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Discriminação e violência de cunho religioso A discriminação religiosa é uma forma de violência, física ou simbólica, que tem por objetivo a negação e a supressão de uma religião em detrimento de outra. Ou seja, é um caso de preconceito associado a algum tipo de violência em que se pretende negar a existência de religiões específicas. No Brasil, as religiões afro brasileiras são o exemplo de religiões que sofrem com a intolerância religiosa. Pode, ainda, estar relacionada a diferentes processos sociais, para além da própria religiosidade, como colonização, preconceito étnico-racial, hegemonias, discriminação de gênero etc. No Brasil, a Lei n.º 7.716, de 5 de janeiro de 1989, alterada pela Lei n.º 9.459, de 15 de maio de 1997,[6] considera crime a prática de discriminação ou preconceito contra religiões. A intolerância religiosa vem de movimentos hegemônicos. Essa hegemonia significa a busca de tornar-se a única visão de mundo possível, acabando com as expressões contrárias. O termo surge em debates sobre a pluralidade de direitos, pois se entende que todas as pessoas tenham direito a ter sua cultura e etnia respeitadas, consequentemente também às diferentes religiões. Apesar da estratégia de salvação continuar sendo a justificativa, nas legislações brasileiras e nos Direitos Humanos isto é considerado crime de violação de direitos. O entendimento de que apenas a própria religião salva só pode ser usado dentro da mesma e não para agredir outras pessoas e culturas. A Constituição prevê a liberdade de religião e a Igreja e o Estado estão oficialmente separados, sendo o Brasil oficialmente um Estado laico.[4] A legislação brasileira proíbe qualquer tipo de intolerância religiosa, sendo a prática religiosa geralmente livre no país. Segundo o "Relatório Internacional de Liberdade Religiosa de 2005", elaborado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, a "relação geralmente amigável entre religiões contribui para a liberdade religiosa" no Brasil. Com o crescimento da diversidade religiosa no Brasil é verificado um crescimento da discriminação religiosa, tendo sido criado o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa (21 de janeiro) por meio da Lei n.º 11.635, de 27 de dezembro de 2007, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como um reconhecimento do próprio Estado da existência do problema. A intolerância religiosa é uma ação de preconceito contra uma religião específica de forma hegemônica e a fim de que a mesma, que se apresenta como oposição à primeira, seja erradicada. É considerada crime na legislação brasileira e é uma violação dos direitos humanos. Difere-se da discriminação por não aceitar a liberdade religiosa e a manifestação plural dos diferentes cultos. Pode ser exercida por meio de violência física, material ou simbólica. A intolerância religiosa ocorre quando uma pessoa discrimina outras por ter a crença ou a religião diferente da dela. No geral, a discriminação é acompanhada de atitudes agressivas, ofensivas ou qualquer outra forma de ferir a dignidade religiosa do outro. Atividade 1. Assinale as alternativas abaixo como VERDADEIRA ou FALSA: a. ( ) A Lei nº 9459/1997 altera a Lei 7716/1989, legislando sobre crimes de preconceito ou discriminação. b. ( ) Difere-se da discriminação por não aceitar a liberdade religiosa e a manifestação plural dos diferentes cultos. c. ( ) A discriminação religiosa pode ser exercida somente por meio de violência física. D. ( ) Com o crescimento da diversidade religiosa no Brasil é verificado um crescimento da discriminação religiosa, tendo sido criado o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, que e no dia 21 de abril. d. ( ) O Brasil não é considerado um estado laico. e. ( ) No Brasil, intolerância religiosa é crime previsto em lei. 2. Defina intolerância religiosa. 3. Para você é importante ter uma religião. image3.png image1.jpeg image2.png