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Parceria
Público-Privada
Direito Administrativo p/ Receita Federal
(Analista Tributário) 2021 - Pré-Edital
Autor:
Antonio Daud
Parceria Público-Privada
26 de Junho de 2021
49729893608 - Fernanda Souza Bezerra
 
 
1 
 
Sumário 
Introdução ........................................................................................................................................................ 2 
Parcerias Público-Privadas (PPPs) .................................................................................................................. 3 
Conclusão ....................................................................................................................................................... 26 
Resumo ........................................................................................................................................................... 27 
Mapas .............................................................................................................................................................. 28 
Questões Comentadas ................................................................................................................................. 29 
Lista de Questões Comentadas .................................................................................................................. 72 
Gabaritos ........................................................................................................................................................ 89 
 
 
Antonio Daud
Parceria Público-Privada
Direito Administrativo p/ Receita Federal (Analista Tributário) 2021 - Pré-Edital
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2 
INTRODUÇÃO 
 Olá amigos! 
Nesta aula iremos estudar especificamente as parcerias público-privadas (PPP), que consistem em 
modalidade de concessão especial de serviços públicos. Comentaremos, principalmente, as 
disposições da Lei 11.079/2004, traçando algumas comparações em relação às concessões 
comuns da Lei 8.987/1995. 
O assunto não é tão frequente em provas, mas é importante estarmos preparados para a 
eventualidade de aparecer questão a este respeito. 
Aproveito para lembrar que a presente aula encontra-se de acordo com a alteração promovida 
pela nova lei de licitações, Lei 14.133/2021, que permitiu a realização de licitações na modalidade 
diálogo competitivo para concessão de serviços públicos. 
 
 
Tudo pronto? Vamos lá! 
 
 
Antonio Daud
Parceria Público-Privada
Direito Administrativo p/ Receita Federal (Analista Tributário) 2021 - Pré-Edital
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3 
PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS (PPPS) 
Nesta aula iremos nos debruçar sobre as parcerias público-privadas (PPPs), instituídas pela Lei 
11.079/2004. 
A criação desta modalidade especial de concessão representa uma tentativa moderna de o poder 
público estabelecer parcerias com o setor privado. 
Como aponta Carvalho Filho1, as PPPs têm sido adotadas com sucesso em vários países (como 
Portugal, Espanha, Inglaterra e Irlanda) e se fundamentam em dois pontos principais: a falta de 
disponibilidade de recursos financeiros do poder público e a eficiência da gestão do setor privado. 
No Brasil há uma série de exemplos de PPPs, como as que envolvem a construção e administração 
de estádios de futebol, a administração de penitenciárias, a construção e operação de centros de 
processamento de dados, escolas, complexos hospitalares, metrô etc. 
A Lei 11.079/2004 foi editada pela União, com fundamento na competência para legislar a respeito 
de normas gerais sobre contratações (CF, art. 22, XXVII). Dessa forma, a grande maioria das regras 
da Lei 11.079/2004 aplicam-se a todas as esferas de governo (União, Estados/DF e Municípios), 
de onde se diz que a Lei sobre as PPPs possui aplicação nacional. 
A exceção a esta aplicação nacional diz respeito ao seu Capítulo VI, com “disposições aplicáveis à 
União”, arts. 14 a 22. Tais dispositivos tratam do órgão gestor das parcerias público-privadas, do 
Fundo Garantidor de PPPs (FGP), das garantias a serem prestadas pelo parceiro público e dos 
limites para a contratação de PPPs. Estas regras, portanto, são “normas federais” apenas, não 
sendo de aplicação obrigatória aos demais entes da federação, que poderão disciplinar a matéria 
dentro de sua própria competência legislativa. 
 
 
 
1 FILHO, José dos Santos Carvalho. Manual de Direito Administrativo. 27ª ed. Atlas. P. 446-447 
Antonio Daud
Parceria Público-Privada
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4 
 
 
Além disso, é importante destacar a aplicação subsidiária das regras da Lei 8.987/1995 e, em 
matéria de licitação, das regras da Lei 8.666/1993. 
Mas o contrário não é verdadeiro! Ou seja, as concessões comuns continuam sendo regidas pela 
Lei 8.987/1995, de sorte que as regras da Lei 11.079/2004 não são aplicadas a elas. 
 
José dos Santos Carvalho Filho2 aponta três principais características das PPPs: 
1) Financiamento do setor privado: “o Poder Público não disponibilizará integralmente (até 
porque não os tem) recursos financeiros para os empreendimentos públicos que contratar”. 
Caberá ao parceiro privado a incumbência de fazer investimentos no empreendimento concedido, 
seja com recursos próprios, seja através de recursos obtidos junto a financiadores do projeto 
 
2 FILHO, José dos Santos Carvalho. Manual de Direito Administrativo. 27ª ed. Atlas. P. 451-452 
Antonio Daud
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5 
2) Compartilhamento dos riscos: o Poder concedente deve se solidarizar com o parceiro 
privado caso ocorram prejuízos ou déficits, ainda que decorram de fatos imprevisíveis (caso 
fortuito, força maior, fato do príncipe e a imprevisão em virtude de álea econômica extraordinária). 
3) Pluralidade compensatória do Estado em favor do concessionário: na PPP admite-se o 
pagamento da contraprestação sob diversas formas. Além do pagamento em pecúnia, a legislação 
admite a cessão de créditos não tributários e a outorga de certos direitos da Administração, fora 
outros estabelecidos em lei. 
O compartilhamento de risco com o poder público foi exigido na seguinte questão: 
CEBRASPE/ TCU – Procurador do Ministério Público (adaptada) 
As contratações de PPPs diferenciam-se das concessões comuns quanto às cláusulas de equilíbrio 
econômico-financeiro ao prever que cumpre ao contrato estabelecer a repartição objetiva de riscos entre as 
partes, incluindo-se os referentes a caso fortuito, força maior, fato do príncipe e álea 
econômica extraordinária. 
Gabarito (C) 
Comparando as PPPs com as concessões tradicionais, Diogo de Figueiredo Moreira Neto3 aponta 
3 principais diferenças: 
1) compartilhamento de riscos (art. 5º, III, Lei 11.079/2004) – já destacada acima; 
2) estabelecimento de garantias do poder público em favor do parceiro privado (art. 5º, 
VIII, Lei 11.079/2004); e 
3) pré-constituição de uma sociedade de propósito específico (SPE), incumbida de 
implantar e de gerir o objeto da parceria. 
 
Uma curiosidade é que a Lei das PPPs prevê sua adoção apenas pelos poderes Legislativo e 
Executivo, não havendo menção quanto à criação de PPPs por entes do Judiciário: 
 
3 NETO, Diogo de Figueiredo Moreira. Curso de Direito Administrativo. GenMétodo. 16ª ed. Item 80.1.2 
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6 
Art. 1º, parágrafo único. Esta Lei aplica-se aos órgãos da administração pública direta dos 
Poderes Executivo e Legislativo,aos fundos especiais, às autarquias, às fundações públicas, 
às empresas públicas, às sociedades de economia mista e às demais entidades controladas 
direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 
Conceito 
INCIDÊNCIA EM PROVA: ALTA 
O conceito legal é por demais sintético, mas já nos permite observar a natureza contratual de uma 
PPP: 
Lei 11.079/2004, art. 2º Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, 
na modalidade patrocinada ou administrativa. 
José dos Santos Carvalho Filho4 detalha o conceito legal afirmando que PPP é o 
acordo firmado entre a Administração Pública e pessoa do setor privado com o objetivo de 
implantação ou gestão de serviços públicos, com eventual execução de obras ou 
fornecimento de bens, mediante financiamento do contratado, contraprestação 
pecuniária do Poder Público e compartilhamento dos riscos e dos ganhos entre os 
pactuantes. 
Percebam tal conceituação aborda um dos elementos marcantes da PPP: remuneração paga pelo 
poder público ao parceiro privado. Segundo a dicção legal, este é o elemento que diferencia as 
PPPs das concessões comuns: 
Lei 10.079/2004, art. 2º, § 3º Não constitui parceria público-privada a concessão comum, 
assim entendida a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei 
no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando não envolver contraprestação pecuniária 
do parceiro público ao parceiro privado. 
A questão abaixo buscou confundir os candidatos a respeito: 
FGV/ TCM-SP – Agente de Fiscalização (adaptada) 
A Lei Federal nº 11.079/04 institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada no 
âmbito da Administração Pública. De acordo com tal lei, é vedada a celebração de contrato de parceria 
público-privada para a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei nº 8.987/95, 
quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários, contraprestação pecuniária do parceiro 
público ao parceiro privado; 
 
4 FILHO, José dos Santos Carvalho. Manual de Direito Administrativo. 27ª ed. Atlas. P. 447 
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7 
Gabarito (E) 
Retornando ao campo doutrinário, temos o conceito proposto por Maria Sylvia Zanella Di Pietro5 
que faz menção às duas modalidades de PPP (detalhadas mais adiante): 
o contrato administrativo de concessão que tem por objeto (a) a execução de serviço 
público, precedida ou não de obra pública, remunerada mediante tarifa paga pelo usuário 
e contraprestação pecuniária do parceiro público, ou (b) a prestação de serviço de que a 
Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, com ou sem execução de obra e 
fornecimento e instalação de bens, mediante contraprestação do parceiro público. 
Modalidades 
INCIDÊNCIA EM PROVA: ALTÍSSIMA 
As PPPs comportam duas modalidades: a concessão patrocinada e a concessão administrativa, 
definidas nos §§1º e 2º do art. 2º da Lei 11.079/2004. 
A modalidade de concessão patrocinada consiste na concessão de serviços públicos ou de obras 
públicas de que trata a Lei nº 8.987/1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos 
usuários, contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado. 
Nesta primeira modalidade, a remuneração do parceiro compreende a tarifa do usuário e, 
também, a contraprestação pecuniária do parceiro público. 
A concessão administrativa, por sua vez, representa o contrato de prestação de serviços de que a 
Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou 
fornecimento e instalação de bens. 
Nesta segunda modalidade, não há pagamento de tarifa pelos usuários. A remuneração do 
parceiro é proveniente exclusivamente da contraprestação do parceiro público, o que aproxima, 
segundo Di Pietro, essa modalidade do contrato de empreitada. 
É interessante destacar, ainda, a lição de Matheus Carvalho6. Segundo ele, na "concessão 
administrativa a própria Administração Pública fica responsável pelo pagamento das tarifas, uma 
vez que ostenta a qualidade de usuária do serviço prestado de forma direta ou indireta". 
 
5 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. Ed. GenMétodo. 31ª ed. 2018. eBook. Item 
8.8.1.4.2 
6 CARVALHO, Matheus. Manual de Direito Administrativo. 4ª ed. Ed. JusPodivm. p. 567 
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8 
A questão abaixo versou sobre as duas modalidades de PPP: 
CEBRASPE/ PGM - Manaus - AM - Procurador do Município 
Quando se tratar da prestação de serviços dos quais a administração pública seja a usuária direta ou indireta, 
poderá ser celebrado contrato de parceria público-privada na modalidade concessão patrocinada. 
Gabarito (E) 
 
Reparem que, em ambas as modalidades, sempre haverá o pagamento de remuneração do poder 
público ao parceiro privado. 
Comparando estas duas modalidades de PPP com a concessão comum, temos o seguinte7: 
 
Fazendo-se um contraponto com a concessão comum, destaco a seguinte questão: 
FCC/ Câmara Legislativa do Distrito Federal – Consultor Legislativo (adaptada) 
A modalidade de contrato administrativo que exige que o investimento da contratada seja remunerado e 
amortizado por meio da exploração do serviço e pagamento de tarifa pelo usuário, observando a modicidade 
tarifária, denomina-se contrato de concessão comum de serviço público, disciplinado pela Lei nº 8.987/1995, 
em que a principal forma de remuneração da contratada é a tarifária, cobrada do usuário. 
 
7 Desconsiderando-se a hipótese excepcional de subvenções do poder público na concessão comum. 
Concessão 
comum apenas TARIFA 
Concessão 
especial (PPP) 
Patrocinada 
TARIFA 
+ 
CONTRAPRESTAÇÃO 
DO PODER PÚBLICO 
Administrativa CONTRAPRESTAÇÃO DO PODER PÚBLICO 
Lei 8.987/1995 
Lei 11.079/2004 
Concessões 
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9 
Gabarito (C) 
 
Vedações 
INCIDÊNCIA EM PROVA: ALTÍSSIMA 
Nos arts. 2º, 4º e 5º da Lei 11.079/2004, o legislador impôs vedações à celebração de PPPs. 
Primeiramente, vedou a celebração de PPPs nas seguintes situações: 
Art. 2º, § 4º É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada: 
I - cujo valor do contrato seja inferior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais); 
II – cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos; ou 
III – que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e 
instalação de equipamentos ou a execução de obra pública. 
 
Quanto ao valor, é importante destacar que, até a edição da Lei 13.529/2017, o valor limite era 
de R$ 20 milhões, de sorte que o atual limite mínimo de PPP é de R$ 10 milhões. 
Quanto ao prazo, além do prazo mínimo de 5 anos, mencionado no inciso II acima, o legislador 
estabeleceu o prazo máximo de 35 anos, já incluída eventual prorrogação: 
Art. 5º, I – o prazo de vigência do contrato, compatível com a amortização dos 
investimentos realizados, não inferior a 5 (cinco), nem superior a 35 (trinta e cinco) anos, 
incluindo eventual prorrogação; 
 
Além disso, quanto ao seu objeto, previsto no inciso III acima, reparem que se vedou a contratação 
única de terceirização (fornecimento de mão-de-obra) ou de fornecimento/instalação de 
equipamentos ou obra. 
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10 
Carvalho Filho8 justifica no sentido de que “se o ajustetiver como único objeto referidas 
atividades, estará ele enquadrado como contrato normal de serviços, compras e obras, regulado 
pela Lei nº 8.666/1993”. 
Portanto, deve-se mesclar ao menos duas das seguintes atividades: 
- fornecimento de mão-de-obra 
- fornecimento e instalação de equipamentos 
- execução de obra pública 
Vejam a questão abaixo a respeito: 
CEBRASPE/ TRF - 5ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto (adaptada) 
Situação hipotética: O estado X pretende realizar obra de restauração no parque estadual com a construção 
de pistas de corrida, quadras poliesportivas e parque aquático. Em decorrência de restrição orçamentária, o 
estado pretende firmar uma PPP para tal fim. 
Assertiva: Nesse caso, é vedada a realização da PPP, por se tratar exclusivamente de contrato de execução 
de obra pública. 
Gabarito (C) 
Por fim, o legislador achou por bem frisar que não são passíveis de delegação mediante PPPs 
atividades exclusivas do Estado, como a regulação, a função jurisdicional e o exercício do poder 
de polícia: 
Art. 4º, III – indelegabilidade das funções de regulação, jurisdicional, do exercício do poder 
de polícia e de outras atividades exclusivas do Estado; 
 
Tal indelegabilidade também já foi cobrada em prova: 
CEBRASPE/ TCU – Auditor de Controle Externo 
Um dos traços caracterizadores da parceria público-privada é a indelegabilidade de funções que somente o 
Estado executa, como, por exemplo, as de regulação e as decorrentes do exercício do poder de polícia. 
Gabarito (C) 
 
 
8 FILHO, José dos Santos Carvalho. Manual de Direito Administrativo. 27ª ed. Atlas. P. 455 
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11 
 
Sintetizando os principais aspectos que caem em prova: 
 
 
PPPs
valor igual ou superior a R$ 10 milhões
prazo
de 5 a 35 anos 
(incluída eventual prorrogação)
Vedada a 
delegação de
atividades exclusivas do Estado, 
regulação, poder de polícia e 
função jurisdicional
Vedado objeto 
único de
fornecimento de mão-de-obra
fornecimento e instalação de 
equipamentos
execução de obra pública
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12 
Cláusulas Contratuais 
INCIDÊNCIA EM PROVA: BAIXA 
Os contratos de parceria público-privada deverão conter, no que couber, as cláusulas previstas no 
art. 23 da Lei 8.987/1995, além das seguintes: 
 
Quanto às formas de atualização dos valores contratuais (art. 5º, IV), é importante destacar que o 
mecanismo deve ser capaz de conferir eficiência ao procedimento e, ao mesmo tempo, assegura 
ao poder público a possibilidade de intervir nos valores atualizados: 
Art. 5º, § 1º As cláusulas contratuais de atualização automática de valores baseadas em 
índices e fórmulas matemáticas, quando houver, serão aplicadas sem necessidade de 
homologação pela Administração Pública, exceto se esta publicar, na imprensa oficial, 
onde houver, até o prazo de 15 (quinze) dias após apresentação da fatura, razões 
fundamentadas nesta Lei ou no contrato para a rejeição da atualização. 
 
C
lá
u
su
la
s 
co
n
tr
at
u
ai
s
prazo de vigência do contrato 
entre 5 e 35 anos, incluindo 
eventual prorrogação
penalidades aplicáveis à Administração Pública e ao parceiro privado
repartição de riscos
inclusive por caso fortuito, 
força maior, fato do príncipe e 
álea econômica extraordinária
formas de remuneração 
formas de atualização dos valores contratuais
mecanismos para a preservação da atualidade da prestação dos 
serviços
fatos que caracterizem a inadimplência pecuniária do parceiro 
público
critérios objetivos de avaliação do desempenho do parceiro privado
garantias de execução prestadas pelo parceiro privado
compartilhamento com a Administração de ganhos econômicos 
efetivos do parceiro privado
realização de vistoria dos bens reversíveis 
cronograma e os marcos para o repasse ao parceiro privado das 
parcelas do aporte de recursos
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13 
Por fim, é possível que os contratos prevejam ainda o seguinte: 
Art. 5º, §2º Os contratos poderão prever adicionalmente: 
I - os requisitos e condições em que o parceiro público autorizará a transferência do 
controle ou a administração temporária da sociedade de propósito específico aos seus 
financiadores e garantidores com quem não mantenha vínculo societário direto, com o 
objetivo de promover a sua reestruturação financeira e assegurar a continuidade da 
prestação dos serviços, não se aplicando para este efeito o previsto no inciso I do parágrafo 
único do art. 27 da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; 
II – a possibilidade de emissão de empenho em nome dos financiadores do projeto em 
relação às obrigações pecuniárias da Administração Pública; 
III – a legitimidade dos financiadores do projeto para receber indenizações por extinção 
antecipada do contrato, bem como pagamentos efetuados pelos fundos e empresas 
estatais garantidores de parcerias público-privadas. 
Contraprestação da Administração Pública 
INCIDÊNCIA EM PROVA: ALTA 
Já vimos que uma característica inafastável da PPP consiste na contraprestação que o poder 
público paga ao parceiro privado. 
Segundo o art. 7º, o pagamento desta contraprestação somente pode ocorrer após o início da 
disponibilização do serviço pelo parceiro privado: 
Lei 11.079/2004, art. 7º A contraprestação da Administração Pública será 
obrigatoriamente precedida da disponibilização do serviço objeto do contrato de parceria 
público-privada. 
Trocando em miúdos... 
Após a celebração da PPP, em geral, tem início uma fase em que o parceiro privado faz uma série 
de investimentos para viabilizar a prestação dos serviços (construção da penitenciária, reforma do 
estádio de futebol, do hospital etc) - fase dos investimentos. Uma vez concluído o 
empreendimento, inicia-se a fase de disponibilização do serviço (ou fase de operação). 
Nesse sentido, o legislador exigiu que o pagamento, pelo concedente, da remuneração devida ao 
parceiro privado somente tenha início após a disponibilização dos serviços. 
Esta disponibilização não necessita ser integral. É possível que, após a disponibilização parcial do 
serviço, o parceiro público inicie o pagamento da contraprestação devida: 
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14 
Lei 11.079/2004, art. 7º, 1o É facultado à administração pública, nos termos do contrato, 
efetuar o pagamento da contraprestação relativa a parcela fruível do serviço objeto do 
contrato de parceria público-privada. 
Tal imposição foi cobrada na seguinte questão: 
FCC/ Câmara Legislativa do Distrito Federal – Consultor Legislativo (adaptada) 
O Distrito Federal firmou contrato de parceria público-privada, cujo objeto é a gestão de uma escola pública, 
que será destinada a crianças de 2 a 6 anos de idade e disponibilizará, no mínimo, 200 vagas à comunidade 
local. Considere que o parceiro privado terá por obrigação construir e equipar a unidade escolar, além de 
oferecer merenda, contratar professores e equipe de apoio administrativo. 
Na situação hipotética, em relação à forma de remuneração do parceiro privado, o contrato deverá prever 
que o início do pagamento da contraprestação fique condicionado ao adimplemento, pelo parceiro privado, 
de todas as obrigações ajustadas, sob pena de nulidade. 
Gabarito (E), pois não se exige o adimplemento integral do contrato, mas a disponibilizaçãode uma parcela 
dos serviços. 
Diferentemente é o caso do aporte de recursos financeiros ao parceiro privado. O legislador 
facultou ao parceiro público aportar recursos financeiros durante a fase dos investimentos – isto 
é, antes do início da prestação dos serviços. Exigiu-se, apenas, que os recursos aportados guardem 
proporcionalidade com as etapas do investimento efetivamente executadas (art. 7º, §2º). 
Correlata a este assunto, temos a seguinte questão de prova: 
FCC/ ARTESP – Especialista em Regulação (adaptada) 
De acordo com o regime jurídico aplicável às PPPs, é possível estabelecer algumas salvaguardas em relação 
ao risco identificado pelos licitantes, entre as quais: 
Aporte de recursos pelo poder concedente durante a fase dos investimentos a cargo do parceiro privado, 
que deverá guardar proporcionalidade com as etapas efetivamente executadas. 
Gabarito (C) 
Além disso, a pluralidade remuneratória (outra característica marcante da PPP) encontra-se 
regulamentada no art. 6º da Lei das PPPs. Assim sendo, o pagamento da contraprestação, após o 
início da fruição (total ou parcial) dos serviços, poderá ser feito das seguintes formas: 
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15 
 
Uma novidade interessante da Lei 11.079/2004 diz respeito ao pagamento de remuneração 
variável. Conforme o desempenho na prestação do serviço, de acordo com metas e padrões 
contratualmente estabelecidos, a remuneração do parceiro privado poderá variar: 
Lei 11.079/2004, art. 6º, § 1º O contrato poderá prever o pagamento ao parceiro privado 
de remuneração variável vinculada ao seu desempenho, conforme metas e padrões de 
qualidade e disponibilidade definidos no contrato. 
Dada a fama que o poder público possui de atrasar seus pagamentos, o legislador estabeleceu 
formas de serem prestadas garantias ao parceiro privado, as quais consistem em uma das espécies 
de garantias tratadas a seguir. 
Garantias 
INCIDÊNCIA EM PROVA: MÉDIA 
A Lei 11.079/2004 previu quatro espécies de garantias aplicáveis a uma PPP: 
a) garantia de execução do contrato (art. 5º, VIII): parceiro privado presta ao público 
b) garantia de cumprimento das obrigações pecuniárias assumidas pelo poder público (art. 
8º): parceiro público presta ao privado 
c) contragarantia à entidade financiadora do projeto (art. 5º, §2º): parceiro público presta à 
financiadora 
d) PPPs de estados, DF ou municípios (art. 28): União presta garantia aos demais entes 
federados 
Adiante vamos analisar cada uma delas! 
meios de pagamento 
ao parceiro privado
ordem bancária
cessão de créditos NÃO 
tributários
outorga de direitos em face da 
Administração Pública
outorga de direitos sobre bens 
públicos dominicais
outros meios admitidos em lei
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Garantia de execução do contrato 
Assim como ocorre nos contratos administrativos regidos pela Lei 8.666/1993, o parceiro público 
poderá exigir que o parceiro privado lhe preste garantias quanto à regular execução contratual 
(art. 5º, VIII), como seguro-garantia, fiança bancária, caução em dinheiro. 
Reparem que a garantia de execução é prestada pelo parceiro privado em favor do público. 
As garantias de execução devem ser suficientes e compatíveis com os ônus e riscos envolvidos, 
aplicando-se as mesmas regras dos contratos administrativos de grande vulto: garantias limitadas 
a 10% do valor do contrato (Lei 8.666/1993, art. 56, §3º). Se a Administração entregar bens ao 
parceiro privado, o valor destes bens deverá ser acrescido na garantia a ser prestada. 
Além disso, tratando-se de PPP na modalidade patrocinada que envolva a execução de obra, a 
garantia deve-se limitar ao valor da obra (Lei 8.987/1995, art. 18, XV). 
Garantias das obrigações contraídas da Administração Pública 
Aqui nós temos a situação inversa: a prestação de garantia pelo parceiro público ao privado. Por 
este motivo, dizemos que na PPP temos garantias recíprocas. Mas, diferentemente da anterior, 
esta espécie de garantia visa a resguardar o pagamento da contraprestação que o parceiro público 
deverá pagar ao privado. 
A prestação de garantias ao parceiro privado não é obrigatória (art. 11, parágrafo único), tratando-
se de faculdade da Administração. Caso se decida por prestá-las (minimizando os riscos do 
parceiro), as garantias deverão ser previstas no edital da licitação prévia à PPP. 
Além disso, segundo o art. 8º, o parceiro público poderá garantir o pagamento de suas obrigações 
pecuniárias por meio do oferecimento das modalidades de garantia: 
a) vinculação de receitas, observado o disposto no inciso IV do art. 167 da Constituição 
Federal (que veda a vinculação à receita de impostos) 
b) instituição ou utilização de fundos especiais previstos em lei 
c) contratação de seguro-garantia com as companhias seguradoras que não sejam 
controladas pelo Poder Público 
d) garantia prestada por organismos internacionais ou instituições financeiras que não 
sejam controladas pelo Poder Público 
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e) garantias prestadas por fundo garantidor ou empresa estatal criada para essa 
finalidade 
f) outros mecanismos admitidos em lei 
 
Esta espécie de garantia foi cobrada na seguinte questão: 
FCC/ ARTESP – Especialista em Regulação (adaptada) 
De acordo com o regime jurídico aplicável às PPPs, é possível estabelecer algumas salvaguardas em relação 
ao risco identificado pelos licitantes, entre as quais: 
Oferecimento de garantias pela Administração contratante em relação às suas contraprestações, prestadas 
por fundo garantidor ou empresa estatal criada para essa finalidade. 
Gabarito (C) 
Contragarantia ao financiador 
Em muitas PPPs, além do envolvimento dos parceiros público e privado, haverá uma instituição 
financiando o projeto. 
Nesta situação, o próprio contrato da PPP poderá prever garantias do parceiro público em favor 
do financiador. Tal garantia pode ser prestada das seguintes formas (art. 5º, §2º): 
a) transferência do controle ou administração temporária da sociedade de propósito 
específico (SPE) aos financiadores e garantidores (step-in right) 
b) emissão de empenho em nome dos financiadores 
c) legitimidade dos financiadores do projeto para receber indenizações por extinção 
antecipada do contrato, bem como pagamentos efetuados pelos fundos e empresas estatais 
garantidores de parcerias público-privadas 
Garantia da União em PPPs dos Estados, DF ou municípios 
Em razão da cooperação federativa, a União poderá prestar garantias em favor dos Estados, DF 
ou municípios para viabilizar a celebração de PPPs por estes (art. 28). 
O legislador exigiu, todavia, que a soma das despesas de caráter continuado derivadas do 
conjunto das parcerias já contratadas por esses entes não pode ter excedido, no ano anterior, a 
5% da receita corrente líquida (RCL) do exercício, e nem as despesas anuais dos contratos vigentes 
nos 10 anos subsequentes excederem a 5% da receita corrente líquida projetada para os 
respectivos exercícios. 
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Licitação Prévia 
INCIDÊNCIA EM PROVA: BAIXÍSSIMA 
Assim como ocorre em relação às concessões comuns, a celebração de uma PPP deve ser 
precedida de licitação, na modalidade concorrência ou diálogo competitivo (Lei 11.079/2004, art. 
10). 
No entanto, tal licitação não seguiráexatamente o rito previsto na Lei 8.987 ou na Lei 8.666. A lei 
das PPPs previu algumas particularidades em relação ao procedimento da modalidade 
concorrência da Lei 8.666 ou da Lei 8.987 (ou diálogo competitivo da Lei 14.133). 
Algumas destas particularidades consistem em condições para a abertura da licitação: 
Art. 10. A contratação de parceria público-privada será precedida de licitação na 
modalidade de concorrência ou diálogo competitivo, estando a abertura do processo 
licitatório condicionada a: 
I – autorização da autoridade competente, fundamentada em estudo técnico que 
demonstre: 
a) a conveniência e a oportunidade da contratação, mediante identificação das razões que 
justifiquem a opção pela forma de parceria público-privada; 
b) que as despesas criadas ou aumentadas não afetarão as metas de resultados fiscais 
previstas no Anexo referido no § 1o do art. 4o da Lei Complementar no 101, de 4 de maio 
de 2000, devendo seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes, ser compensados pelo 
aumento permanente de receita ou pela redução permanente de despesa; e 
c) quando for o caso, conforme as normas editadas na forma do art. 25 desta Lei, a 
observância dos limites e condições decorrentes da aplicação dos arts. 29, 30 e 32 da Lei 
Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, pelas obrigações contraídas pela 
Administração Pública relativas ao objeto do contrato; 
II – elaboração de estimativa do impacto orçamentário-financeiro nos exercícios em que 
deva vigorar o contrato de parceria público-privada; 
III – declaração do ordenador da despesa de que as obrigações contraídas pela 
Administração Pública no decorrer do contrato são compatíveis com a lei de diretrizes 
orçamentárias [LDO] e estão previstas na lei orçamentária anual [LOA]; 
IV – estimativa do fluxo de recursos públicos suficientes para o cumprimento, durante a 
vigência do contrato e por exercício financeiro, das obrigações contraídas pela 
Administração Pública; 
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==1cfed8==
 
 
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V – seu objeto estar previsto no plano plurianual em vigor no âmbito onde o contrato será 
celebrado; 
VI – submissão da minuta de edital e de contrato à consulta pública, mediante publicação 
na imprensa oficial, em jornais de grande circulação e por meio eletrônico, que deverá 
informar a justificativa para a contratação, a identificação do objeto, o prazo de duração 
do contrato, seu valor estimado, fixando-se prazo mínimo de 30 (trinta) dias para 
recebimento de sugestões, cujo termo dar-se-á pelo menos 7 (sete) dias antes da data 
prevista para a publicação do edital; e 
VII – licença ambiental prévia ou expedição das diretrizes para o licenciamento ambiental 
do empreendimento, na forma do regulamento, sempre que o objeto do contrato exigir. 
Reparem que o legislador se preocupou com os impactos orçamentários da concessão especial 
para o ente público. Assim, exigiu que o objeto do contrato esteja previsto no plano plurianual 
(PPA) relativo ao período de execução do ajuste (art. 10, inciso V). Nesse sentido, a Administração 
deve estimar o impacto orçamentário-financeiro provocado pelo empreendimento, devendo o 
ordenador de despesa declarar que as obrigações decorrentes do contrato são compatíveis com 
a LDO (lei de diretrizes orçamentárias) e que estão previstas na LOA (lei orçamentária anual) - art. 
10, incisos II e III. 
Para que tudo isto seja feito, o poder concedente deve estimar o fluxo de recursos públicos 
necessários ao cumprimento do objeto do contrato e ao adimplemento das obrigações assumidas 
pela Administração (art. 10, IV). 
Além da avaliação orçamentária, o legislador impôs a realização de consulta pública como 
condição para a publicação do edital (inciso VI). 
Outra condição importante consiste na exigência de licença ambiental (ou das diretrizes para a 
obtenção) - art. 10, inciso VII), o que materializa os requisitos de sustentabilidade ambiental do 
empreendimento. 
O §3º do art. 10 exige, ainda, autorização legislativa específica quando se pretender celebrar 
concessão patrocinada, quando couber à Administração o pagamento de mais de 70% da 
remuneração a ser paga ao concessionário. 
Por fim, tratando-se de PPP de nível federal, o art. 15 exige que o edital da licitação seja submetido 
e avaliado pelo “órgão gestor de PPP”, detalhado mais adiante. 
Procedimento licitatório 
A Lei das PPPs previu particularidades no procedimento licitatório, mas, quanto aos demais 
aspectos, remeteu à Lei 8.666 da seguinte forma: 
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Art. 12. O certame para a contratação de parcerias público-privadas obedecerá ao 
procedimento previsto na legislação vigente sobre licitações e contratos administrativos 
e também ao seguinte: (..) 
Uma destas particularidades consiste na possibilidade de se realizar a qualificação técnica prévia: 
Art. 12, I – o julgamento poderá ser precedido de etapa de qualificação de propostas 
técnicas, desclassificando-se os licitantes que não alcançarem a pontuação mínima, os 
quais não participarão das etapas seguintes; 
Caso seja realizada esta pré-qualificação, os licitantes que não atenderem aos requisitos técnicos 
são previamente “desclassificados” do certame, não participando da etapa competitiva. 
Projetos Básico e Executivo 
Outra distinção em relação às licitações regidas pela Lei 8.666/1993, consiste na possibilidade de 
dispensa da prévia elaboração do projeto básico. 
Nas licitações para obras e serviços em geral (Lei 8.666/1993), é obrigatório que o ente público 
elabore o chamado “projeto básico” (Lei 8.666/1993, art. 7º, I, e §2º, I), que descreve um conjunto 
de informações suficientes para a caracterização da obra ou do serviço e permite ao licitante 
avaliar o seu custo. 
Já na licitação que antecede uma PPP, é possível que o projeto básico seja elaborado pelo próprio 
parceiro privado, em momento posterior à celebração do contrato. Esta é uma forma de se ganhar 
eficiência e de o parceiro privado compartilhar parte dos riscos envolvidos na contratação. 
Assim, no caso da PPP, é aceitável a elaboração de estudos ao simples nível de anteprojeto, a 
partir dos quais o licitante irá estimar o valor dos investimentos: 
Lei 11.079/2004, art. 10, § 4o Os estudos de engenharia para a definição do valor do 
investimento da PPP deverão ter nível de detalhamento de anteprojeto, e o valor dos 
investimentos para definição do preço de referência para a licitação será calculado com 
base em valores de mercado considerando o custo global de obras semelhantes no Brasil 
ou no exterior ou com base em sistemas de custos que utilizem como insumo valores de 
mercado do setor específico do projeto, aferidos, em qualquer caso, mediante orçamento 
sintético, elaborado por meio de metodologia expedita ou paramétrica. 
Quanto ao projeto executivo, não há diferenças relevantes com o regime da Lei 8.666, pois esta 
já autorizava a sua elaboração pelo próprio contratado, de modo concomitante à execução do 
contrato (Lei 8.666/1993, art. 7º, §1º, parte final). 
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Formalização das propostas 
Diferentemente do que ocorre na licitação prévia à concessão comum, prevista na Lei 8.987, na 
PPP haverá a possibilidade de oferecimento de lances verbais, admitidos aos licitantes que 
houverem oferecido propostas por escrito. 
Percebam, portanto, que a Lei 11.079 admite duas modalidades de proposta: 
a) proposta exclusivamente escrita, apresentada em envelope lacrado;b) proposta por escrito, seguida de lances em viva voz (art. 12, III, a e b). 
Critérios de julgamento 
Os critérios de julgamento da licitação que antecede a PPP são os seguintes (art. 12, II): 
➢ menor valor da tarifa 
➢ combinação do menor valor da tarifa com o de melhor técnica 
➢ menor valor da contraprestação a ser paga pela Administração 
➢ combinação do menor valor da contraprestação da Administração com o de melhor técnica 
 
Em síntese: 
 
Inversão das etapas 
Assim como o fez a Lei 8.987, a Lei das PPPs também admite que o edital preveja a inversão da 
ordem das fases de habilitação e julgamento (art. 13) – idêntica à que se observa na modalidade 
licitatória do pregão (Lei 10.520/2002). 
Critérios de julgamento – licitação prévia à PPP
menor tarifa 
menor tarifa 
+
melhor técnica
menor 
contraprestação 
paga pela 
Administração
menor 
contraprestação da 
Administração 
+ 
melhor técnica
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Assim, caso o edital da licitação contenha tal previsão, após terem sido recebidas e classificadas 
as propostas, avalia-se apenas a documentação de habilitação do licitante melhor classificado. 
Caso a documentação ateste sua qualificação para a prestação dos serviços, tal licitante será 
declarado vencedor (não se avaliando a documentação de habilitação dos demais licitantes). 
Sociedade de Propósito Específico (SPE) 
INCIDÊNCIA EM PROVA: MÉDIA 
Como vimos no tópico anterior, a seleção do parceiro privado é realizada por meio de licitação. 
No entanto, quem celebra o contrato não será a empresa vencedora da licitação, mas uma outra 
pessoa jurídica, constituída especificamente para tal propósito. 
 
 
A legislação exige que o licitante que se sagrou vencedor na licitação constitua uma sociedade de 
propósito específico (SPE). 
É esta sociedade quem irá celebrar o contrato da PPP, incumbindo-se de implantar e gerir o objeto 
da parceria (art. 9º) 
 
 
Como o contrato é celebrado com a SPE, esta deve ser constituída antes da celebração do 
contrato. 
Segundo Carvalho Filho9 a exigência da SPE demonstra que o legislador pretendeu “colocar em 
apartado a pessoa jurídica interessada na parceria, de um lado, e a pessoa jurídica incumbida da 
execução do objeto do contrato, de outro”. Com isto, permite-se ao poder concedente melhor 
fiscalizar as atividades, o desempenho e as contas do parceiro privado. 
Segundo leciona o mesmo autor, caso o licitante selecionado descumpra tal obrigação, “o poder 
concedente não poderá celebrar o contrato com a sociedade primitiva”, devendo convocar o 
próximo licitante, seguindo a classificação obtida. 
 
9 FILHO, José dos Santos Carvalho. Manual de Direito Administrativo. 27ª ed. Atlas. P. 459 
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A constituição da SPE poderá ocorrer sob a forma de companhia aberta, com valores mobiliários 
admitidos a negociação no mercado (art. 9º, §2º), ou companhia fechada. 
Além disso, a SPE deverá obedecer a padrões de governança corporativa e adotar contabilidade 
e demonstrações financeiras padronizadas, conforme regulamento (art. 9º, §3º). 
Uma vez constituída a SPE, a lei veda a transferência do seu controle sem a autorização da 
Administração Pública. Além disso, aquele que assumir o controle da sociedade deverá preencher 
os requisitos relativos à capacidade técnica, idoneidade financeira e regularidade jurídica e fiscal, 
que o habilitem à execução do contrato, além de assumir o compromisso de cumprir todas as 
cláusulas do contrato em vigor (art. 9, §1º). 
No entanto, a legislação facilita que o controle ou a administração da SPE seja assumido por seus 
financiadores ou garantidores. Neste caso específico, a instituição que aportou recursos na SPE 
poderá assumir seu controle, com objetivo de promover a sua reestruturação financeira e 
assegurar a continuidade da prestação dos serviços. Assim, o contrato da PPP poderá se adiantar 
e prever em que condições os financiadores da SPE poderiam assumir seu controle: 
Lei 11.079/2004, art. 5º, § 2º Os contratos poderão prever adicionalmente: 
I - os requisitos e condições em que o parceiro público autorizará a transferência do 
controle ou a administração temporária da sociedade de propósito específico aos seus 
financiadores e garantidores com quem não mantenha vínculo societário direto, com o 
objetivo de promover a sua reestruturação financeira e assegurar a continuidade da 
prestação dos serviços, não se aplicando para este efeito o previsto no inciso I do parágrafo 
único do art. 27 da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; 
Por fim, destaca-se que é vedado à Administração Pública ser titular da maioria do capital votante 
da SPE (§4º), exceto se tal situação decorrer da aquisição de SPE por instituição financeira 
controlada pelo Poder Público, em caso de inadimplemento de contratos de financiamento (§5º). 
Uma das exigências impostas às SPEs foi cobrada na seguinte questão: 
CEBRASPE/ TCU – Auditor de Controle Externo – Auditoria Governamental 
As chamadas sociedades de propósito específico, constituídas com a finalidade precípua de implantar e gerir 
o objeto dos contratos de parceria público-privada, devem obedecer a padrões de governança corporativa, 
os quais vêm sendo crescentemente exigidos, tanto no âmbito da administração pública como no do setor 
privado. 
Gabarito (C) 
Normas Aplicáveis à União 
INCIDÊNCIA EM PROVA: BAIXA 
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Como vimos no início da aula, algumas regras da lei das PPPs aplicam-se apenas à União. Estas 
normas federais encontram-se previstas nos arts. 14 a 22 da Lei 11.079. 
Na presente seção, iremos nos concentrar nas disposições relacionados ao (i) órgão gestor de 
PPPs e ao (ii) fundo garantidor de PPPs. 
Órgão gestor de PPPs 
O art. 14 determina que seja criado, no nível federal, um órgão gestor de PPPs, com as seguintes 
atribuições: 
Art. 14, I – definir os serviços prioritários para execução no regime de parceria público-
privada; 
II – disciplinar os procedimentos para celebração desses contratos; 
III – autorizar a abertura da licitação e aprovar seu edital; 
IV – apreciar os relatórios de execução dos contratos. 
Perceba, a partir do inciso III acima, que licitações que antecedem as PPPs federais devem ser 
submetidas à avaliação do órgão gestor (art. 15). 
Para desempenhar tais atribuições, o órgão conta com os seguintes participantes: 
Art. 14, § 1º O órgão mencionado no caput deste artigo será composto por indicação 
nominal de um representante titular e respectivo suplente de cada um dos seguintes 
órgãos: 
I – Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, ao qual cumprirá a tarefa de 
coordenação das respectivas atividades; 
II – Ministério da Fazenda; 
III – Casa Civil da Presidência da República. 
Fundo Garantidor de PPPs (FGP) 
Uma regra importante, aplicável especificamente à União (administração direta e indireta), diz 
respeito à constituição de um Fundo Garantidor de PPPs (FGP). O Fundo tem como finalidade 
prestar garantia de pagamento de obrigações pecuniárias assumidas pelos parceiros públicos, 
sejam federais, distritais, estaduais ou municipais. 
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Nos termos do art. 16 da Lei 11.079, a União, seus fundos especiais, suas autarquias, suas 
fundações públicase suas empresas estatais dependentes estão autorizadas a participar, no limite 
global de R$ 6 bilhões no referido Fundo. 
O FGP terá natureza privada e patrimônio próprio, separado do patrimônio dos cotistas, e será 
sujeito a direitos e obrigações próprios (art. 16, §1º). 
O Fundo será criado, administrado, gerido e representado por instituição financeira federal, isto 
é, controlada, direta ou indiretamente, pela União (art. 17). Atualmente, o Banco do Brasil é 
responsável pela gestão do fundo. 
 
Antonio Daud
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CONCLUSÃO 
Bem, pessoal, 
Nesta aula temos que ficar atentos às modalidades de PPP, vedações aplicáveis, bem como às 
formas de pagamento em favor do parceiro privado. 
Adiante teremos, como de costume, nosso resumo e as questões comentadas relacionadas ao 
tema da aula de hoje =) 
 
 
Um abraço e bons estudos, 
Prof. Antonio Daud 
 
 
@professordaud 
 
www.facebook.com/professordaud 
 
 
 
 
 
 
Antonio Daud
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RESUMO 
 
 
Parceria Público-Privada (PPP) 
✓ Concessão especial de serviços públicos, em que é obrigatória a contraprestação paga pelo parceiro 
público ao privado. 
✓ Objetiva a implantação ou gestão de serviços públicos, com eventual execução de obras ou 
fornecimento de bens 
Modalidades 
✓ Concessão patrocinada: tarifa dos usuários + contraprestação pecuniária do 
parceiro público ao parceiro privado 
✓ Concessão administrativa: Administração Pública é a usuária dos serviços 
concedidos (direta ou indireta) 
Vedações 
✓ Valor da PPP: igual ou superior a R$ 10 milhões 
✓ Prazo: de 5 a 35 anos (incluída eventual prorrogação) 
✓ Vedada delegação de atividades exclusivas do Estado, regulação, poder 
de polícia e função jurisdicional 
✓ Deve-se mesclar ao menos 2 atividades entre as seguintes: 
o fornecimento de mão-de-obra 
o fornecimento e instalação de equipamentos 
o execução de obra pública 
Formas de 
pagamento da 
contraprestação 
✓ ordem bancária 
✓ cessão de créditos NÃO tributários 
✓ outorga de direitos em face da Administração Pública 
✓ outorga de direitos sobre bens públicos dominicais 
✓ outros meios admitidos em lei 
Licitação Prévia 
✓ modalidade concorrência ou diálogo competitivo 
o admitida a inversão de fases e apresentação de lances verbais 
✓ edital precedido de consulta pública e de estudo técnico aprovado pela 
autoridade competente 
✓ admite-se qualificação técnica prévia 
Sociedade de 
Propósito Específico 
(SPE) 
✓ é quem celebra o contrato da PPP com o parceiro público e se incumbe 
de implantar e gerir o objeto da parceria 
✓ constituída antes da celebração do contrato 
✓ pode assumir forma de companhia aberta 
✓ vedado à Administração Pública ser titular da maioria do capital votante 
da SPE, exceto se tal situação decorrer da aquisição de SPE por instituição 
financeira controlada pelo Poder Público. 
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MAPAS 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
1. Cebraspe/TCE-RJ – Auditor - 2021 
É facultada a constituição de patrimônio de afetação que não se comunicará com o restante do patrimônio 
do fundo garantidor de parcerias público-privadas, ficando vinculado exclusivamente à garantia em virtude 
da qual tiver sido constituído. 
Comentários: 
Questão que cobrou regra da Lei das PPPs especificamente dirigida ao FGP (fundo garantidor de PPPs), o 
qual tem como finalidade prestar garantia de pagamento das obrigações pecuniárias que os parceiros 
públicos assumem perante os parceiros particulares. Neste caso, faculta-se a separação de uma parcela do 
fundo que não se comunicaria com o restante de seu patrimônio: 
Lei 11.079/2004, art. 21. É facultada a constituição de patrimônio de afetação que não se 
comunicará com o restante do patrimônio do FGP, ficando vinculado exclusivamente à 
garantia em virtude da qual tiver sido constituído, não podendo ser objeto de penhora, 
arresto, seqüestro, busca e apreensão ou qualquer ato de constrição judicial decorrente de 
outras obrigações do FGP. 
Parágrafo único. A constituição do patrimônio de afetação será feita por registro em 
Cartório de Registro de Títulos e Documentos ou, no caso de bem imóvel, no Cartório de 
Registro Imobiliário correspondente. 
Gabarito (C) 
2. Cebraspe/TCE-MG – Direito – 2018 (adaptada) 
No que concerne às parcerias público-privadas, julgue os seguintes itens. 
I A Lei Geral de Parceria Público-Privada aplica-se aos órgãos da administração pública direta dos 
Poderes Executivo e Legislativo, mas não ao Poder Judiciário 
II A celebração de parceria público-privada é condicionada à realização de licitação 
obrigatoriamente na modalidade de concorrência pública ou diálogo competitivo 
III É vedada a celebração de parceria público-privada por contrato de valor inferior a vinte milhões 
de reais 
IV Na contratação de parceria público-privada, eventuais riscos do negócio deverão ser arcados 
integralmente pelo parceiro privado 
Antonio Daud
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30 
Estão certos apenas os itens 
a) I e II 
b) I e III 
c) III e IV 
d) I, II e IV 
e) II, III e IV 
Comentários: 
O item I cobrou um detalhe presente na Lei 11.079/2004 e pode ser considerado correto dada a 
ausência de menção ao Poder Judiciário no dispositivo abaixo: 
Art. 1º, parágrafo único. Esta Lei aplica-se aos órgãos da administração pública direta dos 
Poderes Executivo e Legislativo, aos fundos especiais, às autarquias, às fundações públicas, 
às empresas públicas, às sociedades de economia mista e às demais entidades controladas 
direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 
O item II está correto. Sendo uma modalidade de concessão de serviço público, a PPP exige prévia 
licitação na modalidade concorrência ou diálogo competitivo, consoante explicita o seguinte 
dispositivo da Lei 11.079/2004 (alterado pela Lei 14.133/2021): 
Art. 10. A contratação de parceria público-privada será precedida de licitação na 
modalidade de concorrência ou diálogo competitivo, estando a abertura do processo 
licitatório condicionada a: 
O item III está incorreto, pois veda-se a celebração de PPPs com valor inferior a R$ 10 milhões. 
Art. 2º, § 4º É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada: 
I - cujo valor do contrato seja inferior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais); 
O item IV está incorreto. Ao contrário, uma das características marcantes da PPP é o 
compartilhamento dos riscos. O Poder concedente se solidariza com o parceiro privado caso 
ocorram prejuízos ou déficits, ainda que decorram de fatos imprevisíveis (caso fortuito, força 
maior, fato do príncipe e a imprevisão em virtude de álea econômica extraordinária). 
Gabarito (A) 
Antonio Daud
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31 
3. CEBRASPE/ IPHAN – Analista I – Área 8 – 2018 
Em relação ao modelo de parcerias público-privadas, julgue o próximo item. 
A emissão de título de desempenho (performance bond) tem o objetivode garantir a 
previsibilidade do fluxo financeiro dos projetos de concessão. 
Comentários: 
O performance bond, de origem norte-americana, consiste em um seguro-garantia que busca 
assegurar a execução de um contrato. No âmbito das PPPs, tal seguro pode ser utilizado como 
garantia fornecida pelo parceiro privado em benefício do parceiro público, reduzindo o risco de 
inexecução do contrato (Lei 11.079/2004, art. 5º, VIII). 
Dessa forma, tal título não tem objetivo de garantir fluxo financeiro, mas de garantir a execução 
do contrato. 
Gabarito (E) 
4. CEBRASPE/ IPHAN – Analista I – Área 8 – 2018 
Em relação ao modelo de parcerias público-privadas, julgue o próximo item. 
Nas parcerias público-privadas, o governo delega a operação mercantil ao setor privado, mas 
mantém as atividades de planejamento, monitoramento e regulação. 
Comentários: 
De fato, as atividades de planejamento, monitoramento e regulação não são delegadas por meio 
da PPP, na medida em que são atividades exclusivas do Estado: 
Art. 4º, III – indelegabilidade das funções de regulação, jurisdicional, do exercício do poder 
de polícia e de outras atividades exclusivas do Estado; 
A atividade de circulação de mercadorias (atividade mercantil), no entanto, é característica da 
iniciativa privada, ficando a cargo do parceiro privado em uma PPP. 
Gabarito (C) 
5. CEBRASPE/ IPHAN – Analista I – Área 8 – 2018 
Em relação ao modelo de parcerias público-privadas, julgue o próximo item. 
Antonio Daud
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O governo federal concentra a maior parte das parcerias público-privadas no Brasil. 
Comentários: 
Questão atípica, que mesclou Direito Administrativo com atualidades, mas que está incorreta, na 
medida em que a grande maioria das PPPs brasileiras, atualmente, estão concentradas nas esferas 
estaduais e municipais. Como temos mais de 5.000 entes municipais e estaduais, é natural que 
estes concentrem a maior parte das PPPs. 
Gabarito (E) 
6. CEBRASPE/ IPHAN – Analista I – Área 8 – 2018 
Em relação ao modelo de parcerias público-privadas, julgue o próximo item. 
A análise da viabilidade econômica e financeira do projeto é o principal desafio para a realização 
de parceria público-privada administrativa. 
Comentários: 
A análise da viabilidade econômico-financeira assume papel de protagonismo nas PPPs 
patrocinadas, ao considerar, de um lado, os custos do projeto e, de outro, a previsão de receita 
proveniente de tarifa dos usuários (além da contraprestação do parceiro público). 
Exemplo: considerando que o projeto exigirá um desembolso de 20 milhões, qual o valor da tarifa 
e a quantidade de usuários será necessária para tornar o empreendimento economicamente viável 
em 20 anos? 
Na PPP administrativa, a seu turno, tal análise assume menor importância, dado que não envolve 
o recebimento de tarifas. 
Gabarito (E) 
7. CEBRASPE/ CGM de João Pessoa – PB – Conhecimentos Básicos – Cargos: 1, 2 e 3 – 2018 
A respeito de concessão administrativa, julgue o item subsecutivo. 
Tratando-se de concessão administrativa, a administração pública é usuária direta ou indireta da 
prestação de serviços, enquanto, no caso de concessão patrocinada, há cobrança de tarifa dos 
usuários particulares. 
Comentários: 
Antonio Daud
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33 
Questão sem grandes dificuldades, que definiu corretamente as duas modalidades de PPP. 
Relembrando: 
 
Gabarito (C) 
8. CEBRASPE/ TRT - 7ª Região (CE) – Analista Judiciário – Área Judiciária – 2017 
Define-se concessão administrativa como 
a) parceria público-privada em que a remuneração do parceiro privado é realizada pelo Estado e 
por tarifa paga pelos usuários do serviço. 
b) concessão de serviço público essencial. 
c) parceria público-privada que tem a administração pública como usuária direta ou indireta, sem 
pagamento de tarifas pelos usuários particulares. 
d) concessão de serviço público a entidade da administração pública indireta. 
Comentários: 
A “concessão administrativa” representa uma modalidade de PPP, assim definida na Lei 11.079: 
Lei 11.079/2004, art. 2º, § 2o Concessão administrativa é o contrato de prestação de 
serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva 
execução de obra ou fornecimento e instalação de bens. 
Reparem que, diferentemente da concessão patrocinada, na administrativa não há pagamento de 
tarifa. A remuneração do parceiro é proveniente exclusivamente da contraprestação do parceiro 
público. 
Gabarito (C) 
9. CEBRASPE/ PC-PE – Delegado de Polícia – 2016 
modalidades de 
PPP
concessão 
administrativa
Administração Pública é a usuária 
do serviço (direta ou indireta)
concessão 
patrocinada
Concessão de serviços públicos, 
com cobrança de tarifa
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Tendo como referência a legislação aplicável ao regime de concessão e permissão de serviços 
públicos e às parcerias público-privadas, assinale a opção correta. 
a) De acordo com a Lei n.º 8.987/1995, as permissões de serviço público feitas mediante licitação 
não podem ser formalizadas por contrato de adesão. 
b) Em relação à parceria público-privada, entende-se por concessão administrativa o contrato de 
prestação de serviços de que a administração pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que 
envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens. 
c) As agências reguladoras não podem promover licitações que tenham por objeto a concessão 
de serviço público do objeto por ela regulado. 
d) É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada cujo período de prestação do 
serviço seja superior a cinco anos. 
e) Por meio da concessão, o poder público delega a prestação de serviço público a concessionário 
que demonstre capacidade para seu desempenho, sendo esse serviço realizado por conta e risco 
do poder concedente. 
Comentários: 
A letra (a) está incorreta. Pelo contrário, a Lei 8.987 define, expressamente, a permissão como 
sendo um contrato de adesão: 
Art. 40. A permissão de serviço público será formalizada mediante contrato de adesão, 
que observará os termos desta Lei, das demais normas pertinentes e do edital de licitação, 
inclusive quanto à precariedade e à revogabilidade unilateral do contrato pelo poder 
concedente. 
A letra (b), por sua vez, está correta, pois transcreveu a seguinte definição legal: 
Lei 11.079/2004, art. 2º, § 2o Concessão administrativa é o contrato de prestação de 
serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva 
execução de obra ou fornecimento e instalação de bens. 
A letra (c) está incorreta. As agências reguladoras regulam um setor e, assim, podem promover 
licitações para concessão dos serviços por elas regulados. A Aneel (Agência Nacional de Energia 
Elétrica), por exemplo, realiza uma série de licitações para concessão de serviços de geração, 
transmissão e distribuição de energia elétrica, seguindo diretrizes emanadas do poder 
concedente. 
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35 
A letra (d), incorreta, afirma justamente o contrário da restrição prevista na Lei 11.079. Uma PPP 
tem prazo mínimo de 5 anos. Seu prazo máximo (incluindo prorrogações) será de 35 anos. 
Por fim, a letra (e) está incorreta, pois os serviços delegados são prestados por conta e risco doconcessionário – não do poder concedente: 
Lei 8.987/1995, art. 2º, II - concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, 
feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência ou diálogo 
competitivo, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para 
seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado; 
Gabarito (B) 
10. CEBRASPE/ TCU – Auditor de Controle Externo - 2013 
A propósito de parcerias público-privadas, julgue o item subsequente. 
Se o governo de determinado estado da Federação, ao contratar uma empresa privada para a 
construção e administração de uma penitenciária, realizar pagamento mensal proporcional ao 
número de detentos e fiscalizar a prestação dos serviços, estará executando o contrato de 
concessão patrocinada, por meio do qual o concessionário recebe da administração, em caráter 
adicional ao pagamento efetuado pelos beneficiários, a contraprestação pecuniária devida. 
Comentários: 
Neste tipo de questão, temos que nos lembrar que, na concessão administrativa, não há 
pagamento de tarifa. Ora, este é justamente o caso, já que os presidiários, obviamente, não pagam 
tarifa pelo “serviço” oferecido na penitenciária. 
Dessa forma, as PPPs de complexos penitenciários não são na modalidade patrocinada. Neste 
caso, podemos dizer que a Administração é a usuária direta dos serviços e a população em geral 
é a usuária indireta. 
Gabarito (E) 
11. CEBRASPE/ TCU – Auditor de Controle Externo – Auditoria Governamental – 2011 
A respeito das PPPs, julgue o item a seguir. 
Suponha que, após a realização de procedimento licitatório, na modalidade de concorrência, 
tenha sido firmada uma PPP com o objetivo único de executar obra pública e que as obrigações 
pecuniárias assumidas pela administração pública tenham sido oferecidas mediante garantia 
prestada por organismos internacionais. Considerando-se essa situação, é correto afirmar que há 
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ofensa à legislação de regência, visto que é vedada a celebração de contrato de PPP que tenha 
por único objeto a execução de obra pública, embora a garantia prestada por organismo 
internacional seja admitida pela lei como garantia das obrigações pecuniárias assumidas pela 
administração pública. 
Comentários: 
Questão interessante, que deve ser analisada sob dois aspectos: (i) o fato de o objeto da PPP ser 
exclusivamente a execução de obra e (ii) o fato de a garantia ter sido prestada por organismo 
internacional. 
Primeiramente, é importante destacar que o objeto da PPP não poderá ser exclusivamente a 
execução de uma obra: 
Art. 2º, § 4º É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada: 
(..) 
III – que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e 
instalação de equipamentos ou a execução de obra pública. 
Caso a administração pretenda apenas executar uma obra, sem a prestação de serviço público, 
deverá celebrar um contrato de empreitada, nos moldes da Lei 8.666/1993, já que não se trataria 
de uma concessão. Nas PPPs, deve-se mesclar ao menos duas das seguintes atividades: 
- fornecimento de mão-de-obra 
- fornecimento e instalação de equipamentos 
- execução de obra pública 
Já quanto à garantia, não há qualquer óbice a que organismo internacional preste garantia ao 
parceiro privado, visando assegurar o cumprimento das obrigações contraídas pela Administração 
Pública. 
Art. 8º As obrigações pecuniárias contraídas pela Administração Pública em contrato de 
parceria público-privada poderão ser garantidas mediante: 
IV – garantia prestada por organismos internacionais ou instituições financeiras que não 
sejam controladas pelo Poder Público; 
Gabarito (C) 
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12. VUNESP/Prefeitura de São Roque – Advogado – 2020 
Suponha que municípios limítrofes, com o objetivo de conferir viabilidade econômica a projeto de Parceria 
Público-Privada (PPP) destinado a aprimorar o sistema de iluminação pública das cidades, celebrem contrato 
de consórcio público a fim de permitir a gestão associada do serviço. A celebração do contrato resultou na 
criação de uma associação pública. 
Considerando a situação hipotética e o disposto na Lei n° 11.107/05, assinale a alternativa correta. 
a) Não poderá ser conferida à associação pública a competência para a celebração do contrato de PPP, por 
se tratar de entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado. 
b) O contrato de consórcio pode prever a cessão de móveis dos municípios à associação pública, por força 
da gestão associada do serviço. 
c) A associação pública apenas integrará a Administração Indireta do município que for responsável pela 
gestão do consórcio. 
d) O consórcio público somente poderia ser constituído quando o protocolo de intenções esteja ratificado 
por lei por todos os Municípios subscritores do contrato. 
e) Extinto o consórcio, perderá eficácia o contrato de programa que contenha autorização para a realização 
de despesas relacionadas à gestão associada do serviço. 
Comentários 
Nesta questão, cobrou-se conhecimento da Lei 11.107/2005, que dispõe sobre os consórcios públicos, e da 
Lei 11.079/2004, que dispõe sobre as parcerias público-privadas. 
A letra (A) está incorreta. Primeiramente, porque a associação pública consiste no consórcio público de 
direito público, as quais possuem natureza autárquica, nos termos do art. 41, inciso V do Código Civil: 
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: (...) 
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; 
Ademais, a Lei 11.079/2004 – Lei das PPPs - esclarece que: 
Art.1º, parágrafo único. Esta Lei aplica-se aos órgãos da administração pública direta dos 
Poderes Executivo e Legislativo, aos fundos especiais, às autarquias, às fundações públicas, 
às empresas públicas, às sociedades de economia mista e às demais entidades controladas 
direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 
A letra (B) está correta. A Lei 11.107/2005 abre essa possibilidade por força de gestão associada de serviços 
públicos, autorizando que o ente consorciado ceda bens ao consórcio: 
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Art. 4º, §3º É nula a cláusula do contrato de consórcio que preveja determinadas 
contribuições financeiras ou econômicas de ente da Federação ao consórcio público, salvo 
a doação, destinação ou cessão do uso de bens móveis ou imóveis e as transferências ou 
cessões de direitos operadas por força de gestão associada de serviços públicos. 
A letra (C) está incorreta, pois o consórcio público de direito público (associação pública) integrará a 
administração indireta de todos os entes federativos consorciados: 
Lei 11.107/2005. Art. 6º, §1º. O consórcio público com personalidade jurídica de direito 
público integra a administração indireta de todos os entes da Federação consorciados. 
A letra (D) está incorreta. O consórcio é constituído por contrato e não há obrigatoriedade de que todos os 
entes da Federação que subscreveram o protocolo de intenções celebrem o contrato: 
Lei 11.107/2005, art. 5º O contrato de consórcio público será celebrado com a ratificação, 
mediante lei, do protocolo de intenções. 
§ 1º O contrato de consórcio público, caso assim preveja cláusula, pode ser celebrado por 
apenas 1 (uma) parcela dos entes da Federação que subscreveram o protocolo de 
intenções. 
A letra (E) está incorreta. O contrato de programa vigora, nessas condições,mesmo que o consórcio seja 
extinto: 
Lei 11.107/2005. Art. 13 §4º. O contrato de programa continuará vigente mesmo quando 
extinto o consórcio público ou convênio de cooperação que autorizou a gestão associada 
de serviços públicos. 
Gabarito (B) 
13. VUNESP – PGM São José dos Campos/2019 
A respeito das Parcerias Público-Privadas (PPP), assinale a alternativa correta. 
a) É ilegal prever remuneração variável pelo parceiro público ao parceiro privado vinculada ao seu 
desempenho. 
b) A legislação exige a repartição objetiva de riscos, ordinários e extraordinários, o que não significa 
compartilhamento equânime dos riscos. 
c) A repartição objetiva dos riscos altera diretamente o regime da responsabilidade civil inerente à prestação 
do serviço público. 
d) Não é admitida a participação direta dos autores ou responsáveis pelos projetos, básico ou executivo, nas 
licitações e execução das obras ou serviços em PPP. 
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39 
e) O Fundo Garantidor de Parcerias possui natureza pública, patrimônio separado dos cotistas e deve ser 
administrado por instituição financeira controlada pela União. 
Comentários: 
Questão capciosa, que exigiu profundo conhecimento das regras aplicáveis às PPPs. 
A letra (a) está incorreta, uma vez que é permitida a remuneração variável, conforme o §1º do art. 6º da lei 
11.079/2004: 
Art. 6º A contraprestação da Administração Pública nos contratos de parceria público-
privada poderá ser feita por: 
§ 1º O contrato poderá prever o pagamento ao parceiro privado de remuneração variável 
vinculada ao seu desempenho, conforme metas e padrões de qualidade e disponibilidade 
definidos no contrato. 
A letra (B) está correta. Uma das características da PPP é a repartição de riscos de modo objetivo e expresso, 
consoante previsto na própria Lei 11.079: 
Art. 4º Na contratação de parceria público-privada serão observadas as seguintes 
diretrizes: (..) 
VI – repartição objetiva de riscos entre as partes; 
Isto não significa, no entanto, que o compartilhamento de riscos será equânime ou igualitário, basta que seja 
definido claramente no contrato. O parceiro privado continuará sendo responsável, por exemplo, direta e 
objetivamente pelos causados pelos seus agentes atuando nesta condição. 
Pela mesma razão, a letra (c) está incorreta. A repartição objetiva dos riscos não altera a responsabilidade 
do parceiro privado em relação à prestação de serviço público, nos termos definidos no art. 37, §6º, da CF. 
Caso a prestação de serviços resulte danos a terceiros, o parceiro privado será direta e objetivamente, sendo 
que o Estado responderia apenas em caráter subsidiário. 
A letra (d) está incorreta e aborda uma das diferenças entre o regime licitatório da Lei 8.666 e as licitações 
para delegação de serviços públicos. Nos termos do art. 3º da lei 11.079/2004 combinado com o art. 31 da 
lei 9.074/1995, temos que: 
Lei 9.074/1995, art. 31. Nas licitações para concessão e permissão de serviços públicos ou 
uso de bem público, os autores ou responsáveis economicamente pelos projetos básico ou 
executivo podem participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obras 
ou serviços. 
A letra (e) está incorreta, porquanto o Fundo Garantidor de Parcerias Público-Privadas (FGP) terá natureza 
privada: 
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40 
Art. 16, § 1º O FGP terá natureza privada e patrimônio próprio separado do patrimônio 
dos cotistas, e será sujeito a direitos e obrigações próprios. 
Art. 17. O FGP será criado, administrado, gerido e representado judicial e 
extrajudicialmente por instituição financeira controlada, direta ou indiretamente, pela 
União, com observância das normas a que se refere o inciso XXII do art. 4º da Lei nº 4.595, 
de 31 de dezembro de 1964. 
Gabarito (B) 
14. VUNESP - Analista Técnico Científico (MPE SP) /Contador/2019 
É correto afirmar, em relação às Parcerias Público Privadas (PPP) e os Contratos de Concessão, no 
âmbito da gestão pública: 
a) são uma forma de aumentar o tamanho do setor público como parcela do PIB. 
b) apesar de em certo grau se sobreporem, diferenciam- se pelo fato de que atividades com 
rentabilidade adequada ao capital privado não seriam objetos de uma PPP. 
c) Contratos de Concessão de Serviços Públicos e Parcerias Público Privadas são denominações 
diferentes para uma mesma realidade de contratação de agentes privados pelo estado. 
d) Parcerias Público Privadas que envolvem transferência de recursos do setor público para 
agentes privados tendem a desaparecer em conjunto com os Contratos de Concessão para os 
Serviços Públicos. 
e) Contratos de Concessão e Parcerias Público Privadas são formas idênticas de contratação de 
serviços públicos por parte do Estado e se diferenciam apenas quanto ao prazo de vigência dos 
contratos. 
Comentários: 
A questão trabalhou interpretação dos conceitos de concessão e de parceria público privadas e 
também das leis 8.987/1995 e 11.079/2004. 
A parceria público-privada possui como característica a remuneração que o parceiro privado 
recebe do parceiro público. Neste sentido pode-se inferir que a legislação reservou às concessões 
comuns (lei 8987/1995) atividades em que o setor privado possa ter retorno financeiro 
exclusivamente obtido a partir das tarifas, deixando àquelas que necessitam de complementação 
por parte da Administração Pública reservadas às parcerias público privadas. 
Gabarito (B) 
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41 
15. VUNESP - Analista Técnico Científico (MPE SP) /Economista/2019 
Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou 
administrativa. Concessão administrativa 
a) é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas quando envolver, adicionalmente à 
tarifa cobrada dos usuários, contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado. 
b) é o contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou 
indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens. 
c) é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas, quando não envolver contraprestação 
pecuniária do parceiro público ao parceiro privado. 
d) tem como objeto único o fornecimento de mão de obra, o fornecimento e instalação de 
equipamentos ou a execução de obra pública. 
e) é aquela cujo período de prestação do serviço é inferior a cinco anos. 
Comentários: 
A letra (a) está incorreta, pois se trata do conceito de concessão patrocinada: 
Art. 2º Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade 
patrocinada ou administrativa. 
§ 1º Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que 
trata a Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa 
cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado. 
A letra (b) está correta, conforme disposto no § 2º do art. 2º da lei 11.079/2004: 
Art. 2º Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade 
patrocinada ou administrativa. 
§ 2º Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a 
Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de 
obra ou fornecimento e instalação de bens. 
A letra (c) está incorreta, sendo que neste caso a lei considerou que não haverá parceria público 
privada: 
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42 
Art. 2º Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade 
patrocinada ou administrativa. 
§ 3º Não constitui parceria público-privada a concessão comum, assim entendida a 
concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei nº 8.987, de 13 de 
fevereiro de 1995, quando não envolver contraprestação pecuniária do parceiro público ao 
parceiro privado. 
As letras (d) e (e) estão incorretas, o § 4º do art. 2º da lei 11.079/2004 veda a celebração de 
parceria público privada nestas situações: 
Art. 2º, § 4º É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada: 
I - cujo valor do contrato seja inferior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais); 
II – cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos; ou 
III – que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e 
instalação de equipamentos ou a execução de obra pública. 
Gabarito (B) 
16. Órgão: DPE-SC Prova: FUNDATEC - 2018 - DPE-SC - Analista Técnico (adaptada) 
Considere a seguinte situação: o Estado de Santa Catarina pretende ampliar as vagas do sistema 
prisional, instalando, para tanto, um novo presídio. Assinale a alternativa correta em relação ao 
exposto. 
( ) O Estado de Santa Catarina poderá optar, no caso, por firmar uma Parceria Público-Privada, 
nos termos da Lei nº 11.079/2004. Para tanto, seria possível estabelecer uma concessão 
administrativa, que é o contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a 
usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de 
bens, desde que o valor do contrato não seja inferior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais), o 
período de prestação do serviço não seja inferior a cinco anos e não tenha como objeto único o 
fornecimento de mão de obra, o fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de 
obra pública. 
Comentários: 
A questão está certa, pois a concessão administrativa é possível nos termos dos §§ 3º e 4º do art. 
2º da lei 11.079/2004, exatamente como apresentado. 
Relembrando as modalidades de PPP: 
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43 
 
Gabarito (Certo) 
17. Órgão: SPGG - RS Prova: FUNDATEC - 2018 - SPGG - RS - Analista de Planejamento, Orçamento e Gestão 
Segundo a Lei nº 11.079/2004, é possível a celebração de contrato de parceria público-privada, 
no âmbito da administração pública, desde que: 
I. O valor do contrato seja superior a R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais). 
II. O período de prestação do serviço seja, no mínimo, de 10 (dez) anos. 
III. Não tenha como objeto único o fornecimento de mão de obra. 
Quais estão corretas? 
A Apenas I. 
B Apenas III. 
C Apenas I e II. 
D Apenas II e III. 
E I, II e III. 
Comentários: 
O item I está incorreto, pois, segundo o inciso I do § 4º do art. 2º da lei 11.079/2004, o valor do 
contrato de parceria público-privada não poderá ser inferior a R$ 10 milhões: 
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Art. 2o Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade 
patrocinada ou administrativa. 
§ 4o É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada: 
 I - cujo valor do contrato seja inferior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais); 
O item II está incorreto, pois, segundo o inciso II do § 4º do art. 2º da lei 11.079/2004, o período 
de prestação de serviço não poderá ser inferior a 5 anos: 
Art. 2o Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade 
patrocinada ou administrativa. 
§ 4o É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada: 
 II – cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos; ou 
O item III está correto, pois, segundo o inciso III do § 4º do art. 2º da lei 11.079/2004, o contrato 
de parceria público-privada não poderá como objeto único o fornecimento de mão de obra: 
Art. 2o Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade 
patrocinada ou administrativa. 
§ 4o É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada: 
 III – que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e 
instalação de equipamentos ou a execução de obra pública. 
Sintetizando todas estas exigências e vedações do art. 2º, chegamos ao seguinte diagrama: 
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45 
 
Gabarito (B) 
18. FGV/ AL-RO – Analista Legislativo – Administração – 2018 
A Parceria Público Privada (PPP) representa um contrato administrativo firmado entre a 
administração pública e um parceiro privado, tendo como o objetivo a implantação ou gestão de 
serviços públicos. 
Considerando a situação na qual um particular é contratado, pela modalidade patrocinada, para 
gerir determinado serviço público, assinale a opção que apresenta uma decorrência disso. 
a) O financiamento exclusivo pelo Estado. 
b) A licitação por meio de convite. 
c) O financiamento exclusivo por usuários do serviço. 
d) A licitação pela modalidade concurso. 
e) A necessidade de contraprestação do Estado. 
Comentários: 
Em ambas as modalidades de PPP, haverá necessariamente a contraprestação pecuniária do 
parceiro público ao privado, o que torna a letra (E) correta. 
PPPs
valor igual ou superior a R$ 10 milhões
prazo
de 5 a 35 anos 
(incluída eventual prorrogação)
Vedada a 
delegação de
atividades exclusivas do Estado, 
regulação, poder de polícia e 
função jurisdicional
Vedado objeto 
único de
fornecimento de mão-de-obra
fornecimento e instalação de 
equipamentos
execução de obra pública
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As demais alternativas estão incorretas, uma vez que, na PPP patrocinada, haverá, adicionalmente, 
a cobrança de tarifa dos usuários. Além disso, a licitação será realizada na modalidade 
concorrência ou diálogo competitivo. 
Em síntese: 
 
Gabarito (E) 
19. FGV/ Prefeitura de Niterói – RJ – Auditor Municipal de Controle Interno – Controladoria – 2018 
Com referência aos contratos de parceria público-privada, analise as afirmativas a seguir e assinale 
(V) para a verdadeira e (F) para a falsa. 
I - ( ) É possível ao parceiro público reter o pagamento ao parceiro privado de montante suficiente 
para reparar danos a bens reversíveis. 
II - ( ) O fato do príncipe representa uma circunstância imprevisível, o que faz com que seu risco 
não seja objeto de cláusula do contrato. 
III - ( ) Em respeito ao princípio da eficiência, a atualização dos valores contratuais será sempre 
realizada por índices pré-fixados, dispensando a homologação da Administração Pública. 
Assinale a opção que indica a sequência correta, segundo a ordem apresentada. 
a) F – F – V. 
b) F – V – V. 
c) V – F – F. 
d) V – V – F. 
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47 
e) V – F – V. 
Comentários: 
O item I está de acordo com o art. 5º, X, da Lei 11.079/2004: 
Art. 5º As cláusulas dos contratos de parceria público-privada (...) devendo também prever: 
(...) 
X - a realização de vistoriados bens reversíveis, podendo o parceiro público reter os 
pagamentos ao parceiro privado, no valor necessário para reparar as irregularidades 
eventualmente detectadas. 
Assim, como forma de garantir o ressarcimento de danos cometidos pelo parceiro privado, o 
poder concedente poderá reter parte dos pagamentos. 
O item II está incorreto. Uma das características marcantes da PPP é o compartilhamento dos 
riscos, segundo o qual o poder concedente deve se solidarizar com o parceiro privado caso 
ocorram prejuízos ou déficits, ainda que decorram de fatos imprevisíveis (caso fortuito, força 
maior, fato do príncipe e a imprevisão em virtude de álea econômica extraordinária). 
Nesse sentido, o art. 5º, III, da Lei 11.079/2004, menciona expressamente que tais riscos deverão 
estão previstos nas cláusulas do contrato: 
Art. 5º, III - a repartição de riscos entre as partes, inclusive os referentes a caso fortuito, 
força maior, fato do príncipe e álea econômica extraordinária. 
Por fim, o item III está incorreto em razão do “sempre”. Notem que a atualização dos valores 
contratuais será realizada por índices somente se houver previsão dos mecanismos de reajustes 
em contrato. Além disso, mesmo havendo a previsão de tais mecanismos, a Administração poderá 
decidir por não homologar o reajuste, publicando suas razões em até 15 dias da apresentação da 
fatura: 
Art. 5º, § 1o As cláusulas contratuais de atualização automática de valores baseadas em 
índices e fórmulas matemáticas, quando houver, serão aplicadas sem necessidade de 
homologação pela Administração Pública, exceto se esta publicar, na imprensa oficial, 
onde houver, até o prazo de 15 (quinze) dias após apresentação da fatura, razões 
fundamentadas nesta Lei ou no contrato para a rejeição da atualização. 
Gabarito (C) 
20. FGV/ Prefeitura de Niterói – RJ – Auditor Municipal de Controle Interno – Controladoria – 2018 
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Após processo licitatório vencido pela Empresa Delta X, em 2016, para prestação de serviços em 
regime de parceria público-privada, verificou-se a necessidade de aquisição de bens vinculados 
ao serviço a ser prestado, sendo certo que havia autorização no edital para aporte de recursos a 
serem efetivados pela Administração Pública para a compra desses equipamentos. 
Nesse caso, 
a) a Administração Pública só poderia aportar recursos para a compra desses bens se o edital 
indicasse o valor de cada equipamento a ser adquirido. 
b) a Administração Pública não poderia aportar recursos para a empresa privada, já que seria uma 
forma indireta de remuneração da parceria, ferindo o princípio da legalidade. 
c) a Administração Pública poderia aportar recursos se os bens reversíveis fossem adquiridos por 
meio de novo procedimento licitatório. 
d) o parceiro privado, no caso do aporte de recursos pelo parceiro público para a compra de bens 
reversíveis, não receberá indenização pelas parcelas de investimentos vinculadas a tais bens, ainda 
não amortizadas ou depreciadas. 
e) na situação de aporte de recursos pelo parceiro público para a compra de bens vinculados ao 
serviço concedido ao parceiro privado, ao fim do contrato, os bens serão revertidos a cada um, na 
medida dos investimentos feitos. 
Comentários: 
A letra (a) está incorreta. Imaginem se fosse exigido que o edital da licitação adentrasse no 
detalhamento do valor de cada bem a ser adquirido! Isto iria “engessar” a parceria e atrasar 
demasiadamente o planejamento desta contratação, não é verdade?! Assim, o contrato poderá 
prever o aporte de recursos em favor do parceiro privado para a realização e aquisição de bens 
reversíveis, desde que autorizado no edital de licitação. No entanto, não há a exigência de que o 
edital indique o valor de cada equipamento a ser adquirido: 
Art. 6º, § 2º O contrato poderá prever o aporte de recursos em favor do parceiro privado 
para a realização de obras e aquisição de bens reversíveis, nos termos dos incisos X e XI do 
caput do art. 18 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, desde que autorizado no 
edital de licitação, se contratos novos, ou em lei específica, se contratos celebrados até 8 
de agosto de 2012. 
A letra (b) está incorreta. O aporte de recursos ao parceiro privado não se confunde com o 
pagamento de contraprestação pelo serviço prestado. 
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A letra (c) está incorreta. Não se exige que o parceiro privado adquira os bens por meio de 
procedimento licitatório. 
A letra (d), por sua vez, está correta. Caso os bens reversíveis tenham sido adquiridos a partir do 
aporte de recursos públicos, não há que se falar em indenização ao parceiro privado. É exatamente 
o que informa o art. 6º, § 5º, da Lei 11.079/2004: 
Art. 6º, § 5º Por ocasião da extinção do contrato, o parceiro privado não receberá 
indenização pelas parcelas de investimentos vinculados a bens reversíveis ainda não 
amortizadas ou depreciadas (...) 
Pelo mesmo motivo a letra (e) está incorreta. Além disso, os bens são revertidos ao poder 
concedente. 
Gabarito (D) 
21. FGV/ Câmara de Salvador – BA – Analista Legislativo Municipal – Licitação, Contratos e Convênios – 2018 
A Lei nº 11.079/04 institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada 
no âmbito da administração pública. 
De acordo com o mencionado diploma legal: 
a) a concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública 
seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação 
de bens; 
b) o contrato de parceria público-privada é destinado à prestação de serviços essenciais à 
população, e deve ter valor global de, no mínimo, um milhão de reais; 
c) o contrato de parceria público-privada é destinado à prestação de serviços essenciais à 
população, e deve ter duração mínima de dois anos para prestação do serviço; 
d) a concessão patrocinada é aquela que envolve, adicionalmente à tarifa cobrada dos cidadãos, 
contraprestação pecuniária do parceiro privado ao parceiro público; 
e) o contrato de parceria público-privada tem como objeto único o fornecimento de mão de obra, 
o fornecimento e a instalação de equipamentos ou a execução de obra pública. 
Comentários: 
A questão exigiu conhecimento das duas modalidades de PPP e das restrições impostas pela Lei 
11.079, adiante sintetizadas: 
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Reparem a pegadinha na letra (d), incorreta. A contraprestação pecuniária é do parceiro público 
ao parceiro privado - não o contrário. 
Gabarito (A) 
22. FGV/ SEFIN-RO – Contador – 2018 
A Lei nº 11.079/04 instituiu e regulamentou as Parcerias Público-Privadas (PPP), que têm por 
objetivo atrair o setor privado para investimentos em projetos necessários ao desenvolvimento do 
país, cujos recursos extrapolam a capacidade financeira do setor público. 
Assinale a opção que apresenta as duas espécies de Parceria Público-Privada. 
a) Concessão patrocinada e concessão administrativa. 
b) Concessão patrocinada e contratos de gestão. 
c) Concessão patrocinada e contratos administrativos. 
modalidades de 
PPP
concessão 
administrativa
Administração Pública é a usuária 
do serviço (direta ou indireta)
concessão 
patrocinada
Concessão de serviços públicos, 
com cobrança de tarifa
PPPs
valor igual ou superior a R$ 10 milhões
prazo
de 5 a 35 anos 
(incluída eventual prorrogação)
Vedada a 
delegação de
atividades exclusivas do Estado, 
regulação,poder de polícia e 
função jurisdicional
Vedado objeto 
único de
fornecimento de mão-de-obra
fornecimento e instalação de 
equipamentos
execução de obra pública
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51 
d) Concessão administrativa e contratos de gestão. 
e) Concessão administrativa e contratos administrativos. 
Comentários: 
Questão fácil e direta. De acordo com o art. 2º, §§ 1º e 2º, da Lei 11.079/2004, as duas espécies 
de Parceria Público-Privada são a concessão patrocinada e a concessão administrativa. Logo, a 
alternativa correta é a letra (a). 
Como complemento, lembro que contrato de gestão é aquele celebrado ou (i) com órgãos e 
entidades da administração pública ou (ii) com organizações sociais. Contrato administrativo é 
todo e qualquer ajuste entre órgãos e entidades da Administração Pública e particulares regulado 
pelos preceitos de direito público (existência de prerrogativas especiais para a Administração), em 
que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e estipulação de obrigações 
recíprocas. 
Gabarito (A) 
23. FGV/ CODEBA – Analista portuário – Advogado – 2016 
As opções a seguir dizem respeito a previsões legais referentes ao instituto das parcerias público-
privadas, à exceção de uma. Assinale-a. 
a) O prazo de vigência do contrato não poderá ser inferior a 5 (cinco), nem superior a 35 (trinta e 
cinco) anos, incluindo eventual prorrogação. 
b) É vedada a contratação de parceria público-privada que tenha por objeto exclusivo a execução 
de obra pública. 
c) O julgamento poderá adotar, como critério para a seleção da proposta vencedora da licitação, 
o menor valor da contraprestação a ser paga pela Administração Pública. 
d) A contraprestação do parceiro público ao parceiro privado somente pode ser realizada por 
meio de transferência bancária. 
e) O contrato poderá prever o pagamento ao parceiro privado de remuneração variável vinculada 
ao seu desempenho. 
Comentários: 
A letra (a) está de acordo com o art. 5º, I, da Lei 11.079/2004: a PPP deve ter prazo variando entre 
5 e 35 anos. 
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52 
A letra (b) está correta. Nos termos do art. 2º, § 4º, III, da Lei 11.079/2004, deve-se mesclar ao 
menos duas das seguintes atividades: 
fornecimento de mão-de-obra 
fornecimento e instalação de equipamentos 
execução de obra pública 
A letra (c) está correta, de acordo com os critérios de julgamento previstos no art. 12, II, da Lei 
11.079/2004: 
 
A letra (d), por sua vez, está incorreta. A PPP é marcada pela pluralidade remuneratória. Assim, 
nos termos do art. 6º da Lei 11.079/2004, a contraprestação ao parceiro privado poderá se dar 
pelas seguintes formas: 
 
A letra (e) está correta. Conforme o desempenho na prestação do serviço, de acordo com metas 
e padrões contratualmente estabelecidos, a remuneração do parceiro privado poderá variar: 
meios de 
pagamento ao 
parceiro privado
ordem bancária
cessão de créditos NÃO 
tributários
outorga de direitos em face da 
Administração Pública
outorga de direitos sobre bens 
públicos dominicais
outros meios admitidos em lei
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53 
Lei 11.079/2004, art. 6º, § 1º O contrato poderá prever o pagamento ao parceiro privado 
de remuneração variável vinculada ao seu desempenho, conforme metas e padrões de 
qualidade e disponibilidade definidos no contrato. 
Gabarito (D) 
24. FGV/ TJ-PI – Analista Judiciário – Analista Administrativo - 2015 
Parceria Público-Privada (PPP) é uma modalidade de concessão de serviços públicos e de 
financiamento ao setor público. 
A esse respeito, é correto afirmar que: 
a) o financiamento é privado, já que o retorno financeiro dos investimentos frente aos gastos 
operacionais é suficiente apenas com receitas próprias; 
b) cabe ao parceiro público arcar com os custos de implantação e operação do serviço público 
concedido, estando os aportes privados condicionados ao início da prestação do serviço; 
c) os riscos físicos e financeiros pertencem ao parceiro privado, que deverá gerenciá-los e preparar 
plano de contingência; 
d) o prazo de vigência deve ser superior a 35 anos e o valor deve ser inferior a quinze milhões de 
reais; 
e) a empresa responsável em implementar e gerir uma PPP deve ser uma Sociedade de Propósito 
Específico (SPE). 
Comentários: 
A letra (a) está incorreta. Apesar de o financiamento ser, de fato, privado, o parceiro privado 
deverá receber também uma contraprestação pecuniária do poder público. Caso o retorno 
financeiro dos investimentos fosse suficiente para remunerar o particular, estaríamos diante de 
uma “comum ou ordinária”. 
A letra (b) está incorreta. O pagamento da contraprestação ao parceiro privado, de fato, está 
condicionado ao início da prestação dos serviços: 
Lei 11.079/2004, art. 7º A contraprestação da Administração Pública será 
obrigatoriamente precedida da disponibilização do serviço objeto do contrato de parceria 
público-privada. 
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54 
Lei 11.079/2004, art. 7º, 1o É facultado à administração pública, nos termos do contrato, 
efetuar o pagamento da contraprestação relativa a parcela fruível do serviço objeto do 
contrato de parceria público-privada. 
No entanto, a mesma regra não vale para o aporte de recursos financeiros, que pode ser realizado 
ainda durante a fase de investimentos: 
Lei 11.079/2004, art. 7º, § 2o O aporte de recursos de que trata o § 2o do art. 6o, quando 
realizado durante a fase dos investimentos a cargo do parceiro privado, deverá guardar 
proporcionalidade com as etapas efetivamente executadas. 
A letra (c) está incorreta, porquanto os riscos do contrato devem ser compartilhados 
objetivamente entre as partes, inclusive os referentes a caso fortuito, força maior, fato do príncipe 
e álea econômica extraordinária, segundo o art. 5º, III, da Lei 11.079/2004. 
A letra (d) está incorreta. O prazo de vigência do contrato não pode ser inferior a 5 anos, nem 
superior a 35 anos, conforme o art. 5º, I, da Lei 11.079/2004. Além disso, a PPP possui valor mínimo 
de R$ 10 milhões: 
 
A letra (e) está correta. Quem celebra o contrato da PPP e se incumbe de implantar e gerir o 
serviço não é o licitante vencedor, mas uma sociedade por ele criada, chamada de SPE - sociedade 
de propósito específico: 
Art. 9o Antes da celebração do contrato, deverá ser constituída sociedade de propósito 
específico, incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria. 
Gabarito (E) 
25. FCC/Pref. S.J. Rio Preto – Auditor Fiscal - 2019 
Os contratos de parceria público-privadas, regidos pela Lei Federal nº 11.079/2004, possuem 
características específicas, que os diferenciam de outras modalidades contratuais, entre as quais, 
PPPs
valor igual ou superior a R$ 10 milhões
prazo
de 5 a 35 anos 
(incluída eventual prorrogação)
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55 
(A) possibilidade de sub-rogação de parcela das obrigações do parceiro privado pelo seu 
financiador, a partir do quinto ano de vigência do contrato, exclusivamente no que concerne a 
aspectos financeiros. 
(B) pagamento ao parceiro privado somente após a disponibilização integral dosserviços objeto 
do contrato, vedado qualquer pagamento a título de remuneração por parcelas fruíveis dos 
serviços. 
(C) longo prazo de duração, limitado a 35 anos, e possibilidade de prestação de garantias pela 
Administração contratante para assegurar o cumprimento de suas obrigações pecuniárias. 
(D) utilização da capacidade de financiabilidade do parceiro privado, com limitação do montante 
global dos pagamentos imputados ao parceiro público a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais). 
(E) obrigatoriedade de alocação integral dos riscos contratuais ao parceiro privado, afastando a 
possibilidade de reequilíbrio econômico-financeiro por alterações supervenientes das condições 
econômicas. 
Comentários: 
A letra (A) está incorreta. A lei não prevê tal sub-rogação pelo financiador a partir do quinto ano. 
Até poderia haver uma sub-rogação de direitos do parceiro privado, especificamente no âmbito 
federal, mas apenas se o Fundo Garantidor de Parcerias Público-Privadas (FGP) arcasse com 
dívidas do parceiro privado: 
Art. 18, § 6º A quitação de débito pelo FGP importará sua subrogação nos direitos do 
parceiro privado. 
Outra situação semelhante – mas inconfundível – seria a emissão de empenho, pelo parceiro 
público, em benefício do financiador do empreendimento, mas exclusivamente em relação às 
obrigações pecuniárias do parceiro público: 
Art. 5º, §2º, II – a possibilidade de emissão de empenho em nome dos financiadores do 
projeto em relação às obrigações pecuniárias da Administração Pública; 
A letra (B) está incorreta. Após a celebração da PPP, em geral, tem início uma fase em que o 
parceiro privado faz uma série de investimentos para viabilizar a prestação dos serviços 
(construção da penitenciária, reforma do estádio de futebol, do hospital etc) - fase de 
investimentos. Uma vez concluído o empreendimento, inicia-se a fase de disponibilização do 
serviço (ou fase de operação). Assim, como regra geral, o pagamento do parceiro público ao 
privado ocorrerá somente após a disponibilização do serviço. No entanto, esta disponibilização 
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56 
não necessita ser integral. É possível que, após a disponibilização parcial do serviço, o parceiro 
público inicie o pagamento da contraprestação devida: 
Lei 11.079/2004, art. 7º, 1o É facultado à administração pública, nos termos do contrato, 
efetuar o pagamento da contraprestação relativa a parcela fruível do serviço objeto do 
contrato de parceria público-privada. 
A letra (C) está correta e a letra (D), incorreta, tendo em vista as vedações para celebração de 
PPPs (valor igual ou superior a R$ 10 milhões): 
 
Além disso, na PPP, o parceiro público também pode oferecer garantias ao parceiro privado, de 
modo a assegurar o cumprimento de suas obrigações pecuniárias. 
A letra (E) está incorreta. Ao contrário, uma das características marcantes das PPPs é o 
compartilhamento de riscos entre os parceiros público e privado. Na PPP, o parceiro público deve 
se solidarizar com o parceiro privado caso ocorram prejuízos ou déficits, ainda que decorram de 
fatos imprevisíveis (caso fortuito, força maior, fato do príncipe e a imprevisão em virtude de álea 
econômica extraordinária). 
Gabarito (C) 
26. FCC/ AFAP – Analista de Fomento – Crédito – 2019 
A prestação de serviços públicos pela iniciativa privada é medida 
a) obrigatória nos casos de serviços públicos que permitam o regime de lucratividade, para 
garantir competição e vantajosidade para o usuário. 
b) passível de ser implementada mediante descentralização da Administração, outorgando-se a 
titularidade e a execução sob regime de parceria público-privada. 
c) que não altera a titularidade do serviço, mas permite a exploração da execução, inclusive de 
forma lucrativa em determinados setores, devendo ser preservada a competitividade no certame 
de seleção e a modicidade tarifária, em benefício dos administrados. 
Antonio Daud
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57 
d) adotada pelo poder público quando celebra contrato de concessão comum ou de concessão 
patrocinada, ainda que esses modelos possam contar com aporte do poder concedente para 
execução das obras. 
e) que pode ser viabilizada em contraponto à prestação direta, excluídos os serviços públicos de 
caráter essencial, que são obrigatoriamente responsabilidade do titular do serviço público em 
questão. 
Comentários: 
A letra (a) está incorreta, visto que não há tal obrigatoriedade. A decisão por descentralizar a 
prestação do serviço é discricionária à Administração, devendo ser motivada. 
A letra (b) está incorreta. Na delegação dos serviços à iniciativa privada (“descentralização por 
colaboração”), como ocorre em uma parceria público-privada (PPP), não se atribui a titularidade 
do serviço ao particular, apenas sua prestação. Aproveito para lembrar que a utilização do termo 
“outorga” em geral ocorre quando nos referimos às entidades da administração indireta (ou seja, 
“descentralização por serviços”). 
A letra (c) está correta, ao mencionar que é atribuída ao particular apenas a prestação do serviço 
– não sua titularidade – e mencionar o princípio da modicidade tarifária e a competição que deve 
existir nas licitações prévia aos contratos de concessão e permissão de serviços públicos. 
A letra (d) está incorreta. Este aporte financeiro do poder concedente para execução de obras não 
ocorre nas concessões comuns, apenas nas PPPs (concessões especiais). Para as PPPs, lembro que 
o legislador facultou ao parceiro público aportar recursos financeiros ainda durante a fase dos 
investimentos – isto é, antes do início da prestação dos serviços (Lei 11.079/2004, art. 7º, §2º). 
A letra (e) está incorreta, pois não se excluem todos os “serviços públicos de caráter essencial”. 
Há serviços públicos essenciais, como o fornecimento de água ou o recolhimento de lixo, que 
podem ser delegados à iniciativa privada. Por outro lado, não podem ser delegados aqueles cuja 
prestação requer o exercício do poder de império do Estado. 
Gabarito (C) 
27. FCC/ ALESE – Analista Legislativo – Processo Legislativo – 2018 
A Administração pública de um estado da federação pretende conceder à iniciativa privada a 
exploração de uma rodovia que liga a capital a municípios do noroeste. Os estudos que levaram 
ao modelo da concessão comprovaram que o fluxo de veículos e, portanto, a receita de pedágio, 
não seriam suficientes para custear a operação. O Estado, portanto, terá que complementar essa 
receita. Esse modelo é compatível com 
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58 
a) concessão de serviço público regida pela Lei n° 8.987/1995, pela qual o concessionário presta 
o serviço por sua conta e risco e pode explorar receitas acessórias. 
b) parceria público-privada, sob a modalidade de concessão administrativa, na qual o Estado 
complementa a tarifa com a contraprestação. 
c) parceria público-privada, na modalidade concessão patrocinada, em que há cobrança de tarifa 
dos usuários do serviço, mas o estado também terá que remunerar o privado mediante pagamento 
de contraprestação. 
d) concessão de serviço público regida pela Lei n° 8.987/1995, que permite ao Estado o 
pagamento de remuneração mensal para suprir o déficit de receita tarifária, bem como aportar 
recursos durante a obra, diminuindo o valor dos investimentos do privado. 
e) concessão patrocinada, na qual o privado explora os serviços por sua conta e risco e deve se 
remunerar exclusivamente pela tarifa, mas admite que o Estado aporterecursos para custear as 
obras de infraestrutura. 
Comentários: 
Reparem que estamos diante da concessão de um serviço público cuja receita será composta por 
(i) tarifas dos usuários e (ii) remuneração paga pelo poder concedente. Assim, estaremos diante 
de uma PPP (concessão especial), na modalidade patrocinada: 
 
Gabarito (C) 
28. FCC/ Câmara Legislativa do Distrito Federal – Consultor Legislativo – Regulação Econômica – 2018 
No regime estabelecido pela Lei nº 11.079/2004, a transferência do controle da sociedade de 
propósito específico em favor dos seus financiadores 
Antonio Daud
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59 
a) é causa de caducidade, por se tratar de terceiros estranhos ao contrato, razão pela qual somente 
pode se dar validamente em casos excepcionais, sendo necessário para tanto que os financiadores 
atendam exigências de capacidade técnica, idoneidade financeira e regularidade jurídica e fiscal. 
b) é proibida, podendo o contrato, no entanto, estabelecer a possibilidade de os financiadores 
receberem indenização por extinção antecipada da parceria. 
c) deve ser previamente autorizada pelo parceiro público e somente, pode se dar de forma 
precária, sob pena de ofensa ao princípio licitatório, uma vez que o parceiro privado não mantém 
vínculo societário direto com os financiadores do projeto. 
d) pode ser autorizada contratualmente, desde que os financiadores tenham sido, em conjunto 
com o parceiro privado, responsáveis pela implantação e gestão do empreendimento. 
e) é viável juridicamente e tem por objetivo possibilitar a reestruturação financeira do projeto e a 
continuidade da prestação dos serviços, sendo permitido, nesse sentido, que o contrato disponha 
sobre os requisitos e condições em que se dará. 
Comentários: 
A legislação permite expressamente que o controle ou a administração da SPE seja assumido por 
seus financiadores ou garantidores. Neste caso específico, a instituição que aportou recursos na 
SPE poderá assumir seu controle, com objetivo de promover a sua reestruturação financeira e 
assegurar a continuidade da prestação dos serviços. Assim, o contrato da PPP poderá se adiantar 
e prever em que condições os financiadores da SPE poderiam assumir seu controle: 
Lei 11.079/2004, art. 5º, § 2º Os contratos poderão prever adicionalmente: 
I - os requisitos e condições em que o parceiro público autorizará a transferência do 
controle ou a administração temporária da sociedade de propósito específico aos seus 
financiadores e garantidores com quem não mantenha vínculo societário direto, com o 
objetivo de promover a sua reestruturação financeira e assegurar a continuidade da 
prestação dos serviços, não se aplicando para este efeito o previsto no inciso I do parágrafo 
único do art. 27 da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; 
Gabarito (E) 
29. FCC/ Câmara Legislativa do Distrito Federal – Procurador Legislativo – 2018 
Considere que o Distrito Federal tenha iniciado uma consulta pública para futura contratação de 
Parceria Público-Privada (PPP) para construção e operação de um complexo hospitalar. 
Considerando o vulto dos investimentos envolvidos e a situação de constrição macroeconômica 
apontada pelos potenciais interessados, foi apresentada, na fase de consulta, solicitação de que a 
Antonio Daud
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60 
modelagem econômico-financeira contemplasse alguma forma de repasse de recursos ao parceiro 
privado antes da finalização global do empreendimento objeto da PPP. De acordo com o regime 
jurídico desta modalidade contratual, notadamente as disposições da Lei no 11.079, de 2004, a 
solicitação apresentada afigura-se 
a) viável, podendo o parceiro privado receber contraprestação pelas parcelas fruíveis dos serviços 
objeto da PPP, bem como aportes de recursos para realização das obras e aquisição de bens 
reversíveis. 
b) viável apenas se o contrato se der na modalidade de concessão patrocinada, onde é possível o 
pagamento pela administração, na condição de usuária indireta dos serviços, de aporte de 
recursos como sucedâneo de tarifa. 
c) inviável, tendo em vista que tal modalidade contratual, seja na forma de concessão 
administrativa ou patrocinada, interdita qualquer repasse de recursos pela Administração, antes 
da disponibilização integral do objeto. 
d) viável apenas se a contraprestação ofertada pela Administração se der na modalidade de 
oferecimento de garantia aos financiadores do parceiro privado. 
e) inviável, sob pena de desnaturar o modelo jurídico de PPP e transformá-lo em concessão 
comum, sujeita a regime jurídico diverso, inclusive quanto a prazo de vigência e obrigações das 
partes. 
Comentários: 
Após a celebração da PPP, em geral, tem início uma fase em que o parceiro privado faz uma série 
de investimentos para viabilizar a prestação dos serviços (construção da penitenciária, reforma do 
estádio de futebol, do hospital etc) - fase dos investimentos. Uma vez concluído o 
empreendimento, inicia-se a fase de disponibilização do serviço (ou fase de operação). 
Nesse sentido, o legislador exigiu que o pagamento, por parte do concedente, da remuneração 
devida ao parceiro privado somente tenha início após a disponibilização dos serviços: 
Art. 7º A contraprestação da Administração Pública será obrigatoriamente precedida da 
disponibilização do serviço objeto do contrato de parceria público-privada. 
Esta disponibilização não necessita ser integral. É possível que, após a disponibilização parcial do 
serviço, o parceiro público inicie o pagamento da contraprestação devida: 
Antonio Daud
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61 
Lei 11.079/2004, art. 7º, 1o É facultado à administração pública, nos termos do contrato, 
efetuar o pagamento da contraprestação relativa a parcela fruível do serviço objeto do 
contrato de parceria público-privada. 
Gabarito (A) 
30. FCC/ DPE-AM – Defensor Público – Reaplicação – 2018 
Considere que o Estado pretenda celebrar um contrato de parceria público-privada, na 
modalidade concessão administrativa, para construção e operação de um centro administrativo. 
No que concerne ao fluxo de pagamentos correspondentes, considerando as disposições legais 
aplicáveis, afigura-se possível prever 
I. contraprestação pecuniária paga de acordo com parcela fruível do objeto. 
II. aportes de recursos destinados às obras e bens reversíveis, proporcionais às etapas 
efetivamente executadas. 
III. cobrança de tarifa do usuário indireto dos serviços envolvidos, atrelada a indicadores de 
desempenho. 
Está correto o que se afirma APENAS em: 
a) I e III. 
b) II. 
c) II e III. 
d) III. 
e) I e II. 
Comentários: 
O Item I está correto. A remuneração do parceiro público ao privado somente poderá ser paga 
após a disponibilização do serviço. Tal disponibilização não necessita ser integral, podendo-se 
efetuar o pagamento proporcional à parcela disponibilizada – isto é, à “parcela fruível” do serviço: 
Lei 11.079/2004, art. 7º, 1o É facultado à administração pública, nos termos do contrato, 
efetuar o pagamento da contraprestação relativa a parcela fruível do serviço objeto do 
contrato de parceria público-privada. 
Antonio Daud
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62 
O Item II está correto. Quanto ao aporte de recursos financeiros do parceiro público ao privado, 
o legislador facultou sua realização ainda durantea fase dos investimentos – isto é, antes do início 
da disponibilização dos serviços. Neste caso, exigiu-se que os recursos aportados guardem 
proporcionalidade com as etapas do investimento efetivamente executadas (art. 7º, §2º): 
Lei 11.079/2004, art. 7º, § 2o O aporte de recursos de que trata o § 2o do art. 6o, quando 
realizado durante a fase dos investimentos a cargo do parceiro privado, deverá guardar 
proporcionalidade com as etapas efetivamente executadas. 
O Item III está incorreto. Nas PPPs patrocinadas, a tarifa somente pode ser cobrada do usuário 
direto, que é aquele que efetivamente solicitou e se beneficiou do serviço. O conceito de usuário 
indireto terá lugar apenas na PPP administrativa. 
Gabarito (E) 
31. FCC/ TRT - 6ª Região (PE) – Analista Judiciário – Oficial de Justiça Avaliador Federal – 2018 
A Administração pública está elaborando um projeto de parceria público-privada para o setor de 
transportes, para levá-lo a licitação. A modelagem econômica, entretanto, vem encontrando 
dificuldades de equacionamento, porque os investimentos na fase de obras por parte do privado 
seriam de tal monta que poderiam inviabilizar o projeto. Uma das possíveis soluções para reduzir 
o custo da fase inicial do projeto, equilibrando a equação econômica, seria 
a) o aditamento do contrato após sua celebração, desde que observado o limite quantitativo 
previsto na Lei n° 8.666/1993. 
b) prever no contrato a possibilidade de prorrogação, por sucessivos períodos ou por prazo 
indeterminado, até que fique apurada pelo poder público a amortização dos investimentos. 
c) o poder público reduzir o objeto do contrato, após sua celebração, executando diretamente, 
ou mediante contratação de terceiro, as obras que excederem os investimentos suportáveis pelo 
parceiro privado. 
d) a previsão de aporte por parte do poder público, considerando que as obras da fase inicial do 
contrato sejam para a construção do modal de transporte, que reverterá ao poder público ao fim 
da parceria público-privada. 
e) a previsão de reequilíbrio econômico-financeiro do contrato tão logo concluídas as obras, cuja 
indenização poderá se dar por meio de prorrogação de prazo contratual ou aporte por parte do 
poder público. 
Comentários: 
Antonio Daud
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63 
A letra (a) está incorreta. Se há dificuldades de equacionar os custos iniciais do contrato, de nada 
adiantaria a celebração de um aditivo alterando as quantidades do contrato. A viabilização 
econômica do empreendimento exigiria o aporte de recursos ao parceiro privado. 
A letra (b) está incorreta, já que não se admite a celebração de contratos administrativos por prazo 
indeterminado. Para as PPPs, o prazo máximo é de 35 anos e o mínimo é de 5. Além disso, a 
prorrogação do contrato não solucionaria a falta de recursos para o investimento inicial. 
A letra (c) está incorreta. A redução do objeto do contrato, após sua celebração, implicaria a 
redução proporcional do valor da contraprestação ou das tarifas que seriam devidas ao 
contratado. Portanto, haveria uma possível redução nos aportes iniciais, mas também uma redução 
do fluxo financeiro do parceiro privado. 
A letra (d) está correta, nos termos da seguinte previsão legal: 
Lei 11.079/2004, art. 6º, § 2º O contrato poderá prever o aporte de recursos em favor do 
parceiro privado para a realização de obras e aquisição de bens reversíveis, nos termos 
dos incisos X e XI do caput do art. 18 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, desde 
que autorizado no edital de licitação, se contratos novos, ou em lei específica, se contratos 
celebrados até 8 de agosto de 2012. 
Além disso, tratando-se de aporte de recursos financeiros ao parceiro privado, é possível que o 
parceiro público transfira recursos financeiros ainda durante a fase dos investimentos – isto é, antes 
do início da prestação dos serviços (art. 7º, §2º). 
A letra (e) está incorreta. O equilíbrio econômico-financeiro de fato deve ser mantido durante toda 
a execução contratual. No entanto, de nada adiantaria na presente situação, já que há um 
descompasso na equação inicial do contrato, o que não é solucionável pelo reequilíbrio (que busca 
retornar à situação inicial avençada). 
Gabarito (D) 
32. FCC/ DPE-AP – Defensor Público – 2018 
Suponha que o Estado do Amapá pretenda implementar um programa intensivo de recuperação 
de rodovias, cogitando a cobrança de tarifa dos usuários. Todavia, concluídos os estudos de 
viabilidade econômico-financeira, ficou claro que a tarifa necessária para fazer frente aos 
investimentos de recuperação e despesas de manutenção e operação em algumas rodovias seria 
consideravelmente elevada. Tendo em vista os princípios aplicáveis à prestação de serviços 
públicos, bem como a legislação aplicável a contratos administrativos, o Estado 
Antonio Daud
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64 
a) poderá subsidiar a tarifa, mediante o pagamento de contraprestação pecuniária ao particular 
contratado para o objeto em questão, se o contrato for firmado sob a modalidade concessão 
patrocinada. 
b) está impedido, caso decida transferir à iniciativa privada a exploração da rodovia, de 
complementar o valor auferido pelo concessionário com a cobrança de tarifa, qualquer que seja a 
modalidade contratual adotada. 
c) está impedido de cobrar tarifa dos usuários caso decida manter as rodovias sob gestão pública, 
somente sendo admitida tal cobrança se optar pela concessão à iniciativa privada. 
d) poderá efetuar, previamente à concessão das rodovias à iniciativa privada, todos os 
investimentos necessários, assegurando ao concessionário remuneração fixa durante o prazo da 
concessão, sob a modalidade comum. 
e) poderá celebrar parceria público-privada, na modalidade concessão administrativa, cobrando 
dos usuários apenas a tarifa necessária à manutenção da rodovia e efetuando pagamento ao 
parceiro privado do valor correspondente aos investimentos. 
Comentários: 
A questão ilustra situação típica de utilização da PPP na modalidade patrocinada, em que a receita 
auferida pelo parceiro privado será composta por (i) tarifas dos usuários e (ii) contraprestação do 
poder público. Adiante transcrevo as definições legais das duas modalidades de PPP: 
Lei 11.079/2004, art. 2º Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, 
na modalidade patrocinada ou administrativa. 
§ 1º Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de 
que trata a Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à 
tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro 
privado. 
§ 2º Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a 
Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de 
obra ou fornecimento e instalação de bens. 
Gabarito (A) 
33. FCC/ DPE-AM – Defensor Público – 2018 
Em face da crise nacional no setor de saúde e tendo em vista o atual cenário de constrição fiscal, 
considere que o Estado do Amazonas, buscando alternativas para financiar a construção e 
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65 
operação de novos hospitais, pretenda valer-se de contrato de parceria público-privada − PPP. 
Considerando a legislação aplicável à espécie, pode-se afirmar que tal modalidade contratual 
afigura-se, em relação aos fins pretendidos, 
a) viável, apenas se observados os limites de endividamento público, eis que tais contratos sãoequiparados a operações de crédito quando celebrados com prazo superior a cinco anos. 
b) inadequada, pois não permite diferir o pagamento para momento posterior à disponibilização 
dos serviços, obrigando o pagamento no ritmo de execução dos investimentos. 
c) inviável, pois tal modalidade somente é aplicável para serviços passíveis de cobrança de tarifa 
dos usuários, com ou sem complementação mediante contraprestação pecuniária a cargo do 
poder público. 
d) viável, na modalidade concessão administrativa, impedindo, contudo, transferências voluntárias 
da União se a despesa global decorrente de contratos de PPP superar o limite de 5% da receita 
corrente líquida. 
e) inadequada, pois tal modalidade não permite a conjugação, em um mesmo contrato, de obras 
e de serviços, salvo aqueles relacionados exclusivamente à conservação e manutenção predial. 
Comentários: 
Reparem que o enunciado mencionou que o objeto da concessão seria composto pela (i) execução 
de obras e (ii) operação dos hospitais construídos. Assim sendo, quanto ao objeto, não há óbices 
à utilização de uma PPP. 
Quanto aos demais requisitos, a partir do diagrama abaixo, é possível perceber que o enunciado 
não mencionou nenhuma destas vedações, sendo perfeitamente possível a utilização da PPP: 
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66 
 
Neste caso, não caberia a cobrança de tarifas dos usuários, de sorte que teríamos uma PPP na 
modalidade administrativa. 
Feita esta breve contextualização, passemos às alternativas! 
A letra (a) está incorreta, já que a PPP não se equipara a uma operação de crédito. Seu grande 
objetivo consiste na prestação de determinado serviço público à população – não a transferência 
de recursos financeiros a uma das partes. 
A letra (b) está incorreta. É exatamente o contrário. A contraprestação do parceiro público ao 
privado somente poderá ser paga após a disponibilização do serviço, seja integral ou de uma 
parcela fruível. Em outras palavras, veda-se o “adiantamento” da contraprestação devida ao 
parceiro privado: 
Lei 11.079/2004, art. 7º A contraprestação da Administração Pública será 
obrigatoriamente precedida da disponibilização do serviço objeto do contrato de parceria 
público-privada. 
§ 1º É facultado à administração pública, nos termos do contrato, efetuar o pagamento da 
contraprestação relativa a parcela fruível do serviço objeto do contrato de parceria 
público-privada. 
A letra (c) está incorreta, porquanto a PPP modalidade administrativa não permite a cobrança de 
tarifas dos usuários. 
PPPs
valor igual ou superior a R$ 10 milhões
prazo
de 5 a 35 anos 
(incluída eventual prorrogação)
Vedada a 
delegação de
atividades exclusivas do Estado, 
regulação, poder de polícia e 
função jurisdicional
Vedado objeto 
único de
fornecimento de mão-de-obra
fornecimento e instalação de 
equipamentos
execução de obra pública
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67 
A letra (d), por sua vez, está correta e exigiu uma regra aplicável à União, estatuída no art. 28 da 
Lei 11.079/2004: 
Art. 28. A União não poderá conceder garantia ou realizar transferência voluntária aos 
Estados, Distrito Federal e Municípios se a soma das despesas de caráter continuado 
derivadas do conjunto das parcerias já contratadas por esses entes tiver excedido, no ano 
anterior, a 5% (cinco por cento) da receita corrente líquida do exercício ou se as despesas 
anuais dos contratos vigentes nos 10 (dez) anos subsequentes excederem a 5% (cinco por 
cento) da receita corrente líquida projetada para os respectivos exercícios. 
A letra (e) está incorreta. Pelo contrário, uma PPP deve conjugar a execução de obra pública com 
(i) fornecimento de mão de obra ou (ii) fornecimento e instalação de equipamentos, o que ocorre 
em uma prestação de serviços. 
Gabarito (D) 
34. FCC/ DPE-AM – Assistente Técnico de Defensoria – Assistente Técnico Administrativo – 2018 (adaptada) 
A Administração pública pretende implementar projeto de infraestrutura rodoviária para 
prestação de serviço de disponibilização de malha viária, que ligará importante região agrícola a 
centros consumidores e a zona portuária, mas, após estudos econômico-financeiros, concluiu que 
não possuía recursos suficientes para fazê-lo sem o apoio da iniciativa privada. Concluiu, ainda, 
que seria possível executar o projeto com financiamento público-privado, sendo os investimentos 
privados parcialmente custeados pela cobrança de tarifas, já que o serviço não é autossuficiente. 
Para tanto, a Administração poderá estruturar o projeto como 
a) contrato administrativo de obra pública, regida pela Lei n° 8.666/1993, precedido de licitação 
na modalidade concorrência ou diálogo competitivo. 
b) parceria público-privada, na modalidade concessão administrativa, estando a Administração 
autorizada a iniciar o pagamento da contraprestação pecuniária ao parceiro privado 
imediatamente após a assinatura do contrato. 
c) concessão de serviço público comum, regida pela Lei n° 8.987/1995, estando a Administração 
autorizada a iniciar o pagamento da contraprestação pecuniária ao parceiro privado após o início 
da disponibilização do serviço. 
d) parceria público-privada, na modalidade concessão patrocinada, estando a Administração 
autorizada a iniciar o pagamento da contraprestação pecuniária ao parceiro privado após o início 
da disponibilização do serviço objeto do contrato, relativa a parcela fruível do mesmo. 
Antonio Daud
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68 
e) parceria público-privada, na modalidade concessão patrocinada, estando a Administração 
autorizada a iniciar o pagamento da contraprestação pecuniária ao parceiro privado 
imediatamente após a assinatura do contrato. 
Comentários: 
Além de ter mencionado o “financiamento público-privado”, o enunciado da questão mencionou 
características de uma PPP: (i) alternativa à falta de recursos públicos e (ii) cobrança de tarifas como 
parte da remuneração do particular. 
A letra (a) está incorreta. O contrato de PPP, embora possa ser associado à execução de obra 
pública, tem como objeto principal a concessão de um serviço público. Dessa forma, ele não é um 
contrato de obra pública regido pela Lei 8.666/1993. 
A letra (b) está incorreta, já que haverá o pagamento de tarifa por parte dos usuários da rodovia, 
afastando-se a PPP na modalidade administrativa. Além disso, de acordo com os comentários da 
letra (d), adiante, o pagamento da contraprestação não se inicia necessariamente logo após a 
celebração do contrato. 
A letra (c) está incorreta. Como haverá o “financiamento público-privado”, não seria adequada a 
realização de concessão comum, nos moldes da Lei 8.987/1995. 
Por fim, a letra (d) está correta e a letra (e), incorreta. O momento inicial do pagamento da 
contraprestação ao parceiro privado não é a assinatura do contrato, mas a disponibilização do 
serviço: 
Lei 11.079/2004, art. 7º A contraprestação da Administração Pública será 
obrigatoriamente precedida da disponibilização do serviço objeto do contrato de parceria 
público-privada. 
§ 1º É facultado à administração pública, nos termos do contrato, efetuar o pagamento da 
contraprestação relativa a parcela fruível do serviço objeto do contrato de parceria 
público-privada. 
Gabarito (D) 
35. FCC/ TRF - 5ª REGIÃO – Analista Judiciário – Área Administrativa – 2017 
Para que a construção e operação de um novo ramal ferroviário para transporte de passageiros 
possam ser contratados por meio de parceria público privada énecessário observar, dentre outros 
requisitos, que 
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69 
a) os custos da obra sejam exclusivamente suportados pelo concessionário, que deve se remunerar 
integralmente pela exploração do serviço no âmbito de uma concessão patrocinada. 
b) o valor originalmente cobrado dos usuários como tarifa nas concessões comuns seja custeado 
pelo poder concedente sob a forma de contraprestação. 
c) a repartição de riscos entre as partes estabeleça a qual delas será atribuído o custo pelas obras 
de implantação, sendo necessariamente dever do concessionário a realização material das 
mesmas. 
d) haja contraprestação paga pelo poder concedente, devida somente após o início da prestação 
dos serviços, cuja utilização também deverá ser objeto de remuneração por meio de tarifa cobrada 
dos usuários no âmbito de uma concessão patrocinada. 
e) haja previsão de receitas acessórias ou complementares em favor do concessionário para que 
seja viável manter o equilíbrio econômico-financeiro do contrato sem onerar demasiadamente o 
valor da tarifa. 
Comentários: 
A letra (a) está incorreta. Tratando-se de concessão patrocinada, o parceiro privado receberá, além 
da tarifa decorrente da exploração do serviço, uma remuneração do parceiro público: 
Lei 11.079/2004, art. 2º, § 1º Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou 
de obras públicas de que trata a Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, 
adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro 
público ao parceiro privado. 
Em síntese: 
 
A letra (b) está incorreta. Na concessão patrocinada, é obrigatória a existência de 
tarifas+remuneração paga pelo poder público. Dessa forma, não é correto afirmar que, nas PPPs, 
Antonio Daud
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70 
as tarifas da concessão comum sejam integralmente “transformadas” em contraprestação paga 
pelo parceiro público. 
A letra (c) está incorreta. Não há obrigação de o concessionário se incumbir diretamente da 
realização material das obras. Ele poderá subcontratar uma empresa para executar parte da obra. 
Além disso, é importante lembrar que a SPE é quem se incumbirá de implantar e gerir o objeto 
da PPP. 
A letra (d), por sua vez, está correta. O poder público somente poderá começar a pagar a 
contraprestação devida ao parceiro público após a disponibilização do serviço: 
Lei 11.079/2004, art. 7o A contraprestação da Administração Pública será obrigatoriamente 
precedida da disponibilização do serviço objeto do contrato de parceria público-privada. 
§ 1o É facultado à administração pública, nos termos do contrato, efetuar o pagamento da 
contraprestação relativa a parcela fruível do serviço objeto do contrato de parceria 
público-privada. 
Por fim, a letra (e) está incorreta. A previsão de receitas acessórias ou complementares é mera 
faculdade do parceiro público, não sendo correto se afirmar que este é um requisito da PPP. 
Gabarito (D) 
36. FCC/ TRF - 5ª REGIÃO – Analista Judiciário – Oficial de Justiça Avaliador federal – 2017 
A Administração pública realizou estudos concluindo pela viabilidade técnica, econômica e fiscal 
de um projeto de infraestrutura de grande vulto a ser implementado por Parceria Público-Privada, 
na modalidade concessão patrocinada. Considerando que os contratos de PPP são precedidos de 
licitação, a partir da disciplina legal aplicável ao processo licitatório desta modalidade contratual, 
a Administração, em relação às obras de engenharia 
a) deve disponibilizar projeto básico e projeto executivo, dispensáveis, tão somente, em hipóteses 
excepcionais em que não seja possível determinar previamente a solução construtiva que melhor 
atende ao interesse público, em razão da complexidade e especificidade das obras. 
b) está obrigada a disponibilizar projeto básico tal qual o exigido pela Lei nº 8.666/1993 para 
licitação de obras e execução de serviços, em razão do princípio do paralelismo das formas. 
c) está obrigada a disponibilizar estudos de engenharia com nível de detalhamento de elementos 
do projeto básico, pois servirão para definição do valor do contrato. 
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71 
d) está dispensada de disponibilizar qualquer estudo de engenharia, em razão da natureza do 
ajuste, que é executado por conta e risco do concessionário, sendo este responsável pela 
concepção da obra que irá executar e gerir por longo tempo. 
e) está obrigada a disponibilizar estudos de engenharia que contenham nível de detalhamento 
compatível com anteprojeto de engenharia, utilizados para a definição do valor do investimento 
da PPP. 
Comentários: 
Nas licitações para obras e serviços em geral (Lei 8.666/1993), é obrigatório que o ente público 
elabore o chamado “projeto básico” (Lei 8.666/1993, art. 7º, I, e §2º, I), que descreve um conjunto 
de informações suficientes para a caracterização da obra ou do serviço e permite ao licitante 
avaliar o seu custo. 
Já na licitação que antecede uma PPP, é possível que o projeto básico seja elaborado pelo próprio 
parceiro privado, em momento posterior à celebração do contrato. Esta é uma forma de se ganhar 
eficiência e de o parceiro privado compartilhar parte dos riscos envolvidos na contratação. 
Assim, no caso da PPP, é aceitável que o poder concedente elabore estudos mais simplificados, 
ao nível de anteprojeto, a partir dos quais o licitante irá estimar o valor dos investimentos: 
Lei 11.079/2004, art. 10, § 4o Os estudos de engenharia para a definição do valor do 
investimento da PPP deverão ter nível de detalhamento de anteprojeto, e o valor dos 
investimentos para definição do preço de referência para a licitação será calculado com 
base em valores de mercado considerando o custo global de obras semelhantes no Brasil 
ou no exterior ou com base em sistemas de custos que utilizem como insumo valores de 
mercado do setor específico do projeto, aferidos, em qualquer caso, mediante orçamento 
sintético, elaborado por meio de metodologia expedita ou paramétrica. 
Quanto ao projeto executivo, não há diferenças relevantes com o regime da Lei 8.666, pois esta 
já autorizava a sua elaboração pelo próprio contratado, de modo concomitante à execução do 
contrato (Lei 8.666/1993, art. 7º, §1º, parte final). 
Gabarito (E) 
 
 
 
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72 
LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS 
1. Cebraspe/TCE-RJ – Auditor - 2021 
É facultada a constituição de patrimônio de afetação que não se comunicará com o restante do patrimônio 
do fundo garantidor de parcerias público-privadas, ficando vinculado exclusivamente à garantia em virtude 
da qual tiver sido constituído. 
2. Cebraspe/TCE-MG – Direito – 2018 (adaptada) 
No que concerne às parcerias público-privadas, julgue os seguintes itens. 
I A Lei Geral de Parceria Público-Privada aplica-se aos órgãos da administração pública direta dos 
Poderes Executivo e Legislativo, mas não ao Poder Judiciário 
II A celebração de parceria público-privada é condicionada à realização de licitação 
obrigatoriamente na modalidade de concorrência pública ou diálogo competitivo 
III É vedada a celebração de parceria público-privada por contrato de valor inferior a vinte milhões 
de reais 
IV Na contratação de parceria público-privada, eventuais riscos do negócio deverão ser arcadosintegralmente pelo parceiro privado 
Estão certos apenas os itens 
a) I e II 
b) I e III 
c) III e IV 
d) I, II e IV 
e) II, III e IV 
3. CEBRASPE/ IPHAN – Analista I – Área 8 – 2018 
Em relação ao modelo de parcerias público-privadas, julgue o próximo item. 
A emissão de título de desempenho (performance bond) tem o objetivo de garantir a 
previsibilidade do fluxo financeiro dos projetos de concessão. 
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4. CEBRASPE/ IPHAN – Analista I – Área 8 – 2018 
Em relação ao modelo de parcerias público-privadas, julgue o próximo item. 
Nas parcerias público-privadas, o governo delega a operação mercantil ao setor privado, mas 
mantém as atividades de planejamento, monitoramento e regulação. 
5. CEBRASPE/ IPHAN – Analista I – Área 8 – 2018 
Em relação ao modelo de parcerias público-privadas, julgue o próximo item. 
O governo federal concentra a maior parte das parcerias público-privadas no Brasil. 
6. CEBRASPE/ IPHAN – Analista I – Área 8 – 2018 
Em relação ao modelo de parcerias público-privadas, julgue o próximo item. 
A análise da viabilidade econômica e financeira do projeto é o principal desafio para a realização 
de parceria público-privada administrativa. 
7. CEBRASPE/ CGM de João Pessoa – PB – Conhecimentos Básicos – Cargos: 1, 2 e 3 – 2018 
A respeito de concessão administrativa, julgue o item subsecutivo. 
Tratando-se de concessão administrativa, a administração pública é usuária direta ou indireta da 
prestação de serviços, enquanto, no caso de concessão patrocinada, há cobrança de tarifa dos 
usuários particulares. 
8. CEBRASPE/ TRT - 7ª Região (CE) – Analista Judiciário – Área Judiciária – 2017 
Define-se concessão administrativa como 
a) parceria público-privada em que a remuneração do parceiro privado é realizada pelo Estado e 
por tarifa paga pelos usuários do serviço. 
b) concessão de serviço público essencial. 
c) parceria público-privada que tem a administração pública como usuária direta ou indireta, sem 
pagamento de tarifas pelos usuários particulares. 
d) concessão de serviço público a entidade da administração pública indireta. 
9. CEBRASPE/ PC-PE – Delegado de Polícia – 2016 
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74 
Tendo como referência a legislação aplicável ao regime de concessão e permissão de serviços 
públicos e às parcerias público-privadas, assinale a opção correta. 
a) De acordo com a Lei n.º 8.987/1995, as permissões de serviço público feitas mediante licitação 
não podem ser formalizadas por contrato de adesão. 
b) Em relação à parceria público-privada, entende-se por concessão administrativa o contrato de 
prestação de serviços de que a administração pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que 
envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens. 
c) As agências reguladoras não podem promover licitações que tenham por objeto a concessão 
de serviço público do objeto por ela regulado. 
d) É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada cujo período de prestação do 
serviço seja superior a cinco anos. 
e) Por meio da concessão, o poder público delega a prestação de serviço público a concessionário 
que demonstre capacidade para seu desempenho, sendo esse serviço realizado por conta e risco 
do poder concedente. 
10. CEBRASPE/ TCU – Auditor de Controle Externo - 2013 
A propósito de parcerias público-privadas, julgue o item subsequente. 
Se o governo de determinado estado da Federação, ao contratar uma empresa privada para a 
construção e administração de uma penitenciária, realizar pagamento mensal proporcional ao 
número de detentos e fiscalizar a prestação dos serviços, estará executando o contrato de 
concessão patrocinada, por meio do qual o concessionário recebe da administração, em caráter 
adicional ao pagamento efetuado pelos beneficiários, a contraprestação pecuniária devida. 
11. CEBRASPE/ TCU – Auditor de Controle Externo – Auditoria Governamental – 2011 
A respeito das PPPs, julgue o item a seguir. 
Suponha que, após a realização de procedimento licitatório, na modalidade de concorrência, 
tenha sido firmada uma PPP com o objetivo único de executar obra pública e que as obrigações 
pecuniárias assumidas pela administração pública tenham sido oferecidas mediante garantia 
prestada por organismos internacionais. Considerando-se essa situação, é correto afirmar que há 
ofensa à legislação de regência, visto que é vedada a celebração de contrato de PPP que tenha 
por único objeto a execução de obra pública, embora a garantia prestada por organismo 
internacional seja admitida pela lei como garantia das obrigações pecuniárias assumidas pela 
administração pública. 
Antonio Daud
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12. VUNESP/Prefeitura de São Roque – Advogado – 2020 
Suponha que municípios limítrofes, com o objetivo de conferir viabilidade econômica a projeto de Parceria 
Público-Privada (PPP) destinado a aprimorar o sistema de iluminação pública das cidades, celebrem contrato 
de consórcio público a fim de permitir a gestão associada do serviço. A celebração do contrato resultou na 
criação de uma associação pública. 
Considerando a situação hipotética e o disposto na Lei n° 11.107/05, assinale a alternativa correta. 
a) Não poderá ser conferida à associação pública a competência para a celebração do contrato de PPP, por 
se tratar de entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado. 
b) O contrato de consórcio pode prever a cessão de móveis dos municípios à associação pública, por força 
da gestão associada do serviço. 
c) A associação pública apenas integrará a Administração Indireta do município que for responsável pela 
gestão do consórcio. 
d) O consórcio público somente poderia ser constituído quando o protocolo de intenções esteja ratificado 
por lei por todos os Municípios subscritores do contrato. 
e) Extinto o consórcio, perderá eficácia o contrato de programa que contenha autorização para a realização 
de despesas relacionadas à gestão associada do serviço. 
13. VUNESP – PGM São José dos Campos/2019 
A respeito das Parcerias Público-Privadas (PPP), assinale a alternativa correta. 
a) É ilegal prever remuneração variável pelo parceiro público ao parceiro privado vinculada ao seu 
desempenho. 
b) A legislação exige a repartição objetiva de riscos, ordinários e extraordinários, o que não significa 
compartilhamento equânime dos riscos. 
c) A repartição objetiva dos riscos altera diretamente o regime da responsabilidade civil inerente à prestação 
do serviço público. 
d) Não é admitida a participação direta dos autores ou responsáveis pelos projetos, básico ou executivo, nas 
licitações e execução das obras ou serviços em PPP. 
e) O Fundo Garantidor de Parcerias possui natureza pública, patrimônio separado dos cotistas e deve ser 
administrado por instituição financeira controlada pela União. 
14. VUNESP - Analista Técnico Científico (MPE SP) /Contador/2019 
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76 
É correto afirmar, em relação às Parcerias Público Privadas (PPP) e os Contratos de Concessão, no 
âmbito da gestão pública: 
a) são uma forma de aumentar o tamanho do setor público como parcela do PIB. 
b) apesar de em certo grau se sobreporem, diferenciam- se pelo fato de que atividades com 
rentabilidade adequada ao capital privado não seriamobjetos de uma PPP. 
c) Contratos de Concessão de Serviços Públicos e Parcerias Público Privadas são denominações 
diferentes para uma mesma realidade de contratação de agentes privados pelo estado. 
d) Parcerias Público Privadas que envolvem transferência de recursos do setor público para 
agentes privados tendem a desaparecer em conjunto com os Contratos de Concessão para os 
Serviços Públicos. 
e) Contratos de Concessão e Parcerias Público Privadas são formas idênticas de contratação de 
serviços públicos por parte do Estado e se diferenciam apenas quanto ao prazo de vigência dos 
contratos. 
15. VUNESP - Analista Técnico Científico (MPE SP) /Economista/2019 
Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou 
administrativa. Concessão administrativa 
a) é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas quando envolver, adicionalmente à 
tarifa cobrada dos usuários, contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado. 
b) é o contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou 
indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens. 
c) é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas, quando não envolver contraprestação 
pecuniária do parceiro público ao parceiro privado. 
d) tem como objeto único o fornecimento de mão de obra, o fornecimento e instalação de 
equipamentos ou a execução de obra pública. 
e) é aquela cujo período de prestação do serviço é inferior a cinco anos. 
16. Órgão: DPE-SC Prova: FUNDATEC - 2018 - DPE-SC - Analista Técnico (adaptada) 
Considere a seguinte situação: o Estado de Santa Catarina pretende ampliar as vagas do sistema 
prisional, instalando, para tanto, um novo presídio. Assinale a alternativa correta em relação ao 
exposto. 
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77 
( ) O Estado de Santa Catarina poderá optar, no caso, por firmar uma Parceria Público-Privada, 
nos termos da Lei nº 11.079/2004. Para tanto, seria possível estabelecer uma concessão 
administrativa, que é o contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a 
usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de 
bens, desde que o valor do contrato não seja inferior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais), o 
período de prestação do serviço não seja inferior a cinco anos e não tenha como objeto único o 
fornecimento de mão de obra, o fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de 
obra pública. 
17. Órgão: SPGG - RS Prova: FUNDATEC - 2018 - SPGG - RS - Analista de Planejamento, Orçamento e Gestão 
Segundo a Lei nº 11.079/2004, é possível a celebração de contrato de parceria público-privada, 
no âmbito da administração pública, desde que: 
I. O valor do contrato seja superior a R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais). 
II. O período de prestação do serviço seja, no mínimo, de 10 (dez) anos. 
III. Não tenha como objeto único o fornecimento de mão de obra. 
Quais estão corretas? 
A Apenas I. 
B Apenas III. 
C Apenas I e II. 
D Apenas II e III. 
E I, II e III. 
18. FGV/ AL-RO – Analista Legislativo – Administração – 2018 
A Parceria Público Privada (PPP) representa um contrato administrativo firmado entre a 
administração pública e um parceiro privado, tendo como o objetivo a implantação ou gestão de 
serviços públicos. 
Considerando a situação na qual um particular é contratado, pela modalidade patrocinada, para 
gerir determinado serviço público, assinale a opção que apresenta uma decorrência disso. 
a) O financiamento exclusivo pelo Estado. 
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b) A licitação por meio de convite. 
c) O financiamento exclusivo por usuários do serviço. 
d) A licitação pela modalidade concurso. 
e) A necessidade de contraprestação do Estado. 
19. FGV/ Prefeitura de Niterói – RJ – Auditor Municipal de Controle Interno – Controladoria – 2018 
Com referência aos contratos de parceria público-privada, analise as afirmativas a seguir e assinale 
(V) para a verdadeira e (F) para a falsa. 
I - ( ) É possível ao parceiro público reter o pagamento ao parceiro privado de montante suficiente 
para reparar danos a bens reversíveis. 
II - ( ) O fato do príncipe representa uma circunstância imprevisível, o que faz com que seu risco 
não seja objeto de cláusula do contrato. 
III - ( ) Em respeito ao princípio da eficiência, a atualização dos valores contratuais será sempre 
realizada por índices pré-fixados, dispensando a homologação da Administração Pública. 
Assinale a opção que indica a sequência correta, segundo a ordem apresentada. 
a) F – F – V. 
b) F – V – V. 
c) V – F – F. 
d) V – V – F. 
e) V – F – V. 
20. FGV/ Prefeitura de Niterói – RJ – Auditor Municipal de Controle Interno – Controladoria – 2018 
Após processo licitatório vencido pela Empresa Delta X, em 2016, para prestação de serviços em 
regime de parceria público-privada, verificou-se a necessidade de aquisição de bens vinculados 
ao serviço a ser prestado, sendo certo que havia autorização no edital para aporte de recursos a 
serem efetivados pela Administração Pública para a compra desses equipamentos. 
Nesse caso, 
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a) a Administração Pública só poderia aportar recursos para a compra desses bens se o edital 
indicasse o valor de cada equipamento a ser adquirido. 
b) a Administração Pública não poderia aportar recursos para a empresa privada, já que seria uma 
forma indireta de remuneração da parceria, ferindo o princípio da legalidade. 
c) a Administração Pública poderia aportar recursos se os bens reversíveis fossem adquiridos por 
meio de novo procedimento licitatório. 
d) o parceiro privado, no caso do aporte de recursos pelo parceiro público para a compra de bens 
reversíveis, não receberá indenização pelas parcelas de investimentos vinculadas a tais bens, ainda 
não amortizadas ou depreciadas. 
e) na situação de aporte de recursos pelo parceiro público para a compra de bens vinculados ao 
serviço concedido ao parceiro privado, ao fim do contrato, os bens serão revertidos a cada um, na 
medida dos investimentos feitos. 
21. FGV/ Câmara de Salvador – BA – Analista Legislativo Municipal – Licitação, Contratos e Convênios – 2018 
A Lei nº 11.079/04 institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada 
no âmbito da administração pública. 
De acordo com o mencionado diploma legal: 
a) a concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública 
seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação 
de bens; 
b) o contrato de parceria público-privada é destinado à prestação de serviços essenciais à 
população, e deve ter valor global de, no mínimo, um milhão de reais; 
c) o contrato de parceria público-privada é destinado à prestação de serviços essenciais à 
população, e deve ter duração mínima de dois anos para prestação do serviço; 
d) a concessão patrocinada é aquela que envolve, adicionalmente à tarifa cobrada dos cidadãos, 
contraprestação pecuniária do parceiro privado ao parceiro público; 
e) o contrato de parceria público-privada tem como objeto único o fornecimento de mão de obra, 
o fornecimento e a instalação de equipamentos ou a execução de obra pública. 
22. FGV/ SEFIN-RO – Contador – 2018 
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80 
A Lei nº 11.079/04 instituiu e regulamentou as Parcerias Público-Privadas (PPP), que têm por 
objetivo atrair o setor privado para investimentos em projetos necessários ao desenvolvimento do 
país, cujos recursos extrapolam a capacidade financeira do setor público. 
Assinale a opção que apresenta as duas espécies de Parceria Público-Privada. 
a) Concessão patrocinada e concessão administrativa. 
b) Concessão patrocinada e contratos de gestão. 
c) Concessão patrocinada e contratos administrativos. 
d) Concessão administrativa e contratos de gestão. 
e) Concessão administrativa e contratos administrativos. 
23. FGV/ CODEBA – Analista portuário – Advogado – 2016 
As opções a seguir dizem respeito a previsões legais referentes ao instituto das parcerias público-
privadas, à exceção de uma. Assinale-a. 
a) O prazo de vigência do contrato não poderá ser inferior a 5 (cinco), nem superior a 35 (trinta e 
cinco) anos, incluindo eventual prorrogação. 
b) É vedada a contratação de parceria público-privada que tenha por objeto exclusivo a execução 
de obra pública. 
c) O julgamento poderá adotar, como critério para a seleção da proposta vencedora da licitação, 
o menor valor da contraprestação a ser paga pela Administração Pública. 
d) A contraprestação do parceiro público ao parceiro privado somente pode ser realizada por 
meio de transferência bancária. 
e) O contrato poderá prever o pagamento ao parceiro privado de remuneração variável vinculada 
ao seu desempenho. 
24. FGV/ TJ-PI – Analista Judiciário – Analista Administrativo - 2015 
Parceria Público-Privada (PPP) é uma modalidade de concessão de serviços públicos e de 
financiamento ao setor público. 
A esse respeito, é correto afirmar que: 
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a) o financiamento é privado, já que o retorno financeiro dos investimentos frente aos gastos 
operacionais é suficiente apenas com receitas próprias; 
b) cabe ao parceiro público arcar com os custos de implantação e operação do serviço público 
concedido, estando os aportes privados condicionados ao início da prestação do serviço; 
c) os riscos físicos e financeiros pertencem ao parceiro privado, que deverá gerenciá-los e preparar 
plano de contingência; 
d) o prazo de vigência deve ser superior a 35 anos e o valor deve ser inferior a quinze milhões de 
reais; 
e) a empresa responsável em implementar e gerir uma PPP deve ser uma Sociedade de Propósito 
Específico (SPE). 
25. FCC/Pref. S.J. Rio Preto – Auditor Fiscal - 2019 
Os contratos de parceria público-privadas, regidos pela Lei Federal nº 11.079/2004, possuem 
características específicas, que os diferenciam de outras modalidades contratuais, entre as quais, 
(A) possibilidade de sub-rogação de parcela das obrigações do parceiro privado pelo seu 
financiador, a partir do quinto ano de vigência do contrato, exclusivamente no que concerne a 
aspectos financeiros. 
(B) pagamento ao parceiro privado somente após a disponibilização integral dos serviços objeto 
do contrato, vedado qualquer pagamento a título de remuneração por parcelas fruíveis dos 
serviços. 
(C) longo prazo de duração, limitado a 35 anos, e possibilidade de prestação de garantias pela 
Administração contratante para assegurar o cumprimento de suas obrigações pecuniárias. 
(D) utilização da capacidade de financiabilidade do parceiro privado, com limitação do montante 
global dos pagamentos imputados ao parceiro público a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais). 
(E) obrigatoriedade de alocação integral dos riscos contratuais ao parceiro privado, afastando a 
possibilidade de reequilíbrio econômico-financeiro por alterações supervenientes das condições 
econômicas. 
26. FCC/ AFAP – Analista de Fomento – Crédito – 2019 
A prestação de serviços públicos pela iniciativa privada é medida 
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a) obrigatória nos casos de serviços públicos que permitam o regime de lucratividade, para 
garantir competição e vantajosidade para o usuário. 
b) passível de ser implementada mediante descentralização da Administração, outorgando-se a 
titularidade e a execução sob regime de parceria público-privada. 
c) que não altera a titularidade do serviço, mas permite a exploração da execução, inclusive de 
forma lucrativa em determinados setores, devendo ser preservada a competitividade no certame 
de seleção e a modicidade tarifária, em benefício dos administrados. 
d) adotada pelo poder público quando celebra contrato de concessão comum ou de concessão 
patrocinada, ainda que esses modelos possam contar com aporte do poder concedente para 
execução das obras. 
e) que pode ser viabilizada em contraponto à prestação direta, excluídos os serviços públicos de 
caráter essencial, que são obrigatoriamente responsabilidade do titular do serviço público em 
questão. 
27. FCC/ ALESE – Analista Legislativo – Processo Legislativo – 2018 
A Administração pública de um estado da federação pretende conceder à iniciativa privada a 
exploração de uma rodovia que liga a capital a municípios do noroeste. Os estudos que levaram 
ao modelo da concessão comprovaram que o fluxo de veículos e, portanto, a receita de pedágio, 
não seriam suficientes para custear a operação. O Estado, portanto, terá que complementar essa 
receita. Esse modelo é compatível com 
a) concessão de serviço público regida pela Lei n° 8.987/1995, pela qual o concessionário presta 
o serviço por sua conta e risco e pode explorar receitas acessórias. 
b) parceria público-privada, sob a modalidade de concessão administrativa, na qual o Estado 
complementa a tarifa com a contraprestação. 
c) parceria público-privada, na modalidade concessão patrocinada, em que há cobrança de tarifa 
dos usuários do serviço, mas o estado também terá que remunerar o privado mediante pagamento 
de contraprestação. 
d) concessão de serviço público regida pela Lei n° 8.987/1995, que permite ao Estado o 
pagamento de remuneração mensal para suprir o déficit de receita tarifária, bem como aportar 
recursos durante a obra, diminuindo o valor dos investimentos do privado. 
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e) concessão patrocinada, na qual o privado explora os serviços por sua conta e risco e deve se 
remunerar exclusivamente pela tarifa, mas admite que o Estado aporte recursos para custear as 
obras de infraestrutura. 
28. FCC/ Câmara Legislativa do Distrito Federal – Consultor Legislativo – Regulação Econômica – 2018 
No regime estabelecido pela Lei nº 11.079/2004, a transferência do controle da sociedade de 
propósito específico em favor dos seus financiadores 
a) é causa de caducidade, por se tratar de terceiros estranhos ao contrato, razão pela qual somente 
pode se dar validamente em casos excepcionais, sendo necessário para tanto que os financiadores 
atendam exigências de capacidade técnica, idoneidade financeira e regularidade jurídica e fiscal. 
b) é proibida, podendo o contrato, no entanto, estabelecer a possibilidade de os financiadores 
receberem indenização por extinção antecipada da parceria. 
c) deve ser previamente autorizada pelo parceiro público e somente, pode se dar de forma 
precária, sob pena de ofensa ao princípio licitatório, uma vez que o parceiro privado não mantém 
vínculo societário direto com os financiadores do projeto. 
d) pode ser autorizada contratualmente, desde que os financiadores tenham sido,em conjunto 
com o parceiro privado, responsáveis pela implantação e gestão do empreendimento. 
e) é viável juridicamente e tem por objetivo possibilitar a reestruturação financeira do projeto e a 
continuidade da prestação dos serviços, sendo permitido, nesse sentido, que o contrato disponha 
sobre os requisitos e condições em que se dará. 
29. FCC/ Câmara Legislativa do Distrito Federal – Procurador Legislativo – 2018 
Considere que o Distrito Federal tenha iniciado uma consulta pública para futura contratação de 
Parceria Público-Privada (PPP) para construção e operação de um complexo hospitalar. 
Considerando o vulto dos investimentos envolvidos e a situação de constrição macroeconômica 
apontada pelos potenciais interessados, foi apresentada, na fase de consulta, solicitação de que a 
modelagem econômico-financeira contemplasse alguma forma de repasse de recursos ao parceiro 
privado antes da finalização global do empreendimento objeto da PPP. De acordo com o regime 
jurídico desta modalidade contratual, notadamente as disposições da Lei no 11.079, de 2004, a 
solicitação apresentada afigura-se 
a) viável, podendo o parceiro privado receber contraprestação pelas parcelas fruíveis dos serviços 
objeto da PPP, bem como aportes de recursos para realização das obras e aquisição de bens 
reversíveis. 
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b) viável apenas se o contrato se der na modalidade de concessão patrocinada, onde é possível o 
pagamento pela administração, na condição de usuária indireta dos serviços, de aporte de 
recursos como sucedâneo de tarifa. 
c) inviável, tendo em vista que tal modalidade contratual, seja na forma de concessão 
administrativa ou patrocinada, interdita qualquer repasse de recursos pela Administração, antes 
da disponibilização integral do objeto. 
d) viável apenas se a contraprestação ofertada pela Administração se der na modalidade de 
oferecimento de garantia aos financiadores do parceiro privado. 
e) inviável, sob pena de desnaturar o modelo jurídico de PPP e transformá-lo em concessão 
comum, sujeita a regime jurídico diverso, inclusive quanto a prazo de vigência e obrigações das 
partes. 
30. FCC/ DPE-AM – Defensor Público – Reaplicação – 2018 
Considere que o Estado pretenda celebrar um contrato de parceria público-privada, na 
modalidade concessão administrativa, para construção e operação de um centro administrativo. 
No que concerne ao fluxo de pagamentos correspondentes, considerando as disposições legais 
aplicáveis, afigura-se possível prever 
I. contraprestação pecuniária paga de acordo com parcela fruível do objeto. 
II. aportes de recursos destinados às obras e bens reversíveis, proporcionais às etapas 
efetivamente executadas. 
III. cobrança de tarifa do usuário indireto dos serviços envolvidos, atrelada a indicadores de 
desempenho. 
Está correto o que se afirma APENAS em: 
a) I e III. 
b) II. 
c) II e III. 
d) III. 
e) I e II. 
31. FCC/ TRT - 6ª Região (PE) – Analista Judiciário – Oficial de Justiça Avaliador Federal – 2018 
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A Administração pública está elaborando um projeto de parceria público-privada para o setor de 
transportes, para levá-lo a licitação. A modelagem econômica, entretanto, vem encontrando 
dificuldades de equacionamento, porque os investimentos na fase de obras por parte do privado 
seriam de tal monta que poderiam inviabilizar o projeto. Uma das possíveis soluções para reduzir 
o custo da fase inicial do projeto, equilibrando a equação econômica, seria 
a) o aditamento do contrato após sua celebração, desde que observado o limite quantitativo 
previsto na Lei n° 8.666/1993. 
b) prever no contrato a possibilidade de prorrogação, por sucessivos períodos ou por prazo 
indeterminado, até que fique apurada pelo poder público a amortização dos investimentos. 
c) o poder público reduzir o objeto do contrato, após sua celebração, executando diretamente, 
ou mediante contratação de terceiro, as obras que excederem os investimentos suportáveis pelo 
parceiro privado. 
d) a previsão de aporte por parte do poder público, considerando que as obras da fase inicial do 
contrato sejam para a construção do modal de transporte, que reverterá ao poder público ao fim 
da parceria público-privada. 
e) a previsão de reequilíbrio econômico-financeiro do contrato tão logo concluídas as obras, cuja 
indenização poderá se dar por meio de prorrogação de prazo contratual ou aporte por parte do 
poder público. 
32. FCC/ DPE-AP – Defensor Público – 2018 
Suponha que o Estado do Amapá pretenda implementar um programa intensivo de recuperação 
de rodovias, cogitando a cobrança de tarifa dos usuários. Todavia, concluídos os estudos de 
viabilidade econômico-financeira, ficou claro que a tarifa necessária para fazer frente aos 
investimentos de recuperação e despesas de manutenção e operação em algumas rodovias seria 
consideravelmente elevada. Tendo em vista os princípios aplicáveis à prestação de serviços 
públicos, bem como a legislação aplicável a contratos administrativos, o Estado 
a) poderá subsidiar a tarifa, mediante o pagamento de contraprestação pecuniária ao particular 
contratado para o objeto em questão, se o contrato for firmado sob a modalidade concessão 
patrocinada. 
b) está impedido, caso decida transferir à iniciativa privada a exploração da rodovia, de 
complementar o valor auferido pelo concessionário com a cobrança de tarifa, qualquer que seja a 
modalidade contratual adotada. 
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c) está impedido de cobrar tarifa dos usuários caso decida manter as rodovias sob gestão pública, 
somente sendo admitida tal cobrança se optar pela concessão à iniciativa privada. 
d) poderá efetuar, previamente à concessão das rodovias à iniciativa privada, todos os 
investimentos necessários, assegurando ao concessionário remuneração fixa durante o prazo da 
concessão, sob a modalidade comum. 
e) poderá celebrar parceria público-privada, na modalidade concessão administrativa, cobrando 
dos usuários apenas a tarifa necessária à manutenção da rodovia e efetuando pagamento ao 
parceiro privado do valor correspondente aos investimentos. 
33. FCC/ DPE-AM – Defensor Público – 2018 
Em face da crise nacional no setor de saúde e tendo em vista o atual cenário de constrição fiscal, 
considere que o Estado do Amazonas, buscando alternativas para financiar a construção e 
operação de novos hospitais, pretenda valer-se de contrato de parceria público-privada − PPP. 
Considerando a legislação aplicável à espécie, pode-se afirmar que tal modalidade contratual 
afigura-se, em relação aos fins pretendidos, 
a) viável, apenas se observados os limites de endividamento público, eis que tais contratos são 
equiparados a operações de crédito quando celebrados com prazo superior a cinco anos. 
b) inadequada, pois não permite diferir o pagamento para momento posterior à disponibilização 
dos serviços, obrigando o pagamento no ritmo de execução dos investimentos. 
c) inviável, pois tal modalidade somente é aplicável para serviços passíveis de cobrança de tarifa 
dos usuários, com ou sem complementação mediante contraprestação pecuniária a cargo do 
poder público. 
d) viável, na modalidade concessão administrativa, impedindo, contudo, transferências voluntárias 
da União se a despesa global decorrente de contratos de PPP superar o limite de 5% da receita 
corrente líquida. 
e) inadequada, pois tal modalidade não permite a conjugação,em um mesmo contrato, de obras 
e de serviços, salvo aqueles relacionados exclusivamente à conservação e manutenção predial. 
34. FCC/ DPE-AM – Assistente Técnico de Defensoria – Assistente Técnico Administrativo – 2018 (adaptada) 
A Administração pública pretende implementar projeto de infraestrutura rodoviária para 
prestação de serviço de disponibilização de malha viária, que ligará importante região agrícola a 
centros consumidores e a zona portuária, mas, após estudos econômico-financeiros, concluiu que 
não possuía recursos suficientes para fazê-lo sem o apoio da iniciativa privada. Concluiu, ainda, 
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que seria possível executar o projeto com financiamento público-privado, sendo os investimentos 
privados parcialmente custeados pela cobrança de tarifas, já que o serviço não é autossuficiente. 
Para tanto, a Administração poderá estruturar o projeto como 
a) contrato administrativo de obra pública, regida pela Lei n° 8.666/1993, precedido de licitação 
na modalidade concorrência ou diálogo competitivo. 
b) parceria público-privada, na modalidade concessão administrativa, estando a Administração 
autorizada a iniciar o pagamento da contraprestação pecuniária ao parceiro privado 
imediatamente após a assinatura do contrato. 
c) concessão de serviço público comum, regida pela Lei n° 8.987/1995, estando a Administração 
autorizada a iniciar o pagamento da contraprestação pecuniária ao parceiro privado após o início 
da disponibilização do serviço. 
d) parceria público-privada, na modalidade concessão patrocinada, estando a Administração 
autorizada a iniciar o pagamento da contraprestação pecuniária ao parceiro privado após o início 
da disponibilização do serviço objeto do contrato, relativa a parcela fruível do mesmo. 
e) parceria público-privada, na modalidade concessão patrocinada, estando a Administração 
autorizada a iniciar o pagamento da contraprestação pecuniária ao parceiro privado 
imediatamente após a assinatura do contrato. 
35. FCC/ TRF - 5ª REGIÃO – Analista Judiciário – Área Administrativa – 2017 
Para que a construção e operação de um novo ramal ferroviário para transporte de passageiros 
possam ser contratados por meio de parceria público privada é necessário observar, dentre outros 
requisitos, que 
a) os custos da obra sejam exclusivamente suportados pelo concessionário, que deve se remunerar 
integralmente pela exploração do serviço no âmbito de uma concessão patrocinada. 
b) o valor originalmente cobrado dos usuários como tarifa nas concessões comuns seja custeado 
pelo poder concedente sob a forma de contraprestação. 
c) a repartição de riscos entre as partes estabeleça a qual delas será atribuído o custo pelas obras 
de implantação, sendo necessariamente dever do concessionário a realização material das 
mesmas. 
d) haja contraprestação paga pelo poder concedente, devida somente após o início da prestação 
dos serviços, cuja utilização também deverá ser objeto de remuneração por meio de tarifa cobrada 
dos usuários no âmbito de uma concessão patrocinada. 
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e) haja previsão de receitas acessórias ou complementares em favor do concessionário para que 
seja viável manter o equilíbrio econômico-financeiro do contrato sem onerar demasiadamente o 
valor da tarifa. 
36. FCC/ TRF - 5ª REGIÃO – Analista Judiciário – Oficial de Justiça Avaliador federal – 2017 
A Administração pública realizou estudos concluindo pela viabilidade técnica, econômica e fiscal 
de um projeto de infraestrutura de grande vulto a ser implementado por Parceria Público-Privada, 
na modalidade concessão patrocinada. Considerando que os contratos de PPP são precedidos de 
licitação, a partir da disciplina legal aplicável ao processo licitatório desta modalidade contratual, 
a Administração, em relação às obras de engenharia 
a) deve disponibilizar projeto básico e projeto executivo, dispensáveis, tão somente, em hipóteses 
excepcionais em que não seja possível determinar previamente a solução construtiva que melhor 
atende ao interesse público, em razão da complexidade e especificidade das obras. 
b) está obrigada a disponibilizar projeto básico tal qual o exigido pela Lei nº 8.666/1993 para 
licitação de obras e execução de serviços, em razão do princípio do paralelismo das formas. 
c) está obrigada a disponibilizar estudos de engenharia com nível de detalhamento de elementos 
do projeto básico, pois servirão para definição do valor do contrato. 
d) está dispensada de disponibilizar qualquer estudo de engenharia, em razão da natureza do 
ajuste, que é executado por conta e risco do concessionário, sendo este responsável pela 
concepção da obra que irá executar e gerir por longo tempo. 
e) está obrigada a disponibilizar estudos de engenharia que contenham nível de detalhamento 
compatível com anteprojeto de engenharia, utilizados para a definição do valor do investimento 
da PPP. 
 
 
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GABARITOS 
1. C 
2. A 
3. E 
4. C 
5. E 
6. E 
7. C 
8. C 
9. B 
10. E 
11. C 
12. B 
13. B 
14. B 
15. B 
16. C 
17. B 
18. E 
19. C 
20. D 
21. A 
22. A 
23. D 
24. E 
25. C 
26. C 
27. C 
28. E 
29. A 
30. E 
31. D 
32. A 
33. D 
34. D 
35. D 
36. E 
 
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