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Prévia do material em texto

Código de Ética da OAB
Prof. Paulo Ricardo Nogueira Machado
Descrição
Análise do Código de Ética da OAB, infrações, sanções disciplinares e
processo disciplinar perante a OAB.
Propósito
Conhecer as regras éticas e suas correspondentes punições é
indispensável para quem quer advogar, atuando sempre dentro dos
limites éticos da advocacia. Não menos importante é saber que existe
um rito a ser respeitado nos processos disciplinares e nos seus
recursos.
Preparação
Para nosso estudo, é imprescindível ter em mãos a Lei nº 8.906/94
(Estatuto da Advocacia e da OAB), o Regulamento Geral do EAOAB e o
Código de Ética e Disciplina.
Objetivos
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Módulo 1
Principais pontos do Código de
Ética da OAB
Analisar os principais pontos do Código de Ética da OAB.
Módulo 2
Infrações e sanções disciplinares
Identificar as infrações e sanções disciplinares, além do regramento
do processo disciplinar.
Introdução
Em primeiro plano, estudaremos as normas contidas no Código
de Ética da OAB, a fim de propiciar uma segurança no regular
exercício da profissão, uma vez que, conhecendo as regras éticas,
o advogado evita descumpri-las, bem como eventuais punições
pela OAB.
Analisaremos as infrações e suas respectivas sanções e, por
conseguinte, auxiliaremos o profissional da advocacia a atuar
dentro dos ditames do Código de Ética da OAB, sem descumprir
as regras da advocacia.
Por fim, veremos algumas linhas sobre o processo disciplinar da
OAB, do qual poderá restar uma punição ao advogado, assim
como – e concomitantemente – o respeito ao contraditório e
ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.

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1 - Principais pontos do Código de Ética da OAB
Ao �nal deste módulo, você será capaz de analisar os principais pontos do
Código de Ética da OAB.
Características do Código de
Ética da OAB
Primeiras observações
O Código de Ética da OAB é basicamente dividido em duas partes:
1ª
Trata das regras deontológicas.
2ª
Trata do processo disciplinar na OAB.
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O Estatuto da Advocacia e da OAB também trata da Ética da Advocacia,
especialmente nos artigos 31 a 33.
O advogado deve ser merecedor de respeito e contribuir para o prestígio
da classe e da advocacia, mantendo independência em qualquer
circunstância, sem receio de desagradar a magistrado ou a qualquer
autoridade, nem o de incorrer em impopularidade.
Re�exão
Sabendo-se que o Código de Ética e Disciplina (CED) não é uma lei,
estaria o advogado obrigado a obedecer às regras lá inseridas? A
resposta está no artigo 33 da Lei nº 8906/94 (Estatuto da Advocacia e
da OAB), que determina que o advogado precisa cumprir rigorosamente
os deveres consignados no CED.
Quando a Lei nº 8906/94 determina que os advogados cumpram os
mandamentos do CED, assim deve ser feito, sob pena de lhes serem
aplicadas as sanções disciplinares.
Responsabilidade funcional do advogado
O advogado, no exercício da sua profissão, está sujeito a ser
responsabilizado por ações ou omissões que possam vir a causar
prejuízo a clientes ou a terceiros. Assim, a responsabilidade funcional
(ou profissional) se divide em três tipos de esferas independentes umas
das outras, como analisaremos a seguir:

Responsabilidade civil

Responsabilidade penal

Responsabilidade disciplinar
O advogado pode, por exemplo, com uma conduta inadequada, cometer
uma infração disciplinar, mas não causar prejuízo ao seu cliente, nem
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praticar um crime. A seguir, faremos uma breve abordagem de cada
uma dessas responsabilidades.
Responsabilidade do
advogado
Neste vídeo, o professor faz um apanhado sobre as responsabilidade
civil, pena e disciplinar do advogado.
Responsabilidade civil do
advogado
Características
São vários os dispositivos no ordenamento jurídico pátrio que tratam da
responsabilidade civil aplicada ao advogado.
Podemos começar citando o art. 186 do Código Civil, que traz a regra
geral da responsabilidade civil e também alcança o advogado: “Aquele
que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar
direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete
ato ilícito.”
O Estatuto da Advocacia e da OAB, no art. 32, expôs uma regra
semelhante, porém, direcionada ao profissional da advocacia: “O
advogado é responsável pelos atos que, no exercício profissional,
praticar com dolo ou culpa.”

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Veja que, pela simples leitura dos artigos acima
transcritos, a responsabilidade civil do advogado é
subjetiva, ou seja, exige a verificação da culpa.
Para alguns autores, os prejuízos eventualmente causados pelo
advogado aos clientes não escapam da órbita do Código de Defesa do
Consumidor (CDC) (Lei nº 8.078/90), que, ao conceituar fornecedor,
enquadrou toda pessoa física prestadora de serviço em seu mecanismo
de proteção ao cliente: “Art. 3º. Fornecedor é toda pessoa física ou
jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes
despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção,
montagem, criação, construção, transformação, importação,
exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação
de serviços.” Com base nisso, analise a seguir:
O CDC adotou como
regra a
responsabilidade
objetiva. O art. 14,
caput, diz que “o
fornecedor de serviços
responde,
independentemente da
existência de culpa, pela
reparação dos danos
causados aos
consumidores por
defeitos relativos à
prestação dos serviços,
bem como por
informações
insuficientes ou
inadequadas sobre sua
fruição e riscos.”
Entretanto, o próprio
CDC se excepciona no
art. 14, §4º: “A
responsabilização
pessoal dos
profissionais liberais
será apurada mediante
a verificação de culpa”.
Aqui confirma-se que a
responsabilidade civil
do advogado, pelos
danos causados aos
clientes, decorrentes de
seus serviços
advocatícios, exigem a
verificação da culpa.
Lide temerária

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A lide temerária ocorre quando o advogado, em conluio com o cliente,
altera a verdade dos fatos com o objetivo de prejudicar outrem.
Ao discorrer sobre o assunto, Paulo Lôbo (2009, p. 189) diz que a “lide
temerária, no entanto, não se presume, nem pode a condenação
decorrente ser decretada pelo juiz na mesma ação. Tampouco basta a
prova da temeridade, que pode ser resultado da inexperiência ou da
simples culpa do advogado. Para responsabilizar o advogado é
imprescindível a prova do dolo.”
O Estatuto da Advocacia e da OAB não deixou passar despercebido o
tema e dispôs no parágrafo único do art. 32 que “em caso de lide
temerária, o advogado será solidariamente responsável com seu cliente,
desde que coligado com este para lesar a parte contrária, o que será
apurado em ação própria.”
Existe, ainda, um mandamento no Código de Ética que proíbe o
advogado de “expor os fatos em juízo falseando deliberadamente a
verdade ou estribando-se na má-fé” (art. 6º, Novo CED).
Exemplo
Um exemplo de lide temerária é o advogado que, mesmo sabendo que
um cliente (credor) já recebeu o valor da dívida, mas que o devedor não
tem recibo de quitação, propõe uma ação de cobrança em face deste.
Responsabilidade penal do
advogado
Violação de segredo pro�ssional (art. 154, CP)
A escolha do advogado pelo cliente e a relação profissional entre os
dois são calcadas na fidúcia. Para tanto,o cliente deve se sentir à
vontade e bem confiante para que possa revelar todas as nuances do
fato, a fim de que o advogado possa exercer de maneira plena o seu
mister.
Desse modo, as informações que o advogado obtiver no exercício da
sua profissão têm de ser resguardadas e utilizadas apenas nos limites
da defesa ou da acusação, sobretudo quando se trata de processo sob
segredo de justiça. Entretanto, há fatos revelados ao advogado que não
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precisam ser utilizados no processo, ficando por conta de complemento
ao fato principal ou como desabafo por parte do cliente.
Nesse caso, deve o advogado guardar segredo.
O segredo guardado não é do advogado, é do
cliente.
O Código Penal tipificou como crime de violação de segredo profissional
“o comportamento do agente que, sem justa causa, revela a alguém
segredo que teve ciência em razão de função, ministério, ofício ou
profissão, revelação essa capaz de produzir dano a outrem” (GRECCO,
2006, p. 663).
Quando a confiança é violada sem que haja um justo motivo, há de ser
responsabilizado aquele que descumpriu o dever de fidelidade. Para que
seja configurado o crime em questão, devem estar presentes os
seguintes requisitos:
1. ser um segredo;
2. o segredo ter sido obtido pelo agente em razão de sua atividade
(função, ministério, ofício ou profissão);
3. revelação a outrem;
4. sem justa causa;
5. potencialidade de causar dano a alguém.
A respeito do justo motivo (que especialmente nos interessa para a
prática, a fim de que se possa revelar o segredo sem, contudo,
configurar o crime), trata-se de verdadeiro estado de necessidade, em
virtude do conflito de dois interesses, devendo um ser suprimido pela
“maior importância” do outro naquele momento. Sobre isso, o art. 37 do
Código de Ética e Disciplina traz algumas informações importantes.
Vejamos:
Art. 35 
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O advogado tem o dever de guardar sigilo dos fatos de que tome
conhecimento no exercício da profissão.
Parágrafo único. O sigilo profissional abrange os fatos de que o
advogado tenha tido conhecimento em virtude de funções
desempenhadas na Ordem dos Advogados do Brasil.
O sigilo profissional é de ordem pública, independendo de
solicitação de reserva que lhe seja feita pelo cliente.
§ 1º Presumem-se confidenciais as comunicações de qualquer
natureza entre advogado e cliente.
§ 2º O advogado, quando no exercício das funções de mediador,
conciliador e árbitro, se submete às regras de sigilo profissional.
O sigilo profissional cederá em face de circunstâncias
excepcionais que configurem justa causa, como nos casos de
grave ameaça ao direito à vida e à honra ou que envolvam defesa
própria.
O advogado não é obrigado a depor, em processo ou
procedimento judicial, administrativo ou arbitral, sobre fatos a
cujo respeito deva guardar sigilo profissional.
Sonegação de autos
O advogado tem o direito de obter vista dos autos por um prazo que
pode variar em função de determinação legal ou judicial. Ultrapassado o
Art. 36 
Art. 37 
Art. 38 
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prazo, o advogado deverá devolvê-los ao respectivo cartório ou
secretaria. Não havendo a devolução dentro do prazo, o juiz determinará
que o oficial de justiça o intime, a fim de que sejam entregues.
Ainda assim não os devolvendo, as seguintes consequências poderão
advir:
busca e apreensão dos autos;
perda de vista daqueles autos fora do cartório;
responsabilização criminal (art. 356, CP);
sanção disciplinar de suspensão (art. 34, XXII, c/c art. 37, I, todos
do EAOAB);
responsabilidade civil em caso de prejuízo (art. 32, EAOAB).
Patrocínio in�el
O crime de patrocínio infiel está tipificado no art. 355, caput, do Código
Penal, e ocorre quando o advogado, ou o procurador judicial, trai o dever
profissional, causando prejuízo a quem lhe confiou o patrocínio de uma
causa. Como visto, trata-se de crime cujo sujeito ativo é o advogado.
Para Bitencourt (2009), a expressão “ou procurador judicial” pode ser
interpretada como advogado público,
[...] compreendendo-se como tais os
advogados membros da Advocacia-
Geral da União, da Procuradoria da
Fazenda Nacional, das Defensorias
Públicas, Procuradorias e
Consultorias Jurídicas dos Estados,
Municípios, Distrito Federal,
Autarquias e demais entidades da
administração indireta e
fundacional. É perfeitamente
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admissível a participação de
terceiros, incluindo-se os
estagiários.
(BITENCOURT, 2009, p. 1207)
Tergiversação e patrocínio simultâneo (art. 355,
parágrafo único, CP)
O Código Penal pune, no parágrafo único do art. 355, a conduta do
advogado que patrocina os interesses de partes opostas na mesma
causa. Analise as duas condutas incriminadas a seguir:
Tergiversação
Consiste em o advogado, ou o procurador judicial, mudar de lado; ou
seja, após a sua renúncia ou a revogação pelo cliente, passar a atuar
para a parte contrária.
Patrocínio in�el
Consiste em quando o profissional defende os interesses de partes
antagônicas, ao mesmo tempo, na mesma causa.
Para Bitencourt (2009), o termo “partes contrárias” deve ser entendido
como pessoas com interesses divergentes na mesma relação jurídico-
processual, mesmo não estando como partes naquele processo, como é
caso do denunciado e do lesado, que são partes contrárias em uma
ação penal, mesmo que este não esteja habilitado como assistente do
Ministério Público.
Exercício de atividade com infração de decisão
administrativa (art. 205, CP)
Configura-se o crime em questão quando alguém exerce atividade de
que está impedido por decisão administrativa. Explica Bitencourt (2009)
que esse delito pode ser entendido como um tipo sui generis de crime
próprio, eis que, embora não seja exigido pelo tipo penal uma condição
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especial do agente, o ilícito apenas pode ser praticado por quem está
impedido de exercer o seu trabalho, ofício ou profissão.
Para o advogado, é a hipótese de haver decisão da OAB suspendendo-o
ou excluindo-o de seus quadros. É claro que, na pendência de recurso
com efeito suspensivo ou sem trânsito em julgado, não há de se falar
neste ilícito penal. Trata-se de crime habitual, não se punindo a conduta
isolada (BITENCOURT, 2009).
Responsabilidade disciplinar
Infrações e sanções
O Código de Ética e Disciplina é um ato normativo, editado pelo
Conselho Federal da OAB, podendo, portanto, ser alterado por esse
mesmo órgão (art. 54, V, do EAOAB). Dessa forma, no ano de 2015 foi
aprovado o Novo CED, que entrou em vigor no dia 1º de setembro de
2016, já tendo sofrido alterações.
Embora o Código de Ética e Disciplina não seja uma norma em sentido
formal (é uma norma em sentido material), o seu respeito pelos
advogados é imposto pelo art. 33 da Lei nº 8.906/94 (Estatuto da
Advocacia e da OAB), e sua violação é punida com uma censura
aplicada pela OAB (art. 36, I, do EAOAB).
“Art. 33. O advogado obriga-se a cumprir
rigorosamente os deveres consignados no
Código de Ética e Disciplina”.
A ausência, no Código de Ética e Disciplina, de definição ou orientação a
respeito de questão de ética profissional da advocacia, relevante para o
exercício da profissão, enseja consulta e manifestação do Tribunal de
Ética e Disciplina ou do Conselho Federal.
O Presidente do Conselho Seccional, da Subseção ou do Tribunal de
Ética e Disciplina deve chamar a atenção do responsável em caso de
transgressão às normas do CED, sem prejuízo da instauração do devido
procedimento,a fim de serem apuradas as infrações.
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O Novo Código de Ética e Disciplina contém três títulos, que regulam os
deveres do advogado para com a comunidade, o cliente, o outro
profissional e, também, a questão da publicidade, da recusa do
patrocínio, do dever de assistência jurídica, do dever geral de urbanidade
e dos respectivos procedimentos disciplinares, do advogado público, da
advocacia pro bono, entre outros. Analise a seguir como os títulos estão
divididos:
Título I
Trata da “Ética do Advogado” (arts. 1º ao 54).
Título II
Trata do “Processo Disciplinar” (arts. 55 ao 72).
Título III
Trata “Das disposições gerais e transitórias” (arts. 73 ao 80).
Bem como a Constituição da República Federativa do Brasil, o Novo
Código de Ética e Disciplina é iniciado com um preâmbulo, confira!
“O CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO
BRASIL, ao instituir o Código de Ética e Disciplina, norteou-se por
princípios que formam a consciência profissional do advogado e
representam imperativos de sua conduta, os quais se traduzem
nos seguintes mandamentos: lutar sem receio pelo primado da
Justiça; pugnar pelo cumprimento da Constituição e pelo
respeito à Lei, fazendo com que o ordenamento jurídico seja
interpretado com retidão, em perfeita sintonia com os fins
sociais a que se dirige e as exigências do bem comum; ser fiel à
verdade para poder servir à Justiça como um de seus elementos
essenciais; proceder com lealdade e boa-fé em suas relações
profissionais e em todos os atos do seu ofício; empenhar-se na
defesa das causas confiadas ao seu patrocínio, dando ao
constituinte o amparo do Direito, e proporcionando-lhe a
realização prática de seus legítimos interesses; comportar-se,
Princípios norteadores da ética do advogado 
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nesse mister, com independência e altivez, defendendo com o
mesmo denodo humildes e poderosos; exercer a advocacia com
o indispensável senso profissional, mas também com
desprendimento, jamais permitindo que o anseio de ganho
material sobreleve a finalidade social do seu trabalho; aprimorar-
se no culto dos princípios éticos e no domínio da ciência jurídica,
de modo a tornar-se merecedor da confiança do cliente e da
sociedade como um todo, pelos atributos intelectuais e pela
probidade pessoal; agir, em suma, com a dignidade e a correção
dos profissionais que honram e engrandecem a sua classe.
Inspirado nesses postulados, o Conselho Federal da Ordem dos
Advogados do Brasil, no uso das atribuições que lhe são
conferidas pelos arts. 33 e 54, V, da Lei n. 8.906, de 04 de julho
de 1994, aprova e edita este Código, exortando os advogados
brasileiros à sua fiel observância” (RESOLUÇÃO OAB Nº
02/2015).
A leitura e o cumprimento dos mandamentos inseridos no CED/OAB é
dever de toda a classe da advocacia. Logo no primeiro artigo, o Código
de Ética exige do advogado conduta compatível com os seus preceitos,
bem como com os do Estatuto da Advocacia e da OAB, do Regulamento
Geral, dos provimentos e dos demais princípios da moral individual,
social e profissional.
Deveres do advogado no
Código de Ética e Disciplina
De forma explícita, o parágrafo único do art. 2º do Código de Ética e
Disciplina diz que são deveres do advogado:
Art. 2º O advogado, indispensável à administração da
Justiça, é defensor do Estado Democrático de Direito,
dos direitos humanos e garantias fundamentais, da
cidadania, da moralidade, da Justiça e da paz social,
cumprindo-lhe exercer o seu ministério em
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consonância com a sua elevada função pública e com
os valores que lhe são inerentes.
A seguir, ainda no parágrafo único, observe como tais deveres são
enumerados no Código de Ética e Disciplina:
I. Preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza e a dignidade da
profissão, zelando pelo caráter de essencialidade e
indispensabilidade da advocacia;
II. Atuar com destemor, independência, honestidade, decoro,
veracidade, lealdade, dignidade e boa-fé;
III. Velar por sua reputação pessoal e profissional;
IV. Empenhar-se, permanentemente, no aperfeiçoamento pessoal e
profissional;
V. Contribuir para o aprimoramento das instituições, do Direito e das
leis;
VI. Estimular, a qualquer tempo, a conciliação e a mediação entre os
litigantes, prevenindo, sempre que possível, a instauração de
litígios;
VII. Desaconselhar lides temerárias, a partir de um juízo preliminar de
viabilidade jurídica;
VIII. Abster-se de:
a. utilizar de influência indevida, em seu benefício ou do cliente;
b. vincular seu nome ou nome social a empreendimentos
sabidamente escusos;
c. emprestar concurso aos que atentem contra a ética, a moral,
a honestidade e a dignidade da pessoa humana;
d. entender-se diretamente com a parte adversa que tenha
patrono constituído, sem o assentimento deste;
e. ingressar ou atuar em pleitos administrativos ou judiciais
perante autoridades com as quais tenha vínculos negociais
ou familiares;
IX. Pugnar pela solução dos problemas da cidadania e pela efetivação
dos direitos individuais, coletivos e difusos;
X. Adotar conduta consentânea com o papel de elemento
indispensável à administração da Justiça;
XI. Cumprir os encargos assumidos no âmbito da Ordem dos
Advogados do Brasil ou na representação da classe;
XII. Zelar pelos valores institucionais da OAB e da advocacia;
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XIII. ater-se, quando no exercício da função de defensor público, à
defesa dos necessitados.
O Código de Ética e Disciplina dispõe que o advogado deve ter
consciência de que o Direito é um meio de mitigar as desigualdades
para o encontro de soluções justas, e que a lei é um instrumento para
garantir a igualdade de todos.
Por força do art. 4º, o advogado, ainda que vinculado ao cliente ou
constituinte, mediante relação empregatícia ou por contrato de
prestação permanente de serviços, ou como integrante de
departamento jurídico, ou de órgão de assessoria jurídica, público ou
privado, deve zelar pela sua liberdade e independência.
Re�exão
Infelizmente, na prática, seja no setor público ou no privado, deparamo-
nos com diversos advogados receosos em cumprir esse dever por
atitudes prepotentes de alguns empregadores, sob a constante ameaça
do desemprego.
No art. 4º, parágrafo único, do Novo CED, determina-se que é legítima a
recusa, pelo advogado, do patrocínio de causa e de manifestação, no
âmbito consultivo, de pretensão concernente a direito que também lhe
seja aplicável ou contrarie orientação que tenha manifestado
anteriormente.
Foi mantida a imposição que havia no CED anterior, ao dispor que o
exercício da advocacia é incompatível com qualquer procedimento de
mercantilização, e que é vedado o oferecimento de serviços
profissionais que implique, direta ou indiretamente, em angariar ou
captar clientela.
O Capítulo III do Título I do Código de Ética e Disciplina anuncia os
deveres dos advogados em suas relações com os clientes (arts. 9º ao
26) em uma linguagem clara e autoexplicativa.
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
(FGV – XXIII Exame de Ordem - adaptada) Dr. Silvestre, advogado, é
procurado por um cliente para patrociná-lo em duas demandas em
curso, nas quais o aludido cliente figura como autor. Ao verificar o
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andamento processual dos feitos, Silvestre observaque o primeiro
processo tramita perante a juíza Dra. Isabel, sua tia. Já o segundo
processo tramita perante o juiz Dr. Zacarias, que, coincidentemente,
é o locador do imóvel em que o Dr. Silvestre reside. Considerando o
disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB, assinale a
afirmativa correta.
Parabéns! A alternativa A está correta.
A
O Dr. Silvestre cometerá infração ética se atuar em
qualquer um dos processos, tendo em vista o grau
de parentesco com a primeira magistrada e a
existência de relação negocial com o segundo juiz.
B
O Dr. Silvestre cometerá infração ética apenas se
atuar no processo que tramita perante a juíza Dra.
Isabel, tendo em vista o grau de parentesco com a
magistrada. Quanto ao segundo processo, não há
vedação ética ao patrocínio na demanda.
C
O Dr. Silvestre cometerá infração ética apenas se
atuar no processo que tramita perante o juiz Dr.
Zacarias, tendo em vista a existência de relação
negocial com o magistrado. Quanto ao primeiro
processo, não há vedação ética ao patrocínio na
demanda.
D
O Dr. Zacarias não cometerá infração ética se atuar
em ambos os feitos, pois as hipóteses de suspeição
e impedimento dos juízes versam sobre seu
relacionamento com as partes, e não com os
advogados.
E O CED/OAB não prevê tais situações.
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Nos termos do art. 2º, parágrafo único, e do Novo CED, o advogado
deve abster-se de ingressar ou atuar em pleitos administrativos ou
judiciais perante autoridades com as quais tenha vínculos negociais
ou familiares.
Questão 2
De forma explícita, o parágrafo único do art. 2º do Código de Ética e
Disciplina diz quais são os deveres dos advogados. Portanto,
marque a alternativa que corresponda a um dever do advogado:
Parabéns! A alternativa E está correta.
Segundo o art. 2º, inciso VIII, alínea “d” do Código de Ética e
Disciplina, é dever do advogado abster-se de entender-se
diretamente com a parte adversa que tenha patrono constituído
sem o assentimento deste.
A
Atuar com destemor, dependência, honestidade,
decoro, veracidade, lealdade, dignidade e boa-fé.
B
Utilizar influência indevida, em seu benefício ou do
cliente.
C
Contratar honorários advocatícios em valores
aviltantes.
D Estimular a instauração de litígios.
E
Não negociar diretamente com a parte contrária que
tenha advogado constituído, sem o consentimento
deste.
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2 - Infrações e sanções disciplinares
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car as infrações e sanções
disciplinares, além do regramento do processo disciplinar.
Sanções disciplinares
Tipos de sanções disciplinares
A responsabilidade disciplinar é aquela apurada e aplicada pela OAB. O
advogado, ou o estagiário, que infringir as normas contidas no Estatuto
da Advocacia, no Regulamento Geral e no Código de Ética e Disciplina
será processado e punido pela OAB.
Passaremos, então, ao estudo das sanções e infrações disciplinares
(arts. 34 ao 41 do EAOAB). O art. 35 do Estatuto lista as sanções
disciplinares que podem ser aplicadas pela OAB:
 Censura
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A censura é uma das sanções mais leves aplicadas pela OAB, de
maneira que ela pune a prática das infrações mais leves cometidas
pelos advogados, que são aquelas arroladas no art. 36 do Estatuto.
Com essa punição, o advogado pode continuar exercendo sua profissão,
porém, tal reprimenda deve ser registrada nos assentamentos do
inscrito, deixando-o de ser primário, e com isso uma eventual prática de
outra infração será considerada como reincidência, ensejando, por sua
vez, a aplicação de uma sanção mais grave (suspensão de 30 dias a 12
meses - art. 37, II, EAOAB).
O art. 36, parágrafo único, do Estatuto da Advocacia, prevê que a
censura poderá ser convertida em uma simples advertência,
constituindo em ofício reservado encaminhado ao advogado, sem
registro nos assentamentos, desde que apresente circunstância
atenuante.
Essas atenuantes estão no art. 40 do Estatuto (falta cometida na defesa
de prerrogativa profissional, ausência de punição disciplinar anterior -
primariedade -, exercício assíduo e proficiente de mandado ou cargo em
qualquer órgão da OAB e prestação de relevantes serviços à advocacia
ou à causa pública).
Entendemos que a advertência não é essencialmente
uma punição. Primeiro, porque ela não consta do art.
35 do Estatuto da Advocacia; segundo, porque não é
considerada para fins de reincidência. Trata-se,
 Suspensão
 Exclusão
 Multa
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portanto, de um benefício aplicado ao advogado que
comete uma infração de natureza leve e possui alguma
circunstância atenuante.
Assim, caso um advogado viole um segredo profissional (art. 34, VII,
EAOAB), mas já tenha exercido um cargo na OAB com assiduidade e
proficiência, deverá ser tão somente advertido pela OAB, sem aplicação
de censura. Se porventura uma nova infração leve for novamente
cometida pelo profissional, agora sim sofrerá censura, devendo tal
sanção ser lançada nos seus assentamentos.
A suspensão é uma sanção mais grave do que a censura, eis que
impossibilita o advogado de exercer sua atividade profissional, em todo
o país, por um prazo que pode variar, em regra, de 30 (trinta) dias a 12
(doze) meses.
O prazo da suspensão pode ainda se estender por prazo indeterminado
nas hipóteses do art. 37, §§ 2º e 3º:
Nesses casos específicos, a suspensão perdura até que o advogado
satisfaça integralmente a dívida, inclusive com correção monetária, ou
 Recusar-se injustificadamente a prestar contas ao
cliente de quantias recebidas dele ou de terceiros
por conta dele.
 Deixar de pagar as contribuições, multas e preços
de serviços devidos à OAB, depois de regularmente
notificado a fazê-lo.
 Incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia
profissional.
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até que preste novas provas de habilitação.
No caso de suspensão por prazo indeterminado (inépcia profissional),
há de ser feita uma observação. A inépcia profissional ocorre quando o
advogado comete erros reiterados no exercício da advocacia. Não basta
um erro isolado. Há de ser comprovada a repetição de falhas para que
haja punição pela OAB.
Saiba mais
A expressão “prestar novas provas de habilitação”, segundo Macedo
(2009), afirma que o conteúdo deve ser entendido como nova aprovação
no Exame da Ordem. Tal entendimento parece ser o mesmo do
Conselho Federal da OAB na decisão mencionada pelo autor:
“[...] inépcia profissional evidente e comprovada deve gerar a
necessidade da suspensão do exercício profissional até que o
representado faça novo exame de ordem” (Processo nº 1.875/98/SCA-
SP, Relator Clovis Cunha da Gama Malcher Filho (PA), DJ 26.05.99).
No que pese os respeitáveis entendimentos, há a defesa de um
posicionamento diferente, no sentido de que “prestar novas provas de
habilitação” não é prestar novo Exame da Ordem.
Primeiro porque, se o legislador quisesse que o advogado punido por
inépcia profissional se submetesse a novo Exame, assim teria dito
expressamente. E, segundo, porque o Estatuto somente faz referência à
aprovação no Exame da Ordem para quem desejar se inscrever no
quadro de advogados da OAB (art. 8º, IV).
A exclusão é a sanção mais grave aplicada pela OAB. O advogado que
for excluído terá sua inscrição cancelada (art. 11, II, EAOAB) e,
consequentemente, não poderá advogar até ser reabilitado. Para a
aplicação da sanção disciplinar de exclusão é necessária a
manifestação favorável de 2/3(dois terços) dos membros do Conselho
Seccional competente.
Por fim, a multa é uma sanção acessória, ou seja, ela não será aplicada
isoladamente, sendo aplicada em conjunto com uma censura ou com
uma suspensão sempre que houver circunstâncias agravantes, como a
reincidência. O valor da multa pode variar de 1 (uma) a 10 (dez)
anuidades.
As sanções disciplinares (censura, suspensão,
exclusão e multa) devem constar dos assentamentos
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do inscrito após o trânsito em julgado da decisão, não
podendo ser objeto de publicidade a de censura,
justamente porque nesta não há problema em alguém
o contratar.
Na suspensão e na exclusão, a OAB deve ter todo o cuidado para que
ninguém contrate o profissional. Os atos praticados por advogado
suspenso ou excluído são nulos (art. 4º e parágrafo único do EAOAB).
Sanções disciplinares
Neste vídeo, o professor realiza um panorama sobre as diferentes
espécies de sanções disciplinares que podem vir a ser aplicadas.
Das infrações e suas
respectivas sanções
O art. 34 do Estatuto da Advocacia e da OAB tem 29 incisos, trazendo
uma série de infrações disciplinares. Para melhor entendimento, essas
infrações podem ser divididas em três grupos (advirta-se que a lei não
faz essa classificação), como observaremos a seguir:
Leves
São punidas com censura.
Graves

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São punidas com suspensão.
Gravíssimas
São punidas com exclusão.
Conforme observamos anteriormente, as infrações leves podem ser
convertidas em mera advertência, se presentes circunstâncias
atenuantes.
Infrações punidas com censura
O art. 36 do Estatuto determina que a censura será aplicada nos casos
de:
Veremos a seguir as infrações dos incisos I a XVI e XXIX do art. 34:
I. exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou facilitar, por
qualquer meio, o seu exercício aos não-inscritos, proibidos ou
impedidos;
 Infrações definidas nos incisos I a XVI e XXIX do
art. 34.
 Violação ao Código de Ética e Disciplina.
 Violação a preceito desta lei, quando para a
infração não se tenha estabelecido sanção mais
grave.
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II. manter sociedade profissional fora das normas e preceitos
estabelecidos nesta lei;
III. valer-se de agenciador de causas mediante participação nos
honorários a receber;
IV. angariar ou captar causas, com ou sem a intervenção de terceiros;
V. assinar qualquer escrito destinado a processo judicial ou para fim
extrajudicial que não tenha feito ou em que não tenha colaborado;
VI. advogar contra literal disposição de lei, presumindo-se a boa-fé
quando fundamentado na inconstitucionalidade, na injustiça da lei
ou em pronunciamento judicial anterior;
VII. violar, sem justa causa, sigilo profissional;
VIII. estabelecer entendimento com a parte adversa sem autorização
do cliente ou ciência do advogado da parte contrária;
IX. prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu patrocínio;
X. acarretar, conscientemente, por ato próprio, a anulação ou a
nulidade do processo em que funcione;
XI. abandonar a causa sem justo motivo ou antes de decorridos 10
(dez) dias da comunicação da renúncia;
XII. recusar-se a prestar, sem justo motivo, assistência jurídica, quando
nomeado em virtude de impossibilidade da Defensoria Pública;
XIII. fazer publicar na imprensa, desnecessária e habitualmente,
alegações forenses ou relativas a causas pendentes;
XIV. deturpar o teor de dispositivo de lei ou de citação doutrinária ou de
julgado, bem como de depoimentos, documentos e alegações da
parte contrária, para confundir o adversário ou iludir o juiz da
causa;
XV. fazer, em nome do constituinte, sem autorização escrita deste,
imputação a terceiro de fato definido como crime;
XVI. deixar de cumprir, no prazo estabelecido, determinação emanada
do órgão ou autoridade da OAB, em matéria da competência desta,
depois de regularmente notificado;
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XXIX. praticar o estagiário ato excedente de sua habilitação.
Infrações punidas com suspensão
A suspensão é aplicada nos casos do art. 37 do Estatuto da Advocacia,
a saber: infrações definidas nos incisos XVII a XXV do art. 34; e
reincidência. Vejamos as infrações de natureza grave (art. 34, XVII ao
XXV):
XVII. prestar concurso a clientes ou a terceiros para a realização de ato
contrário à lei ou destinado a fraudá-la;
XVIII. solicitar ou receber de constituinte qualquer importância para
aplicação ilícita ou desonesta;
XIX. receber valores da parte contrária, ou de terceiros, relacionados
com o objeto do mandato sem expressa autorização do
constituinte;
XX. locupletar-se, por qualquer forma, à custa do cliente ou da parte
adversa, por si ou interposta pessoa;
XXI. recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao cliente de
quantias recebidas dele ou de terceiros por conta dele;
XXII. reter, abusivamente, ou extraviar autos recebidos com vista ou em
confiança;
XXIII. deixar de pagar as contribuições, multas e preços de serviços
devidos à OAB, depois de regularmente notificado a fazê-lo;
XXIV. incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia profissional;
XXV. manter conduta incompatível com a advocacia.
Para o parágrafo único do art. 34 do Estatuto, inclui-se na conduta
incompatível a prática reiterada de jogo de azar não autorizado por lei, a
incontinência pública e escandalosa, e a embriaguez ou toxicomania
habituais.
Reincidência
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O advogado punido com censura ou suspensão deixa de ser primário.
Desse modo, caso venha a cometer nova infração disciplinar será
considerado reincidente.
Exemplo
Um advogado anteriormente punido com uma censura que vem a ser
condenado por ter abandonado uma causa sem justo motivo (art. 34, XI
– infração de natureza leve) será considerado reincidente e será
suspenso pelo prazo de 30 (trinta) dias a 12 (doze) meses.
Infrações punidas com exclusão
A exclusão será infligida nas hipóteses mencionadas no art. 38 do
Estatuto da Advocacia, na aplicação por 3 (três) vezes de suspensão: o
advogado que for suspenso pela terceira vez, seja qual for a infração
cometida, após o trânsito em julgado da decisão que a fixou, será
excluído dos quadros da OAB. A exclusão exige o quórum de 2/3 (dois
terços) dos membros do Conselho competente.
Veja a seguir as infrações gravíssimas definidas nos incisos XXVI a
XXVIII do art. 34:
XXVI. fazer falsa prova de qualquer dos requisitos necessários para a
inscrição na OAB;
XXVII. tornar-se moralmente inidôneo para o exercício da advocacia;
XXVIII. praticar crime infamante. Atenuantes (art. 40, caput do EAOAB).
São consideradas atenuantes, para a aplicação das sanções
disciplinares, as seguintes circunstâncias: falta cometida na
defesa de prerrogativa profissional; ausência de punição
disciplinar anterior (primariedade); exercício assíduo e proficiente
de mandado ou cargo em qualquer órgão da OAB; prestação de
relevantes serviços à advocacia ou à causa pública.
Dosimetria da sanção disciplinar
O art. 39, parágrafo único, do EAOAB, trata sobre os antecedentes
profissionais do advogado ou do estagiário, as atenuantes, o grau de
culpa por eles revelada, as circunstâncias e as consequências da
infração serão consideradas para o fim de decidir sobre a conveniência
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da aplicação cumulativa da multa e de outra sanção disciplinar, bem
como sobre o tempode suspensão e o valor da multa aplicáveis.
Assim, se um advogado comete uma infração de
natureza leve, como, por exemplo, violar um segredo
profissional (art. 34, VII, EAOAB), e é primário, terá a
censura convertida em uma simples advertência.
Entretanto, o advogado já punido com uma censura, e que agora viola
um segredo profissional, deverá ser suspenso, podendo, ainda, ser
aplicada uma multa no valor de uma a dez anuidades.
Reabilitação (art. 41 do
EAOAB) e prescrição
Conceito e características da reabilitação
O ordenamento jurídico pátrio não admite efeitos perpétuos de nenhuma
punição. A par disso, o Estatuto da Advocacia permite ao que tenha
sofrido qualquer sanção disciplinar requerer, um ano após o seu
cumprimento, a reabilitação, diante de provas efetivas de bom
comportamento.
Porém, quando a sanção disciplinar resultar da prática de crime, o
pedido de reabilitação na OAB dependerá também da correspondente
reabilitação criminal (art. 94 do Código Penal).
Prescrição
Observe a seguir como a prescrição é dividida:
Prescrição da pretensão punitiva (art. 43, caput, do
EAOAB) 
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A aplicação da punibilidade às infrações disciplinares prescreve
5 (cinco) anos contados da data da constatação oficial do fato.
Dar-se-á a prescrição intercorrente quando, durante o decorrer do
processo, ele ficar paralisado por mais de 3 (três) anos, pendente
de despacho ou julgamento, devendo ser arquivado ex officio ou
por requerimento da parte interessada. Os eventuais
responsáveis pela paralisação deverão ser punidos pela OAB.
Interrompe-se a prescrição, devendo ter sua contagem reiniciada,
em duas situações: pela instauração de processo disciplinar ou
pela notificação válida feita diretamente ao representado; pela
decisão condenatória recorrível de qualquer órgão julgador da
OAB.
O processo disciplinar da
OAB
Conforme reza o art. 5º, inciso LV, da Constituição Federal, aos
litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em
geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e
recursos a ela inerentes.
Desse modo, no processo disciplinar da OAB – do qual poderá restar
uma punição ao advogado –, também deve ser dada a oportunidade de
defesa. O poder de punir disciplinarmente os inscritos na OAB compete
exclusivamente ao Conselho Seccional em cuja base territorial tenha
ocorrido a infração, salvo se a falta for cometida perante o Conselho
Federal.
Prescrição intercorrente (art. 43, §1º, do EAOAB) 
Interrupção da prescrição (art. 43, §2º, do EAOAB) 
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Cabe ao Tribunal de Ética e Disciplina, do Conselho Seccional
competente, julgar os processos disciplinares, instruídos pelas
Subseções ou por relatores do próprio Conselho. A decisão
condenatória irrecorrível deve ser imediatamente comunicada ao
Conselho Seccional no qual o representado tenha inscrição principal
para constar dos respectivos assentamentos.
Nos termos do art. 70, §3º, do EAOAB, o Tribunal de Ética e Disciplina,
do Conselho no qual o acusado tenha inscrição principal, pode
suspendê-lo preventivamente, em caso de repercussão à dignidade da
advocacia, depois de ouvi-lo em sessão especial para a qual deve ser
notificado a comparecer, salvo se não atender à notificação. Neste caso,
o processo disciplinar deve ser concluído no prazo máximo de 90
(noventa) dias.
A jurisdição disciplinar não exclui a comum e, quando o fato constituir
crime ou contravenção, deve ser comunicado às autoridades
competentes. O processo disciplinar instaura-se de ofício ou mediante
representação de qualquer autoridade ou pessoa interessada. O Código
de Ética e Disciplina, a partir do art. 55, traz os critérios de
admissibilidade da representação e os procedimentos disciplinares.
Atenção!
É importante saber que o processo disciplinar tramita em sigilo até seu
término, só tendo acesso às suas informações as partes, seus
defensores e a autoridade judiciária competente.
Uma representação contra um advogado pode ser encaminhada ao
Presidente do Conselho Seccional, de uma Subseção ou até mesmo do
Tribunal de Ética e Disciplina (TED). Assim, recebida a representação, o
Presidente deve designar relator, a quem compete a instrução do
processo e o oferecimento de parecer preliminar a ser submetido ao
Tribunal de Ética e Disciplina.
Ao advogado que sofrer a representação (representado) deve ser
assegurado amplo direito de defesa, podendo acompanhar o processo
em todos os termos, pessoalmente ou por intermédio de procurador,
oferecendo defesa prévia após ser notificado, razões finais após a
instrução e defesa oral perante o Tribunal de Ética e Disciplina (TED), por
ocasião do julgamento.
Caso, depois de apresentada a defesa prévia, o relator se manifeste pelo
indeferimento liminar da representação, este deve ser decidido pelo
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Presidente do Conselho Seccional, para determinar seu arquivamento,
como analisaremos a seguir:
 O prazo para defesa prévia (15 dias) pode ser
prorrogado por motivo relevante, a juízo do relator.
Isso acontece porque muitas vezes o advogado
precisa de um tempo maior para ter acesso a
documentos necessários para juntar em sua
defesa. Se o representado não for encontrado, ou
for revel, o Presidente do Conselho ou da Subseção
deve designar-lhe defensor dativo.
 O julgamento em primeira instância pelo TED, após,
cabe recurso no prazo de 15 dias para o Conselho
Seccional. Do Conselho Seccional, cabe recurso
(também em 15 dias) para o Conselho Federal, se a
decisão do Conselho Seccional não for unânime ou,
se unânime, contrariar o Estatuto, o Código de Ética
e Disciplina, Provimentos, decisão de outro
Conselho Seccional ou do próprio Conselho
Federal.
 O processo disciplinar na OAB, depois de transitado
em julgado, é possível pedir sua revisão, por erro de
julgamento ou por condenação baseada em falsa
prova.
 O Conselho Seccional pode adotar as medidas
administrativas e judiciais pertinentes, objetivando
a que o profissional suspenso ou excluído devolva
os documentos de identificação.
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
(FGV – XVI Exame de Ordem - adaptada) Ao final de audiência de
instrução e julgamento realizada em determinada vara criminal, o
juiz solicita que o advogado não deixe o recinto, e que ele atue em
outras duas audiências ali realizadas em seguida. O advogado
recusa-se a participar das outras duas audiências mencionadas, até
mesmo por haver Defensor Público disponível.
Com base no caso exposto, assinale a afirmativa correta.
A
O advogado não cometeu infração ética porque
apenas resta configurada infração disciplinar na
recusa do advogado a prestar assistência jurídica
quando há impossibilidade da Defensoria Pública.
B
O advogado cometeu infração ética porque ele já
estava na sala de audiências.
C
O advogado não cometeu infração ética porque é
vedado a ele participar de duas audiências
seguidas.
D
O advogado cometeu infração ética porque ele tem
o dever de contribuir para a boa administração da
justiça.
E O Estatuto da OAB não prevê o tema.
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Parabéns! A alternativa A está correta.
Consoante o art. 34, XII, do EAOAB, constitui infração disciplinar o
advogado que se recusar a prestar,sem justo motivo, assistência
jurídica, mas somente quando nomeado em virtude de
impossibilidade da Defensoria Pública.
Questão 2
(FGV - XXV Exame de Ordem - adaptada) Carlos praticou infração
disciplinar, oficialmente constatada em 09 de fevereiro de 2010. Em
11 de abril de 2013, foi instaurado processo disciplinar para
apuração da infração, e Carlos foi notificado em 15 de novembro do
mesmo ano. Em 20 de fevereiro de 2015, o processo ficou pendente
de julgamento, que só veio a ocorrer em 1° de março de 2018.
De acordo com o Estatuto da OAB, a pretensão à punibilidade da
infração disciplinar praticada por Carlos
A
está prescrita, tendo em vista o decurso de mais de
três anos entre a constatação oficial da falta e a
instauração do processo disciplinar.
B
está prescrita, tendo em vista o decurso de mais de
seis meses entre a instauração do processo
disciplinar e a notificação de Carlos.
C
está prescrita, tendo em vista o decurso de mais de
três anos de paralisação para aguardar julgamento.
D
não está prescrita, tendo em vista que não
decorreram cinco anos entre cada uma das etapas
de constatação, instauração, notificação e
julgamento.
07/05/24, 14:59 Código de Ética da OAB
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Parabéns! A alternativa C está correta.
Em regra, a prescrição das infrações prescreve em 5 (cinco) anos.
Porém, caso o processo fique parado aguardando despacho ou
julgamento, ocorrerá a prescrição intercorrente em 3 (três) anos
(art. 43, caput e § 1º do EAOAB).
Considerações �nais
O estudo do Código de Ética e Disciplina da OAB, bem como o
conhecimento das infrações disciplinares, é extremamente importante
para que o advogado não venha a violar seus deveres.
Muitos processos na OAB contra advogados ocorrem porque um
número enorme de profissionais não conhece a fundo o próprio Código
de Ética e as infrações trazidas no Estatuto da Advocacia e da OAB.
Não menos importante é o profissional saber as regras do processo
disciplinar, seja para se autodefender ou para defender um colega junto
ao Tribunal de Ética e Disciplina (com os recursos previstos para as
instâncias administrativas superiores).
Podcast
Para encerrar, ouça sobre a distinção entre as responsabilidades do
advogado, assim como quais são as possíveis sanções disciplinares.
E O Estatuto da OAB não prevê o tema.

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Recomendamos a leitura de todo o Código de Ética e Disciplina da OAB
(Resolução 02/2015 do Conselho Federal da OAB), pois esse instituto
trata exatamente das regras éticas e do processo disciplinar na OAB.
Referências
BITENCOURT, C. R. Código Penal Comentado. 5. ed. São Paulo: Saraiva,
2009.
GRECCO, R. Curso de Direito Penal, volume III. Niterói, RJ: Impetus,
2006.
LÔBO, P. Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB. 5. ed. São
Paulo: Saraiva, 2009.
MACEDO. G. T. Deontologia Jurídica. 1. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris,
2009.
MACHADO, P. 10 em Ética! 8. ed. Salvador: Juspodivm, 2021.
Material para download
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