
estetoscópio  por  baixo  da  braçadeira  (sobre  a  artéria  braquial)  e  esvazia  lentamente  a  braçadeira. Quando  a  braçadeira  é
desinsuflada  o  suficiente  para  possibilitar  que  a  artéria  se  abra,  um  jorro  de  sangue  passa,  resultando  no  primeiro  som
auscultado com o estetoscópio. Este som corresponde à pressão arterial sistólica (PAS),  a  força da pressão  arterial  nas
paredes  arteriais  logo  após  a  contração  ventricular  (Figura  21.15).  Conforme  a  braçadeira  é  desinsuflada,  os  sons  de
repente  se  tornam muito  fracos  para  serem  ouvidos  pelo  estetoscópio.  Este  nível,  chamado pressão  arterial  diastólica
(PAD), representa a força exercida pelo sangue restante nas artérias durante o relaxamento ventricular. Em pressões abaixo
da pressão arterial diastólica, os sons desaparecem por completo. Os vários sons auscultados durante a aferição da pressão
arterial são chamados sons de Korotkoff.
A  pressão  arterial  normal  em  um  adulto  é  inferior  a  120 mmHg  (sistólica)  e  inferior  a  80 mmHg  (diastólica).  Por
exemplo, “110 por 70” (escrito como 110/70) é uma pressão arterial normal. Em mulheres adultas jovens, as pressões são
8 a 10 mmHg menos. Pessoas que se exercitam regularmente e estão em boa condição física podem ter pressões arteriais
ainda mais baixas. Assim, uma pressão arterial discretamente inferior a 120/80 é um sinal de boa saúde e condicionamento.
Figura 21.15 Correlação entre as alterações na pressão arterial e a pressão aferida com esfigmomanômetro.
À medida que a braçadeira é desinsuflada, o primeiro som que surge é a pressão arterial sistólica; os sons de
repente se tornam fracos na pressão arterial diastólica.
Se a pressão arterial for “142 por 95”, quais são as pressões diastólica, sistólica e diferencial? Será que
essa pessoa tem hipertensão arterial, tal como definido em Distúrbios | Desequilíbrios homeostáticos no
final do capítulo?
A diferença entre as pressões sistólica e diastólica é chamada pressão diferencial. Esta pressão, normalmente de cerca
de 40 mmHg, fornece informações sobre a condição do sistema circulatório. Por exemplo, doenças como a aterosclerose e
a persistência do canal arterial  (PCA) aumentam muito a pressão diferencial. A  razão normal entre as pressões  sistólica,
diastólica e diferencial é de aproximadamente 3:2:1.
 TESTE RÁPIDO
Onde o pulso arterial pode ser palpado?
O que significam taquicardia e bradicardia?
Como as pressões sistólica e diastólica são aferidas com um esfigmomanômetro?
Choque e homeostasia
 OBJETIVOS
Definir o choque
Descrever os quatro tipos de choque
•
1.
2.
3.
Explicar como a resposta do corpo ao choque é regulada por feedback negativo.
O  choque  é  uma  falha  do  sistema  circulatório  em  entregar  O2  e  nutrientes  suficientes  para  atender  às  necessidades
metabólicas  celulares.  As  causas  de  choque  são  muitas  e  variadas,  mas  todas  são  caracterizadas  por  fluxo  sanguíneo
inadequado para os tecidos do corpo. Por causa do aporte insuficiente de oxigênio, as células passam da produção aeróbica
para a anaeróbica de ATP, e o ácido láctico se acumula nos líquidos corporais. Se o choque persistir, as células e os órgãos
são danificados, e as células podem morrer, a menos que o tratamento adequado seja instituído rapidamente.
Tipos de choque
O choque pode ser de quatro tipos diferentes: (1) choque hipovolêmico, decorrente da diminuição do volume sanguíneo,
(2) choque cardiogênico, resultante de disfunção cardíaca, (3) choque vascular, decorrente de vasodilatação inadequada, e
(4) choque obstrutivo, ocasionado por obstrução do fluxo sanguíneo.
Uma causa comum de choque hipovolêmico é a hemorragia aguda (súbita). A perda de sangue pode ser externa, como
ocorre  no  traumatismo,  ou  interna,  como  na  ruptura  de  um  aneurisma  da  aorta.  A  perda  de  líquidos  corporais  por
transpiração  excessiva,  diarreia  ou  vômitos  também  pode  causar  choque  hipovolêmico.  Outras  condições  –  como  por
exemplo  o  diabetes  melito  –  podem  causar  perda  excessiva  de  líquido  pela  urina.  Às  vezes,  o  choque  hipovolêmico  é
decorrente da ingestão inadequada de líquido. Seja qual for a causa, quando o volume de líquidos do corpo cai, o retorno
venoso  para  o  coração  diminui,  o  enchimento  do  coração  cai,  o  volume  sistólico  diminui  e  há  uma  redução  no  débito
cardíaco.  Repor  o  volume  de  líquido  tão  rapidamente  quanto  possível  é  essencial  para  o  tratamento  do  choque
hipovolêmico.
No choque cardiogênico, o coração deixa de bombear adequadamente, na maioria das vezes por causa de infarto agudo
do miocárdio. Outras causas de choque cardiogênico incluem a má perfusão do coração (isquemia), problemas nas valvas
cardíacas,  pré­carga  ou  pós­carga  excessiva,  comprometimento  da  contratilidade  das  fibras  musculares  cardíacas  e
arritmias.
Mesmo com volume de sangue e débito cardíaco normais, o choque pode ocorrer se a pressão arterial cair em virtude
de diminuição na  resistência vascular sistêmica.  Inúmeras condições podem causar dilatação  inadequada das arteríolas ou
vênulas. No choque anafilático, uma reação alérgica grave – como por exemplo a uma picada de abelha – libera histamina e
outros mediadores que causam vasodilatação. No choque neurogênico, a vasodilatação pode ocorrer após um traumatismo
cranioencefálico  (TCE)  que  comprometa  o  funcionamento  do  centro  cardiovascular  no  bulbo.  O  choque  decorrente  de
determinadas  toxinas bacterianas que produzem vasodilatação é denominado choque séptico. Nos EUA, o choque séptico
causa mais de 100.000 mortes por ano, sendo a causa mais comum de morte em UTI.
O choque obstrutivo ocorre quando o fluxo sanguíneo em uma porção da circulação é bloqueado. A causa mais comum
é a embolia pulmonar, um coágulo de sangue em um vaso sanguíneo dos pulmões.
Respostas homeostáticas ao choque
Os principais mecanismos de compensação no choque são os sistemas de feedback negativo que trabalham para devolver o
débito  cardíaco  e  a  pressão  arterial  ao  normal. Quando  o  choque  é  leve,  a  compensação  por mecanismos  homeostáticos
evita danos graves. Em uma pessoa saudável, os mecanismos compensatórios podem manter o fluxo sanguíneo e a pressão
arterial  adequados mesmo  com  uma  perda  aguda  de  sangue  de  até  10%  do  volume  total.  A  Figura 21.16 mostra  vários
sistemas de feedback negativo que respondem ao choque hipovolêmico.
Ativação do sistema renina­angiotensina­aldosterona. A redução do fluxo sanguíneo para os rins faz com que estes
secretem  renina  e  inicia  o  sistema  renina­angiotensina­aldosterona  (ver  Figura  18.16).  Lembre­se  de  que  a
angiotensina II causa vasoconstrição e estimula o córtex da glândula suprarrenal a secretar aldosterona, hormônio que
aumenta a reabsorção de Na+ e água pelos rins. O aumento na resistência vascular sistêmica e no volume de sangue
ajuda a elevar a pressão arterial.
Secreção  do  hormônio  antidiurético.  Em  resposta  à  diminuição  na  pressão  arterial,  a  neuro­hipófise  libera  mais
hormônio antidiurético (HAD). O HAD aumenta a reabsorção de água pelos rins, que conserva o volume sanguíneo
restante. Também provoca vasoconstrição, o que aumenta a resistência vascular sistêmica. (Ver Figura 18.9.)
Ativação  da  parte  simpáticada  divisão  autônoma  do  sistema  nervoso.  Conforme  a  pressão  arterial  diminui,  os
barorreceptores  aórticos  e  caróticos  iniciam potentes  respostas  simpáticas por  todo o  corpo. Um dos  resultados  é  a
vasoconstrição  acentuada  das  arteríolas  e  veias  da  pele,  rins  e  outras  vísceras  abdominais.  (A  vasoconstrição  não
ocorre  no  encéfalo  nem  no  coração.)  A  vasoconstrição  das  arteríolas  aumenta  a  resistência  vascular  sistêmica,  e  a
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https://jigsaw.vitalsource.com/books/9788527728867/epub/OEBPS/Text/chapter18.html#ch18fig9
4.
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vasoconstrição das veias aumenta o retorno venoso. Ambos os efeitos ajudam a manter a pressão arterial adequada. A
estimulação  simpática  também  aumenta  a  frequência  e  contratilidade  cardíaca  e  eleva  a  secreção  de  epinefrina  e
norepinefrina pela medula da glândula suprarrenal. Esses hormônios  intensificam a vasoconstrição e  incrementam a
frequência e contratilidade cardíacas, que ajudam a aumentar a pressão arterial.
Liberação de vasodilatadores  locais. Em resposta à hipoxia, as células  liberam vasodilatadores –  incluindo K+, H+,
ácido  láctico,  adenosina  e  óxido  nítrico  –  que  dilatam  as  arteríolas  e  relaxam  os  esfíncteres  pré­capilares.  Essa
vasodilatação aumenta o fluxo sanguíneo local e pode restaurar o nível de O2 ao normal na parte do corpo. Contudo, a
vasodilatação  também  tem  o  efeito  potencialmente  nocivo  de  diminuir  a  resistência  vascular  sistêmica  e,  portanto,
reduzir a pressão arterial.
Se o volume de sangue cai mais do que 10 a 20%, ou se o coração não for capaz de elevar suficientemente a pressão
arterial, os mecanismos compensatórios podem falhar em manter o fluxo sanguíneo adequado para os tecidos. Neste ponto,
o choque torna­se potencialmente fatal, conforme as células danificadas começam a morrer.
Sinais e sintomas do choque
Mesmo que os sinais e sintomas do choque variem com a gravidade da condição, a maior parte pode ser prevista tendo em
vista  as  respostas  produzidas  pelos  sistemas  de  feedback  negativo  que  tentam  resolver  o  problema.  Entre  os  sinais  e
sintomas de choque estão:
Pressão arterial sistólica inferior a 90 mmHg
Frequência  cardíaca  de  repouso  elevada,  em  razão  da  estimulação  simpática  e  aumento  dos  níveis  sanguíneos  de
epinefrina e norepinefrina
Pulso fraco e rápido, em decorrência da redução no débito cardíaco e frequência cardíaca acelerada
Pele  fria, pálida e úmida,  em  razão da constrição  simpática dos vasos  sanguíneos da pele  e  estimulação  simpática da
transpiração
Estado mental alterado, em decorrência da redução no suprimento de oxigênio ao encéfalo
Figura 21.16 Sistemas de feedback negativo que podem restaurar a pressão sanguínea normal durante o choque hipovolêmico.
Os mecanismos homeostáticos podem compensar uma perda aguda de sangue de até 10% do volume sanguíneo
total.
•
•
•
•
21.
22.
Uma pressão arterial quase normal em uma pessoa que perdeu sangue indica que os tecidos do paciente
estão recebendo perfusão (fluxo sanguíneo) adequada?
Formação de urina reduzida, em decorrência do aumento nos níveis de aldosterona e hormônio antidiurético (HAD)
A pessoa refere sede, em razão da perda de líquido extracelular
O pH do sangue é baixo (acidose), em decorrência do acúmulo de ácido láctico
A pessoa pode  ter náuseas,  por  causa do  fluxo  sanguíneo prejudicado para os órgãos digestórios pela vasoconstrição
simpática.
 TESTE RÁPIDO
Quais  sintomas  do  choque  hipovolêmico  se  relacionam  com  a  perda  de  líquido  corporal  atual,  e  quais  se
relacionam com os sistemas de feedback negativo que tentam manter a pressão arterial e o fluxo sanguíneo?
Descreva os tipos de choque e as suas causas e como uma pessoa em choque hipovolêmico deve ser tratada.
21.7
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•
•
Vias circulatórias
 OBJETIVO
Comparar as principais vias utilizadas pelo sangue para chegar às diversas regiões do corpo.
As artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias são organizadas em vias circulatórias que fornecem o sangue pelo corpo
todo. Agora que você conhece as estruturas de cada um desses tipos de vasos, pode analisar as rotas básicas utilizadas pelo
sangue conforme ele é transportado ao corpo todo.
A Figura 21.17 mostra as vias circulatórias para o fluxo sanguíneo. As vias são paralelas; isto é, na maioria dos casos,
uma  parte  do  débito  cardíaco  flui  separadamente  para  cada  um  dos  tecidos  do  corpo.  Assim,  cada  órgão  recebe  o  seu
próprio  suprimento  de  sangue  recém­oxigenado.  As  duas  vias  pós­natais  (após  o  nascimento)  básicas  para  o  fluxo
sanguíneo são a circulação sistêmica e a circulação pulmonar. A circulação sistêmica  inclui  todas as artérias e arteríolas
que  transportam  o  sangue  oxigenado  do  ventrículo  esquerdo  para  os  capilares  sistêmicos,  além  das  veias  e  vênulas  que
retornam  o  sangue  venoso  para  o  átrio  direito  após  fluir  pelos  órgãos  do  corpo. O  sangue  que  sai  da  aorta  e  flui  pelas
artérias  sistêmicas  tem  uma  cor  vermelho  vivo. Conforme  ele  passa  pelos  capilares,  perde  um  pouco  de  seu  oxigênio  e
pega o dióxido de carbono, de modo que o sangue nas veias sistêmicas é vermelho­escuro.
Algumas das subdivisões da circulação sistêmica incluem a circulação coronariana (cardíaca) (ver Figura 20.8), que
irriga  o miocárdio  do  coração;  a circulação encefálica,  que  irriga  o  encéfalo  (ver  Figura 21.19C);  e  a  circulação  porta
hepática,  que  vai  do  sistema  digestório  até  o  fígado  (ver  Figura  21.28).  As  artérias  que  nutrem  os  pulmões,  como  os
ramos bronquiais, também fazem parte da circulação sistêmica.
Quando o  sangue  retorna  ao  coração  pela  via  sistêmica,  é  bombeado para  fora  do  ventrículo  direito  pela circulação
pulmonar aos pulmões (ver Figura 21.29). Nos capilares dos alvéolos pulmonares, o sangue perde parte do seu dióxido de
carbono e carrega oxigênio. Vermelho brilhante de novo, ele  retorna ao átrio esquerdo do coração e  reentra na circulação
sistêmica, quando é bombeado para fora pelo ventrículo esquerdo.
Outra  importante  via  –  a  circulação  fetal  –  só  existe  no  feto  e  contém  estruturas  especiais  que  possibilitam  o
desenvolvimento do feto para a troca de substâncias com sua mãe (ver Figura 21.30).
Circulação sistêmica
A circulação sistêmica  transporta oxigênio e nutrientes para os  tecidos do corpo e remove o dióxido de carbono e outras
escórias metabólicas  e  o  calor  dos  tecidos.  Todas  as  artérias  sistêmicas  se  ramificam  da  aorta.  O  sangue  desoxigenado
retorna ao coração pelas veias sistêmicas. Todas as veias da circulação sistêmica drenam para a veia cava superior, veia
cava inferior ou o seio coronário, que por sua vez drenam no átrio direito.
As principais artérias e veias da circulação sistêmica são descritas e ilustradas nas Expos 21.A a 21.L e Figuras 21.18
a  21.27,  para  ajudá­lo  a  aprender  seus  nomes.  Os  vasos  sanguíneos  são  organizados  em  exposições  de  acordo  com  as
regiões do corpo. A Figura 21.18A mostra uma visão geral das principais artérias, e a Figura 21.23 mostra uma visão geral
das  principais  veias.  Ao  estudar  os  diversos  vasos  sanguíneos  nas  exposições,  consulte  estas  duas  figuras  para  ver  as
relações entre os vasos sanguíneos em análise e outras regiões do corpo.
Cada uma das exposições contém as seguintes informações:
Visão geral. Fornece uma orientação geral aos vasos sanguíneos em análise, com ênfase em como os vasos sanguíneos
estão organizados nas várias regiões, bem como características distintivas e/ou interessantes dos vasos sanguíneos
Nomes dos vasos sanguíneos. Os estudantes muitas vezes têm dificuldade com os significados dos nomes dos vasos
sanguíneos.
Região  irrigada ou drenada. Para cada artéria mencionada, existe uma descrição das partes do corpo que recebemo
sangue do vaso. Para cada veia mencionada, existe uma descrição das partes do corpo que são drenadas pelo vaso
Ilustrações  e  fotografias.  As  figuras  que  acompanham  as  exposições  contêm  vários  elementos.  Muitas  incluem
ilustrações dos vasos sanguíneos em análise e fluxogramas para indicar os padrões de distribuição ou de drenagem do
sangue. Fotografias de cadáveres também estão incluídas em exposições específicas, para proporcionar uma visão mais
realista dos vasos sanguíneos.
Figura 21.17 Vias circulatórias. As setas pretas longas indicam a circulação sistêmica (detalhada nas Expos 21.C a 21.L), as setas
curtas azuis indicam a circulação pulmonar (detalhada na Figura 21.29), e as setas vermelhas indicam a circulação porta hepática
(detalhada na Figura 21.28). Consulte a Figura 20.8 para obter detalhes sobre a circulação coronariana e a Figura 21.30 para mais
informações sobre a circulação fetal.
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https://jigsaw.vitalsource.com/books/9788527728867/epub/OEBPS/Text/chapter20.html#ch20fig8
Os vasos sanguíneos são organizados em diversas vias, que transportam o sangue aos tecidos do corpo.
Quais são as duas principais vias de circulação?
EXPO 21.A A aorta e seus ramos (Figura 21.18)
•
•
23.
 OBJETIVOS
Identificar as quatro principais divisões da aorta
Localizar os principais ramos arteriais que emergem de cada divisão.
A aorta é a maior artéria do corpo, com um diâmetro de 2 a 3 cm. Suas quatro divisões principais são a parte ascendente
da aorta, o arco da aorta, a parte torácica da aorta e a parte abdominal da aorta (Figura 21.18). A parte da aorta que emerge
do ventrículo esquerdo posterior ao  tronco pulmonar é a parte ascendente da aorta  (ver Expo 21.B). O  início  da  aorta
contém a valva da aorta (ver Figura 20.4A). A parte ascendente da aorta origina duas artérias coronárias que  irrigam o
miocárdio do coração. Em seguida,  a parte ascendente da aorta  se curva para a esquerda  formando o arco da aorta  (ver
Expo 21.C), que desce e termina no nível do disco intervertebral entre as vértebras T IV e T V. Conforme a aorta continua
descendo,  aproxima­se  dos  corpos  vertebrais  e  é  chamada  parte  torácica  da  aorta  (ver  Expo  21.D).  Quando  a  parte
torácica da aorta alcança a parte inferior do tórax, passe pelo hiato aórtico do diafragma para se tornar a parte abdominal
da aorta  (ver Expo 21.E). A parte abdominal da aorta desce ao nível da vértebra L IV, onde se divide em duas artérias
ilíacas comuns  (ver Expo 21.F),  que  levam o  sangue para  a  pelve  e  para  os membros  inferiores. Cada divisão da  aorta
emite  artérias  que  se  ramificam  em  artérias  distributivas  que  levam o  sangue  a  vários  órgãos. Nos  órgãos,  as  artérias  e
arteríolas  então  se  dividem  em  vasos  capilares  que  irrigam  os  tecidos  sistêmicos  (todos  os  tecidos,  exceto  os  alvéolos
pulmonares).
 TESTE RÁPIDO
Quais regiões gerais cada uma das quatro principais divisões da aorta irriga?
DIVISÃO E RAMOS REGIÃO IRRIGADA
PARTE ASCENDENTE DA AORTA  
Artérias coronárias direita e esquerda Coração.
ARCO DA AORTA  
Tronco braquiocefálico  
Artéria carótida comum direita Lado direito da cabeça e pescoço.
Artéria subclávia direita Membro superior direito.
Artéria carótida comum esquerda Lado esquerdo da cabeça e pescoço.
Artéria subclávia esquerda Membro superior esquerdo.
PARTE TORÁCICA DA AORTA  
Ramos pericárdicos Pericárdio.
Ramos bronquiais Brônquios dos pulmões.
Ramos esofágicos Esôfago.
Ramos mediastinais Estruturas no mediastino.
Artérias intercostais posteriores Músculos intercostais e torácicos.
Artérias subcostais Músculos abdominais superiores.
Artérias frênicas superiores Faces superior e posterior do diafragma.
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PARTE ABDOMINAL DA AORTA  
Artérias frênicas inferiores Face inferior do diafragma.
Artérias lombares Músculos abdominais.
Tronco celíaco  
Artéria hepática comum Fígado, estômago, duodeno e pâncreas.
Artéria gástrica esquerda Estômago e esôfago.
Artéria esplênica Baço, pâncreas e estômago.
Artéria mesentérica superior Intestino delgado, ceco, colos ascendente e transverso, e pâncreas.
Artérias suprarrenais Glândulas suprarrenais.
Artérias renais Rins.
Artérias gonadais  
Artérias testiculares Testículos (masculino).
Artérias ováricas Ovários (feminino).
Artéria mesentérica inferior Colos transverso, descendente e sigmoide; reto.
Artérias ilíacas comuns Membros inferiores.
Artérias ilíacas externas Útero (feminino), próstata (masculino), músculos das nádegas e bexiga urinária.
Artérias ilíacas internas  
Figura 21.18 Aorta e seus principais ramos.
Todas as artérias sistêmicas se ramificam da aorta.
•
Quais são as quatro subdivisões da aorta?
EXPO 21.B Parte ascendente da aorta
 OBJETIVO
Identificar os dois principais ramos arteriais da parte ascendente da aorta.
A parte ascendente da aorta tem cerca de 5 cm de comprimento e começa na valva da aorta (ver Figura 20.8). É dirigida
superiormente,  discretamente  anterior  e  para  a  direita.  Termina  no  nível  do  ângulo  do  esterno,  onde  se  torna  o  arco  da
aorta. O início da parte ascendente da aorta é posterior ao  tronco pulmonar e aurícula direita; a artéria pulmonar direita é
posterior a ele. Na sua origem, a parte ascendente da aorta contém três dilatações chamadas seios da aorta. Dois destes, os
seios direito e esquerdo, dão origem às artérias coronárias direita e esquerda, respectivamente.
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24.
•
As artérias  coronárias  direita  e  esquerda  emergem  da  parte  ascendente  da  aorta,  discretamente  acima  da  valva  da
aorta (ver Figura 20.8). Elas formam um anel em forma de coroa em torno do coração, emitindo ramos para o miocárdio
atrial e ventricular. O ramo interventricular posterior da artéria coronária direita  irriga ambos os ventrículos, e o ramo
marginal  irriga  o  ventrículo  direito.  O  ramo  interventricular  anterior  da  artéria  coronária  esquerda  irriga  ambos  os
ventrículos, e o ramo circunflexo irriga o átrio e o ventrículo esquerdos.
 TESTE RÁPIDO
Quais  ramos  das  artérias  coronárias  irrigam  o  ventrículo  esquerdo?  Por  que  o  ventrículo  esquerdo  tem  este
extenso suprimento de sangue arterial?
EXPO 21.C O arco da aorta (Figura 21.19)
 OBJETIVO
Identificar as três principais artérias que se ramificam a partir do arco da aorta.
O arco  da  aorta  tem  4  a  5  cm  de  comprimento  e  é  a  continuação  da  parte  ascendente  da  aorta.  Emerge  do  pericárdio
posterior ao esterno, no nível do ângulo do esterno (Figura 21.19). O arco da aorta dirige­se superior e posteriormente para
a  esquerda  e  então  inferiormente;  termina  no  disco  intervertebral  entre  as  vértebras  T  IV  e  T  V,  onde  se  torna  a  parte
torácica da aorta. Três artérias principais se ramificam a partir da face superior do arco da aorta: o tronco braquiocefálico, a
artéria  carótida  comum  esquerda  e  a  artéria  subclávia  esquerda.  O  primeiro  e  maior  ramo  do  arco  da  aorta  é  o  tronco
braquiocefálico.  Estende­se  superiormente,  curvando­se  discretamente  para  a  direita  e  se  divide  na  altura  da  articulação
esternoclavicular  direita  para  formar  as  artérias  subclávia  direita  e  carótida  comum  direita. O  segundo  ramo  do  arco  da
aorta é a artéria carótida comum esquerda,  que  se divide em  ramos com os mesmos nomes que os da artéria  carótida
https://jigsaw.vitalsource.com/books/9788527728867/epub/OEBPS/Text/chapter20.html#ch20fig8
25.
comum  direita.  O  terceiro  ramo  do  arco  da  aorta  é  a  artéria  subclávia  esquerda,  que  distribui  sangue  para  a  artéria
vertebral  esquerda  e  vasos  do  membro  superior  esquerdo.  As  artérias  que  se  ramificam  a  partir  da  artéria  subclávia
esquerda sãosemelhantes em distribuição e nome àquelas que se ramificam da artéria subclávia direita.
 TESTE RÁPIDO
Quais regiões gerais as artérias que emergem do arco da aorta irrigam?
RAMO DESCRIÇÃO E RAMOS REGIÕES IRRIGADAS
Tronco braquiocefálico Primeiro ramo do arco da aorta; se divide para formar as artérias subclávia
direita e carótida comum direita (Figura 21.19A).
Cabeça, pescoço, membros superiores e
parede torácica.
Artéria subclávia
direita*
Estende-se do tronco braquiocefálico até a margem inferior da primeira costela;
dá origem a diversas rami cações na base do pescoço.
Encéfalo, medula espinal, pescoço, ombro,
músculos parede torácica e músculos
escapulares.
Artéria torácica interna Emerge da primeira parte da artéria subclávia e desce posteriormente às
cartilagens costais das seis costelas superiores, imediatamente lateral ao
esterno; termina no sexto espaço intercostal bifurcando-se (rami cando-se em
duas artérias) e enviando ramos para os espaços intercostais.
Parede torácica anterior.
Comentário clínico: Na cirurgia de revascularização miocárdica, se
apenas um único vaso estiver obstruído, a artéria torácica interna (geralmente a
esquerda) é usada para criar o desvio. A extremidade superior da artéria é
deixada ligada à artéria subclávia e a extremidade seccionada é conectada à
artéria coronária em um ponto distal ao bloqueio. A extremidade inferior da A.
torácica interna é amarrada. Os enxertos arteriais são preferidos em detrimento
dos enxertos venosos, porque as artérias conseguem resistir a uma pressão
maior do sangue uindo pelas artérias coronárias e são menos suscetíveis à
obstrução ao longo do tempo.
 
Artéria vertebral Ramo principal da artéria subclávia direita para o encéfalo antes de a mesma
penetrar na axila (Figura 21.19b); ascende pelo pescoço, atravessa o forame
transverso das vértebras cervicais, e entra no crânio através do forame magno
para alcançar a face inferior do encéfalo. Une-se à artéria vertebral esquerda
para formar a artéria basilar. A artéria basilar passa ao longo da linha mediana
da face anterior do tronco encefálico e emite vários ramos (artérias cerebral
posterior e cerebelar).
Parte posterior do encéfalo, do cerebelo, da
ponte e da orelha interna.
Artéria axilar* Continuação da A. subclávia direita na axila; começa no ponto em que a artéria
subclávia passa a margem inferior da primeira costela e termina quando cruza a
margem distal do músculo redondo maior; dá origem a diversos ramos na axila.
Músculos do tórax, do ombro e do cíngulo dos
membros superiores, e úmero.
Artéria braquial* Continuação da A. axilar no braço; começa na margem distal do músculo
redondo maior e termina bifurcando-se em Aa. radial e ulnar discretamente
distal à curva do cotovelo; super cial e palpável ao longo do aspecto medial do
braço. À medida que desce em direção ao cotovelo, curva-se lateralmente e
passa pela fossa cubital, uma depressão triangular na região cubital anterior,
onde é possível palpar facilmente o pulso da artéria braquial e ouvir vários sons
ao mensurar a pressão arterial de uma pessoa.
Músculos do braço, úmero e articulação do
cotovelo.
Comentário clínico: A pressão arterial geralmente é aferida na artéria
braquial. A m de controlar a hemorragia, o melhor local para comprimir a
artéria braquial é próximo do meio do braço, onde ela é super cial e facilmente
pressionada contra o úmero.
 
Artéria radial Menor ramo da bifurcação braquial; continuação direta da A. braquial. Passa ao
longo da face lateral (radial) do antebraço e entra no punho onde se bifurca em
ramos super cial e profundo, que se anastomosam com ramos correspondentes
da artéria ulnar para formar os arcos palmares de mão. Faz contato com a
extremidade distal do rádio no punho, onde é recoberta apenas por fáscia e
pele.
Comentário clínico: Por causa da sua localização super cial neste ponto, é um
local comum para a medição do pulso radial.
Principal fonte de sangue para os músculos
do compartimento posterior do antebraço.
Artéria ulnar Maior ramo da A. braquial, passa ao longo da face medial (ulnar) do antebraço
e, em seguida, no punho, onde se rami ca em ramos super ciais e profundos
que entram na mão. Estes ramos se anastomosam com ramos correspondentes
da artéria radial para formar os arcos palmares da mão.
Principal fonte de sangue para os músculos
do compartimento anterior do antebraço.
Arco palmar super cial Formado principalmente pelo ramo super cial da artéria ulnar, com
contribuição do ramo super cial da artéria radial; encontra-se super cial aos
tendões do M. exor longo dos dedos e se estende pela palma nas bases dos
ossos metacarpais; dá origem às Aa. digitais palmares comuns, que se dividem
em Aa. digitais palmares próprias.
Músculos, ossos, articulações e pele da palma
das mãos e dedos.
Arco palmar profundo Emerge principalmente do ramo profundo da A. radial, mas recebe contribuição
do ramo profundo da artéria ulnar; encontra-se profundamente aos tendões do
M. exor longo dos dedos e se estende pela palma imediatamente distal à base
dos ossos metacarpais; dá origem às Aa. metacarpais palmares, que se
anastomosam com as artérias digitais palmares comuns do arco super cial.
Músculos, ossos e articulações da palma da
mão e dedos.
Artéria carótida comum
direita
Começa na bifurcação do tronco braquiocefálico, posterior à articulação
esternoclavicular direita; passa superiormente no pescoço para irrigar estruturas
na cabeça (Figura 21.19C); divide-se em artérias carótidas interna direita e
externa direita na margem superior da laringe (pregas vocais).
Comentário clínico: O pulso pode ser palpado na artéria carótida comum,
imediatamente lateral à laringe. É conveniente para detectar o pulso carótico ao
exercitar-se ou administrar reanimação cardiopulmonar.
Cabeça e pescoço.
Artéria carótida externa Começa na margem superior da laringe e termina perto da articulação
temporomandibular da glândula parótida, onde se divide em dois ramos:
artérias temporal super cial e maxilar.
Comentário clínico: O pulso carótico pode ser palpado na artéria carótida
externa ligeiramente anterior ao músculo esternocleidomastóideo, na margem
superior da laringe.
Principal fonte de sangue de todas as
estruturas da cabeça, exceto o encéfalo. Irriga
a pele, os tecidos conjuntivos, os músculos, os
ossos, as articulações, a dura-máter e a
aracnoide-máter na cabeça, e grande parte
da anatomia do pescoço.
Artéria carótida interna Emerge da artéria carótida comum; entra na cavidade craniana através do canal
carótico no temporal e emerge na cavidade craniana próximo da base da fossa
hipo sial do esfenoide; dá origem a diversos ramos no interior da cavidade
craniana e termina como artéria cerebral anterior. A artéria cerebral anterior
passa para a frente em direção ao lobo frontal do cérebro e a artéria cerebral
média passa lateralmente entre os lobos temporal e parietal do cérebro. No
interior do crânio (Figura 21.19c), anastomosa-se com as artérias carótidas
interna direita e interna esquerda, via artéria comunicante anterior, entre duas
artérias cerebrais anteriores; juntamente com anastomoses entre as artérias
carótida e basilar interna, formam um arranjo de vasos sanguíneos na base do
encéfalo chamado círculo arterial do cérebro (Figura 21.19c). Ocorre uma
anastomose entre as artérias carótida interna e basilar no ponto em que as
Estruturas do globo ocular e outras estruturas
orbitais, orelha e partes do nariz e cavidade
nasal. Lobos frontal, temporal e parietal do
cérebro do encéfalo, hipó se e pia-máter.
artérias comunicantes posteriores que emergem da artéria carótida interna
anastomosam-se com as artérias cerebrais posteriores da artéria basilar, ligando
a irrigação sanguínea da artéria carótida interna com a irrigação sanguínea da
artéria vertebral. O círculo arterial do cérebro equaliza a pressão arterial para o
encéfalo e oferece vias alternativas para o uxo sanguíneo no encéfalo em caso
de danos nas artérias.
Artéria carótida comum
esquerda
Emerge como o segundo ramo doarco da aorta e ascende pelo mediastino para
entrar no pescoço profundamente à clavícula, então segue caminho semelhante
ao da artéria carótida comum direita.
Distribuição semelhante à da artéria carótida
comum direita.
Artéria subclávia
esquerda
Emerge como o terceiro e último ramo do arco da aorta; passa superior e lateral
pelo mediastino e profundamente à clavícula na base do pescoço em seu
percurso em direção ao membro superior; tem curso semelhante ao da artéria
subclávia direita depois de deixar o mediastino.
Distribuição semelhante à da artéria
subclávia direita.
* Este é um exemplo da prática de dar nomes diferentes a um mesmo vaso conforme ele passa por regiões distintas. Veja
as artérias axilar e braquial.
Figura 21.19 Arco da aorta e seus ramos. Observe (C) as artérias que constituem o círculo arterial do cérebro.
O arco da aorta termina no nível do disco intervertebral entre a quarta e quinta vértebras torácicas.
•
26.
Quais são os três principais ramos do arco da aorta, por ordem de origem?
EXPO 21.D Parte torácica da aorta (Figura 21.20)
 OBJETIVO
Identificar os ramos viscerais e parietais da parte torácica da aorta.
A parte torácica da aorta mede cerca de 20 cm de comprimento e é uma continuação do arco da aorta (Figura 21.20). Ela
começa no nível do disco intervertebral entre as vértebras T IV e T V, onde se encontra à esquerda da coluna vertebral. À
medida que desce, se move para mais perto da linha central e atravessa uma abertura no diafragma (hiato aórtico), que está
localizada anteriormente à coluna vertebral no nível do disco intervertebral entre T XIII e L I.
Ao longo de seu curso, a parte torácica da aorta emite diversas pequenas artérias, ramos viscerais para as vísceras e
ramos parietais para as estruturas da parede de corpo.
 TESTE RÁPIDO
Que regiões gerais os ramos viscerais e parietais da parte torácica da aorta irrigam?
RAMO DESCRIÇÃO E RAMOS REGIÕES IRRIGADAS
RAMOS VISCERAIS    
Ramos pericárdicos Duas a três pequenas artérias que emergem de níveis variáveis da parte torácica
da aorta e avançam para o saco pericárdico que envolve o coração.
Tecidos do saco pericárdico.
Ramos bronquiais Emerge da parte torácica da aorta ou de um de seus ramos. O ramo brônquico Irriga tecidos da árvore brônquica e tecido
direito geralmente emerge do terço posterior da artéria intercostal; os dois
ramos bronquiais esquerdos se originam da extremidade superior da parte
torácica da aorta. Todos seguem a árvore brônquica até os pulmões.
pulmonar circundante até o nível dos ductos
alveolares.
Ramos esofágicos Quatro a cinco ramos arteriais que emergem da face anterior da parte torácica
da aorta e avançam para se rami car para o esôfago.
Todos os tecidos do esôfago.
Ramos mediastinais Emergem de vários pontos da parte torácica da aorta. Tecidos variados no mediastino,
principalmente o tecido conjuntivo e os
linfonodos.
Ramos parietais Artérias
intercostais posteriores
Tipicamente, nove pares de artérias que emergem da face posterolateral de
cada lado da parte torácica da aorta. Cada uma passa lateralmente e então
anteriormente através do espaço intercostal, onde acabam se anastomosando
com ramos anteriores das artérias torácicas internas.
Pele, músculos e costelas da parede torácica.
Vértebras torácicas, meninges e medula
espinal. Glândulas mamárias.
Artérias subcostais Ramos segmentares mais inferiores da parte torácica da aorta; uma de cada
lado, passam para a parede torácica inferiormente à costela XII e avançam para a
região superior do abdome da parede do corpo.
Pele, músculos e costelas da parede torácica.
Vértebra T XII, meninges e medula espinal.
Artérias frênicas
superiores
Emergem da extremidade inferior da parte torácica da aorta e passam sobre a
face superior do diafragma.
Músculo diafragma e pleura que recobre o
diafragma.
Figura 21.20 Partes torácica e abdominal da aorta e seus ramos principais.
A parte torácica da aorta é a continuação da parte ascendente da aorta.
•
Onde começa a parte torácica da aorta?
EXPO 21.E Parte abdominal da aorta (Figura 21.21)
 OBJETIVO
Identificar os ramos viscerais e parietais da parte abdominal da aorta.
A parte  abdominal  da  aorta  é  a  continuação  da  parte  torácica  da  aorta  após  ela  passar  através  do  diafragma  (Figura
21.21). Começa no hiato aórtico do diafragma e  termina aproximadamente no nível da vértebra L  IV, onde  se divide  em
artérias ilíaca comum direita e ilíaca comum esquerda. A parte abdominal da aorta encontra­se anterior à coluna vertebral.
1.
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4.
RAMO DESCRIÇÃO E RAMOS REGIÕES IRRIGADAS
RAMOS VISCERAIS NÃO PAREADOS
Tronco
celíaco
Primeiro ramo visceral da aorta inferior ao diafragma; emerge da parte abdominal da aorta no
nível da vértebra T XII quando a aorta passa através do hiato no diafragma; divide-se em três
ramos: artérias gástrica esquerda, esplênica e hepática comum (Figura 21.21A).
Irriga todos os órgãos do sistema digestório
que se originam do intestino anterior
embrionário, ou seja, da parte abdominal do
esôfago ao duodeno, e também o baço.
  Artéria gástrica esquerda. O menor dos três ramos do tronco celíaco emerge superiormente
para a esquerda em direção ao esôfago e, em seguida, curva-se para acompanhar a
curvatura menor do estômago. Na curvatura menor do estômago, anastomosa-se com a
artéria gástrica direita.
Parte abdominal do esôfago, curvatura
menor do estômago, e omento menor.
  Artéria esplênica. O maior ramo do tronco celíaco emerge do lado esquerdo do tronco
celíaco distal à artéria gástrica esquerda, e passa horizontalmente para a esquerda ao
longo de pâncreas. Antes de alcançar o baço, dá origem a:
Baço, pâncreas, fundo gástrico e curvatura
maior do estômago, e omento maior.
  Ramos pancreáticos, uma série de pequenas artérias que emergem do baço e descem
para o tecido pancreático
Pâncreas.
  Artéria gastromental esquerda, que emerge da extremidade terminal da artéria
esplênica e passa da esquerda para a direita ao longo da curvatura maior do estômago
Curvatura maior do estômago e omento
maior.
  Artérias gástricas curtas, que emergem da extremidade terminal da artéria
esplênica e passam para o fundo gástrico.
Fundo gástrico.
  Artéria hepática comum. De tamanho intermediário entre as artérias gástrica esquerda e
esplênica; emerge do lado direito do tronco celíaco e dá origem a três artérias:
Fígado, vesícula biliar, omento menor,
estômago, pâncreas e duodeno.
  Artéria hepática própria, que se rami ca da artéria hepática comum e ascende ao
longo dos ductos biliares até o fígado e vesícula biliar
Fígado, vesícula biliar e omento menor.
  Artéria gástrica direita, que emerge da artéria hepática comum e se curva de volta para
a esquerda ao longo da curvatura menor do estômago, onde se anastomosa com a
artéria gástrica esquerda
Curvatura menor do estômago e omento
menor.
  Artéria gastroduodenal, que passa inferiormente em direção ao estômago e
duodeno e envia ramos ao longo da curvatura maior do estômago.
Curvatura menor do estômago, duodeno e
pâncreas.
Artéria
mesentérica
superior
Emerge da face anterior da parte abdominal da aorta, aproximadamente 1 cm inferior ao tronco
celíaco, no nível da vértebra L I (Figura 21.21b); estende-se inferior e anteriormente entre as
camadas de mesentério (porção de peritônio que se insere do intestino delgado à parede
posterior do abdome). Anastomosa-se extensivamente e tem cinco ramos:
Irriga todos os órgãos do sistema digestório
que se originam do intestino anterior
embrionário, ou seja, do duodeno ao colo
transverso.
  Artéria pancreaticoduodenal inferior passa superiormente e para a direita em direção
à cabeça do pâncreas e duodeno.
Pâncreas e duodeno.
  Artérias jejunais e ileais, que se espalham pelo mesentério e então dão voltas no jejuno e
íleo (intestino delgado).
Jejuno e íleo, que constituem a maior parte
do intestino delgado.
  Artéria ileocólica, que passa inferiormente e lateralmente em direção ao lado direito,
rumo à parteterminal do íleo, ceco, apêndice vermiforme e primeira parte do colo
ascendente.
Parte terminal do íleo, ceco, apêndice e
primeira parte do colo ascendente.
  Artéria cólica direita, que passa lateralmente à direita em direção ao colo ascendente. Colo ascendente e primeira parte do colo
5.
1.
2.
3.
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transverso.
  Artéria cólica média, que sobe discretamente à direita em direção ao colo transverso. Maior parte do colo transverso.
Artéria
mesentérica
inferior
Emerge da face anterior da parte abdominal da aorta no nível da vértebra L III e, em seguida,
passa inferiormente à esquerda da aorta (Figura 21.21C). Apresenta numerosas anastomoses e
tem três ramos:
Irriga todos os órgãos do sistema digestório
que se originam do intestino anterior
embrionário, do colo transverso ao reto.
  Artéria cólica esquerda, que sobe lateralmente à esquerda em direção à extremidade distal
do colo transverso e colo descendente.
Extremidade do colo transverso e colo
descendente.
  Artérias sigmóideas, que descem lateralmente à esquerda em direção ao colo sigmoide. Colo sigmoide.
  Artéria retal superior, que passa inferiormente à parte superior do reto. Parte superior do reto.
Tal  como  com  a  parte  torácica  da  aorta,  a  parte  abdominal  da  aorta  emite  ramos  viscerais  e parietais.  Os  ramos
viscerais não pareados emergem da face anterior da aorta e incluem o tronco celíaco e as artérias mesentérica superior e
mesentérica inferior (ver Figura 21.20).
Os ramos viscerais pareados emergem das faces laterais da aorta e incluem as artérias suprarrenal, renal e testicular
(ou ovárica). O ramo parietal não pareado solitário é a artéria sacral mediana. Os ramos parietais pareados emergem das
faces posterolaterais da aorta e incluem as artérias frênica inferior e lombar.
 TESTE RÁPIDO
Nomeie  os  ramos  viscerais  e  parietais  pareados  e  os  ramos  viscerais  e  parietais  não  pareados  da  parte
abdominal da aorta, e indique as regiões gerais que eles irrigam.
RAMO DESCRIÇÃO E RAMOS REGIÕES IRRIGADAS
RAMOS VISCERAIS PAREADOS
Artérias suprarrenais Tipicamente há três pares (superior, médio e inferior), mas apenas o par médio se origina
diretamente da parte abdominal da aorta (ver Figura 21.20). As artérias suprarrenais médias
emergem da parte abdominal da aorta no nível da vértebra L I, no mesmo nível ou acima das
artérias renais. As artérias suprarrenais superiores emergem das artérias frênicas inferiores,
e as artérias suprarrenais inferiores se originam da artéria renal.
Glândulas suprarrenais.
Artérias renais As artérias renais direita e esquerda normalmente emergem das faces laterais da parte
abdominal da aorta na margem superior da vértebra L II, cerca de 1 cm inferior à artéria
mesentérica superior (ver Figura 21.20). A artéria renal direita, que é mais longa do que a
esquerda, emerge discretamente inferior à esquerda, e passa posteriormente à veia renal direita
e à veia cava inferior. A artéria renal esquerda é posterior à veia renal esquerda e é cruzada pela
veia mesentérica inferior.
Todos os tecidos dos rins.
Artéria testicular ou
ovárica
Emerge da face anterior da parte abdominal da aorta ao nível da vértebra L II, um pouco inferior
às artérias renais (ver Figura 21.20). Nos homens, é encontrada a artéria testicular. Ela desce
ao longo da parede posterior do abdome, atravessa o canal inguinal e desce até o escroto. Nas
mulheres, é encontrada a artéria ovárica. Ela é muito mais curta do que a artéria testicular e
permanece na cavidade abdominal.
Homens: testículo,
epidídimo, ducto deferente e
ureteres.
Mulheres: ovários, tubas
uterinas e ureteres.
RAMO PARIETAL NÃO PAREADO
Artéria sacral mediana Emerge da face posterior da parte abdominal da aorta, cerca de 1 cm superior à bifurcação da
aorta nas artérias ilíacas comuns direita e esquerda (ver Figura 21.20).
Sacro, cóccix, nervos espinais
sacrais e músculo piriforme.
RAMO PARIETAL PAREADO
Artérias frênicas
inferiores
Primeiros ramos pareados da parte abdominal da aorta; emergem imediatamente superiores à
origem do tronco celíaco (ver Figura 21.20). (Podem também emergir das artérias renais.)
Diafragma e glândulas
suprarrenais.
Artérias lombares Quatro pares emergem da face posterolateral da parte abdominal da aorta, de modo semelhante
às artérias intercostais posteriores do tórax (ver Figura 21.20); passam lateralmente à parede
muscular do abdome e curvam-se em direção a face anterior da parede.
Vértebras lombares, medula
espinal e meninges, pele e
músculos das partes
posterior e lateral da parede
abdominal.
Figura 21.21 Parte abdominal da aorta e seus ramos principais.
A parte abdominal da aorta é a continuação da parte torácica da aorta.
Onde começa a parte abdominal da aorta?
Artérias da pelve e dos membros inferiores (Figura
•
28.
EXPO 21.F 21.22)
 OBJETIVO
Identificar os dois ramos principais da artéria ilíaca comum.
A  parte  abdominal  da  aorta  termina  dividindo­se  nas  artérias  ilíaca  comum  esquerda  (Figura  21.22)  e  ilíaca  comum
direita. Estas, por sua vez, se dividem nas artérias ilíaca interna e ilíaca externa. Na sequência, a ilíaca externa se torna a
artéria femoral na coxa, a artéria poplítea posterior ao joelho e as artérias tibiais anterior e posterior nas pernas.
 TESTE RÁPIDO
Quais regiões gerais as artérias ilíacas interna e externa irrigam?
RAMO DESCRIÇÃO E RAMOS REGIÕES IRRIGADAS
Artérias ilíacas
comuns
Emergem da parte abdominal da aorta, aproximadamente no nível da vértebra L IV. Cada
artéria ilíaca comum avança no sentido inferior e discretamente lateral por cerca de 5 cm e
dá origem a dois ramos: as artérias ilíaca interna e ilíaca externa.
Músculos da parede pélvica, órgãos pélvicos,
órgãos genitais externos e membros
inferiores.
Artérias
ilíacas
internas
Principais artérias da pelve. Começam na bifurcação das artérias ilíacas comuns
anteriormente à articulação sacroilíaca, no nível do disco intervertebral lombossacral.
Passam posteriormente conforme descem para a pelve e se dividem em divisões anterior e
posterior.
Músculos da parede pélvica, órgãos pélvicos,
nádegas, órgãos genitais externos e
músculos mediais da coxa.
Artérias
ilíacas
externas
Maiores do que as artérias ilíacas internas. Começam na bifurcação das artérias ilíacas
comuns. Descem ao longo da margem medial do músculo psoas maior seguindo a margem
pélvica, passam posteriormente à parte média dos ligamentos inguinais e tornam-se
artérias femorais quando passam sob o ligamento inguinal e entram na coxa.
Parede inferior do abdome, músculo
cremaster no homem e ligamento redondo
do útero na mulher, e membro inferior.
Artérias
femorais
Continuações das artérias ilíacas externas no ponto em que elas entram na coxa. No trígono
femoral da parte superior das coxas são super ciais, juntamente com a veia e o nervo
femorais e os linfonodos inguinais profundos (ver Figura 11.20a). Passam sob o músculo
sartório à medida que descem ao longo das faces anteromediais da coxa e seguem em
direção à extremidade distal da coxa, onde atravessam uma abertura no tendão do músculo
adutor magno para terminar na face posterior do joelho, onde se tornam as artérias
poplíteas.
Músculos da coxa (quadríceps femoral,
adutores e isquiotibiais), fêmur e
ligamentos e tendões em torno da
articulação do joelho.
Comentário clínico: No cateterismo cardíaco, insere-se um cateter através de um vaso
sanguíneo, que é avançado até os grandes vasos para acessar uma câmara do coração. O
cateter muitas vezes contém um instrumento de medição ou outro dispositivo em sua ponta.
Para alcançar o lado esquerdo do coração, o cateter é inserido na artéria femoral e passado
para a aorta até as artérias coronárias ou câmara cardíaca.
 
Artérias
poplíteas
Continuação das artérias femorais na fossa poplítea. Descem até a margem inferior dos
músculos poplíteos, onde se dividem em artérias tibial anterior e tibial posterior.
Músculos da coxa distal, pele da região do
joelho, músculos da parte proximal da
perna, articulação do joelho,fêmur, patela,
tíbia e fíbula.
Artérias
tibiais
anteriores
Descendem da bifurcação das artérias poplíteas na margem distal do músculo poplíteo.
Menores do que as artérias tibiais posteriores; passam sobre a membrana interóssea da tíbia
e fíbula para descer ao longo do compartimento muscular anterior da perna; tornam-se as
artérias dorsais do pé no tornozelo. No dorso do pé, as artérias dorsais do pé emitem um
ramo transverso no primeiro osso cuneiforme medial chamado artérias arqueadas, que
passam lateralmente sobre as bases dos ossos metatarsais. Das artérias arqueadas
rami cam-se as artérias metatarsais dorsais, que passam ao longo dos ossos metatarsais. As
Tíbia, fíbula, músculos anteriores da perna,
músculos dorsais do pé, ossos tarsais, ossos
metatarsais e falanges.
https://jigsaw.vitalsource.com/books/9788527728867/epub/OEBPS/Text/chapter11.html#ch11fig20
artérias metatarsais dorsais terminam dividindo-se em artérias digitais dorsais, que passam
para os dedos dos pés.
Artérias tibiais
posteriores
Continuações diretas das artérias poplíteas, descendem da bifurcação das artérias poplíteas.
Descem pelo compartimento muscular posterior da perna profundamente ao M. sóleo.
Passam posteriormente ao maléolo medial na extremidade distal da perna e curvam-se para
a frente em direção à face plantar dos pés; passam profundamente ao retináculo exor do
lado medial do pé e terminam rami cando-se em artérias plantar medial e plantar lateral.
Dão origem às artérias bulares no terço superior da perna, onde correm lateralmente à
medida que descem pelo compartimento lateral da perna. As menores artérias plantares
mediais passam ao longo da face medial da planta do pé e as maiores artérias plantares
laterais angulam-se em direção à face lateral da planta do pé e se unem ao ramo das artérias
dorsais do pé para formar o arco plantar. O arco começa na base do quinto osso metatarsal e
se estende medialmente ao longo dos ossos metatarsais. Conforme o arco cruza o pé, emite
as artérias metatarsais plantares, que passam ao longo da face plantar dos ossos
metatarsais. Estas artérias terminam dividindo-se em artérias digitais plantares, que
passam para os artelhos.
Compartimentos musculares posterior e
lateral da perna, músculos plantares do pé,
tíbia, fíbula, ossos do tarso, metatarsais e
das falanges.
Figura 21.22 Artérias da pelve e do membro inferior direito.
As artérias ilíacas internas são as principais responsáveis pela irrigação sanguínea das vísceras e da parede
pélvica.
•
Em que ponto a parte abdominal da aorta se divide em artérias ilíacas comuns?
EXPO 21.G Veias da circulação sistêmica (Figura 21.23)
 OBJETIVO
Identificar as três veias sistêmicas que retornam o sangue venoso para o coração.
Como  você  já  viu,  as  artérias  distribuem  o  sangue  do  coração  para  várias  partes  do  corpo,  e  as  veias  drenam  o  sangue
dessas  várias  partes  e  o  devolvem  ao  coração.  Em  geral,  as  artérias  são  profundas;  as  veias  podem  ser  superficiais  ou
profundas. As veias superficiais estão localizadas logo abaixo da pele e são facilmente vistas. Como não existem grandes
29.
artérias  superficiais,  os  nomes  das  veias  superficiais  não  correspondem  aos  das  artérias.  As  veias  superficiais  são
clinicamente  importantes como  locais para a  retirada de sangue ou  injeções. As veias profundas comumente  transitam ao
lado de artérias e, geralmente,  têm o mesmo nome. As artérias geralmente  têm trajetos bem definidos; as veias são mais
difíceis de seguir, porque se conectam em redes irregulares em que muitas tributárias se fundem para formar uma grande
veia. Embora  uma única  artéria  sistêmica,  a  aorta,  leve  o  sangue  oxigenado do  coração  (ventrículo  esquerdo),  três  veias
sistêmicas,  o  seio coronário,  a veia  cava  superior  (VCS)  e  a  veia  cava  inferior  (VCI)  retornam  o  sangue  venoso  ao
coração  (átrio  direito)  (Figura  21.23).  O  seio  coronário  recebe  sangue  das  veias  cardíacas  que  drenam  o  coração;  com
algumas exceções, a veia cava superior recebe o sangue de outras veias superiores ao diafragma, com exceção dos alvéolos
dos pulmões; a veia cava inferior recebe sangue das veias inferiores ao diafragma.
 TESTE RÁPIDO
Quais são as três tributárias do seio coronário?
VEIAS DESCRIÇÃO E TRIBUTÁRIAS REGIÕES DRENADAS
Seio coronário Principal veia do coração; recebe quase todo o sangue venoso do miocárdio; localiza-se no sulco
coronário (ver Figura 20.3c), na face posterior do coração, e drena para o átrio direito, entre o
óstio da veia cava inferior e a valva atrioventricular direita. Canal venoso largo para o qual
drenam três veias. Recebe a veia cardíaca magna (do sulco interventricular anterior) em sua
extremidade esquerda, e a veia interventricular posterior (do sulco interventricular
posterior) e veia cardíaca parva em sua extremidade direita. Várias veias anteriores do
ventrículo direito drenam diretamente para o átrio direito.
Todos os tecidos do coração.
Veia cava superior (VCS) Tem cerca de 7,5 cm de comprimento e 2 cm de diâmetro; drena na parte superior do átrio
direito. Começa posteriormente à primeira cartilagem costal direita pela união das veias
braquiocefálicas direita e esquerda, e termina no nível da terceira cartilagem costal direita, onde
penetra no átrio direito.
Cabeça, pescoço, membros
superiores e tórax.
Veia cava inferior (VCI) Maior veia no corpo, tem cerca de 3,5 cm de diâmetro. Começa anterior à vértebra L V pela união
das veias ilíacas comuns, ascende atrás do peritônio à direita da linha mediana, passa pelo
forame da veia cava do diafragma no nível da vértebra T VIII, e entra na parte inferior do átrio
direito.
Abdome, pelve e membros
inferiores.
Comentário clínico: A VCI é comumente comprimida durante os estágios nais da gestação pelo
útero aumentado, produzindo edema nos tornozelos e nos pés e veias varicosas temporárias.
 
Figura 21.23 Veias principais.
O sangue venoso retorna ao coração pela veia cava superior, veia cava inferior e seio coronário.
https://jigsaw.vitalsource.com/books/9788527728867/epub/OEBPS/Text/chapter20.html#ch20fig3
•
Quais regiões gerais são drenadas pela veia cava superior e pela veia cava inferior?
EXPO 21.H Veias da cabeça e do pescoço (Figura 21.24)
 OBJETIVO
Identificar as três principais veias que drenam o sangue da cabeça.
A maior parte do sangue que drena da cabeça passa por  três pares de veias: as veias jugular  interna, jugular externa e
30.
1.
2.
3.
4.
5.
vertebral (Figura 21.24). No interior da cavidade craniana,  todas as veias drenam para os seios venosos da dura­máter e,
em seguida, para as veias jugulares internas. Os seios venosos da dura­máter são canais venosos revestidos por endotélio
entre as camadas da dura­máter craniana.
 TESTE RÁPIDO
Quais áreas gerais são drenadas pelas veias jugular interna, jugular externa e vertebral?
VEIAS DESCRIÇÃO E TRIBUTÁRIAS REGIÕES DRENADAS
Veias braquiocefálicas (Ver Expo 21.J.)  
Veias jugulares
internas
Começam na base do crânio como seio sigmóideo e seio petroso inferior; convergem na abertura
do forame jugular. Descem no interior da bainha carótica, lateralmente às artérias carótidas
interna e comum, profundamente aos músculos esternocleidomastóideos. Recebem inúmeras
tributárias do rosto e do pescoço. As veias jugulares internas se anastomosam com as veias
subclávias para formar as veias braquiocefálicas, profundamente e discretamente laterais às
articulações esternoclaviculares. Os principais seios venosos da dura-máter que contribuem para
a veia jugular interna são:
Encéfalo, meninges, ossos do
crânio, músculos e tecidos do
rosto e pescoço.
  Seio sagital superior, que começa no frontal, onde recebe a veia da cavidade nasal, e
passa posteriormente ao occipital ao longo da linha mediana do crânio profundamente à
sutura sagital. Geralmente angula-se para a direita e drena para o seio transverso direito.
Cavidade nasal; faces
superior, lateral e medial do
encéfalo; ossos do crânio;
meninges.Seio sagital inferior, que é muito menor do que o seio sagital superior. Começa
posteriormente à inserção da foice do cérebro e recebe a veia cerebral magna para se tornar
o seio reto.
Faces mediais do encéfalo e
diencéfalo.
  Seio reto, que passa pelo tentório do cerebelo e é formado pela união do seio sagital
inferior e da veia cerebral magna. Tipicamente drena para o seio transverso esquerdo.
Faces medial e inferior do
cérebro e cerebelo.
  Seios sigmóideos, que estão localizados ao longo da face posterior da parte petrosa do
temporal. Começam onde os seios transverso e petroso superior se anastomosam e
terminam na veia jugular interna no forame jugular.
Faces lateral e posterior do
cérebro e cerebelo.
  Seios cavernosos, localizados em ambos os lados do corpo do esfenoide. As veias oftálmicas
das órbitas e as veias cerebrais dos hemisférios cerebrais, juntamente com outros seios
pequenos, drenam nos seios cavernosos. Eles drenam posteriormente nos seios petrosos
para, por m, retornar às veias jugulares internas. Os seios cavernosos são únicos, porque
têm grandes vasos sanguíneos e nervos que passam por eles em seu caminho para a órbita e
face. O nervo oculomotor (NC III), o nervo troclear (NC IV), os ramos oftálmico e maxilar do
nervo trigêmeo (NC V), o nervo abducente (NC VI) e a artéria carótida interna passam pelos
seios cavernosos.
Órbitas, cavidade nasal,
regiões frontais do cérebro e
face superior do tronco
encefálico.
Veias subclávias (Ver Expo 21.I.)  
Veias jugulares
externas
Começam nas glândulas parótidas, próximo do ângulo da mandíbula. Descem pelo pescoço
através dos músculos esternocleidomastóideos. Terminam no ponto oposto no meio das
clavículas, onde esvaziam-se nas veias subclávias. Tornam-se muito proeminentes ao longo da
lateral do pescoço quando a pressão venosa aumenta, como por exemplo durante a tosse pesada
ou aos esforços, ou em casos de insu ciência cardíaca.
Couro cabeludo e pele da
cabeça e pescoço, músculos
da face e do pescoço, e
cavidade oral e faringe.
Veias vertebrais As veias vertebrais direita e esquerda se originam inferiormente aos côndilos occipitais.
Descem pelos sucessivos forames transversos das seis primeiras vértebras cervicais e emergem do
forame da vértebra C VI para entrar nas veias braquiocefálicas na base do pescoço.
Vértebras cervicais, medula
espinal e meninges cervicais,
e alguns músculos profundos
no pescoço.
Figura 21.24 Veias principais da cabeça e do pescoço.
O sangue que drena da cabeça passa para as veias jugular interna, jugular externa e vertebral.
Para quais veias do pescoço drena todo o sangue venoso do encéfalo?
•
31.
EXPO 21.I Veias dos membros superiores (Figura 21.25)
 OBJETIVO
Identificar as principais veias que drenam os membros superiores.
Tanto as veias superficiais quanto profundas retornam o sangue dos membros superiores para o coração (Figura 21.25). As
veias  superficiais  estão  localizadas  profundamente  na  pele  e  frequentemente  são  visíveis.  Elas  se  anastomosam
extensivamente entre si e com as veias profundas, e não acompanham artérias. As veias superficiais são maiores do que as
veias  profundas  e  devolvem  a  maior  parte  do  sangue  dos  membros  superiores.  As  veias  profundas  estão  localizadas
profundamente no corpo. Elas costumam acompanhar artérias e têm os mesmos nomes das artérias correspondentes. Tanto
as veias superficiais quanto profundas têm válvulas, mas estas são mais numerosas nas veias profundas.
 TESTE RÁPIDO
Onde se originam as veias cefálica, basílica, intermédia do antebraço, radial e ulnar?
VEIAS DESCRIÇÃO E TRIBUTÁRIAS REGIÕES DRENADAS
VEIAS PROFUNDAS    
Veias braquiocefálicas (Ver Expo 21.J.)  
Veias subclávias Continuações das veias axilares. Passam sobre a primeira costela profundamente à clavícula para
terminar na extremidade esternal da clavícula, onde se unem com as veias jugulares internas
para formar as veias braquiocefálicas. O ducto torácico do sistema linfático drena linfa na junção
entre as veias subclávia esquerda e jugular interna esquerda. O ducto linfático direito drena linfa
na junção entre as veias subclávia direita e jugular interna direita (ver Figura 22.3).
Pele, músculos, ossos dos
braços, ombros, pescoço e
parede torácica superior.
Comentário clínico: Em um procedimento chamado colocação de cateter venoso central, a
veia subclávia direita é frequentemente usada para administrar nutrientes e medicamentos e
mensurar a pressão venosa.
 
Veias axilares Surgem quando as veias braquiais e basílicas se unem próximo da base da axila. Ascendem às
margens externas das primeiras costelas, onde se tornam as veias subclávias. Recebem diversas
tributárias na axila, que correspondem a ramos das artérias axilares.
Pele, músculos, ossos do
braço, axila, ombro e parede
torácica superolateral.
Veias braquiais Acompanham as artérias braquiais. Começam na face anterior da região cubital, onde as veias
radial e ulnar se unem. Conforme ascendem pelo braço, as veias basílicas se unem para formar a
veia axilar, próximo da margem distal do músculo redondo maior.
Músculos e ossos da região
do cotovelo e braquial.
Veias ulnares Começam nos arcos venosos palmares super ciais, que drenam as veias digitais palmares e as
veias digitais palmares próprias1 nos dedos. Correm ao longo da face medial do antebraço,
passam ao lado das artérias ulnares e juntam-se às veias radiais para formar as veias braquiais.
Músculos, ossos e pele da
mão, e músculos da face
medial do antebraço.
Veias radiais Iniciam-se nos arcos venosos palmares profundos (Figura 21.25b), que drenam as veias
metacarpais palmares nas palmas das mãos. Drenam as faces laterais dos antebraços e
passam ao lado das artérias radiais. Unem-se às veias ulnares para formar as veias braquiais
discretamente abaixo da articulação do cotovelo.
Músculos e ossos da lateral
da mão e antebraço.
VEIAS SUPERFICIAIS    
Veias cefálicas Iniciam-se na face lateral das redes venosas dorsais da mão no dorso das mãos, formadas pelas
veias metacarpais dorsais (Figura 21.25c). Estas veias, por sua vez, drenam para as veias digitais
dorsais, que passam ao longo das laterais dos dedos. Arqueiam-se ao redor do lado radial dos
Tegumento e músculos
super ciais da face lateral do
membro superior.
https://jigsaw.vitalsource.com/books/9788527728867/epub/OEBPS/Text/chapter22.html#ch22fig3
antebraços até a face anterior e ascendem por todo o membro ao longo da face anterolateral.
Terminam no ponto em que se unem às veias axilares, um pouco abaixo das clavículas. As veias
cefálicas acessórias se originam do plexo venoso no dorso dos antebraços ou nas faces mediais da
rede venosa dorsal das mãos, e unem-se às veias cefálicas logo abaixo do cotovelo.
Veias basílicas Iniciam-se na face medial da rede venosa dorsal das mãos e ascendem ao longo da face
posteromedial do antebraço e da face anteromedial do braço (Figura 21.25A). Conectam-se às
veias cefálicas anteriormente ao cotovelo pelas veias intermédias do cotovelo. Depois de
receber as veias intermédias do cotovelo, as veias basílicas continuam ascendendo até que
alcançam o meio do braço. Lá, penetram nos tecidos profundamente e deslocam-se ao lado das
artérias braquiais, até que se unem às veias braquiais para formar as veias axilares.
Tegumento e músculos
super ciais da face lateral do
membro superior.
Veias intermédias do
antebraço
Comentário clínico: Se as veias precisarem ser puncionadas para uma injeção, transfusão ou
coleta de uma amostra de sangue, as veias intermédias do cotovelo são as preferidas. 
Iniciam-se nos plexos venosos palmares,2 redes de veias das palmas das mãos. Drenam as veias
digitais palmares dos dedos. Ascendem anteriormente no antebraço para juntar-se às veias
basílica ou intermédia do cotovelo, às vezes a ambas.
Tegumento e músculos
super ciais da palma da
mão e face anterior do
membro superior.
Figura 21.25 Principais veias do membro superior direito.
As veias profundas geralmente acompanham artérias que têm nomes semelhantes.De qual veia do membro superior frequentemente se coletam amostras de sangue?
EXPO 21.J Veias do tórax (Figura 21.26)
•
32.
 OBJETIVO
Identificar os componentes do sistema ázigo de veias.
Embora as veias braquiocefálicas drenem algumas partes do tórax, muitas estruturas do tórax são drenadas por uma rede de
veias chamada sistema ázigo, localizado em ambos os lados da coluna vertebral (Figura 21.26). O sistema consiste em três
veias  –  as  veias  ázigo, hemiázigo  e  hemiázigo  acessória  –  que  mostram  uma  variação  considerável  em  sua  origem,
trajeto, tributárias, anastomoses e término. Elas drenam para a veia cava superior.
O sistema ázigo, além de coletar o sangue do tórax e da parede do abdome, atua como uma via alternativa para a veia
cava  inferior,  que drena o  sangue da parte  inferior  do  corpo. Várias pequenas veias  ligam diretamente o  sistema ázigo  à
veia cava inferior. As veias maiores que drenam os membros inferiores e o abdome também se conectam ao sistema ázigo.
Se a veia cava inferior ou a veia porta do fígado ficarem obstruídas, o sangue que tipicamente flui pela veia cava inferior
pode ser desviado para o sistema ázigo para retornar o sangue da parte inferior do corpo para a veia cava superior.
 TESTE RÁPIDO
Qual é a importância do sistema ázigo em relação à veia cava inferior?
VEIAS DESCRIÇÃO E TRIBUTÁRIAS REGIÕES DRENADAS
Veias braquiocefálicas Formadas pela união das veias subclávia e jugular interna. Duas veias braquiocefálicas se unem
para formar a veia cava superior. Como a veia cava superior está à direita da linha mediana do
corpo, a veia braquiocefálica esquerda é maior do que a direita. A veia braquiocefálica direita
localiza-se anteriormente e à direita do tronco braquiocefálico, e seu trajeto é mais vertical. A
veia braquiocefálica esquerda encontra-se anterior ao tronco braquiocefálico, artérias carótida
comum esquerda e subclávia esquerda, traqueia, nervo vago esquerdo (NC X) e nervo frênico.
Encontra-se em uma posição mais horizontal ao passar da esquerda para a direita.
Cabeça, pescoço, membros
superiores, glândulas
mamárias e parte superior
do tórax.
Veia ázigo Veia não pareada que é anterior à coluna vertebral, discretamente à direita da linha mediana.
Geralmente começa na junção das veias lombar ascendente direita e subcostal direita próximo do
diafragma. Arqueia-se sobre a raiz do pulmão direito, no nível da vértebra T IV, e termina na veia
cava superior. Recebe as seguintes tributárias: veias intercostal posterior direita,
hemiázigo, hemiázigo acessória, esofágicas, mediastinais, pericárdicas e bronquiais.
Lado direito da parede
torácica, vísceras torácicas e
parede posterior do abdome.
Veia hemiázigo Anterior à coluna vertebral e ligeiramente à esquerda da linha mediana. Muitas vezes começa na
junção das veias lombar ascendente esquerda e subcostal esquerda. Termina juntando-se à veia
ázigo aproximadamente no nível da vértebra T IX. Recebe as seguintes tributárias: 9a a 11a veias
intercostais posteriores esquerdas, esofágicas, mediastinais e, às vezes, hemiázigo
acessória.
Lado esquerdo da parede
torácica inferior, vísceras
torácicas e parede posterior
esquerda do abdome.
Veia hemiázigo acessória Anterior à coluna vertebral e à esquerda da linha mediana. Começa no 4o ou 5o espaço
intercostal e desce de T V a T VIII ou termina na veia hemiázigo. Acaba por se unir à veia ázigo
aproximadamente no nível da vértebra T VIII. Recebe as seguintes tributárias: 4a a 8a veias
intercostais posteriores esquerdas (a 1a a 3a veias intercostais posteriores drenam para veia
braquiocefálica esquerda), bronquiais esquerdas e mediastinais.
Lado esquerdo da parede
superior do tórax e vísceras
torácicas.
Figura 21.26 Principais veias do tórax, do abdome e da pelve.
Muitas estruturas torácicas são drenadas pelo sistema ázigo de veias.
•
Quais veias retornam o sangue das vísceras abdominopélvicas ao coração?
EXPO 21.K Veias do abdome e da pelve
 OBJETIVO
Identificar as principais veias que drenam o abdome e a pelve.
O sangue das vísceras abdominais e pélvicas e da metade inferior da parede do abdome retorna ao coração por meio da veia
cava inferior. Muitas pequenas veias penetram na veia cava inferior. A maior parte retorna o fluxo dos ramos parietais da
parte abdominal da aorta, e seus nomes correspondem aos nomes das artérias (ver também Figura 21.26).
A veia cava inferior não recebe veias diretamente do sistema digestório, do baço, do pâncreas e da vesícula biliar. O
sangue  desses  órgãos  flui  por  uma  veia  comum,  a  veia  porta  do  fígado,  que  leva  o  sangue  para  o  fígado.  As  veias
33.
1.
2.
3.
4.
mesentérica  superior  e  esplênica  se  unem para  formar  a  veia  porta  do  fígado  (ver  Figura 21.28).  Este  fluxo  especial  de
sangue  venoso,  chamado  circulação  porta  hepática,  é  descrito  sucintamente.  Depois  de  passar  pelo  fígado  para
processamento, o sangue é drenado para as veias hepáticas, que drenam na veia cava inferior.
 TESTE RÁPIDO
Que  estruturas  são  drenadas  pelas  veias  lombar,  testicular  ou  ovárica,  renal,  suprarrenal,  frênica  inferior  e
hepática?
VEIAS DESCRIÇÃO E TRIBUTÁRIAS REGIÕES DRENADAS
Veia cava inferior (Ver Expo 21.G.)  
Veias frênicas inferiores Emergem na face inferior do diafragma. A veia frênica inferior esquerda geralmente envia uma
tributária para a veia suprarrenal esquerda, que se esvazia na veia renal esquerda, e outra
tributária para a veia cava inferior. A veia frênica inferior direita drena para a veia cava inferior.
Face inferior do diafragma e
tecidos peritoneais
adjacentes.
Veias hepáticas Normalmente em número de duas ou três. Drenam os capilares sinusoidais do fígado. Os
capilares do fígado recebem sangue venoso dos capilares dos órgãos do sistema digestório pela
veia porta do fígado. A veia porta do fígado recebe as seguintes tributárias:
 
  Veia gástrica esquerda, que emerge do lado esquerdo da curvatura menor do estômago e
une-se ao lado esquerdo da veia porta do fígado no omento menor.
Parte terminal do esôfago,
estômago, fígado, vesícula
biliar, baço, pâncreas,
intestino delgado e intestino
grosso.
  Veia gástrica direita, que emerge da face direita da curvatura menor do estômago e une-
se à veia porta do fígado em sua face anterior no omento menor.
Curvatura menor do
estômago, parte abdominal
do esôfago, estômago e
duodeno.
  Veia esplênica, que emerge no baço e cruza o abdome transversalmente posterior ao
estômago para anastomosar-se com a veia mesentérica superior e formar a veia porta do
fígado. Próximo de sua junção com a veia porta do fígado, recebe a veia mesentérica
inferior, que recebe tributárias da segunda metade do intestino grosso.
Baço, fundo gástrico e
curvatura maior do
estômago, pâncreas, omento
maior, colo descendente,
colo sigmoide e reto.
  Veia mesentérica superior, que emerge de inúmeras tributárias da maior parte do intestino
delgado e da primeira metade do intestino grosso e ascende para unir-se à veia esplênica
para formar a veia porta do fígado.
Duodeno, jejuno, íleo, ceco,
apêndice vermiforme, colo
ascendente e colo
transverso.
Veias lombares Normalmente, quatro de cada lado; correm horizontalmente pela parede abdominal posterior
com as artérias lombares. Conecta-se em ângulo reto com as veias lombares ascendentes
direita e esquerda, que formam a origem da veia ázigo ou hemiázigo correspondente. Junta-se às
veias lombares ascendentes e então se conectam a partir das veias lombares ascendentes à veia
cava inferior.
Músculos da parede do
abdome (posterior e lateral),
vértebras lombares, medula
espinal e nervos espinais
(cauda equina) no canal
vertebral e meninges.
Veias suprarrenais Passam medialmente às glândulas suprarrenais (a veia suprarrenal esquerda se une à veia renal
esquerda e a veia suprarrenal direita se une à veia cava inferior).
Glândulas suprarrenais.
Veias renais Passam anteriormente às artérias renais. A veia renal esquerda é mais longa do que a veia renal
direita e passa anteriormenteà parte abdominal da aorta. Recebem as veias testicular (ou
ovárica), frênica inferior esquerda e, geralmente, a veia suprarrenal esquerda. A veia renal direita
Rins.
•
se esvazia na veia cava inferior, posteriormente ao duodeno.
Veias gonadais
(testiculares ou ováricas)
Ascendem com as artérias testiculares ou ováricas ao longo da parede abdominal posterior.
Chamadas veias testiculares nos homens. As veias testiculares drenam os testículos (a veia
testicular esquerda se une à veia renal esquerda, e a veia testicular direita se une à veia cava
inferior). Chamadas veias ováricas nas mulheres. As veias ováricas drenam os ovários. A veia
ovárica esquerda une-se à veia renal esquerda, e a veia ovárica direita une-se à veia cava inferior.
Testículos, epidídimo, canal
deferente, ovários e ureteres.
Veias ilíacas comuns Formadas pela união das veias ilíacas interna e externa anteriormente às articulações sacroilíacas
anteriores; anastomosam-se na altura da vértebra L V para formar a veia cava inferior. A veia
ilíaca comum direita é muito mais curta do que a esquerda e também é mais vertical, visto que a
veia cava inferior encontra-se à direita da linha mediana.
Pelve, órgãos genitais
externos e membros
inferiores.
Veias ilíacas internas Começam próximo da parte superior da incisura isquiática maior e correm medialmente às suas
artérias correspondentes.
Músculos da parede pélvica
e da região glútea, vísceras
pélvicas e órgãos genitais
externos.
Veias ilíacas externas Acompanham as artérias ilíacas internas. Começam nos ligamentos inguinais como continuações
das veias femorais. Terminam anteriormente às articulações sacroilíacas, onde se unem às veias
ilíacas internas para formar as veias ilíacas comuns.
Parede inferior do abdome
anteriormente, músculo
cremaster nos homens e
órgãos genitais externos e
membro inferior.
EXPO 21.L Veias dos membros inferiores (Figura 21.27)
 OBJETIVO
Identificar as principais veias superficiais e profundas que drenam os membros inferiores.
Como nos membros superiores, o sangue dos membros inferiores é drenado tanto por veias superficiais quanto profundas.
As veias superficiais frequentemente se anastomosam entre si e com as veias profundas ao longo do seu comprimento. As
veias profundas, em sua maior parte,  têm os mesmos nomes das artérias correspondentes  (Figura 21.27). Todas as veias
dos membros inferiores têm válvulas, que são mais numerosas do que nas veias dos membros superiores.
34.
 TESTE RÁPIDO
Qual é a importância clínica das veias safenas magnas?
VEIAS DESCRIÇÃO E TRIBUTÁRIAS REGIÕES DRENADAS
VEIAS PROFUNDAS    
Veias ilíacas comuns (ver Expo 21.K.)  
Veias ilíacas externas (ver Expo 21.K.)  
Veias femorais Acompanham as artérias femorais e são continuações das veias poplíteas ligeiramente
superiores ao joelho, onde as veias passam através de uma abertura no músculo adutor
magno. Ascendem profundamente ao músculo sartório e emergem debaixo do músculo no
trígono femoral na extremidade proximal da coxa. Recebem as veias femorais profundas e
veias safenas magna pouco antes de penetrar na parede abdominal. Passam por baixo do
ligamento inguinal e entram na região abdominopélvica para se tornarem as veias ilíacas
externas.
Pele, linfonodos,
músculos e ossos da coxa,
e órgãos genitais
externos.
Comentário clínico: A m de coletar amostras de sangue ou registros de pressão do lado
direito do coração, insere-se um cateter na veia femoral no ponto em que ela passa pelo
trígono femoral. O cateter passa pelas veias ilíacas externa e comum, em seguida na veia cava
inferior, e por m chega ao átrio direito.
 
Veias poplíteas Formadas pela união entre as veias tibiais anterior e posterior na extremidade proximal da
perna; ascendem pela fossa poplítea com as artérias poplíteas e nervo tibial. Terminam onde
passam através da janela no músculo adutor magno e passam para a frente do joelho para se
tornarem as veias femorais. Também recebem sangue de veias safena parva e tributárias, que
correspondem a ramos da artéria poplítea.
Articulação e pele do
joelho, músculos e ossos
em torno da articulação
do joelho.
Veias tibiais
posteriores
Começam posteriormente ao maléolo medial na união das veias plantar medial e lateral da
face plantar do pé. Ascendem pela perna com a artéria tibial posterior e o nervo tibial
profundamente ao músculo sóleo. Unem-se às veias tibiais posteriores por volta de dois terços
do trajeto até a perna. Unem-se às veias tibiais anteriores próximo do topo da membrana
interóssea para formar as veias poplíteas. Na face plantar do pé, as veias digitais plantares se
unem para formar as veias metatarsais plantares, que são paralelas aos ossos metatarsais.
Estas, por sua vez, se unem para formar arcos plantares venosos profundos. As veias
plantares medial e lateral emergem dos arcos plantares venosos profundos.
Pele, músculos e ossos da
face plantar do pé, e pele,
músculos e ossos das
faces posterior e lateral
da perna.
Veias tibiais anteriores Emergem no arco venoso dorsal e acompanham a artéria tibial anterior. Ascendem
profundamente ao músculo tibial anterior na face anterior da membrana interóssea.
Atravessam a abertura na extremidade superior da membrana interóssea para se juntar às
veias tibiais posteriores e formar as veias poplíteas.
Dorso do pé, tornozelo,
face anterior da perna,
joelho e articulação
tibio bular.
VEIAS SUPERFICIAIS
Veias safenas magnas Veias mais longas do corpo; ascendem do pé à virilha na tela subcutânea. Começam na
extremidade medial dos arcos venosos dorsais do pé. Os arcos venosos dorsais são redes de
veias do dorso do pé formadas pelas veias digitais dorsais, que coletam sangue dos dedos dos
pés, e depois se unem em pares para formar as veias metatarsais dorsais, que correm
paralelamente aos ossos metatarsais. Quando as veias metatarsais dorsais chegam ao pé, se
combinam para formar os arcos venosos dorsais. Passam anteriormente ao maléolo medial da
tíbia e então superiormente ao longo da face medial da perna e coxa imediatamente abaixo
da pele. Recebem tributárias dos tecidos super ciais e também se conectam às veias
profundas. Esvaziam-se nas veias femorais na região inguinal. Têm de 10 a 20 válvulas ao
longo do seu comprimento e existem mais válvulas na perna do que na coxa.
Tecidos tegumentares e
músculos super ciais dos
membros inferiores,
região inguinal e parede
inferior do abdome.
Comentário clínico: Estas veias são mais suscetíveis a varicosidades do que as outras veias dos
membros inferiores, porque precisam suportar uma longa coluna de sangue e não são bem
apoiadas pelos músculos esqueléticos. As veias safenas muitas vezes são utilizadas para a
administração prolongada de soluções intravenosas. Isto é particularmente importante em
crianças muito pequenas e em pacientes de qualquer idade em choque e cujas veias estejam
colapsadas. Na cirurgia de revascularização miocárdica, se vários vasos sanguíneos precisarem
ser enxertados, utilizam-se seções da veia safena magna juntamente com pelo menos uma
artéria como enxerto (ver o primeiro Comentário clínico na Expo 21.C). Depois de a veia safena
magna ter sido removida e dividida em seções, as seções são usadas para contornar os
bloqueios. Os enxertos de veia são invertidos para que as válvulas não obstruam o uxo
sanguíneo.
 
Veias safenas parvas Começam na face lateral dos arcos venosos dorsais do pé. Passam posteriormente ao maléolo
lateral da fíbula e ascendem profundamente à pele ao longo da face posterior da perna.
Esvaziam-se nas veias poplíteas na fossa poplítea, posteriormente ao joelho. Contêm 9 a 12
válvulas. Podem se comunicar com as veias safenas magnas na parte proximal da perna.
Tecidos tegumentares e
músculos super ciais do
pé e face posterior da
perna.
Figura 21.27 Principais veias da pelve e dos membros inferiores.
As veias profundas geralmente levam os nomes de suas artérias acompanhantes.
Quais veias dos membros inferiores são superficiais?
Circulação porta hepática
A circulação porta hepática  transporta o sanguevenoso dos órgãos gastrintestinais e baço para o  fígado. Uma veia que
transporta o  sangue de uma  rede  capilar  para outra  é  chamada veia porta. A veia porta do  fígado  recebe  o  sangue  dos
capilares dos órgãos do sistema digestório e do baço e este flui para os vasos sinusoides do fígado (Figura 21.28). Após
uma  refeição,  o  sangue  da  veia  porta  do  fígado  está  rico  em  nutrientes  absorvidos  pelo  sistema  digestório.  O  fígado
armazena alguns deles e modifica outros antes que eles passem para a circulação geral. Por exemplo, o fígado converte a
glicose em glicogênio para armazenagem, reduzindo o nível de glicose no sangue imediatamente depois de uma refeição. O
fígado também destoxifica substâncias nocivas, como o álcool etílico, que tenham sido absorvidas pelo sistema digestório e
destrói as bactérias por fagocitose.
As veias mesentérica superior e esplênica se unem para formar a veia porta do fígado. A veia mesentérica superior
drena o sangue do intestino delgado e partes do intestino grosso, estômago e pâncreas por meio das veias jejunais, ileais,
ileocolicas, cólica direita, cólica média, pancreaticoduodenais e gastromental direita. A veia esplênica drena o sangue do
estômago, pâncreas e partes do intestino grosso por meio das veias gástricas curtas, gastromental esquerda, pancreáticas
e mesentérica inferior. A veia mesentérica inferior, que se abre na veia esplênica, drena partes do intestino grosso por meio
das veias retal superior, sigmóidea e cólica esquerda. As veias gástricas direita e esquerda, que se abrem diretamente na
veia  porta  do  fígado,  drenam o  estômago. A veia cística,  que  também  se  abre  na  veia  porta  do  fígado,  drena  a  vesícula
biliar.
Figura 21.28 Circulação porta hepática. Um diagrama esquemático do fluxo sanguíneo através do fígado, incluindo a circulação
arterial, é mostrado em (B). Como de costume, o sangue venoso é indicado em azul, e o sangue arterial em vermelho.
A circulação porta hepática leva o sangue venoso dos órgãos do sistema digestório e do baço ao fígado.
Quais veias transportam o sangue para fora do fígado?
Ao mesmo tempo que recebe sangue rico em nutrientes, mas desoxigenado, por meio da veia porta do fígado, o fígado
também recebe sangue oxigenado pela artéria hepática, um ramo do tronco celíaco. O sangue oxigenado se mistura com o
sangue venoso nos vasos sinusoides. O sangue acaba deixando os vasos sinusoides do fígado pelas veias hepáticas, que
drenam para a veia cava inferior.
Circulação pulmonar
A circulação pulmonar  leva sangue desoxigenado do ventrículo direito para os alvéolos nos pulmões e retorna o sangue
oxigenado  dos  alvéolos  para  o  átrio  esquerdo  (Figura 21.29). O  tronco pulmonar  emerge  do  ventrículo  direito  e  passa
superiormente,  posteriormente  e  à  esquerda.  Em  seguida,  se  divide  em  dois  ramos:  a  artéria  pulmonar  direita  para  o
pulmão direito e a artéria pulmonar esquerda para o pulmão esquerdo. Após o nascimento, as artérias pulmonares são as
únicas artérias que transportam sangue venoso. Ao entrar nos pulmões, os ramos se dividem e subdividem até que por fim
formam capilares em torno dos alvéolos no interior dos pulmões. O CO2 passa do sangue para os alvéolos e é expirado. O
O2 inalado passa do ar dos pulmões para o sangue. Os capilares pulmonares se unem para formar vênulas e, por fim, veias
pulmonares,  que  deixam  os  pulmões  e  transportam  o  sangue  oxigenado  para  o  átrio  esquerdo.  Duas  veias  pulmonares
direitas  e  duas  esquerdas  entram  no  átrio  esquerdo.  Após  o  nascimento,  as  veias  pulmonares  são  as  únicas  veias  que
transportam  sangue oxigenado. As  contrações do ventrículo  esquerdo  então  ejetam o  sangue oxigenado para  a  circulação
sistêmica.
Circulação fetal
O sistema circulatório do feto, chamado circulação fetal, só existe no feto e contém estruturas especiais que possibilitam o
desenvolvimento fetal para a  troca de substâncias com sua mãe (Figura 21.30). Ela difere da circulação pós­natal  (após o
nascimento)  porque os  pulmões,  rins  e  órgãos  do  sistema digestório  não  começam a  funcionar  até  o  nascimento. O  feto
obtém O2 e nutrientes do sangue materno e elimina CO2 e outras escórias metabólicas por meio dele.
A  troca  de materiais  entre  as  circulações materna  e  fetal  ocorre  por meio  da placenta,  que  se  forma no  interior  do
útero da mãe e se insere ao umbigo do feto pelo cordão umbilical. A placenta se comunica com o sistema circulatório da
mãe  por meio  de muitos  pequenos  vasos  sanguíneos  que  emergem  da  parede  uterina. O  cordão  umbilical  contém  vasos
sanguíneos que se ramificam em capilares na placenta. As escórias metabólicas do sangue fetal se difundem para fora dos
capilares, em espaços contendo sangue materno (espaços intervilosos) na placenta e, por fim, para as veias uterinas da mãe.
Os  nutrientes  fazem o  caminho  oposto  –  dos  vasos  sanguíneos maternos  para  os  espaços  intervilosos,  para  os  capilares
fetais. Normalmente não há mistura direta de sangue materno e fetal, porque  todas as  trocas ocorrem por difusão através
das paredes capilares.
O sangue passa do feto para a placenta por meio de duas artérias umbilicais no cordão umbilical (Figura 21.30A, C).
Estes  ramos das artérias  ilíacas  internas  (hipogástricas) estão no cordão umbilical. Na placenta, o sangue fetal pega O2 e
nutrientes  e  elimina  CO2  e  escórias  metabólicas.  O  sangue  oxigenado  retorna  da  placenta  por  meio  de  uma  única  veia
umbilical no cordão umbilical. Esta veia sobe para o fígado do feto, onde se divide em dois ramos. Um pouco de sangue
flui ao longo do ramo que une a veia porta do fígado e entra no fígado, mas a maior parte do sangue flui para o segundo
ramo, o ducto venoso, que drena para a veia cava inferior.
Figura 21.29 Circulação pulmonar.
A circulação pulmonar traz o sangue desoxigenado do ventrículo direito para os pulmões e retorna o sangue
oxigenado dos pulmões para o átrio esquerdo.
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5.
Após o nascimento, quais são as únicas artérias que transportam sangue desoxigenado?
O  sangue  venoso  que  retorna  das  regiões  inferiores  do  corpo  do  feto  se mistura  com o  sangue  oxigenado  do  ducto
venoso na veia cava inferior. Este sangue misto então entra no átrio direito. O sangue desoxigenado que retorna das regiões
superiores do corpo do feto entra na veia cava superior e também passa para o átrio direito.
A maior parte do sangue fetal não passa do ventrículo direito para os pulmões, como acontece na circulação pós­natal,
porque há uma  abertura  chamada  forame oval  no  septo  entre  os  átrios  direito  e  esquerdo. A maior  parte  do  sangue que
entra no átrio direito passa do forame oval para o átrio esquerdo e une­se à circulação sistêmica. O sangue que passa para o
ventrículo direito é bombeado para o  tronco pulmonar, mas pouco desse  sangue alcança os pulmões não  funcionantes do
feto. Em vez disso, a maior parte é enviada por meio do ducto arterial, um vaso que  liga o  tronco pulmonar à aorta. O
sangue na aorta é transportado a todos os tecidos fetais por meio da circulação sistêmica. Quando as artérias ilíacas comuns
se  ramificam em artérias  ilíacas externas e  internas, parte do sangue  flui para as artérias  ilíacas  internas, para as artérias
umbilicais, e de volta para a placenta para outra troca de materiais.
Após  o  nascimento,  quando  as  funções  pulmonares  (pulmão),  renais  (rim)  e  digestórias  começam,  ocorrem  as
seguintes alterações vasculares (Figura 21.30B):
Quando  o  cordão  umbilical  é  amarrado,  o  sangue  não  flui  pelas  artérias  umbilicais,  e  elas  se  enchem  de  tecido
conjuntivo;  as  partes  distais  das  artérias  umbilicais  tornam­se  cordões  fibrosos  chamados  ligamentos  umbilicais
medianos.  Embora  as  artérias  estejam  funcionalmente  fechadas  apenas  alguns  minutos  após  o  nascimento,  a
obliteração completa dos lumens pode demorar de 2 a 3 meses.
A veiaumbilical colapsa, mas permanece como o ligamento redondo do fígado, uma estrutura que liga o umbigo ao
fígado.
O ducto venoso colapsa, mas permanece como o ligamento venoso, um cordão fibroso na face inferior do fígado.
A placenta é expelida após o nascimento.
O  forame  oval  normalmente  se  fecha  logo  após  o  nascimento  se  tornando  a  fossa  oval,  uma  depressão  no  septo
interatrial. Quando o recém­nascido respira pela primeira vez, os pulmões se expandem e o fluxo sanguíneo para os
pulmões aumenta. O sangue que retorna dos pulmões ao coração aumenta a pressão no átrio esquerdo.  Isso fecha o
forame  oval,  empurrando  a  estrutura  que  o  protege  contra  o  septo  interatrial.  O  fechamento  definitivo  ocorre  em
aproximadamente 1 ano.
Figura 21.30 Circulação fetal e alterações ao nascimento. Os boxes dourados entre as partes (A) e (B) descrevem o destino de
determinadas estruturas fetais quando é estabelecida a circulação pós­natal.
Os pulmões e os órgãos do sistema digestório não começam a funcionar até o nascimento.
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Qual estrutura possibilita a troca de materiais entre a mãe e o feto?
O  ducto  arterial  se  fecha  por  vasoconstrição  quase  que  imediatamente  após  o  nascimento  e  se  torna  o  ligamento
arterial. A obliteração anatômica completa do lúmen leva de 1 a 3 meses.
 TESTE RÁPIDO
Diagrame a circulação porta hepática. Por que essa via é importante?
Diagrame a via da circulação pulmonar.
Discuta a anatomia e a fisiologia da circulação fetal. Indique a função das artérias umbilicais, da veia umbilical,
do ducto venoso, do forame oval e do ducto arterial.
Desenvolvimento dos vasos sanguíneos e do sangue
 OBJETIVO
Descrever o desenvolvimento dos vasos sanguíneos e sangue.
O desenvolvimento das células sanguíneas e a formação dos vasos sanguíneos começam fora do embrião tão precocemente
quanto no 15o ao 16o dia na mesoderme da parede do saco vitelino, cório e haste de ligação. Cerca de 2 dias mais tarde, os
vasos  sanguíneos  se  formam  dentro  do  embrião.  A  formação  inicial  do  sistema  circulatório  está  ligada  a  pequena
quantidade de vitelo no óvulo e no saco vitelino. À medida que o embrião se desenvolve rapidamente durante a 3a semana,
existe maior necessidade de desenvolver um sistema circulatório para fornecer nutrientes suficientes ao embrião e remover
suas escórias metabólicas.
Os  vasos  sanguíneos  e  células  do  sangue  se  desenvolvem  a  partir  da  mesma  célula  precursora,  chamada
hemangioblasto. Quando o mesênquima se desenvolve em hemangioblastos, pode dar origem a células que produzem os
vasos sanguíneos (angioblastos) ou a células que produzem as células sanguíneas (células­tronco pluripotentes).
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•
Os  vasos  sanguíneos  se  desenvolvem  a  partir  dos  angioblastos,  que  são  derivados  dos  hemangioblastos.  Os
angioblastos  se  agregam  formando  massas  isoladas  e  cordões  ao  longo  dos  discos  embrionários  chamados  ilhas
sanguíneas (Figura 21.31). Logo aparecem espaços nas ilhas, que se tornam os lumens dos vasos sanguíneos. Alguns dos
angioblastos  imediatamente  em  torno  dos  espaços  dão  origem  ao  revestimento  endotelial  dos  vasos  sanguíneos.  Os
angioblastos  em  torno  do  endotélio  formam  as  túnicas  (íntima,  média  e  externa)  dos  vasos  sanguíneos  maiores.  O
crescimento  e  a  fusão  das  ilhas  sanguíneas  formam  uma  extensa  rede  de  vasos  sanguíneos  em  todo  o  embrião.  Por
ramificação contínua, os vasos sanguíneos fora do embrião se conectam àqueles no interior do embrião, ligando o embrião
à placenta.
As células sanguíneas se desenvolvem a partir das células­tronco pluripotentes derivadas dos hemangioblastos. Este
desenvolvimento ocorre nas paredes dos vasos sanguíneos no saco vitelino, cório e alantoide por volta da 3a semana após a
fertilização. A formação do sangue no embrião propriamente dito começa mais ou menos na 5a semana no fígado e na 12a
semana no baço, medula óssea e timo.
 TESTE RÁPIDO
Quais são os locais de produção de células sanguíneas fora e dentro do embrião?
Envelhecimento e sistema circulatório
 OBJETIVO
Explicar os efeitos do envelhecimento sobre o sistema circulatório.
As  mudanças  gerais  no  sistema  circulatório  associadas  ao  envelhecimento  incluem  redução  da  complacência
(distensibilidade)  da  aorta,  redução  no  tamanho  das  fibras  musculares  cardíacas,  perda  progressiva  da  força  muscular
cardíaca, diminuição do débito cardíaco, declínio da frequência cardíaca máxima e aumento na pressão arterial sistólica. O
colesterol  total  do  sangue  tende  a  aumentar  com  a  idade,  assim  como  a  lipoproteína  de  baixa  densidade  (LDL);  a
lipoproteína de alta densidade (HDL) tende a diminuir. Há aumento da incidência de doença da artéria coronária (DAC), a
principal causa de cardiopatia e morte em idosos norte­americanos. A insuficiência cardíaca congestiva (ICC), um conjunto
de  sinais/sintomas  associados  ao  comprometimento  no  bombeamento  do  coração,  é  também  prevalente  nos  idosos.  As
alterações  nos  vasos  sanguíneos  que  irrigam o  tecido  encefálico  –  por  exemplo,  a  aterosclerose  –  reduzem os  nutrientes
para o encéfalo e resultam em disfunção ou morte das células encefálicas. Aos 80 anos, o fluxo sanguíneo cerebral é 20%
menor  e  o  fluxo  sanguíneo  renal  é  50%  menor  do  que  na  mesma  pessoa  aos  30  anos,  por  causa  dos  efeitos  do
envelhecimento sobre os vasos sanguíneos.
Figura 21.31 Desenvolvimento dos vasos sanguíneos e células do sangue a partir das ilhas sanguíneas.
O desenvolvimento dos vasos sanguíneos no embrião começa por volta do 15o ou 16o dia após a fertilização.
39.
A partir de qual camada de células germinativas os vasos sanguíneos e o sangue são derivados?
 TESTE RÁPIDO
Como o envelhecimento afeta o coração?
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Para apreciar  as muitas maneiras  com que o  sangue, o  coração e os vasos  sanguíneos contribuem para a homeostasia de
outros sistemas do corpo, consulte Foco na homeostasia | Contribuições do sistema circulatório.
 DISTÚRBIOS | DESEQUILÍBRIOS HOMEOSTÁTICOS
Hipertensão arterial
Aproximadamente  50 milhões  de  norte­americanos  têm hipertensão arterial,  ou  pressão  arterial  persistentemente
elevada.  É  o  distúrbio  que  mais  comumente  afeta  o  coração  e  os  vasos  sanguíneos  e  é  a  principal  causa  de
insuficiência cardíaca, doença renal e acidente vascular encefálico. Em maio de 2003, o Joint National Committee on
Prevention,  Detection,  Evaluation,  and  Treatment  of  High  Blood Pressure  publicou  novas  diretrizes  de  hipertensão,
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porque os ensaios clínicos têm relacionado o que antes eram consideradas leituras bastante baixas de pressão arterial
a um risco aumentado de doença cardiovascular. As novas diretrizes são as seguintes:
Categoria Sistólica (mmHg) Diastólica (mmHg)
Normal Inferior a 120 e Inferior a 80
Pré­hipertensão 120 a 139 ou 80 a 89
Hipertensão estágio 1 140 a 159 ou 90 a 99
Hipertensão estágio 2 Acima de 160 ou Acima de 100
De acordo com as novas diretrizes, a classificação normal era anteriormente considerada ótima; a pré­hipertensão
agora  inclui  muito  mais  indivíduos  previamente  classificados  como  tendo  pressão  normal  ou  normal­elevada;  a
hipertensão estágio 1 é a mesma que em diretrizes anteriores; e a hipertensão estágio 2 agora combina as categorias
estágio 2 e estágio 3 anteriores, já as opções de tratamento são as mesmas para os antigos estágios 2 e 3.
Tipos e causas da hipertensão arterial
Entre  90  e  95%  de  todos  os  casos  de  hipertensão  são  de  hipertensão  primária,  uma  pressão  sanguínea
persistentemente elevada que não pode ser atribuída a qualquer causa identificável. Os 5 a 10% dos casos restantes
são  de  hipertensão  arterial  secundária,  que  tem  uma  causa  subjacente  identificável.  Vários  distúrbios  causam
hipertensão secundária:
A obstrução  do  fluxo  sanguíneo  renal  ou  distúrbiosque  danificam  o  tecido  renal  podem  fazer  com  que  os  rins
liberem renina demais para o sangue. O alto nível de angiotensina II resultante causa vasoconstrição, aumentando
assim a resistência vascular sistêmica
A  hipersecreção  de  aldosterona  –  resultante,  por  exemplo,  de  um  tumor  no  córtex  da  glândula  suprarrenal  –
estimula a reabsorção excessiva de sal e água pelos rins, o que aumenta o volume de líquido do corpo
A  hipersecreção  de  epinefrina  e  norepinefrina  pode  ocorrer  por  um  feocromocitoma,  um  tumor  da  medula  da
glândula suprarrenal. A epinefrina e a norepinefrina aumentam a frequência e a contratilidade cardíacas e elevam
a resistência vascular sistêmica.
Efeitos nocivos da hipertensão arterial não tratada
A pressão arterial  elevada é  conhecida  como a  “assassina  silenciosa”,  porque pode  causar  danos  consideráveis  aos
vasos  sanguíneos,  coração,  encéfalo  e  rins  antes  que  cause  dor  ou  outras  manifestações  perceptíveis.  É  um
importante  fator  de  risco para a primeira  (cardiopatia)  e  terceira  (acidente  vascular  encefálico)  causas de morte nos
EUA.  Nos  vasos  sanguíneos,  a  hipertensão  arterial  provoca  o  espessamento  da  túnica  média,  acelera  o
desenvolvimento  da  aterosclerose  e  da  doença  arterial  coronariana,  e  aumenta  a  resistência  vascular  sistêmica. No
coração, a hipertensão aumenta a pós­carga, que força os ventrículos a trabalhar mais para ejetar sangue.
A resposta normal ao aumento da carga de trabalho decorrente do exercício vigoroso e regular é a hipertrofia do
miocárdio, especialmente na parede do ventrículo esquerdo. Isso é um efeito positivo que faz do coração uma bomba
mais eficiente. O aumento da pós­carga, no entanto,  leva à hipertrofia do miocárdio, que é acompanhada por dano
muscular e  fibrose  (acúmulo de  fibras colágenas entre as  fibras musculares). Como resultado, o ventrículo esquerdo
aumenta,  enfraquece  e  dilata.  Como  as  artérias  do  encéfalo  geralmente  são  menos  protegidas  por  tecidos
circundantes  do  que  são  as  artérias  principais  em  outras  partes  do  corpo,  a  hipertensão  prolongada  pode  acabar
provocando sua ruptura, resultando em um acidente vascular encefálico. A hipertensão também danifica as arteríolas
dos rins, fazendo com que elas se espessem, o que estreita o lúmen; como o aporte de sangue para os rins é então
reduzido, os rins secretam mais renina, o que eleva ainda mais a pressão arterial.
Mudanças de estilo de vida para reduzir a hipertensão arterial
Embora  várias  categorias  de  fármacos  (descritos  a  seguir)  possam  reduzir  a  pressão  arterial  elevada,  as  seguintes
mudanças de estilo de vida também são efetivas no manejo da hipertensão:
Perder peso. Este é o melhor  tratamento para a hipertensão arterial, sem contar o uso de  fármacos. A perda de
alguns quilos ajuda a reduzir a pressão arterial em hipertensos com sobrepeso
Limitar a ingestão de álcool etílico. O etilismo moderado pode reduzir o risco de coronariopatia, principalmente nos
homens com mais de 45 e nas mulheres com mais de 55 anos. A moderação é definida como não mais do que
350 mℓ de cerveja/dia para as mulheres e não mais do que 700 mℓ de cerveja/dia para os homens
Exercício.  Tornar­se  mais  fisicamente  ativo  se  envolvendo  em  atividades  moderadas  (como  caminhada  rápida)
várias vezes por semana, durante 30 a 45 min, pode reduzir a pressão arterial sistólica em cerca de 10 mmHg
Reduzir  a  ingestão  de  sódio  (sal).  Cerca  de metade  das  pessoas  com  hipertensão  são  “sensíveis  ao  sal”.  Para
elas, uma dieta hipersódica parece promover a hipertensão, e uma dieta hipossódica reduz a pressão arterial
Manter  a  ingestão  recomendada  de  potássio,  cálcio  e  magnésio.  Níveis  mais  elevados  de  potássio,  cálcio  e
magnésio na dieta estão associados a menor risco de hipertensão
Não fumar ou parar de fumar. O tabagismo tem efeitos devastadores sobre o coração e pode aumentar os efeitos
danosos da pressão arterial elevada, promovendo vasoconstrição
Controlar  o  estresse.  Várias  técnicas  de meditação  e biofeedback  ajudam  algumas  pessoas  a  reduzir  a  pressão
arterial  elevada.  Estes  métodos  também  podem  funcionar  pela  diminuição  da  liberação  diária  de  epinefrina  e
21.1
norepinefrina pela medula da glândula suprarrenal.
Tratamento farmacológico da hipertensão arterial
Os  fármacos que  têm diversos mecanismos de ação diferentes  são eficazes na  redução da pressão arterial. Muitas
pessoas são tratadas com sucesso com diuréticos, agentes que diminuem a pressão arterial pela redução do volume
sanguíneo,  porque  aumentam  a  eliminação  de  água  e  sal  na  urina.  Os  inibidores  da  ECA  (enzima  conversora  de
angiotensina)  bloqueiam  a  formação  de  angiotensina  II,  e  deste  modo  promovem  vasodilatação  e  diminuem  a
secreção de aldosterona. Os betabloqueadores reduzem a pressão arterial ao inibir a secreção de renina e diminuir a
frequência e a contratilidade cardíacas. Os vasodilatadores relaxam o músculo liso das paredes das artérias, causando
vasodilatação  e  redução  da  pressão  arterial  pela  diminuição  da  resistência  vascular  sistêmica.  Uma  importante
categoria de vasodilatadores são os bloqueadores dos canais de cálcio, que desaceleram o influxo de Ca2+ nas células
musculares lisas vasculares. Eles reduzem a carga de trabalho do coração, diminuindo a entrada de Ca2+ nas células
marca­passo e fibras miocárdicas comuns, diminuindo a frequência cardíaca e a força de contração do miocárdio.
TERMINOLOGIA TÉCNICA
Aneurisma. Uma seção fina e enfraquecida da parede de uma artéria ou de uma veia que protrai para fora, formando
um saco semelhante a um balão. As  causas mais  comuns são a aterosclerose,  a  sífilis,  os defeitos  congênitos
dos  vasos  sanguíneos  e  o  traumatismo.  Se  não  tratado,  o  aneurisma  aumenta  e  a  parede  do  vaso  sanguíneo
torna­se  tão  fina  que  se  rompe.  O  resultado  é  uma  hemorragia  maciça  com  choque,  dor  intensa,  acidente
vascular  encefálico  ou  morte.  O  tratamento  pode  envolver  cirurgia,  em  que  a  área  enfraquecida  do  vaso
sanguíneo é removida e substituída por um enxerto de material sintético.
Angiografia femoral. Técnica de imagem em que se injeta um meio de contraste na artéria femoral, que se espalha
para  as  outras  artérias  do  membro  inferior.  Em  seguida,  realiza­se  uma  série  de  radiografias  de  um  ou  mais
locais. É utilizada para diagnosticar estenoses ou bloqueios nas artérias dos membros inferiores.
Aortografia. Exame radiográfico da aorta e seus principais ramos após a injeção de contraste radiopaco.
Claudicação. Dor e claudicação causadas pela circulação defeituosa de sangue nos vasos dos membros.
Endarterectomia carotídea. Remoção de placa aterosclerótica da artéria  carótida para  restaurar  o  fluxo  sanguíneo
para o encéfalo.
Flebite. Inflamação de uma veia, geralmente em um membro inferior.
Hipertensão do  jaleco branco.  Síndrome  induzida  pelo  estresse  encontrada em pacientes  que apresentam níveis
elevados  de  pressão  arterial  ao  serem  examinados  por  profissionais  da  saúde;  estes  pacientes  têm  pressão
arterial normal em outras situações.
Hipotensão.  Diminuição  da  pressão  arterial;  mais  comumente  usado  para  descrever  queda  aguda  na  pressão
sanguínea, como ocorre durante a perda excessiva de sangue.
Hipotensão ortostática. Redução excessiva da pressão arterial sistêmica quando uma pessoa assume uma postura
ortostática ou semiereta; geralmente é um sinal de doença. Pode ser  causada pela perda excessiva de  líquido,
certos medicamentos e fatores cardiovasculares ou neurogênicos. Também chamada hipotensão postural.
Normotenso. Caracterizado por pressão arterial normal.
Oclusão. Fechamento ou obstrução do lúmen de uma estrutura, como um vaso sanguíneo. Um exemplo é uma placa
aterosclerótica em uma artéria.
Punção venosa. Punção de uma veia, geralmente para coletar amostrasde sangue para análise ou para  introduzir
uma solução, como por exemplo um antibiótico. A veia intermédia do cotovelo é frequentemente utilizada.
Trombectomia. Cirurgia para remover um coágulo de sangue de um vaso sanguíneo.
Tromboflebite.  Inflamação de uma veia que envolve a formação de coágulos. A tromboflebite superficial ocorre nas
veias sob a pele, especialmente na panturrilha.
Trombose  venosa  profunda  (TVP).  Presença  de  um  trombo  (coágulo  de  sangue)  em  uma  veia  profunda  dos
membros  inferiores.  Pode  levar  a  (1)  embolia  pulmonar,  se  o  trombo  se  desalojar  e  então  se  alojar  nos  vasos
arteriais pulmonares, e (2) síndrome pós­flebítica, que consiste em edema, dor e alterações na pele decorrentes
da destruição das válvulas venosas.
Ultrassonografia com Doppler. Técnica de imagem comumente usada para medir o fluxo sanguíneo. Coloca­se um
transdutor sobre a pele e uma  imagem é exibida em um monitor,  fornecendo a posição exata e a gravidade de
um bloqueio.
REVISÃO DO CAPÍTULO
Conceitos essenciais
Estrutura e função dos vasos sanguíneos

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