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Professora Cínthia Biesek
ÉTICA E ESTATUTO DA OAB COMENTADO E ESQUEMATIZADO
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Sumário
APRESENTAÇÃO ..............................................................................................................3
1 – ATIVIDADE DE ADVOCACIA ......................................................................................4
2 – DIREITOS DOS ADVOGADOS E ADVOGADAS ........................................................16
3 – INSCRIÇÃO NA OAB ..................................................................................................35
5 – ADVOGADO EMPREGADO ........................................................................................55
6 – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS .................................................................................61
7 – INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS ..............................................................69
8 – ÉTICA DO ADVOGADO ..............................................................................................82
9 – INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES .............................................................90
10 – A ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL .............................................................121
11 – PROCESSO NA OAB ................................................................................................143
GABARITO ........................................................................................................................157
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................158
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Professora Cínthia Biesek
ÉTICA E ESTATUTO DA OAB COMENTADO E ESQUEMATIZADO
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APRESENTAÇÃO
Olá, prezado aluno, prezada aluna. Tudo bem? Desejo que sim!
Esta aula tem por objetivo tornar a sua preparação mais eficiente, possibilitando uma 
revisão completa e objetiva do conteúdo da Lei n. 8.906, de julho de 1994, que dispõe sobre 
o ESTATUTO DA ADVOCACIA E A ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL.
Destaco que, nas aulas regulares do curso, você tem a oportunidade de estudar os assun-
tos de modo completo e aprofundado, todos vistos nos mínimos detalhes.
Sendo assim, este material não tem a pretensão de substituir a leitura das aulas regula-
res do curso, uma vez que a proposta da presente aula é comentar todo o Estatuto da Advo-
cacia e a Ordem dos Advogados do Brasil, além de frisar os tópicos de maior relevância.
Por fim, coloco-me à disposição para sanar todas as suas dúvidas que surgirem no 
decorrer da aula. Não hesite em mandá-las, por mais simples que possam parecer, pois, se 
a dúvida for esclarecida, você seguirá seus estudos de forma eficaz e não se esquecerá do 
assunto tratado, caso contrário, um pequeno detalhe que não foi esclarecido poderá compro-
meter sua preparação. Portanto, contate-me sempre que julgar necessário.
Grande abraço e bons estudos!
SEJA IMPARÁVEL!
Cínthia Biesek
Assessora Jurídica do Ministério Público do Trabalho. Professora em cursos preparatórios para carreiras 
jurídicas. Autora de livros e artigos jurídicos. Aprovada no concurso para o cargo de Analista Jurídico do 
TJ-SC. Especialista em Direito Administrativo – Extensão em Direito Digital.
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Professora Cínthia Biesek
ÉTICA E ESTATUTO DA OAB COMENTADO E ESQUEMATIZADO
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1 – ATIVIDADE DE ADVOCACIA
A Constituição da República Federativa do Brasil consagra como integrantes das fun-
ções essenciais à justiça (art. 127 ao 135, CF/1988):
• o Ministério Público;
• a Advocacia Pública;
• a Advocacia; e
• a Defensoria Pública.
Nesse contexto, o artigo 133 da Constituição Federal dispõe que “o advogado é indis-
pensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no 
exercício da profissão, nos limites da lei”.
São diversas as garantias constitucionais que estão relacionadas com a atividade dos 
advogados. Vejamos o artigo 5º da Constituição Federal:
CF/1988, art. 5º, LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido pro-
cesso legal;
LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegura-
dos o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
[...]
LXIII – o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe 
assegurada a assistência da família e de advogado;
[...]
LXXIV – o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insufi-
ciência de recursos; [...] (grifos nossos).
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No mesmo sentido, o Estatuto da OAB traz que o advogado é indispensável à adminis-
tração da justiça, sendo que, no seu ministério privado, o advogado presta serviço público 
e exerce função social. Vejamos:
EOAB, art. 2º O advogado é indispensável à administração da justiça.
§ 1º No seu ministério privado, o advogado presta serviço público e exerce função social.
§ 2º No processo judicial, o advogado contribui, na postulação de decisão favorável ao seu consti-
tuinte, ao convencimento do julgador, e seus atos constituem múnus público.
§ 2º-A. No processo administrativo, o advogado contribui com a postulação de decisão favorável ao 
seu constituinte, e os seus atos constituem múnus público. (Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022)
§ 3º No exercício da profissão, o advogado é inviolável por seus atos e manifestações, nos limites 
desta lei.
Art. 2º-A. O advogado pode contribuir com o processo legislativo e com a elaboração de normas ju-
rídicas, no âmbito dos Poderes da República. (Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022) (grifos nossos).
A essencialidade da advocacia frente à justiça não deve ser interpretada de modo restrito 
ao processo judicial, haja vista que, além da postulação em órgãos do Poder Judiciário e 
juizados especiais, temos como atividade privativa da advocacia a prestação de consultoria, 
assessoria e direção jurídica.
ATENÇÃO
Nesse contexto, é fundamental destacar que a recentíssima Lei n. 14.365, de 02 de junho 
de 2022, acrescentou a previsão de que no processo administrativo, o advogado contribui 
com a postulação de decisão favorável ao seu constituinte, e os seus atos constituem múnus 
público. Além disso, traz que o advogado pode contribuir com o processo legislativo e com 
a elaboração de normas jurídicas, no âmbito dos Poderes da República (art. 2º-A, EOAB).
Sendo assim, em interpretação extensiva, a essencialidade da advocacia deve ser enten-
dida no âmbito social, levando em consideração que o advogado também é defensor do 
Estado Democrático de Direito e dos direitos humanos e garantias fundamentais.
Em decorrência disso, o CED-OAB traz em seu artigo 3º que o advogado deve ter cons-
ciência de que o Direito é um meio de mitigar as desigualdades para o encontro de soluções 
justas e que a lei é um instrumento para garantir a igualdade de todos.
No exercício da profissão, o advogado é inviolável por seus atos e manifestações, nos 
limites da lei, ou seja, possui imunidade profissional, não constituindo injúria ou difamação 
puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora 
dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer 
(artigo 7º, § 2º, do EOAB).
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Todavia, é defeso (PROIBIDO) ao advogado expor os fatos em Juízo ou na via adminis-
trativa falseando deliberadamente a verdade e utilizando de má-fé (art. 6º do CED-OAB).
Na Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 1.127, o Supremo Tribunal Federal considerou 
que a imunidade profissional é indispensável para que o advogado possa exercer condigna 
e amplamente seu múnus público.
Ao tratar da atividade da advocacia, o Estatutoda OAB dispõe que:
EOAB, art. 1º São ATIVIDADES PRIVATIVAS de advocacia:
I – a postulação a órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais;
II – as atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas.
§ 1º Não se inclui na atividade privativa de advocacia a impetração de habeas corpus em qualquer 
instância ou tribunal.
§ 2º Os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de nulidade, só podem ser 
admitidos a registro, nos órgãos competentes, quando visados por advogados.
§ 3º É vedada a divulgação de advocacia em conjunto com outra atividade (grifos nossos).
Pois bem.
São atividades PRIVATIVAS de advocacia (art. 1º, EOAB):
I. a postulação a órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais;
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DICA
O inciso I do artigo 1º foi objeto de Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI n. 1.127), 
na qual foi retirada a expressão “qualquer” após ser declarada inconstitucional.
Vejamos a redação anterior: “I - a postulação a qualquer órgão do Poder Judiciário [...]”.
O termo foi declarado inconstitucional pelo entendimento do STF de que impor a 
presença do advogado em toda e qualquer manifestação perante os órgãos do 
Poder Judiciário vai de encontro com o regramento constitucional, considerando 
que o advogado é indispensável à administração da Justiça, entretanto, sua pre-
sença pode ser dispensada em certos atos jurisdicionais.
Sendo assim, não pode o legislador, na elaboração do Estatuto da OAB, exigir a 
presença do advogado para postulação a “qualquer” órgão, pois não é absoluta a 
vedação ao legislador de dispensar a participação do advogado em determina-
das causas, desde que essa dispensa seja feita com base nos princípios da razoa-
bilidade e da proporcionalidade.
 �
 � EXEMPLO
 � Para que você consiga visualizar melhor, o efeito da retirada desse termo ocorre em razão 
da faculdade conferida às partes nas causas cujo valor seja de até 20 (vinte) salários míni-
mos para comparecer assistida por advogado (Lei n. 9.099/1995 – Juizados Especiais).
 � Outro exemplo, é a existência do instituto do jus postulandi perante a Justiça Trabalhista, 
na qual os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a 
Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final (artigo 791 da CLT).
II. as atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas.
Sabemos que a orientação feita por profissional qualificado técnica e legalmente habili-
tado reduz consideravelmente a ocorrência de erros e prejuízos. Paulo Lôbo (2017) diferen-
cia os termos trazidos pela legislação:
A assessoria jurídica é espécie do gênero advocacia extrajudicial, pública ou privada, que se 
perfaz auxiliando quem deva tomar decisões, realizar atos ou participar de situações com 
efeitos jurídicos, reunindo dados e informações de natureza jurídica, sem exercício formal de 
consultoria. Se o assessor proferir pareceres, conjuga a atividade de assessoria em sentido es-
trito com a atividade de consultoria jurídica.
Direção jurídica tem o significado de administrar, gerir, coordenar, definir diretrizes de ser-
viços jurídicos. [...] Para os dirigentes jurídicos é essencial a atividade-fim de gestão de serviço 
jurídico, enquanto são complementares as atividades de assessoria e consultoria jurídicas, que 
podem ou não ser por eles exercidas. Os atos de advocacia de quem exerce direção jurídica são 
presumidos, sem necessidade de comprovação específica.
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DICA
A Lei n. 14.365, de 02 de junho de 2022 acrescentou a previsão de que as ativi-
dades de consultoria e assessoria jurídicas podem ser exercidas de modo verbal 
ou por escrito, a critério do advogado e do cliente, e independem de outorga de 
mandato ou de formalização por contrato de honorários (art. 5º, § 4º, EOAB).
ATENÇÃO
NÃO SE INCLUI na atividade privativa de advocacia a impetração de habeas corpus em qual-
quer instância ou tribunal. A ressalva feita no § 1º, quanto ao remédio constitucional do habeas 
corpus, se deve ao fato de a legitimidade, nesse caso, ser UNIVERSAL, já que o HC poderá ser 
impetrado por qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem, bem como pelo Ministério Público 
e será concedido sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação 
em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder (artigo 5º, LXVIII, da CF/1988).
• § 2º Os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de nuli-
dade, só podem ser admitidos a registro, nos órgãos competentes, quando visados 
por advogados.
Ainda em caráter extrajudicial, temos a necessidade de VISTO do advogado para que 
sejam admitidos a registro atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas.
Ressalto que exigir a participação do advogado na celebração de atos e negócios jurídi-
cos violaria o princípio constitucional da liberdade de exercício da atividade econômica, pre-
visto no artigo 170 da Constituição Federal, mas a supervisão dada por meio do visto, não, 
conforme podemos notar no posicionamento do STF ao julgar a ADI n. 1.194:
ADI n. 1.194 – STF
A obrigatoriedade do visto de advogado para o registro de atos e contratos constitutivos de pesso-
as jurídicas (artigo 1º, § 2º, da Lei n. 8.906/1994) não ofende os princípios constitucionais da 
isonomia e da liberdade associativa (grifos nossos).
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DIRETO DO CONCURSO
1. (FGV/2022/OAB – EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXXIV) Aline, advogada inscrita 
na OAB, poderá praticar validamente, durante o período em que estiver cumprindo 
sanção disciplinar de suspensão, o seguinte ato:
a. Impetrar habeas corpus perante o Superior Tribunal de Justiça.
b. Visar ato constitutivo de cooperativa, para que seja levado a registro.
c. Complementar parecer que elaborara em resposta à consulta jurídica.
d. Interpor recurso com pedido de reforma de sentença que lhe foi desfavorável em pro-
cesso no qual atuava em causa própria.
Letra a.
De acordo com o artigo 1º, § 1º, do Estatuto da OAB, NÃO se inclui na atividade privativa 
de advocacia a impetração de habeas corpus em qualquer instância ou tribunal. Enquan-
to suspenso, o advogado não poderá exercer nenhum ato privativo de advogado. Contudo, 
lembre-se de que a legitimidade para impetrar HC é UNIVERSAL, ou seja, o remédio 
constitucional pode ser impetrado por qualquer pessoa.
Além do mais, lembre-se: são ATIVIDADES PRIVATIVAS de advocacia: a postulação a 
órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais, bem como as atividades de consultoria, 
assessoria e direção jurídicas.
EOAB, art. 3º O exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denominação de 
advogado são privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
§ 1º Exercem atividade de advocacia, sujeitando-se ao regime desta lei, além do regime próprio 
a que se subordinem, os integrantes da Advocacia-Geral da União, da Procuradoria da Fazenda 
Nacional, da Defensoria Pública e das Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos Estados, do Dis-
trito Federal, dos Municípios e das respectivas entidades de administração indireta e fundacional.
§ 2º O estagiário de advocacia, regularmente inscrito, pode praticar os atos previstos no art. 1º, na 
forma do regimento geral, em conjunto com advogado e sob responsabilidade deste.
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O exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denominação de advogado 
são PRIVATIVOS dos INSCRITOS na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), sendo que o esta-
giário de advocacia, se regularmente inscrito, poderá praticar os atos privativos de advogadoem conjunto com advogado e sob responsabilidade deste, observado o regimento geral.
Obs.: � É importante destacar que o Estatuto da OAB, mediante a Lei n. 8.906/1994, inovou 
ao determinar que os advogados públicos se sujeitem ao regime do Estatuto da enti-
dade e, consequentemente, vários foram os questionamentos acerca dos desdobra-
mentos dessa determinação, como ocorre na ADI n. 4.636 na qual o STF declarou 
inconstitucional qualquer interpretação que resulte no condicionamento da capa-
cidade postulatória dos membros da Defensoria Pública à inscrição dos Defen-
sores Públicos na Ordem dos Advogados do Brasil.
 � Ademais, no julgamento do RE n. 1.240.999, que analisou o TEMA n. 1.074 da reper-
cussão geral, o STF negou provimento ao recurso extraordinário e fixou a seguinte 
tese: “É inconstitucional a exigência de inscrição do Defensor Público nos quadros 
da Ordem dos Advogados do Brasil”.
EOAB, art. 3º-A. Os serviços profissionais de advogado são, por sua natureza, técnicos e singula-
res, quando comprovada sua notória especialização, nos termos da lei.
Parágrafo único. Considera-se notória especialização o profissional ou a sociedade de advoga-
dos cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, 
experiências, publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica ou de outros requisitos re-
lacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente 
o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato.
ATENÇÃO
A Lei n. 14.039 de 2020 incluiu o artigo 3º-A no EOAB, o qual estabelece que os serviços 
profissionais de advogado são, por sua natureza, técnicos e singulares, quando compro-
vada sua notória especialização, nos termos da lei.
DICA
Na prática, a alteração promovida no Estatuto da OAB está relacionada com o pro-
cedimento de inexigibilidade de licitação quando da contratação de advogados pela 
Administração Pública, uma vez que tais serviços devem ser de natureza singular 
e o profissional deve deter notória especialização.
Desse modo, nos termos do artigo acima, os serviços prestados por advogados quando 
comprovada sua notória especialização são, por sua natureza, técnicos e singulares.
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DIRETO DO CONCURSO
2. (FGV/2022/OAB – EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXXIV) Determinada sociedade 
de advogados sustenta que os serviços por ela prestados são considerados de notória 
especialização, para fins de contratação com a Administração Pública.
Sobre tal conceito, nos termos do Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a afirma-
tiva correta.
a. Todas as atividades privativas da advocacia são consideradas como serviços de 
notória especialização, tratando-se de atributo da atuação técnica do advogado, não 
extensível à sociedade de advogados.
b. Todas as atividades privativas da advocacia são consideradas como serviços de notó-
ria especialização, conceito que se estende à atuação profissional do advogado ou da 
sociedade de advogados.
c. Apenas exercem serviços de notória especialização o advogado ou a sociedade de 
advogados cujo trabalho seja possível inferir ser essencial e, indiscutivelmente, o 
mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato.
d. Apenas exercem serviços de notória especialização o advogado cujo trabalho seja 
possível inferir ser essencial e, indiscutivelmente, o mais adequado à plena satisfa-
ção do objeto do contrato, tratando-se de atributo da atuação técnica do advogado, 
não extensível à sociedade de advogados.
Letra c.
De acordo com o artigo 3º-A do EOAB, os serviços profissionais de advogado são, por sua 
natureza, técnicos e singulares, quando comprovada sua notória especialização, nos ter-
mos da lei. Considera-se notória especialização o profissional ou a sociedade de advoga-
dos cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, es-
tudos, experiências, publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica ou de outros 
requisitos relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial 
e indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato.
EOAB, art. 4º São nulos os atos privativos de advogado praticados por pessoa não inscrita na 
OAB, sem prejuízo das sanções civis, penais e administrativas.
Parágrafo único. São também nulos os atos praticados por advogado impedido – no âmbito do im-
pedimento – suspenso, licenciado ou que passar a exercer atividade incompatível com a advocacia.
Os atos privativos de advogado praticados por pessoa não inscrita na OAB, bem como 
os praticados por advogado impedido, no âmbito do seu impedimento, suspenso, licen-
ciado ou que exerça atividade incompatível com a advocacia, serão NULOS.
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Além da nulidade, serão aplicadas sanções civis, já que aquele que der causa ao dano 
será obrigado a repará-lo (art. 927, do Código Civil); penais, pois a prática de atos privativos 
de advocacia por profissionais e sociedades não inscritos na OAB constitui exercício ilegal 
da profissão (art. 4º do Regulamento Geral), sendo defeso (proibido) ao advogado prestar 
serviços de assessoria e consultoria jurídicas para terceiros, em sociedades que não possam 
ser registradas na OAB; e administrativas, se couber.
O Superior Tribunal de Justiça entendeu, no julgamento do Recurso Especial n. 449.627, 
que não será decretada a nulidade dos atos praticados por advogado afastado do exercício 
profissional, se foram ratificados por novo procurador constituído nos autos, bem como 
se a nulidade não prejudicar qualquer das partes (LÔBO, 2017).
EOAB, art. 5º O advogado postula, em juízo ou fora dele, fazendo prova do mandato.
§ 1º O advogado, afirmando urgência, pode atuar sem procuração, obrigando-se a apresentá-la no 
prazo de quinze dias, prorrogável por igual período.
§ 2º A procuração para o foro em geral habilita o advogado a praticar todos os atos judiciais, em 
qualquer juízo ou instância, salvo os que exijam poderes especiais.
§ 3º O advogado que renunciar ao mandato continuará, durante os dez dias seguintes à notificação 
da renúncia, a representar o mandante, salvo se for substituído antes do término desse prazo.
A atuação do advogado, quando postula em juízo ou fora dele, está vinculada à existência de 
um mandato. O mandato nada mais é do que a famosa procuração, documento por meio do qual 
o cliente confere ao advogado poderes para representá-lo na esfera judicial e/ou extrajudicial.
Desse modo, ao postular, o advogado deverá fazer prova do mandato. Porém, se ale-
gada urgência, pode atuar sem procuração, sendo obrigatória a apresentação no prazo 
de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período.
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DICA
De acordo com a Súmula n. 115 do Superior Tribunal de Justiça, na instância espe-
cial, é inexistente recurso interposto por advogado sem procuração nos autos.
Em regra, o advogado NÃO DEVE ACEITAR procuração de quem já tenha patrono cons-
tituído, sem prévio conhecimento deste, SALVO por motivo plenamente justificável ou para 
adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis, de acordo com o artigo 14 do CED-OAB.
A procuração para o foro em geral habilita o advogado a praticar todos os atos judiciais 
em qualquer juízo ou instância, salvo os que exijam poderes especiais.
 �
 � EXEMPLO
 � De acordo com o artigo 105 do Código de Processo Civil, são atos do processo que 
exigem cláusula específica: receber citação, confessar, reconhecer a procedência 
do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, 
dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência econômica.
Observe que nadaimpede que o advogado renuncie ao mandato, de acordo com a sua 
conveniência, sem menção do motivo que determinou a renúncia, exigindo-se apenas que 
continue representando o mandante durante 10 (dez) dias, contados da notificação da 
renúncia, salvo se for substituído antes do término desse prazo, sendo que cessará, após o 
decurso desse prazo, a responsabilidade profissional pelo acompanhamento da causa 
(art. 5º, § 3º, do EOAB c/c art. 16 do CED-OAB).
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Além disso, o mandato se presume cumprido e extinto quando concluída a causa ou 
arquivado o processo (art. 13 do CED-OAB).
O Código de Ética e Disciplina da OAB recomenda que o advogado, em face de dificul-
dades insuperáveis ou inércia do cliente quanto a providências que lhe tenham sido soli-
citadas, não deixe ao abandono ou desamparadas as causas sob seu patrocínio, mas 
sim que RENUNCIE ao mandato (art. 15 do CED-OAB).
Outra forma de encerrar o mandato é mediante a REVOGAÇÃO pela vontade do cliente, 
que não o desobriga do pagamento das verbas honorárias contratadas, assim como não 
retira o direito do advogado de receber o quanto lhe seja devido em eventual verba 
honorária de sucumbência, calculada proporcionalmente em face do serviço efetivamente 
prestado (art. 17, CED-OAB).
O mandado judicial ou extrajudicial não se extingue pelo decurso de tempo, salvo se o 
contrário for consignado no respectivo instrumento (art. 18, CED-OAB).
Desse modo, podemos afirmar que existem 4 (quatro) possibilidades de extinguir o man-
dato (procuração):
 
Obs.: � Os poderes conferidos ao advogado podem ser SUBSTABELECIDOS a outro advo-
gado, que irá sub-rogar-se dos poderes conferidos.
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 � O substabelecimento é a autorização legal para que outro advogado substitua o titu-
lar dos poderes conferidos pelo cliente e poderá ser com reserva de poderes ou sem 
reserva de poderes (art. 26, CED-OAB).
 � O substabelecimento COM RESERVA de poderes é a substituição parcial e provi-
sória, caracterizada como ato pessoal do advogado da causa, devendo o substa-
belecido ajustar antecipadamente seus honorários com o substabelecente. Já 
o substabelecimento SEM RESERVA de poderes é a substituição total e definitiva, 
que exige o prévio e inequívoco conhecimento do cliente.
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2 – DIREITOS DOS ADVOGADOS E ADVOGADAS
CAPÍTULO II
Dos Direitos do Advogado
Art. 6º Não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do Ministé-
rio Público, devendo todos tratar-se com consideração e respeito recíprocos.
Parágrafo único. As autoridades e os servidores públicos dos Poderes da República, os serven-
tuários da Justiça e os membros do Ministério Público devem dispensar ao advogado, no exercício 
da profissão, tratamento compatível com a dignidade da advocacia e condições adequadas a seu 
desempenho, preservando e resguardando, de ofício, a imagem, a reputação e a integridade do 
advogado nos termos desta Lei. (Redação dada pela Lei n. 14.365, de 2022)
Perceba, inclusive, que não há hierarquia ou subordinação entre os próprios advo-
gados. Já mencionei, também nesse sentido, que, quando há concurso entre colegas na 
prestação de serviços advocatícios, seja em caráter individual, seja no âmbito de socie-
dade de advogados ou de empresa ou entidade em que trabalhe, será necessário o tra-
tamento condigno, que não os torne subalternos nem lhes avilte os serviços prestados 
mediante remuneração incompatível com a natureza do trabalho (art. 29 do CED-OAB).
DICA
O dever de tratar o advogado de modo compatível com a dignidade da advocacia 
previsto no artigo 6º, parágrafo único, do EOAB, teve sua redação alterada pela Lei 
n. 14.365, de 02 de junho de 2022, a qual acrescentou o dever aos membros do 
Ministério Público, bem como o seguinte trecho: “preservando e resguardando, de 
ofício, a imagem, a reputação e a integridade do advogado”.
O Código de Ética e Disciplina é expresso ao estabelecer o dever de urbanidade do advo-
gado, que deve tratar todos com respeito e consideração, além de exigir igual tratamento de 
todos com quem se relacione, preservando seus direitos e prerrogativas (art. 27 do CED-OAB).
Quanto à independência, o artigo 4º do Código de Ética e Disciplina da OAB determina 
que o advogado, ainda que vinculado ao cliente ou constituinte, deve zelar pela sua liber-
dade e independência, permitindo-se, inclusive, a recusa do patrocínio de causa e de 
manifestação, no âmbito consultivo, de pretensão concernente a direito que também lhe seja 
aplicável ou contrarie orientação que tenha manifestado anteriormente.
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Além da isonomia entre as partes, são direitos do advogado (art. 7º, EOAB):
I – EXERCER, COM LIBERDADE, A PROFISSÃO EM TODO TERRITÓRIO NACIONAL.
De acordo com o artigo 5º, XIII, da Constituição Federal de 1988, é livre o exercício de qual-
quer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.
No caso, o Estatuto da OAB prevê uma série de requisitos para a inscrição do profissional 
nos quadros da Ordem (art. 8º), dentre eles a verificação da capacidade técnica do profissio-
nal por meio do Exame de Ordem.
Desse modo, uma vez preenchidos os requisitos legais para inscrição como advogado 
da Ordem, o profissional tem liberdade para atuar em todo o território nacional, sem sofrer 
qualquer forma de restrição.
II – INVIOLABILIDADE DE SEU ESCRITÓRIO OU LOCAL DE TRABALHO, bem como 
de seus INSTRUMENTOS DE TRABALHO, de sua correspondência escrita, eletrônica, 
telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia.
Na Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 1.127, o Supremo Tribunal Federal considerou 
que a inviolabilidade do escritório ou do local de trabalho é consectário da inviolabilidade 
assegurada ao advogado no exercício profissional.
A Lei n. 14.365, de 02 de junho de 2022 trouxe diversos limites à violação do escritó-
rio ou do local de trabalho do advogado. Vejamos os §§ 6º-A a 6º-I do artigo 7º:
EOAB, art. 7º, § 6º. Presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime por parte 
de advogado, a autoridade judiciária competente poderá decretar a quebra da inviolabilidade de 
que trata o inciso II do caput deste artigo, em decisão motivada, expedindo mandado de busca 
e apreensão, específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da 
OAB, sendo, em qualquer hipótese, vedada a utilização dos documentos, das mídias e dos ob-
jetos pertencentes a clientes do advogado averiguado, bem como dos demais instrumentos de 
trabalho que contenham informações sobre clientes.
§ 6º-A. A medida judicial cautelar que importe na violação do escritório ou do local de trabalho do 
advogado será determinada em hipótese excepcional, desde que exista fundamento em indício, 
pelo órgão acusatório. (Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022)
§ 6º-B. É vedada a determinação da medida cautelar prevista no § 6º-A deste artigo se fundada 
exclusivamente em elementos produzidos em declarações do colaborador sem confirmação por 
outros meios de prova. (Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022)
§ 6º-C. O representante da OAB referido no § 6º deste artigo tem o direito a ser respeitado pelos 
agentes responsáveis pelo cumprimento do mandado de busca e apreensão, sob pena de abuso 
de autoridade, e o dever de zelar pelo fiel cumprimento do objeto da investigação, bem como de 
impedir que documentos, mídias e objetos não relacionados à investigação, especialmente de 
outros processos do mesmo cliente ou de outros clientes quenão sejam pertinentes à persecução 
penal, sejam analisados, fotografados, filmados, retirados ou apreendidos do escritório de advoca-
cia. (Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022)
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§ 6º-D. No caso de inviabilidade técnica quanto à segregação da documentação, da mídia ou dos 
objetos não relacionados à investigação, em razão da sua natureza ou volume, no momento da 
execução da decisão judicial de apreensão ou de retirada do material, a cadeia de custódia preser-
vará o sigilo do seu conteúdo, assegurada a presença do representante da OAB, nos termos dos 
§§ 6º-F e 6º-G deste artigo. (Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022)
§ 6º-E. Na hipótese de inobservância do § 6º-D deste artigo pelo agente público responsável pelo 
cumprimento do mandado de busca e apreensão, o representante da OAB fará o relatório do fato 
ocorrido, com a inclusão dos nomes dos servidores, dará conhecimento à autoridade judiciária e 
o encaminhará à OAB para a elaboração de notícia-crime. (Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022)
§ 6º-F. É garantido o direito de acompanhamento por representante da OAB e pelo profissional 
investigado durante a análise dos documentos e dos dispositivos de armazenamento de informa-
ção pertencentes a advogado, apreendidos ou interceptados, em todos os atos, para assegurar o 
cumprimento do disposto no inciso II do caput deste artigo. (Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022)
§ 6º-G. A autoridade responsável informará, com antecedência mínima de 24 (vinte e quatro) ho-
ras, à seccional da OAB a data, o horário e o local em que serão analisados os documentos e os 
equipamentos apreendidos, garantido o direito de acompanhamento, em todos os atos, pelo repre-
sentante da OAB e pelo profissional investigado para assegurar o disposto no § 6º-C deste artigo. 
(Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022)
§ 6º-H. Em casos de urgência devidamente fundamentada pelo juiz, a análise dos documentos e dos 
equipamentos apreendidos poderá acontecer em prazo inferior a 24 (vinte e quatro) horas, garanti-
do o direito de acompanhamento, em todos os atos, pelo representante da OAB e pelo profissional 
investigado para assegurar o disposto no § 6º-C deste artigo. (Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022)
§ 6º-I. É vedado ao advogado efetuar colaboração premiada contra quem seja ou tenha sido seu clien-
te, e a inobservância disso importará em processo disciplinar, que poderá culminar com a aplicação 
do disposto no inciso III do caput do art. 35 desta Lei, sem prejuízo das penas previstas no art. 154 do 
Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal). (Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022)
§ 7º. A ressalva constante do § 6º deste artigo não se estende a clientes do advogado averigua-
do que estejam sendo formalmente investigados como seus partícipes ou coautores pela 
prática do mesmo crime que deu causa à quebra da inviolabilidade (grifos nossos).
Já não era novidade, mas passou a constar expressamente no Estatuto da OAB que a 
medida judicial cautelar que importe na violação do escritório ou do local de trabalho do advo-
gado deve ser aplicada excepcionalmente, sendo vedada a determinação quando fundada 
exclusivamente em elementos produzidos em declarações de colaborador, sem confirmação 
por outros meios de prova (art. 7º, §§ 6º-A e 6º-B, EOAB).
Perceba que aqui há um conflito entre direitos. De um lado, procura-se assegurar ao advogado 
a liberdade de atuação, bem como o sigilo de sua atividade profissional, mas, por outro, tal garan-
tia não pode impedir a aplicação de um instrumento processual penal em face dos advogados 
para acobertar a investigação de possível cometimento de crimes em conluio com seus clientes.
Sendo assim, caso estejam presentes indícios de autoria e materialidade da prática de 
crime por parte de advogado, a autoridade judiciária competente poderá decretar a quebra 
da inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como dos seus instrumentos 
de trabalho e correspondências, mediante decisão motivada, mandado de busca e apre-
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ensão específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB, 
sendo vedada, em qualquer hipótese, a utilização dos documentos, das mídias e dos obje-
tos pertencentes a clientes do advogado averiguado, bem como dos demais instrumentos de 
trabalho que contenham informações sobre clientes.
Obs.: � A ressalva de utilização dos documentos, das mídias e dos objetos não se estende 
a clientes do advogado averiguado que estejam sendo formalmente investigados 
como seus partícipes ou coautores pela prática do mesmo crime que deu causa à 
quebra da inviolabilidade.
Além disso, é importante frisar que o representante da OAB tem o dever de zelar pelo 
fiel cumprimento do objeto da investigação e de impedir que documentos, mídias e objetos 
não relacionados à investigação, especialmente de outros processos do mesmo cliente ou 
de outros clientes que não sejam pertinentes à persecução penal, sejam analisados, fotogra-
fados, filmados, retirados ou apreendidos do escritório de advocacia (art. 7º, § 6º-C, EOAB).
Observe que o Estatuto restringe a busca e apreensão de dados referentes aos inves-
tigados, impedindo que a intimidade profissional do advogado seja completamente violada, 
resguardando ainda os dados referentes aos demais clientes alheios à investigação.
Tanto é assim que, no caso de inviabilidade técnica para segregação da documenta-
ção, mídia ou objetos não relacionados à investigação, seja em razão da sua natureza ou do 
volume, no momento da execução da decisão judicial de apreensão ou de retirada do material, 
a cadeia de custódia deverá preservar o sigilo do seu conteúdo (art. 7º, § 6º-D, EOAB).
Obs.: � Na hipótese de inobservância do sigilo pelo agente público responsável pelo cumpri-
mento do mandado de busca e apreensão, o representante da OAB fará o relatório do fato 
ocorrido, com a inclusão dos nomes dos servidores, dará conhecimento à autoridade judi-
ciária e o encaminhará à OAB para a elaboração de notícia-crime (art. 7º, § 6º-E, EOAB).
Ademais, é garantido o direito de acompanhamento por representante da OAB e pelo 
profissional investigado durante a análise dos documentos e dos dispositivos de armazena-
mento de informação apreendidos ou interceptados (art. 7º, § 6º-F, EOAB).
Para tanto, a fim de garantir o direito de acompanhamento ao representante da OAB e ao 
profissional investigado, em todos os atos, a autoridade responsável deve informar à sec-
cional da OAB, com antecedência mínima de 24 horas, a data, o horário e o local em que 
serão analisados os documentos e os equipamentos apreendidos (art. 7º, § 6º-G, EOAB).
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Entretanto, em casos de urgência, devidamente fundamentada pelo juiz, a análise poderá 
acontecer em prazo inferior a 24 horas, desde que garantido o direito de acompanhamento 
(art. 7º, § 6º-H, EOAB).
ATENÇÃO
O representante da OAB tem o direito de ser respeitado pelos agentes responsáveis pelo 
cumprimento do mandado de busca e apreensão, sob pena de estes incorrerem em cri-
me de abuso de autoridade (art. 7º, § 6º-C, EOAB).
Obs.: � É vedado ao advogado efetuar colaboração premiada contra quem seja ou tenha 
sido seu cliente, e a inobservância importará em processo disciplinar, que poderá 
culminar na aplicação da penalidade de exclusão, sem prejuízo das penas previstas no 
Código Penal para o delito de violação do segredo profissional (art. 7º, § 6º-I, EOAB).
III – COMUNICAR-SE COM SEUS CLIENTES, pessoal e reservadamente, mesmo 
sem procuração, quando estes se acharem PRESOS, DETIDOS ou RECOLHIDOS em 
estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis.A exigência de procuração, por exemplo, iria obstar o exercício pleno da atividade profis-
sional do advogado e, ainda, iria ferir um direito fundamental do preso, que é a assistência do 
advogado (art. 5º, LXIII, da CF/1988).
Acrescento, ainda, que a comunicação faz parte do direito do preso à autodefesa, uma 
das espécies que compõem a ampla defesa (art. 5º, LV, da CF/1988).
Desse modo, a comunicação entre o advogado e seu cliente não pode ser restringida em 
nenhuma circunstância, devendo ser permitida mesmo que o preso seja considerado incomunicável.
Sobre o tema, Paulo Lôbo (2017) discorre que:
A prisão ou mesmo a incomunicabilidade do cliente não podem prejudicar a atividade do profissio-
nal. A tutela do sigilo envolve o direito do advogado de comunicar-se pessoal e reservadamente 
com o cliente preso, sem qualquer interferência ou impedimento do estabelecimento prisional e 
dos agentes policiais.
[...]
A eventual incomunicabilidade do cliente preso não vincula o advogado, mesmo quando ainda não 
munido de procuração, fato muito frequente nessas situações. O descumprimento dessa regra 
importa crime de abuso de autoridade (art. 3º, alínea ‘j’, da Lei n. 4.898/1965).
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• O ADVOGADO somente poderá ser PRESO EM FLAGRANTE, por motivo de exer-
cício da profissão, em caso de CRIME INAFIANÇÁVEL (art. 7º, § 3º, EOAB).
Na Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 1.127, o Supremo Tribunal Federal considerou 
que o múnus constitucional exercido pelo advogado justifica a garantia de somente ser preso 
em flagrante e na hipótese de crime inafiançável.
Além do mais, caso isso venha a ocorrer, é direito do advogado ter a presença de repre-
sentante da OAB para lavratura do auto de prisão em flagrante (APF), sob pena de nulidade. 
Todavia, nos demais casos, não é necessária a presença de representante da OAB, mas sim 
a comunicação expressa da ocorrência à seccional da OAB.
IV – Ter a PRESENÇA DE REPRESENTANTE DA OAB, quando preso em FLAGRANTE, 
por motivo ligado ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena 
de nulidade e, nos DEMAIS CASOS, a COMUNICAÇÃO EXPRESSA À SECCIONAL DA OAB.
Na Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 1.127, o Supremo Tribunal Federal conside-
rou que “a presença de representante da OAB em caso de prisão em flagrante de advogado 
constitui garantia da inviolabilidade da atuação profissional. A cominação de nulidade da 
prisão, caso não se faça a comunicação, configura sanção para tornar efetiva a norma”.
Quanto à presença do representante da OAB, discorre Paulo Lôbo (2017) que: “A presença 
necessária do representante da OAB não é simbólica, porque ele tem o direito e dever de 
participar da autuação, assinando-a como fiscal da legalidade do ato, fazendo consignar os 
protestos e incidentes que julgue necessários”.
Destaco que a comunicação à seccional da OAB está relacionada à assistência prestada 
por representante da OAB nos inquéritos policiais ou nas ações penais em que o advogado 
figurar como indiciado, acusado ou ofendido, sempre que o fato a ele imputado decorrer do 
exercício da profissão ou a este vincular-se, sem prejuízo da atuação de seu defensor, nos 
termos do artigo 16 do Regulamento Geral do Estatuto da OAB.
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V – não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em 
SALA DE ESTADO MAIOR, com instalações e comodidades condignas, e, na sua falta, 
em prisão domiciliar.
Ressalto que, na Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 1.127, o Supremo Tribunal 
Federal considerou que a prisão do advogado em sala de Estado Maior é garantia suficiente 
para que fique provisoriamente detido em condições compatíveis com o seu múnus público.
O texto original do Estatuto exigia que a OAB averiguasse e reconhecesse se as instala-
ções e comodidades eram realmente condignas. Contudo, no julgamento de Ação Direta de 
Inconstitucionalidade (ADI n. 1.127), a expressão “assim reconhecida pela OAB” foi decla-
rada inconstitucional; o Supremo considerou que o controle das salas especiais para advo-
gados é prerrogativa da Administração forense e, ainda, estabeleceu que a administração de 
estabelecimentos prisionais e congêneres constitui uma prerrogativa indelegável do Estado.
ATENÇÃO
O direito de ser recolhido em sala de estado-maior e, na sua falta, em prisão domiciliar 
ocorre somente nos casos de prisão cautelar. Com o trânsito em julgado da sentença 
condenatória, o cumprimento da pena imposta dar-se-á em presídios comuns.
VI – INGRESSAR LIVREMENTE:
a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam a parte 
reservada aos magistrados;
b) nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça, 
serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora 
de expediente e independentemente da presença de seus titulares;
c) em qualquer edifício ou recinto onde funcione repartição judicial ou outro serviço 
público no qual o advogado deva praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício 
da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se 
ache presente qualquer servidor ou empregado;
d) em qualquer assembleia ou reunião de que participe ou possa participar o seu 
cliente, ou perante a qual este deva comparecer, desde que munido de poderes especiais;
A regra é que o acesso do advogado às salas de sessões dos tribunais, audiências judiciais, 
secretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro ocorra durante o horá-
rio de expediente. No caso de delegacias e prisões, o ingresso é livre, sendo irrelevante o 
horário de funcionamento regular, bem como se os seus titulares estão ou não presentes.
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Destaca-se que o advogado não precisa apresentar procuração para circular livre-
mente nos locais indicados acima, sendo esta requisito apenas para reunião ou assembleia 
de que participe ou possa participar seu cliente ou perante a qual este deva comparecer.
VII – PERMANECER SENTADO OU EM PÉ E RETIRAR-SE de quaisquer locais indi-
cados no inciso anterior, INDEPENDENTEMENTE DE LICENÇA;
VIII – DIRIGIR-SE DIRETAMENTE aos magistrados nas salas e gabinetes de tra-
balho, INDEPENDENTEMENTE DE HORÁRIO PREVIAMENTE MARCADO OU OUTRA 
CONDIÇÃO, observando-se a ordem de chegada.
PEGADINHA DA BANCA
Prezado, cuidado com as pegadinhas da banca quanto aos direitos elencados acima.
O advogado poderá permanecer (sentado ou em pé) e se retirar, independentemente de 
licença, de qualquer um destes locais:
• salas de sessões dos tribunais;
• salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça, ser-
viços notariais e de registro, delegacias e prisões;
• em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou outro ser-
viço público onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou informação útil ao 
exercício da atividade profissional;
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• em qualquer assembleia ou reunião de que participe ou possa participar o seu cliente, 
ou perante a qual este deva comparecer, desde que munido de poderes especiais;
 �
 � EXEMPLO
 � Tânia, advogada, dirigiu-se à sala de audiências de determinada Vara Criminal, a fim 
de acompanhar a realização das audiências designadas para aquele dia em feitos 
nos quais não oficia. Tânia verificou que os processos não envolviam segredo de jus-
tiça e buscou ingressar na sala de audiências no horário designado.
 � Tânia possui o direito de permanecer, mesmo que de pé, na salade audiências, bem 
como de se retirar a qualquer momento, independentemente de licença do juiz.
Além disso, cuidado: não podem ser criados embaraços ao acesso do advogado aos 
magistrados, pois ele tem direito de se dirigir diretamente aos magistrados em suas salas 
e gabinetes de trabalho. Inclusive esse direito pode ser exercido independentemente de 
horário previamente marcado, sendo necessário apenas observar a ordem de chegada.
X – usar da palavra, pela ordem, em qualquer tribunal judicial ou administrativo, 
órgão de deliberação coletiva da administração pública ou comissão parlamentar de 
inquérito, mediante intervenção pontual e sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida 
surgida em relação a fatos, a documentos ou a afirmações que influam na decisão;
XI – RECLAMAR, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou 
autoridade, contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento;
XII – FALAR, SENTADO OU EM PÉ, EM JUÍZO, TRIBUNAL OU ÓRGÃO DE DELIBE-
RAÇÃO COLETIVA da Administração Pública ou do Poder Legislativo.
Uma das principais formas de atuação do advogado para o exercício da advocacia são 
suas manifestações orais. Em uma análise global do ordenamento jurídico brasileiro, pode-
mos observar que este migra cada vez mais em direção à oralidade. Sendo assim, o uso da 
palavra pelo advogado não pode ser restringido, sendo este um de seus principais direitos.
O direito de usar da palavra previsto no inciso X teve sua redação alterada pela Lei n. 
14.365, de 02 de junho de 2022, que ampliou sua aplicação para qualquer tribunal admi-
nistrativo, órgão de deliberação coletiva da administração pública ou comissão parlamentar 
de inquérito (CPI). Acrescentou-se que a intervenção, além de sumária, deverá ser pontual, 
bem como se limitou o uso para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, a 
documentos ou a afirmações que influam na decisão, deixando de prever sua aplicação “para 
replicar acusação ou censura que lhe forem feitas”.
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Além disso, é importante esclarecer que a Lei n. 14.365, de 02 de junho de 2022, trouxe 
a previsão de que o advogado poderá realizar a sustentação oral no recurso interposto 
contra a decisão monocrática de relator que julgar o mérito ou não conhecer dos seguintes 
recursos ou ações (art. 7º, § 2º-B, EOAB):
• recurso de apelação;
• recurso ordinário;
• recurso especial;
• recurso extraordinário;
• embargos de divergência;
• ação rescisória, mandado de segurança, reclamação, habeas corpus e outras ações 
de competência originária.
XIII – examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da Adminis-
tração Pública em geral, AUTOS DE PROCESSOS FINDOS OU EM ANDAMENTO, MESMO 
SEM PROCURAÇÃO, QUANDO NÃO ESTIVEREM SUJEITOS A SIGILO OU SEGREDO DE 
JUSTIÇA, assegurada a obtenção de cópias, com possibilidade de tomar apontamentos.
A redação do Estatuto busca ser clara e ampla com relação aos direitos dos advogados, 
sendo necessária a alteração de diversos dispositivos para viabilizar a interpretação e apli-
cação desses direitos.
Digo isso porque, apesar de parecer óbvio, o advogado tem o direito de examinar, em 
qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública em geral, 
autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procuração, quando não esti-
verem sujeitos a sigilo ou segredo de justiça, assegurada a obtenção de cópias, com 
possibilidade de tomar apontamentos.
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A redação original do Estatuto não mencionava a impossibilidade de acesso aos autos 
acobertados pelo segredo de justiça sem procuração, razão pela qual foi editada recente-
mente a Lei n. 13.793, de 3 de janeiro 2019.
Atente-se sempre para as alterações recentes, a banca organizadora pode explorar o 
conhecimento das atualizações legislativas.
XIV – examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir INVESTIGAÇÃO, 
mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, 
findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e 
tomar apontamentos, em meio físico ou digital.
Destaco que, nos casos de sigilo ou segredo de justiça, não é vedado o acesso do 
advogado aos autos do procedimento, mas sim exigida a apresentação de procuração (art. 
7º, § 10, EOAB).
ATENÇÃO
A autoridade competente poderá delimitar o acesso do advogado aos elementos de 
prova relacionados a diligências em andamento e ainda não documentados nos autos, 
quando houver risco de comprometimento da eficiência, da eficácia ou da finalidade 
das diligências (art. 7º, § 11º, EOAB).
Podemos concluir que, se a diligência estiver em andamento, a fim de garantir a eficácia 
da sua realização, ao advogado poderá ser indeferido o acesso ao procedimento, porém, 
com a conclusão e a documentação, ele volta a ter amplo acesso ao procedimento.
Sobre o assunto, foi editada a Súmula Vinculante n. 14:
Súmula Vinculante n. 24
É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova 
que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência 
de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.
A inobservância desse direito do advogado, seja pelo fornecimento incompleto de 
autos, seja pelo fornecimento de autos em que houve a retirada de peças já incluídas no 
caderno investigativo, implicará responsabilização criminal e funcional por abuso de 
autoridade do responsável que impedir o acesso do advogado com o intuito de prejudicar o 
exercício da defesa, sem prejuízo do direito subjetivo do advogado de requerer o acesso aos 
autos ao juiz competente (art. 7º, § 12, EOAB).
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Outra novidade trazida pela Lei n. 13.793/2019 é que o direito ao exame de processos e 
de procedimentos de investigação aplica-se integralmente a processos e a procedimen-
tos eletrônicos, observadas as restrições quanto aos casos de sigilo ou segredo de jus-
tiça, bem como das diligências em andamento (art. 7º, § 13, EOAB).
XV – ter VISTA dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, 
em cartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais;
XVI – RETIRAR AUTOS de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo 
de 10 (dez) dias.
Todavia, esses direitos não são absolutos, já que a lei determina que os incisos não se 
aplicam (art. 7º, § 1º, EOAB):
• aos processos sob regime de segredo de justiça;
• quando existirem nos autos documentos originais de difícil restauração ou ocorrer 
circunstância relevante que justifique a permanência dos autos em cartório, secretaria 
ou repartição, reconhecida pela autoridade em despacho motivado, proferido de ofício, 
mediante representação ou requerimento da parte interessada;
• até o encerramento do processo, ao advogado que houver deixado de devolver os 
respectivos autos no prazo legal, e só o fizer depois de intimado.
ATENÇÃO
Prezado, apesar de constar no Estatuto da OAB que a Lei n. 14.365, de 02 de junho de 
2022, revogou o § 1º do artigo 7º, é importante saber que ocorreu uma “falha na técnica 
legislativa”. 
– Professora, como assim?
Calma, o que aconteceu foi um erro material na publicação da Lei n. 14.365, de 02 de junho de 
2022, que inseriu novos parágrafos ao dispositivo e, ao invés de renumerar, equivocadamente 
constou como revogado. Ressalto que a OAB já solicitou as providências para adequação.
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XVII – ser publicamente DESAGRAVADO, quando ofendido no exercício da profis-
são ouem razão dela;
No caso de ofensa a inscrito na OAB, no exercício da profissão ou de cargo ou função 
de órgão da OAB, o conselho competente deve promover o desagravo público do ofendido, 
sem prejuízo da responsabilidade criminal em que incorrer o infrator (art. 7º, § 5º, EOAB).
De acordo com Paulo Lôbo (2017):
Esse procedimento peculiar e formal tem por fito tornar pública a solidariedade da classe ao 
colega ofendido, mediante ato da OAB, e o repúdio coletivo ao ofensor. O desagravo público, 
como instrumento de defesa dos direitos e prerrogativas da advocacia, não depende de con-
cordância do ofendido, que não pode dispensá-lo, devendo ser promovido a critério do Conselho, 
como estabelece o § 7º do art. 18 do Regulamento Geral.
Desse modo, o inscrito na OAB, quando ofendido comprovadamente em razão do exercí-
cio profissional ou de cargo ou função da OAB, tem direito ao desagravo público promovido 
pelo Conselho competente, de ofício, a seu pedido ou de qualquer pessoa (art. 18 do 
Regulamento Geral da OAB).
Obs.: � Além da possibilidade de ser requerido por qualquer pessoa, o desagravo público, 
como instrumento de defesa dos direitos e prerrogativas da advocacia, não depende 
de concordância do ofendido, que não pode dispensá-lo, devendo ser promovido 
a critério do Conselho.
ATENÇÃO
Os desagravos deverão ser decididos no prazo máximo de 60 (sessenta) dias. Em caso de aco-
lhimento do parecer, é designada a sessão de desagravo, amplamente divulgada, devendo 
ocorrer, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, preferencialmente, no local onde a ofensa foi sofri-
da ou onde se encontre a autoridade ofensora (art. 18, §§ 5º e 6º, do Regulamento Geral da OAB).
Além disso, é conveniente acrescentar que ao tomar conhecimento de fato que possa 
causar, ou que já causou, violação de direitos ou prerrogativas da profissão, o Presidente 
do Conselho Federal, do Conselho Seccional ou da Subseção deverá adotar as providên-
cias judiciais e extrajudiciais cabíveis para prevenir ou restaurar o império do Estatuto, 
em sua plenitude, inclusive mediante representação administrativa, de acordo com o 
artigo 15 do Regulamento Geral do Estatuto da OAB.
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XVIII – usar os SÍMBOLOS privativos da profissão de advogado;
Símbolos privativos são aqueles aprovados ou difundidos pelo Conselho Federal da 
Ordem, além dos que a tradição vinculou à advocacia. Os símbolos não podem ser confundi-
dos com os meios de identificação profissional (carteira, cartão e número de inscrição), pois 
são formas externas genéricas e ostensivas, como desenhos, togas ou vestimentas, anéis, 
adornos etc. Apenas o Conselho Federal da Ordem tem competência para criá-los ou apro-
vá-los, levando-se em conta a uniformidade nacional imposta (LÔBO, 2017).
XIX – RECUSAR-SE A DEPOR COMO TESTEMUNHA em processo no qual funcio-
nou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi 
advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre 
fato que constitua sigilo profissional;
XX – retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato judicial, 
após 30 (trinta) minutos do horário designado e ao qual ainda não tenha comparecido 
a autoridade que deva presidir a ele, mediante comunicação protocolizada em juízo.
Saliento que o Poder Judiciário e o Poder Executivo devem instalar, em todos os juiza-
dos, fóruns, tribunais, delegacias de polícia e presídios, SALAS ESPECIAIS permanentes 
para os advogados, com uso assegurado à OAB (art. 7º, § 4º, EOAB).
Ademais, o advogado tem IMUNIDADE PROFISSIONAL, não constituindo injúria ou difa-
mação puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo 
ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que 
cometer (art. 7º, § 2º, EOAB).
Paulo Lôbo (2017) leciona que:
A imunidade profissional estabelecida pelo Estatuto é a imunidade penal do advogado por suas 
manifestações, palavras e atos que possam ser considerados ofensivos por qualquer pes-
soa ou autoridade. Resulta da garantia ao princípio de libertas convinciandi. A imunidade é re-
lativa aos atos e manifestações empregados no exercício da advocacia, não tutelando os que 
deste excederem ou disserem respeito a fatos e situações de natureza pessoal.
No julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) n. 1.127-8, o plenário do 
Supremo Tribunal Federal considerou que a imunidade é indispensável para que o advo-
gado possa exercer condigna e amplamente seu múnus público.
Ainda, declarou inconstitucional a abrangência da imunidade profissional do advogado 
quanto ao delito de desacato, pois conflita com a autoridade do magistrado na condução da 
atividade jurisdicional.
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ATENÇÃO
Prezado, apesar de constar no Estatuto da OAB que a Lei n. 14.365, de 02 de junho de 2022, 
revogou o § 2º do artigo 7º, é importante saber que ocorreu uma “falha na técnica legislativa”.
– Professora, como assim?
Calma, o que aconteceu foi um erro material na publicação da Lei n. 14.365, de 02 de junho de 
2022, que inseriu novos parágrafos ao dispositivo e, ao invés de renumerar, equivocadamente 
constou como revogado. Ressalto que a OAB já solicitou as providências para adequação.
XXI – ASSISTIR A SEUS CLIENTES INVESTIGADOS durante a apuração de infra-
ções, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, 
subsequentemente, de todos os elementos investigatórios e probatórios dele decor-
rentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respec-
tiva apuração, apresentar razões e quesitos.
Observe que a participação do advogado é um direito, ou seja, uma faculdade conferida 
ao advogado, que poderá utilizar ou não essa prerrogativa. Com isso, não há falar-se em 
obrigatoriedade da participação de advogado constituído ou da Defensoria Pública ou de 
defensor dativo nomeado no ato de interrogatório ou depoimento. Contudo, caso seja do 
interesse do advogado participar, a autoridade competente não poderá impedir a assistência, 
sob pena de nulidade absoluta.
PECULIARIDADES
Ainda dentro dos direitos e prerrogativas do advogado, trago que a Lei n. 14.365, de 02 
de junho de 2022, acrescentou a competência privativa do Conselho Federal da OAB, em 
processo disciplinar próprio, para dispor, analisar e decidir sobre a prestação efetiva do ser-
viço jurídico realizado pelo advogado, sendo nulo o ato praticado com violação da sua com-
petência privativa, em qualquer esfera de responsabilização.
EOAB, art. 7º, § 14. Cabe, privativamente, ao Conselho Federal da OAB, em processo disciplinar 
próprio, dispor, analisar e decidir sobre a prestação efetiva do serviço jurídico realizado pelo advo-
gado. (Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022).
§ 15. Cabe ao Conselho Federal da OAB dispor, analisar e decidir sobre os honorários advocatí-
cios dos serviços jurídicos realizados pelo advogado, resguardado o sigilo, nos termos do Capítulo 
VI desta Lei, e observado o disposto no inciso XXXV do caput do art. 5º da Constituição Federal. 
(Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022)
§ 16. É nulo, em qualquer esfera de responsabilização, o ato praticado com violação da competência pri-
vativa do Conselho Federal da OAB prevista no § 14 deste artigo. (Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022).
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Registre-se que também cabe ao Conselho Federal da OAB dispor, analisar e decidir 
sobre os honorários advocatícios dos serviços jurídicos realizados pelo advogado.
DIREITOS DA ADVOGADA
EOAB, art. 7º-A. São direitos da advogada:
I – gestante:
a) entrada em tribunais sem ser submetida a detectores de metais e aparelhosde raios X;
b) reserva de vaga em garagens dos fóruns dos tribunais;
II – lactante, adotante ou que der à luz, acesso a creche, onde houver, ou a local adequado ao 
atendimento das necessidades do bebê;
III – gestante, lactante, adotante ou que der à luz, preferência na ordem das sustentações orais e 
das audiências a serem realizadas a cada dia, mediante comprovação de sua condição;
IV – adotante ou que der à luz, suspensão de prazos processuais quando for a única patrona da 
causa, desde que haja notificação por escrito ao cliente.
A Constituição Federal de 1988 é expressa ao garantir que todos são iguais perante 
a lei, sem distinção de qualquer natureza, sendo que homens e mulheres são iguais em 
direitos e obrigações (art. 5º, caput e inciso I, CF/1988).
Estamos diante do princípio da igualdade material, que estabelece o tratamento igual 
para os que se encontram em situações equivalentes e desigual aos que estão em situações 
diversas, na medida de suas desigualdades.
Desse modo, o Estatuto da OAB foi alterado pela Lei n. 13.363, de 2016, que incluiu direi-
tos específicos à advogada gestante, lactante, adotante ou que der à luz, como a prefe-
rência na ordem das sustentações orais e das audiências a serem realizadas a cada dia, 
mediante comprovação de sua condição (art. 7º-A, inciso III, EOAB).
Além disso, é direito da advogada lactante, adotante ou que der à luz, ter acesso a creche, onde 
houver, ou a local adequado ao atendimento das necessidades do bebê (art. 7º-A, inciso II, EOAB).
Os direitos assegurados nos incisos II e III à advogada adotante ou que der à luz serão 
concedidos pelo prazo previsto no art. 392 da Consolidação das Leis do Trabalho (art. 7º-A, § 
2º, EOAB): “CLT, art. 392. A empregada gestante tem direito à licença-maternidade de 120 
(cento e vinte) dias, sem prejuízo do emprego e do salário”.
Por sua vez, a gestante não deve ser submetida a detectores de metais e aparelhos 
de raios-X na entrada de tribunais, devendo-lhe, ainda, ser assegurada a reserva de vaga 
em garagens dos fóruns dos tribunais (art. 7º-A, inciso I, EOAB).
Ademais, os prazos processuais serão suspensos quando a única patrona da causa 
for adotante ou advogada que der à luz, desde que haja notificação por escrito ao cliente 
(art. 7º-A, inciso IV, EOAB).
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O período de suspensão será de 30 (trinta) dias, contado a partir da data do parto ou da con-
cessão da adoção, mediante apresentação de certidão de nascimento ou documento similar que 
comprove a realização do parto, ou de termo judicial que tenha concedido a adoção, desde que 
haja notificação ao cliente (art. 7º-A, § 3º, EOAB c/c art. 313, § 6º, do Código de Processo Civil).
É evidente que os direitos previstos à advogada gestante ou lactante se aplicam apenas 
enquanto perdurar, respectivamente, o estado gravídico ou o período de amamentação 
(art. 7º, § 1º, EOAB).
ATENÇÃO
ADVOGADA DIREITO
GESTANTE
– Entrada em tribunais sem ser submetida a 
detectores de metais e aparelhos de raio-X;
– Reserva de vaga em garagens dos fóruns 
dos tribunais;
– Preferência na ordem das sustentações 
orais e das audiências a serem realizadas a 
cada dia.
ADOTANTE
E QUE DER À LUZ
– Acesso a creche ou local adequado ao 
atendimento do bebê;
– Preferência na ordem das sustentações 
orais e das audiências a serem realizadas a 
cada dia;
– Suspensão de prazos processuais quando 
for a única patrona da causa.
LACTANTE
– Acesso a creche ou local adequado ao 
atendimento do bebê;
– Preferência na ordem das sustentações 
orais e das audiências a serem realizadas a 
cada dia.
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CRIME DE VIOLAÇÃO DE DIREITO OU PRORROGATIVA DE ADVOGADO
Nos termos do artigo 7º-B do Estatuto da OAB, constitui crime, sujeito a pena de detenção, 
de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, violar os seguintes direitos/prerrogativa de advogado:
II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de 
trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas 
ao exercício da advocacia;
III – comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, 
quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, 
ainda que considerados incomunicáveis;
IV – ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao 
exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais 
casos, a comunicação expressa à seccional da OAB;
V – não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de Estado 
Maior, com instalações e comodidades condignas, e, na sua falta, em prisão domiciliar (grifos nossos).
ATENÇÃO
A pena prevista no EOAB para o delito de violação de direito ou prorrogativa de advogado 
foi aumentada pela Lei n. 14.365, de 02 de junho de 2022. A pena antes era de 3 meses 
a 1 ano de detenção e multa, porém agora é de 2 a 4 anos de detenção e multa.
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3 – INSCRIÇÃO NA OAB
O Estatuto de Advocacia da OAB estabelece o preenchimento dos seguintes requisitos 
para inscrição nos quadros da OAB:
EOAB
CAPÍTULO III
Da Inscrição
Art. 8º Para inscrição como advogado é necessário:
I – capacidade civil;
II – diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino oficialmente 
autorizada e credenciada;
III – título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro;
IV – aprovação em Exame de Ordem;
V – não exercer atividade incompatível com a advocacia;
VI – idoneidade moral;
VII – prestar compromisso perante o conselho.
§ 1º O Exame da Ordem é regulamentado em provimento do Conselho Federal da OAB.
§ 2º O estrangeiro ou brasileiro, quando não graduado em direito no Brasil, deve fazer prova do 
título de graduação, obtido em instituição estrangeira, devidamente revalidado, além de atender 
aos demais requisitos previstos neste artigo.
§ 3º A inidoneidade moral, suscitada por qualquer pessoa, deve ser declarada mediante decisão 
que obtenha no mínimo dois terços dos votos de todos os membros do conselho competente, em 
procedimento que observe os termos do processo disciplinar.
§ 4º Não atende ao requisito de idoneidade moral aquele que tiver sido condenado por crime infa-
mante, salvo reabilitação judicial (grifos nossos).
Quanto à capacidade, você já deve ter estudado em Direito Civil que ela pode ser divi-
dida em dois atributos, mas vou refrescar sua memória:
A pessoa natural, ao nascer com vida, adquire personalidade jurídica, de acordo com o 
artigo 2º do Código Civil: “A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida, 
mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro”. Com isso, ao nascer 
a pessoa adquire personalidade jurídica e passa a ser sujeito de direito e obrigações, pos-
suindo, então, capacidade de direito ou de gozo.
Perceba que a capacidade de direito ou de gozo é limitada, em razão da inaptidão para que 
o possuidor pratique pessoalmente os atos da vida civil – um bebê, por exemplo, não é capaz de 
expressar sua vontade, não é mesmo? Falta, desse modo, capacidade de fato ou de exercício, que 
é adquirida, em regra, quando a pessoa completa 18 (dezoito) anos de idade (art. 5º, Código Civil).
Veja que, no contexto do nosso estudo, quando a lei fala em capacidade civil não é sufi-
ciente a capacidade de direito, pois esta é inerente a todas as pessoas, sendo necessária a 
conjugação das duas espécies para que a pessoa adquira capacidade plena.
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A exigência de diploma parece óbvia, mas devemos entender que é possível a substituição 
do diploma pela certidão de graduação em Direito, uma vez que o futuro advogado, tendo 
já concluído a graduação, não pode ser prejudicado pela instituição de ensino pela demora na 
emissão do diploma, o documento formal. A certidão, nesse caso, irá atestar que o aluno con-
cluiu a graduação e é bacharel em Direito, estando apto a adentrar no mercado de trabalho.
Faço uma ressalva quanto ao estrangeiro ou ao brasileiro não graduado em Direito 
no Brasil, que deve fazer prova do título de graduação obtido na instituição estrangeira, o 
qual será devidamente revalidado, além de demonstrar o cumprimento dos demais requisi-
tos previstos neste artigo (§ 2º, art. 8º, EOAB).
A exigência do título de eleitor está associada ao conceito de cidadão e ao pleno gozo dos 
direitos civis e políticos por parte do requerente da inscrição brasileiro (art. 14, § 1º, CF/1988).
O serviço militar, por sua vez, consiste no exercício de atividades específicas, desempe-
nhadas nas Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica), obrigatório para todos os brasi-
leiros, ficando isentas as mulheres em tempo de paz (art. 143, CF/1988). Desse modo, apenas 
os requerentes do sexo masculino devem cumprir a exigência de quitação do serviço militar.
Outro pressuposto um tanto quanto óbvio é a aprovação no Exame de Ordem.
A obrigatoriedade de realização do exame decorre diretamente do princípio da liberdade pro-
fissional condicionada à qualificação, previsto no artigo 5º, XIII, da CF/1988: “é livre o exercício de 
qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”.
Acrescento, apenas para aprofundar seu estudo, que o dispositivo trazido acima é um 
clássico exemplo de norma de eficácia contida, observada a classificação da aplicabilidade 
das normas constitucionais proposta por José Afonso da Silva, a qual é tida como norma 
apta a produzir todos os seus efeitos, desde a promulgação da Constituição Federal de 1988, 
mas que pode ser (discricionariedade) restringida pelo legislador.
No caso, diante da relevância da atuação do profissional advogado, e tendo em vista 
também o múnus público relacionado com o ministério da advocacia, é necessária a verifi-
cação da qualificação técnica do profissional antes de sua inserção no mercado de trabalho.
Sobre o requisito, destaco que já foi questionada a constitucionalidade da obrigatoriedade 
de realização do exame, através do Recurso Extraordinário n. 603.583, no qual foi reconhecida a 
repercussão geral do tema e proferida decisão reconhecendo a constitucionalidade do exame:
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RE N. 603.583 – STF
TRABALHO – OFÍCIO OU PROFISSÃO – EXERCÍCIO. Consoante disposto no inciso XIII do artigo 
5º da Constituição Federal, “é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas 
as qualificações profissionais que a lei estabelecer”. BACHARÉIS EM DIREITO – QUALIFICA-
ÇÃO. Alcança-se a qualificação de bacharel em Direito mediante conclusão do curso respectivo e 
colação de grau. ADVOGADO – EXERCÍCIO PROFISSIONAL – EXAME DE ORDEM. O Exame 
de Ordem, inicialmente previsto no artigo 48, inciso III, da Lei n. 4.215/1963 e hoje no artigo 84 da 
Lei n. 8.906/1994, no que a atuação profissional repercute no campo de interesse de tercei-
ros, mostra-se consentâneo com a Constituição Federal, que remete às qualificações pre-
vistas em lei. Considerações (RE n. 603.583, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, 
julgado em 26/10/2011, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-102 
DIVULG 24-05-2012 PUBLIC 25-05-2012 RTJ VOL-00222-01 PP-00550) (grifos nossos).
Para a inscrição como advogado, é necessário, ainda, que o requerente não exerça ati-
vidade incompatível com a advocacia.
O Estatuto determina que a advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com as 
seguintes atividades:
EOAB, art. 28, I - chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus 
substitutos legais;
II – membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e conselhos 
de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem como de todos 
os que exerçam função de julgamento em órgãos de deliberação coletiva da administração 
pública direta e indireta;
III – ocupantes de cargos ou funções de direção em Órgãos da Administração Pública direta 
ou indireta, em suas fundações e em suas empresas controladas ou concessionárias de 
serviço público;
IV – ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a qualquer órgão do 
Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais e de registro;
V – ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a atividade policial de 
qualquer natureza;
VI – militares de qualquer natureza, na ativa;
VII – ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de lançamento, arrecadação ou 
fiscalização de tributos e contribuições parafiscais;
VIII – ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, inclusive priva-
das (grifos nossos).
A idoneidade moral é um conceito jurídico indeterminado, porém determinável após ser 
efetuada análise do caso concreto.
O dicionário Aurélio conceitua idoneidade como “característica de quem aparenta ser 
honesto; qualidade da pessoa apta a desempenhar funções, cargos ou trabalhos. Qualidade 
do que é idôneo, que convém de modo perfeito ou é adequado”.
Segundo Paulo Lôbo (2017),
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O sexto requisito é a idoneidade moral. É um conceito indeterminado (porém determinável), cujo 
conteúdo depende da mediação concretizadora do Conselho competente, em cada caso. Os pa-
râmetros não são subjetivos, mas decorrem da aferição objetiva de standards valorativos que 
se captam na comunidade profissional, no tempo e no espaço, e que contam com o máximo de 
consenso na consciência jurídica.
De maneira geral, não são compatíveis com a idoneidade moral atitudes e comportamentos 
imputáveis ao interessado, que contaminarão necessariamente sua atividade profissional, 
em desprestígio da advocacia (grifos nossos).
O Estatuto determina que a inidoneidade moral poderá ser suscitada por qualquer 
pessoa, e deve ser declarada mediante decisão que obtenha no mínimo 2/3 (dois terços) 
dos votos de todos os membros do conselho competente, em procedimento que observe os 
termos do processo disciplinar (§ 3º, artigo 8º, EOAB).
Ademais, há presunção legal de inidoneidade quando ocorrer a condenação por crime 
infamante, salvo reabilitação judicial (§ 4º), conforme destaca Lôbo (2017):
Há uma hipótese taxativa de inidoneidade moral, dada sua gravidade, contida no § 4º do art. 
8º e que merece destaque: a do crime infamante. Não é qualquer crime, mas aquele, entre os 
tipos penais, que provoca o forte repúdio ético da comunidade geral e profissional, acarre-
tando desonra para seu autor, e que pode gerar desprestígio para a advocacia se for admitido 
seu autor a exercê-la. Infamante é conceito indeterminado, de delimitação difícil, devendo ser 
concretizado caso a caso pelo Conselho Seccional.
[...]
A extinção da punibilidade da prescrição punitiva não afasta a existência do fato tipificado como 
crime, notadamente se infamante. É infamante e atentatório à dignidade da advocacia o crime de es-
telionato e de falsificação documental, impedindo a inscrição do interessado nos quadros da OAB.
Obs.: � Podemos extrair do Estatuto que a idoneidade moral é avaliada constantemente, não 
sendo apenas um requisito para a inscrição nos quadros da OAB, uma vez que, como 
veremos adiante, constitui infração disciplinar tornar-se moralmenteinidôneo para o exer-
cício da advocacia, bem como praticar crime infamante (art. 34, XXVII e XXVIII, do Estatu-
to da OAB), o que enseja a exclusão do advogado dos quadros da OAB (art. 38, inciso II).
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Por fim, o último requisito para efetivar a inscrição como advogado é o ato solene de 
prestar compromisso perante o Conselho, no qual o futuro advogado compromete-se a 
exercer com nobreza o ministério da advocacia. O compromisso é indelegável em razão de 
sua natureza solene e personalíssima.
O requerente à inscrição principal presta o seguinte compromisso perante o Conselho 
Seccional, a Diretoria ou o Conselho da Subseção (art. 20 do Regulamento Geral da OAB):
Prometo exercer a advocacia com dignidade e independência, observar a ética, os deveres e 
prerrogativas profissionais e defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado Democrá-
tico, os direitos humanos, a justiça social, a boa aplicação das leis, a rápida administração da 
justiça e o aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas (grifos nossos).
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EOAB, art. 10. A inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo 
território pretende estabelecer o seu domicílio profissional, na forma do regulamento geral.
§ 1º Considera-se domicílio profissional a sede principal da atividade de advocacia, prevalecendo, 
na dúvida, o domicílio da pessoa física do advogado.
§ 2º Além da principal, o advogado deve promover a inscrição suplementar nos Conselhos Seccio-
nais em cujos territórios passar a exercer habitualmente a profissão considerando-se habitualidade 
a intervenção judicial que exceder de cinco causas por ano.
§ 3º No caso de mudança efetiva de domicílio profissional para outra unidade federativa, deve o 
advogado requerer a transferência de sua inscrição para o Conselho Seccional correspondente.
§ 4º O Conselho Seccional deve suspender o pedido de transferência ou de inscrição suplementar, ao verifi-
car a existência de vício ou ilegalidade na inscrição principal, contra ela representando ao Conselho Federal.
A inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo território 
ele pretende estabelecer o seu domicílio profissional, entendendo-se como domicílio a sede 
principal de advocacia. Em caso de dúvida, prevalece o domicílio da pessoa física do advogado.
A atuação do advogado não fica restrita ao território de seu domicílio profissional, já que 
pode atuar em outros territórios, exigindo-se apenas a realização de inscrição suplementar 
nos Conselhos Seccionais quando a intervenção judicial exceder de 5 (cinco) causas por ano.
Dessa forma, o advogado fica dispensado de comunicar o exercício eventual da profis-
são, até o total de cinco causas por ano, acima do qual se obriga a realizar inscrição suple-
mentar, nos termos do artigo 26 do Regulamento Geral do Estatuto da OAB.
Além disso, é importante considerar que o artigo 15, § 5º, do EOAB autoriza a criação de 
filiais e a atuação dos advogados em áreas de outro Conselho Seccional, sendo que o ato 
de constituição de filial deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado no Conselho 
Seccional onde se instalar, ficando os sócios, inclusive o titular da sociedade unipessoal de 
advocacia, obrigados a realizar inscrição suplementar.
Por outro lado, no caso de mudança efetiva de domicílio profissional para outra unidade 
federativa, o advogado deve requerer a transferência de sua inscrição para o Conselho 
Seccional correspondente, sendo que o Conselho Seccional deve suspender o pedido de 
transferência ou de inscrição suplementar ao verificar a existência de vício ou ilegalidade na 
inscrição principal, contra ela representando ao Conselho Federal.
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ESTAGIÁRIO
EOAB, art. 9º Para inscrição como estagiário é necessário:
I – preencher os requisitos mencionados nos incisos I, III, V, VI e VII do art. 8º;
II – ter sido admitido em estágio profissional de advocacia.
§ 1º O estágio profissional de advocacia, com duração de dois anos, realizado nos últimos anos do 
curso jurídico, pode ser mantido pelas respectivas instituições de ensino superior pelos Conselhos 
da OAB, ou por setores, órgãos jurídicos e escritórios de advocacia credenciados pela OAB, sendo 
obrigatório o estudo deste Estatuto e do Código de Ética e Disciplina.
§ 2º A inscrição do estagiário é feita no Conselho Seccional em cujo território se localize seu cur-
so jurídico.
§ 3º O aluno de curso jurídico que exerça atividade incompatível com a advocacia pode frequentar 
o estágio ministrado pela respectiva instituição de ensino superior, para fins de aprendizagem, 
vedada a inscrição na OAB.
§ 4º O estágio profissional poderá ser cumprido por bacharel em Direito que queira se inscre-
ver na Ordem.
O estágio profissional de advocacia, com duração de 2 (dois) anos, realizado nos últimos 
anos do curso jurídico, pode ser mantido pelas respectivas instituições de ensino superior, 
pelos Conselhos da OAB, ou por setores, órgãos jurídicos e escritórios de advocacia creden-
ciados pela OAB, sendo obrigatório o estudo do Estatuto e do Código de Ética e Disciplina.
De acordo com o artigo 27 do Regulamento do Estatuto da OAB, o estágio profissional 
de advocacia, inclusive para graduados, é requisito necessário à inscrição no quadro de 
estagiários da OAB e meio adequado de aprendizagem prática.
O estágio profissional de advocacia realizado integralmente fora da instituição de 
ensino compreende as atividades fixadas em convênio entre o escritório de advocacia ou 
entidade que receba o estagiário e a OAB, nos termos do artigo 30 do Regulamento Geral.
ATENÇÃO
A INSCRIÇÃO do estagiário é feita no Conselho Seccional em cujo território se localize seu 
curso jurídico, sendo necessário, para a inscrição, o preenchimento dos seguintes requisitos:
• capacidade civil;
• título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro;
• não exercer atividade incompatível com a advocacia;
• idoneidade moral;
• prestar compromisso perante o Conselho;
• ter sido admitido em estágio profissional de advocacia.
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Caso o aluno de curso jurídico exerça atividade incompatível com a advocacia, pode 
frequentar o estágio ministrado pela respectiva instituição de ensino superior, para fins de 
aprendizagem, vedada a inscrição na OAB. O estágio profissional poderá ser cumprido por 
bacharel em Direito que queira se inscrever na Ordem.
ESTÁGIO EM REGIME DE TELETRABALHO
A Lei n. 14.365, de 02 de junho de 2022, trouxe a possibilidade de realização do estágio 
profissional no regime de teletrabalho ou de trabalho a distância em sistema remoto ou não, 
por qualquer meio telemático, sem configurar vínculo de emprego a adoção de qualquer uma 
dessas modalidades em caso de pandemia ou em outras situações excepcionais que impos-
sibilitem as atividades presenciais, declaradas pelo poder público, vejamos:
EOAB, ART. 9º, § 5º Em caso de pandemia ou em outras situações excepcionais que impossibi-
litem as atividades presenciais, declaradas pelo poder público, o estágio profissional poderá ser 
realizado no regime de teletrabalho ou de trabalho a distância em sistema remoto ou não, por 
qualquer meio telemático, sem configurar vínculo de emprego a adoção de qualquer uma dessas 
modalidades. (Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022)
§ 6º Se houver concessão, pela parte contratante ou conveniada, de equipamentos, sistemas e 
materiais ou reembolso de despesas de infraestrutura ou instalação, todos destinados a viabilizar a 
realização da atividadede estágio prevista no § 5º deste artigo, essa informação deverá constar, ex-
pressamente, do convênio de estágio e do termo de estágio. (Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022)
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Atente-se ao fato de que a concessão de equipamentos, sistemas e materiais ou reem-
bolso de despesas de infraestrutura ou instalação, destinados a viabilizar a realização da 
atividade de estágio no regime de teletrabalho, deverá constar, expressamente, do convênio 
de estágio e do termo de estágio.
CANCELAMENTO
EOAB, art. 11. Cancela-se a inscrição do profissional que:
I – assim o requerer;
II – sofrer penalidade de exclusão;
III – falecer;
IV – passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia;
V – perder qualquer um dos requisitos necessários para inscrição.
§ 1º Ocorrendo uma das hipóteses dos incisos II, III e IV, o cancelamento deve ser promovido, de 
ofício, pelo conselho competente ou em virtude de comunicação por qualquer pessoa.
§ 2º Na hipótese de novo pedido de inscrição – que não restaura o número de inscrição anterior – 
deve o interessado fazer prova dos requisitos dos incisos I, V, VI e VII do art. 8º.
§ 3º Na hipótese do inciso II deste artigo, o novo pedido de inscrição também deve ser acompa-
nhado de provas de reabilitação.
São várias as possibilidades que ensejam o cancelamento da inscrição. Cancela-se a 
inscrição do profissional quando:
• o advogado requerer;
• sofrer penalidade de exclusão;
• falecer;
• passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia;
• perder qualquer um dos requisitos necessários para inscrição.
Destaco que o cancelamento será promovido de ofício em caso de aplicação de penali-
dade de exclusão, falecimento ou com o desempenho de atividade incompatível.
Obs.: � Apesar do cancelamento, poderá ser feito novo pedido de inscrição, que não res-
taura o número de inscrição anterior. Ao interessado cabe a prova dos requisitos 
da capacidade civil (art. 8º, inciso I), do não desempenho de atividade incompatível 
(inciso V), de idoneidade moral (inciso VI), além de prestar novamente compromisso 
perante o Conselho (inciso VII).
Como já mencionei acima, caso o cancelamento ocorra em razão de exclusão, o novo 
pedido de inscrição também deve ser acompanhado de provas de reabilitação judicial.
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LICENCIAMENTO
EOAB, art. 12. Licencia-se o profissional que:
I – assim o requerer, por motivo justificado;
II – passar a exercer, em caráter temporário, atividade incompatível com o exercício da advocacia;
III – sofrer doença mental considerada curável.
Licencia-se o profissional que:
• assim o requerer, por motivo justificado;
• passar a exercer, em caráter temporário, atividade incompatível com o exercício da 
advocacia;
• sofrer doença mental considerada curável.
A respeito da doença mental curável, Lôbo (2017) traz que:
A doença mental curável é a terceira e última hipótese de licenciamento, que perdurará até que 
o interessado apresente laudo médico que declare sua recuperação definitiva. No caso de 
intermitência de insanidade mental, a doutrina tem entendido que se enquadra na incapacidade 
civil absoluta prevista no Código Civil, sendo mais adequado o cancelamento. Como o licen-
ciamento independe da interdição judicial, poderá ser promovido de ofício pelo Conselho 
Seccional, após submeter o inscrito a perícia médica, ou, em caso de recusa deste, com funda-
mento em provas irrefutáveis de sua instabilidade mental (grifos nossos).
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IDENTIDADE PROFISSIONAL
EOAB, art. 13. O documento de identidade profissional, na forma prevista no regulamento geral, 
é de uso obrigatório no exercício da atividade de advogado ou de estagiário e constitui prova de 
identidade civil para todos os fins legais.
De acordo com o artigo 32 do Regulamento Geral do Estatuto da OAB, são documen-
tos de identidade profissional: a carteira e o cartão emitidos pela OAB, de uso obrigatório 
pelos advogados e estagiários inscritos, para o exercício de suas atividades, os quais podem 
ser emitidos de FORMA DIGITAL. Saliento que o uso do cartão dispensa o da carteira.
EOAB, art. 14. É obrigatória a indicação do nome e do número de inscrição em todos os documen-
tos assinados pelo advogado, no exercício de sua atividade.
Parágrafo único. É vedado anunciar ou divulgar qualquer atividade relacionada com o exercício da advo-
cacia ou o uso da expressão escritório de advocacia, sem indicação expressa do nome e do número de 
inscrição dos advogados que o integrem ou o número de registro da sociedade de advogados na OAB.
Em todos os documentos assinados pelo advogado no exercício de sua atividade, é obri-
gatória a indicação do nome e do número de inscrição, sendo vedado anunciar ou divulgar 
qualquer atividade relacionada com o exercício da advocacia, ou o uso da expressão “escri-
tório de advocacia”, sem indicação expressa do nome e do número de inscrição dos advoga-
dos que o integrem ou o número de registro da sociedade de advogados na OAB.
É conveniente frisar que os dados de identificação do advogado são os seguintes: 
número da inscrição, nome, nome social, filiação, naturalidade, data do nascimento, nacio-
nalidade, data da colação de grau, data do compromisso e data da expedição, e à assinatura 
do Presidente do Conselho Seccional (art. 33, III, do Regulamento Geral).
Obs.: � O NOME SOCIAL é a designação pela qual a pessoa travesti ou transexual se iden-
tifica, e esta é socialmente reconhecida e será inserida na identificação do advogado 
mediante requerimento (art. 33, parágrafo único, do Regulamento Geral).
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Além do mais, destaco que o cartão de identidade profissional DIGITAL dos advogados e 
estagiários, constituindo versão eletrônica de identidade para todos os fins legais (art. 13 da 
Lei n. 8.906/1994 – EAOAB), submete-se à disciplina prevista no Regulamento Geral.
4 – SOCIEDADE DE ADVOGADOS
EOAB, art. 15. Os advogados podem reunir-se em sociedade simples de prestação de serviços 
de advocacia ou constituir sociedade unipessoal de advocacia, na forma disciplinada nesta Lei e 
no regulamento geral.
§ 1º A sociedade de advogados e a sociedade unipessoal de advocacia adquirem personalidade 
jurídica com o registro aprovado dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB em 
cuja base territorial tiver sede.
§ 2º Aplica-se à sociedade de advogados e à sociedade unipessoal de advocacia o Código de Ética 
e Disciplina, no que couber.
§ 3º As procurações devem ser outorgadas individualmente aos advogados e indicar a sociedade 
de que façam parte.
§ 4º Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, constituir mais de uma socie-
dade unipessoal de advocacia, ou integrar, simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma socieda-
de unipessoal de advocacia, com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional.
§ 5º O ato de constituição de filial deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado no Con-
selho Seccional onde se instalar, ficando os sócios, inclusive o titular da sociedade unipessoal de 
advocacia, obrigados à inscrição suplementar.
§ 6º Os advogados sócios de uma mesma sociedade profissional não podem representar em juízo 
clientes de interesses opostos.
§ 7º A sociedade unipessoal de advocacia pode resultar da concentração por um advogado das 
quotas de uma sociedade de advogados, independentemente das razões que motivaram tal 
concentração.
§ 8º Nas sociedades de advogados, a escolha do sócio-administrador poderá recair sobreadvoga-
do que atue como servidor da administração direta, indireta e fundacional, desde que não esteja 
sujeito ao regime de dedicação exclusiva, não lhe sendo aplicável o disposto no inciso X do caput 
do art. 117 da Lei n. 8.112, de 11 de dezembro de 1990, no que se refere à sociedade de advoga-
dos. (Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022)
§ 9º A sociedade de advogados e a sociedade unipessoal de advocacia deverão recolher seus 
tributos sobre a parcela da receita que efetivamente lhes couber, com a exclusão da receita que 
for transferida a outros advogados ou a sociedades que atuem em forma de parceria para o aten-
dimento do cliente. (Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022)
§ 10. Cabe ao Conselho Federal da OAB a fiscalização, o acompanhamento e a definição de 
parâmetros e de diretrizes da relação jurídica mantida entre advogados e sociedades de advo-
gados ou entre escritório de advogados sócios e advogado associado, inclusive no que se refere 
ao cumprimento dos requisitos norteadores da associação sem vínculo empregatício autorizada 
expressamente neste artigo. (Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022)
§ 11. Não será admitida a averbação do contrato de associação que contenha, em conjunto, os elemen-
tos caracterizadores de relação de emprego previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), 
aprovada pelo Decreto-Lei n. 5.452, de 1º de maio de 1943. (Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022)
§ 12. A sociedade de advogados e a sociedade unipessoal de advocacia podem ter como sede, 
filial ou local de trabalho espaço de uso individual ou compartilhado com outros escritórios de advo-
cacia ou empresas, desde que respeitadas as hipóteses de sigilo previstas nesta Lei e no Código 
de Ética e Disciplina. (Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022)
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Da análise geral do Estatuto da OAB, é possível observar que permeiam todo o texto da 
lei federal conceitos com o objetivo de afastar a advocacia do direito privado, como nas 
regras referentes à publicidade da atividade da advocacia, aos direitos e obrigações do advo-
gado, às infrações disciplinares e, também, às sociedades de advogados.
Nesse sentido, o Estatuto da OAB veda a constituição de sociedades de advogados que 
apresentem forma ou características de sociedade empresária, que adotem denomina-
ção de fantasia, que realizem atividades estranhas à advocacia, que incluam como sócio 
ou titular de sociedade unipessoal de advocacia pessoa não inscrita como advogado ou 
totalmente proibida de advogar (art. 16, EOAB).
Na forma disciplinada no Estatuto da OAB e no Regulamento Geral da OAB, observan-
do-se, de qualquer modo, as regras deontológicas do Código de Ética e Disciplina da Ordem 
temos que os advogados podem se reunir (art. 15, EOAB):
• em sociedade simples de prestação de serviços de advocacia; ou
• constituir sociedade unipessoal de advocacia.
Nos termos do artigo 37 do Regulamento Geral do Estatuto da OAB, os advogados podem cons-
tituir sociedade simples, unipessoal ou pluripessoal, de prestação de serviços de advocacia, a qual 
deve ser regularmente registrada no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede.
O Estatuto da OAB foi modificado pela Lei n. 13.247/2016, e uma das grandes novidades 
trazidas foi a possibilidade de se constituir sociedade unipessoal de advocacia. Como o 
próprio nome revela, essa pessoa jurídica é composta por um único advogado.
A constituição de uma empresa individual de reponsabilidade limitada visa a proteção 
do patrimônio pessoal do titular, uma vez que as dívidas contraídas ficam limitadas ao 
capital da pessoa jurídica, além de outros benefícios pecuniários e tributários.
Em que pese a diferença na estrutura e composição das sociedades de advogados, ambas seguem 
os mesmos regramentos impostos pelo Estatuto da Ordem, observadas suas especificações.
Tanto a sociedade de advogados como a sociedade unipessoal de advocacia adquirem 
personalidade jurídica com o registro aprovado dos seus atos constitutivos no Conselho 
Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede (art. 15, § 1º, EOAB).
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ATENÇÃO
A Lei n. 14.365, de 02 de junho de 2022, incluiu a possibilidade de a sociedade de advogados 
e a sociedade unipessoal de advocacia ter como sede, filial ou local de trabalho espaço de uso 
individual ou compartilhado com outros escritórios de advocacia ou empresas, desde 
que respeitadas as hipóteses de sigilo previstas no Estatuto e no Código de Ética e Disciplina.
Obs.: � A sociedade de advogados e a sociedade unipessoal de advocacia deverão recolher seus 
tributos sobre a parcela da receita que efetivamente lhes couber, com a exclusão da recei-
ta que for transferida a outros advogados ou a sociedades que atuem em forma de parceria 
para o atendimento do cliente (art. 15, § 9º, EOAB – Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022).
As sociedades de advogados podem adotar qualquer forma de administração social, 
permitida a existência de sócios gerentes, com indicação dos poderes atribuídos, nos termos 
do artigo 41 do Regulamento Geral do Estatuto da OAB.
Inclusive é importante frisar que a Lei n. 14.365, de 02 de junho de 2022, acrescentou a pos-
sibilidade de que, nas sociedades de advogados, a escolha do sócio-administrador recaia sobre 
advogado que atue como servidor da administração direta, indireta e fundacional, desde que não 
esteja sujeito ao regime de dedicação exclusiva, não lhe sendo aplicável a proibição de participar 
de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer 
o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário, prevista no inciso X do art. 
117 da Lei n. 8.112/1990, no que se refere à sociedade de advogados (art. 15, § 8º, EOAB).
ATENÇÃO
Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, constituir mais de 
uma sociedade unipessoal de advocacia ou integrar, simultaneamente, uma sociedade de 
advogados e uma sociedade unipessoal de advocacia com sede ou filial na mesma área 
territorial do respectivo Conselho Seccional (art. 15, § 4º, do Estatuto da OAB).
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Perceba que o Estatuto autoriza a criação de filiais e a atuação dos advogados em áreas 
de outro Conselho Seccional, sendo que o ato de constituição de filial deve ser averbado 
no registro da sociedade e arquivado no Conselho Seccional onde se instalar, ficando 
os sócios, inclusive o titular da sociedade unipessoal de advocacia, obrigados à inscrição 
suplementar (art. 15, § 5º, EOAB).
Em obediência ao princípio da confiança recíproca entre advogado e cliente, bem como 
em decorrência do sigilo profissional, os advogados sócios de uma mesma sociedade 
profissional, ou reunidos em caráter permanente para cooperação recíproca, não podem 
representar, em juízo ou fora dele, clientes de interesses opostos, nos termos do artigo 
15, § 6º c/c artigo 19, do Código de Ética e Disciplina da OAB.
Segundo o artigo 15, § 7º, do Estatuto da OAB, a sociedade unipessoal de advocacia 
pode resultar da concentração por um advogado das quotas de uma sociedade de advo-
gados, independentemente das razões que motivaram tal concentração. Nesse caso, ocorre 
a conversão da sociedade coletiva para uma sociedade individual de advocacia.
De acordo com o Regulamento Geral da OAB, as atividades profissionais privativas dos 
advogados são exercidas individualmente, ainda que revertam à sociedade os honorários 
respectivos (art. 37, § 1º). Tanto é que as procurações devem ser outorgadas individualmente 
aos advogados e indicar a sociedade de que façam parte (art. 15, § 3º, do Estatuto da OAB).
Segundo o artigo 42 do Regulamento Geral, podem serpraticados pela sociedade de 
advogados, com uso da razão social, os atos indispensáveis às suas finalidades, que não 
sejam privativos de advogado.
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EOAB, art. 16. Não são admitidas a registro nem podem funcionar todas as espécies de sociedades de 
advogados que apresentem forma ou características de sociedade empresária, que adotem denomina-
ção de fantasia, que realizem atividades estranhas à advocacia, que incluam como sócio ou titular de so-
ciedade unipessoal de advocacia pessoa não inscrita como advogado ou totalmente proibida de advogar.
§ 1º A razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome de, pelo menos, um advogado responsável 
pela sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, desde que prevista tal possibilidade no 
ato constitutivo.
§ 2º O impedimento ou a incompatibilidade em caráter temporário do advogado não o exclui da 
sociedade de advogados à qual pertença e deve ser averbado no registro da sociedade, observado 
o disposto nos arts. 27, 28, 29 e 30 desta Lei e proibida, em qualquer hipótese, a exploração de 
seu nome e de sua imagem em favor da sociedade. (Redação dada pela Lei n. 14.365, de 2022)
§ 3º É proibido o registro, nos cartórios de registro civil de pessoas jurídicas e nas juntas comer-
ciais, de sociedade que inclua, entre outras finalidades, a atividade de advocacia.
§ 4º A denominação da sociedade unipessoal de advocacia deve ser obrigatoriamente formada pelo 
nome do seu titular, completo ou parcial, com a expressão ‘Sociedade Individual de Advocacia’.
Devemos lembrar que a sociedade é uma espécie de corporação, dotada de persona-
lidade jurídica, instituída por meio de um contrato social, com a finalidade de exercer ativi-
dade econômica e partilhar lucros (GAGLIANO; FILHO, 2017).
Entretanto, o Estatuto da OAB veda a constituição de sociedades de advogados que apresen-
tem forma ou características de sociedade empresária, que adotem denominação de fantasia, 
que realizem atividades estranhas à advocacia, que incluam como sócio ou titular de sociedade 
unipessoal de advocacia pessoa não inscrita como advogado ou totalmente proibida de advogar.
Aliás, da análise geral do Estatuto da OAB, é possível concluir que permeiam todo o texto 
da lei federal conceitos com o objetivo de afastar a advocacia do direito privado, como 
nas regras referentes à publicidade da atividade da advocacia, aos direitos e obrigações do 
advogado, às infrações disciplinares, bem como referentes às sociedades de advogados.
A reflexão de Paulo Lôbo (2017) é no sentido de que
A Lei n. 8.906/94 manteve a natureza da sociedade de advogados como sociedade exclusivamen-
te de pessoas e de finalidades profissionais. É uma sociedade profissional sui generis que não 
se confunde com as sociedades previstas no Código Civil. [...] Rejeitou-se o modelo empre-
sarial existente em vários países, para que não se desfigurasse a atividade da advocacia, que no 
Brasil é serviço público, ainda que em ministério privado, integrante da administração da justiça. O 
capital essencial das sociedades de advogados é a produção intelectual dos advogados que 
a integram e não as coisas ou valores financeiros (grifos nossos).
ATENÇÃO
É PROIBIDO o registro, nos cartórios de registro civil de pessoas jurídicas e nas juntas 
comerciais, de sociedade que inclua, entre outras finalidades, a atividade de advocacia.
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Por outro lado, todas as alterações no contrato social e/ou na estrutura da sociedade 
deverão ser averbadas no registro da sociedade perante o Conselho Seccional.
DIRETO DO CONCURSO
3. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2022) A 
sociedade empresária Y presta, com estrutura organizacional, atividades de consultoria 
jurídica e de orientação de marketing para pequenos empreendedores.
Considerando as atividades exercidas pela sociedade hipotética, assinale a afirmati-
va correta.
a. A sociedade Y deve ter seus atos constitutivos registrados apenas na Junta Comercial.
b. A sociedade Y deve ter seus atos constitutivos registrados apenas no Conselho Sec-
cional da OAB em cuja base territorial tem sede.
c. É vedado o registro dos atos constitutivos da sociedade Y nos Conselhos Seccionais 
da OAB e também é vedado seu registro na Junta Comercial.
d. Os atos constitutivos da sociedade Y devem ser registrados na Junta Comercial e no 
Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tem sede.
Letra c.
O Estatuto da OAB veda a constituição de sociedades de advogados que apresentem for-
ma ou características de sociedade empresária, sendo, inclusive, proibido o registro, nos 
cartórios de registro civil de pessoas jurídicas e nas juntas comerciais, de sociedade 
que inclua, entre outras finalidades, a atividade de advocacia (art. 16, § 3º, EOAB).
A denominação das sociedades não é de livre escolha dos associados, já que o Esta-
tuto prevê algumas limitações:
• A razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome de, pelo menos, um advogado res-
ponsável pela sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, desde que prevista 
tal possibilidade no ato constitutivo.
• A denominação da sociedade unipessoal de advocacia deve ser obrigatoriamente 
formada pelo nome do seu titular, completo ou parcial, com a expressão “Sociedade 
Individual de Advocacia”.
Paulo Lôbo (2017) assevera que:
Não há liberdade na composição do nome da sociedade de advogados. O nome deve expressar 
com clareza sua finalidade, não sendo admitidos nome de fantasia, símbolos ou acréscimos co-
muns nas atividades mercantis (grifos nossos).
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De acordo com o artigo 38 do Regulamento Geral, o nome completo ou abreviado, ou o 
nome social de, no mínimo, um advogado responsável pela sociedade consta obrigatoria-
mente da razão social, podendo permanecer o nome ou o nome social de sócio falecido se 
essa possibilidade tiver sido prevista no ato constitutivo ou na alteração contratual em vigor.
ATENÇÃO
O impedimento ou a incompatibilidade em caráter temporário do advogado não o exclui da 
sociedade de advogados à qual pertença, mas deve ser averbado no registro da socieda-
de, sendo proibida, em qualquer hipótese, a exploração de seu nome e de sua imagem 
em favor da sociedade (art. 16, § 2º, EOAB – Redação dada pela Lei n. 14.365, de 2022).
EOAB, art. 17. Além da sociedade, o sócio e o titular da sociedade individual de advocacia res-
pondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados aos clientes por ação ou omissão no 
exercício da advocacia, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar em que possam incorrer.
Conforme o artigo 32 do Estatuto da OAB, o advogado é responsável pelos atos que, 
no exercício profissional, praticar com dolo ou culpa. Por sua vez, a sociedade, os sócios, 
bem como o titular da sociedade individual de advocacia respondem subsidiária e ilimita-
damente pelos danos causados, nas hipóteses de dolo ou culpa e por ação ou omissão no 
exercício da advocacia, sem prejuízo das sanções disciplinares (art. 17 do Estatuto da OAB 
c/c art. 40 do Regulamento Geral).
Desse modo, é imprescindível a adoção de cláusula com previsão expressa no contrato 
social da sociedade de advogados (ato constitutivo) de que, além da sociedade, o sócio ou asso-
ciado responderá subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados aos clientes, por ação ou 
omissão, no exercício da advocacia (art. 2º, XI, do Provimento n. 112/2006 do CFOAB). Sendo 
assim, é nula a cláusula do contrato social que vise limitar a responsabilidade dos sócios.
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EOAB, art. 17-A. O advogadopoderá associar-se a uma ou mais sociedades de advogados ou 
sociedades unipessoais de advocacia, sem que estejam presentes os requisitos legais de vínculo 
empregatício, para prestação de serviços e participação nos resultados, na forma do Regulamento 
Geral e de Provimentos do Conselho Federal da OAB. (Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022)
Art. 17-B. A associação de que trata o art. 17-A desta Lei dar-se-á por meio de pactuação de 
contrato próprio, que poderá ser de caráter geral ou restringir-se a determinada causa ou trabalho 
e que deverá ser registrado no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede a 
sociedade de advogados que dele tomar parte. (Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022)
Parágrafo único. No contrato de associação, o advogado sócio ou associado e a sociedade pac-
tuarão as condições para o desempenho da atividade advocatícia e estipularão livremente os cri-
térios para a partilha dos resultados dela decorrentes, devendo o contrato conter, no mínimo: 
(Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022)
I – qualificação das partes, com referência expressa à inscrição no Conselho Seccional da OAB 
competente;
II – especificação e delimitação do serviço a ser prestado;
III – forma de repartição dos riscos e das receitas entre as partes, vedada a atribuição da totalidade 
dos riscos ou das receitas exclusivamente a uma delas;
IV – responsabilidade pelo fornecimento de condições materiais e pelo custeio das despesas ne-
cessárias à execução dos serviços;
V – prazo de duração do contrato.
A sociedade pode associar-se com advogados, sem vínculo de emprego, para participa-
ção nos resultados, desde que os contratos firmados sejam averbados no registro da socie-
dade de advogados (art. 39 do Regulamento Geral).
Nesse sentido, destaco que não será admitida a averbação do contrato de associação 
que contenha, em conjunto, os elementos caracterizadores de relação de emprego pre-
vistos na Consolidação das Leis do Trabalho – CLT (art. 15, §11, EOAB).
ATENÇÃO
A Lei n. 14.365, de 02 de junho de 2022, inseriu o artigo 17-A ao Estatuto da OAB para 
incluir a possibilidade de o advogado associar-se a uma ou mais sociedades de advogados 
ou sociedades unipessoais de advocacia, sem que estejam presentes os requisitos legais 
de vínculo empregatício, para prestação de serviços e participação nos resultados, na 
forma do Regulamento Geral e de Provimentos do Conselho Federal da OAB.
A associação ocorrerá por meio de pactuação de contrato próprio, que poderá ser de caráter 
geral ou restringir-se a determinada causa ou trabalho e que deverá ser registrado no Conselho Sec-
cional da OAB em cuja base territorial tiver sede a sociedade de advogados que dele tomar parte.
No contrato de associação, o advogado sócio ou associado e a sociedade pactuarão as 
condições para o desempenho da atividade advocatícia e estipularão livremente os critérios 
para a partilha dos resultados dela decorrentes, devendo o contrato conter, no mínimo:
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• qualificação das partes, com referência expressa à inscrição no Conselho Seccional 
da OAB competente;
• especificação e delimitação do serviço a ser prestado;
• forma de repartição dos riscos e das receitas entre as partes, vedada a atribuição da 
totalidade dos riscos ou das receitas exclusivamente a uma delas;
• responsabilidade pelo fornecimento de condições materiais e pelo custeio das despe-
sas necessárias à execução dos serviços;
• prazo de duração do contrato.
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5 – ADVOGADO EMPREGADO
EOAB, art. 18. A relação de emprego, na qualidade de advogado, não retira a isenção técnica nem 
reduz a independência profissional inerentes à advocacia.
§ 1º O advogado empregado não está obrigado à prestação de serviços profissionais de interesse 
pessoal dos empregadores, fora da relação de emprego. (Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022)
§ 2º As atividades do advogado empregado poderão ser realizadas, a critério do empregador, em 
qualquer um dos seguintes regimes: (Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022)
I – exclusivamente presencial: modalidade na qual o advogado empregado, desde o início da con-
tratação, realizará o trabalho nas dependências ou locais indicados pelo empregador;
II – não presencial, teletrabalho ou trabalho a distância: modalidade na qual, desde o início da con-
tratação, o trabalho será preponderantemente realizado fora das dependências do empregador, 
observado que o comparecimento nas dependências de forma não permanente, variável ou para 
participação em reuniões ou em eventos presenciais não descaracterizará o regime não presencial;
III – misto: modalidade na qual as atividades do advogado poderão ser presenciais, no estabele-
cimento do contratante ou onde este indicar, ou não presenciais, conforme as condições definidas 
pelo empregador em seu regulamento empresarial, independentemente de preponderância ou não.
§ 3º Na vigência da relação de emprego, as partes poderão pactuar, por acordo individual simples, 
a alteração de um regime para outro. (Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022)
Outra forma de o advogado desempenhar suas atividades é através da relação de 
emprego com o cliente. O vínculo empregatício do advogado exige os mesmos elementos 
fático-jurídicos estabelecidos para a constituição da relação de trabalho comum, trazidos na 
Consolidação das Leis do Trabalho, quais sejam (art. 3º, CLT):
• pessoalidade;
• onerosidade;
• não eventualidade;
• alteridade; e
• subordinação.
No caso do advogado empregado, a subordinação não prejudica o direito do advo-
gado à liberdade de atuação e à isenção técnica, que é inerente ao exercício da advo-
cacia, uma vez que o advogado deve seguir suas convicções filosóficas e conhecimentos 
técnicos ao defender os interesses dos seus clientes.
Quanto à independência, o Código de Ética e Disciplina da OAB determina que o advogado, ainda 
que vinculado ao cliente ou constituinte, mediante relação empregatícia ou por contrato de prestação 
permanente de serviços, ou como integrante de departamento jurídico, ou de órgão de assessoria 
jurídica, público ou privado, deve zelar pela sua liberdade e independência (art. 4º, CED-OAB).
A relação estabelecida entre o advogado e o cliente empregador está restrita ao vínculo 
pré-estabelecido, de modo que o advogado empregado não está obrigado a prestar ser-
viços profissionais de interesse pessoal dos empregadores fora da relação de emprego.
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ATENÇÃO
A Lei n. 14.365, de 02 de junho de 2022, inseriu os regimes de trabalho em que as ativi-
dades do advogado empregado poderão ser realizadas, salientando que fica a critério do 
empregador a sua escolha. Vejamos quais são eles (art. 18, § 2º, EOAB):
• EXCLUSIVAMENTE PRESENCIAL: modalidade na qual o advogado empregado, 
desde o início da contratação, realizará o trabalho nas dependências ou locais indi-
cados pelo empregador.
• NÃO PRESENCIAL, TELETRABALHO OU TRABALHO A DISTÂNCIA: modalidade 
na qual, desde o início da contratação, o trabalho será preponderantemente reali-
zado fora das dependências do empregador, observado que o comparecimento nas 
dependências de forma não permanente, variável ou para participação em reuniões ou 
em eventos presenciais não descaracterizará o regime não presencial;
• MISTO: modalidade na qual as atividades do advogado poderão ser presenciais, no 
estabelecimento do contratante ou onde este indicar, ou não presenciais, conforme as 
condições definidas pelo empregador em seu regulamento empresarial, independen-
temente de preponderância ou não.
Cuidado: na vigência da relação de emprego, as partes poderão pactuar, por acordo indi-
vidual simples, a alteração de um regimepara outro (art. 18, § 3º, EOAB).
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EOAB, art. 19. O salário mínimo profissional do advogado será fixado em sentença normativa, 
salvo se ajustado em acordo ou convenção coletiva de trabalho.
Quanto ao salário mínimo do profissional advogado, o importante a ser destacado é que 
esse será fixado em sentença normativa, caso não tenha sido ajustado em acordo ou con-
venção coletiva de trabalho.
A representação do advogado empregado nas convenções coletivas celebradas com as 
entidades sindicais representativas dos empregadores, nos acordos coletivos celebrados com 
a empresa empregadora, é de competência do sindicato de advogados e, na sua falta, a fede-
ração ou confederação de advogados, segundo o artigo 11 do Regulamento Geral da OAB.
EOAB, art. 20. A jornada de trabalho do advogado empregado, quando prestar serviço para em-
presas, não poderá exceder a duração diária de 8 (oito) horas contínuas e a de 40 (quarenta) horas 
semanais. (Redação dada pela Lei n. 14.365, de 2022).
§ 1º Para efeitos deste artigo, considera-se como período de trabalho o tempo em que o advogado esti-
ver à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, no seu escritório ou em atividades 
externas, sendo-lhe reembolsadas as despesas feitas com transporte, hospedagem e alimentação.
§ 2º As horas trabalhadas que excederem a jornada normal são remuneradas por um adicional não 
inferior a cem por cento sobre o valor da hora normal, mesmo havendo contrato escrito.
§ 3º As horas trabalhadas no período das vinte horas de um dia até as cinco horas do dia seguinte 
são remuneradas como noturnas, acrescidas do adicional de vinte e cinco por cento.
ATENÇÃO
A jornada de trabalho do advogado empregado foi alterada pela Lei n. 14.365, de 02 de 
junho de 2022. Atualmente, nos termos do artigo 20 do EOAB, a jornada de trabalho do 
advogado empregado, quando prestar serviço para empresas, não poderá exceder a dura-
ção diária de 8 (oito) horas contínuas e a de 40 (quarenta) horas semanais.
DICA
Não quero te confundir, mas a alteração foi bastante significativa, portanto, é impor-
tante saber que antes a jornada de trabalho do advogado empregado, salvo acordo 
ou convenção coletiva, não poderá exceder a duração diária de quatro horas 
contínuas e a de vinte horas semanais.
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Obs.: � Considera-se como período de trabalho o tempo em que o advogado estiver à dis-
posição do empregador, aguardando ou executando ordens, no seu escritório ou 
em atividades externas, sendo-lhe reembolsadas as despesas feitas com transporte, 
hospedagem e alimentação.
Além disso, poderá ser adotado o regime de dedicação exclusiva, que deve estar pre-
visto expressamente no contrato individual de trabalho, devendo a jornada de trabalho obser-
var o limite de 8 (oito) horas diárias (art. 12 do Regulamento Geral da OAB).
As horas extraordinariamente prestadas pelo advogado, ou seja, aquelas que excede-
rem a jornada normal devem ser remuneradas com um adicional não inferior a 100% sobre 
o valor da hora normal, mesmo havendo contrato escrito.
Em caso de dedicação exclusiva, serão remuneradas como extraordinárias as horas tra-
balhadas que excederem a jornada normal de 8 (oito) horas diárias (art. 12, parágrafo único, 
do Regulamento Geral da OAB).
Por fim, quando o desempenho da atividade do advogado ocorrer em horário noturno, 
entendido como o período das 20 (vinte) horas de um dia até as 5 (cinco) horas do dia 
seguinte, as horas trabalhadas devem ser remuneradas com adicional de 25%.
ADVOGADO EMPREGADO PECULIARIDADES
ADVOGADO 
EMPREGADO
Hora extra = no mínimo,
+ 100% (art. 20, § 2º, do 
Estatuto da OAB)
Hora noturna = + 25%
Período = 20h – 5h.
(art. 20, § 3º, do Estatuto da 
OAB)
EMPREGADO 
CELETISTA
REGRA GERAL
Hora extra = no mínimo,
+ 50%
(art. 59, § 1º, da CLT)
Hora noturna = + 20%
Período = 22h – 5h.
(art. 73, da CLT)
EOAB, art. 21. Nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por este representada, os 
honorários de sucumbência são devidos aos advogados empregados.
Parágrafo único. Os honorários de sucumbência, percebidos por advogado empregado de socie-
dade de advogados são partilhados entre ele e a empregadora, na forma estabelecida em acordo.
Veremos adiante que os honorários pertencem ao advogado, tendo este o direito autô-
nomo para executar a sentença quando os honorários de sucumbência forem incluídos na 
condenação (art. 23 do Estatuto da OAB).
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Desse modo, os honorários de sucumbência, por decorrerem precipuamente do exercício 
da advocacia e só acidentalmente da relação de emprego, não integram o salário ou a remu-
neração, não podendo, assim, ser considerados para efeitos trabalhistas ou previdenciários, 
constituindo-se em fundo comum, cuja destinação é decidida pelos profissionais integrantes do 
serviço jurídico da empresa ou por seus representantes (art. 14 do Regulamento Geral da OAB).
Todavia, nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por este representada, os 
honorários de sucumbência são devidos aos advogados empregados. Caso os honorários 
de sucumbência sejam percebidos por advogado empregado de sociedade de advogados, 
esses serão partilhados entre ele e a empregadora.
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6 – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
EOAB, art. 22. A prestação de serviço profissional assegura aos inscritos na OAB o direito aos 
honorários convencionados, aos fixados por arbitramento judicial e aos de sucumbência.
§ 1º O advogado, quando indicado para patrocinar causa de juridicamente necessitado, no caso de 
impossibilidade da Defensoria Pública no local da prestação de serviço, tem direito aos honorários 
fixados pelo juiz, segundo tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB, e pagos pelo Estado.
§ 2º Na falta de estipulação ou de acordo, os honorários são fixados por arbitramento judicial, em 
remuneração compatível com o trabalho e o valor econômico da questão, observado obrigatoria-
mente o disposto nos §§ 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 6º-A, 8º, 8º-A, 9º e 10 do art. 85 da Lei n. 13.105, de 16 
de março de 2015 (Código de Processo Civil). (Redação dada pela Lei n. 14.365, de 2022)
§ 3º Salvo estipulação em contrário, um terço dos honorários é devido no início do serviço, outro 
terço até a decisão de primeira instância e o restante no final.
§ 4º Se o advogado fizer juntar aos autos o seu contrato de honorários antes de expedir-se o man-
dado de levantamento ou precatório, o juiz deve determinar que lhe sejam pagos diretamente, por 
dedução da quantia a ser recebida pelo constituinte, salvo se este provar que já os pagou.
§ 5º O disposto neste artigo não se aplica quando se tratar de mandato outorgado por advogado 
para defesa em processo oriundo de ato ou omissão praticada no exercício da profissão.
§ 6º O disposto neste artigo aplica-se aos honorários assistenciais, compreendidos como os fixa-
dos em ações coletivas propostas por entidades de classe em substituição processual, sem preju-
ízo aos honorários convencionais.
§ 7º Os honorários convencionados com entidades de classe para atuação em substituição proces-
sual poderão prever a faculdade de indicar os beneficiários que, ao optarem por adquirir os direitos, 
assumirão as obrigações decorrentes do contrato originário a partir do momento em que este foi 
celebrado, sem a necessidade de mais formalidades.
§ 8º Consideram-se também honorários convencionados aqueles decorrentesda indicação de 
cliente entre advogados ou sociedade de advogados, aplicada a regra prevista no § 9º do art. 15 
desta Lei. (Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022)
Art. 22-A. Fica permitida a dedução de honorários advocatícios contratuais dos valores acrescidos, 
a título de juros de mora, ao montante repassado aos Estados e aos Municípios na forma de pre-
catórios, como complementação de fundos constitucionais. (Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022)
Parágrafo único. A dedução a que se refere o caput deste artigo não será permitida aos advo-
gados nas causas que decorram da execução de título judicial constituído em ação civil pública 
ajuizada pelo Ministério Público Federal.
Os honorários advocatícios são a contraprestação devida aos advogados pela presta-
ção de seus serviços profissionais, os quais são fixados pelo profissional, observando-se o 
mínimo estabelecido na tabela de honorários do respectivo Conselho Seccional da OAB, sob 
pena de caracterizar-se aviltamento (depreciação) de honorários.
É conveniente destacar que a prestação de serviço profissional do advogado inscrito 
na OAB assegura o direito aos honorários convencionados, aos fixados por arbitramento 
judicial e aos honorários de sucumbência, nos termos do art. 22 do EOAB.
De todo modo, os honorários advocatícios incluídos na condenação ou destacados do 
montante principal devido ao credor consubstanciam-se em verba de natureza alimentar, 
de acordo com a Súmula Vinculante 47.
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Ainda, o Código de Processo Civil, em seu art. 85, § 14, estabelece que “os honorários consti-
tuem direito do advogado e têm natureza alimentar, com os mesmos privilégios dos créditos oriun-
dos da legislação do trabalho, sendo vedada a compensação em caso de sucumbência parcial”.
Dessa forma, o advogado promoverá, preferencialmente, de forma destacada, a execu-
ção dos honorários contratuais ou sucumbenciais (art. 48, § 7º, CED-OAB).
Os honorários convencionados serão acordados livremente entre advogado e cliente, 
não havendo forma definida em lei para pagamentos.
O que o Estatuto prevê é que, se o advogado juntar aos autos o seu contrato de honorá-
rios antes da expedição do mandado de levantamento ou precatório, o Juiz deve determinar 
o pagamento por dedução da quantia a ser recebida pelo constituinte, salvo se este provar 
que já os pagou (art. 22, § 4º, EOAB).
ATENÇÃO
A Lei n. 14.365, de 02 de junho de 2022, acrescentou a previsão de que também são con-
siderados honorários convencionados aqueles decorrentes da indicação de cliente entre 
advogados ou sociedade de advogados (art. 22, § 8º, EOAB).
Na hipótese de encerramento da relação contratual com o cliente, o advogado mantém 
o direito aos honorários proporcionais ao trabalho realizado nos processos judiciais e 
administrativos em que tenha atuado, nos exatos termos do contrato celebrado, inclusive em 
relação aos eventos de sucesso que porventura venham a ocorrer após o encerramento da 
relação contratual, salvo renúncia expressa do advogado aos honorários pactuados.
Entretanto, cuidado: o distrato e a rescisão do contrato de prestação de serviços advocatícios, 
mesmo que formalmente celebrados, não configuram renúncia expressa aos honorários pactua-
dos (art. 24, §§ 5º e 6º, EOAB – incluído no Estatuto pela Lei n. 14.365, de 02 de junho de 2022).
Outra possibilidade, é a fixação dos honorários sobre a vantagem financeira obtida pelo cliente, sob 
a adoção da cláusula quota litis, que se verifica quando o advogado e o cliente acordam, mediante 
contrato, que os honorários advocatícios incidirão sobre a vantagem financeira obtida pelo cliente.
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Por outro lado, nos termos do art. 22, § 2º, do Estatuto da OAB, na falta de estipulação ou 
de acordo, os honorários serão fixados por arbitramento judicial, sendo que a remune-
ração deverá ser compatível com o trabalho e o valor econômico da questão, observando-se 
ainda, obrigatoriamente, os regramentos do Código de Processo Civil indicados abaixo:
CPC, art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor.
§ 2º Os honorários serão fixados entre o mínimo de 10% (dez por cento) e o máximo de 20% 
(vinte por cento) sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo pos-
sível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, atendidos:
I – o grau de zelo do profissional;
II – o lugar de prestação do serviço;
III – a natureza e a importância da causa;
IV – o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço.
§ 3º Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, a fixação dos honorários observará os cri-
térios estabelecidos nos incisos I a IV do § 2º e os seguintes percentuais:
I – mínimo de dez e máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econô-
mico obtido até 200 (duzentos) salários-mínimos;
II – mínimo de oito e máximo de dez por cento sobre o valor da condenação ou do proveito eco-
nômico obtido acima de 200 (duzentos) salários-mínimos até 2.000 (dois mil) salários-mínimos;
III – mínimo de cinco e máximo de oito por cento sobre o valor da condenação ou do proveito eco-
nômico obtido acima de 2.000 (dois mil) salários-mínimos até 20.000 (vinte mil) salários-mínimos;
IV – mínimo de três e máximo de cinco por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econô-
mico obtido acima de 20.000 (vinte mil) salários-mínimos até 100.000 (cem mil) salários-mínimos;
V – mínimo de um e máximo de três por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econô-
mico obtido acima de 100.000 (cem mil) salários-mínimos.
§ 4º Em qualquer das hipóteses do § 3º:
I – os percentuais previstos nos incisos I a V devem ser aplicados desde logo, quando for líquida 
a sentença;
II – não sendo líquida a sentença, a definição do percentual, nos termos previstos nos incisos I a 
V, somente ocorrerá quando liquidado o julgado;
III – não havendo condenação principal ou não sendo possível mensurar o proveito econômico 
obtido, a condenação em honorários dar-se-á sobre o valor atualizado da causa;
IV – será considerado o salário-mínimo vigente quando prolatada sentença líquida ou o que estiver 
em vigor na data da decisão de liquidação.
§ 5º Quando, conforme o caso, a condenação contra a Fazenda Pública ou o benefício econômico 
obtido pelo vencedor ou o valor da causa for superior ao valor previsto no inciso I do § 3º, a fixação 
do percentual de honorários deve observar a faixa inicial e, naquilo que a exceder, a faixa subse-
quente, e assim sucessivamente.
§ 6º Os limites e critérios previstos nos §§ 2º e 3º aplicam-se independentemente de qual seja o con-
teúdo da decisão, inclusive aos casos de improcedência ou de sentença sem resolução de mérito.
§ 6º-A. Quando o valor da condenação ou do proveito econômico obtido ou o valor atualizado da causa 
for líquido ou liquidável, para fins de fixação dos honorários advocatícios, nos termos dos §§ 2º e 3º, 
é proibida a apreciação equitativa, salvo nas hipóteses expressamente previstas no § 8º deste artigo.
§ 7º Não serão devidos honorários no cumprimento de sentença contra a Fazenda Pública que 
enseje expedição de precatório, desde que não tenha sido impugnada.
§ 8º Nas causas em que for inestimável ou irrisório o proveito econômico ou, ainda, quando o 
valor da causa for muito baixo, o juiz fixará o valor dos honorários por apreciação equitativa, 
observando o disposto nos incisos do § 2º.
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§ 8º-A. Na hipótese do § 8º deste artigo, para fins de fixação equitativa de honorários sucum-
benciais, o juiz deverá observar os valores recomendados pelo Conselho Seccional da Ordem dos 
Advogados do Brasil a título de honoráriosadvocatícios ou o limite mínimo de 10% (dez por cento) 
estabelecido no § 2º deste artigo, aplicando-se o que for maior.
§ 9º Na ação de indenização por ato ilícito contra pessoa, o percentual de honorários incidirá 
sobre a soma das prestações vencidas acrescida de 12 (doze) prestações vincendas.
§ 10. Nos casos de perda do objeto, os honorários serão devidos por quem deu causa ao processo.
Quanto ao momento do pagamento, tem-se que, salvo estipulação em contrário, o paga-
mento dos honorários será devido em três etapas, conforme determina o § 3º do artigo 22 
do Estatuto da OAB: “um terço dos honorários é devido no início do serviço, outro terço até a 
decisão de primeira instância e o restante no final, salvo estipulação em contrário.”
Obs.: � Se as partes vencidas forem diversas, respondem proporcionalmente pelos 
honorários (art. 87 do CPC).
Avançando.
Segundo o § 1º do artigo 22 do EOAB, o advogado, quando indicado para patrocinar 
causa de juridicamente necessitado, no caso de impossibilidade da Defensoria Pública, 
tem direito aos honorários fixados pelo Juiz, segundo tabela organizada pelo Conselho 
Seccional da OAB, e pagos pelo Estado.
Aqui, cuida-se da conhecida defensoria dativa, que decorre do dever constitucional do 
Estado de prestar assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência 
de recursos (art. 5º, LXXIV, CF/1988).
Devemos destacar que o novo Código de Processo Civil, em seu artigo 85, § 19, garante 
que os advogados públicos perceberão honorários de sucumbência, nos termos da lei.
Atente-se para as ressalvas feitas acerca da aplicação dos honorários advocatícios (art. 22, EOAB):
§ 5º O disposto neste artigo NÃO SE APLICA quando se tratar de mandato outorgado por advoga-
do para defesa em processo oriundo de ato ou omissão praticada no exercício da profissão.
§ 6º O disposto neste artigo APLICA-SE aos honorários assistenciais, compreendidos como os 
fixados em ações coletivas propostas por entidades de classe em substituição processual, sem 
prejuízo aos honorários convencionais.
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§ 7º Os honorários convencionados com entidades de classe para atuação em substituição pro-
cessual poderão prever a faculdade de indicar os beneficiários que, ao optarem por adquirir os 
direitos, assumirão as obrigações decorrentes do contrato originário a partir do momento em que 
este foi celebrado, sem a necessidade de mais formalidades (grifos nossos).
Os honorários assistenciais devem ser compreendidos como a remuneração devida ao advo-
gado contratado por uma entidade de classe para ajuizar uma demanda em substituição processual.
 �
 � EXEMPLO
 � Na Justiça do Trabalho, a assistência judiciária deve ser prestada pelo sindicato da 
categoria, ou seja, cabe ao sindicado a defesa dos direitos e interesses coletivos ou 
individuais da categoria em questões judiciais ou administrativas.
ATENÇÃO
É permitida a dedução de honorários advocatícios contratuais dos valores acrescidos, a tí-
tulo de juros de mora, ao montante repassado aos Estados e aos Municípios na forma de pre-
catórios, como complementação de fundos constitucionais. Entretanto, não será permitida a 
dedução nas causas que decorram da execução de título judicial constituído em ação civil pú-
blica ajuizada pelo Ministério Público Federal, nos termos do artigo 22-A do Estatuto da OAB.
Cuidado: tal previsão legal foi incluída no Estatuto pela Lei n. 14.365, de 02 de junho de 2022.
Os honorários incluídos na condenação, por arbitramento ou sucumbência, pertencem 
ao advogado, tendo esse direito autônomo para executar a sentença nesta parte, podendo 
requerer que o precatório, quando necessário, seja expedido em seu favor (art. 23, EOAB).
ATENÇÃO
De acordo com o artigo 24, § 1º, do EOAB, a decisão judicial que fixar ou arbitrar hono-
rários e o contrato escrito que os estipular são TÍTULOS EXECUTIVOS e constituem 
crédito privilegiado na falência, concordata, concurso de credores, insolvência civil e 
liquidação extrajudicial, sendo FACULTADO ao advogado promover nos mesmos autos 
da ação a execução dos honorários.
Obs.: � Na hipótese de falecimento ou incapacidade civil do advogado, os honorários de 
sucumbência, proporcionais ao trabalho realizado, são recebidos por seus sucesso-
res ou representantes legais (art. 24, § 2º, EOAB).
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Caso o cliente do advogado e a parte contrária firmem ACORDO, salvo aquiescência do 
profissional, não serão prejudicados os honorários convencionados ou concedidos por 
sentença (art. 24, § 4º, EOAB).
No mesmo sentido, é a previsão do art. 48, § 5º, do CED-OAB, de que “é vedada, em 
qualquer hipótese, a diminuição dos honorários contratados em decorrência da solução do 
litígio por qualquer mecanismo adequado de solução extrajudicial”.
Quanto ao substabelecimento, é importante destacar que o advogado substabelecido, 
com reserva de poderes, não pode cobrar honorários sem a intervenção daquele que 
lhe conferiu o substabelecimento.
Todavia, a Lei n. 14.365, de 02 de junho de 2022, trouxe uma ressalva ao prever que tal 
vedação NÃO SE APLICA na hipótese de o advogado substabelecido com reserva de pode-
res possuir contrato celebrado com o cliente, conforme o artigo 26 do EOAB.
ATENÇÃO
Nos termos do artigo 22, § 3º-A, do Estatuto da OAB (incluído pela Lei n. 14.365, de 02 de ju-
nho de 2022) as disposições, as cláusulas, os regulamentos ou as convenções individuais ou 
coletivas que retirem do sócio o direito ao recebimento dos honorários de sucumbência, 
tanto nos casos judiciais quanto nos administrativos, serão válidos somente após o protocolo de 
petição que revogue os poderes que lhe foram outorgados ou que noticie a renúncia a eles, e os 
honorários serão devidos proporcionalmente ao trabalho realizado nos processos.
Outro ponto a ser considerado quando falamos de novidades trazidas pela recentíssima 
Lei n. 14.365, de 02 de junho de 2022, é a previsão, no artigo 24-A, de que, no caso de blo-
queio universal do patrimônio do cliente por decisão judicial, será garantida ao advogado 
a liberação de até 20% (vinte por cento) dos bens bloqueados para fins de recebimento 
de honorários e reembolso de gastos com a defesa, ressalvadas as causas relacionadas 
aos crimes previstos na Lei de Drogas.
Destaco que o pedido de desbloqueio de bens será feito em autos apartados, que per-
manecerão em sigilo, mediante a apresentação do respectivo contrato e deverá observar 
a ordem de preferência estabelecida no artigo 835 do Código de Processo Civil. Vejamos:
CPC, art. 835. A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem:
I – dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira;
II – títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito Federal com cotação em mercado;
III – títulos e valores mobiliários com cotação em mercado;
IV – veículos de via terrestre;
V – bens imóveis;
VI – bens móveis em geral;
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VII – semoventes;
VIII – navios e aeronaves;
IX – ações e quotas de sociedades simples e empresárias;
X – percentual do faturamento de empresa devedora;
XI – pedras e metais preciosos;
XII – direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda e de alienação fiduciária 
em garantia;
XIII – outros direitos.
Obs.: � Quando se tratar de dinheiro em espécie, de depósito ou de aplicação em instituição 
financeira, os valores serão transferidos diretamente para a conta do advogado ou 
do escritório de advocacia responsável pela defesa. Nos demais casos, o advogado 
poderá optar pela adjudicação do próprio bem ou por sua venda em hasta pública 
para satisfação dos honorários devidos, nos termos do art. 879 e seguintesdo CPC, 
sendo que o valor excedente deverá ser depositado em conta vinculada ao processo 
judicial (art. 24-A, §§ 3º, 4º e 5º, EOAB).
PRESCRIÇÃO – AÇÃO DE COBRANÇA DE HONORÁRIOS
Os advogados devem promover a ação de cobrança de honorários dentro do prazo de 
5 (cinco) anos, sob pena de PRESCRIÇÃO. A contagem do prazo acorrerá de acordo com 
o artigo 25 do EOAB:
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EOAB, art. 25. Prescreve em cinco anos a ação de cobrança de honorários de advogado, conta-
do o prazo:
I – do vencimento do contrato, se houver;
II – do trânsito em julgado da decisão que os fixar;
III – da ultimação do serviço extrajudicial;
IV – da desistência ou transação;
V – da renúncia ou revogação do mandato.
No mesmo prazo de 5 (cinco) anos prescreve a ação de prestação de contas pelas 
quantias recebidas pelo advogado de seu cliente, ou de terceiros por conta dele, de acordo 
com o artigo 25-A do EOAB.
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7 – INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS
EOAB, art. 27. A incompatibilidade determina a proibição total, e o impedimento, a proibição par-
cial do exercício da advocacia.
Uma vez preenchidos os requisitos legais para inscrição como advogado da Ordem, o 
profissional tem liberdade para atuar em todo o território nacional. No entanto, o Estatuto da 
OAB prevê algumas situações em que a liberdade de atuação é relativizada e os advogados 
ficam proibidos, total ou parcialmente, de desempenhar seu ministério.
As hipóteses trazidas pelo Estatuto são taxativas, uma vez que estamos diante de situ-
ações que limitam o exercício de um direito fundamental, bem como tendo em vista que os 
conceitos genéricos e a criação de situações de impedimento e incompatibilidades por meio 
de interpretações subjetivas afronta diretamente o princípio da reserva legal.
Segundo Paulo Lôbo (2017): “O atual Estatuto optou por uma enumeração taxativa, sem 
qualquer referência a conceitos genéricos e indeterminados nem possibilidade de acrésci-
mos mediante Provimento”.
É importante destacar que, ao estabelecer impedimentos e incompatibilidades, o Estatuto 
busca evitar que conflitos de interesse possam limitar o empenho do advogado na defesa 
das causas confiadas ao seu patrocínio. E, além disso, têm o objetivo de garantir o equilíbrio 
de oportunidades entre os profissionais da advocacia na prestação de seus serviços, já que, 
ao exercer as atividades que veremos adiante, o profissional seria privilegiado perante os 
demais advogados por estar diante de oportunidades ou situações em que seria necessária 
a prestação de serviços advocatícios.
Devo lembrá-lo de que nenhuma forma de captação de clientela é admitida pelo Esta-
tuto da OAB.
O advogado deve ser procurado pelo cliente, uma vez que a inculcação é sempre prejudi-
cial à dignidade da profissão, seja quando o advogado se oferece diretamente ao cliente em 
ambientes sociais, autopromovendo-se, seja quando critica colegas de profissão ou ainda 
quando se utiliza dos meios de comunicação social (LÔBO, 2017).
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EOAB, art. 28. A advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com as seguintes atividades:
I – chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos legais;
II – membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e conselhos de con-
tas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem como de todos os que exerçam 
função de julgamento em órgãos de deliberação coletiva da administração pública direta e indireta;
III – ocupantes de cargos ou funções de direção em Órgãos da Administração Pública direta ou in-
direta, em suas fundações e em suas empresas controladas ou concessionárias de serviço público;
IV – ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a qualquer órgão do Poder 
Judiciário e os que exercem serviços notariais e de registro;
V – ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a atividade policial de 
qualquer natureza;
VI – militares de qualquer natureza, na ativa;
VII – ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de lançamento, arrecadação ou 
fiscalização de tributos e contribuições parafiscais;
VIII – ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, inclusive privadas.
§ 1º A incompatibilidade permanece mesmo que o ocupante do cargo ou função deixe de exercê-lo 
temporariamente.
§ 2º Não se incluem nas hipóteses do inciso III os que não detenham poder de decisão relevante 
sobre interesses de terceiro, a juízo do conselho competente da OAB, bem como a administração 
acadêmica diretamente relacionada ao magistério jurídico.
§ 3º As causas de incompatibilidade previstas nas hipóteses dos incisos V e VI do caput deste arti-
go não se aplicam ao exercício da advocacia em causa própria, estritamente para fins de defesa e 
tutela de direitos pessoais, desde que mediante inscrição especial na OAB, vedada a participação 
em sociedade de advogados. (Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022).
§ 4º A inscrição especial a que se refere o § 3º deste artigo deverá constar do documento profissio-
nal de registro na OAB e não isenta o profissional do pagamento da contribuição anual, de multas 
e de preços de serviços devidos à OAB, na forma por ela estabelecida, vedada cobrança em valor 
superior ao exigido para os demais membros inscritos. (Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022).
A INCOMPATIBILIDADE determina a proibição total do exercício da advocacia, que 
poderá ser temporária ou permanente, conforme a atividade desenvolvida e a natureza do cargo.
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Vimos anteriormente que, quando o profissional passar a exercer, em caráter definitivo, 
atividade incompatível com a advocacia, terá sua inscrição cancelada. Nesse caso, o cance-
lamento deve ser promovido de ofício pelo Conselho competente ou em virtude de comuni-
cação por qualquer pessoa, de acordo com o artigo 11, IV, § 1º, do Estatuto da OAB.
Por outro lado, poderá licenciar-se o profissional que passar a exercer, em caráter tempo-
rário, atividade incompatível com o exercício da advocacia (art. 12, II, do Estatuto da OAB).
A incompatibilidade refere-se ao cargo, de modo que, mesmo que o ocupante do cargo 
ou função deixe de exercê-lo temporariamente, a incompatibilidade permanece.
De acordo com Paulo Lôbo, é irrelevante que o titular do cargo esteja desempenhando 
atividades de outro cargo, desviando de função ou, ainda, se titular do cargo público, seja 
posto em disponibilidade remunerada. A incompatibilidade apenas cessa quando deixar 
o cargo por motivo de aposentadoria, morte, renúncia ou exoneração.
Pois bem.
A advocacia é INCOMPATÍVEL, mesmo em causa própria, com as seguintes atividades:
I – chefia do Poder Executivo e atuação na Mesa do Poder Legislativo e seus subs-
titutos legais.
O Brasil adota como sistema de governo o presidencialismo, de forma que a Chefia do 
Poder Executivo é exercida pelo Presidente da República, com o auxílio dos Ministros de 
Estado (art. 76, CF/1988).
Além disso, a República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos 
estados, municípios e Distrito Federal (art. 1º, CF/1988).
Em que pese a soberania nacional ser atributo apenas da República Federativa do Brasil, 
o Brasil adota a forma de Estado Federativa, uma vez que a organização político-admi-
nistrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os estados, o Distrito 
Federal e os municípios e o poder político é descentralizado entre eles, tendo em vista que 
são entes autônomos (art. 18, CF/1988).
Desse modo, interessa-nossaber que a Chefia do Poder Executivo dos Estados é exer-
cida pelos Governadores e que a Chefia do Poder Executivo dos municípios é exercida 
pelos Prefeitos (art. 28 e art. 29, inciso I, CF/1988).
O Poder Legislativo, em âmbito federal, é bicameral, representado pelo Congresso 
Nacional e composto de duas Casas Legislativas: Senado Federal e Câmara dos Deputa-
dos (art. 44, CF/1988).
Por sua vez, nos estados e municípios, o Poder Legislativo é unicameral, composto pela 
Assembleia Legislativa e pela Câmara Municipal, respectivamente (art. 27 e art. 29, IV, CF/1988).
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A Mesa Diretora do Congresso Nacional será presidida pelo Presidente do Senado 
Federal, e os demais cargos serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos 
equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal (art. 57, §§ 4º e 5º, CF/1988).
As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal são eleitas pelos Deputa-
dos e Senadores, respectivamente, sendo assegurada, tanto quanto possível, a representação 
proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da Casa (art. 58, § 1º, 
CF/1988). Temos, ainda, a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa e da Câmara Municipal.
Os demais parlamentares que não integram as Mesas Diretoras não exercem atividade 
incompatível, apenas estão impedidos de exercer a advocacia, de acordo com o artigo 30, 
II, do Estatuto da OAB.
Além disso, o impedimento alcança também os substitutos, ou seja, os Vices (Presi-
dente, Governador e Prefeito) e os suplentes dos integrantes das mesas do Poder Legislativo.
II – membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos Tribunais e 
Conselhos de Contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem 
como de todos os que exerçam função de julgamento em órgãos de deliberação cole-
tiva da Administração Pública direta e indireta.
De acordo com o artigo 92 da Constituição Federal, são órgãos do Poder Judiciário:
CF/1988, art. 92, I – o Supremo Tribunal Federal;
I – A – o Conselho Nacional de Justiça;
II – o Superior Tribunal de Justiça;
II – A – o Tribunal Superior do Trabalho;
III – os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV – os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V – os Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI – os Tribunais e Juízes Militares;
VII – os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
Desse modo, todos os Ministros, Desembargadores e Juízes que atuam no Poder Judici-
ário exercem função incompatível com a advocacia.
Por meio da Emenda Constitucional n. 45/2004, conhecida por promover a reforma no 
Poder Judiciário, foi acrescida na Constituição Federal a vedação do exercício da advoca-
cia por juízes no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do 
afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração, também conhecida como “quaren-
tena” dos juízes (art. 95, parágrafo único, V, CF/1988).
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ATENÇÃO
O inciso II do artigo 28 do Estatuto da OAB foi objeto da Ação Direta de Inconstitucionali-
dade n. 1.127, com a qual o Supremo Tribunal Federal afastou da abrangência da incom-
patibilidade da advocacia com membros de órgãos do Poder Judiciário dos membros da 
Justiça Eleitoral e os juízes suplentes não remunerados, em face da composição da 
Justiça Eleitoral estabelecida na Constituição.
Além disso, segundo o artigo 8º do Regulamento Geral da OAB, a incompatibilidade não 
se aplica aos advogados que participam dos órgãos elencados neste inciso representando 
a classe dos advogados, na qualidade de titulares ou suplentes, ficando apenas impedidos 
perante esses mesmos órgãos enquanto durar a investidura.
Por força do parágrafo único do artigo 7º da Lei n. 9.099/1995, os juízes leigos dos Jui-
zados Especiais, considerados auxiliares da Justiça, também foram excepcionados dessa 
modalidade de incompatibilidade, permanecendo o impedimento perante os Juizados Espe-
ciais enquanto durar o desempenho de suas funções.
Quanto aos conciliadores do Juizado Especial, que também são considerados auxi-
liares da justiça, não há incompatibilidade, mas há impedimento apenas para o patrocínio 
de causas perante o próprio juizado cível. Nesse sentido foi o posicionamento adotado pelo 
Superior Tribunal de Justiça no julgamento do Recurso Especial n. 380176:
RECURSO ESPECIAL – ALÍNEA “A” – MANDADO DE SEGURANÇA – BACHAREL EM DIREITO 
– NOMEAÇÃO PARA A FUNÇÃO DE CONCILIADOR NO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL – INSCRI-
ÇÃO NA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL – POSSIBILIDADE – IMPEDIMENTO RELA-
TIVO (ART. 28 DO ESTATUTO DA ADVOCACIA E DA OAB – LEI N. 8.906/1994). Não se conforma 
a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional do Rio Grande do Sul com o decisum da Corte de 
origem que autorizou a inscrição da impetrante, bacharel em Direito, no mencionado órgão de 
classe, nada obstante exerça a função de conciliadora do Juizado Especial Cível. O bacharel em 
Direito que atua como conciliador e não ocupa cargo efetivo ou em comissão no Judiciá-
rio, não se subsume às hipóteses de incompatibilidade previstas no art. 28 do Estatuto dos 
advogados e da OAB (Lei n. 8.906/1994). A vedação, como não poderia deixar de ser, existe 
tão somente para o patrocínio de ações propostas no próprio juizado especial. [...] Recurso 
especial não conhecido (REsp 380.176/RS, Rel. Ministro FRANCIULLI NETTO, SEGUNDA TUR-
MA, julgado em 13/05/2003, DJ 23/06/2003, p. 311) (grifos nossos).
Quanto à incompatibilidade com a advocacia dos que integram órgãos de deliberação 
coletiva da Administração Pública direta ou indireta, é importante lembrar que a Administra-
ção Pública indireta é composta pelas autarquias, funções públicas e pelas empresas 
estatais (sociedade de economia mista e empresa pública).
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Paulo Lôbo (2017) acrescenta que:
Entendem-se como tais os conselhos ou assemelhados, de nível mais elevado de cada entidade 
ou unidade federativa, a exemplo das juntas comerciais, conselho de contribuintes, conselho de 
administração de empresas, salvo no caso de membro nato em virtude de cargo que só possa 
ser exercido por advogado. A mens legis é sempre a de considerar o exercício de poder decisório 
relevante. Por isso, os órgãos de deliberação coletiva primários ou intermediários, cujas decisões 
estão sujeitas a recurso a outros órgãos de deliberação coletiva do mesmo órgão ou entidade, não 
são atingidos pela incompatibilidade.
O Ministério Público abrange o Ministério Público da União, que compreende: o Ministério 
Público Federal, o Ministério Público do Trabalho, o Ministério Público Militar e o Ministério Público 
do Distrito Federal e Territórios; bem como os Ministérios Públicos dos Estados (art. 128, CF/1988).
Ademais, aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas aplicam-se 
as disposições constitucionais do Ministério Público (art. 130, CF/1988).
Para todos os efeitos, a expressão “membros” utilizada neste inciso não deve ser interpre-
tada de modo restritivo, compreendendo apenas os promotores e procuradores que integram 
a carreira do Ministério Público, mas sim todos os servidores que compõem a instituição.
Digo isso não apenas com base na Súmula n. 02/2009 do Conselho Federal da OAB, mas 
também tendo em vista o disposto na Resolução n. 27/2008 do Conselho Nacional do Ministério 
Público: “os servidores efetivos, comissionados ou postos à disposição dos Ministérios Públi-
cos estaduais e da União, ou por estes requisitados, são proibidos de exercer a advocacia”.
Inclusive, entendo conveniente mencionar que o Supremo Tribunal Federal, no julga-
mento da ADI n. 5.454, realizado em abril de 2020, declarou a constitucionalidade da Reso-lução n. 27/2008 do CNMP – Informativo n. 978.
Aliás, é importante destacar que existe uma única exceção prevista no Estatuto (art. 83), dis-
pondo que não é aplicável a incompatibilidade aos membros do Ministério Público que ingres-
saram na carreira antes da promulgação da Constituição Federal de 1988 (05/10/1988) e 
que tenham optado pelo regime anterior, o qual permitia a acumulação das atividades, con-
forme determina o artigo 29, § 3º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
III – ocupantes de cargos ou funções de direção em Órgãos da Administração 
Pública direta ou indireta, em suas fundações e em suas empresas controladas ou 
concessionárias de serviço público.
No caso, a incompatibilidade visa cargos ou funções com poder de decisão relevante 
sobre interesse de terceiro, já que o § 2º do artigo 28 do Estatuto da OAB traz que não se 
incluem nessa hipótese os que não detenham poder de decisão relevante sobre interesses 
de terceiro, a juízo do conselho competente da OAB, bem como a administração acadê-
mica diretamente relacionada ao magistério jurídico.
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Nesse sentido, Paulo Lôbo (2017) discorre que
Não se incluem no tipo os ocupantes de cargos que, apesar da denominação, apenas assessoram 
mas não decidem, pouco importando o grau de influência que ostentem, ou aqueles cujas atribui-
ções se sujeitem ao controle de superior hierárquico no mesmo estabelecimento ou órgão da enti-
dade. [...] São excluídos da hipótese legal os cargos ou funções diretivos de natureza burocrática 
ou interna, ou que assessorem, informe ou instruam processos para decisão de autoridade superior.
IV – ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a qualquer 
órgão do Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais e de registro.
Nesse caso, o Estatuto incompatibiliza a advocacia com as atividades exercidas pelos 
auxiliares e serventuários da justiça.
Segundo o artigo 149 do Código de Processo Civil, são auxiliares da Justiça, além de 
outros cujas atribuições sejam determinadas pelas normas de organização judiciária, o escri-
vão, o chefe de secretaria, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador, 
o intérprete, o tradutor, o mediador, o conciliador judicial, o partidor, o distribuidor, o 
contabilista e o regulador de avarias.
Ademais, os serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado, por 
delegação do Poder Público, nos termos do artigo 236 da Constituição Federal de 1988.
A Lei n. 8.935/1994 (Lei dos Cartórios), que regulamenta os serviços notariais e de 
registro, prevê em seu artigo 25 que o exercício da atividade notarial e de registro é 
incompatível com o da advocacia.
V – ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a atividade 
policial de qualquer natureza.
A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida 
para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, 
por meio dos seguintes órgãos (art. 144, CF):
CF/1988, art. 144, I – polícia federal;
II – polícia rodoviária federal;
III – polícia ferroviária federal;
IV – polícias civis;
V – polícias militares e corpos de bombeiros militares.
A incompatibilidade do inciso não deve ser interpretada de forma restritiva. Aqui, deve-
mos considerar toda a categoria policial, ou seja, todos os que prestam serviços de apoio 
à segurança pública, não apenas os policiais.
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O inciso foi objeto da Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 3.541, com a qual o Supremo 
Tribunal Federal julgou improcedente a alegação de que a incompatibilidade violaria o 
princípio da isonomia, já que impede que policiais bacharéis em Direito exerçam a advoca-
cia, enquanto outros servidores públicos, como procuradores e auditores, podem exercê-la, 
desde que não em face da Fazenda Pública.
No voto, o entendimento foi no sentido de que a incompatibilidade da advocacia com a 
atividade policial não se presta para fazer qualquer distinção qualificativa entre as ativi-
dades. A vedação ao exercício simultâneo ocorre em razão das peculiaridades inerentes 
às atividades, a fim de não prejudicar o cumprimento das respectivas funções, que são 
imensamente relevantes no âmbito social.
Paulo Lôbo (2017) faz uma ressalva:
Não se enquadram no conceito de atividade policial as atividades de polícia administrativa, desen-
volvidas por agentes públicos, sem vínculo com órgãos que integrem as polícias civis e militares. De 
modo geral, salvo nas hipóteses de atribuições com poder de decisão relevante sobre interes-
ses de terceiros, as atividades de fiscalização da Administração Pública (por exemplo, ambien-
tal, sanitária e de serviços públicos concedidos, permitidos ou autorizados) não podem ser tidas como 
de natureza estritamente policial para os fins de incompatibilidade com o exercício da advocacia.
VI – militares de qualquer natureza, na ativa;
Os membros das Forças Armadas são denominados militares. As Forças Armadas, 
constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais 
permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a auto-
ridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da pátria, à garantia dos 
poderes constitucionais, da lei e da ordem, conforme o artigo 142 da Constituição Federal.
Diferente do que ocorre com os servidores auxiliares da categoria policial, os servidores 
civis que prestem serviços às Forças Armadas não estão alcançados pela incompatibili-
dade, observadas as hipóteses de impedimento do artigo 30 do Estatuto da OAB.
ATENÇÃO
A Lei n. 14.365, de 02 de junho de 2022, acrescentou a possibilidade de afastar a incom-
patibilidade para os ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente 
a atividade policial e para os militares na ativa no caso de exercício da advocacia em 
causa própria, estritamente para fins de defesa e tutela de direitos pessoais, desde que 
mediante inscrição especial na OAB, sendo vedada sua participação em sociedade de 
advogados, nos termos dos §§ 3º e 4º ao artigo 28 do EOAB.
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Ademais, friso que a inscrição especial deve constar no documento profissional de registro 
na OAB e não isenta o profissional do pagamento da contribuição anual, de multas e de 
preços de serviços devidos à OAB, porém é vedada a cobrança em valor superior ao exi-
gido para os demais membros.
VII – ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de lançamento, 
arrecadação ou fiscalização de tributos e contribuições parafiscais.
O sistema tributário nacional permite a instituição dos seguintes tributos: impostos, 
taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de 
serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposi-
ção, contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas (art. 145, CF/1988).
Além disso, os empréstimos compulsórios também estão sujeitos aos princípios do 
sistema tributário nacional (art. 148, CF/1988).
VIII – ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, inclu-
sive privadas.
Mais uma vez o Estatuto direciona a situação de incompatibilidade aos cargos com poder de deci-
são relevante sobre interesse de terceiro, caso contrário, os demais não estarão incompatibilizados.
Em que pese ainda não tenhamos estudado a composição da Ordem dos Advogados 
do Brasil, as eleições e mandatos dos membros que compõem os órgãos, que serão objeto 
da nossa próxima aula, uma das causas que ensejam a extinção automática do mandato 
antes do seu término é a ocorrênciade qualquer hipótese de cancelamento de inscrição 
do profissional, nos termos do artigo 66, I, do Estatuto da OAB.
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Desse modo, tendo em vista que o profissional terá sua inscrição cancelada quando passar 
a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia, conclui-se que o desem-
penho de atividades incompatíveis enseja a perda do cargo exercido perante os órgãos da OAB.
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EOAB, art. 29. Os Procuradores Gerais, Advogados Gerais, Defensores Gerais e dirigentes de ór-
gãos jurídicos da Administração Pública direta, indireta e fundacional são exclusivamente legitimados 
para o exercício da advocacia vinculada à função que exerçam, durante o período da investidura.
Obs.: � É importante destacar que o Estatuto da OAB, mediante a Lei n. 8.906/1994, inovou 
ao determinar que os advogados públicos se sujeitem ao regime do Estatuto da 
entidade e, consequentemente, vários foram os questionamentos acerca dos des-
dobramentos dessa determinação, como ocorre na ADI n. 4.636, com a qual o STF 
declarou inconstitucional qualquer interpretação que resulte no condicionamento 
da capacidade postulatória dos membros da Defensoria Pública à inscrição 
dos Defensores Públicos na Ordem dos Advogados do Brasil.
 � Ademais, no julgamento do RE n. 1.240.999, que analisou o Tema n. 1.074 da reper-
cussão geral, o STF negou provimento ao recurso extraordinário e fixou a seguinte 
tese: “É inconstitucional a exigência de inscrição do Defensor Público nos quadros 
da Ordem dos Advogados do Brasil”.
Além do mais, sobre o tema, destaco que os advogados públicos se sujeitam ao regime jurí-
dico previsto em estatuto próprio e postulam no exercício de cargo público ao qual foram investidos, 
mediante aprovação em concurso de provas e títulos (art. 131, § 2º, CF/1988) e que, ainda, há na Lei 
Orgânica da AGU (Lei Complementar n. 73/1993) vedação expressa do exercício da advocacia 
fora das atribuições institucionais (art. 28, I), ou seja, é vedado o exercício da advocacia privada.
Do mesmo modo, a Lei Complementar n. 80/1994, que organizou a Defensoria Pública, 
determina que a capacidade postulatória do Defensor Público decorre exclusivamente de 
sua nomeação e posse no cargo público (art. 4º, § 6º c/c art. 24), assim como é vedado o 
exercício da advocacia fora das suas atribuições institucionais (art. 134, § 1º, CF/1988).
Dito isso, por ora, atente-se: os Procuradores Gerais, os Advogados Gerais, os Defen-
sores Gerais e os dirigentes de órgãos jurídicos da Administração Pública direta, indireta e 
fundacional são exclusivamente legitimados para o exercício da advocacia vinculada à 
função que exerçam, durante o período da investidura.
Quanto aos demais, aplica-se a regra do artigo 30, I, que veda a atuação em face da 
Fazenda Pública que os remunera, observando-se, evidentemente, se inexistente vedação 
expressa em lei especial.
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EOAB, art. 30. São impedidos de exercer a advocacia:
I – os servidores da administração direta, indireta e fundacional, contra a Fazenda Pública que os 
remunere ou à qual seja vinculada a entidade empregadora;
II – os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a favor das pessoas 
jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públi-
cas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público.
Parágrafo único. Não se incluem nas hipóteses do inciso I os docentes dos cursos jurídicos.
O IMPEDIMENTO determina a proibição parcial do exercício da advocacia, uma vez que 
veda o exercício da advocacia em algumas situações específicas elencadas no próprio Estatuto.
Como já mencionei, o profissional que passar a exercer, em caráter temporário, atividade 
incompatível poderá licenciar-se do exercício da advocacia (art. 12, II, do Estatuto da OAB).
São IMPEDIDOS de exercer a advocacia:
I – os servidores da administração direta, indireta e fundacional, contra a Fazenda 
Pública que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade empregadora; Parágrafo 
único. Não se incluem nas hipóteses do inciso I os docentes dos cursos jurídicos.
A parcialidade do impedimento é verificada quando a vedação opera apenas em face 
da Fazenda Pública que remunera o servidor, que também é advogado.
Nesse sentido, Paulo Lôbo (2017) explica que:
O advogado que mantenha vínculo funcional com qualquer entidade da Administração Pública direta 
ou indireta fica impedido de advogar contra não apenas o órgão ou entidade, mas contra a res-
pectiva Fazenda Pública, porque esta é comum. Por Fazenda Pública entende-se ou a União, ou 
o Estado-membro ou o Município, incluídas as respectivas entidades de Administração direta 
e indireta, empresas públicas e sociedades de economia mista. Se, por exemplo, o advogado 
for empregado de uma fundação pública de determinado Estado-membro, o impedimento alcançará 
todas as entidades da Administração direta ou indireta dessa unidade federativa (grifos nossos).
É importante destacar que o impedimento se mantém mesmo após a aposentadoria do 
servidor, considerando que o vínculo remuneratório com a Administração Pública permanece.
A permanência do vínculo com os servidores aposentados foi ressaltada pelo Supremo Tribunal 
Federal no julgamento da ADI n. 1.441, o qual concluiu que, ao contrário dos trabalhadores na ini-
ciativa privada, que nenhum liame conservam com seus empregadores após a rescisão do contrato 
de trabalho pela aposentadoria, preservam os servidores aposentados um remarcado vínculo 
de índole financeira, com a pessoa jurídica de direito público para a qual tenham trabalhado.
ATENÇÃO
NÃO SE INCLUEM nas hipóteses de impedimento do inciso I os docentes dos cursos 
jurídicos (artigo 30, I, parágrafo único, do Estatuto da OAB).
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Além do mais, o impedimento recai sobre a pessoa do advogado, que poderá integrar socie-
dade de advogados normalmente sem prejudicar o livre exercício da profissão dos demais sócios.
II – os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a favor 
das pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia 
mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou 
permissionárias de serviço público.
O impedimento aqui previsto cuida de todos os parlamentares, federais, estaduais ou 
municipais, de modo que, se não forem integrantes das mesas diretoras ou suplentes, o que 
ensejaria incompatibilidade (art. 28, I, do Estatuto da OAB), estão impedidos de atuar a favor 
ou contra qualquer entidade da Administração Pública direta ou indireta, seja ela, do mesmo 
modo, municipal, estadual ou federal, enquanto permanecerem no exercício do mandato.
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8 – ÉTICA DO ADVOGADO
EOAB, art. 31. O advogado deve proceder de forma que o torne merecedor de respeito e que 
contribua para o prestígio da classe e da advocacia.
§ 1º O advogado, no exercício da profissão, deve manter independência em qualquer circunstância.
§ 2º Nenhum receio de desagradar a magistrado ou a qualquer autoridade, nem de incorrer em 
impopularidade, deve deter o advogado no exercício da profissão.
Os advogados possuem Estatuto próprio que lhes confere uma gama de direitos e prerro-
gativas, a fim de garantir lisura e subsidiar o bom desempenho de sua atuação na defesa 
dos direitos e interesses de seus constituintes,seja em âmbito extrajudicial, seja judicial.
Por outro lado, diante da essencialidade da atividade do advogado no meio social e na 
administração da Justiça, bem como a fim de zelar pelo respeito e pela dignidade da cate-
goria, é exigida conduta compatível do advogado com a função social que exerce, necessá-
rio, para tanto, que o profissional proceda em todos os atos do seu ofício com lealdade e 
boa-fé, observando os princípios éticos e morais.
De acordo com Paulo Lôbo (2017):
A ética profissional é parte da ética geral, entendida como ciência da conduta. Nosso campo de 
atenção é o da objetivação da ética profissional, que se denomina deontologia jurídica, ou estudo dos 
deveres dos profissionais do direito, especialmente dos advogados, porque de todas as profissões 
jurídicas a advocacia é talvez a única que nasceu rigidamente presa a deveres éticos (grifos nossos).
Como mandamentos que devem conduzir a conduta do advogado, o Conselho Federal 
da OAB trouxe, ao instituir o Código de Ética, a lealdade e a boa-fé em suas relações profis-
sionais e em todos os atos do seu ofício, ser fiel à verdade para poder servir à Justiça como 
um de seus elementos essenciais.
O Estatuto da OAB dispõe sobre a ética do advogado e estabelece que este deve proce-
der de forma que seja merecedor de respeito e contribua para o prestígio da classe e da 
advocacia, mantendo sua independência em qualquer circunstância, sendo que nenhum 
receio de desagradar a magistrado ou a qualquer autoridade, nem de incorrer em impopu-
laridade, deve deter o advogado no exercício da profissão.
É conveniente destacar que, ao tempo em que o Estatuto exige do advogado a observân-
cia de preceitos éticos, o texto também lhe assegura a independência funcional, que é um 
dos pilares das prerrogativas do advogado.
Lembre-se: quanto à independência, o Código de Ética e Disciplina da OAB determina 
em seu artigo 4º que o advogado, ainda que vinculado ao cliente ou constituinte, deve zelar 
pela sua liberdade e independência, permitindo-se, inclusive, a recusa do patrocínio de causa 
e de manifestação, no âmbito consultivo, de pretensão concernente a direito que também lhe 
seja aplicável ou contrarie orientação que tenha manifestado anteriormente.
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A associação da liberdade de atuação do profissional advogado e a observância dos pre-
ceitos éticos é trazida por Paulo Lôbo (2017) no seguinte sentido:
Além da independência técnica, o advogado deve preservar sua independência política e de 
consciência, jamais permitindo que os interesses do cliente confundam-se com os seus. O 
advogado não é e nunca pode ser o substituto da parte; é o patrono. Por outro lado, em momento 
algum deve ele deixar-se levar pelas emoções, sentimentos e impulsos do cliente, que deverão ser 
retidos à porta de seu escritório.
A ética do advogado é a ética da parcialidade, ao contrário da ética do juiz, que é a da isenção. 
Contudo, não pode o advogado cobrir com o manto ético qualquer interesse do cliente, 
cabendo-lhe recursar o patrocínio que viole sua independência ou a ética profissional. Não 
há justificativa ética, salvo no campo da defesa criminal, para a cegueira dos valores diante da 
defesa de interesses sabidamente aéticos ou de origem ilícita. A recusa, nesses casos, é um impe-
rativo que engrandece o advogado (grifos nossos).
Durante o exercício do mandato, ao atuar como patrono da parte, o advogado deverá 
imprimir à causa orientação que lhe pareça mais adequada, sem se subordinar a inten-
ções contrárias do cliente, mas, antes, procurando esclarecê-lo quanto à estratégia tra-
çada (art. 11 do CED-OAB).
Além do mais, o advogado não se sujeita à imposição do cliente que pretenda ver com 
ele atuando outros advogados, nem fica na contingência de aceitar a indicação de outro 
profissional para com ele trabalhar no processo, nos termos do artigo 24 do Código de Ética.
O importante a ser destacado é que é direito e dever do advogado assumir a defesa 
criminal, sem considerar sua própria opinião sobre a culpa do acusado, uma vez que 
não há causa criminal indigna de defesa, cumprindo ao advogado agir no sentido de que 
a todos seja concedido tratamento condizente com a dignidade da pessoa humana, sob a 
égide das garantias constitucionais (art. 23 do CED-OAB).
EOAB, art. 32. O advogado é responsável pelos atos que, no exercício profissional, praticar com 
dolo ou culpa.
Parágrafo único. Em caso de lide temerária, o advogado será solidariamente responsável com 
seu cliente, desde que coligado com este para lesar a parte contrária, o que será apurado em 
ação própria.
Outro preceito ético é que o advogado é responsável pelos atos que, no exercício pro-
fissional, praticar com dolo ou culpa.
ATENÇÃO
Em caso de lide temerária, o advogado será solidariamente responsável com seu cliente, 
desde que coligado com este para lesar a parte contrária, o que será apurado em ação própria.
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EOAB, art. 33. O advogado obriga-se a cumprir rigorosamente os deveres consignados no Código 
de Ética e Disciplina.
Parágrafo único. O Código de Ética e Disciplina regula os deveres do advogado para com a co-
munidade, o cliente, o outro profissional e, ainda, a publicidade, a recusa do patrocínio, o dever 
de assistência jurídica, o dever geral de urbanidade e os respectivos procedimentos disciplinares.
O Código de Ética e Disciplina da OAB regula os deveres do advogado para com a 
comunidade, o cliente, o outro profissional e, ainda, a publicidade, a recusa do patrocínio, o 
dever de assistência jurídica, o dever geral de urbanidade e os respectivos procedimentos 
disciplinares, consequentemente o advogado obriga-se a cumprir rigorosamente os deveres 
consignados no Código de Ética e Disciplina.
Além disso, o Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil, ao esta-
belecer os princípios fundamentais da ética do advogado, instituiu os seguintes deveres:
CED-OAB, art. 2º, Parágrafo único. São deveres do advogado
I – preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza e a dignidade da profissão, zelando pelo cará-
ter de essencialidade e indispensabilidade da advocacia;
II – atuar com destemor, independência, honestidade, decoro, veracidade, lealdade, dignida-
de e boa-fé;
III – velar por sua reputação pessoal e profissional;
IV – empenhar-se, permanentemente, no aperfeiçoamento pessoal e profissional;
V – contribuir para o aprimoramento das instituições, do Direito e das leis;
VI – estimular, a qualquer tempo, a conciliação e a mediação entre os litigantes, prevenindo, 
sempre que possível, a instauração de litígios;
VII – desaconselhar lides temerárias, a partir de um juízo preliminar de viabilidade jurídica;
VIII – abster-se de:
a) utilizar de influência indevida, em seu benefício ou do cliente;
b) vincular seu nome ou nome social a empreendimentos sabidamente escusos;
c) emprestar concurso aos que atentem contra a ética, a moral, a honestidade e a dignidade da 
pessoa humana;
d) entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o assenti-
mento deste;
e) ingressar ou atuar em pleitos administrativos ou judiciais perante autoridades com as quais te-
nha vínculos negociais ou familiares;
f) contratar honorários advocatícios em valores aviltantes.
IX – pugnar pela solução dos problemas da cidadania e pela efetivação dos direitos individuais, 
coletivos e difusos;
X – adotar conduta consentânea com o papel de elemento indispensável à administração da Justiça;
XI – cumprir os encargos assumidos no âmbito da Ordem dos Advogados do Brasil ou na repre-
sentação da classe;
XII – zelar pelos valores institucionais da OAB e da advocacia;
XIII – ater-se, quando no exercício da função de defensor público, à defesa dos necessitados (gri-
fos nossos).
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As relações entre advogado e cliente devem se basear na confiança recíproca. Caso o 
advogado sinta que essa confiança lhe falta, o Código de Ética recomenda que externe sua 
impressão ao seu cliente e, não se dissipando as dúvidas existentes, promova, em seguida, 
o substabelecimento do mandato ou a ele renuncie (art. 10 do CED-OAB).
DICA
Os deveres éticos consignados no Código não são recomendações de bom com-
portamento, mas sim normas jurídicas dotadas de obrigatoriedade, que devem ser 
cumpridas com rigor, sob pena de cometimento de infração disciplinar (LÔBO, 2017).
SIGILO PROFISSIONAL
Um desdobramento da conduta ética do advogado refere-se ao sigilo profissional. O 
sigilo profissional é de ordem pública e está previsto na Constituição Federal de 1988: “XIV - 
é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando neces-
sário ao exercício profissional”.
Tal prerrogativa não está limitada aos advogados, já que é aplicável a todas as categorias 
profissionais.
As comunicações de qualquer natureza entre advogado e cliente presumem-se confi-
denciais, independendo de solicitação de reserva pelo cliente. Ademais, o advogado, quando 
no exercício das funções de mediador, conciliador e árbitro, se submete às regras de sigilo 
profissional (art. 36 do CED-OAB).
Nos termos do Código de Ética e Disciplina da OAB:
• Sobrevindo conflito de interesses entre seus constituintes e não conseguindo o advogado 
harmonizá-los, caber-lhe-á optar, com prudência e discrição, por um dos mandatos, renun-
ciando aos demais, resguardado sempre o sigilo profissional (art. 20 do CED-OAB).
• O advogado, ao postular em nome de terceiros, contra ex-cliente ou ex-empregador, judi-
cial e extrajudicialmente, deve resguardar o sigilo profissional (art. 21 do CED-OAB).
Dessa forma, por mais que o advogado deixe de prestar serviços a determinado cliente, 
não poderá valer-se das informações por ele repassadas, seja em proveito próprio ou alheio, 
sob pena de violar o sigilo profissional, considerando que apenas tomou conhecimento dos 
fatos por meio da sua relação de confiança estabelecida com o constituinte.
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ATENÇÃO
Devemos observar sempre se a conduta do advogado não está acobertada por algumas 
das hipóteses de JUSTA CAUSA, o que também afasta o cometimento de infração disci-
plinar e o crime de violação de segredo profissional.
Nesse ponto, cabe mencionar que o sigilo profissional cederá em face de circunstâncias 
excepcionais que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça ao direito à 
vida e à honra ou que envolvam defesa própria do advogado (art. 37 do CED-OAB).
PUBLICIDADE
EOAB, art. 1º, § 3º É vedada a divulgação de advocacia em conjunto com outra atividade (gri-
fos nossos).
A atividade desempenhada pelo advogado não pode ser vista sob a ótica de atividade 
exclusivamente econômica. Devemos nos lembrar de que o advogado, por mais que se uti-
lize da advocacia como meio de garantir frutos para sua subsistência, no seu ministério pri-
vado presta serviço público e exerce função social.
O exercício da advocacia é incompatível com qualquer procedimento de mercantiliza-
ção (art. 5º do CED-OAB), sendo vedado o oferecimento de serviços profissionais que impli-
que, direta ou indiretamente, em angariar clientela (art. 7º do CED-OAB).
Com isso, a publicidade profissional se afasta da mercantilização da profissão, da capta-
ção de clientela e possui caráter meramente informativo, devendo primar pela discrição e 
sobriedade (art. 39 do CED-OAB).
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Considerando a proibição de utilizar os meios comuns de publicidade empresarial, são 
vedados como meio de publicidade profissional (art. 40 do CED-OAB):
• a veiculação da publicidade por meio de rádio, cinema e televisão;
• o uso de outdoors, painéis luminosos ou formas assemelhadas de publicidade;
Obs.: � É permitida a utilização de placas, painéis luminosos e inscrições apenas em facha-
das, exclusivamente para fins de identificação dos escritórios de advocacia, 
possuindo apenas caráter meramente informativo, devendo primar pela discrição e 
sobriedade (art. 40, parágrafo único, do CED-OAB).
• as inscrições em muros, paredes, veículos, elevadores ou em qualquer 
espaço público;
• a divulgação de serviços de advocacia juntamente com a de outras atividades ou a 
indicação de vínculos entre uns e outras;
• o fornecimento de dados de contato, como endereço e telefone, em colunas ou 
artigos literários, culturais, acadêmicos ou jurídicos, publicados na imprensa, bem 
assim quando de eventual participação em programas de rádio ou televisão, ou em 
veiculação de matérias pela internet, sendo permitida a referência a e-mail;
• a utilização de mala direta, a distribuição de panfletos ou formas assemelhadas de 
publicidade, com o intuito de captação de clientela.
Além disso, de acordo com o artigo 42 do Código de Ética e Disciplina da OAB, é vedado 
ao advogado:
• responder com habitualidade a consulta sobre matéria jurídica, nos meios de comu-
nicação social;
• debater, em qualquer meio de comunicação, causa sob o patrocínio de outro advogado;
• abordar tema de modo a comprometer a dignidade da profissão e da instituição 
que o congrega;
• divulgar ou deixar que sejam divulgadas listas de clientes e demandas;
• insinuar-se para reportagens e declarações públicas.
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Já vimos que é dever do advogado prevenir, sempre que possível, a instauração de lití-
gios, bem como desaconselhar lides temerárias. Consequentemente, as colunas que o advo-
gado mantiver nos meios de comunicação social ou os textos que por meio deles divulgar não 
deverão induzir o leitor a litigar nem promover a captação de clientela (art. 41 do CED-OAB).
O advogado que eventualmente participar de programa de televisão ou de rádio, de entre-
vista na imprensa, de reportagem televisionada ou veiculada por qualquer outro meio, para 
manifestação profissional, deve visar a objetivos exclusivamente ilustrativos, educacionais 
e instrutivos, sem propósito de promoção pessoal ou profissional, vedados pronunciamen-
tos sobre métodos de trabalho usados por seus colegas de profissão (art. 43 do CED-OAB).
Além do mais, quando convidado para manifestação pública, por qualquer modo e 
forma, visando ao esclarecimento de tema jurídico de interesse geral, deve o advogado 
EVITAR insinuações com o sentido de promoção pessoal ou profissional, bem como o 
debate de caráter sensacionalista.
Na publicidade profissional que promover ou nos cartões e material de escritório de 
que se utilizar, o advogado fará constar seu nome, nome social ou o da sociedade de advo-
gados, o número ou os números de inscrição na OAB (art. 44 do CED-OAB).
Poderão ser referidos apenas os títulos acadêmicos do advogado e as distinções hono-
ríficas relacionadas à vida profissional, bem como as instituições jurídicas de que faça 
parte, e as especialidades a que se dedicar, endereço, e-mail, site, página eletrônica, QR 
code, logotipo e a fotografia do escritório, o horário de atendimento e os idiomas em que o 
cliente poderá ser atendido (art. 44, § 1º, do CED-OAB).
É vedada a inclusão de fotografias pessoais ou de terceiros nos cartões de visitas do 
advogado, bem como menção a qualquer emprego, cargo ou função ocupado, atual ou pretérito, 
em qualquer órgão ou instituição, salvo o de professor universitário (art. 44, § 2º, do CED-OAB).
Por fim, são admissíveis como formas de publicidade o patrocínio de eventos ou publi-
cações de caráter científico ou cultural, assim comoa divulgação de boletins, por meio 
físico ou eletrônico, sobre matéria cultural de interesse dos advogados, desde que sua cir-
culação fique adstrita a clientes e a interessados do meio jurídico (art. 45 do CED-OAB).
Tendo em vista as mudanças na dinâmica social, a publicidade poderá ser veiculada pela 
internet ou por outros meios eletrônicos, como a telefonia (inclusive para o envio de mensa-
gens a destinatários certos), desde que observadas as diretrizes do Código de Ética e Dis-
ciplina da OAB e que não impliquem o oferecimento de serviços ou representem forma de 
captação de clientela (art. 46 do CED-OAB).
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ADVOCACIA PRO BONO
De acordo com o artigo 30 do CED-OAB, considera-se advocacia pro bono a prestação 
gratuita, eventual e voluntária dos serviços jurídicos em favor de instituições sociais sem 
fins econômicos e aos seus assistidos, sempre que os beneficiários não dispuserem de 
recursos para a contratação de profissional.
A advocacia pro bono pode ser exercida em favor de pessoas naturais que, igualmente, 
não dispuserem de recursos para, sem prejuízo do próprio sustento, contratar advogado.
Todavia, é importante destacar que o advogado não pode se utilizar da advocacia pro 
bono para fins político-partidários ou eleitorais, nem beneficiar instituições que visem a tais 
objetivos, ou como instrumento de publicidade para captação de clientela.
De todo modo, durante o exercício da advocacia pro bono, e ao atuar como defensor 
nomeado, conveniado ou dativo, o advogado empregará o zelo e a dedicação habituais, de 
forma que a parte por ele assistida se sinta amparada e confie no seu patrocínio.
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9 – INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES
EOAB, art. 34. Constitui infração disciplinar:
I – exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício 
aos não inscritos, proibidos ou impedidos;
II – manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos nesta lei;
III – valer-se de agenciador de causas, mediante participação nos honorários a receber;
IV – angariar ou captar causas, com ou sem a intervenção de terceiros;
V – assinar qualquer escrito destinado a processo judicial ou para fim extrajudicial que não tenha 
feito, ou em que não tenha colaborado;
VI – advogar contra literal disposição de lei, presumindo-se a boa-fé quando fundamentado na 
inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em pronunciamento judicial anterior;
VII – violar, sem justa causa, sigilo profissional;
VIII – estabelecer entendimento com a parte adversa sem autorização do cliente ou ciência do 
advogado contrário;
IX – prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu patrocínio;
X – acarretar, conscientemente, por ato próprio, a anulação ou a nulidade do processo em 
que funcione;
XI – abandonar a causa sem justo motivo ou antes de decorridos dez dias da comunicação 
da renúncia;
XII – recusar-se a prestar, sem justo motivo, assistência jurídica, quando nomeado em virtude de 
impossibilidade da Defensoria Pública;
XIII – fazer publicar na imprensa, desnecessária e habitualmente, alegações forenses ou relativas 
a causas pendentes;
XIV – deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação doutrinária ou de julgado, bem como de 
depoimentos, documentos e alegações da parte contrária, para confundir o adversário ou iludir o 
juiz da causa;
XV – fazer, em nome do constituinte, sem autorização escrita deste, imputação a terceiro de fato 
definido como crime;
XVI – deixar de cumprir, no prazo estabelecido, determinação emanada do órgão ou de autoridade 
da Ordem, em matéria da competência desta, depois de regularmente notificado;
XVII – prestar concurso a clientes ou a terceiros para realização de ato contrário à lei ou destinado 
a fraudá-la;
XVIII – solicitar ou receber de constituinte qualquer importância para aplicação ilícita ou desonesta;
XIX – receber valores, da parte contrária ou de terceiro, relacionados com o objeto do mandato, 
sem expressa autorização do constituinte;
XX – locupletar-se, por qualquer forma, à custa do cliente ou da parte adversa, por si ou inter-
posta pessoa;
XXI – recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao cliente de quantias recebidas dele ou de 
terceiros por conta dele;
XXII – reter, abusivamente, ou extraviar autos recebidos com vista ou em confiança;
XXIII – deixar de pagar as contribuições, multas e preços de serviços devidos à OAB, depois de 
regularmente notificado a fazê-lo;
XXIV – incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia profissional;
XXV – manter conduta incompatível com a advocacia;
XXVI – fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para inscrição na OAB;
XXVII – tornar-se moralmente inidôneo para o exercício da advocacia;
XXVIII – praticar crime infamante;
XXIX – praticar, o estagiário, ato excedente de sua habilitação.
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Parágrafo único. Inclui-se na conduta incompatível:
a) prática reiterada de jogo de azar, não autorizado por lei;
b) incontinência pública e escandalosa;
c) embriaguez ou toxicomania habituais.
As condutas que configuram a infração disciplinar são definidas taxativamente pela Lei 
n. 8.906/1994, sendo vedadas as interpretações extensivas ou analógicas, bem como o juízo 
subjetivo de valor (LÔBO, 2017).
Pois bem.
Constitui infração disciplinar:
9.1 Exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou facilitar, por qualquer meio, o seu 
exercício aos não inscritos, proibidos ou impedidos (inciso I).
O impedimento afeta a plenitude de atuação do advogado, uma vez que é caracterizado como 
o impedimento parcial da atividade da advocacia, configurando o exercício irregular da profissão.
DICA
Prezado, no tópico 7, tratamos das incompatibilidades e dos impedimentos de 
modo detalhado. Em caso de dúvida, retorne ao referido item.
A outra hipótese prevista no inciso ocorre quando o advogado, mediante ação ou omis-
são, facilita o exercício da advocacia aos não inscritos, proibidos ou impedidos.
Desse modo, o advogado não pode facilitar, nem permitir o exercício de atos privativos de advo-
gado pelo estagiário ou qualquer outra pessoa não inscrita, por exemplo atendentes e secretários.
Veja que, além do impedimento, o inciso I do artigo 34 do Estatuto menciona a proibição 
de advogar.
Sob a ótica do Estatuto da OAB, a proibição total de advogar é a incompatibilidade esta-
belecida no artigo 28, que já estudamos no item 7 desta aula.
9.2 Manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos nesta lei 
(inciso II).
Os advogados podem se reunir em sociedade simples de prestação de serviços de 
advocacia ou constituir sociedade unipessoal de advocacia, que adquire personalidade 
jurídica com o registro aprovado dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB 
em cuja base territorial tiver sede, nos termos do artigo 15 do Estatuto da OAB.
Não são admitidas a registro nem podem funcionar todas as espécies de sociedades de 
advogados que apresentem forma ou características de sociedade empresária, que adotem 
denominação fantasia, que realizem atividades estranhas à advocacia, que incluam como 
sócio ou titular de sociedade unipessoal de advocacia pessoa não inscrita como advogado 
ou totalmente proibida de advogar (art. 16 do Estatuto da OAB).
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O registro das sociedades deverá ser feito no Conselho da OAB, sendo, nos termos do 
§ 3º do artigo 16, proibido o registro nos cartórios de registro civil de pessoas jurídicas e nas 
juntas comerciais.
É vedada a inclusão, no quadro societário da sociedade de advogados,de pessoa sem 
inscrição na OAB ou que exerça atividade incompatível com a advocacia, bem como associar 
a sociedade a outra atividade diversa, por exemplo: contabilidade, corretora de imóveis etc.
De todo modo, é essencial que as sociedades profissionais observem as normas e pre-
ceitos estabelecidos no Estatuto da OAB, no Regulamento Geral da OAB, bem como 
nos Provimentos do Conselho Federal. Caso contrário, os advogados estarão sujeitos às 
penalidades da infração disciplinar.
9.3 Valer-se de agenciador de causas, mediante participação nos honorários a receber 
(inciso III).
A simples indicação do advogado ou da sociedade de advogados feita por pessoa comum 
não configura a prática da infração trazida acima, já que é elementar o recebimento de van-
tagem pecuniária por parte do agenciador.
O agenciador poderá atuar de diversas maneiras, seja por meio de panfletagem ou da 
publicidade feita em palestras e reuniões sindicais, por exemplo.
No entanto, o intuito principal da previsão dessa prática está em punir os advogados que 
se valem de terceira pessoa para angariar clientes, desmerecendo toda a categoria profissio-
nal, além de vincular a atividade da advocacia à mercantilização, já que a prestação de servi-
ços advocatícios é oferecida como mercadoria, o que é expressamente vedado pelo Código 
de Ética e Disciplina da OAB (art. 5º).
9.4 Angariar ou captar causas, com ou sem a intervenção de terceiros (inciso IV)
Em complemento ao inciso anterior, agora o Estatuto busca abranger todas as possibili-
dades de captação de causas.
Como já vimos, é princípio fundamental do Código de Ética e Disciplina da OAB a veda-
ção ao oferecimento de serviços profissionais que implique, direta ou indiretamente, em 
angariar ou captar clientela (art. 7º, CED-AOB).
O advogado não pode oferecer seus serviços como se fosse uma mercadoria, prometendo 
resultados e oferecendo um produto final. Lembre-se, a publicidade profissional deve possuir 
caráter meramente informativo, primando pela discrição e sobriedade (art. 39, CED-OAB).
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Paulo Lôbo (2017) acrescenta que:
Para o Estatuto, nenhuma forma de captação de clientela é admissível; o advogado deve ser 
procurado pelo cliente, nunca procurá-lo. A inculcação dá-se sempre de modo prejudicial à digni-
dade da profissão, seja quando o advogado se oferece diretamente ao cliente em ambientes 
sociais, autopromovendo-se, seja quando critica o desempenho de colega que esteja com o 
patrocínio de alguma causa, seja, ainda quando se utiliza dos meios de comunicação social 
para manifestações habituais sobre assuntos jurídicos (grifos nossos).
9.5 Assinar qualquer escrito destinado a processo judicial ou para fim extrajudicial que 
não tenha feito, ou em que não tenha colaborado (inciso V).
Aqui, estamos diante de uma situação que pode abranger a ocorrência de outra infração, 
que seria a de facilitar o exercício ilegal da profissão de advogado, já que o profissional 
estaria possibilitando a elaboração de peças por pessoa não habilitada, uma vez que não 
inscrita nos quadros da Ordem, e estaria simulando, portanto, que é o autor da peça.
Destaca-se que o escrito não precisa integrar lide processual, mas poderá ser utilizado 
em procedimentos administrativos e extrajudiciais. Flávio Olimpio de Azevedo (2015), em 
“Comentários ao Estatuto da Advocacia” traz outra prática irregular nesse caso:
[...] a contratação pelas partes de verdadeiros advogados “calígrafos” para promover simulação 
processual. Na realidade, o advogado é contratado apenas para assinar as petições elabora-
das por terceiros no processo simulado, pois existe somente um único causídico que patrocina 
simultaneamente o autor e o réu, sendo comum a esta nefasta prática o conluio visando a fraudar 
credores. Este grave ato infracional, além de tipificar a conduta prevista no inciso ora comentado, 
constitui a infração de patrocínio infiel, prestação a clientes para fraudar à lei [...] (grifos nossos).
Além disso, é conveniente destacar que a conduta definida como infração pode ser enten-
dida por outro viés: o de evitar a ocorrência de plágio da produção intelectual de outro 
profissional, na qual o advogado se apropria total ou parcialmente de peças elaboradas por 
outros advogados.
9.6 Advogar contra literal disposição de lei, presumindo-se a boa-fé quando fundamentado 
na inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em pronunciamento judicial anterior (inciso VI).
O advogado é indispensável à administração da Justiça, é defensor do Estado Democrá-
tico de Direito, dos direitos humanos e garantias fundamentais, da cidadania, da moralidade, 
da justiça e da paz social, cumprindo-lhe exercer seu ministério em consonância com sua 
elevada função pública e com os valores que lhe são inerentes. Portanto, é vedado ao advo-
gado utilizar-se do direito e das leis para fins ilegais ou ilegítimos.
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De outra parte, há presunção de boa-fé do advogado em determinadas situações, tendo 
em vista que ele não deve se calar ou se conformar com inconstitucionalidades, injustiças 
da lei ou precedentes jurisprudenciais, mas, sim, atuar para combatê-las.
9.7 Violar, sem justa causa, sigilo profissional (inciso VII).
O sigilo profissional é de ordem pública e está previsto na Constituição Federal de 1988:
CF/1988, art. 5º, XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da 
fonte, quando necessário ao exercício profissional.
As relações entre advogado e cliente baseiam-se na confiança recíproca (art. 10, CED-
-OAB): de um lado, o cliente deve esclarecer todos os fatos que interessam à causa ao 
advogado, mas, por outro, o advogado tem o dever de guardar sigilo dos fatos de que tome 
conhecimento no exercício da profissão (art. 35, CED-AOB).
As comunicações de qualquer natureza entre advogado e cliente presumem-se confiden-
ciais, independendo de solicitação de reserva pelo cliente (art. 36, CED-AOB), de modo que 
violar o sigilo profissional, sem justa causa, constitui infração disciplinar e o crime de violação 
de segredo profissional previsto no artigo 154 do Código Penal.
O sigilo profissional cederá em face de circunstâncias excepcionais que configurem justa 
causa, como nos casos de grave ameaça ao direito à vida e à honra ou que envolvam defesa 
própria do advogado (art. 37, CED-OAB).
Apenas para relembrar: o dever de sigilo inclui o direito do advogado de se recusar a depor 
como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado 
com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo cons-
tituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional (art. 7º, XIX, do Estatuto da OAB).
9.8 Estabelecer entendimento com a parte adversa sem autorização do cliente ou ciência 
do advogado contrário (inciso VIII).
Essa infração disciplinar está intimamente ligada ao dever de honestidade e lealdade do 
profissional (art. 2º, II, CED-OAB).
Ademais, é princípio fundamental da ética do advogado o dever de se abster de se 
entender diretamente com a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o assenti-
mento deste (art. 2º, VIII, alínea “d”, do CED-OAB).
Na prática, são duas as consequências prejudiciais dessa conduta: de um lado, a parte que 
não está sendo devidamente assistida por seu procurador poderá ser influenciada a aceitar 
condições precárias ou abdicar de seus direitos; por outro, esse entendimento entre as partes 
poderá visar a lesão ao pagamento dos honorários advocatícios devidos ao advogado adverso.
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Além disso, devemos lembrar que a solução do litígio por qualquer mecanismo adequadode solução extrajudicial não permite, em qualquer hipótese, a diminuição dos honorários con-
tratados (art. 48, § 5º, CED-OAB), bem como que, caso o cliente do advogado e a parte con-
trária firmem acordo, não serão prejudicados os honorários convencionados ou concedidos 
por sentença (art. 24, § 4º, do Estatuto da OAB).
9.9 Prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu patrocínio (inciso IX).
É essencial para a configuração da infração a existência de prejuízo ao cliente em razão 
da culpa grave do advogado.
O conceito de culpa grave é trazido por Paulo Lôbo (2017) da seguinte forma:
[...] uma negligencia extraordinária, superior à média da diligência comum, ou seja, não usar a 
atenção mais vulgar, não entender o que entendem todos. A culpa grave aproxima-se do dolo 
(dolu malus), mas com ele não se confunde porque falta a intenção de prejudicar. A culpa 
grave é aquela inescusável na atividade do advogado. Resulta da falta que o profissional mais 
desleixado ou medíocre não poderia cometer (grifos nossos).
Ou seja, o advogado não poderá ser responsabilizado por perder uma demanda se para 
o deslinde o processo se empenhou, inexistindo erro inescusável.
De todo modo, segundo o artigo 32 do Estatuto da OAB, o advogado é responsável 
pelos atos que, no exercício profissional, praticar com dolo ou culpa.
Além disso, é importante mencionar mais uma vez que as esferas civil, penal e adminis-
trativa são independentes e, assim, o prejuízo causado poderá ser reparado na seara civil.
9.10 Acarretar, conscientemente, por ato próprio, a anulação ou a nulidade do processo 
em que funcione (inciso X).
O advogado deve colaborar para o bom andamento do processo. Nesse caso, a anulação ou 
a nulidade deve decorrer diretamente do ato praticado pelo advogado, já que a infração do inciso 
requer um dolo direcionado, mesmo que seja por omissão, consciente e voluntária, do procurador.
9.11 Abandonar a causa sem justo motivo ou antes de decorridos dez dias da comunica-
ção da renúncia (inciso XI).
A atuação do advogado quando postula, em juízo ou fora dele, está vinculada à existên-
cia de um mandato, no qual o constituinte confere ao advogado poderes para representá-lo 
em juízo ou na via extrajudicial (art. 5º do Estatuto da OAB).
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Nada impede, todavia, que o advogado renuncie ao mandato, de acordo com a sua 
conveniência, sem menção do motivo que determinou a renúncia, exigindo-se, apenas, que 
continue representando o mandante durante 10 (dez) dias, contados da notificação da 
renúncia, salvo se for substituído antes do término desse prazo, sendo que cessará, após o 
decurso desse prazo, a responsabilidade profissional pelo acompanhamento da causa (art. 
5º, § 3º, do Estatuto da OAB).
O Código de Ética e Disciplina da OAB recomenda que o advogado, em face de dificulda-
des insuperáveis ou inércia do cliente quanto a providências que lhe tenham sido solicitadas, 
não deixe ao abandono ou ao desamparadas as causas sob seu patrocínio, mas, sim, que 
renuncie ao mandato (art. 15 do CED-OAB).
A renúncia poderá ocorrer sem que o advogado explique sua motivação. Todavia, ele não 
está autorizado a abandonar a causa, deixando desamparado o mandante, sem lhe oportu-
nizar prazo razoável para contratar procurador substituto.
A infração disciplinar ora em comento somente se configura se o advogado não estiver 
acobertado por uma justa causa que justifique o abandono, tal como a ocorrência de grave 
acidente que impeça o advogado de exercer a atividade da advocacia.
Nesse sentido, de acordo com o artigo 37 do Código de Ética e Disciplina da OAB, são 
circunstâncias excepcionais que configuram justa causa: grave ameaça ao direito à vida 
e à honra ou que envolvam defesa própria do advogado.
9.12 Recusar-se a prestar, sem justo motivo, assistência jurídica, quando nomeado em 
virtude de impossibilidade da Defensoria Pública (inciso XII).
Uma das garantias fundamentais previstas na Constituição Federal de 1988 relacionada 
com a atividade dos advogados é a assistência jurídica integral e gratuita prestada pelo 
Estado aos que comprovarem insuficiência de recursos (art. 5º, LXXIV, CF/1988).
A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do 
Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamen-
talmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os 
graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, 
aos necessitados, conforme traz o artigo 134 da Constituição Federal de 1988.
De acordo com o artigo 2º, XIII, do Código de Ética e Disciplina da OAB, o advogado, indis-
pensável à administração da Justiça, é defensor do Estado Democrático de Direito, dos direitos 
humanos e garantias fundamentais, da cidadania, da moralidade, da justiça e da paz social, 
cumprindo-lhe exercer o seu ministério em consonância com a sua elevada função pública.
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Obs.: � Segundo o § 1º do artigo 22 do Estatuto da OAB, quando indicado para patrocinar 
causa de juridicamente necessitado, no caso de impossibilidade da Defensoria 
Pública, o advogado tem direito aos honorários fixados pelo Juiz, segundo tabela 
organizada pelo Conselho Seccional da OAB, e pagos pelo Estado.
Destaco que, uma vez nomeado, o advogado não poderá se recusar a prestar assistência 
jurídica sem justo motivo.
9.13 Fazer publicar na imprensa, desnecessária e habitualmente, alegações forenses ou 
relativas a causas pendentes (inciso XIII).
Vimos que a publicidade profissional se afasta da mercantilização da profissão, da 
captação de clientela e possui caráter meramente informativo, bem como que deve primar 
pela discrição e sobriedade.
Ademais, estudamos as diretrizes trazidas pelo Código de Ética e Disciplina da OAB, 
que devem ser observadas pelos advogados. Dentre elas, está a vedação ao advogado de 
responder com habitualidade a consulta sobre matéria jurídica nos meios de comunicação 
social, além de divulgar demandas de seus clientes (art. 42, I e V, do CED-OAB).
A infração disciplinar visa coibir a autopromoção do advogado e ainda a captação de 
clientes. No entanto, pode o advogado participar eventualmente de programa de televisão ou 
de rádio, de entrevista na imprensa, de reportagem televisionada ou veiculada por qualquer 
outro meio, para manifestação profissional, desde que o objetivo da manifestação seja exclu-
sivamente ilustrativo, educativo e instrutivo (art. 43, CED-OAB).
9.14 Deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação doutrinária ou de julgado, bem como 
de depoimentos, documentos e alegações da parte contrária, para confundir o adversário ou 
iludir o Juiz da causa (inciso XIV).
No exercício da profissão, o advogado é inviolável por seus atos e manifestações, nos limites 
desta lei (art. 2º, § 3º, do Estatuto da OAB). Entretanto, essa garantia não é absoluta e não auto-
riza o advogado a falsear deliberadamente a verdade e utilizar de má-fé (art. 6º do CED-OAB).
É importante destacar a necessidade de dolo específico na conduta do advogado, uma 
vez que deturpação deve ocorrer com a intenção de confundir o adversário ou iludir o Juiz.
Nesse sentido, Flávio Olimpio de Azevedo (2015) define que:
[...] não ocorre infração disciplinar quando o causídico, durante o curso processual, por excesso 
de profissionalismo e no afã de defender seu constituinte, interpreta a doutrina, a jurisprudência 
ou depoimentos de forma tendenciosa e equivocada, contudo sem alterar maliciosamente o 
conteúdo das citações (grifos nossos).
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Ademais, não faz sentido o advogado ser penalizadopelo cometimento de erro material 
na elaboração de suas peças.
9.15 Fazer, em nome do constituinte, sem autorização escrita deste, imputação a terceiro 
de fato definido como crime (inciso XV).
No exercício da profissão, o advogado é inviolável por seus atos e manifestações, ou 
seja, possui imunidade profissional, não constituindo injúria ou difamação puníveis qualquer 
manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade (art. 2º, § 3º, do Estatuto da OAB).
Em que pese a independência funcional do advogado ser um dos princípios fundamen-
tais da ética do advogado, a infração em comento é uma exceção, em razão da gravidade da 
conduta de imputar a alguém fato definido como crime.
O artigo 138 do Código Penal traz que a imputação falsa de fato definido como crime 
constitui calúnia.
O Código de Processo Penal estabelece que a queixa poderá ser dada por procura-
dor com poderes especiais, devendo constar do instrumento do mandato do querelante e a 
menção do fato criminoso (art. 44).
No caso, o Estatuto é ainda mais abrangente, já que não se trata propriamente de calú-
nia, uma vez que, para concretizar a infração disciplinar, basta a imputação a terceiro, em 
nome do constituinte, sem sua autorização escrita, mesmo que o fato definido como crime 
seja verdadeiro (LÔBO, 2017).
9.16 Deixar de cumprir, no prazo estabelecido, determinação emanada do órgão ou de autori-
dade da Ordem, em matéria da competência desta, depois de regularmente notificado (inciso XVI).
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) é uma entidade sui generis que presta serviço 
público e tem por finalidade defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado Democrático 
de Direito, os direitos humanos, a justiça social, e pugnar pela boa aplicação das leis, pela 
rápida administração da justiça e pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas, 
bem como promover, com exclusividade, a representação, a defesa, a seleção e a disciplina 
dos advogados em toda a República Federativa do Brasil (art. 44 do Estatuto da OAB).
São órgãos da OAB (art. 45 do Estatuto da OAB):
• o Conselho Federal;
• os Conselhos Seccionais;
• as Subseções; e
• as Caixas de Assistência dos Advogados.
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A composição e a atribuição de cada um dos órgãos citados acima serão estudadas em 
breve, mas, por ora, você precisa entender que a infração em estudo será cometida pelo 
advogado somente se a determinação for expedida por membro competente para tal exigên-
cia. Ainda, faz-se necessária a adequação da exigência às normas estatutárias.
Parece evidente, mas cabe ressaltar que o advogado deverá ser devidamente notifi-
cado e a ele deverá ser concedido prazo razoável para cumprimento.
9.17 Prestar concurso a clientes ou a terceiros para realização de ato contrário à lei ou 
destinado a fraudá-la (inciso XVII).
É um preceito ético fundamental o dever do advogado de abster-se de emprestar concurso 
aos que atentem contra a ética, a moral, a honestidade e a dignidade da pessoa humana, 
além de adotar conduta consentânea com o papel de elemento indispensável à administra-
ção da Justiça, o que vai de encontro com o concurso na realização de ato contrário à lei (art. 
2º, VIII, alíneas “c” e “X”, do CED-OAB).
Mais uma vez, estamos diante de uma infração que exige dolo específico, considerando que 
o advogado deverá participar do ato com a intenção de subverter a aplicação da lei ou fraudá-la.
Paulo Lôbo (2017) esclarece a infração estabelecendo que “O advogado defende o crimi-
noso, mas não pode ser instrumento do crime”.
9.18 Solicitar ou receber de constituinte qualquer importância para aplicação ilícita ou 
desonesta (inciso XVIII).
O importante a ser destacado é que, para configurar a infração, o advogado poderá sim-
plesmente receber valores do constituinte para aplicação ilícita ou desonesta, bem como 
resta configurada quando o advogado solicita valores para aplicação ilícita ou desonesta, 
independentemente do efetivo fornecimento do valor pelo constituinte.
9.19 Receber valores, da parte contrária ou de terceiro, relacionados com o objeto do 
mandato, sem expressa autorização do constituinte (inciso XIX).
Lembre-se de que uma das infrações disciplinares trazidas pelo artigo é o entendimento 
com a parte adversa sem autorização do cliente ou ciência do advogado contrário (inciso VIII).
Agora, estamos diante de uma situação em que o constituinte não autoriza expressa-
mente o entendimento com a parte adversa, sendo que o acordo não precisa ser neces-
sariamente prejudicial à parte, mas o recebimento de valores, seja da parte contrária ou de 
um terceiro, viola o fundamento ético da confiança recíproca existente na relação entre 
advogado e cliente (art. 10, CED-OAB).
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Nesse sentido, Flávio Olimpio de Azevedo (2015) menciona que:
A conduta infratora do inciso XIX caracteriza-se sob dois prismas. Sob o primeiro, o advogado re-
cebe valores da parte contrária relacionados ao objeto do mandato outorgado, visando a beneficiar 
o seu constituinte, sem autorização deste. Por exemplo, para pôr fim a determinada lide, pactua 
acordo vantajoso com a parte contrária, recebe os valores pactuados e presta contas ao cliente. É 
forma branda do ato infracional.
Sob outro prisma, comete infração disciplinar gravíssima, em detrimento do cliente, quando recebe 
valores da parte contrária para lesar os interesses deste em determinada ação, podendo até ser 
apenado com a exclusão dos quadros da OAB, por tipificar conduta incompatível com a advocacia, 
danosa à reputação e à dignidade da classe, sem prejuízo das consequências de natureza penal 
pelo patrocínio infiel (art. 355 do Código Penal).
9.20 Locupletar-se, por qualquer forma, à custa do cliente ou da parte adversa, por si ou 
interposta pessoa (inciso XX).
O significado de locupletar é enriquecer, tornar-se rico (Michaelis). Nesse contexto, 
o locupletamento é ilícito, pois o advogado, pessoalmente ou por intermédio de terceira 
pessoa, enriquece às custas de seu cliente ou da parte contrária.
Como exemplos de locupletamento, Lôbo (2017) cita:
a) quando obtém proveito desproporcional com os serviços prestados; b) quando cobra honorá-
rios abusivos, colocando o cliente em desvantagem exagerada; c) quando participa vantajosa-
mente no resultado financeiro ou patrimonial do caso; d) quando obtém vantagens excedentes 
do contrato de honorários nele não previstas; e) quando se apropria ou transfere para si, abusan-
do do mandato, bens ou valores que seriam do cliente ou a ele destinados; [...] (grifos nossos).
A consumação do delito ocorre no momento em que o advogado se apropria dos bens e/
ou valores indevidos.
9.21 Recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao cliente de quantias recebidas 
dele ou de terceiros por conta dele (inciso XXI).
O Código de Ética e Disciplina da OAB dispõe que o advogado deverá prestar contas 
pormenorizadas dos valores recebidos em favor do seu constituinte.
A prestação de contas poderá ocorrer sempre que requerida pelo cliente ou com a con-
clusão ou desistência da causa. Ademais, a conclusão ou desistência da causa obriga o 
advogado a devolver ao cliente bens, valores e documentos que lhe hajam sido confiados e 
ainda estejam em seu poder (art. 12, CED-OAB).
É importante destacar que a conduta do advogado poderá se enquadrar no delito de 
apropriação indébita, disposto no artigo 168 do Código Penal.
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Além do mais, caso o cliente se recuse a receber valores e a prestação de contas, o 
advogado deverá promovê-la judicialmente por meio de ação própria, a fim de evitar a res-
ponsabilização disciplinar.
Ainda, Flávio Olimpio de Azevedo(2015) acrescenta que “Prestação, comprovada nos 
autos, efetuada depois da instauração de procedimento disciplinar não afasta a infração éti-
co-disciplinar, mas constitui situação atenuante considerável [...]”.
9.22 Reter, abusivamente, ou extraviar autos recebidos com vista ou em confiança 
(inciso XXII).
A retenção abusiva ocorre com a posse dos autos recebidos com vista ou em confiança 
além do prazo legal estabelecido para devolução, com o dolo específico e o efetivo prejuízo 
ao andamento do processo e/ou a produção de provas.
Do mesmo modo, o extravio dos autos deve decorrer de ato doloso, causando efetivo 
prejuízo, conforme dispõe Paulo Lôbo (2017):
A segunda hipótese é a do extravio dos autos. Aqui também a marca da intencionalidade se impõe, 
acrescida de culpabilidade. No plano punitivo, não basta o fato objetivo do extravio dos autos, 
pois a intenção de fazê-lo há de estar provada ou inferida inquestionavelmente das circuns-
tâncias. Outras são as consequências no plano da responsabilidade civil ou do direito processual. A 
responsabilidade imputável ao profissional é sempre a responsabilidade com culpa (grifos nossos).
A infração disciplinar cometida pelo advogado poderá configurar ilícito penal, tipificado 
no artigo 356 do Código Penal, por sonegação de papel ou objeto de valor probatório:
Código Penal, art. 35. Inutilizar, total ou parcialmente, ou deixar de restituir autos, documento ou 
objeto de valor probatório, que recebeu na qualidade de advogado ou procurador:
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.
Entretanto, o Supremo Tribunal Federal decidiu que é essencial para a configuração do 
delito que o advogado seja devidamente intimado pelo juízo para que proceda a restituição 
dos autos e não o faça:
SONEGAÇÃO DE AUTOS. ADVOGADO ACUSADO DE HAVER DEIXADO DE RESTITUIR AU-
TOS, INCORRENDO, SEGUNDO A DENUNCIA, NO CRIME PREVISTO NO ARTIGO 356 DO 
CÓDIGO PENAL. PARA A CONFIGURAÇÃO DESSE DELITO NÃO BASTA, CONTUDO, QUE O 
ADVOGADO HAJA RETIDO OS AUTOS ALÉM DO PRAZO LEGAL. CRIME QUE SOMENTE SE 
CONSUMA PELO NÃO ATENDIMENTO DE INTIMAÇÃO DO JUIZ PARA RESTITUIR OS AUTOS, 
OMISSAO QUE CARACTERIZA A RECUSA, PELA QUAL O CRIME SE CONSUMA. RECURSO 
PROVIDO (RHC 53934 DF, 2ª Turma, Min, Leitão de Abreu, DJ 26/12/1975) (grifos nossos).
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O Código de Processo Civil, por sua vez, estabelece que, se o advogado não devolver os 
autos no prazo de 3 (três) dias após intimado, o juiz comunicará o fato à OAB para procedi-
mento disciplinar e imposição de multa (art. 234).
9.23 Deixar de pagar as contribuições, multas e preços de serviços devidos à OAB, depois 
de regularmente notificado a fazê-lo (inciso XXIII).
O advogado regularmente inscrito nos quadros da Ordem fica incumbido do pagamento 
de anuidades, contribuições, multas e preços de serviços fixados pelo Conselho Seccio-
nal (art. 55 Regulamento Geral do Estatuto da OAB).
ATENÇÃO
Recentemente, em abril de 2020, o Supremo Tribunal Federal, no julgamento do Recurso 
Especial n. 647.885, apreciando o tema 732 da repercussão geral, declarou a inconstitu-
cionalidade do art. 34, XXIII e do art. 37, § 2º da Lei n. 8.906/1994, fixando a seguinte tese:
TEMA 732 – Repercussão geral - STF
É inconstitucional a suspensão realizada por conselho de fiscalização profissional do exercício la-
boral de seus inscritos por inadimplência de anuidades, pois a medida consiste em sanção política 
em matéria tributária (Plenário, Sessão Virtual de 17.4.2020 a 24.4.2020).
O entendimento da Corte firmou-se, em suma, em razão do entendimento de que as anui-
dades cobradas pelos conselhos profissionais se caracterizam como tributos da espécie 
contribuições de interesse das categorias profissionais, nos termos do art. 149 da Constitui-
ção da República e que a sanção de suspensão inviabilizaria injustificadamente o exercício 
pleno de atividade econômica ou profissional pelo sujeito passivo de obrigação tributária, 
sendo a medida desproporcional e caracterizada como sanção política em matéria tributária.
9.24 Incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia profissional (inciso XXIV).
O Código de Ética e Disciplina da OAB considera imperativo de uma correta atuação 
profissional o emprego da linguagem escorreita e polida, bem como a observância da boa 
técnica jurídica (art. 28, CED-OAB).
De acordo com Paulo Lôbo (2017):
Dá-se o tipo quando: a) há erros grosseiros de técnica jurídica ou de linguagem; b) há reitera-
ção. Erros isolados não concretizam o tipo. No entanto, a reiteração pode emergir de uma única 
peça profissional, quando os erros se acumulem de forma evidente, embora seja recomendá-
vel o cotejo com mais de uma (grifos nossos).
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A penalidade, como veremos adiante, é a suspensão do exercício da profissão, conforme 
determina o artigo 37, I, do Estatuto da OAB, que perdura até que o advogado seja aprovado 
novamente em exame de habilitação aplicado pela Ordem (§ 3º do artigo 37 do Estatuto da OAB).
Ademais, é importante frisar que, durante a suspensão, a atividade da advocacia não 
poderá ser exercida, sob pena de se encorrer na prática de exercício ilegal da profissão 
(artigo 47 da Lei de Contravenções Penais c/c artigo 4º do Regulamento Geral da OAB).
9.25 Manter conduta incompatível com a advocacia (inciso XXV).
O Estatuto da OAB exemplifica condutas que são consideradas incompatíveis com a 
advocacia (art. 34, parágrafo único):
• prática reiterada de jogo de azar, não autorizado por lei;
• incontinência pública e escandalosa;
• embriaguez ou toxicomania habituais.
A redação do parágrafo único utiliza o termo “inclui-se”, de modo que fica claro o sentido de que 
conduta incompatível não é limitado aos exemplos trazidos pela lei. A conduta incompatível é toda 
aquela que se reflete prejudicialmente na reputação e na dignidade da advocacia (LÔBO, 2017).
9.26 Fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para inscrição na OAB (inciso XXVI).
Vimos no tópico 3 desta aula os requisitos para inscrição na OAB, quais sejam (artigo 
8º do EOAB):
EOAB, art. 8º, I - capacidade civil;
II – diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino oficialmente 
autorizada e credenciada;
III – título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro;
IV – aprovação em Exame de Ordem;
V – não exercer atividade incompatível com a advocacia;
VI – idoneidade moral;
VII – prestar compromisso perante o conselho (grifos nossos).
Como já falamos, o exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denomi-
nação de advogado são privativos dos inscritos na OAB. Os requisitos vistos acima não pre-
cisam ser preenchidos no momento em que o candidato se inscreve para realizar o Exame 
da Ordem, mas sim no momento em que solicita a inscrição definitiva perante os quadros da 
OAB, ou seja, após a aprovação no exame.
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Caso o bacharel em Direito não preencha algum dos requisitos, sua inscrição definitiva nos qua-
dros da OAB será indeferida. No caso em tela, a infração disciplinar ocorre uma vez que o bacha-
rel se torna advogado, através de prova falsa, que pode ser tanto ideológica como material.
9.27 Tornar-se moralmente inidôneo para o exercício da advocacia (inciso XXVII).
A idoneidade moral do advogado é avaliada constantemente, não sendo apenas um requi-
sito para a inscrição nos quadros da OAB, como determina artigo 8º, VI, do Estatuto da OAB.
A idoneidade moral é um conceito jurídico indeterminado, mas determinável após ser 
efetuada análise do caso concreto. O dicionário Aurélio conceitua idoneidade como “carac-
terística de quem aparenta ser honesto; qualidade da pessoa aptaa desempenhar funções, 
cargos ou trabalhos. Qualidade do que é idôneo, que convém de modo perfeito ou é adequado.”
Segundo Paulo Lôbo (2017), “Os parâmetros não são subjetivos, mas decorrem da afe-
rição objetiva de standards valorativos que se captam na comunidade profissional, no tempo e 
no espaço, e que contam com o máximo de consenso na consciência jurídica” (grifos nossos).
A declaração de inidoneidade deve ter a manifestação favorável de 2/3 (dois terços) 
dos membros do Conselho Seccional competente, nos termos do artigo 38, parágrafo 
único, do Estatuto da OAB.
9.28 Praticar crime infamante (inciso XXVIII).
O crime infamante está estritamente relacionado com a idoneidade moral, tendo em vista 
que há presunção legal de inidoneidade quando ocorrer a condenação por crime infamante.
Destaca Paulo Lôbo (2017) que:
Crime infamante entende-se como todo aquele que acarreta para seu autor a desonra, a indigni-
dade e a má fama (daí infame). Essas desvalorizações da conduta criminosa são potencializadas 
e caracterizadas como infames quando o crime é praticado por profissional do direito, que tem o 
dever qualificado de defender a ordem jurídica.
[...] Não é a gravidade do crime que o qualifica como infamante, quando praticado pelo advoga-
do (seja como mandante, seja como executor), mas a repercussão inevitável à dignidade da 
advocacia.
[...] Presumem-se infamantes os crimes hediondos legalmente tipificados e os assemelhados (gri-
fos nossos).
A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tor-
tura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como 
crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo 
evitá-los, se omitirem, nos termos do artigo 5º, XLIII, da CF/1988.
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A Lei n. 8.930/1994 considera como hediondos o homicídio praticado por grupos de 
extermínio, o homicídio qualificado, o latrocínio, a extorsão qualificada pela morte, a extorsão 
mediante sequestro, o estupro, o atentado violento ao pudor, a provocação de epidemia com 
resultado morte e o genocídio (art. 1º).
9.29 Praticar, o estagiário, ato excedente de sua habilitação (inciso XXIX).
O estagiário de advocacia, se regularmente inscrito, poderá praticar os atos privati-
vos de advogado em conjunto com advogado e sob responsabilidade deste, observado 
o regimento geral (art. 3º, § 2º, do Estatuto da OAB).
O Regulamento Geral da OAB possibilita a prática de alguns atos pelo estagiário inscrito 
na OAB, isoladamente, mas sob responsabilidade do advogado, nos termos do artigo 29:
Regulamento Geral, art. 29, § 1º O estagiário inscrito na OAB pode praticar isoladamente os 
seguintes atos, sob a responsabilidade do advogado:
I – retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga;
II – obter junto aos escrivães e chefes de secretarias certidões de peças ou autos de processos 
em curso ou findos;
III – assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais ou administrativos.
§ 2º Para o exercício de atos extrajudiciais, o estagiário pode comparecer isoladamente, quando 
receber autorização ou substabelecimento do advogado (grifos nossos).
Desse modo, caso o estagiário promova qualquer ato que extrapole sua habilitação ou 
sem observar os requisitos legais de acompanhamento e responsabilidade de advogado regu-
lamente inscrito, enseja a aplicação de penalidade pela prática de infração ético-disciplinar.
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SANÇÕES DISCIPLINARES
EOAB, art. 35. As sanções disciplinares consistem em:
I – censura;
II – suspensão;
III – exclusão;
IV – multa.
Parágrafo único. As sanções devem constar dos assentamentos do inscrito, após o trânsito em 
julgado da decisão, não podendo ser objeto de publicidade a de censura.
A finalidade do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil em elencar um rol taxativo de con-
dutas que não devem ser praticadas pelos advogados, sob pena de cometerem infrações disciplina-
res, é buscar a observância dos mandamentos éticos e disciplinares pelos profissionais, reprimindo 
em caráter pedagógico condutas que se dissociam da função social e da dignidade da advocacia.
Flávio Olimpio de Azevedo (2015) assevera que “O caráter da sanção é ético-pedagógico 
e objetiva a conscientização do advogado pelos seus pares para o cumprimento de seus 
deveres para com seus colegas e para com a sociedade”.
Para tanto, o Estatuto traz um rol de sanções administrativas aplicáveis aos advogados e 
estagiários. São quatro espécies de sanções disciplinares: censura, suspensão, exclusão 
e multa, que variam conforme a gravidade da conduta praticada.
As sanções devem constar no assentamento do advogado inscrito, após o trânsito em 
julgado da decisão, não podendo ser objeto de publicidade a de censura.
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EOAB, art. 36. A censura é aplicável nos casos de:
I – infrações definidas nos incisos I a XVI e XXIX do art. 34;
II – violação a preceito do Código de Ética e Disciplina;
III – violação a preceito desta lei, quando para a infração não se tenha estabelecido sanção 
mais grave.
Parágrafo único. A censura pode ser convertida em advertência, em ofício reservado, sem regis-
tro nos assentamentos do inscrito, quando presente circunstância atenuante.
A censura será aplicada nos casos de violação a preceito do Código de Ética e Disci-
plina, bem como violação a preceito do Estatuto da OAB, quando não se tenha estabelecido 
sanção mais grave para a infração.
Além disso, são aplicáveis no caso infrações definidas nos incisos I a XVI e XXIX do art. 
34, quais sejam:
I – exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício 
aos não inscritos, proibidos ou impedidos;
II – manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos nesta lei;
III – valer-se de agenciador de causas, mediante participação nos honorários a receber;
IV – angariar ou captar causas, com ou sem a intervenção de terceiros;
V – assinar qualquer escrito destinado a processo judicial ou para fim extrajudicial que não tenha 
feito, ou em que não tenha colaborado;
VI – advogar contra literal disposição de lei, presumindo-se a boa-fé quando fundamentado na 
inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em pronunciamento judicial anterior;
VII – violar, sem justa causa, sigilo profissional;
VIII – estabelecer entendimento com a parte adversa sem autorização do cliente ou ciência do 
advogado contrário;
IX – prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu patrocínio;
X – acarretar, conscientemente, por ato próprio, a anulação ou a nulidade do processo em 
que funcione;
XI – abandonar a causa sem justo motivo ou antes de decorridos dez dias da comunicação 
da renúncia;
XII – recusar-se a prestar, sem justo motivo, assistência jurídica, quando nomeado em virtude de 
impossibilidade da Defensoria Pública;
XIII – fazer publicar na imprensa, desnecessária e habitualmente, alegações forenses ou relativas 
a causas pendentes;
XIV – deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação doutrinária ou de julgado, bem como de 
depoimentos, documentos e alegações da parte contrária, para confundir o adversário ou iludir o 
juiz da causa;
XV – fazer, em nome do constituinte, sem autorização escrita deste, imputação a terceiro de fato 
definido como crime;
XVI – deixar de cumprir, no prazo estabelecido, determinaçãoemanada do órgão ou de autoridade 
da Ordem, em matéria da competência desta, depois de regularmente notificado;
[...]
XXIX – praticar, o estagiário, ato excedente de sua habilitação.
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De acordo com Flávio Olimpio de Azevedo (2015): “A aplicação da penalidade de censura 
sem qualquer divulgação é realizada pelo envio de ofício reservado ao advogado faltoso”.
A censura pode ser convertida em advertência, em ofício reservado, sem registro nos 
assentamentos do inscrito, quando presente circunstância atenuante.
ATENÇÃO
O artigo 58-A do Código de Ética e Disciplina da OAB, incluído pela Resolução n. 4/2020, 
de 03 de novembro de 2020, estabelece que será admissível a celebração de TERMO DE 
AJUSTAMENTO DE CONDUTA (TAC), nos casos de infração ético-disciplinar punível 
com censura, se o fato apurado não tiver gerado repercussão negativa à advocacia.
No mesmo sentido, o artigo 47-A prevê que será admitida a celebração de TAC no âmbito 
dos Conselhos Seccionais e do Conselho Federal para fazer cessar a publicidade irregu-
lar praticada por advogados e estagiários.
O Provimento n. 200/2020 regulamenta o Termo de Ajustamento de Conduta a ser celebra-
do entre o Conselho Federal ou os Conselhos Seccionais com advogados ou estagiários 
inscritos nos quadros da Instituição, que se aplica às hipóteses relativas à publicidade 
profissional (art. 39 a art. 47 do CED) e às infrações disciplinares puníveis com censura.
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DIRETO DO CONCURSO
4. (FGV/2022/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXXIV) O advogado Pedro praticou 
infração disciplinar punível com censura, a qual gerou repercussão bastante negativa 
à advocacia, uma vez que ganhou grande destaque na mídia nacional. Por sua vez, o 
advogado Hélio praticou infração disciplinar punível com suspensão, a qual não gerou 
maiores repercussões públicas, uma vez que não houve divulgação do caso para além 
dos atores processuais envolvidos.
Considerando a situação hipotética narrada, assinale a afirmativa correta.
a. É admissível a celebração de termo de ajustamento de conduta tanto por Pedro como 
por Hélio.
b. Não é admissível a celebração de termo de ajustamento de conduta por Pedro nem 
por Hélio.
c. É admissível a celebração de termo de ajustamento de conduta por Pedro, mas não 
é admissível a celebração de termo de ajustamento de conduta por Hélio.
d. É admissível a celebração de termo de ajustamento de conduta por Hélio, mas não é 
admissível a celebração de termo de ajustamento de conduta por Pedro.
Letra b.
O artigo 58-A do Código de Ética e Disciplina da OAB, incluído pela Resolução n. 4/2020, 
de 03 de novembro de 2020, estabelece que será admissível a celebração de TERMO 
DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA (TAC), nos casos de infração ético-disciplinar punível 
com censura, se o fato apurado não tiver gerado repercussão negativa à advocacia.
Desse modo, considerando que a infração praticada por Pedro gerou repercussão bastan-
te negativa à advocacia e que a praticada pelo advogado Hélio, apesar de não ter gerado 
maiores repercussões, é punível com suspensão, não é admissível a celebração de TAC 
nem por Pedro nem por Hélio.
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EOAB, art. 37. A suspensão é aplicável nos casos de:
I – infrações definidas nos incisos XVII a XXV do art. 34;
II – reincidência em infração disciplinar.
§ 1º A suspensão acarreta ao infrator a interdição do exercício profissional, em todo o território 
nacional, pelo prazo de trinta dias a doze meses, de acordo com os critérios de individualização 
previstos neste capítulo.
§ 2º Nas hipóteses dos incisos XXI e XXIII do art. 34, a suspensão perdura até que satisfaça inte-
gralmente a dívida, inclusive com correção monetária.
§ 3º Na hipótese do inciso XXIV do art. 34, a suspensão perdura até que preste novas provas de 
habilitação.
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A suspensão será aplicada nos casos de reincidência em infração disciplinar, bem como 
no caso das infrações definidas nos incisos XVII a XXV do art. 34, quais sejam:
XVII – prestar concurso a clientes ou a terceiros para realização de ato contrário à lei ou destinado 
a fraudá-la;
XVIII – solicitar ou receber de constituinte qualquer importância para aplicação ilícita ou desonesta;
XIX – receber valores, da parte contrária ou de terceiro, relacionados com o objeto do mandato, 
sem expressa autorização do constituinte;
XX – locupletar-se, por qualquer forma, à custa do cliente ou da parte adversa, por si ou inter-
posta pessoa;
XXI – recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao cliente de quantias recebidas dele ou de 
terceiros por conta dele;
XXII – reter, abusivamente, ou extraviar autos recebidos com vista ou em confiança;
XXIII – deixar de pagar as contribuições, multas e preços de serviços devidos à OAB, depois de 
regularmente notificado a fazê-lo;
XXIV – incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia profissional;
XXV – manter conduta incompatível com a advocacia;
A penalidade de suspensão acarreta ao infrator a interdição do exercício profissional, 
em todo o território nacional, pelo prazo de 30 (trinta) dias a 12 (doze) meses, de acordo 
com os critérios de individualização: antecedentes profissionais do inscrito, atenuantes, grau 
de culpa por ele revelada, circunstâncias e consequências da infração.
Quanto ao período de duração da penalidade de suspensão, é conveniente mencionar 
que os §§ 2º e 3º do artigo 37 trazem algumas peculiaridades ao determinar que:
EOAB, art. 37, § 2º Nas hipóteses dos incisos XXI e XXIII do art. 34, a suspensão perdura até que 
satisfaça integralmente a dívida, inclusive com correção monetária.
§ 3º Na hipótese do inciso XXIV do art. 34, a suspensão perdura até que preste novas provas 
de habilitação.
As hipóteses mencionadas acima são as seguintes:
• A suspensão perdura até que o advogado preste novas provas de habilitação:
 – Infração disciplinar XXIV: incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia 
profissional.
• A suspensão perdura até que o advogado satisfaça integralmente a dívida, inclusive 
com correção monetária:
 – Infração disciplinar XXI: recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao cliente 
de quantias recebidas dele ou de terceiros por conta dele);
 – Infração disciplinar XXIII: deixar de pagar as contribuições, multas e preços de ser-
viços devidos à OAB, depois de regularmente notificado a fazê-lo.
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Pois bem, em que pese a literalidade do Estatuto, precisamos estar atentos a esse ponto, 
pois, como já mencionei antes, recentemente, em abril de 2020, o Supremo Tribunal Federal, 
no julgamento do Recurso Especial n. 647.885, apreciando o tema 732 da repercussão geral, 
declarou a inconstitucionalidade do art. 34, XXIII e do art. 37, § 2º da Lei n. 8.906/1994, 
fixando a seguinte tese:
TEMA 732 – Repercussão geral - STF
É inconstitucional a suspensão realizada por conselho de fiscalização profissional do exercício la-
boral de seus inscritos por inadimplência de anuidades, pois a medida consiste em sanção política 
em matéria tributária (Plenário, Sessão Virtual de 17.4.2020 a 24.4.2020).
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EOAB, art. 38. A exclusão é aplicável nos casos de:
I – aplicação,por três vezes, de suspensão;
II – infrações definidas nos incisos XXVI a XXVIII do art. 34.
Parágrafo único. Para a aplicação da sanção disciplinar de exclusão, é necessária a manifesta-
ção favorável de dois terços dos membros do Conselho Seccional competente.
A exclusão será aplicada nos casos de aplicação por 3 (três) vezes da penalidade de sus-
pensão, bem como nos casos de infrações definidas nos incisos XXVI a XXVIII do art. 34. Vejamos:
XXVI – fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para inscrição na OAB;
XXVII – tornar-se moralmente inidôneo para o exercício da advocacia;
XXVIII – praticar crime infamante;
ATENÇÃO
Para a aplicação da sanção disciplinar de exclusão, é necessária a manifestação favorá-
vel de 2/3 (dois terços) dos membros do Conselho Seccional competente.
EOAB, art. 39. A multa, variável entre o mínimo correspondente ao valor de uma anuidade e o 
máximo de seu décuplo, é aplicável cumulativamente com a censura ou suspensão, em havendo 
circunstâncias agravantes.
A penalidade de multa, variável entre o mínimo correspondente ao valor de uma anui-
dade e o máximo de seu décuplo, é aplicável cumulativamente com a censura ou suspen-
são, em havendo circunstâncias agravantes.
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Paulo Lôbo (2017) discorre que:
As circunstâncias agravantes são aquelas que necessariamente potencializam os efeitos da 
infração cometida, não só quanto à violação em si, mas quanto ao dano à ética profissional e à 
dignidade da advocacia em geral. O Estatuto refere-se a dois tipos, não excludentes de outros: a 
reincidência em infração disciplinar e a gravidade da culpa.
[...] quando comprovada a circunstância agravante, as consequências apenas serão: I – aplica-
ção da sanção imediatamente mais grave, sendo que para a exclusão exige-se dupla reincidên-
cia; II – aplicação cumulativa de multa com outra sanção; III – gradação do valor da multa, 
dentro dos limites legais; IV – gradação do tempo de suspensão, nesse caso variando do tempo 
médio ao máximo (grifos nossos).
EOAB, art. 40. Na aplicação das sanções disciplinares, são consideradas, para fins de atenuação, 
as seguintes circunstâncias, entre outras:
I – falta cometida na defesa de prerrogativa profissional;
II – ausência de punição disciplinar anterior;
III – exercício assíduo e proficiente de mandato ou cargo em qualquer órgão da OAB;
IV – prestação de relevantes serviços à advocacia ou à causa pública.
Parágrafo único. Os antecedentes profissionais do inscrito, as atenuantes, o grau de culpa por ele 
revelada, as circunstâncias e as consequências da infração são considerados para o fim de decidir:
a) sobre a conveniência da aplicação cumulativa da multa e de outra sanção disciplinar;
b) sobre o tempo de suspensão e o valor da multa aplicáveis.
Ao aplicar as sanções disciplinares, a Ordem irá verificar a presença ou não de circuns-
tâncias que atenuem a aplicação das sanções.
Ademais, os antecedentes profissionais do inscrito, as atenuantes, o grau de culpa por 
ele revelada, as circunstâncias e as consequências da infração são considerados para o 
fim de decidir sobre a conveniência da aplicação cumulativa da multa e de outra sanção 
disciplinar, assim como sobre o tempo de suspensão e o valor da multa aplicáveis (art. 40, 
parágrafo único, do Estatuto da OAB).
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Destaca Paulo Lôbo (2017) que: “Na aplicação das atenuantes, a OAB considerará: a) a 
redução da sanção disciplinar mais grave para a imediatamente menos grave; b) a redu-
ção do montante do tempo de suspensão; c) a exclusão da multa; d) a redução da sanção 
de censura para a de advertência” (grifos nossos).
EOAB, art. 41. É permitido ao que tenha sofrido qualquer sanção disciplinar requerer, um ano após 
seu cumprimento, a reabilitação, em face de provas efetivas de bom comportamento.
Parágrafo único. Quando a sanção disciplinar resultar da prática de crime, o pedido de reabilita-
ção depende também da correspondente reabilitação criminal.
Sabemos que no Brasil não são admitidas penas de caráter perpétuo, conforme determina 
a Carta Magna (art. 5º, XLVII, alínea “b”). Sendo assim, em consonância com essa garantia 
fundamental, é permitido ao que tenha sofrido qualquer sanção disciplinar requerer a reabilita-
ção, 1 (um) ano após seu cumprimento, em face de provas efetivas de bom comportamento.
Entretanto, caso a sanção disciplinar resulte da prática de crime, o pedido de reabilitação 
depende também da correspondente reabilitação criminal.
Cuida-se na reabilitação de processo ético-disciplinar originário, requerido pelo punido, 
perante a Seccional, após o cumprimento da pena, pelo qual, em face de provas efetivas 
de bom comportamento (e, se for o caso, de ter conseguido a reabilitação criminal), requer 
a extinção, de seus assentamentos, do respectivo registro disciplinar, em conformidade 
com o Manual de Procedimentos do Processo Ético-Disciplinar do Conselho Federal da OAB.
Segundo o artigo 69 do CED-OAB, a competência para processar e julgar o pedido 
de reabilitação é do Conselho Seccional em que tenha sido aplicada a sanção disciplinar. 
Nos casos de competência originária do Conselho Federal, perante este tramitará o pedido 
de reabilitação, observando-se, no que couber, o procedimento do processo disciplinar.
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O pedido de reabilitação será instruído com provas de bom comportamento, no exer-
cício da advocacia e na vida social, cumprindo à Secretaria do Conselho competente certifi-
car, nos autos, o efetivo cumprimento da sanção disciplinar pelo requerente. Quando o 
pedido não estiver suficientemente instruído, o relator assinará prazo ao requerente para 
que complemente a documentação. Caso não seja cumprida a determinação, o pedido 
será liminarmente arquivado (art. 69, §§ 4º e 5º, CED-OAB).
EOAB, art. 42. Fica impedido de exercer o mandato o profissional a quem forem aplicadas as 
sanções disciplinares de suspensão ou exclusão.
Lembre-se de que, se forem aplicadas as sanções disciplinares de suspensão ou exclu-
são, o profissional ficará impedido de exercer o mandato profissional.
EOAB, art. 43. A pretensão à punibilidade das infrações disciplinares prescreve em cinco anos, 
contados da data da constatação oficial do fato.
§ 1º Aplica-se a prescrição a todo processo disciplinar paralisado por mais de três anos, pendente 
de despacho ou julgamento, devendo ser arquivado de ofício, ou a requerimento da parte interes-
sada, sem prejuízo de serem apuradas as responsabilidades pela paralisação.
§ 2º A prescrição interrompe-se:
I – pela instauração de processo disciplinar ou pela notificação válida feita diretamente ao re-
presentado;
II – pela decisão condenatória recorrível de qualquer órgão julgador da OAB.
A pretensão à punibilidade das infrações disciplinares prescreve em 5 (cinco) anos, 
contados da data da constatação oficial do fato.
Ademais, aplica-se a prescrição a todo processo disciplinar paralisado por mais de 3 (três) 
anos, pendente de despacho ou julgamento, devendo ser arquivado de ofício ou a requerimento 
da parte interessada, sem prejuízo de serem apuradas as responsabilidades pela paralisação.
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No entanto, são causas de interrupção da contagem do prazo da prescrição:
• a instauração de processo disciplinar OU a notificação válida feita diretamente ao 
representado;
• a decisão condenatória recorrível de qualquer órgão julgador da OAB.
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10– A ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL
EOAB, art. 44. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), serviço público, dotada de personalidade 
jurídica e forma federativa, tem por finalidade:
I – defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado democrático de direito, os direitos huma-
nos, a justiça social, e pugnar pela boa aplicação das leis, pela rápida administração da justiça e 
pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas;
II – promover, com exclusividade, a representação, a defesa, a seleção e a disciplina dos advoga-
dos em toda a República Federativa do Brasil.
§ 1º A OAB não mantém com órgãos da Administração Pública qualquer vínculo funcional ou 
hierárquico.
§ 2º O uso da sigla OAB é privativo da Ordem dos Advogados do Brasil.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) é uma entidade sui generis que presta serviço 
público e tem por finalidade defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado democrático 
de direito, os direitos humanos, a justiça social, e pugnar pela boa aplicação das leis, pela 
rápida administração da justiça e pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas, 
bem como promover, com exclusividade, a representação, a defesa, a seleção e a disciplina 
dos advogados em toda a República Federativa do Brasil.
A entidade de classe é considerada sui generis porque, apesar de prestar serviço público, 
não integra a Administração Pública, de modo que não possui qualquer vínculo funcional ou 
hierárquico com os órgãos da Administração Pública direta ou indireta.
O Supremo Tribunal Federal já se manifestou no sentido de que a OAB é entidade pres-
tadora de serviço público independente:
ADI n. 3026-4
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. § 1º DO ARTIGO 79 DA LEI N. 8.906, 
2ª PARTE. “SERVIDORES” DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. PRECEITO QUE POSSI-
BILITA A OPÇÃO PELO REGIME CELESTISTA. COMPENSAÇÃO PELA ESCOLHA DO REGIME 
JURÍDICO NO MOMENTO DA APOSENTADORIA. INDENIZAÇÃO. IMPOSIÇÃO DOS DITAMES 
INERENTES À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA. CONCURSO PÚBLICO (ART. 
37, II DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL). INEXIGÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO PARA A AD-
MISSÃO DOS CONTRATADOS PELA OAB. AUTARQUIAS ESPECIAIS E AGÊNCIAS. CARÁTER 
JURÍDICO DA OAB. ENTIDADE PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO INDEPENDENTE. CA-
TEGORIA ÍMPAR NO ELENCO DAS PERSONALIDADES JURÍDICAS EXISTENTES NO DIREI-
TO BRASILEIRO. AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA DA ENTIDADE. PRINCÍPIO DA MORALIDA-
DE. VIOLAÇÃO DO ARTIGO 37, CAPUT, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. NÃO OCORRÊNCIA 
(Relator(a): Min. EROS GRAU, Tribunal Pleno, julgado em 08/06/2006, DJ 29-09-2006 PP-00031 
EMENT VOL-02249-03 PP-00478 RTJ VOL-00201-01 PP-00093).
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Segundo Paulo Lôbo (2017):
Em suma, a OAB não é nem autarquia, nem entidade genuinamente privada, mas serviço público 
independente, categoria sui generis, submetida ao direito público, na realização das atividades 
estatais que lhe foram delegadas, e ao direito privado, no desenvolvimento de suas atividades 
administrativas e de suas finalidades institucionais e de defesa da profissão.
Em razão disso, bem como tendo em vista o disposto no artigo 78 do Estatuto da OAB, 
aos servidores da Ordem aplica-se o regime trabalhista.
EOAB, art. 45. São órgãos da OAB:
I – o Conselho Federal;
II – os Conselhos Seccionais;
III – as Subseções;
IV – as Caixas de Assistência dos Advogados.
§ 1º O Conselho Federal, dotado de personalidade jurídica própria, com sede na capital da Repú-
blica, é o órgão supremo da OAB.
§ 2º Os Conselhos Seccionais, dotados de personalidade jurídica própria, têm jurisdição sobre os 
respectivos territórios dos Estados-membros, do Distrito Federal e dos Territórios.
§ 3º As Subseções são partes autônomas do Conselho Seccional, na forma desta lei e de seu ato 
constitutivo.
§ 4º As Caixas de Assistência dos Advogados, dotadas de personalidade jurídica própria, são cria-
das pelos Conselhos Seccionais, quando estes contarem com mais de mil e quinhentos inscritos.
§ 5º A OAB, por constituir serviço público, goza de imunidade tributária total em relação a seus 
bens, rendas e serviços.
§ 6º Os atos, as notificações e as decisões dos órgãos da OAB, salvo quando reservados ou de 
administração interna, serão publicados no Diário Eletrônico da Ordem dos Advogados do Brasil, 
a ser disponibilizado na internet, podendo ser afixados no fórum local, na íntegra ou em resumo.
A Ordem dos Advogados do Brasil adota a forma federativa, na qual o poder político 
é descentralizado entre órgãos autônomos. A estrutura da entidade é integrada pelos 
seguintes órgãos:
• Conselho Federal;
• Conselhos Seccionais;
• Subseções; e
• Caixas de Assistência dos Advogados.
Cada um dos órgãos possui jurisdição e competência específicas.
O Conselho Federal, dotado de personalidade jurídica própria, com sede na capital da 
República, é o órgão supremo da OAB e tem jurisdição em todo o país.
Os Conselhos Seccionais, dotados de personalidade jurídica própria, têm jurisdição 
sobre os respectivos territórios dos Estados-membros, do Distrito Federal e dos Territórios.
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Já as Caixas de Assistência dos Advogados também são dotadas de personalidade jurídica 
própria e criadas pelos Conselhos Seccionais quando contarem com mais de 1.500 inscritos.
Por sua vez, as Subseções não possuem personalidade jurídica própria, são partes 
autônomas do Conselho Seccional, com jurisdição definida em ato constitutivo, que podem 
abranger um ou mais municípios, ou parte de município.
Ademais, a Ordem, por constituir serviço público, goza de imunidade tributária total em rela-
ção a seus bens, rendas e serviços (art. 45, § 5º, do Estatuto da OAB c/c art. 150, § 2º, CF/1988).
Em que pese a natureza jurídica de serviço público, a entidade de classe não integra o 
orçamento público, sendo essencial o pagamento de anuidade por parte dos integrantes da 
classe para que as funções institucionais da Ordem possam ser efetivamente desempenhadas.
Dessa forma, a entidade é mantida pelos próprios inscritos, por meio do pagamento 
de anuidades, contribuições obrigatórias, multas e preços de serviços fixados pelo Con-
selho Seccional (art. 55 do Regulamento Geral da OAB).
Obs.: � Os atos, as notificações e as decisões dos órgãos da OAB, salvo quando reserva-
dos ou de administração interna, serão publicados no Diário Eletrônico da Ordem 
dos Advogados do Brasil, a ser disponibilizado na internet, podendo ser afixados no 
fórum local, na íntegra ou em resumo.
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EOAB, art. 46. Compete à OAB fixar e cobrar, de seus inscritos, contribuições, preços de servi-
ços e multas.
Parágrafo único. Constitui título executivo extrajudicial a certidão passada pela diretoria do Con-
selho competente, relativa a crédito previsto neste artigo.
Art. 47. O pagamento da contribuição anual à OAB isenta os inscritos nos seus quadros do paga-
mento obrigatório da contribuição sindical.
Compete à OAB fixar e cobrar de seus inscritos contribuições, preços de serviços e 
multas, constituindo título executivo extrajudicial a certidão passada pela diretoria do Con-
selho competente, nos termos do artigo 46 do Estatuto da OAB.
ATENÇÃO
A fixação, alteração e recebimento das contribuições obrigatórias, preços de serviços e multas 
é competência privativa do Conselho Seccional do inscrito (art. 58, IX, do Estatuto da OAB).
Além do mais, o pagamento da contribuição anual à OAB isenta os inscritos nos seus 
quadros do pagamento obrigatório da contribuição sindical.
Como não compõem a receita pública, não possuem natureza tributária e também não 
podem ser consideradas contribuições sociais, previstas no artigo 149 da Constituição Fede-
ral, pois aentidade não é considerada um instrumento da União.
O patrimônio do Conselho Federal, do Conselho Seccional, da Caixa de Assistência dos 
Advogados e da Subseção é constituído de bens móveis e imóveis e outros bens e valores 
que tenham adquirido ou venham a adquirir, nos termos do artigo 47 do Regulamento Geral.
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EOAB, art. 48. O cargo de conselheiro ou de membro de diretoria de órgão da OAB é de exercício 
gratuito e obrigatório, considerado serviço público relevante, inclusive para fins de disponibilidade 
e aposentadoria.
Art. 49. Os Presidentes dos Conselhos e das Subseções da OAB têm legitimidade para agir, judi-
cial e extrajudicialmente, contra qualquer pessoa que infringir as disposições ou os fins desta lei.
Parágrafo único. As autoridades mencionadas no caput deste artigo têm, ainda, legitimidade para 
intervir, inclusive como assistentes, nos inquéritos e processos em que sejam indiciados, acusados 
ou ofendidos os inscritos na OAB.
Art. 50. Para os fins desta lei, os Presidentes dos Conselhos da OAB e das Subseções podem 
requisitar cópias de peças de autos e documentos a qualquer tribunal, magistrado, cartório e órgão 
da Administração Pública direta, indireta e fundacional.
É importante destacar que o cargo de conselheiro ou de membro de diretoria de órgão da 
OAB é de exercício gratuito e obrigatório, considerado serviço público relevante, inclusive 
para fins de disponibilidade e aposentadoria.
Os Presidentes dos Conselhos e das Subseções da OAB têm legitimidade para agir, 
judicial e extrajudicialmente, contra qualquer pessoa que infringir as disposições ou os fins 
do Estatuto, bem como possuem legitimidade para intervir, inclusive como assistentes, nos 
inquéritos e processos em que sejam indiciados, acusados ou ofendidos os inscritos na OAB.
Dito isso, os Presidentes dos Conselhos da OAB e das Subseções podem requisitar 
cópias de peças de autos e documentos a qualquer tribunal, magistrado, cartório e órgão da 
Administração Pública direta, indireta e fundacional, desde que os fins estejam vinculados 
aos fins do Estatuto da OAB.
Na Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 1.127, o Supremo Tribunal Federal consi-
derou que a requisição de cópias de peças e documentos a qualquer tribunal, magistrado, 
cartório ou órgão da Administração Pública direta, indireta ou fundacional pelos Presidentes 
do Conselho da OAB e das Subseções deve ser motivada, compatível com as finalidades 
da lei e precedida, ainda, do recolhimento dos respectivos custos, não sendo possível a 
requisição de documentos cobertos pelo sigilo.
CONSELHO FEDERAL
EOAB, art. 51. O Conselho Federal compõe-se:
I – dos conselheiros federais, integrantes das delegações de cada unidade federativa;
II – dos seus ex-presidentes, na qualidade de membros honorários vitalícios.
§ 1º Cada delegação é formada por três conselheiros federais.
§ 2º Os ex-presidentes têm direito apenas a voz nas sessões.
§ 3º O Instituto dos Advogados Brasileiros e a Federação Nacional dos Institutos dos Advogados 
do Brasil são membros honorários, somente com direito a voz nas sessões do Conselho Federal. 
(Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022)
Art. 52. Os presidentes dos Conselhos Seccionais, nas sessões do Conselho Federal, têm lugar 
reservado junto à delegação respectiva e direito somente a voz.
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O Conselho Federal, órgão supremo da OAB, com sede na capital da República, é formado 
por conselheiros federais, integrantes das delegações de cada unidade federativa, por seus 
ex-presidentes, na qualidade de membros honorários vitalícios, além de um Presidente nacional.
Cada delegação representa uma unidade federativa e é composta por 3 (três) conse-
lheiros federais, eleitos em conjunto com o Conselho Seccional. Sendo assim, conside-
rando que a República Federativa do Brasil possui 27 (vinte e sete) unidades federativas (26 
[vinte e seis] Estados-membros e um Distrito Federal), o Conselho Federal é composto de 81 
(oitenta e um) Conselheiros Federais.
Obs.: � Nas sessões do Conselho Federal, os presidentes dos Conselhos Seccionais têm 
lugar reservado junto à delegação respectiva e direito somente à voz em todas as 
sessões do Conselho e de suas Câmaras.
 � Além do mais, O Presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros e os agraciados 
com a “Medalha Rui Barbosa” podem participar das sessões do Conselho Pleno, 
com direito a voz (art. 63 do Regulamento Geral).
Ressalto que, em regra, os ex-presidentes têm apenas direito à voz nas sessões do 
Conselho, exceto os ex-presidentes que exerceram mandato antes de 05/07/1994 (início da 
vigência do novo Estatuto da Ordem), que têm seu direito de voto assegurado pelo artigo 62, 
§ 1º, do Regulamento Geral da OAB.
Quanto aos ex-presidentes, Paulo Lôbo (2017) discorre que:
Todos assumem a qualidade de membros honorários vitalícios, não apenas como homenagem 
da classe aos seus dirigentes máximos, mas porque a história da OAB demonstrou que é oportuna 
sua palavra de experiência para tomada de posição da entidade, sobretudo em matéria institu-
cional. A expressão “membro honorário vitalício”, contida na lei, indica qualidade e não denomina-
ção. Os ex-Presidentes são conselheiros (grifos nossos).
ATENÇÃO
A Lei n. 14.365, de 02 de junho de 2022, incluiu a previsão de que o Instituto dos Ad-
vogados Brasileiros e a Federação Nacional dos Institutos dos Advogados do Brasil são 
membros honorários, somente com direito a voz nas sessões do Conselho Federal, nos 
termos do artigo 51, § 3º, do EOAB.
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EOAB, art. 53. O Conselho Federal tem sua estrutura e funcionamento definidos no Regulamento 
Geral da OAB.
§ 1º O Presidente, nas deliberações do Conselho, tem apenas o voto de qualidade.
§ 2º O voto é tomado por delegação, e não pode ser exercido nas matérias de interesse da unidade 
que represente.
§ 3º Na eleição para a escolha da Diretoria do Conselho Federal, cada membro da delegação terá 
direito a 1 (um) voto, vedado aos membros honorários vitalícios.
Em qualquer órgão colegiado do Conselho Federal, o voto é tomado por delegação (e não 
pode ser exercido nas matérias de interesse da unidade que represente), em ordem alfabética, 
seguido dos ex-presidentes presentes, com direito a voto. Por outro lado, na eleição para a 
escolha da Diretoria do Conselho Federal, cada membro da delegação terá direito a 1 (um) voto.
Saliento que o Presidente, por não estar vinculado a nenhuma delegação, nas delibera-
ções do Conselho, tem apenas o voto de qualidade no caso de empate.
Obs.: � Na eleição para a escolha da Diretoria do Conselho Federal, cada membro da dele-
gação terá direito a 1 (um) voto, sendo vedada a participação dos membros hono-
rários vitalícios, já que somente votam os Conselheiros Federais, individualmente.
O Conselho Federal atua mediante os seguintes órgãos (art. 64 do Regulamento 
Geral da OAB):
• Conselho Pleno;
• Órgão Especial do Conselho Pleno;
• Primeira, Segunda e Terceira Câmaras;
• Diretoria; e
• Presidente.
Além do mais, para o desempenho de suas atividades, o Conselho conta também com 
comissões permanentes, definidas em Provimento, e com comissões temporárias, todas 
designadas pelo Presidente, integradas ou não por Conselheiros Federais, submetidas a 
um regimento interno único, aprovado pela Diretoria do Conselho Federal, que o levará ao 
conhecimento do Conselho Pleno.
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Quanto aos órgãos estruturais do Conselho Federal, Paulo Lôbo (2017) resume que:
De modo geral, coube ao Conselho Pleno, integrado por todosos conselheiros federais, deliberar 
sobre as matérias de caráter institucional, o ajuizamento de ações coletivas, a fixação de diretrizes 
para a classe, a tomada de posição em nome dos advogados brasileiros, a aprovação de textos 
normativos. O Órgão Especial é a última instância recursal e de consulta. As Câmaras apreciam 
matérias e recursos de acordo com os assuntos em que foram distribuídos: para a Primeira Câma-
ra, direitos, prerrogativas, seleção, fiscalização; para a Segunda Câmara, ética e disciplina; para a 
Terceira Câmara, controle financeiro, eleições e demais questões. A Segunda Câmara foi dividida 
em três turmas. Nas faltas e impedimento do Presidente da Câmara, este é substituído pelo Con-
selheiro mais antigo. A diretoria, coletivamente, delibera sobre certas matérias executivas e de 
administração que ultrapassam a competência específica de cada diretor (grifos nossos).
O Conselho Federal é competente para (art. 54 do Estatuto da OAB):
I – dar cumprimento efetivo às finalidades da OAB;
II – representar, em juízo ou fora dele, os interesses coletivos ou individuais dos advogados;
III – velar pela dignidade, independência, prerrogativas e valorização da advocacia;
IV – representar, com exclusividade, os advogados brasileiros nos órgãos e eventos internacio-
nais da advocacia;
V – editar e alterar o Regulamento Geral, o Código de Ética e Disciplina, e os Provimentos 
que julgar necessários;
VI – adotar medidas para assegurar o regular funcionamento dos Conselhos Seccionais;
VII – intervir nos Conselhos Seccionais, onde e quando constatar grave violação desta lei ou do 
regulamento geral;
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Obs.: � A intervenção depende de prévia aprovação por 2/3 (dois terços) das delegações, 
garantido o amplo direito de defesa do Conselho Seccional respectivo, nomeando-se 
diretoria provisória para o prazo que se fixar.
VIII – cassar ou modificar, de ofício ou mediante representação, qualquer ato, de órgão ou auto-
ridade da OAB, contrário a esta lei, ao regulamento geral, ao Código de Ética e Disciplina, e 
aos Provimentos, ouvida a autoridade ou o órgão em causa;
IX – julgar, em grau de recurso, as questões decididas pelos Conselhos Seccionais, nos ca-
sos previstos neste estatuto e no regulamento geral;
X – dispor sobre a identificação dos inscritos na OAB e sobre os respectivos símbolos privativos;
XI – apreciar o relatório anual e deliberar sobre o balanço e as contas de sua diretoria;
XII – homologar ou mandar suprir relatório anual, o balanço e as contas dos Conselhos 
Seccionais;
XIII – elaborar as listas constitucionalmente previstas, para o preenchimento dos cargos nos 
tribunais judiciários de âmbito nacional ou interestadual, com advogados que estejam em pleno 
exercício da profissão, vedada a inclusão de nome de membro do próprio Conselho ou de outro 
órgão da OAB;
XIV – ajuizar ação direta de inconstitucionalidade de normas legais e atos normativos, ação 
civil pública, mandado de segurança coletivo, mandado de injunção e demais ações cuja 
legitimação lhe seja outorgada por lei;
XV – colaborar com o aperfeiçoamento dos cursos jurídicos, e opinar, previamente, nos pe-
didos apresentados aos órgãos competentes para criação, reconhecimento ou credenciamento 
desses cursos;
XVI – autorizar, pela maioria absoluta das delegações, a oneração ou alienação de seus 
bens imóveis;
Obs.: � A alienação ou oneração de bens imóveis depende de autorização da maioria das 
delegações, no Conselho Federal, e da maioria dos membros efetivos, no Conse-
lho Seccional, competindo à Diretoria do órgão decidir pela aquisição de qual-
quer bem e dispor sobre os bens móveis. A alienação ou oneração de bens imó-
veis depende de aprovação dos respectivos Conselhos (art. 48 do Regulamento 
Geral da OAB).
XVII – participar de concursos públicos, nos casos previstos na Constituição e na lei, em todas 
as suas fases, quando tiverem abrangência nacional ou interestadual;
XVIII – resolver os casos omissos neste estatuto.
XIX – fiscalizar, acompanhar e definir parâmetros e diretrizes da relação jurídica mantida entre 
advogados e sociedades de advogados ou entre escritório de advogados sócios e advoga-
do associado, inclusive no que se refere ao cumprimento dos requisitos norteadores da associa-
ção sem vínculo empregatício; (Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022)
XX – promover, por intermédio da Câmara de Mediação e Arbitragem, a solução sobre questões 
atinentes à relação entre advogados sócios ou associados e homologar, caso necessário, quitações 
de honorários entre advogados e sociedades de advogados, observado o disposto no inciso XXXV 
do caput do art. 5º da Constituição Federal. (Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022) (grifos nossos).
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ATENÇÃO
Como vimos antes, a Lei n. 14.365, de 02 de junho de 2022, inseriu o artigo 17-A ao Estatuto 
da OAB para incluir a possibilidade de o advogado associar-se a uma ou mais sociedades de 
advogados ou sociedades unipessoais de advocacia, sem que estejam presentes os requisitos 
legais de vínculo empregatício, para prestação de serviços e participação nos resultados.
Sendo assim, observe que o Conselho Federal será o responsável por fiscalizar, acom-
panhar e definir parâmetros e diretrizes da relação jurídica mantida entre advogados e 
sociedades de advogados ou entre escritório de advogados sócios e advogado associado, 
além de promover a solução sobre questões atinentes à relação entre advogados sócios 
ou associados e homologar, caso necessário, quitações de honorários entre advogados e 
sociedades de advogados, por intermédio da Câmara de Mediação e Arbitragem.
Cuidado: o Conselho Federal poderá designar essas atribuições ao Conselho Seccional.
EOAB, art. 55. A diretoria do Conselho Federal é composta de um Presidente, de um Vice-Presi-
dente, de um Secretário-Geral, de um Secretário-Geral Adjunto e de um Tesoureiro.
§ 1º O Presidente exerce a representação nacional e internacional da OAB, competindo-lhe con-
vocar o Conselho Federal, presidi-lo, representá-lo ativa e passivamente, em juízo ou fora dele, 
promover-lhe a administração patrimonial e dar execução às suas decisões.
§ 2º O regulamento geral define as atribuições dos membros da diretoria e a ordem de substituição 
em caso de vacância, licença, falta ou impedimento.
§ 3º Nas deliberações do Conselho Federal, os membros da diretoria votam como membros de 
suas delegações, cabendo ao Presidente, apenas, o voto de qualidade e o direito de embargar a 
decisão, se esta não for unânime.
A diretoria do Conselho Federal é composta por:
• Presidente;
• Vice-Presidente;
• Secretário-Geral;
• Secretário-Geral Adjunto; e
• Tesoureiro.
O Presidente irá exercer a representação nacional e internacional da OAB, competindo-
-lhe convocar o Conselho Federal, presidi-lo, representá-lo ativa e passivamente, em juízo ou 
fora dele, promover-lhe a administração patrimonial e dar execução às suas decisões.
ATENÇÃO
Nas deliberações do Conselho Federal, os membros da diretoria votam como membros 
de suas delegações, cabendo ao Presidente, apenas, o voto de qualidade e o direito de 
embargar a decisão, se esta não for unânime.
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Para o desempenho de suas atividades, a Diretoria contará, também, com 2 (dois) repre-
sentantes institucionais permanentes, cujas funções serão exercidas por Conselheiros 
Federais por ela designados, ad referendum do Conselho Pleno, destinadas ao acompanha-
mento dos interesses da Advocacia no Conselho Nacional de Justiça e no Conselho Nacional 
do Ministério Público (art. 98 do Regulamento Geral).
Obs.: � O Presidente é substituído em suas faltas, licenças e impedimentos pelo Vice--Presidente, pelo Secretário-Geral, pelo Secretário-Geral Adjunto e pelo Tesoureiro, 
sucessivamente.
 � Por sua vez, o Vice-Presidente, o Secretário-Geral, o Secretário-Geral Adjunto e o 
Tesoureiro substituem-se nessa ordem, em suas faltas e impedimentos ocasionais, 
sendo o último substituído pelo Conselheiro Federal mais antigo e, havendo coinci-
dência de mandatos, pelo de inscrição mais antiga.
 � No caso de licença temporária, o Diretor é substituído pelo Conselheiro designado 
pelo Presidente. Já no caso de vacância de cargo da Diretoria, em virtude de perda 
do mandato, morte ou renúncia, o sucessor é eleito pelo Conselho Pleno.
CONSELHO SECCIONAL
EOAB, art. 56. O Conselho Seccional compõe-se de conselheiros em número proporcional ao de 
seus inscritos, segundo critérios estabelecidos no regulamento geral.
§ 1º São membros honorários vitalícios os seus ex-presidentes, somente com direito a voz em 
suas sessões.
§ 2º O Presidente do Instituto dos Advogados local é membro honorário, somente com direito a voz 
nas sessões do Conselho.
§ 3º Quando presentes às sessões do Conselho Seccional, o Presidente do Conselho Federal, os 
Conselheiros Federais integrantes da respectiva delegação, o Presidente da Caixa de Assistência 
dos Advogados e os Presidentes das Subseções, têm direito a voz.
O Conselho Seccional é composto por Conselheiros em número proporcional ao de 
inscritos, com inscrição concedida na unidade federativa, observados os seguintes critérios 
(art. 106 do Regulamento Geral):
• abaixo de 3.000 (três mil) inscritos, até 30 (trinta) membros;
• a partir de 3.000 (três mil) inscritos, mais um membro por grupo completo de 3.000 
(três mil) inscritos, até o total de 80 (oitenta) membros.
Cabe ao Conselho Seccional, observado o número da última inscrição concedida, fixar o 
número de seus membros, mediante resolução, sujeita a referendo do Conselho Federal, que 
aprecia a base de cálculo e reduz o excesso, se houver.
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Além disso, o Conselho Seccional é integrado por seus ex-presidentes, considerados 
membros honorários vitalícios, e pelo Presidente do Instituto dos Advogados local, 
também considerado membro honorário, que possuem somente direito à voz nas sessões 
do Conselho e não se incluem no cálculo da composição dos elegíveis ao Conselho (art. 
106, § 3º, do Regulamento Geral).
É possível a participação nas sessões do Conselho Seccional do Presidente do Con-
selho Federal, dos Conselheiros Federais integrantes da respectiva delegação, do Presi-
dente da Caixa de Assistência dos Advogados e dos Presidentes das Subseções. Con-
tudo, a presença não é imprescindível para a realização do ato e aos membros é conferido 
apenas o direito à voz.
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EOAB, art. 57. O Conselho Seccional exerce e observa, no respectivo território, as competências, 
vedações e funções atribuídas ao Conselho Federal, no que couber e no âmbito de sua compe-
tência material e territorial, e as normas gerais estabelecidas nesta lei, no regulamento geral, no 
Código de Ética e Disciplina, e nos Provimentos.
[...]
Art. 59. A diretoria do Conselho Seccional tem composição idêntica e atribuições equivalentes às 
do Conselho Federal, na forma do regimento interno daquele.
A diretoria do Conselho Seccional tem composição idêntica e atribuições equivalentes 
às do Conselho Federal. Portanto, é composta de um Presidente, de um Vice-Presidente, de 
um Secretário-Geral, de um Secretário-Geral Adjunto e de um Tesoureiro.
Do mesmo modo, as competências, vedações e funções atribuídas ao Conselho Sec-
cional devem observar as disposições referentes ao Conselho Federal, no que couber e no 
âmbito de sua competência material e territorial, além das normas gerais estabelecidas no 
Estatuto, no regulamento geral, no Código de Ética e Disciplina e nos Provimentos.
Dito de outro modo, a regra geral é que o Conselho Seccional tenha as competências já 
especificadas do Conselho Federal, no âmbito de sua jurisdição, além das que lhes são pri-
vativas, conforme trago a seguir.
Ao Conselho Seccional compete privativamente (art. 58 do EOAB):
EOAB, art. 58. Compete privativamente ao Conselho Seccional:
I – editar seu regimento interno e resoluções;
II – criar as Subseções e a Caixa de Assistência dos Advogados;
III – julgar, em grau de recurso, as questões decididas por seu Presidente, por sua diretoria, 
pelo Tribunal de Ética e Disciplina, pelas diretorias das Subseções e da Caixa de Assistência dos 
Advogados;
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IV – fiscalizar a aplicação da receita, apreciar o relatório anual e deliberar sobre o balanço e as 
contas de sua diretoria, das diretorias das Subseções e da Caixa de Assistência dos Advogados;
V – fixar a tabela de honorários, válida para todo o território estadual;
VI – realizar o Exame de Ordem;
VII – decidir os pedidos de inscrição nos quadros de advogados e estagiários;
VIII – manter cadastro de seus inscritos;
IX – fixar, alterar e receber contribuições obrigatórias, preços de serviços e multas;
X – participar da elaboração dos concursos públicos, em todas as suas fases, nos casos previs-
tos na Constituição e nas leis, no âmbito do seu território;
XI – determinar, com exclusividade, critérios para o traje dos advogados, no exercício profissional;
XII – aprovar e modificar seu orçamento anual;
XIII – definir a composição e o funcionamento do Tribunal de Ética e Disciplina, e escolher 
seus membros;
XIV – eleger as listas, constitucionalmente previstas, para preenchimento dos cargos nos tri-
bunais judiciários, no âmbito de sua competência e na forma do Provimento do Conselho Federal, 
vedada a inclusão de membros do próprio Conselho e de qualquer órgão da OAB;
XV – intervir nas Subseções e na Caixa de Assistência dos Advogados;
XVI – desempenhar outras atribuições previstas no regulamento geral.
XVII – fiscalizar, por designação expressa do Conselho Federal da OAB, a relação jurídica man-
tida entre advogados e sociedades de advogados e o advogado associado em atividade na 
circunscrição territorial de cada seccional, inclusive no que se refere ao cumprimento dos requi-
sitos norteadores da associação sem vínculo empregatício; (Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022)
XVIII – promover, por intermédio da Câmara de Mediação e Arbitragem, por designação do Con-
selho Federal da OAB, a solução sobre questões atinentes à relação entre advogados sócios ou 
associados e os escritórios de advocacia sediados na base da seccional e homologar, caso neces-
sário, quitações de honorários entre advogados e sociedades de advogados, observado o disposto 
no inciso XXXV do caput do art. 5º da Constituição Federal. (Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022)
ATENÇÃO
Como vimos anteriormente, em regra, as atribuições inseridas nos incisos XVII e XVIII são 
exercidas pelo Conselho Federal. No entanto, por designação expressa do Conselho Fe-
deral, elas podem ser atribuídas ao Conselho Seccional.
Todos os órgãos vinculados ao Conselho Seccional reúnem-se, ordinariamente, nos 
meses de fevereiro a dezembro, em suas sedes, e para a sessão de posse no mês de janeiro 
do primeiro ano do mandato, mas, em caso de urgência ou nos períodos de recesso (janeiro), 
os Presidentes dos órgãos ou um terço de seus membros podem convocar sessão extraor-
dinária (art. 107 do Regulamento Geral).
Para instalação e deliberação, exige-se a presença de metade dos membros, não se com-
putando no cálculo os ex-Presidentes presentes, mesmo que com direito a voto, sendo que a 
deliberação é tomada pela maioria de votos dos presentes (art. 108 do Regulamento Geral).
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Entretanto, o quórum será qualificado e, portanto, é necessária a presença de dois 
terços dos conselheiros para aprovação ou alteração do Regimento Interno do Conselho, 
para criação e intervenção em Caixa de Assistência dos Advogados e Subseções, e para 
aplicação da pena de exclusão de inscrito.
SUBSEÇÃO
EOAB, art. 60. A Subseção pode ser criada pelo Conselho Seccional, que fixa sua área territorial 
e seus limites de competência e autonomia.
§ 1º A área territorial da Subseção pode abranger um ou mais municípios, ou parte de município, 
inclusive da capital do Estado, contando com um mínimo de quinze advogados, nela profissional-
mente domiciliados.
§ 2º A Subseção é administrada por uma diretoria, com atribuições e composição equivalentes às 
da diretoria do Conselho Seccional.
§ 3º Havendo mais de cem advogados, a Subseção pode ser integrada, também, por um conselho 
em número de membros fixado pelo Conselho Seccional.
§ 4º Os quantitativos referidos nos §§ 1º e 3º deste artigo podem ser ampliados, na forma do regi-
mento interno do Conselho Seccional.
§ 5º Cabe ao Conselho Seccional fixar, em seu orçamento, dotações específicas destinadas à 
manutenção das Subseções.
§ 6º O Conselho Seccional, mediante o voto de dois terços de seus membros, pode intervir nas 
Subseções, onde constatar grave violação desta lei ou do regimento interno daquele.
A Subseção pode ser criada pelo Conselho Seccional, que irá fixar sua área territorial 
e seus limites de competência e autonomia, sendo que a área territorial da Subseção pode 
abranger um ou mais municípios, ou parte de município, inclusive da capital do Estado, 
contando com um mínimo de 15 (quinze) advogados, nela profissionalmente domiciliados.
Havendo mais de 100 (cem) advogados, a Subseção pode ser integrada, também, por 
um conselho em número de membros fixado pelo Conselho Seccional.
Obs.: � A criação de Subseção depende, além da observância dos requisitos estabelecidos 
no Regimento Interno do Conselho Seccional, de estudo preliminar de viabilidade 
realizado por comissão especial designada pelo Presidente do Conselho Seccional, 
incluindo o número de advogados efetivamente residentes na base territorial, a exis-
tência de comarca judiciária, o levantamento e a perspectiva do mercado de trabalho, 
o custo de instalação e de manutenção.
A subseção é parte autônoma do Conselho Seccional, não é dotada de personalidade 
jurídica e é administrada por uma diretoria, com atribuições e composição equivalentes às da 
diretoria do Conselho Seccional.
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Obs.: � O Conselho Seccional poderá intervir nas Subseções onde constatar grave viola-
ção do Estatuto da OAB ou do regimento interno daquele, mediante o voto de 2/3 
(dois terços) de seus membros. O Conselho Seccional fixa, em seu orçamento 
anual, dotações específicas destinadas à manutenção das Subseções.
Compete à Subseção, no âmbito de seu território (art. 61 do EOAB):
EOAB, art. 61, I – dar cumprimento efetivo às finalidades da OAB;
II – velar pela dignidade, independência e valorização da advocacia, e fazer valer as prerroga-
tivas do advogado;
III – representar a OAB perante os poderes constituídos;
IV – desempenhar as atribuições previstas no regulamento geral ou por delegação de competên-
cia do Conselho Seccional.
Parágrafo único. Ao Conselho da Subseção, quando houver, compete exercer as funções e atri-
buições do Conselho Seccional, na forma do regimento interno deste, e ainda:
a) editar seu regimento interno, a ser referendado pelo Conselho Seccional;
b) editar resoluções, no âmbito de sua competência;
c) instaurar e instruir processos disciplinares, para julgamento pelo Tribunal de Ética e 
Disciplina;
d) receber pedido de inscrição nos quadros de advogado e estagiário, instruindo e emitindo 
parecer prévio, para decisão do Conselho Seccional (grifos nossos).
Ao Conselho da Subseção, quando houver, compete exercer as funções e atribuições do 
Conselho Seccional, na forma do regimento interno deste, e ainda:
EOAB, art. 61, parágrafo único, a) editar seu regimento interno, a ser referendado pelo Conselho 
Seccional;
b) editar resoluções, no âmbito de sua competência;
c) instaurar e instruir processos disciplinares, para julgamento pelo Tribunal de Ética e Disciplina;
d) receber pedido de inscrição nos quadros de advogado e estagiário, instruindo e emitindo pare-
cer prévio, para decisão do Conselho Seccional.
Os conflitos de competência entre subseções, bem como entre estas e o Conselho Sec-
cional, são por este decididos, com recurso voluntário ao Conselho Federal, de acordo com 
o artigo 119 do Regulamento Geral.
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CAIXA DE ASSISTÊNCIA DOS ADVOGADOS
EOAB, art. 62. A Caixa de Assistência dos Advogados, com personalidade jurídica própria, desti-
na-se a prestar assistência aos inscritos no Conselho Seccional a que se vincule.
§ 1º A Caixa é criada e adquire personalidade jurídica com a aprovação e registro de seu estatuto 
pelo respectivo Conselho Seccional da OAB, na forma do regulamento geral.
§ 2º A Caixa pode, em benefício dos advogados, promover a seguridade complementar.
§ 3º Compete ao Conselho Seccional fixar contribuição obrigatória devida por seus inscritos, desti-
nada à manutenção do disposto no parágrafo anterior, incidente sobre atos decorrentes do efetivo 
exercício da advocacia.
§ 4º A diretoria da Caixa é composta de cinco membros, com atribuições definidas no seu regimen-
to interno.
§ 5º Cabe à Caixa a metade da receita das anuidades recebidas pelo Conselho Seccional, consi-
derado o valor resultante após as deduções regulamentares obrigatórias.
§ 6º Em caso de extinção ou desativação da Caixa, seu patrimônio se incorpora ao do Conselho 
Seccional respectivo.
§ 7º O Conselho Seccional, mediante voto de dois terços de seus membros, pode intervir na Caixa 
de Assistência dos Advogados, no caso de descumprimento de suas finalidades, designando dire-
toria provisória, enquanto durar a intervenção.
A Caixa de Assistência dos Advogados se destina a prestar assistência aos inscritos no 
Conselho Seccional a que se vincule. Ela é criada quando o Conselho Seccional contar com 
mais de 1.500 (mil e quinhentos) inscritoscriada e adquire personalidade jurídica com a apro-
vação e registro de seu estatuto pelo respectivo Conselho Seccional da OAB, que irá defi-
nir as atividades da Diretoria e sua estrutura organizacional, observando-se que a diretoria da 
caixa é composta de 5 (cinco) membros (art. 121 do Regulamento Geral da OAB).
A Caixa pode, em benefício dos advogados, promover a seguridade complementar, cabendo 
ao Conselho Seccional fixar contribuição obrigatória devida por seus inscritos, destinada à 
manutenção da seguridade, incidente sobre atos decorrentes do efetivo exercício da advocacia.
A Coordenação Nacional das Caixas, por elas mantida, composta de seus presidentes, 
é órgão de assessoramento do Conselho Federal da OAB para a política nacional de assis-
tência e seguridade dos advogados, tendo seu Coordenador direito a voz nas sessões, em 
matéria a elas pertinente, nos termos do artigo 126 do Regulamento Geral da OAB.
Cabe à Caixa a metade da receita das anuidades recebidas pelo Conselho Seccio-
nal, considerado o valor resultante após as deduções regulamentares obrigatórias estabele-
cidas no artigo 55 e seguintes do Regulamento Geral da OAB.
Obs.: � Caso a Caixa seja extinta ou desativada, seu patrimônio se incorpora ao do Conselho 
Seccional correspondente.
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O Conselho Seccional poderá intervir na Caixa de Assistência dos Advogados no 
caso de descumprimento de suas finalidades,designando diretoria provisória, enquanto 
durar a intervenção, mediante o voto de dois terços de seus membros.
ELEIÇÕES E MANDATOS NOS ÓRGÃOS DA OAB
EOAB, art. 63. A eleição dos membros de todos os órgãos da OAB será realizada na segunda 
quinzena do mês de novembro, do último ano do mandato, mediante cédula única e votação direta 
dos advogados regularmente inscritos.
§ 1º A eleição, na forma e segundo os critérios e procedimentos estabelecidos no regulamento 
geral, é de comparecimento obrigatório para todos os advogados inscritos na OAB.
§ 2º O candidato deve comprovar situação regular perante a OAB, não ocupar cargo exonerável ad 
nutum, não ter sido condenado por infração disciplinar, salvo reabilitação, e exercer efetivamente 
a profissão há mais de 3 (três) anos, nas eleições para os cargos de Conselheiro Seccional e das 
Subseções, quando houver, e há mais de 5 (cinco) anos, nas eleições para os demais cargos.
A eleição de todos os membros dos órgãos da OAB é unificada e será realizada na 
segunda quinzena do mês de novembro, do último ano do mandato, mediante cédula 
única e votação direta dos advogados regularmente inscritos, que estão obrigados a com-
parecer no ato, sob pena de multa equivalente a 20% do valor da anuidade, salvo ausência 
justificada por escrito (art. 134 do Regulamento Geral da OAB).
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A Diretoria do Conselho Federal, no mês de fevereiro do ano das eleições, designará 
Comissão Eleitoral Nacional, composta por 3 (três) advogados e 3 (três) advogadas e pre-
sidida, preferencialmente, por Conselheiro Federal que não seja candidato, como órgão deli-
berativo encarregado de supervisionar, com função correcional e consultiva, as eleições 
Seccionais e a eleição para a Diretoria do Conselho Federal.
ATENÇÃO
A Comissão Eleitoral é composta 3 (três) advogados e 3 (três) advogadas, sendo um Pre-
sidente, que não integrem qualquer das chapas concorrentes.
São pressupostos de elegibilidade:
• Situação regular perante a OAB;
• Não ocupar cargo exonerável ad nutum;
• Ausência de condenação por infração disciplinar (salvo reabilitação);
• Exercício efetivo da advocacia há mais de 3 (três) anos, nas eleições para os cargos 
de Conselheiro Seccional e das Subseções, quando houver, e há mais de 5 (cinco) 
anos, nas eleições para os demais cargos.
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EOAB, art. 64. Consideram-se eleitos os candidatos integrantes da chapa que obtiver a maioria 
dos votos válidos.
§ 1º A chapa para o Conselho Seccional deve ser composta dos candidatos ao conselho e à sua 
diretoria e, ainda, à delegação ao Conselho Federal e à Diretoria da Caixa de Assistência dos Ad-
vogados para eleição conjunta.
§ 2º A chapa para a Subseção deve ser composta com os candidatos à diretoria, e de seu conselho 
quando houver.
A votação ocorre por chapas completas, já que a chapa para o Conselho Seccional deve 
ser composta dos candidatos ao conselho e à sua diretoria e, ainda, à delegação ao Conse-
lho Federal e à Diretoria da Caixa de Assistência dos Advogados para eleição conjunta. E, 
ainda, a chapa para a Subseção deve ser composta com os candidatos à diretoria, e de seu 
conselho, quando houver.
Além disso, de acordo com o artigo 131 do Regulamento Geral, são admitidas a registro 
apenas chapas completas, que deverão atender ao percentual de 50% para candidaturas de 
cada gênero e, ao mínimo, de 30% de advogados negros e de advogadas negras, assim 
considerados os inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil que se classificam (mediante 
autodeclaração) como negros, ou seja, pretos ou pardos, ou definição análoga (critérios sub-
sidiários de heteroidentificação), entre titulares e entre suplentes, com indicação dos can-
didatos aos cargos de diretoria do Conselho Federal, do Conselho Seccional, da Caixa de 
Assistência dos Advogados e das Subseções, dos conselheiros federais, dos conselheiros 
seccionais e dos conselheiros subseccionais, sendo vedadas candidaturas isoladas ou que 
integrem mais de uma chapa.
Obs.: � O percentual se aplica às Diretorias do Conselho Federal, dos Conselhos Seccio-
nais, das Subseções e das Caixas de Assistência e deverá incidir sobre os cargos 
de titulares e suplentes, se houver, salvo se o número for ímpar, quando se aplicará 
o percentual mais próximo a 50% na composição de cada gênero, e o percentual de 
30% na composição de cotas raciais para advogados negros e advogadas negras.
 � Em relação ao registro das vagas ao Conselho Federal, o percentual levará em 
consideração a soma entre os titulares e suplentes, devendo a chapa garantir pelo 
menos uma vaga de titularidade para cada gênero, pelo menos uma vaga de titulari-
dade para um advogado negro ou uma advogada negra, e pelo menos uma vaga de 
suplência para um advogado negro ou uma advogada negra. Tais regras aplicam-se 
também às chapas das Subseções.
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É conveniente mencionar que o percentual mínimo de 30% (trinta por cento) estipulado 
de cotas raciais para advogados negros e advogadas negras valerá pelo prazo de 10 (dez) 
mandatos, nos termos do artigo 156-B do Regulamento Geral.
ATENÇÃO
Consideram-se eleitos os candidatos integrantes da chapa que obtiver a maioria dos vo-
tos válidos (art. 64 do Estatuto da OAB).
Obs.: � A votação será realizada, a critério do Conselho Seccional, na modalidade presencial 
ou online (art. 132 do Regulamento Geral). No modo presencial, a votação será rea-
lizada por urna eletrônica, sendo essa considerada a cabine indevassável fornecida 
pela Justiça Eleitoral, salvo comprovada impossibilidade. Já na modalidade online, 
a votação ocorrerá por meio de sistema eletrônico idôneo, devidamente auditável, 
salvo comprovada impossibilidade. Em quaisquer das duas hipóteses, a votação 
deve ser feita no número atribuído a cada chapa, por ordem de inscrição.
 � Caso não seja adotada a votação eletrônica, a cédula eleitoral será única, contendo 
as chapas concorrentes na ordem em que foram registradas, com uma só quadrícula 
ao lado de cada denominação, e agrupadas em colunas.
EOAB, art. 65. O mandato em qualquer órgão da OAB é de três anos, iniciando-se em primeiro de 
janeiro do ano seguinte ao da eleição, salvo o Conselho Federal.
Parágrafo único. Os conselheiros federais eleitos iniciam seus mandatos em primeiro de fevereiro 
do ano seguinte ao da eleição.
O mandato em qualquer órgão da OAB é de 3 (três) anos, iniciando-se em primeiro de 
janeiro do ano seguinte ao da eleição, salvo o Conselho Federal, uma vez que os conselheiros 
federais eleitos iniciam seus mandatos em primeiro de fevereiro do ano seguinte ao da eleição.
EOAB, art. 66. Extingue-se o mandato automaticamente, antes do seu término, quando:
I – ocorrer qualquer hipótese de cancelamento de inscrição ou de licenciamento do profissional;
II – o titular sofrer condenação disciplinar;
III – o titular faltar, sem motivo justificado, a três reuniões ordinárias consecutivas de cada órgão 
deliberativo do conselho ou da diretoria da Subseção ou da Caixa de Assistência dos Advogados, 
não podendo ser reconduzido no mesmo período de mandato.
Parágrafo único. Extinto qualquer mandato, nas hipóteses deste artigo, cabe ao Conselho Sec-
cional escolher o substituto, caso não haja suplente.
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O mandato dos membros que compõem os órgãos da OAB será extinto automatica-
mente, antes do seu término, quando:
• ocorrer qualquer hipótese de cancelamento de inscrição ou de licenciamento do 
profissional;
• o titular sofrer condenação disciplinar;
• o titular faltar, sem motivo justificado,a 3 (três) reuniões ordinárias consecutivas de 
cada órgão deliberativo do conselho ou da diretoria da Subseção ou da Caixa de Assis-
tência dos Advogados, não podendo ser reconduzido no mesmo período de mandato.
Ocorrendo vaga de cargo de diretoria do Conselho Federal ou do Conselho Seccional, 
inclusive do Presidente, em virtude de perda do mandato nas hipóteses vistas acima, morte 
ou renúncia, o substituto é eleito pelo Conselho a que se vincule, dentre os seus membros, 
nos termos do artigo 50 do Regulamento Geral da OAB.
Quando o profissional passa a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a 
advocacia, terá sua inscrição cancelada (art. 11, IV, do Estatuto da OAB), de modo que o desem-
penho de atividades incompatíveis enseja a perda do cargo exercido perante os órgãos da OAB.
Na ocorrência de extinção antecipada do mandato, caso não haja suplente, cabe ao Con-
selho Seccional escolher o substituto.
Ademais, compete à Diretoria dos Conselhos Federal e Seccionais, da Subseção ou da 
Caixa de Assistência declarar extinto o mandato, encaminhando ofício ao Presidente do Con-
selho Seccional, devendo, ainda, antes de declarar extinto o mandato, ouvir o interessado no 
prazo de 15 (quinze) dias, salvo no caso de morte ou renúncia (art. 54 do Regulamento Geral).
A oitiva, sob esse aspecto, busca assegurar ao interessado a oportunidade de esclarecer os 
fatos. Portanto, atenção às exceções: não faz sentido a realização de oitiva no caso de morte, 
bem como no caso da renúncia, já que ela ocorre pela vontade do próprio ocupante do cargo.
A eleição da Diretoria do Conselho Federal possui regramento específico e ocorre da 
seguinte forma (art. 67 do EOAB):
Art. 67. A eleição da Diretoria do Conselho Federal, que tomará posse no dia 1º de fevereiro, 
obedecerá às seguintes regras:
I – será admitido registro, junto ao Conselho Federal, de candidatura à presidência, desde seis 
meses até um mês antes da eleição;
II – o requerimento de registro deverá vir acompanhado do apoiamento de, no mínimo, seis Con-
selhos Seccionais;
III – até um mês antes das eleições, deverá ser requerido o registro da chapa completa, sob pena 
de cancelamento da candidatura respectiva;
IV – no dia 31 de janeiro do ano seguinte ao da eleição, o Conselho Federal elegerá, em reunião 
presidida pelo conselheiro mais antigo, por voto secreto e para mandato de 3 (três) anos, sua dire-
toria, que tomará posse no dia seguinte
V – será considerada eleita a chapa que obtiver maioria simples dos votos dos Conselheiros 
Federais, presente a metade mais 1 (um) de seus membros.
Parágrafo único. Com exceção do candidato a Presidente, os demais integrantes da chapa 
deverão ser conselheiros federais eleitos (grifos nossos).
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11 – PROCESSO NA OAB
EOAB, art. 68. Salvo disposição em contrário, aplicam-se subsidiariamente ao processo disciplinar 
as regras da legislação processual penal comum e, aos demais processos, as regras gerais do 
procedimento administrativo comum e da legislação processual civil, nessa ordem.
A finalidade de promover com exclusividade a disciplina de todos os advogados do Brasil 
é traduzida por Paulo Lôbo (2017) como o desempenho da polícia administrativa da advo-
cacia brasileira, que compreende a seleção dos que pretendem exercê-la, inclusive mediante 
Exame de Ordem e verificação dos requisitos de inscrição; o controle e fiscalização da 
atividade profissional; o poder de punir as infrações disciplinares.
A Ordem é entidade de classe que se difere das demais entidades profissionais. O 
STF já se manifestou no sentido de que a OAB é entidade prestadora de serviço público 
independente:
ADI n. 3026-4
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. § 1º DO ARTIGO 79 DA LEI N. 8.906, 
2ª PARTE. “SERVIDORES” DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. PRECEITO QUE POS-
SIBILITA A OPÇÃO PELO REGIME CELESTISTA. COMPENSAÇÃO PELA ESCOLHA DO REGI-
ME JURÍDICO NO MOMENTO DA APOSENTADORIA. INDENIZAÇÃO. IMPOSIÇÃO DOS DITA-
MES INERENTES À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA. CONCURSO PÚBLICO 
(ART. 37, II DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL). INEXIGÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO PARA A 
ADMISSÃO DOS CONTRATADOS PELA OAB. AUTARQUIAS ESPECIAIS E AGÊNCIAS. CARÁ-
TER JURÍDICO DA OAB. ENTIDADE PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO INDEPENDENTE. 
CATEGORIA ÍMPAR NO ELENCO DAS PERSONALIDADES JURÍDICAS EXISTENTES NO DI-
REITO BRASILEIRO. AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA DA ENTIDADE. PRINCÍPIO DA MO-
RALIDADE. VIOLAÇÃO DO ARTIGO 37, CAPUT, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. NÃO OCOR-
RÊNCIA (Relator(a): Min. EROS GRAU, Tribunal Pleno, julgado em 08/06/2006, DJ 29-09-2006 
PP-00031 EMENT VOL-02249-03 PP-00478 RTJ VOL-00201-01 PP-00093) (grifos nossos).
Destaco que os trâmites aplicáveis aos processos perante a OAB devem observar as 
normas trazidas pelo Estatuto da OAB, pelo Código de Ética e pelo Regulamento Geral.
Todavia, salvo disposição em contrário, aplicam-se subsidiariamente ao processo disci-
plinar as regras da legislação processual penal comum e, aos demais processos, as regras 
gerais do procedimento administrativo comum e da legislação processual civil, nessa ordem.
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EOAB, art. 69. Todos os prazos necessários à manifestação de advogados, estagiários e terceiros, 
nos processos em geral da OAB, são de quinze dias, inclusive para interposição de recursos.
§ 1º Nos casos de comunicação por ofício reservado ou de notificação pessoal, considera-se dia 
do começo do prazo o primeiro dia útil imediato ao da juntada aos autos do respectivo aviso de 
recebimento. (Redação dada pela Lei n. 14.365, de 2022)
§ 2º No caso de atos, notificações e decisões divulgados por meio do Diário Eletrônico da Ordem 
dos Advogados do Brasil, o prazo terá início no primeiro dia útil seguinte à publicação, assim con-
siderada o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário.
Todos os prazos nos processos em geral da OAB são de 15 (quinze) dias, sejam eles 
necessários à manifestação de advogados, estagiários e terceiros, inclusive para interposi-
ção de recursos.
Nos casos de atos, notificações e decisões divulgados por meio do Diário Eletrônico da 
OAB, o prazo inicia-se no primeiro dia útil seguinte à publicação, assim considerado o pri-
meiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário (art. 69, § 2º, EOAB).
ATENÇÃO
A Lei n. 14.365, de 02 de junho de 2022, alterou a forma de contagem dos prazos quando 
se tratar de comunicação por ofício reservado ou de notificação pessoal passando a consi-
derar-se dia do começo do prazo o primeiro dia útil imediato ao da juntada aos autos 
do respetivo aviso de recebimento (art. 69º, § 1º, EOAB).
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EOAB, art. 70. O poder de punir disciplinarmente os inscritos na OAB compete exclusivamente ao 
Conselho Seccional em cuja base territorial tenha ocorrido a infração, salvo se a falta for cometida 
perante o Conselho Federal.
§ 1º Cabe ao Tribunal de Ética e Disciplina, do Conselho Seccional competente, julgar os proces-
sos disciplinares, instruídos pelas Subseções ou por relatores do próprio conselho.
§ 2º A decisão condenatória irrecorrível deve ser imediatamente comunicada ao Conselho Seccio-
nal onde o representado tenha inscrição principal, para constar dos respectivos assentamentos.
§ 3º O Tribunal de Ética e Disciplina do Conselho onde o acusado tenha inscrição principal pode 
suspendê-lo preventivamente, em caso de repercussão prejudicial à dignidade da advocacia, depois 
de ouvi-lo em sessão especial para a qual deve ser notificado a comparecer, salvo se não atender à 
notificação. Neste caso, o processo disciplinar deve ser concluído no prazo máximo de noventadias.
O poder de punir disciplinarmente os inscritos na OAB compete exclusivamente ao Con-
selho Seccional em cuja base territorial tenha ocorrido a infração, salvo se a falta for 
cometida perante o Conselho Federal.
 �
 � EXEMPLO
 � O Conselho Seccional competente é do local onde ocorreu a infração disciplinar, 
exceto quando a infração for cometida perante o Conselho Federal. Sendo assim, 
por exemplo, se o advogado possui a inscrição principal no Estado do Espírito Santo, 
mas comete infração disciplinar no Estado do Rio Grande do Sul, o Conselho Seccio-
nal do RS será competente para punir disciplinarmente o inscrito.
Cabe ao Tribunal de Ética e Disciplina do Conselho Seccional competente julgar os 
processos disciplinares, instruídos pelas Subseções ou por relatores do próprio conselho.
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Obs.: � Lembre-se de que a Subseção pode ser criada pelo Conselho Seccional, que fixa 
sua área territorial e seus limites de competência e autonomia, sendo que a área ter-
ritorial da Subseção pode abranger um ou mais municípios, ou parte de município, 
inclusive da capital do estado, contando com um mínimo de 15 (quinze) advogados, 
nela profissionalmente domiciliados.
 � Havendo mais de 100 (cem) advogados, a Subseção pode ser integrada, também, 
por um conselho em número de membros fixado pelo Conselho Seccional.
 � Nesse contexto, compete à Subseção ou ao Conselho da Subseção, quando 
houver, instaurar e instruir os processos disciplinares, para julgamento pelo Tri-
bunal de Ética e Disciplina.
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 Tendo em vista que o poder de punir disciplinarmente o advogado será promovido pelo 
Conselho do local dos fatos, salvo se não for competência do Conselho Federal, quando for 
proferida decisão condenatória, da qual não caiba mais recurso (irrecorrível), o Conselho 
Seccional onde o advogado representado tenha inscrição principal deverá ser imediata-
mente comunicado para que faça constar as sanções no assentamento do advogado.
Além disso, em caso de repercussão prejudicial à dignidade da advocacia, o Tribunal de 
Ética e Disciplina do Conselho onde o acusado tenha inscrição principal pode suspendê-lo 
preventivamente, depois de ouvi-lo em sessão especial para a qual deve ser notificado a 
comparecer, salvo se não atender à notificação.
ATENÇÃO
Caso ocorra a suspensão preventiva, o processo disciplinar deve ser concluído no prazo 
máximo de 90 (noventa) dias.
Na sessão especial, designada pelo Presidente do Tribunal, serão facultadas ao repre-
sentado ou ao seu defensor a apresentação de defesa, a produção de prova e a sustentação 
oral (art. 63, CED-OAB).
EOAB, art. 71. A jurisdição disciplinar não exclui a comum e, quando o fato constituir crime ou 
contravenção, deve ser comunicado às autoridades competentes.
A jurisdição disciplinar, que tem natureza administrativa, é independente das esferas cri-
minal e civil. Portanto, a jurisdição disciplinar não exclui a comum e, quando o fato cons-
tituir crime ou contravenção às autoridades competentes devem ser comunicadas, de modo 
que poderá ocorrer a dupla punição do advogado.
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EOAB, art. 72. O processo disciplinar instaura-se de ofício ou mediante representação de qualquer 
autoridade ou pessoa interessada.
§ 1º O Código de Ética e Disciplina estabelece os critérios de admissibilidade da representação e 
os procedimentos disciplinares.
§ 2º O processo disciplinar tramita em sigilo, até o seu término, só tendo acesso às suas informa-
ções as partes, seus defensores e a autoridade judiciária competente.
O processo disciplinar poderá ser instaurado de ofício, em função do conhecimento do fato, 
quando obtido por meio de fonte idônea ou em virtude de comunicação da autoridade competente 
ou mediante representação de qualquer autoridade ou pessoa interessada (art. 55, CED-OAB).
ATENÇÃO
De acordo com o artigo 55, § 2º, do CED-OAB, a denúncia anônima NÃO é considerada 
fonte idônea.
A representação poderá ser formulada por escrito ou verbalmente, devendo, nesse 
último caso, ser reduzida a termo, e deverá ser formulada ao Presidente do Conselho Sec-
cional ou ao Presidente da Subseção, sendo que, nas Seccionais cujos Regimentos Internos 
atribuírem competência ao Tribunal de Ética e Disciplina para instaurar o processo ético dis-
ciplinar, a representação também poderá ser dirigida ao seu Presidente ou será a este enca-
minhada pelos Presidentes legitimados para recebê-la (art. 56, CED-OAB).
Para tanto, de acordo com o artigo 57 do CED-OAB, a representação deverá conter:
• a identificação do representante, com a sua qualificação civil e endereço;
• a narração dos fatos que a motivam, de forma que permita verificar a existência, em 
tese, de infração disciplinar;
• os documentos que eventualmente a instruam e a indicação de outras provas a ser pro-
duzidas, bem como, se for o caso, o rol de testemunhas, até o máximo de 5 (cinco);
• a assinatura do representante ou a certificação de quem a tomou por termo, na impos-
sibilidade de obtê-la.
ATENÇÃO
É importante destacar que o processo disciplinar tramita em sigilo até o seu término, só tendo 
acesso às suas informações as partes, seus defensores e a autoridade judiciária competente.
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Paulo Lôbo (2017) explica que:
Em qualquer das fases do procedimento disciplinar, prevalece o princípio da presunção de ino-
cência do advogado representado, razão porque a lei determina que se respeite o sigilo. En-
quanto não houver decisão definitiva transitada em julgado, ou arquivamento, o processo discipli-
nar não pode ser objeto de divulgação ou publicidade (grifos nossos).
DIRETO DO CONCURSO
5. (FGV/OAB – EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXXIV/2022) Beatriz, advogada, oferece 
representação perante a OAB em razão de Isabela, outra advogada que atua na mesma 
área e na mesma cidade, ter supostamente praticado atos de captação de causas.
Preocupada com as consequências dessa representação, Isabela decidiu estudar as 
normas que regem possível processo disciplinar a ser instaurado perante a OAB.
Ao fazê-lo, Isabela concluiu que
a. o processo disciplinar pode ser instaurado de ofício, não dependendo de representa-
ção de autoridade ou da pessoa interessada.
b. o processo disciplinar tramita em sigilo até o seu término, permitindo-se o acesso às 
suas informações somente às partes e a seus defensores por ordem da autoridade 
judiciária competente.
c. ao representado deve ser assegurado amplo direito de defesa, cabendo ao Tribunal 
de Ética e Disciplina, por ocasião do julgamento, avaliar a necessidade de defesa oral.
d. se, após a defesa prévia, o relator se manifestar pelo indeferimento liminar da repre-
sentação, o processo deverá ser levado a julgamento pelo Tribunal de Ética e Disci-
plina, que poderá determinar seu arquivamento.
Letra a.
O processo disciplinar poderá ser instaurado de ofício, em função do conhecimento do 
fato, quando obtido por meio de fonte idônea, ou em virtude de comunicação da autorida-
de competente, OU mediante representação de qualquer autoridade, OU pessoa interes-
sada (art. 72 do Estatuto da OAB c/c art. 55, CED-OAB).
b) Errada. O processo disciplinar tramita em SIGILO até o seu término, só tendo acesso 
às suas informações as partes, seus defensores e a autoridade judiciária competente, 
nos termos do artigo 72, § 2º, do Estatuto.
c) Errada. No processo disciplinar, deve ser assegurado ao representado amplo direito 
de defesa, que pode acompanhar o processo em todos os termos, pessoalmente OU por 
intermédio de procurador, oferecendodefesa prévia após ser notificado, razões finais 
após a instrução e defesa oral perante o Tribunal de Ética e Disciplina, por ocasião do 
julgamento (art. 73, § 1º, EOAB).
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d) Errada. Oferecida a defesa prévia, o relator poderá proferir despacho saneador, desig-
nando, se for o caso, audiência para oitiva do representante, do representado e das teste-
munhas. Entretanto, poderá se manifestar pelo indeferimento liminar da representação, 
com remessa ao Presidente do Conselho Seccional para decisão e determinação do 
arquivamento (§ 3º do artigo 59 do CED-OAB c/c § 2º do art. 73 do EAOAB).
EOAB, art. 73. Recebida a representação, o Presidente deve designar relator, a quem compete a instru-
ção do processo e o oferecimento de parecer preliminar a ser submetido ao Tribunal de Ética e Disciplina.
§ 1º Ao representado deve ser assegurado amplo direito de defesa, podendo acompanhar o pro-
cesso em todos os termos, pessoalmente ou por intermédio de procurador, oferecendo defesa 
prévia após ser notificado, razões finais após a instrução e defesa oral perante o Tribunal de Ética 
e Disciplina, por ocasião do julgamento.
§ 2º Se, após a defesa prévia, o relator se manifestar pelo indeferimento liminar da representação, 
este deve ser decidido pelo Presidente do Conselho Seccional, para determinar seu arquivamento.
§ 3º O prazo para defesa prévia pode ser prorrogado por motivo relevante, a juízo do relator.
§ 4º Se o representado não for encontrado, ou for revel, o Presidente do Conselho ou da Subseção 
deve designar-lhe defensor dativo;
§ 5º É também permitida a revisão do processo disciplinar, por erro de julgamento ou por conde-
nação baseada em falsa prova.
Art. 74. O Conselho Seccional pode adotar as medidas administrativas e judiciais pertinentes, 
objetivando a que o profissional suspenso ou excluído devolva os documentos de identificação.
Após o recebimento da representação, o Presidente do Conselho Seccional ou o da 
Subseção deverá designar relator, mediante a realização de sorteio, para presidir a instru-
ção do processo e oferecer parecer preliminar a ser submetido ao Tribunal de Ética e Dis-
ciplina (art. 58, CED-OAB).
Antes do encaminhamento dos autos ao relator, é necessário realizar a juntada dos 
seguintes documentos (artigo 58, § 2º, do CED-OAB):
• ficha cadastral do representado;
• certidão negativa ou positiva sobre a existência de punições anteriores, com menção 
das faltas atribuídas;
• certidão sobre a existência ou não de representações em andamento, a qual, se posi-
tiva, será acompanhada da informação sobre as faltas imputadas.
Com a distribuição do processo, o relator, atendendo aos critérios de admissibilidade, 
emitirá parecer, no prazo de 30 (trinta) dias, propondo a instauração de processo disci-
plinar ou o arquivamento liminar da representação, sob pena de redistribuição do feito, 
feita pelo Presidente do Conselho Seccional ou da Subseção, para outro relator, que terá o 
mesmo prazo de trinta dias para emitir parecer (art. 58, § 3º, CED-OAB).
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Obs.: � Cabe ao Presidente do Conselho ou ao do Tribunal de Ética e Disciplina, se for 
o caso, proferir despacho declarando instaurado o processo disciplinar ou deter-
minando o arquivamento da representação, nos termos do parecer do relator ou 
segundo os fundamentos que adotar (art. 58, § 4º, CED-OAB).
Segundo o artigo 59 do CED-OAB, recebida a representação e declarado instaurado o 
processo disciplinar, compete ao relator responsável pela instrução do processo determinar 
a notificação dos interessados para prestar esclarecimentos ou a do representado para 
apresentar defesa prévia no prazo de 15 (quinze) dias, em qualquer caso, sendo que o 
prazo para defesa prévia pode ser prorrogado por motivo relevante, a juízo do relator.
A notificação será expedida para o endereço constante do cadastro de inscritos do Con-
selho Seccional. Se o representado não for encontrado ou ficar revel, o Presidente do 
Conselho competente ou, conforme o caso, o do Tribunal de Ética e Disciplina designar-lhe-á 
defensor dativo (§§ 1º e 2º do artigo 59 do CED-OAB).
Via de regra, a notificação inicial para a apresentação de defesa prévia ou manifestação 
em processo administrativo perante a OAB deverá ser feita por correspondência, com aviso 
de recebimento, enviada para o endereço profissional ou residencial do advogado, que deve 
manter sempre atualizado seu cadastro no Conselho Seccional.
Frustrada a entrega da notificação, será promovida por publicação de edital, publicado 
no Diário Eletrônico da OAB.
No processo disciplinar, deve ser assegurado ao representado amplo direito de defesa, 
que pode acompanhar o processo em todos os termos, pessoalmente OU por intermédio de 
procurador, oferecendo defesa prévia após ser notificado, razões finais após a instrução e 
defesa oral perante o Tribunal de Ética e Disciplina, por ocasião do julgamento.
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A DEFESA PRÉVIA deve ser acompanhada dos documentos que possam instruí-la e 
do rol de testemunhas, até o limite de 5 (cinco). O representante e o representado incum-
bir-se-ão do comparecimento de suas testemunhas, salvo se, ao apresentarem o respectivo 
rol, requererem, por motivo justificado, sejam elas notificadas a comparecer à audiência de 
instrução do processo (§§ 3º e 4º do artigo 59 do CED-OAB).
Oferecida a defesa prévia, o relator poderá proferir DESPACHO SANEADOR, desig-
nando, se for o caso, audiência para oitiva do representante, do representado e das teste-
munhas. Entretanto, poderá se manifestar pelo indeferimento liminar da representação, 
com remessa ao Presidente do Conselho Seccional para decisão e determinação do arqui-
vamento (§ 3º do artigo 59 do CED-OAB).
Concluída a instrução, o relator profere PARECER PRELIMINAR, a ser submetido ao 
Tribunal de Ética e Disciplina, dando enquadramento legal aos fatos imputados ao repre-
sentado. Em seguida, abre-se prazo sucessivo de 15 (quinze) dias para apresentação de 
RAZÕES FINAIS (§§ 7º e 8º do artigo 59 do CED-OAB).
O Presidente do Tribunal de Ética e Disciplina designa, por sorteio, relator para pro-
ferir VOTO. Se o processo já estiver tramitando perante o Tribunal de Ética e Disciplina ou 
perante o Conselho competente, o relator não será o mesmo designado na fase de ins-
trução (art. 60, caput e § 1º, CED-OAB).
Após a distribuição ao relator, o processo será incluído em pauta na primeira sessão 
de julgamentos. A notificação do representante e do representado para comparecimento à 
sessão de julgamento deverá ser providenciada pela Secretaria do Tribunal com 15 (quinze) 
dias de antecedência (art. 60, §§ 2º e 3º, CED-OAB).
Conforme o art. 60, § 4º, do CED-OAB, na sessão de julgamento, após o voto do relator, é 
facultada a SUSTENTAÇÃO ORAL pelo tempo de 15 (quinze) minutos, primeiro pelo repre-
sentante e, em seguida, pelo representado.
Do julgamento do processo disciplinar lavrar-se-á ACÓRDÃO, do qual constarão, quando 
procedente a representação (art. 61, CED-OAB):
• o enquadramento legal da infração;
• a sanção aplicada;
• o quórum de instalação e o de deliberação;
• a indicação de haver sido esta adotada com base no voto do relator ou em voto 
divergente;
• as circunstâncias agravantes ou atenuantes consideradas; e
• as razões determinantes de eventual conversão da censura aplicada em advertência 
sem registro nos assentamentos do inscrito.
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Paulo Lôbo (2017) acrescenta que:
Todas as decisões adotadas em processos ético-disciplinares, da mesma forma que ocorrecom o 
processo comum, têm a sua legalidade subordinada à fundamentação. Os motivos de fato e de 
direito que sustentam devem ser expressamente consignados. Não se pode admitir decisão sem 
acórdão; ou acórdão sem o voto devidamente fundamentado; ou omissão da juntada da ata da 
sessão de julgamento, ou de seu extrato (grifos nossos).
Por fim, destaco que a conduta dos interessados no processo disciplinar que se revele teme-
rária ou caracterize a intenção de alterar a verdade dos fatos, assim como a interposição de 
recursos com intuito manifestamente protelatório, contraria os princípios do Código de Ética e 
Disciplina da OAB, sujeitando os responsáveis à correspondente sanção (art. 66 do CED-OAB).
Obs.: � O processo de revisão, previsto no artigo 73, § 5º, do Estatuto da OAB, é utilizado 
pelo advogado punido com a sanção disciplinar para que o órgão de que emanou a 
condenação final no processo promova novo julgamento, considerando erro de jul-
gamento ou condenação baseada em falsa prova, observando-se, no que couber, 
o procedimento do processo disciplinar (art. 68, § 1º ao 4º, CED-OAB).
 � De acordo com o § 6º do artigo 68 do CED-OAB, o pedido de revisão não suspende 
os efeitos da decisão condenatória, salvo quando o relator, ante a relevância dos 
fundamentos e o risco de consequências irreparáveis para o requerente, conceder 
tutela cautelar para que se suspenda a execução.
 � Ademais, a parte representante somente será notificada para integrar o processo 
de revisão quando o relator entender que deste poderá resultar dano ao interesse 
jurídico que haja motivado a representação (art. 68, § 7º, CED-OAB).
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RECURSOS
EOAB, art. 75. Cabe recurso ao Conselho Federal de todas as decisões definitivas proferidas pelo 
Conselho Seccional, quando não tenham sido unânimes ou, sendo unânimes, contrariem esta lei, 
decisão do Conselho Federal ou de outro Conselho Seccional e, ainda, o regulamento geral, o 
Código de Ética e Disciplina e os Provimentos.
Parágrafo único. Além dos interessados, o Presidente do Conselho Seccional é legitimado a in-
terpor o recurso referido neste artigo.
Art. 76. Cabe recurso ao Conselho Seccional de todas as decisões proferidas por seu Presidente, 
pelo Tribunal de Ética e Disciplina, ou pela diretoria da Subseção ou da Caixa de Assistência dos 
Advogados.
De acordo com o Manual de Procedimentos do Processo Ético-Disciplinar do Conselho 
Federal da OAB, o recurso é a manifestação dentro do processo disciplinar pela qual a parte 
vencida, quem se julgue prejudicado ou, ainda, o Presidente do Conselho provoca o julgamento 
de órgão ou instância superior, para obter a anulação ou reforma (total ou parcial) da decisão.
Como vimos antes, todos os prazos processuais necessários à manifestação de advoga-
dos, estagiários e terceiros, nos processos em geral da OAB, são de 15 (quinze) dias inclu-
sive para interposição de recursos (art. 69, EOAB).
Os recursos são dirigidos ao órgão julgador superior competente, embora interpostos 
perante a autoridade ou órgão que proferiu a decisão recorrida. O juízo de admissibilidade 
é do relator do órgão julgador a que se dirige o recurso, não podendo a autoridade ou órgão 
recorrido rejeitar o encaminhamento, nos termos do artigo 138 do Regulamento Geral da OAB.
Obs.: � Excetuando-se os processos ético-disciplinares, nos casos de nulidade ou extinção 
processual para retorno dos autos à origem, com regular prosseguimento do feito, o 
órgão recursal deve logo julgar o mérito da causa, desde que presentes as condições 
de imediato julgamento (art. 138, § 6º, do Regulamento Geral).
Cabe recurso ao Conselho Federal de todas as decisões definitivas proferidas pelo 
Conselho Seccional, quando não tenham sido unânimes ou, sendo unânimes, contra-
riem esta lei, decisão do Conselho Federal ou de outro Conselho Seccional e, ainda, o regu-
lamento geral, o Código de Ética e Disciplina e os Provimentos. Além dos interessados, o 
Presidente do Conselho Seccional é legitimado a interpor o recurso referido acima.
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Nos termos do Regulamento Geral:
Art. 142. Quando a decisão, inclusive dos Conselhos Seccionais, conflitar com orientação de 
órgão colegiado superior, fica sujeita ao DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO.
Art. 143. Contra decisão do Presidente ou da Diretoria da Subseção cabe recurso ao Conselho 
Seccional, mesmo quando houver conselho na Subseção.
Art. 144. Contra a decisão do Tribunal de Ética e Disciplina cabe recurso ao plenário ou órgão 
especial equivalente do Conselho Seccional.
Parágrafo único. O Regimento Interno do Conselho Seccional disciplina o cabimento dos recur-
sos no âmbito de cada órgão julgador.
Sob a ótica do Estatuto, o recurso ao Conselho Federal contra decisão do Conselho Sec-
cional tem natureza extraordinária, razão por que se restringe à demonstração de violação da 
legislação, ou seja, questões de fato não podem ser revistas (LÔBO, 2017).
De outro lado, cabe recurso ao Conselho Seccional de todas as decisões proferidas 
por seu Presidente, pelo Tribunal de Ética e Disciplina, ou pela diretoria da Subseção 
ou da Caixa de Assistência dos Advogados.
De acordo com o artigo 67 do CED-OAB, os recursos contra decisões do Tribunal de 
Ética e Disciplina, ao Conselho Seccional, regem-se pelas disposições do Estatuto da Advo-
cacia e da Ordem dos Advogados do Brasil, do Regulamento Geral e do Regimento Interno 
do Conselho Seccional. O Tribunal dará conhecimento de todas as suas decisões ao Conse-
lho Seccional, para que determine periodicamente a publicação de seus julgados.
De acordo com Paulo Lôbo (2017): “Não podem ser utilizados os tipos de recursos pre-
vistos na legislação processual comum (penal ou civil), de modo supletivo, porque não há 
lacuna no Estatuto. Ao contrário, a lei optou expressamente por um único recurso [...]”.
ATENÇÃO
De acordo com o artigo 144-B do Regulamento Geral, não se pode decidir, em grau algum 
de julgamento, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes 
oportunidade de se manifestar anteriormente, ainda que se trate de matéria sobre a 
qual se deva decidir de ofício, salvo quanto às medidas de urgência previstas no Estatuto.
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EOAB, art. 77. Todos os recursos têm efeito suspensivo, exceto quando tratarem de eleições (arts. 
63 e seguintes), de suspensão preventiva decidida pelo Tribunal de Ética e Disciplina, e de cance-
lamento da inscrição obtida com falsa prova.
Parágrafo único. O regulamento geral disciplina o cabimento de recursos específicos, no âmbito 
de cada órgão julgador.
ATENÇÃO
Todos os recursos têm efeito suspensivo, exceto quando tratarem de eleições dos ór-
gãos, de suspensão preventiva decidida pelo Tribunal de Ética e Disciplina, e de cancela-
mento da inscrição obtida com falsa prova.
De acordo com o artigo 144-A do Regulamento Geral, para a formação do recurso inter-
posto contra decisão de suspensão preventiva de advogado, deve ser juntada cópia integral 
dos autos da representação disciplinar, permanecendo o processo na origem para cumpri-
mento da pena preventiva e tramitação final.
O relator, ao constatar intempestividade ou ausência dos pressupostos legais para 
interposição do recurso, profere despacho indicando ao Presidente do órgão julgador o 
indeferimento liminar, devolvendo-se o processo ao órgão recorrido para executar a deci-
são, observando-se que, contra a decisão do Presidente, cabe recurso voluntário ao órgão 
julgador (art. 140 do Regulamento Geral).
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GABARITO
1.A
2. C
3. C
4. B
5. A
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Constituição da República Federativa do 
Brasil de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.
htm. Acesso em: 02 ago. 2022. 
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