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Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br BIBLIOTECA PARA O CURSO DE DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL Selecionamos para você uma série de artigos, livros e endereços na Internet onde poderão ser realizadas consultas e encontradas as referências necessárias para a realização de seus trabalhos científicos, bem como, uma lista de sugestões de temas para futuras pesquisas na área. Primeiramente, relacionamos sites de primeira ordem, como: www.scielo.br www.anped.org.br www.dominiopublico.gov.br SUGESTÕES DE TEMAS 1. CONSIDERAÇÕES DE ORDEM JURÍDICA AO DIREITO PROCESSUAL PENAL 2. • REFORMA PROCESSUAL PENAL; 3. • MONITORAMENTO ELETRÔNICO; 4. • ASPECTOS GERAIS DA PRISÃO; 5. • TEMAS FUNDAMENTAIS DO DIREITO PENAL; 6. • CRIMES SEXUAIS; 7. • MEDIDA DE SEGURANÇA; 8. • TRATAMENTO LEGAL DA PRISÃO INDEVIDA; 9. • SEGURANÇA PÚBLICA; 10. • ABORTO; http://www.scielo.br/ http://www.anped.org.br/ http://www.dominiopublico.gov.br/ Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 2 11. • LATROCÍNIO; 12. • HOMICÍDIO; 13. • OMISSÃO DE SOCORRO; 14. • VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER; 15. • CASA DE PROSTITUIÇÃO; 16. • LEI DE DROGAS; 17. • LEI SECA; 18. • CRIME ELEITORAL; 19. • CRIME CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA. 20. QUESTÕES POLÊMICAS E COTIDIANAS ENFRENTADAS PELOS TRIBUNAIS RELACIONADAS COM A MATÉRIA. 21. MANDADO DE SEGURANÇA PODE SER USADO CONTRA COISA JULGADA, DECIDE STF 22. NULIDADE DE ATOS PROCESSUAIS DEPENDE DA EFETIVA DEMONSTRAÇÃO DE PREJUÍZO DA PARTE INTERESSADA 23. NULIDADE RELATIVA 24. DANOS MATERIAIS 25. ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO: INSEGURANÇA JURÍDICA É INTOLERÁVEL 26. LEI DO AGRAVO NÃO DISPENSA CÓPIAS EM RECURSO ANTES DE SUA VIGÊNCIA 27. INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS 28. CONSIDERAÇÕES SOBRE A AÇÃO MONITÓRIA Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 3 29. NULIDADE DOS ATOS PROCESSUAIS POR FALTA DE SUBSTITUIÇÃO DA PARTE FALECIDA 30. A RELATIVIZAÇÃO DA COISA JULGADA 31. CONSIDERAÇÕES DIDÁTICAS SOBRE A SÚMULA VINCULANTE 32. DIREITO MATERIAL E DIREITO PROCESSUAL 33. DIREITO INTERTEMPORAL NO PROCESSO CIVIL BRASILEIRO 34. NOSSO SISTEMA JURÍDICO PRECISA DE UM CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL COLETIVO? 35. O ÔNUS DA PROVA TRATA-SE DE TÉCNICA DE JULGAMENTO OU MATÉRIA DE INSTRUÇÃO? 36. POSSIBILIDADES E LIMITES DA PENHORA SOBRE SALÁRIO 37. TUTELA INIBITÓRIA LIMINAR, LIMINAR CAUTELAR E ANTECIPAÇÃO DE TUTELA: DISTINÇÕES E SIMILARIEDADES 38. O JUIZ ABSOLUTAMENTE INCOMPETENTE PODE DEFERIR LIMINAR? 39. DISTINÇÕES FUNCIONAIS ENTRE AS HIPÓTESES DE DEFERIMENTO DAS PRINCIPAIS TUTELAS DE URGÊNCIA NO PROCEDIMENTO COMUM E NOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS 40. CONSTITUCIONALIDADE DA IMPROCEDÊNCIA LIMINAR 41. RENAJUD: PROCEDIMENTO, SURGIMENTO E VANTAGENS DO SISTEMA DE RESTRIÇÃO JUDICIAL DE VEÍCULOS DE VIA TERRESTRE 42. PENHORA ONLINE: SURGIMENTO, EVOLUÇÃO E CONSTITUCIONALIDADE 43. SENTENÇA E COISA JULGADA NAS AÇÕES COLETIVAS 44. LEI Nº. 11.187/2005: A IRRECORRIBILIDADE DA DECISÃO DO RELATOR QUE CONVERTE O AGRAVO DE INSTRUMENTO EM AGRAVO RETIDO E SEUS REFLEXOS NO JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO ESPECIAL 45. DEBATES SOBRE A RELATIVIZAÇÃO DA COISA JULGADA 46. EFEITO VINCULANTE DOS RECURSOS ESPECIAIS REPETITIVOS DO STJ 47. ASPECTOS GERAIS DA LEI 12.016/2009 QUE REGULAMENTA O MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL E COLETIVO: INOVAÇÕES E RETROCESSOS 48. CONSIDERAÇÕES DIDÁTICAS SOBRE A SÚMULA VINCULANTE 49. POR UM NOVO CONCEITO DE JURISDIÇÃO. 50. MEDIDA CAUTELAR DE SEQUESTRO 51. NEOCONSTITUCIONALISMO - JURISDIÇÃO Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 4 52. INAFASTABILIDADE DO CONTROLE JURISDICIONAL (PLNCPC) 53. » A EFETIVIDADE UTÓPICA DO PROCESSO DE EXECUÇÃO NO JUIZADO ESPECIAL CIVEL (DO ACESSO Á JUSTIÇA E SUA MOROSIDADE) 54. » REPERCUSSÃO GERAL E RECURSOS REPETITIVOS 55. »A PENHORA ON LINE NA AÇÃO DE EXECUÇÃO E SEUS ENTRAVES 56. » A DISPENSABILIDADE DO ADVOGADO NO PROCESSO ADMINISTRATIVO 57. » LACÔNICA INTRODUÇÃO AO DIREITO PROCESSUAL 58. » A PENHORA DE VALORES E SEU CARÁTER NÃO EXCEPCIONAL 59. » ANÁLISE SOBRE O ARTIGO 307 DO ANTEPROJETO DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL 60. TUTELA ANTECIPADA EM DESFAVOR DA FAZENDA PÚBLICA 61. DOS PRINCÍPIOS E DAS GARANTIAS FUNDAMENTAIS DE PROCESSO NO CÓDIGO FUX 62. PRERROGATIVAS DA FAZENDA PÚBLICA EM JUÍZO X PRINCÍPIO DA ISONOMIA E SUA CONSEQUENCIA NA EFETIVIDADE DO PROCESSO 63. O SURGIMENTO DOS JUIZADOS ESPECIAIS E OS SEUS PRINCÍPIOS INFORMATIVOS 64. » CUMPRIMENTO DE SENTENÇA - DESNECESSIDADE DE INTIMAÇÃO PESSOAL DO DEVEDOR 65. » INTERVENÇÃO DE TERCEIROS E PROCEDIMENTO SUMÁRIO 66. » RECURSO DE TERCEIRO PREJUDICADO 67. » CHAMAMENTO AO PROCESSO 68. »DENUNCIAÇÃO E DIREITO DE REGRESSO 69. » DENUNCIAÇÃO E POSSUIDOR DE DIREITO 70. » DENUNCIAÇÃO E EVICÇÃO 71. O ATUAL ESTADO DE DIREITO E A CRISE DO PROCESSO CIVIL 72. SÚMULA 381 DO STJ SOBRE CONTRATOS ENTRE CONSUMIDORES E BANCOS PASSA LONGE DE CONSOLIDAR JURISPRUDÊNCIA E AGRIDE O CDC. 73. ACESSO À JUSTIÇA: UMA ANÁLISE FACE À INTRODUÇÃO DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA NO DIREITO PROCESSUAL CIVIL BRASILEIRO. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 5 74. A CELERIDADE DA EXECUÇÃO FISCAL COM A REFORMA DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL 75. » SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA E COMPENSAÇÃO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS: É PRECISO SEPARAR O JOIO DO TRIGO. 76. » O PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO E SUA GARANTIA CONSTITUCIONAL. 77. » PROCESSO DE CONHECIMENTO, UMA PRELEÇÃO. 78. » BREVES CONSIDERAÇÕES DIDÁTICAS SOBRE O CONCEITO DE PARTE E LITISCONSÓRCIO. 79. » PROCURAÇÕES JUDICIAIS E SUBSTABELECIMENTOS 80. » A REFORMA PROCESSUAL CIVIL E SUAS IMPLICAÇÕES NO EMBARGO A EXECUÇÃO FISCAL. 81. » TERMO INICIAL DO ARTIGO 475-J DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL 82. » A EDUCAÇÃO SUPERIOR EM JUÍZO 83. » JUIZADOS ESPECIAIS DA FAZENDA PÚBLICA: RÁPIDAS CONSIDERAÇÕES 84. »VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DO ACESSO À JUSTIÇA PELOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS DO ESTADO DA BAHIA, NO MUNICÍPIO DE SALVADOR 85. DIREITO FUNDAMENTAL À SAÚDE: QUESTÕES PROCESSUAIS - FUNDAMENTAL RIGHT TO HEALTH: PROCEDURAL ISSUES 86. CAPACIDADE PROCESSUAL POSTULATÓRIA 87. ILICITUDE DAS PROVAS 88. BEM DE FAMÍLIA E A IMPENHORABILIDADE 89. ANTECIPAÇÃO DA TUTELA E A IRREVERSIBILIDADE DO PROVIMENTO JURISDICIONAL 90. BREVES CONSIDERAÇÕES ACERCA DAS SENTENÇAS INFRA, ULTRA E EXTRA PETITA NAS AÇÕES INDENIZATÓRIAS 91. »TEORIA GERAL DO PROCESSO: AS DIFERENTES VISÕES TEÓRICAS QUE SURGIRAM NO DECORRER DA HISTÓRIA DO DIREITO SOBRE O PROCESSO 92. » OS PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA NO PROCESSO DE EXECUÇÃO Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 6 93. »DA AÇÃO DE USUCAPIÃO DE TERRAS PARTICULARES: ANÁLISE DE UM CASO 94. » DA AÇÃO DE ANULAÇÃO E SUBSTITUIÇÃO DE TÍTULOS AO PORTADOR: 95. » DA ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA E SUA CAUSA REINCIDENTE 96. » AGRAVO 97. »A MEDIDAS CAUTELAR E A ANTECIPAÇÃO DE TUTELA - A LINHA DIVISÓRIA ENTRE AMBAS 98. DO ARBITRAMENTO DE HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA EM CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. 99. » CONSIDERAÇÕES ACERCA DA HOLOMOGAÇÃO DO PENHOR LEGAL 100. A CRISE DO PROCESSO E DO PODER JUDICIÁRIO NO BRASIL E NO MUNDO E A ADOÇÃO DE FORMAS ALTERNATIVAS PARASOLUÇÃO DAS CONTROVÉRSIAS (ADR) 101. HUMANIZAÇÃO DA JUSTIÇA - UMA ABORDAGEM CONCEITUAL 102. O USUFRUTO COMO FORMA DE EXPROPRIAÇÃO JUDICIAL 103. DA CORREIÇÃO GERAL E DO AGRAVO DE INSTRUMENTO 104. O PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA, A PRECLUSÃO "PRO JUDICATO" E A COISA JULGADA FRENTE AO ARTIGO 475-B, § 3ª DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. 105. DECISÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NA ADI 3026-DF: UM NOVO OLHAR AO PRAZO DILATÓRIO ATRAVÉS DE SEU ENCONTRO COM O DIREITO MATERIAL 106. AÇÕES CAUTELARES DE ARROLAMENTO DE BENS E BUSCA E APREENSÃO DE MENOR 107. ANTECIPAÇÃO DA TUTELA, SUA CONFIRMAÇÃO PELA SENTENÇA E A EXCEÇÃO AO EFEITO DEVOLUTIVO DO RECURSO DE APELAÇÃO 108. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA, CAUTELARES E TEMAS CONTROVERTIDOS 109. PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE ATENTADO E PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVAS 110. RESOLUÇÃO DE MÉRITO, PELA PRESCRIÇÃO, SOB O FUNDAMENTO DA IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 7 111. QUESTÕES SOBRE A REFORMA DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL 112. O RECURSO DE AGRAVO DEPOIS DA LEI 11.187, DE 19 DE OUTUBRO DE 2005 113. BREVE COMENTÁRIO SOBRE AS PARTES NO PROCESSO 114. INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE CONHECIMENTO, DE EXECUÇÃO E CAUTELAR 115. INADMISSIBILIDADE DE QUEBRA DO SIGILO FISCAL DE DEVEDORES EM PROCESSOS DE EXECUÇÃO MEDIANTE SIMPLES 116. DESPACHO DEFERITÓRIO DE OFÍCIO À RECEITA FEDERAL, SOB PENA DE OFENSA ÀS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DA INTIMIDADE / VIDA PRIVADA E SIGILO DE DADOS 117. O QUE MUDA COM A LEI DO PROCESSO ELETRÔNICO? 118. RECURSO ESPECIAL E AS DECISÕES PROFERIDAS PELA TURMA RECURSAL 119. PARENTES MODALIDADES DE INTERVENÇÃO DE TERCEIROS 120. ALGUNS APONTAMENTOS SOBRE O CUMPRIMENTO DA SENTENÇA 121. ALGUNS APONTAMENTOS SOBRE A NOVA LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA 122. A MOROSIDADE DO PROCESSO JUDICIAL 123. AÇÃO RECISÓRIA 124. REJEITADOS RECURSOS SEM COMPROVAÇÃO DE FERIADOS LOCAIS OU ANTECIPADOS 125. JUSTIÇA COMUM JULGA COBRANÇA DE HONORÁRIOS EM AÇÃO TRABALHISTA 126. DIREITO DAS PESSOAS NO NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO. 127. SOCIEDADE COMERCIAL ENTRE CÔNJUGES. 128. OS COSTUMES E A POSITIVAÇÃO DO DIREITO 129. FORMAÇÃO CULTURAL DO DIREITO BRASILEIRO 130. AS PROPOSTAS PARA REGULAMENTAÇÃO DO USO DA INTERNET NO BRASIL E OS DIREITOS AUTORAIS 131. DIREITO DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL http://jus.com.br/revista/texto/21356/as-propostas-para-regulamentacao-do-uso-da-internet-no-brasil-e-os-direitos-autorais http://jus.com.br/revista/texto/21356/as-propostas-para-regulamentacao-do-uso-da-internet-no-brasil-e-os-direitos-autorais Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 8 132. A DESCONSIDERAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA COMO INSTRUMENTO DE COMBATE À FRAUDE E AO ABUSO DE DIREITO 133. ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A PARTE GERAL DO NOVO CÓDIGO CIVIL FACE AO DIREITO SOCIETÁRIO BRASILEIRO 134. A INSERÇÃO DAS AGÊNCIAS REGULADORAS NO DIREITO BRASILEIRO – ASPECTOS ATUAIS E PERSPECTIVAS 135. FEDERALISMO E O PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE 136. RESPONSABILIDADE PENAL DA PESSOA JURÍDICA 137. O INSTITUTO DA CONCILIAÇÃO NO DIREITO PROCESSUAL BRASILEIRO 138. UMA VISÃO GERAL DO DANO MORAL 139. OS DIREITOS DE PERSONALIDADE DO EMPREGADO EM FACE DO PODER DIRETIVO DO EMPREGADOR 140. A SUCESSÃO TRABALHISTA: VISÃO CLÁSSICA E A NOVA VERTENTE INTERPRETATIVA 141. DISPENSA DE LICITAÇÃO 142. O CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO 143. CRIMES ELETRÔNICOS 144. LICITAÇÕES 145. SUCESSÃO DO CÔNJUGE E SEUS REGIMES 146. AS PRINCIPAIS CONTROVÉRSIAS DOUTRINÁRIAS E JURISPRUDENCIAIS ACERCA DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA NO DIREITO CONSUMERISTA 147. REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL 148. A INEXISTÊNCIA DO TRÂNSITO EM JULGADO NAS AÇÕES DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE SEM EXAME DE DNA 149. DAS NOVAS RELAÇÕES DE TRABALHO: DA JORNADA DE TRABALHO 150. OS DIREITOS HUMANOS E A DISCRIMINAÇÃO NO LOCAL DE TRABALHO 151. A ULTRATIVIDADE DAS NORMAS COLETIVAS DE TRABALHO - LIMITES E POSSIBILIDADES Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 9 152. AMPLA DEFESA NO PROCESSO DA ADMINISTRAÇÃO FISCAL 153. DECRETO-LEI Nº 7.661/45 (LEI DE FALÊNCIAS) E (LEI 11.101/05 - REGULA A RECUPERAÇÃO JUDICIAL, A EXTRAJUDICIAL E A FALÊNCIA DO EMPRESÁRIO E DA SOCIEDADE EMPRESÁRIA) 154. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO - SEGURANÇA JURÍDICA NO DESEMBARAÇO ADUANEIRO 155. RESPONSABILIDADE CIVIL DAS EMPRESAS DE ÔNIBUS E DO TRANSPORTADOR CLANDESTINO 156. ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO 157. CRIMES NA INTERNET 158. A FIXAÇÃO DE MULTAS EM LIMINARES 159. PUBLICIDADE ENGANOSA E ABUSIVA NAS RELAÇÕES VIRTUAIS 160. VIOLAÇÃO AO DIREITO ADQUIRIDO INSTITUÍDO PELA LEI Nº 11.358 DE 19 DE OUTUBRO DE 2006 161. BASE DE CÁLCULO DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE A LUZ DA INCONSTITUCIONALIDADE DA VINCULAÇÃO AO SALÁRIO MÍNIMO 162. A INCAPACIDADE LABORAL NO DIREITO PREVIDENCIÁRIO 163. CURATELA DE BENS PESSOAIS NO ÂMBITO JURÍDICO E SOCIAL, EM FASE DA LEGISLAÇÃO VIGENTE EM NOSSO PAÍS ARTIGOS PARA LEITURA, ANÁLISE E UTILIZAÇÃO COMO FONTE OU REFERENCIA Artigos em Direito Penal e Processual Penal http://www.epd.edu.br/artigos/541?page=2 14/12/2010 - Direito Penal e Processual Penal O processualismo é um dos entraves para Justiça http://www.epd.edu.br/artigos/2010/12/o-processualismo-um-dos-entraves-para-justi Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 10 13/12/2010 - Direito Penal e Processual Penal Processo de pacificação não deve ocorrer sem custos 08/12/2010 - Direito Penal e Processual Penal Nova Lei do Agravo é aplicável em recursos criminais 08/12/2010 - Direito Penal e Processual Penal Mala branca no futebol não é infração disciplinar 02/12/2010 - Direito Penal e Processual Penal A imensa maioria dos advogados é séria e ética 02/12/2010 - Direito Penal e Processual Penal Criminalista é o que mais enfrenta agruras 01/12/2010 - Direito Penal e Processual Penal Criação de defensoria evita figura de juiz de garantias 30/11/2010 - Direito Penal e Processual Penal Instrução deve considerar inocência do acusado 30/11/2010 - Direito Penal e Processual Penal Impactos ambientais exigem posição da Justiça 24/11/2010 - Direito Penal e Processual Penal Bancas provocam confusões em provas de concurso 22/11/2010 - Direito Penal e Processual Penal Tornozeleira eletrônica é avanço do sistema 22/11/2010 - Direito Penal e Processual Penal Decisão do STJ burocratiza juizados especiais 22/11/2010 - Direito Penal e Processual Penal Criminalização exarcebada viola Direitos Humanos 18/11/2010 - Direito Penal e Processual Penal Em um ano país poderá contar com CPP moderno 12/11/2010 - Direito Penal e Processual Penal Regras do juiz natural devem ser anteriores ao crime 11/11/2010 - Direito Penal e Processual Penal Não se pode matar a democracia para aperfeiçoá-la 08/11/2010 - Direito Penal e Processual Penal http://www.epd.edu.br/artigos/2010/12/processo-de-pacifica-o-n-o-deve-ocorrer-sem-custos http://www.epd.edu.br/artigos/2010/12/nova-lei-do-agravo-aplic-vel-em-recursos-criminais http://www.epd.edu.br/artigos/2010/12/mala-branca-no-futebol-n-o-infra-o-disciplinar http://www.epd.edu.br/artigos/2010/12/imensa-maioria-dos-advogados-s-ria-e-tica http://www.epd.edu.br/artigos/2010/12/criminalista-o-que-mais-enfrenta-agruras http://www.epd.edu.br/artigos/2010/12/cria-o-de-defensoria-evita-figura-de-juiz-de-garantias http://www.epd.edu.br/artigos/2010/11/instru-o-deve-considerar-inoc-ncia-do-acusado http://www.epd.edu.br/artigos/2010/11/impactos-ambientais-exigem-posi-o-da-justihttp://www.epd.edu.br/artigos/2010/11/bancas-provocam-confus-es-em-provas-de-concurso http://www.epd.edu.br/artigos/2010/11/tornozeleira-eletr-nica-avan-o-do-sistema http://www.epd.edu.br/artigos/2010/11/decis-o-do-stj-burocratiza-juizados-especiais http://www.epd.edu.br/artigos/2010/11/criminaliza-o-exarcebada-viola-direitos-humanos http://www.epd.edu.br/artigos/2010/11/em-um-ano-pa-s-poder-contar-com-cpp-moderno http://www.epd.edu.br/artigos/2010/11/regras-do-juiz-natural-devem-ser-anteriores-ao-crime http://www.epd.edu.br/artigos/2010/11/n-o-se-pode-matar-democracia-para-aperfei-o-la Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 11 Brigas e drogas são causas da Lei Maria da Penha 04/11/2010 - Direito Penal e Processual Penal Opinião pública não está preparada para absolvições 04/11/2010 - Direito Penal e Processual Penal A independência de jurisdição na aplicação da pena 04/11/2010 - Direito Penal e Processual Penal Para crime, o estado do artefato não importa 27/10/2010 - Direito Penal e Processual Penal Magistrado afegão pode sofrer impeachment 27/10/2010 - Direito Penal e Processual Penal Substitutivo do PL avança, mas deixa dúvidas 27/10/2010 - Direito Penal e Processual Penal Traficantes se valem de menores para vender drogas 20/10/2010 - Direito Penal e Processual Penal Debate sobre aborto deve sair do obscurantismo 20/10/2010 - Direito Penal e Processual Penal Sem fim de investigação, é inviável persecução penal 08/10/2010 - Direito Penal e Processual Penal É Possível Converter Multa de Trânsito em Advertência 06/10/2010 - Direito Penal e Processual Penal Aposentadoria Compulsória para Juiz é Premiação 05/10/2010 - Direito Penal e Processual Penal Medicina Legal é Imprescindível e evitar erro 05/10/2010 - Direito Penal e Processual Penal Cabe à Polícia Civil coibir Crimes Eleitorais 04/10/2010 - Direito Penal e Processual Penal Contribuinte tem Direito de Discutir Crédito 04/10/2010 - Direito Penal e Processual Penal Ministro Britto é Juiz digno e está sendo Prejulgado 30/09/2010 - Direito Penal e Processual Penal Denúncia Anônima deve ser Tratada com Cautela http://www.epd.edu.br/artigos/2010/11/brigas-e-drogas-s-o-causas-da-lei-maria-da-penha http://www.epd.edu.br/artigos/2010/11/opini-o-p-blica-n-o-est-preparada-para-absolvi-es http://www.epd.edu.br/artigos/2010/11/independ-ncia-de-jurisdi-o-na-aplica-o-da-pena http://www.epd.edu.br/artigos/2010/11/para-crime-o-estado-do-artefato-n-o-importa http://www.epd.edu.br/artigos/2010/10/magistrado-afeg-o-pode-sofrer-impeachment http://www.epd.edu.br/artigos/2010/10/substitutivo-do-pl-avan-mas-deixa-d-vidas http://www.epd.edu.br/artigos/2010/10/traficantes-se-valem-de-menores-para-vender-drogas http://www.epd.edu.br/artigos/2010/10/debate-sobre-aborto-deve-sair-do-obscurantismo http://www.epd.edu.br/artigos/2010/10/sem-fim-de-investiga-o-invi-vel-persecu-o-penal http://www.epd.edu.br/artigos/2010/10/poss-vel-converter-multa-de-tr-nsito-em-advert-ncia http://www.epd.edu.br/artigos/2010/10/aposentadoria-compuls-ria-para-juiz-premia-o http://www.epd.edu.br/artigos/2010/10/medicina-legal-imprescind-vel-e-evitar-erro http://www.epd.edu.br/artigos/2010/10/cabe-pol-cia-civil-coibir-crimes-eleitorais http://www.epd.edu.br/artigos/2010/10/contribuinte-tem-direito-de-discutir-cr-dito http://www.epd.edu.br/artigos/2010/10/ministro-britto-juiz-digno-e-est-sendo-prejulgado http://www.epd.edu.br/artigos/2010/09/den-ncia-nima-deve-ser-tratada-com-cautela Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 12 30/09/2010 - Direito Penal e Processual Penal Tornozeleira destoa da Realidade Brasileira 29/09/2010 - Direito Penal e Processual Penal Combate ao crime deve seguir ditames da lei 24/09/2010 - Direito Penal e Processual Penal Vetos à Lei de Monitoramento de Presos Reduz Avanços 22/09/2010 - Direito Penal e Processual Penal Não cabe ao Titular da Vara Exercer Retratação 14/09/2010 - Direito Penal e Processual Penal Barões do Tráfico devem ser Punidos 13/09/2010 - Direito Penal e Processual Penal Aplicar Pena Alternativa ao Tráfico é Inconstitucional 09/09/2010 - Direito Penal e Processual Penal Falhas na Justiça do Irã Resultam Julgamentos Injustos 08/09/2010 - Direito Penal e Processual Penal Execução de Título Judicial e Justiça Gratuita 08/09/2010 - Direito Penal e Processual Penal Brasil passa por Grave Crise de Identidade Jurídica 03/09/2010 - Direito Penal e Processual Penal É Legal Divulgação que Vise Interesse Público 02/09/2010 - Direito Penal e Processual Penal Isonomia e Individualização da Pena não se Excluem 22/06/2010 - Direito Penal e Processual Penal Nova regra na prescrição cria desproporcionalidade Execução penal: Ideal normativo e realidade prática Renato Flávio Marcão[+] El trabajo en cárceles. La pena: ¿El trabajo es un medio o un fin en si mismo? Carlos Parma[+] A produção de prova pelo acusado na fase pré-processual: Uma garantia para realização de um processo constitucional Cesar Leandro de Almeida Rabelo[+]|Cláudia Mara de Almeida Rabelo Viegas[+]|Horrana Grieg de Oliveira e Souza[+] http://www.epd.edu.br/artigos/2010/09/tornozeleira-destoa-da-realidade-brasileira http://www.epd.edu.br/artigos/2010/09/combate-ao-crime-deve-seguir-ditames-da-lei http://www.epd.edu.br/artigos/2010/09/vetos-lei-de-monitoramento-de-presos-reduz-avan-os http://www.epd.edu.br/artigos/2010/09/n-o-cabe-ao-titular-da-vara-exercer-retrata-o http://www.epd.edu.br/artigos/2010/09/bar-es-do-tr-fico-devem-ser-punidos http://www.epd.edu.br/artigos/2010/09/aplicar-pena-alternativa-ao-tr-fico-inconstitucional http://www.epd.edu.br/artigos/2010/09/falhas-na-justi-do-ir-resultam-julgamentos-injustos http://www.epd.edu.br/artigos/2010/09/execu-o-de-t-tulo-judicial-e-justi-gratuita http://www.epd.edu.br/artigos/2010/09/brasil-passa-por-grave-crise-de-identidade-jur-dica http://www.epd.edu.br/artigos/2010/09/legal-divulga-o-que-vise-interesse-p-blico-0 http://www.epd.edu.br/artigos/2010/09/isonomia-e-individualiza-o-da-pena-n-o-se-excluem http://www.epd.edu.br/artigos/2010/06/nova-regra-na-prescri-o-cria-desproporcionalidade http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=seminarios_autor&id=87&height=300&width=513&KeepThis=true&TB_iframe=true http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=seminarios_autor&id=3358&height=300&width=513&KeepThis=true&TB_iframe=true http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=seminarios_autor&id=36873&height=300&width=513&KeepThis=true&TB_iframe=true http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=seminarios_autor&id=35981&height=300&width=513&KeepThis=true&TB_iframe=true http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=seminarios_autor&id=38672&height=300&width=513&KeepThis=true&TB_iframe=true Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 13 A extinção da punibilidade dos crimes tributários Hálisson Rodrigo Lopes[+] Normativismo, tipo penal e imputação objetiva. A teoria do tipo entre Hans Welzel, Claus Roxin e os finalistas Carlos Henrique Pereira de Medeiros[+] Ponderação na aplicação das penas alternativas como paradigma emergente do sistema prisional brasileiro Osvaldo Moura Junior[+]|Paulo César Ribeiro Martins[+] Conceitos fundamentais para o estudo das prisões enquanto elemento padrão do direito penal e processual penal Luiz Aristeu dos Santos Filho[+] Lei Maria da Penha, pelo direito da mulher a uma vida sem violência Márcio Batista de Oliveira[+] 08/06/2011 A culpabilidade compartilhada como princípiomitigador da ausência de efetivação dos direitos humanos fundamentais Claudio Alberto Gabriel Guimarães[+] Exploração por partidos políticos de crianças e adolescentes em campanhas eleitorais- uma forma contemporânea de trabalho escravo Liliana Collina Maia[+] Prision preventiva y pena. Dicotomía dogmática y semejanza institucional Víctor Hugo Benítez[+] Psicografia e prova penal Renato Flávio Marcão[+] O habeas corpus processual: instrumento para combater a coação ilegal Cláudia Mara de Almeida Rabelo Viegas[+]|Cesar Leandro de Almeida Rabelo[+]|Carlos Athayde Valadares Viegas[+] Primeiras notas sobre a Lei 12.403/11 Juliana Jobim do Amaral[+] Serial killer: prisão ou tratamento? Maitê Prado[+]|Paulo César Ribeiro Martins[+]|Josiane Petry Faria[+] Em busca de um conceito funcionalista de ordem pública no processo penal brasileiro André Pedrolli Serretti[+] A importância da perícia médico-legal para o processo penal na persecução da verdade real. Bruna Fernandes Coêlho[+] Aproximación al estudio de la pena desde una perspectiva crítica Keymer Guaicaipuro Segundo Avila Pernía[+] http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=seminarios_autor&id=38767&height=300&width=513&KeepThis=true&TB_iframe=true http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=seminarios_autor&id=9601&height=300&width=513&KeepThis=true&TB_iframe=true http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=seminarios_autor&id=39494&height=300&width=513&KeepThis=true&TB_iframe=true http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=seminarios_autor&id=17300&height=300&width=513&KeepThis=true&TB_iframe=true http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=seminarios_autor&id=31938&height=300&width=513&KeepThis=true&TB_iframe=true http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=seminarios_autor&id=4819&height=300&width=513&KeepThis=true&TB_iframe=true http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=seminarios_autor&id=11662&height=300&width=513&KeepThis=true&TB_iframe=true http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=seminarios_autor&id=27589&height=300&width=513&KeepThis=true&TB_iframe=true http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=seminarios_autor&id=39475&height=300&width=513&KeepThis=true&TB_iframe=true http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=seminarios_autor&id=87&height=300&width=513&KeepThis=true&TB_iframe=true http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=seminarios_autor&id=35981&height=300&width=513&KeepThis=true&TB_iframe=true http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=seminarios_autor&id=36873&height=300&width=513&KeepThis=true&TB_iframe=true http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=seminarios_autor&id=38929&height=300&width=513&KeepThis=true&TB_iframe=true http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=seminarios_autor&id=39385&height=300&width=513&KeepThis=true&TB_iframe=true http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=seminarios_autor&id=39492&height=300&width=513&KeepThis=true&TB_iframe=true http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=seminarios_autor&id=17300&height=300&width=513&KeepThis=true&TB_iframe=true http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=seminarios_autor&id=39493&height=300&width=513&KeepThis=true&TB_iframe=true http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=seminarios_autor&id=29980&height=300&width=513&KeepThis=true&TB_iframe=true http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=seminarios_autor&id=3157&height=300&width=513&KeepThis=true&TB_iframe=true http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=seminarios_autor&id=39476&height=300&width=513&KeepThis=true&TB_iframe=true Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 14 A evolução do Processo Penal e os meios de prova Lara Cíntia De Oliveira Santos[+] Remição de pena no Projeto de Lei n. 7.824/2010 (Remição pelo estudo; cômputo e perda dos dias remidos) Renato Flávio Marcão[+] Consequências práticas da alteração legislativa que modificou alguns dispositivos no Tribunal do Júri no que tange a aplicação da legítima defesa Alexandre Riginik[+] Comentários a cerca do movimento abolicionista no Direito Penal Raimundo de Albuquerque Gomes[+] A tutela penal e os crimes nas relações de consumo Osvaldo Moura Junior[+]|Paulo César Ribeiro Martins[+] Aspectos (re)velados do bem jurídico para o Direito Penal Pedro Luciano Evangelista Ferreira[+] Detenciones y requisas policiales. El “estado de sospecha” en la jurisprudencia local Pablo Buompadre[+] » CONSIDERAÇÕES SOBRE A AÇÃO MONITÓRIA » Filipe Rezende Semião (última alteração em 15/6/2012) » NULIDADE DOS ATOS PROCESSUAIS POR FALTA DE SUBSTITUIÇÃO DA PARTE FALECIDA » Filipe Rezende Semião (última alteração em 15/6/2012) » A relativização da coisa julgada » Albano Francisco Schmidt (última alteração em 6/6/2012) » Considerações didáticas sobre a súmula vinculante » Gisele Leite (última alteração em 25/5/2012) » DIREITO MATERIAL e DIREITO PROCESSUAL » Alipio Reis Firmo Filho (última alteração em 16/5/2012) » DIREITO INTERTEMPORAL NO PROCESSO CIVIL BRASILEIRO » Leandro Lima (última alteração em 15/5/2012) » O Ônus da Prova Trata-se de técnica de julgamento ou matéria de instrução? » Antonio Porfirio Filho (última alteração em 10/5/2012) » POSSIBILIDADES E LIMITES DA PENHORA SOBRE SALÁRIO » Andreia de Paula (última alteração em 6/5/2012) » Tutela inibitória liminar, liminar cautelar e antecipação de tutela: distinções e http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=seminarios_autor&id=31519&height=300&width=513&KeepThis=true&TB_iframe=true http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=seminarios_autor&id=87&height=300&width=513&KeepThis=true&TB_iframe=true http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=seminarios_autor&id=38742&height=300&width=513&KeepThis=true&TB_iframe=true http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=seminarios_autor&id=33530&height=300&width=513&KeepThis=true&TB_iframe=true http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=seminarios_autor&id=39494&height=300&width=513&KeepThis=true&TB_iframe=true http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=seminarios_autor&id=17300&height=300&width=513&KeepThis=true&TB_iframe=true http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=seminarios_autor&id=39496&height=300&width=513&KeepThis=true&TB_iframe=true http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=seminarios_autor&id=273&height=300&width=513&KeepThis=true&TB_iframe=true http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=7971 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=7971 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=7970 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=7970 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=7970 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=7883 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=7883 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=7784 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=7784 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=7716 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=7716 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=7686 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=7686 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=7653 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=7653 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=7616 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=7616 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=7364 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 15 similariedades » Artur Braga Pereira (última alteração em 26/3/2012) » O Juiz absolutamente incompetente pode deferir liminar?» Artur Braga Pereira (última alteração em 23/3/2012) » Distinções funcionais entre as hipóteses de deferimento das principais tutelas de urgência no procedimento comum e nos procedimentos especiais » Artur Braga Pereira (última alteração em 23/3/2012) » Constitucionalidade da improcedência liminar » Wellington da Silva de Paula (última alteração em 18/3/2012) » RenaJud: Procedimento, Surgimento e Vantagens do Sistema de Restrição Judicial de Veículos de Via Terrestre » Edneia Freitas Gomes Bisinotto (última alteração em 17/2/2012) » Penhora Online: Surgimento, Evolução e Constitucionalidade » Edneia Freitas Gomes Bisinotto (última alteração em 21/1/2012) » SENTENÇA E COISA JULGADA NAS AÇÕES COLETIVAS » Jose Vital Brigido Nunes Junior (última alteração em 15/12/2011) » LEI Nº. 11.187/2005: A IRRECORRIBILIDADE DA DECISÃO DO RELATOR QUE CONVERTE O AGRAVO DE INSTRUMENTO EM AGRAVO RETIDO E SEUS REFLEXOS NO JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO ESPECIAL » Danielle de Paula Maciel Dos Passos (última alteração em 29/11/2011) » Debates sobre a relativização da coisa julgada » Gisele Leite (última alteração em 24/11/2011) » EFEITO VINCULANTE DOS RECURSOS ESPECIAIS REPETITIVOS DO STJ » Carmen Ferreira Saraiva (última alteração em 30/10/2011) » ASPECTOS GERAIS DA LEI 12.016/2009 QUE REGULAMENTA O MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL E COLETIVO: INOVAÇÕES E RETROCESSOS » Geovanni Oliveira de Souza (última alteração em 22/10/2011) » Considerações didáticas sobre a súmula vinculante » Gisele Leite (última alteração em 17/10/2011) » Por um novo conceito de jurisdição. » Gisele Leite (última alteração em 17/10/2011) » Medida Cautelar de Sequestro » Priscila Margarito Vieira da Silva (última alteração em 14/10/2011) » NEOCONSTITUCIONALISMO - JURISDIÇÃO http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=7364 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=7364 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=7347 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=7347 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=7346 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=7346 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=7346 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=7329 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=7329 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=7184 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=7184 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=7184 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=7066 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=7066 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6968 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6968 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6899 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6899 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6899 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6899 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6877 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6877 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6729 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6729 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6708 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6708 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6708 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6687 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6687 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6684 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6684 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6678 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6678 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6643 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 16 » Jose Vital Brigido Nunes Junior (última alteração em 7/10/2011) » INAFASTABILIDADE DO CONTROLE JURISDICIONAL (PLNCPC) » Jose Vital Brigido Nunes Junior (última alteração em 7/10/2011) » A EFETIVIDADE UTÓPICA DO PROCESSO DE EXECUÇÃO NO JUIZADO ESPECIAL CIVEL (Do acesso á justiça e sua morosidade) » Ronaldo Pinheiro Sérgio (última alteração em 20/9/2011) » Repercussão geral e recursos repetitivos » Raquel Santos de Santana (última alteração em 1/9/2011) » A PENHORA ON LINE NA AÇÃO DE EXECUÇÃO E SEUS ENTRAVES » Ingridy Taques Camargo (última alteração em 10/8/2011) » A dispensabilidade do Advogado no Processo Administrativo » Geraldo Júnior Dos Santos (última alteração em 9/8/2011) » Lacônica introdução ao Direito Processual » Luiz Fernando Cortelini Meister (última alteração em 8/8/2011) » A penhora de valores e seu caráter não excepcional » Luiz Fernando Cortelini Meister (última alteração em 8/8/2011) » ANÁLISE SOBRE O ARTIGO 307 DO ANTEPROJETO DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL » Wellington da Silva de Paula (última alteração em 16/7/2011) » Resenha Crítica - Processo de Conhecimento e Procedimento e Procedimentos Especiais » Diana Tessari de Andrade (última alteração em 5/7/2011) » Execuções Especiais » Rodrigo Dos Santos Germini (última alteração em 28/6/2011) » O PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA NOS CASOS EM QUE NÃO SEJA CONSIDERADO DE REPERCUSSÃO GERAL E NOS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS » Isabela Britto Feitosa (última alteração em 2/6/2011) » A TUTELA INIBITÓRIA COMO FORME DE FACILITAR O ACESSO À JUSTIÇA E DE SE EVITAR A INVASÃO DE PRIVACIDADE E A LIMITAÇÃO DE INFORMAÇÃO NA IMPRENSA » Isabela Britto Feitosa (última alteração em 2/6/2011) » A APLICABILIDADE DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO NOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS » Isabela Britto Feitosa (última alteração em 2/6/2011) http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6643 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6642 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6642 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6513 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6513 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6513 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6432 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6432 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6356 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6356 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6353 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6353 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1273 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1273 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=538 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=538 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6237 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6237 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6237 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6183 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6183 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6183 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6144 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6144 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5990 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5990 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5990 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5990 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5988 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5988 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5988 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5988 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5987 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5987 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5987 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 17 » Mensalão: Não há risco de prescrição, mas de absolvição- parte I » Manoel Pastana (última alteração em 21/5/2011) » Jurisdição » Saulo Antônio Rosar Filho (última alteração em 13/5/2011) » O ART. 745-A DO CPC: O PARCELAMENTO DA DÍVIDA EXEQÜENDA: AVANÇO OU RETROCESSO? » Wilker Batista Cavalcanti (última alteração em 3/5/2011) » Características legais e jurisprudenciais do litisconsórcio. » Drayson Ricardo Bueno Costa (última alteração em 26/4/2011) » Prova eletrônica: Aspectos controvertidos» Crislayne Maria Lima Amaral Nogueira Cavalcante de Moraes (última alteração em 28/3/2011) » A FUNGIBILIDADE ENTRE AS MEDIDAS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA: BREVES CONSIDERAÇÕES » Wilker Batista Cavalcanti (última alteração em 1/3/2011) » O regime dos "Recursos Especiais Repetitivos" e a repercussão geral do Recurso Extraordinário » Sergio Mateus (última alteração em 20/2/2011) » A respeito do duplo grau de jurisdição » Gisele Leite (última alteração em 13/2/2011) » O novo processo civil, nova esperança » Gisele Leite (última alteração em 13/2/2011) » UM NOVO TRINÔMIO DO INTERESSE DE AGIR: NECESSIDADE-ADEQUAÇÃO- FRUSTRAÇÃO » Carlos Eduardo Rios Do Amaral (última alteração em 10/2/2011) » Efetividade da Jurisdição » Everaldo M. Andrade Júnior (última alteração em 2/2/2011) » Breves Comentários acerca da Lei n.º 1.060 de 1950 » Alexandre Ramalho Romero (última alteração em 31/1/2011) » CORREIÇÃO PARCIAL » Fabio de Almeida Moreira (última alteração em 3/1/2011) » BREVES INOVAÇÕES NO PROCEDIMENTO COMUM DO CÓDIGO FUX » Carlos Eduardo Rios Do Amaral (última alteração em 13/12/2010) » ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA DE BEM IMÓVEL » Pedro Ivo Marques (última alteração em 12/12/2010) http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5903 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5903 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5847 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5847 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5497 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5497 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5497 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5751 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5751 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5633 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5633 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5496 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5496 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5496 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5460 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5460 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5460 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5433 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5433 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5429 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5429 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5414 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5414 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5414 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5383 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5383 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5376 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5376 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5282 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5282 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5194 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5194 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5193 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5193 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 18 » DA DEFENSORIA PÚBLICA NO CÓDIGO FUX » Carlos Eduardo Rios Do Amaral (última alteração em 7/12/2010) » O Devido processo legal (due process of law). Aspectos Relevantes » Fausto Luz Lima (última alteração em 6/12/2010) » A Trilogia Processual Ação, Jurisdição e Processo » Fausto Luz Lima (última alteração em 14/11/2010) » Em Defesa do Caso Soberanamente Julgado » Alexandre Costa de Araujo (última alteração em 14/11/2010) » A PROVA DOS NOVE DA TEORIA DA ASSERÇÃO » Carlos Eduardo Rios Do Amaral (última alteração em 22/10/2010) » É INDISPENSÁVEL A INTIMAÇÃO PESSOAL DO DEVEDOR PARA PAGAMENTO ESPONTÂNEO DO DÉBITO NO ANTEPROJETO DO NOVO CPC » Carlos Eduardo Rios Do Amaral (última alteração em 17/10/2010) » Ação Cautelar de Exibição e Fixação de Astreinte » Aurélio Spina (última alteração em 1/10/2010) » Coisa Julgada Penal Coletiva » Carlos Eduardo Rios Do Amaral (última alteração em 5/9/2010) » Justiça Gratuita para os Empresários Individuais » Filipe Charone Tavares Lopes (última alteração em 1/9/2010) » Supressão de Instância - Breves comentários » Carlos L. R. Sarmento (última alteração em 21/8/2010) » TUTELA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DOS GRUPOS SOCIAIS VULNERÁVEIS COMPETE À DEFENSORIA PÚBLICA » Carlos Eduardo Rios Do Amaral (última alteração em 20/8/2010) » DA IGUALDADE SUBSTANCIAL E ÔNUS DA PROVA NO ANTEPROJETO DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL » Carlos Eduardo Rios Do Amaral (última alteração em 12/8/2010) » DEFENSORIA PÚBLICA E TUTELA COLETIVA DAS VÍTIMAS DE DISCRIMINAÇÃO ÉTNICA » Carlos Eduardo Rios Do Amaral (última alteração em 1/8/2010) » O limite de alçada no Juizado Especial Cível e a interpretação do artigo 3º da lei 9099/95 conferida pelo FONAJE. » Alessandra de Oliveira Hifumi (última alteração em 24/7/2010) » Antecipação de Tutela como Instrumento de Efetividade Processual http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5141 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5141 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5137 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5137 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5012 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5012 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4990 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4990 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4889 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4889 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4867 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4867 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4867 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4787 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4787 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4683 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4683 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4659 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4659 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4582 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4582 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4573 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4573 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4573 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4528 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4528 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4528 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4450 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4450 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4450 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4391 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4391 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4391 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3804 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 19 » Aurélio Spina (última alteração em 24/7/2010) » IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA - A PENHORA COMO SEU PRESSUPOSTO PROCESSUAL OBJETIVO » Fabio de Almeida Moreira (última alteração em 23/7/2010) » Nomeação à Autoria - Principais Aspectos » Glauber Moreira Barbosa da Silva (última alteração em 20/7/2010) » TUTELA ANTECIPADA EM DESFAVOR DA FAZENDA PÚBLICA » Mariana Guimarães Dos Santos (última alteração em 13/7/2010) » DOS PRINCÍPIOS E DAS GARANTIAS FUNDAMENTAIS DE PROCESSO NO CÓDIGO FUX » Carlos Eduardo Rios Do Amaral (última alteração em 4/7/2010) » Prerrogativas da Fazenda Pública em Juízo X Princípio da Isonomia e sua consequencia na efetividade do processo » Raquel Santos de Santana (última alteração em 2/6/2010) » O SURGIMENTO DOS JUIZADOS ESPECIAIS E OS SEUS PRINCÍPIOS INFORMATIVOS » Reno Sampaio Mesquita Martins (última alteração em 1/6/2010) » Cumprimento de Sentença - Desnecessidade de Intimação Pessoal do Devedor » Daniel Pollarini Marques de Souza (última alteração em 5/5/2010) » INTERVENÇÃO DE TERCEIROS E PROCEDIMENTO SUMÁRIO » Gustavo Rodrigo Picolin (última alteraçãoem 27/4/2010) » RECURSO DE TERCEIRO PREJUDICADO » Gustavo Rodrigo Picolin (última alteração em 27/4/2010) » CHAMAMENTO AO PROCESSO » Gustavo Rodrigo Picolin (última alteração em 27/4/2010) » DENUNCIAÇÃO E DIREITO DE REGRESSO » Gustavo Rodrigo Picolin (última alteração em 27/4/2010) » DENUNCIAÇÃO E POSSUIDOR DE DIREITO » Gustavo Rodrigo Picolin (última alteração em 27/4/2010) » DENUNCIAÇÃO E EVICÇÃO » Gustavo Rodrigo Picolin (última alteração em 27/4/2010) » DENUNCIAÇÃO DA LIDE » Gustavo Rodrigo Picolin (última alteração em 27/4/2010) » NOMEAÇÃO À AUTORIA http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3804 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4387 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4387 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4387 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4367 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4367 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4338 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4338 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4295 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4295 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4295 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4105 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4105 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4105 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4107 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4107 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4107 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3984 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3984 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3952 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3952 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3951 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3951 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3950 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3950 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3949 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3949 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3948 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3948 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3947 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3947 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3946 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3946 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3945 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 20 » Gustavo Rodrigo Picolin (última alteração em 27/4/2010) » OPOSIÇÃO » Gustavo Rodrigo Picolin (última alteração em 27/4/2010) » ASSISTÊNCIA » Gustavo Rodrigo Picolin (última alteração em 27/4/2010) » INTERVENÇÃO DE TERCEIROS » Gustavo Rodrigo Picolin (última alteração em 27/4/2010) » LITISCONSÓRCIO » Gustavo Rodrigo Picolin (última alteração em 27/4/2010) » SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL » Gustavo Rodrigo Picolin (última alteração em 27/4/2010) » CONCEITOS GERAIS DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL » Gustavo Rodrigo Picolin (última alteração em 27/4/2010) » Debates sobre a relativização da coisa julgada » Gisele Leite (última alteração em 25/4/2010) » Da Ação Civil Publica » Izanete Aparecida Teixeira Valer (última alteração em 23/4/2010) » Análise ao artigo 285-A do Código de Processo Civil: uma busca desenfreada pelo direito fundamental à efetividade da tutela jurisdicional em face das demais garantias fundamentais asseguradas pelo Estado Democrático de Direito. » Mayra Soraggi Marafelli (última alteração em 16/4/2010) » Breves considerações sobre a representatividade adequada e os limites subjetivos da coisa julgada nos processos coletivos » Vinicius Marques Rosa Emygdio (última alteração em 14/4/2010) » A Aplicação da Lei nº 11.232/05 na Execução de Alimentos » Monika Adele Storm (última alteração em 29/3/2010) » Comentários a Lei 11 419 de 19 de dezembro de 2006 » Nikita Sara Lima da Silva (última alteração em 23/3/2010) » A PENHORA ON LINE COMO MECANISMO DE COMBATE A MOROSIDADE PROCESSUAL » Lívia Maria Reis Marques (última alteração em 11/3/2010) » DEFESA DE AÇÃO DE COBRANÇA DE CUSTO DE OBRA CENTRADA NA NULIDADE DE ASSEMBLÉIA » Geraldo Alvarenga (última alteração em 6/3/2010) http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3945 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3944 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3944 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3943 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3943 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3942 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3942 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3941 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3941 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3940 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3940 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3939 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3939 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3928 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3928 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3923 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3923 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3911 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3911 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3911 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3911 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3900 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3900 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3900 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3836 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3836 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3817 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3817 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3762 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3762 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3762 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3715 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3715 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3715 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 21 » Como Funciona o Juizado Especial Federal » Danilo Santana (última alteração em 25/2/2010) » Do princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional ou princípio do direito da ação » Gisele Leite (última alteração em 23/2/2010) » Sobre o princípio do contraditório » Gisele Leite (última alteração em 23/2/2010) » O conceito do princípio da isonomia do direito processual civil brasileiro » Gisele Leite (última alteração em 23/2/2010) » Ponderações didáticas sobre a coisa julgada. » Gisele Leite (última alteração em 23/2/2010) » O Atual Estado de Direito e a Crise do Processo Civil » Luís Paulo de Oliveira (última alteração em 19/2/2010) » Súmula 381 do STJ sobre contratos entre consumidores e bancos passa longe de consolidar jurisprudência e agride o CDC. » Júlio César Cerdeira Ferreira (última alteração em 18/2/2010) » ACESSO À JUSTIÇA: Uma análise face à introdução da antecipação de tutela no direito processual civil brasileiro. » Luciana Costa Dos Santos Almeida (última alteração em 3/2/2010) » A CELERIDADE DA EXECUÇÃO FISCAL COM A REFORMA DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL » Abelardo Dantas Romero (última alteração em 1/2/2010) » Sucumbência recíproca e compensação de honorários advocatícios: é preciso separar o joio do trigo. » Frederico Armando Teixeira Braga (última alteração em 31/1/2010) » O PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO E SUA GARANTIA CONSTITUCIONAL. » Frederico Armando Teixeira Braga (última alteração em 31/1/2010) » Processo de conhecimento, uma preleção. » Gisele Leite (última alteração em 19/1/2010) » Breves considerações didáticas sobre o conceito de parte e litisconsórcio. » Gisele Leite (última alteração em 19/1/2010) » Procurações Judiciais e substabelecimentos » Paulo Jorge Lellis Villanova (última alteração em 19/1/2010) » A REFORMA PROCESSUAL CIVIL E SUAS IMPLICAÇÕES NO EMBARGOA http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=114 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=114 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3665 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3665 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3665 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3664 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3664 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3662 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3662 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3661 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3661 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3633 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3633 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1314 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1314 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1314 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3527 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3527 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3527 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3501 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3501 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3501 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3500 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3500 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3500 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=736 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=736 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=736 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3432 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3432 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3431 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3431 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3429 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3429 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3427 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 22 EXECUÇÃO FISCAL. » Meirilane Santana Nascimento (última alteração em 19/1/2010) » TERMO INICIAL DO ARTIGO 475-J DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL » Wellington da Silva de Paula (última alteração em 19/1/2010) » A EDUCAÇÃO SUPERIOR EM JUÍZO » Adv. Mauro Lima (última alteração em 16/1/2010) » Juizados Especiais da Fazenda Pública: rápidas considerações » Júlio César Cerdeira Ferreira (última alteração em 12/1/2010) » VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DO ACESSO À JUSTIÇA PELOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS DO ESTADO DA BAHIA, NO MUNICÍPIO DE SALVADOR » Mário Sérgio de Araújo Sampaio (última alteração em 9/12/2009) » DIREITO FUNDAMENTAL À SAÚDE: QUESTÕES PROCESSUAIS - FUNDAMENTAL RIGHT TO HEALTH: PROCEDURAL ISSUES » Leonardo Augusto Gonçalves (última alteração em 8/12/2009) » Do pedido e suas espécies » Paulo Henrique de Araujo (última alteração em 22/11/2009) » Intervenção de Terceiros » Elisangela Marcia Dos Santos (última alteração em 18/11/2009) » Considerações sobre a emenda da petição inicial » Gisele Leite (última alteração em 17/11/2009) » Justiça Brasileira - Avanços? » Monica Cilene Anastacio (última alteração em 17/11/2009) » O Princípio da Inalterabilidade da Sentença » Allan Gomes Moreira (última alteração em 11/11/2009) » ASPECTOS PRÁTICOS E TEÓRICOS ACERCA DOS RECURSOS ESPECIAIS REPETITIVOS COM O ADVENTO DA LEI N. 11.672/2008 » Eduardo Henrique Balaró (última alteração em 18/10/2009) » Aspectos relevantes do Direito Processual Civil » Róger Freitas Nascimento (última alteração em 16/10/2009) » DA APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE » Fabio de Almeida Moreira (última alteração em 16/10/2009) » O INCONSTITUCIONAL ARTIGO 285-A DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL » Alexandre Costa de Araujo (última alteração em 12/10/2009) http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3427 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3427 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3416 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3416 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3414 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3414 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3377 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3377 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3324 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3324 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3324 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3324 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3315 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3315 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3315 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3221 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3221 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3197 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3197 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3190 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3190 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3179 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3179 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3064 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3064 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3075 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3075 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3075 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3071 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3071 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3070 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3070 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3029 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3029 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 23 » A IMPUGNAÇÃO DO EXECUTADO: NATUREZA JURÍDICA E A QUESTÃO DA SEGURANÇA DO JUÍZO » Alexandre Costa de Araujo (última alteração em 12/10/2009) » A NATUREZA JURÍDICA DO PARCELAMENTO DO DÉBITO PREVISTO PELO ARTIGO 745-A DO CPC » Alexandre Costa de Araujo (última alteração em 10/10/2009) » A FUNÇÃO DA JURISDIÇÃO NO ESTADO MODERNO » Paulo Roberto de Araújo Viana (última alteração em 28/9/2009) » INTERVENÇÃO DE TERCEIROS » Gustavo Rodrigo Picolin (última alteração em 22/9/2009) » CONCEITOS GERAIS DE DIREITO PROCESSUAL » Gustavo Rodrigo Picolin (última alteração em 22/9/2009) » A ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO E A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 » Adilson Siqueira da Silva (última alteração em 18/9/2009) » O processo de execução de títulos judiciais que imponham obrigação de fazer ou não fazer e principais modificações trazidas pela Lei 11.232/2005 » Gisele Leite (última alteração em 7/9/2009) » ISONOMIA PROCESSUAL CONSTITUCIONAL » Katiuscia Marcon Romão Torezan (última alteração em 18/8/2009) » Apostila sobre Pressupostos Processuais » Gisele Leite (última alteração em 9/8/2009) » Considerações sobre fraude a execução e fraude contra credores » Gisele Leite (última alteração em 9/8/2009) » O princípio da oralidade no sistema Processual Civil » Diana Tessari de Andrade (última alteração em 5/8/2009) » Considerações sobre os Embargos de Declaração na sistemática recursal brasileiro » Gisele Leite (última alteração em 19/7/2009) » Considerações sobre a teoria geral dos recursos » Gisele Leite (última alteração em 19/7/2009) » IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA DE PAGAR QUANTIA CERTA: NECESSIDADE OU NÃO DE PRÉVIA GARANTIA DO JUÍZO. » Daniel Teixeira Dantas (última alteração em 17/7/2009) » A ordem pública na arbitrabilidade e na homologação da sentença arbitral http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3027 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3027 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3027 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3028 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3028 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3028 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=2859 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=2859 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=2807 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=2807 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=2805http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=2805 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=2769 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=2769 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=2769 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=2659 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=2659 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=2659 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=2246 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=2246 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1968 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1968 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1967 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1967 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1804 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1804 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1747 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1747 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1747 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1746 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1746 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1734 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1734 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1734 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1549 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 24 estrangeira » Marcello Fernandes Leal (última alteração em 9/7/2009) » Breves comentários à Lei de Arbiragem brasileira » Marcello Fernandes Leal (última alteração em 9/7/2009) » Deserção da ação. Convalescença. » Marco Aurélio Leite da Silva (última alteração em 26/6/2009) » PROCESSOS CAUTELARES » Alianna Caroline Sousa Cardoso (última alteração em 23/6/2009) » A tutela antecipada e a liminar acautelatória » Marco Aurélio Leite da Silva (última alteração em 22/6/2009) » Propedêutica Jurídica - Teoria Geral Do Processo - Iniciação » Marco Aurélio Leite da Silva (última alteração em 19/6/2009) » A Realização de Perícia Técnica nos Juizados Especiais Cíveis » Thomas de Carvalho Silva (última alteração em 22/3/2009) » A evolução do sistema Processual Brasileiro, com o advento do Processo Judicial Digital. » Vitor Dias Uzeda Silva (última alteração em 19/1/2009) » OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO E BREVES COMENTÁRIOS SOBRE AS ALTERAÇÕES PROPOSTAS PELO PODER LEGISLATIVO » Regis Cardoso Ares (última alteração em 19/1/2009) » O DOCUMENTO ELETRÔNICO NO PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO » Valfredo José Dos Santos (última alteração em 3/12/2008) » A RESPONSABILIDADE PROCESSUAL SOLIDÁRIA DO ADVOGADO PELA LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ » Isabela Aguilar Martini Rio (última alteração em 30/11/2008) » DOS FUNDAMENTOS PARA PROPOSITURA DE AÇÃO DE CONHECIMENTO COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA CONTRA AS EMPRESAS DE TELEFONIA REFERENTE RETIRADA DO NOME DO CONSUMIDOR DO SPC/SERASA. » Márcio António Alves (última alteração em 22/11/2008) » JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA » Sandra Cristina de Carvalho Moreira Spessotto (última alteração em 21/11/2008) » A REPERCUSSÃO GERAL COMO MECANISMO DE FORTALECIMENTO DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO » Henrique Lima (última alteração em 10/11/2008) http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1549 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1549 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1548 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1548 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1461 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1461 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1442 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1442 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1436 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1436 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1438 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1438 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1210 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1210 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1067 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1067 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1067 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1056 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1056 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1056 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=990 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=990 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=967 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=967 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=967 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=970 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=970 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=970 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=970 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=970 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=964 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=964 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=920 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=920 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=920 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 25 » DA AÇÃO DE DIVISÃO E DE DEMARCAÇÃO DE TERRAS PARTICULARES: ESTUDO TEÓRICO E ANÁLISE DE UM CASO » Maria da Glória Perez Delgado Sanches (última alteração em 28/10/2008) » CAPACIDADE PROCESSUAL POSTULATÓRIA » Filipe Rezende Semião (última alteração em 18/10/2008) » Ilicitude das Provas » Marcelo Do Valle (última alteração em 10/10/2008) » Bem de Família e a impenhorabilidade » Thicianna da Costa Porto Araujo (última alteração em 10/10/2008) » Antecipação da Tutela e a Irreversibilidade do Provimento Jurisdicional » Joseana Paes Lopes (última alteração em 26/9/2008) » BREVES CONSIDERAÇÕES ACERCA DAS SENTENÇAS INFRA, ULTRA E EXTRA PETITA NAS AÇÕES INDENIZATÓRIAS » Henrique Lima (última alteração em 17/9/2008) » Teoria Geral do Processo: As Diferentes Visões Teóricas que Surgiram no Decorrer da História do Direito Sobre o Processo » Davi Souza de Paula Pinto (última alteração em 15/9/2008) » OS PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA NO PROCESSO DE EXECUÇÃO » Arthur Nóbrega Gadêlha (última alteração em 12/9/2008) » DA AÇÃO DE USUCAPIÃO DE TERRAS PARTICULARES: ANÁLISE DE UM CASO » Maria da Glória Perez Delgado Sanches (última alteração em 8/9/2008) » DA AÇÃO DE ANULAÇÃO E SUBSTITUIÇÃO DE TÍTULOS AO PORTADOR: » Maria da Glória Perez Delgado Sanches (última alteração em 8/9/2008) » DA ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA E SUA CAUSA REINCIDENTE » Luiz Carlos de Aquino Junior (última alteração em 8/9/2008) » A INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA COMO PROVA EMPRESTADA NO PROCESSO CIVIL » Hellen Damália E Filipe Vilarim (última alteração em 4/9/2008) » Agravo » Gustavo Pereira Andrade (última alteração em 1/9/2008) » A MEDIDAS CAUTELAR E A ANTECIPAÇÃO DE TUTELA - A LINHA DIVISÓRIA ENTRE AMBAS » Alessandro Rodrigues da Costa (última alteração em 17/7/2008) http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=901 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=901 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=901 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=767 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=767 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=856 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=856 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=749 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=749 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=843 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=843 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=821 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=821 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=821 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=822 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=822 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=822 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=817 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=817 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=817 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=806 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=806http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=806 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=805 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=805 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=613 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=613 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=797 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=797 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=797 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=791 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=791 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=732 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=732 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=732 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 26 » Do Arbitramento de Honorários de Sucumbência em Cumprimento de Sentença. » Márcio António Alves (última alteração em 25/6/2008) » CONSIDERAÇÕES ACERCA DA HOLOMOGAÇÃO DO PENHOR LEGAL » Maria da Glória Perez Delgado Sanches (última alteração em 23/5/2008) » A Crise do Processo e do Poder Judiciário no Brasil e no Mundo e a Adoção de Formas Alternativas para Solução das Controvérsias (ADR) » Monica Rodrigues Campos (última alteração em 8/4/2008) » Ação Rescisória - Comentários ao art. 485 do Código de Processo Civil » Monica Rodrigues Campos (última alteração em 14/3/2008) » Humanização da Justiça - Uma Abordagem Conceitual » Monica Rodrigues Campos (última alteração em 11/3/2008) » O usufruto como forma de expropriação judicial » Maria da Glória Perez Delgado Sanches (última alteração em 25/2/2008) » DA CORREIÇÃO GERAL E DO AGRAVO DE INSTRUMENTO » Maria da Glória Perez Delgado Sanches (última alteração em 24/2/2008) » O PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA, A PRECLUSÃO "PRO JUDICATO" E A COISA JULGADA FRENTE AO ARTIGO 475-B, § 3ª DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. » Kleber Morais Bahia (última alteração em 15/2/2008) » DECISÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NA ADI 3026-DF: UM NOVO OLHAR AO PRAZO DILATÓRIO ATRAVÉS DE SEU ENCONTRO COM O DIREITO MATERIAL » Tassus Dinamarco (última alteração em 24/1/2008) » AÇÕES CAUTELARES DE ARROLAMENTO DE BENS E BUSCA E APREENSÃO DE MENOR » Tassus Dinamarco (última alteração em 24/1/2008) » Antecipação da Tutela, sua confirmação pela sentença e a exceção ao efeito devolutivo do recurso de apelação » Tassus Dinamarco (última alteração em 3/12/2007) » Antecipação de tutela, cautelares e temas controvertidos » Tassus Dinamarco (última alteração em 3/12/2007) » Perguntas e Respostas sobre Atentado e Produção Antecipada de Provas » Tassus Dinamarco (última alteração em 3/12/2007) » Resolução de Mérito, pela prescrição, sob o fundamento da impossibilidade jurídica do pedido http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=705 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=705 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=631 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=631 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=595 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=595 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=595 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=565 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=565 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=576 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=576 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=546 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=546 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=551 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=551 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=536 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=536 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=536 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=536 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=428 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=428 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=428 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=428 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=382 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=382 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=382 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=390 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=390 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=390 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=388 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=388 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=387 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=387 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=383 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=383 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 27 » Tassus Dinamarco (última alteração em 3/12/2007) » Questões sobre a Reforma do Código de Processo Civil » Tassus Dinamarco (última alteração em 28/7/2007) » O Recurso de agravo depois da Lei 11.187, de 19 de outubro de 2005 » Tassus Dinamarco (última alteração em 28/7/2007) » Breve Comentário sobre as Partes no Processo » Gustavo Ribeiro de Almeida (última alteração em 17/7/2007) » Introdução ao processo de conhecimento, de execução e cautelar » Marcia Pelissari Gomes (última alteração em 20/4/2007) » Inadmissibilidade de quebra do sigilo fiscal de devedores em processos de execução mediante simples despacho deferitório de ofício à Receita Federal, sob pena de ofensa às garantias constitucionais da intimidade / vida privada e sigilo de dados » Wilson Túllio Alves de Andrade (última alteração em 9/4/2007) » O que muda com a Lei do Processo Eletrônico? » Luciana Xavier (última alteração em 2/4/2007) » O recurso especial e as decisões proferidas pela turma recursal » Tassus Dinamarco (última alteração em 8/3/2007) » Aparentes Modalidades de Intervenção de Terceiros » Tassus Dinamarco (última alteração em 8/3/2007) » Alguns apontamentos sobre o cumprimento da sentença » Tassus Dinamarco (última alteração em 7/3/2007) » Alguns apontamentos sobre a nova liquidação de sentença » Tassus Dinamarco (última alteração em 5/3/2007) » A Morosidade do Processo Judicial » Janaína Coelho de Lara (última alteração em 26/2/2007) http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=383 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=234 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=234 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=206 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=206 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=324 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=324 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=263 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=263 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=130 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=130 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=130 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=130 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=130 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=240 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=240 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=210 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=210 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=209 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=209 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=207 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=207 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=208 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=208 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=203 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=203 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 28 BREVE COMENTÁRIO SOBRE AS PARTES NO PROCESSO O artigo trata do conceito de parte em decorrência da evolução histórica da natureza do processo e a sua desvinculação com os titulares do direito material. Texto enviado ao JurisWay em 17/7/2007. O conceito de parte modifica-se de acordo com a evolução científica do DireitoProcessual, e o acompanha desde a fase imanentista – prévia à autonomia científica – à fase atual do instrumentalismo do processo. Tem-se que num primeiro período – até a segunda metade do século XIX – “o processo (era) mero conjunto de formalidades para a atuação prática daquele (do direito material)”, o que implica na concomitância entre os sujeitos da relação material e as partes do processo, já que este, de caráter meramente adjetivo não existia por si mesmo. Sendo essa a corrente mais difundida entre os praxistas e, sobretudo entre os civilistas, muitos dos quais, negam a superação científica dessa tese, e avaliam o Direito do Processo como apêndice de Direito Civil. Com a publicação do livro “Die Lehre von den Processeirenden und die Processvoraussetzungen”, em 1868, do alemão OSKAR VON BÜLOW inicia-se a fase científica do Direito Processual e surgem os primeiros conceitos e formulação dos princípios fundamentais da nova ciência. Atrelado a essa mudança contextual o conceito de parte passa a perseguir a autonomia e deixa de confundir-se com o dos integrantes da relação jurídica de direito material deduzida no processo. Nesse sentido expressa-se CHIOVENDA, para quem, parte é “aquele que demanda em seu próprio nome a atuação de uma vontade da lei, e aquele em face de quem essa atuação é demandada”. Sendo autor aquele que age, enquanto em réu é aquele em nome de quem se age. Segundo ATHOS GUSMÃO CARNEIRO “as doutrinas atuais buscam o conceito Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 29 de parte apenas no processo, não na relação substancial deduzida em juízo”, o que reitera a autonomia da relação jurídica processual, frente à de direito substancial. A melhor doutrina é uníssona quanto a existência dessa autonomia, condição sem a qual nem sequer poderia se falar em ciência, e nesse sentido encontram-se: Leo Rosenberg, Moacyr Amaral dos Santos, Araújo Cintra, Grinover, Dinamarco, Arruda Alvim, Calamandrei, Ovídio Baptista, entre outros. Vencida a crucial análise da cientificidade conceitual do tema em análise, passemos a comentar o momento em que surge, no processo, essa figura, que por conseqüência lógica, incorpora intrínseco antagonismo, por figurar nas extremidades dos segmentos que convergem na formação do ângulo processual, antecipado por PONTES DE MIRANDA. Aquele que demanda em seu nome é o autor da ação, já que atua com fulcro a permitir o funcionamento da máquina jurisdicional do Estado, retirando-a do modo de inércia inicial, e, por conseguinte essa qualidade de autor se dá concomitantemente ao momento de propositura da demanda. Por outro lado, tendo em ótica o pólo passivo processual, temos que réu passa a integrar tal relação desde o momento da juntada do mandado de citação, validamente cumprido, aos autos do processo. As hipóteses acima previstas, de composição dos pólos da relação processual não se esgotam nesse ponto, justamente por existir a possibilidade de sucessão processual – hereditária ou entre vivos – e ainda pela admissão da intervenção de terceiros. Em linhas gerais tem-se que a qualidade de autor e réu advém, conforme dito acima, da propositura, em nome próprio, da ação, para o autor, e da citação para o réu, corroborando a tese que não há absolutamente nenhuma relação entre partes do processo e a existência da substância do direito em discussão. Tanto é assim que é possível que os pólos processuais sejam invertidos durante o processo, como na reconvenção, ou ainda, que os pólos processuais sejam inversos, desde o início, ao do suposto direito material, como na Ação de Consignação de Pagamento, e por fim, a legalidade da admissão de sucessor ou de terceiro interveniente na relação jurídica, como fortes argumentos na defesa dessa tese. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 30 Bibliografia 1. Alexandre Freitas Câmara, Lições de Direito Processual Civil, vol. I, São Paulo: Lúmen Iuris, 12ª ed., 2005, p. 8. 2. Chiovenda, Instituições de Direito Processual Civil, trad. Port., Saraiva, v.2, m.214. Importante: 1 - Todos os artigos podem ser citados na íntegra ou parcialmente, desde que seja citada a fonte, no caso o site www.jurisway.org.br, e a autoria (Gustavo Ribeiro De Almeida). 2 - O JurisWay não interfere nas obras disponibilizadas pelos doutrinadores, razão pela qual refletem exclusivamente as opiniões, idéias e conceitos de seus autores. http://www.jurisway.org.br/ Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 31 A Desconsideração da Personalidade Jurídica Resumo do Artigo por: Renata_Breves Autor : Renata Oliveira Breves A Pessoa Jurídica trata-se de um artifício Jurídico criado com a finalidade de estimular e facilitar a concretização de determinadas empreitadas úteis à sociedade. Elas são consideradas seres finalísticos, por serem constituídas para fins específicos, que são seu objeto social, razão pela qual a ela é permitido o artifício jurídico de ter atribuída personalidade própria, distinta de seus sócios ou administradores. A aquisição da Personalidade Jurídica se dá com a inscrição de seus atos constitutivos no registro próprio e na forma da lei. Sendo Sociedade Empresária, o arquivamento dos Atos Constitutivos deve ser feito na Junta Comercial, enquanto na Sociedade Simples, a inscrição do Contrato Social deverá ser feita no Registro Civil das Pessoas Jurídicas. Já sua extinção, só se dá de fato após a partilha do acervo remanescente entre os sócios e ultimada a fase de sua liquidação, uma vez que durante o procedimento de liquidação a sociedade dissolvida mantém sua personalidade jurídica, justamente para que se procedam aos atos de liquidação e os concluam, com a realização do ativo e pagamento do passivo da sociedade. A partir da aquisição da Personalidade Jurídica, ocorre a Personificação, a sociedade passa a ter existência distinta de seus membros, tornando-a capaz de ser titular de direitos e obrigações, o que confere autonomia de personalidade entre os sócios e a sociedade. Dentre os efeitos oriundos da Personificação, podemos citar o patrimônio próprio, entretanto, dependendo do tipo societário, os sócios poderão vir a responder de forma subsidiária e ilimitada pelas dívidas sociais, porém o alcance dos bens particulares fica condicionado à exaustão do patrimônio social. Como efeito, temos também o nome próprio da sociedade, diverso do nome dos sócios, exercendo direitos e se vinculará a obrigações sob o nome social, nacionalidade própria e domicílio próprio, ambos distintos do patrimônio pessoal dos sócios. Contudo, do mesmo modo que o Direito pode conferir personalidade à sociedade para a prática de determinados Atos, ele também pode desconsiderá-la em certas situações, onde se verifica a intenção de utilizar-se do “véu” da empresa para cometer atos ilícitos ou fraudatórios, lesando terceiros em benefício próprio. Não se trata de declarar nula a personificação, mas de torná-la ineficaz para a apuração de determinados atos, sem que isso http://pt.shvoong.com/writers/renata_breves/ http://pt.shvoong.com/authors/renata-oliveira-breves/ Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 32 importe na dissolução da pessoa jurídica.A Teoria da Desconsideração da Personalidade Jurídica refere-se, portanto, a uma hipótese excepcional, na qual se permite superar a distinção entre a personalidade da pessoa jurídica e a personalidade de seus sócios, associados ou administradores, sendo possível alcançar o patrimônio particular dos membros da sociedade, a fim de responsabilizá-los pessoalmente pelos prejuízos causados a terceiros, desde que configuradas e devidamente comprovadas a fraude e a má-fé. A aplicação da teoria não suprime a sociedade nem a considera nula, apenas declara-se determinado ato ineficaz ou regula-se a situação de modo diferente do habitual, dando-se mais destaque à pessoa do sócio do que à própria sociedade, para com isso responsabilizar quem realmente praticou o ato fraudulento ou abusivo. Somente verificando a prova cabal e incontroversa da fraude ou do abuso de direito, praticado pelo desvio de finalidade da pessoa jurídica, é que se admite sua aplicação como forma de reprimir o uso indevido e abusivo da entidade jurídica. Não basta haver uma obrigação não satisfeita pela sociedade para que se possa exigir que seus sócios ou membros respondam por ela, uma vez que a desconsideração está diretamente ligada ao mau uso da personalidade jurídica com o aferimento de dolo, abuso de direito, fraude ou desvio de finalidade. Simples indícios ou incapacidade econômica da pessoa jurídica, por si só, não autorizam a aplicação de tal instituto, devendo o Judiciário, quando necessário à repressão de fraude e à má utilização da pessoa jurídica, obrigatoriamente fundamentar seu ato, apontando fatos e provas que demonstrem estar presentes as condições para desconsiderar a personalidade jurídica no caso concreto. No Brasil, o primeiro registro que se tem da adoção dessa teoria por diplomas legais encontra- se na Lei 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor), em seu Art. 28, que prescreve que “O Juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração”. Outra abordagem legal da Teoria da Desconsideração é identificada no Art. 18 da Lei 8.884/94, que determina que “A personalidade jurídica do responsável por infração da ordem econômica poderá ser desconsiderada quando houver da parte deste abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 33 falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração”. Como se observa no Art. 50 do Novo Código Civil, que dia que “Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica”. Publicado em: 06 abril, 2011 Fonte: http://pt.shvoong.com/law-and-politics/corporate-law/2144315-desconsidera%C3%A7%C3%A3o-da-personalidade- jur%C3%ADdica/#ixzz1rpWicOmK http://pt.shvoong.com/2011/04/06/ http://pt.shvoong.com/2011/04/ http://pt.shvoong.com/2011/ http://pt.shvoong.com/law-and-politics/corporate-law/2144315-desconsidera%C3%A7%C3%A3o-da-personalidade-jur%C3%ADdica/#ixzz1rpWicOmK http://pt.shvoong.com/law-and-politics/corporate-law/2144315-desconsidera%C3%A7%C3%A3o-da-personalidade-jur%C3%ADdica/#ixzz1rpWicOmK Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 34 Tempo Social versão impressa ISSN 0103-2070 Tempo soc. vol.9 no.1 São Paulo maio 1997 http://dx.doi.org/10.1590/S0103-20701997000100007 ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO POLICIAL NO ESTADO CONTEMPORÂNEO SEGURANÇA PÚBLICA E SEQÜESTROS NO RIO DE JANEIRO 1995-1996 Cesar Caldeira Professor da Universidade Federal Fluminense RESUMO O crime de extorsão mediante seqüestro, em regra praticado por quadrilhas, tornou-se um problema e desafio para a política de segurança pública e a ação policial. A alta incidência de seqüestros, os efeitos sociais dramáticos que gera e sua repercussão sobre a opinião pública e a imagem da cidade, fizeram dessa prática delituosa um ponto de referência significativo no debate social e político sobre crime organizado. Seqüestros motivaram protestos sociais, inclusive, o movimento Reage Rio (Caminhada pela Paz). Este trabalho tenta contextualizar o problema dos seqüestros. Discute a política de segurança pública do Estado do Rio de Janeiro tendo em vista o projeto de uma cidade voltada aos negócios, uma cidade internacional, que é desejada pelas elites empresariais e políticas dominantes no Rio neste período. Focaliza o ascenso do movimento de "lei e ordem" e as ações anti-seqüestro das polícias. Por fim, apresenta dados coletados, num projeto de pesquisa em andamento, que procura estudar o chamado "crime organizado" e a política de segurança pública, a partir de delitos comumente associados à quadrilhas como seqüestros extorsivos, narcotráfico, assaltos a bancos e outros. Palavras-chave: seqüestros, política de segurança pública, política criminal, Rio de Janeiro, criminalidade urbana violenta, crime organizado, direito penal, Operação Rio. ABSTRACT Abduction and detention of a person for ransom (kidnapping), a crime committed generally by gangs, has become a serious problem and challenge to public safety and police action.The high incidence of kidnappings, their dramatic ocurrence and their repercussions on public opinion and image of the city of Rio, have made this offense an outstanding point of reference for social and political debate on organized crime. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=0103-2070&lng=pt&nrm=iso Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 35 Kidnappings have motivated public protests, including in part, the huge demonstration Reage Rio (a peace march). This paper strives to be contextual. It discusses the public safety policy of the State of Rio de Janeiro in view of the project of a business-oriented, international city, desired by the entrepreneurial and political elite. It focuses on the rising"law and order" movement and the anti-kipnapping police efforts. Finally, it reveals data collected in a on-going research project that attempts to study criminal conduct commonly associated with "organized crime", such as kidnappings, illegal drug trafficking and bank robberies, in order to, eventually, help formulating more effective and democratic public safety policy. Keywords: kidnappings, public security policy, Rio de Janeiro, urban violence, organized crime, police; criminal law, operation Rio. Este trabalho versa sobre a atuação policial na prevenção e repressão de uma prática delituosa - extorsão mediante seqüestro - durante os primeiros dois anos da administração Marcello Alencar no Rio de Janeiro. Na primeira seção apresenta-se uma reflexão sobre a construção social da imagem da cidade do Rio de Janeiro como um local ideal para investimentos empresariais. Na segunda seção, situa-se a política desegurança pública, iniciada com a chamada Operação Rio, que visa restabelecer a "lei e a ordem" adequada ao projeto-cidade. Destaca-se aí a interpretação dominante sobre a criminalidade urbana violenta e organizada e alguns pontos de referência explicitados pelos operadores oficiais da política de segurança, principalmente o Secretário de Segurança General Nilton Cerqueira. Na terceira seção, descreve-se quem responde pelas ações oficiais na área de segurança pública, em particular na atuação policial anti- seqüestros, durante o período 1995-1996. Na quarta seção, examina-se a política de segurança pública do ponto de vista de seus gestores e críticos, dando-se atenção a um episódio de mobilização pública em torno do problema dos seqüestros: a caminhada Reage Rio. Por fim, são apresentados os resultados preliminares de um levantamento sobre a chamada "indústria de seqüestros" no Rio. Neste texto os dados selecionados referem-se tão-somente a uma parte bastante limitada da pesquisa: a atuação policial anti-seqüestros. A ênfase será, portanto, na ocorrência do delito, perfil da vítima e dos seqüestradores, e detalhamento da investigação policial. Outros aspectos fundamentais para uma avaliação da eficácia da política de segurança pública - como, por exemplo, a atuação do Ministério Público e da Magistratura no processo judicial - serão examinadas em outra oportunidade. Este texto pretende oferecer apenas ummapeamento de problemas e questões que serão abordadas em fases posteriores do estudo. 1. A cidade do Rio como projeto1 O Rio de Janeiro vem definindo seus rumos como uma "cidade internacional" (cf. Santos, 1993)2. Os resultados das eleições estaduais de 19943 e as municipais de 19964 consagraram discursos políticos que afirmam a reurbanização, a imposição da ordem e segurança pública, o embelezamento da cidade como atributos de uma cidade moderna e competitiva, adequada para atrair investimentos5. Empresários6, políticos7 e organizações não-governamentais8 cooperam na produção de uma imagem positiva do Rio9. A cidade-metrópole tem problemas, mas possui recursos físicos10, econômicos11, culturais12, humanos13 e políticos14 para superar suas dificuldades. Esta é a base do moderado otimismo da elite empresarial e política. Aposta-se na recuperação da indústria fluminense, em novos investimentos estrangeiros e até na implantação de uma grande infra-estrutura esportiva para acolher a desejada Olimpíada de 200415. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt1 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt2 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt3 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt4 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt5 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt6 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt7 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt8 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt9 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt10 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt11 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt12 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt13 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt14 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt15 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 36 A atual fase (1995-1996) de realização do projeto estratégico de inserção do Rio no novo mercado mundial está facilitada devido a alguns fatores. Primeiro, a diminuição notável da inflação depois do Plano Real16, de julho de 1994. Segundo, as derrotas eleitorais sucessivas dos partidos (PT e PDT)17 que se opunham ao projeto neo-liberal no Estado e no município do Rio. Terceiro, a fraqueza do associativismo18 e a expansão da criminalidade urbana violenta19. 2. O plano estratégico do Rio20 e a política de segurança pública O Projeto-Cidade para ser eficaz depende, entre outros fatores, de 1. construir e/ou modificar a imagem que a cidade guarde de si e revela no exterior (marketing urbano); 2. diagnosticar os problemas que precisam ser resolvidos para efetivar o projeto; 3. mobilizar atores públicos e privados (p. ex. associações de empresários, organizações não-governamentais) e efetivar medidas e campanhas, de imediato, para efetivar o plano. Um dos problemas mais importantes para a imagem da cidade, e para vida dos cariocas, permanece sendo a criminalidade violenta e a atmosfera de medo coletivo vivenciado pela população21. A criminalidade urbana violenta foi interpretada, na visão político-social dominante, como gerada e continuamente agravada, pela atuação dos narcotraficantes, pesadamente armados e bastante violentos, que prosperaram e passaram a controlar as favelas cariocas devido à "falência" ou "ausência"22do Estado. Para superar a crise de segurança pública o diagnóstico apontava para a necessidade de mudança política (entenda-se, derrotar o brizolismo e seus aliados), a contenção ou destruição do ator político emergente (o narcotraficante e sua rede de "criminalidade organizada" sediada nas favelas), e a reforma modernizadora do aparato de segurança pública23. Esta interpretação justifica uma política de segurança linha-dura que passou a ser detalhada no período 1995-96 pelo Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro General Nilton Cerqueira24. A partir dos seus escritos e declarações pode-se enumerar os seguintes pontos principais da política governamental de segurança pública: Primeiro, a "estratégia principal é a reativação da ação da polícia em todo o Estado do Rio de Janeiro, não mais se admitindo, como em tempos idos, áreas de exclusão à ação das Forças Públicas"25. Segundo, a "prioridade é combater os redutos do tráfico, capturando os bandidos e desenvolver programas de natureza cívico social em comunidades carentes"26. Terceiro," a questão do narcotráfico, talvez a maior preocupação atual dos sistemas de segurança, ultrapassa divisas e fronteiras, tendo sido observado, no Rio de Janeiro de há muito e já em outros estados, que os narcotraficantes vem se utilizando de práticas próprias de guerrilha27 e de terrorismo urbano28 como estratégia para fazer com que os governos recuem da repressão legal, deixando livre o caminho para sua expansão"29. Quarto, "além da repressão a traficantes e consumidores, é preciso, mais do que nunca, identificar os financiadores e os intermediários do tráfico de drogas, em larga e pequena escala"30. Quinto, violência se combate com violência. "O policial deve atirar primeiro do que o seu http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt16 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt17 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt18 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt19 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt20 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt21 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt22http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt23 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt24 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt25 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt26 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt27 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt28 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt29 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt30 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 37 agressor (sic) para não morrer", a afirmação consta de ofício enviado pelo General Cerqueira ao presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, deputado Nilmário Miranda (PT-MG).O secretário afirma que "a lei não exige que o policial espere o marginal atirar primeiro" e que "basta a iminência de agressão para a defesa ser legítima"31. Sexto, levar adiante a reforma das polícias civil e militar32. A reforma modernizadora é multifacetada. Entre seus objetivos estão: combater a corrupção interna33, valorizar os policiais combativos com gratificações por ato de bravura (mérito especial)34, reequipar as corporações35. Sétimo, recuperar "a credibilidade das instituições policiais, obter o apoio da sociedade e a redução a níveis suportáveis dos índices de criminalidade no Estado"36. A participação da sociedade no combate à criminalidade deveria se dar, principalmente, através da colaboração com a polícia por meio de informações anônimas: o Disque-Denúncia37. Criado com ajuda de empresários, este serviço parece ser um caso de sucesso. Entre agosto de 1995 e início de dezembro de 1996, recebeu 67.002 ligações38, tendo contribuído para solução de seqüestros39 e prisões de traficantes. A política de segurança pública acima delineada tem sido saudada pelo governador como de êxito40. Baseando-se, em grande parte, nas estatísticas da Secretaria de Segurança41 argumenta-se que diminuíram o número de homicídios, seqüestros extorsivos, roubos e furtos de veículos. Por outro lado, aumentaram as apreensões de drogas, prisões em flagrante por tráfico, posse e uso de drogas. Críticas à política de segurança no período 1995-1996 foram recebidas como se fossem ataques políticos, como quando feitas pelo Prefeito César Maia42, por pesquisadores ou penalistas43, ou organizações de defesa de direitos humanos44. O debate sobre a atual política de segurança está apenas começando45. Por um lado, o governo estadual esforçou-se para demonstrar combatividade e recuperação de controle sobre a situação. No plano psicossocial, provavelmente as expectativas mais negativas, relativas à omissão do Estado, foram revertidas. Mas a credibilidade nas instituições de segurança pública ainda é muito baixa. Pesquisas indicam, por exemplo, que: 1) o sentimento de insegurança do carioca é elevado46 e que ele tem mais medo que confiança na Polícia Civil do Rio47; 2) metade dos cariocas já foi roubado48 e que 77% dos fluminenses nunca registraram queixa na polícia49. O temor dos juizes eleitorais com a segurança nas eleições de 1996 também sugeriram que segmentos importantes da elite fluminense não estão ainda plenamente convencidos do controle policial no Estado50. A preocupação com a segurança está bem presente no planejamento da viagem do Papa ao Rio51 e no projeto de candidatura do Rio para sede das Olimpíadas em 200452. A redução do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de cerca de 300 mil imóveis situados perto de favelas e áreas de violência indica outro desdobramento da deterioração urbana53. Ocorreu, por fim, um certo deslocamento nos temas tratados pela imprensa na área da segurança pública: se em 1995, a questão mais notável talvez tenha sido os casos de seqüestros extorsivos, em 1996, as chamadas "balas perdidas' e o crescente número de vítimas foram um tema constante54. 3. Breve nota sobre os principais operadores na área da segurança pública e combate aos seqüestros no período 1995-1996 O governo Marcello Alencar começa durante a Operação Rio55. Portanto, destaca-se neste período inicial o Comandante da Operação Rio, general Jugurtha Câmara Senna e o http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt31 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt32 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt33 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt34 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt35 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt36 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt37 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt38 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt39 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt40 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt41 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt42 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt43 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt44 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt45 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt46 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt47 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt48 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt49 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt50 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt51 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt52 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt53 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt54 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt55 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 38 Comandante Militar do Leste, general Edson Alves Mey. As tropas militares disponíveis durante a Operação somavam 125.850 homens56 que deveriam combater um contingente estimado, pela 2a Seção da PM-RJ, de 11.340 bandidos-traficantes57. a. 1o Secretário de Segurança Pública (01/01/95- 16/05/95) O general-de-brigada do Exército, da reserva, Euclimar Lima da Silva58 foi nomeado pelo Governador Alencar como secretário de Segurança, de um secretaria reorganizada, à qual ficaram subordinadas as chefias de Polícia Civil e de Polícia Militar59. Suas prioridades eram: reorganizar as polícias estaduais, combater a corrupção policial e possibilitar a transferência da Operação Rio para o Estado, tirando, assim, o Exército dalinha de frente das ações60. Além dessas, destacavam-se a importância em aumentar o policiamento ostensivo, tornar a polícia judiciária mais atuante e "limpar"61 as favelas para que depois a política social se instaurasse. De fato, o general era o elo de ligação entre os militares que comandavam a Operação Rio "conjuntamente" com o Secretário de Segurança. Na medida que a Operação foi sendo desativada sua importância dentro do governo Alencar foi sendo reduzida. O delegado-chefe neste período foi Dilermaro Amaro62 e o comandante-geral da Polícia Militar foi Dorasil Castilho Corval63. A partir do final de janeiro, o Exército passou a transferir o comando de operações nas favelas e morros para a polícia militar64. a1. Durante a Operação Rio houve um recrudescimento dos seqüestros extorsivos. Atenção especial foi dedicada ao problema no início do governo Alencar. O primeiro chefe da Divisão Anti-seqüestro (DAS) foi o delegado Agra Lopes, que havia assumido a direção após o afastamento do delegado Hélio Vigio, ainda no governo de Nilo Batista65. Lopes permaneceu no DAS até 21 de fevereiro de 1995. Durante o período ampliou o quadro da Divisão, tendo conseguido 23 policiais para reforçar a equipe de 70 agentes66. O delegado Ícaro da Silva67 substituiu Lopes. A atuação da DAS no seu período também não agradou ao governador Marcello Alencar, que havia estabelecido o combate aos seqüestros como uma das prioridades de sua administração. Na época, o general Lima da Silva apresentou ao Ministro da Justiça Nelson Jobim planos de reestruturar a DAS, criando equipes de investigação que contariam até com integrantes das Forças Armadas68. Dois episódios desagradaram particularmente ao governador Alencar. O primeiro, em maio, quando a polícia de Minas Gerais entrou em território fluminense e libertou a estudante Patrícia Zamboni, 13, seqüestrada em Além Paraíba (MG) no dia 24 de abril. A polícia do Rio não atuou nas investigações sobre o caso69.Nem a família da vítima nem a polícia mineira quiseram sua ajuda. O segundo, quando Governador se irritou mais ainda com as críticas de parentes de Juliana Lutterbach, 13, à atuação da DAS na apuração do seqüestro da menina, encerrado à mesma época. Os parentes disseram considerar suspeita a atuação da DAS, devido a uma suposta negligência dos policiais70. Face à crise na DAS, Alencar decidiu extingui-la sem consultar o Secretário de Segurança. Esta decisão precipitou o pedido de demissão de Lima da Silva, que há tempos já não se entendia bem com o governador71. b. 2oSecretário de Segurança (17/05/95 em diante) O general Nilton Cerqueira foi escolhido por Alencar e sua nomeação contou com apoio do Executivo federal e das Forças Armadas72. Face aos problemas notórios da DAS, Cerqueira indicou logo o delegado Hélio Luz73 como novo titular da divisão em 27 de maio de 1995. "A partir de agora a Anti-seqüestro não seqüestra mais"74 disse Luz, que teria como uma de suas atribuições principais conduzir uma devassa na DAS. Luz pretendia ainda coibir as atividades de policiais que ofereciam e cobravam por seus http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt56 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt57 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt58 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt59 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt60 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt61 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt62 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt63 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt64 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt65 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt66 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt67 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt68 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt69 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt70 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt71 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt72 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt73 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt74 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 39 serviços a famílias de seqüestrados e não permitir o uso de X-9 (informantes)75. Cerqueira inicialmente manteve os chefes das polícias Civil e Militar, nomeados pelo ex- secretário Euclimar da Silva76. Depois de um período de avaliação, manteve o comandante da PM Dorasil Dorval77 e resolveu substituir o delegado Dilermano Amaro78 por Hélio Luz, para a Chefia da Polícia Civil. Durante um breve período, o substituto de Luz, delegado Elias Barbosa respondeu pelo DAS (28/06/95 - 04/07/95)79. b1. Depois de Hélio Luz, a DAS esteve sobre a direção do delegado Alexandre Neto80 durante quatro meses (5/07/95 - 4/11/95). Atuou durante o seqüestro de Eduardo Eugênio Gouveia Vieira, sem sucesso. Supõe-se inclusive que tenha divulgado precipitadamente que Eduardo Eugênio teria sido libertado pela DAS81. O delegado Paulo Roberto Maiato82 assumiu a chefia da DAS no dia 5 de novembro de 1995. Saiu no dia 25 de janeiro de 96. O delegado Antônio das Graças Francisco Ragozzo83 assumiu então a Chefia da DAS, permanecendo no cargo de fevereiro de 1996 até 20 de março de 1996. Tentou reduzir as atividades burocráticas na DAS e remanejou para a rua os policiais que estavam na administração. Dos 115 homens que a DAS tinha tido, ele conseguiu reduzir o efetivo para 80. No dia 21 de março de 1996, o delegado Herald Paquett Spindola Filho84 tomou posse como diretor da DAS. Já trabalhava na divisão há um ano, mas só com a entrada de Ragozzo passou a ocupar o cargo de chefe de operações e coordenar as investigações sobre seqüestros85. 4. Breve comentário sobre a política de segurança pública (1995- 1996): gestores, críticos e crises Analisando-se, a atuação dos gestores do aparato de segurança pública estadual no período 1995-1996 constatam-se algumas continuidades. Primeiro, os dois Secretários de Segurança Pública - generais Da Silva e Cerqueira - comungaram com os objetivos gerais da política de "lei e ordem" exposta pelo candidato a governador Marcello Alencar, conduzida durante a Operação Rio e mantida durante o biênio inicial de seu governo. Os dois generais promoveram ações na área de segurança pública interna orientados por valores, crenças e concepções oriundas da doutrina militar86. Ambos partilham da percepção que estão comandando ações numa guerra interna. Usam de táticas militares como "blitzes", "cercos", "tomadas", "ocupações" de morros e favelas onde se encontra o "inimigo" (o narcotraficante pesadamente armado). A diferença no período do General Cerqueira está em que nas ações empregam-se apenas as polícias estaduais e não mais as Forças Armadas87. É importante frisar que essa notável militarização da política de segurança pública parece encontrar amplo apoio na população88 e na imprensa89, pelo menos, por enquanto. A oposição políticamais notável é do ex-prefeito César Maia que critica, principalmente, o Chefe de Polícia Hélio Luz por defender direitos humanos90. Organizações não governamentais, em particular de defesa de direitos humanos, não fazem críticas e/ou não têm expressão pública, com algumas poucas exceções91, além de mostrarem-se incapazes de formular alternativas de políticas democráticas de segurança pública92. A formulação de propostas alternativas veio, sem grande impacto político prático, do Legislativo estadual, através de uma Comissão Mista de Segurança Pública93. Apenas uma revista - Discursos Sediciosos - dirigida pelo ex-governador e jurista Nilo Batista, vem combatendo sistematicamente, no plano doutrinário, a política de segurança http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt75 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt76 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt77 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt78 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt79 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt80 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt81 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt82 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt83 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt84 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt85 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt86 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt87 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt88 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt89 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt90 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt91 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt92 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt93 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 40 do governo Marcello Alencar94. a. Caminhada Reage Rio A ampla mobilização contra a violência, efetuada no final de novembro de 1995, evidencia as ambigüidades e contradições entre os atores políticos e sociais que participam do debate público sobre a questão da segurança. Em primeiro lugar, o governo estadual afirmava na época que havia restabelecido controle sobre a violência urbana, o que era desmentido pelos fatos95. O Secretário de Segurança ordenava que se destacassem os aspectos positivos das ações policiais, evitando-se críticas às polícias civis e militares96, principalmente em relação aos insucessos no combate aos seqüestros extorsivos. Naquela conjuntura, imediatamente posterior às ameaças do general Cerqueira de acabar com a Polícia Civil97, havia um clima de contestação e indisciplina98 na corporação, além de grande insatisfação salarial99. Esses fatores fomentavam uma crise interna na polícia, que só foi parcialmente contornada quando o governador Marcello Alencar reafirmou sua total confiança política no Secretário de Segurança100. Mesmo assim, a questão salarial permaneceu na ordem do dia, dando origem, inclusive, a uma das propostas mais bizarras do governador para resolver o problema da falta de recursos - o chamado "imposto caça-bandido"101 a ser cobrado apenas de empresários. E também nesse período que é decidida, e começa a ser implementada, a estratégia de premiações de policiais civis por bons serviços, como um mecanismo de pacificação interna102. Em suma, no período que antecede a caminhada Reage Rio, ocorre um esforço deliberado do Secretário de Segurança, e do Chefe da Polícia Civil, em ganhar efetivo controle sobre setores do aparato de segurança103 e implementar minimamente uma "limpeza". Episódios divulgados pela imprensa sinalizam que esta tarefa era (e continua a ser) muito difícil, sendo que importantes aliados na Polícia Civil talvez tenham sido alijados104. Este tipo de problema interno na área estadual pode ter incentivado uma postura que encarava campanhas e mobilizações como potencialmente hostis e desestabilizadoras para chefias institucionais. Porém, havia simultaneamente interesse governamental105 em obter apoio na opinião pública para legitimar sua política de segurança pública. Para as autoridades estaduais, era preciso avaliar se a campanha Reage Rio seria percebida como uma colaboração social com o governo ou como uma contestação da sua política. Mais precisamente, as questões principais seriam como a campanha abordaria (ou omitiria) a violência policial contra os segmentos pobres e favelados da população, a participação criminosa de policiais em seqüestros e outros delitos, e a corrupção policial. Na reta final de organização da caminhada, o Governador passou a criticar o evento e, particularmente, os seus organizadores, como o Viva Rio106. A partir da descoberta de um esconderijo de cocaína na Fábrica de Esperança, projeto patrocinado pelo Viva Rio, cinco dias antes da caminhada, as autoridades passaram a sugerir a conivência das ONGs com o narcotráfico107. Em segundo lugar, o Presidente Fernando Henrique contribuiu também para a mobilização do Reage Rio. Mostrou apoio à iniciativa, recebeu seus organizadores e prometeu recursos especiais para combater a violência no Rio de Janeiro108. A federalização da questão da segurança no Rio é um aspecto bastante importante na discussão pública109. Em parte devido à Operação Rio, o envolvimento direto de forças militares na segurança pública interna já havia evidenciado o interesse federal no problema. Além disso, as elites cariocas sempre apontaram a ineficácia da Polícia Federal no combate ao tráfico internacional de drogas e contrabando de armas no Rio110, principalmente pelo aeroporto do Galeão. Isto sem contar que a PF é tida como uma http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt94 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt95 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt96 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt97 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt98 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt99 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt100 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt101 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt102 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt103 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt104 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt105 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt106 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt107http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt108 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt109 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt110 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 41 instituição marcada pela corrupção111. Em terceiro lugar, os organizadores da caminhada Reage Rio eram bastante heterogêneos. Entre os grupos que lideraram publicamente a mobilização destacaram-se os dirigentes de ONGs (como Rubem César, Betinho e o pastor Caio Fábio), e os empresários (como donos de jornais, publicitários, dirigentes de associações empresariais). Pela perspectiva de Rubem César, o evento seria "um imenso desabafo do Rio de Janeiro". E teria dois temas centrais para o dia seguinte: "integração da favela à cidade e reforma da polícia"112. Do ponto de vista dos empresários, especialmente os proprietários dos jornais113, a caminhada foi interpretada como um protesto contra a "onda de seqüestros"114e uma reivindicação de maior proteção policial e repressão aos narcotraficantes nos morros e favelas115. Esta discrepância de significados para a caminhada pela Paz entre dois dos principais grupos organizadores evidencia os próprios limites aliança mobilizadora. Perante a divergência de agendas, o que se tornou ponto comum foi a demanda por mais recursos, que afinal virou slogan da passeata: "Um milhão de pessoas por um bilhão de reais116. Em quarto lugar, entre aqueles que criticaram a caminhada Reage Rio, além do Governador, destacaram-se o Prefeito César Maia117 que afirmou que o ato provocava expectativa e depois frustração pela impossibilidade de viabilizar os pleitos, e a CUT-RJ que cunhou a expressão Reage Rico para designar a caminhada. b. Reage Rio e os seqüestros extorsivos A caminhada de 28 de novembro focalizou a atenção dos meios de comunicação de massa e da opinião pública no combate aos seqüestros transformando-os numa prioridade política indiscutível para as autoridades governamentais e, em particular, as da área de segurança. Tornou-se urgente obter sucesso em termos de prisão de supostos seqüestradores. Mas, a mobilização do Reage Rio impulsionou também os ímpetos reformistas em relação às polícias estaduais. Por outro lado, o governo estadual passou a fustigar mais sistematicamente as ONGs, principalmente o VIVA RIO118, questionando sua liderança e atuação. Em resumo, as autoridades acolheram como significado da caminhada a demanda prioritária por mais vigor na ação policial contra traficantes e seqüestradores nas favelas e morros. Reformas nas polícias precisariam ser realizadas para torná-las mais eficazes no combate a esses criminosos. Não foi incorporada a demanda de uma agenda social visando superar a "cidade partida" ou de se repensar qual a polícia e política de segurança pública que a sociedade civil quer. Essas discussões fundamentais parecem adiadas até a próxima grande crise, ou restrita a pequenos grupos de estudiosos e pesquisadores119. Porém, a incorporação das demandas empresariais de resultados na atuação policial serviu para fortalecer o secretário de segurança, general Cerqueira, e o Chefe de Polícia Civil, Hélio Luz, que ao longo de 1996 conseguiram remanejar pessoal e retirar obstáculos internos à implementação da política de segurança pública120. Houve centralização de poder decisório121e o orçamento da Secretaria de Segurança - o terceiro maior do Estado - cresceu122. A exigência de "mostrar serviço" para obter premiações e promoções influiu no número crescente de prisões, que já parecem ter esgotado o espaço nos presídios e delegacias123. Tentou-se também acabar com os aspectos mais http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt111 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt112 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt113 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt114 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt115 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt116 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt117 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt118 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt119 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt120 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt121 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt122 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt123 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 42 públicos e notáveis de impunidade policial: havendo escândalo, consegue-se punições. A partir dos seus próprios objetivos, a política de segurança implementada foi bem sucedida124. O quadro geral, no entanto, mudou pouco. O combate ao tráfico de drogas e a seqüestradores se dá nas favelas e morros125. Na zona Sul do Rio compra-se drogas sem dificuldades com flanelinhas, camelôs126 e outros que suprem o mercado consumidor de classe média alta127. O jogo do bicho permaneceu funcionando regularmente durante todo o período, inclusive quando toda a cúpula delinqüente estava encarcerada128. Em 1997, os bicheiros que lideram o setor mais organizado do crime carioca retomaram o controle do Carnaval129. Continuam a existir áreas da cidade em que correios e coletores de lixo, por exemplo, não tem acesso porque os traficantes não permitem130. Seguranças particulares, predominantemente vinculados à empresas de segurança clandestinas, continuam a proliferar por toda a cidade131, sinalizando um processo de privatização da segurança. Armas cada vez mais sofisticadas132são empunhadas por narcotraficantes. Por fim, deve-se insistir neste ponto: não surgiram ainda na agenda pública carioca alternativas substantivas de políticas de segurança pública com maior articulação social e apelo popular. Mesmo o Viva Rio, que foi duramente criticado pelos governantes estaduais e municipais, propõe como medidas para "integrar a cidade partida"133basicamente programas sociais oficiais do Estado (Baixada Viva, Centros Comunitários de Defesa da Cidadania), do município (Favela-Bairro) e do governo federal (Comunidade Solidária). 5. Seqüestros extorsivos no Rio: 1995-1996 a. História recente dos seqüestros134 O seqüestro político do embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick, no dia 4 de setembro de 1969135, é um marco na história dessa prática delituosa no Rio. Duas organizações de esquerda - o MR-8 e a ALN - seqüestraram o embaixador e exigiram a libertação de opositores do regime militar. Dois dias depois, 15 presos políticos saíram do País. O embaixador foi solto no dia seguinte. Na década de 80, o número de seqüestros no estado do Rio de Janeiro aumentou consideravelmente: foram 24casos de extorsão mediante seqüestro136. Estes seqüestros não têm mais fundo ideológico e político. São seqüestros com intuito de lucro. Apesar do crescimento dos seqüestros no Estado do Rio, este número era ainda inferior ao total do Estado de S. Paulo: 38 casos de seqüestro na década de 80. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt124http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt125 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt126 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt127 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt128 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt129 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt130 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt131 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt132 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt133 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt134 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt135 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt136 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 43 1. fonte: Gomes (1993)137 Dez anos atrás, o Estado de S. Paulo tinha 9 entre os 12 doze seqüestros registrados no Brasil138. Em 1989139 ocorreu o pico da onda de seqüestros na década: registraram-se 40 seqüestros. É neste ano que, no Rio de Janeiro, surge a chamada "indústria de seqüestros" (15 casos). Em 1988/1989 se deu também uma difusão dos seqüestros por outros estados da federação brasileira, principalmente na Bahia (6), Minas Gerais (4) e Paraná (4). Na década de 80, foram registrados 94 casos de seqüestros extorsivos: 40 % deles ocorreram no Estado de S. Paulo e 26 % no Rio. No entanto, o fato é que na década seguinte a " indústria dos seqüestros" veio a se instalar no Estado do Rio de Janeiro devido a fatores que ainda carecem de estudo adequado, não tendo a mesma prosperado na primeira parte da década de 90 em São Paulo. Na década de 90 ocorre uma escalada de ocorrências de seqüestros no Estado do Rio de Janeiro. Entre 1990 e 1995 foram oficialmente registradas 479 ocorrências de extorsão mediante seqüestro. Entre 1991 e 1992 140, os dois primeiros anos da administração Brizola, ocorre um aumento acelerado de seqüestros acumulando-se 119 casos só em 1992. Ou seja, em um ano apenas, um acúmulo maior de casos que em toda a década passada em todo o Brasil. Em 1993 há uma queda para um patamar ainda elevado: 62 casos, ou, em média cinco seqüestros por mês. E, no último ano de sua administração, que sofreu uma intervenção "branca" na área de segurança pelo governo federal (a Operação Rio), os seqüestros voltaram a crescer. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt137 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt138 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt139 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt140 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 44 2. fonte: Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP). Chefia de Polícia Civil Em 1995, na administração Marcello Alencar - apoiada pelo governo federal do correligionário tucano Fernando Henrique Cardoso e pela atuação das forças armadas nas questões de segurança interna do Rio - os seqüestros extorsivos atingiram o mesmo pico da administração brizolista -119 casos. Até 16 de dezembro de 1996, 65pessoas haviam sido reconhecidas como seqüestradas no Rio, segundo a Divisão Anti-seqüestro141. b. Seqüestros no rio: a justificativa do levantamento de dados Durante a elaboração de um trabalho sobre a chamada Operação Rio142procurei estudos que abordassem a chamada "indústria de seqüestros" no Rio de Janeiro. Um dos raros estudos sociológicos sobre seqüestros na sociedade brasileira encontrado foi feito por um pesquisador ligado ao NEV (USP), Glaúber Silva de Carvalho (1994)143. Mas, para participar da discussão sobre aspectos jurídicos do "crime organizado" - uma categoria nova no direito positivo brasileiro144 que vem gerando muitas polêmicas145 - precisava-se de informações mais precisas sobre o novo padrão de criminal idade no Rio. Mais ainda, para se fazer um exame crítico das opções de política de segurança pública são necessárias mais informações sobre as práticas delituosas realmente existentes146. Assim, surgiu a idéia de montar um bancos de dados informatizado e geo-referenciado sobre os vários delitos que aparecem comumente associados às organizações criminosas. O levantamento sobre seqüestros é apenas uma das práticas delituosas que precisa ser mais sistematicamente examinada. Este levantamento preliminar partiu das notícias sobre seqüestros extorsivos publicadas em três jornais cariocas(O Globo, Jornal do Brasil e O Dia), dois jornais paulistas (O Estado de S. Paulo e a Folha de S. Paulo) e duas revistas nacionais (Veja e IstoÉ)147 num período de 17 meses (01/01/95 a 31/12/96). O objetivo básico do levantamento está em obter dados não oficiais que possibilitem: 1) contextualizar as práticas delituosas e as respostas institucionais, 2) contrastar, numa etapa posterior do estudo, esses dados não oficiais com as estatísticas e documentos http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt141 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt142 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt143 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt144 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt145 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt146 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt147 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 45 produzidos oficialmente. Seqüestro extorsivo é crime de ação pública incondicionada148. A autoridade policial que dele tomar conhecimento deve instaurar o inquérito policial (art. 5o do CPP). A notitia criminis (o fato infringente da norma)publicada no jornal é notícia do crime de "cognição imediata"149. Cabe à autoridade, portanto, o dever jurídico de fazer as investigações para apurar o fato infringente da norma e sua autoria, e isto por iniciativa própria, sem a necessidade de qualquer ofício nesse sentido150. c. Resultados preliminares do levantamento sobre seqüestros extorsivos no estado do Rio de Janeiro (01/01/95 a 31/12/96) No período de dois anos do levantamento foram noticiados 188 ocorrências de seqüestros extorsivos na imprensa. Nota-se, de início, que o presente levantamento exibe um número menor de casos que aquele reconhecido oficialmente pelas autoridades policiais. Em 1995, foram encontrados 102 casos na imprensa. Menos, portanto, que os 119 seqüestros que a Secretaria de Segurança divulgou151. Em 1996, foram colhidas 63 ocorrências de seqüestros na imprensa, um total, portanto, um pouco menor do que reconhece o DAS oficialmente152. A imprensa aparentemente não exagerou no número de casos; e talvez tenha até omitido alguns seqüestros. O acompanhamento da imprensa é bastante seletivo - dando ênfase aos casosque envolvem grandes empresários e notáveis - e parcial - em relação aos seqüestros de bagatela ou de indivíduos de menos projeção social. Além disso, a própria polícia estima que 33% dos casos não foram comunicados às delegacias153. Tudo isso nos leva a concluir que o número de seqüestros realmente ocorridos no Rio deve ser bem mais elevado. Por outro lado, é através da imprensa que a opinião pública informada toma conhecimento dos seqüestros e forma, em parte, sua imagem deles. d. Vítimas de seqüestros extorsivos O perfil das vítimas no período do levantamento é o do gráfico 3. A proporção de seqüestrados do sexo masculino é de cerca de 79%154. A observação básica é de que, aproximadamente, 4 em cada 5 seqüestrados são homens. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt148 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt149 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt150 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt151 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt152 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt153 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt154 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 46 3. 4. Neste período, em 41 dos 188 casos não havia a idade da vítima na notícia. Dentre os restantes, a faixa etária de maior risco é a entre 31 e 40 anos, com 31 ocorrências. Logo em seguida, vem a faixa dos 21 aos 30 anos, com 29 vítimas155. Ocorreram seqüestros de 14 pessoas com menos de 18 anos de idade. Verifica-se que o "seqüestrável" na faixa de 41 a 50 anos é o menos atingido: 19 casos. Isto pode surpreender quem esperava que o empresário financeiramente consolidado na faixa de 40 anos fosse o alvo preferencial dos seqüestradores. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt155 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 47 5. Quanto ao perfil profissional da vítima, o empresário é o mais freqüente: 43 % dos casos de seqüestros noticiados. Foram 81 empresários seqüestrados em 2 anos. Ou seja, na média, um empresário é seqüestrado a cada 9 dias. Os parentes de empresários são o segundo grupo mais capturado pelos seqüestradores. 31 filhos de empresários foram levados pelos criminosos. Entre os profissionais liberais, a preferência é pelos médicos (8 vítimas) - quatro vezes mais seqüestrados que os advogados. Deve-se assinalar que apenas 5 executivos foram capturados. Este parece ser um número baixo, para uma categoria relativamente numerosa no Rio. Por fim, temos também um caso de 2 seqüestradores que foram seqüestrados por policiais: foram "mineirados", como se diz na gíria policial156. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt156 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 48 6. Dentre os setores econômicos mais visados pelos seqüestradores estão, em primeiro lugar, os lojistas, com 15 vítimas. Em segundo, encontram-se os empresários da área de transporte, com 11 seqüestrados. De acordo com levantamento do Jornal do Brasil, de 1990 até 1996, 37 donos de empresas de ônibus ou seus familiares foram seqüestrados157. O setor de serviços teve 9 vítimas e os donos de hospitais estavam em 8 ocorrências. Com 7 seqüestrados ficam os moveleiros, o setor de confecções, industrial e metal-mecânico. Por fim, destacam-se com 6 vítimas o donos de redes de supermercados do Rio. Deve-se salientar que o presidente da Bolsa de Gêneros Alimentícios (BGA) afirma que, em dois anos e meio, cerca de 40 donos de supermercados foram seqüestrados158. Se isto puder ser evidenciado, ter-se-á um claro indício de como ocorrem inúmeros seqüestros extorsivos que não são reportados pela imprensa ou levados ao conhecimento da polícia. Um outro problema sério com as notícias sobre seqüestros está no fato de que a cobertura trata prioritariamente do momento de sua ocorrência. Existe um número bastante elevado de casos em que o leitor desconhecerá o desenlace do seqüestro. Isto ocorre mais freqüentemente com vítimas que têm menor projeção social. Mas é provável que pedidos da família e dos negociadores de manter afastada a imprensa e a polícia dos casos contribua para essa situação. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt157 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt158 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 49 7. A precariedade das informações a respeito do desenlace fica patente quando se constata que em 98 ocorrências - mais da metade dos casos - não se sabe com detalhes como terminou a história. Dos 188 casos, 60 vítimas foram libertadas e 14 fugiram do cativeiro. e. Seqüestradores A dificuldade em inventariar os supostos seqüestradores presos no período foi grande. O primeiro problema está em que várias notícias indicam o nome do suspeito preso, porém não mencionam o nome da vítima. O segundo problema está em que as megaoperações policiais nos morros e favelas - muito freqüentes no período - voltadas à captura de narcotraficantes e apreensão de drogas e armas também resultam em prisões de supostos seqüestradores envolvidos com ocorrências anteriores a 1995. O banco de dados registra atualmente o conjunto de suspeitos presos no período, inclusive aqueles que cometeram delitos em relação às vítimas de antes de 1995. Adotou-se este critério por duas razões principais: 1) foi feito um levantamento dos casos de seqüestros desde 1989 noticiados na imprensa. Por isso interessa registrar todos os suspeitos presos para etapas futuras da pesquisa que está sendo feita sobre a "indústria de seqüestros". 2) foi preciso evitar uma grande distorção entre o grande número de prisões de seqüestradores efetuadas e os casos que não foram noticiados como elucidados pela polícia. Para se ter a dimensão deste problema, oficialmente, constam 146 prisões de supostos seqüestradores em 1995; 116 prisões até o final de outubro de 1996159. Seriam, pelo menos, 262 suspeitos presos no período estudado. O presente banco de dados registra 240 supostos seqüestradores presos segundo as notícias da imprensa no período 1995-1996. Dos supostos seqüestradores 78 % são do sexo masculino. Portanto, quase 8 entre 10 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt159 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 50 seqüestradores detidos são do sexo masculino (212 homens). 8. Sexo dos seqüestradores A faixa etária de maior incidência de seqüestradores está entre 21 e 30 anos - 67 seqüestradores. Se esta faixa for somada àquela dos 31 aos 40 anos (42 seqüestradores), teremos 80% dos seqüestradores cuja idade foi divulgada pela imprensa. 9. Idade dos seqüestradores Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br51 10. Funções dos seqüestradores Entre os seqüestradores apanhados pela polícia predominam aqueles que desempenhavam a função de carcereiros (59 pessoas). Depois seguem os supostos "chefes da quadrilha" (31 pessoas) que, de fato, tendem a ser os planejadores e chefes das operações realizadas relativas ao seqüestro. E, em terceiro lugar, estão os captores das vítimas (21). A tendência é a polícia capturar aqueles que atuam na parte operacional dos seqüestros extorsivos. O carcereiro deve ficar imobilizado vigiando a vítima e poderá ser preso quando se "estourar" o cativeiro. Os "chefes de quadrilha" freqüentemente estão envolvidos diretamente com os captores na linha de frente das operações de seqüestro. Aparentemente, houve um crescimento considerável de capturas de "chefes" no ano de 1996, algo que precisa ser examinado mais adiante na pesquisa. O perfil dos supostos seqüestradores talvez resulte da seletividade da persecução policial que se volta quase que exclusivamente para as favelas e zonas carentes do Rio. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 52 A hipótese é de que os seqüestradores detidos aparentam constituir um segmento de intermediário para baixo(setor de operações) da estrutura do crime organizado no Rio. À cúpula desta estrutura de crime organizado talvez caiba escolher a pessoa a ser seqüestrada, fixar o valor do resgate e estipular a quantia mínima que poderá ser aceita durante as negociações. Diretamente ligados à cúpula podem estar outras conexões com o contrabando de armas e narcotráfico de ramificações nacionais e internacionais, lavagem do dinheiro proveniente dos resgates e, talvez, até grupos de extermínio para realizar "queimas de arquivos"161. 11. Profissão dos seqüestradores Nesta tabela vale a pena frisar o peso de policiais e militares da ativa, além de informantes da polícia, entre os seqüestradores: 11 % do total, ou seja, 29 pessoas. A presença significativa de agentes policiais como seqüestradores pode ser um indicador de um traço típico do "crime organizado". Este padrão de criminalidade sempre contou com a participação e cumplicidade de autoridades e agentes de autoridade pública, como policiais, políticos, militares e outros. Entre os supostos seqüestradores presos estão 40 traficantes de drogas e 21 suspeitos cuja atividade principal parece ser seqüestrar. Aparece também um suspeito que é engenheiro e analista de sistemas, e é tido como um importante planejador de seqüestros. ƒ. Ocorrências de seqüestros extorsivos http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt161 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 53 12. Locais mais visados para capturar vítimas de seqüestros161 As capturas de vítimas de seqüestros extorsivos, cuja precisa localização foi obtida no levantamento, concentram-se no município do Rio de Janeiro (99 casos), e nos seus bairros da zona Sul. A Barra da Tijuca lidera com 13 ocorrências162. Depois surgem os bairros de Botafogo (6 casos) e Copacabana e Leblon (5 casos), todos na zona Sul. Na zona Norte, lidera o bairro de Madureira com 5 ocorrências. Duas vias se destacam como área de risco: a avenida Brasil (4 casos) e a via Dutra (3 casos). A Ilha do Governador, composta de vários bairros, é também uma área de expressivo número de casos (pelo menos 5 casos), de localização menos precisa, talvez devido à facilidade de acesso e fuga numa área inadequadamente policiada. Quando a atenção é focalizada no Estado do Rio, percebe-se que em torno do município do Rio estão alguns municípios industriais ou áreas de dormitório onde significativo número de capturas ocorrem. Duque de Caxias163 lidera com 10 ocorrências. São Gonçalo, Itaboraí, Petrópolis e Nova Iguaçu tiveram 4 casos; Niterói e Magé, três capturas. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt161 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt162 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt163 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 54 13. Capturas de vitimas nos municípios Os "cativeiros" - locais onde as vítimas do seqüestro são mantidas - apresentam outra espacialização. Favelas e morros destacam-se como locais de cativeiro (7 casos). Os "motéis" também aparecem com freqüência (4 casos), o que poderá sugerir hipóteses de investigação futura. São Cristóvão com 4 cativeiros e Padre Miguel, Madureira e Campo Grande (3 cativeiros) dão destaque à zona Norte nas áreas de cativeiro. A Floresta da Tijuca aparece como área de 3 cativeiros. O mapa de cativeiros do Estado do Rio revela que, apesar das capturas se concentrarem no município do Rio (99 casos), os locais de guarda das vítimas estão um pouco mais equilibrados. Duque de Caxias lidera também como área de cativeiros (9 casos)164 seguido de Magé e São João de Meriti (3 casos). Por fim, cativeiros de vítimas do Rio foram encontradas em três outros estados federados. 14. Locais de cativeiros nos bairros do Rio http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt164 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 55 15. Locais de cativeiros nos municípios fluminenses g. Atuação policial A atuação das polícias nos casos de seqüestros extorsivos é marcada, pelo menos, por alguns fatores fundamentais: 1) existe uma Divisão Anti-seqüestro (DAS) especializada em investigações sobre esse delito; 2) dependendo do perfil socioeconômico da vítima e da conjuntura política, vários recursos policiais são simultaneamente mobilizados para resolver casos determinados, e; 3) ocorre notável competição entre as polícias, e setores da mesma polícia, em certos casos. Face a um conjunto grande de casos de características diversas, como ocorre no presente levantamento, as generalizações não são, em regra, adequadas. O estudo de cada caso concreto é evidentemente possível. Mas, na presente fase exploratória do projeto de pesquisa, será mais econômico, e prudente, manter uma perspectiva descritiva. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 56 16. Atuação policial: prisões A Divisão Anti-seqüestro efetuou 77 prisões de supostos seqüestradores, de acordo com as notícias publicadas. A Polícia Civil prendeu 35; 20 foram presos pela PM; 11 por outras polícias especializadas e 5 pelas polícias de outros Estados da federação. A precariedade desses números é devida, em parte, à não identificação clara de quem atuou na ação policial. Pois, é certo que aparecem listados 240 nomes de seqüestradores capturados no período. Aliás, repita-se o que já foi escrito anteriormente, o número de suspeitos presos pode ser consideravelmente maior, devido à dificuldade de reunir notícias de capturas de suspeitos de envolvimento em seqüestros nas múltiplas ações policiais em morros e favelas. É comum ler que alguém é traficante, mas que possivelmente também está envolvido em um ou outro seqüestro. A tendência observada, a partir dos dados coletados em que aparece a identificação de quem fez a captura, é de que a DAS elevou consideravelmente o número de prisões de suspeitos no ano de 1996, o quepode ser um indício de maior eficácia policial165. A tabela seguinte, que deve ser interpretada com a muita prudência devido à precariedade dos dados obtidos da imprensa em relação aos seqüestradores, sugere algum avanço em termos de quantidade de suspeitos presos, que coincide com o período da caminhada Reage Rio e a concessão de premiações por atos de bravura (novembro de 1995), e talvez a atuação do DAS num período de maior estabilidade (segundo semestre de 1996). http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt165 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 57 17. Ocorrências de seqüestro e capturas de suspeitos É difícil perceber, a partir das notícias da imprensa, se a atuação policial foi, de fato, aprimorada. Quando se examina como a polícia obteve as informações sobre os seqüestradores, nota-se que a investigação policial não parece ser importante. As denúncias, a obtenção de confissão de uma pessoa supostamente envolvida no delito, testemunhas continuam a prevalecer sobre técnicas investigativas mais modernas166 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#nt166 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 58 18. Apuração do seqüestro Por fim, num período de intenso combate policial a imprensa registrou um número relativamente pequeno de seqüestradores mortos. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 59 19. 6. Observações finais a) A política de segurança pública no Rio de Janeiro foi abordada neste trabalho como um conjunto de procedimentos, de caráter preventivo e repressivo, através dos quais autoridades governamentais e elites do poder negociam e organizam respostas ao fenômeno criminal167. Tentou-se situar esta política governamental do Estado do Rio dentro de uma discussão sobre o projeto da cidade-metrópole do Rio. Pretendeu-se descrever a política de "lei e ordem" adotada nos dois primeiros anos do Governo Marcello Alencar, destacando a política anti-seqüestros extorsivos. Foram relatadas as críticas e recomendações dos oponentes da política governamental. Deu-se ênfase à caminhada Reage Rio como mobilização pública centrada no problema dos seqüestros. Por fim, foram mostrados dados levantados pela nossa pesquisa exploratória sobre seqüestros extorsivos168. b) Nas próximas etapas do levantamento haverá, principalmente, maior atenção para: 1) o levantamento de dados sobre os supostos seqüestradores e suas organizações; 2) mudanças nos padrões de seqüestros (seqüestros relâmpagos, terceirização das atividades criminosas, etc); 3) fugas de seqüestradores de presídios e delegacias; 4) relação entre seqüestros extorsivos e outras práticas delituosas associadas ao chamado crime organizado169, como o narcotráfico e assaltos a bancos no Rio de Janeiro. c) Por fim, é preciso estudar experiências de formulação e implementação de políticas democráticas de segurança pública que possibilitem uma atuação policial eficaz, menos corrupta e que garanta os direitos do cidadão170. 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Para o urbanista, as mudanças econômicas e sócio-espaciais da metrópole do Rio de Janeiro indicam que a globalização pode reforçar as tendências de dualização e fragmentação já presentes no quadro de desindustrialização regressiva, a qual gera também aumento de desassalariamento e crescente precarização dos assalariados. Para uma visão alternativa e moderadamente otimista do futuro da cidade ler a entrevista com o economista Carlos Lessa, coordenador do Plano estratégico da cidade do Rio de Janeiro (1994. p. 28-32). Para uma discussão sobre os efeitos da globalização, cf. Anthony Giddens (1991). Para uma discussão sobre políticas de city marketing, em Curitiba, cf. Ribeiro e Garcia (1996). 3Foi eleito governador Marcello Alencar (PSDB), derrotando o candidato brizolista Anthony Garotinho (PDT). 4Foi vitorioso o arquiteto urbanista Luís Paulo Conde (PFL), candidato do prefeito César Maia (PFL), presidente do Conselho Adminsitrativo do IPLAN-RIO e responsável pelas reformas urbanísticas do Rio Cidade e Favela Bairro. Foi derrotado o candidato Sérgio Cabral Filho (PSDB), apoiado pelo governador Marcello Alencar. 5Nesse sentido foi derrotado umdiscurso, tipicamente ligado aos pedetistas, que afirmava prioritariamente objetivos sociais, mesmo que, na prática, visasse a captar clientelas políticas. O discurso privatista, neoliberal marcou as administrações estaduais e municipais no período 1995-1996. O Governo Marcello Alencar apregoou ter lançado o primeiro programa de desestatização no País e ter tornado o Estado do Rio um dos principais alvos dos investidores estrangeiros. A inauguração pelo Presidente Fernando Henrique da fábrica da Volks, em Rezende em 1o de novembro de 1996, é apresentada como exemplo de tendência à modernização industrial apoiada em investimentos externos. O Porto de Sepetiba é anunciado como o vértice comercial do Mercosul, por onde circularão as mercadorias, capitais e serviços da Região Sudeste, tranformando aquela cidade num centro de negócios internacionais. O Rio, por sua vez, terá o Teleporto, que ambiciona ser o mais moderno pólo empresarial da América Latina. Uma área de 250 mil metros quadrados, junto à Avenida Presidente Vargas, no centro do Rio, foi urbanizada pela Prefeitura que pretende recuperar seu investimento com a venda futura venda de 14 edifícios de escritórios, ligados por fibras óticas e ideais para abrigar serviços com forte demanda por telecomunicações. Estas são algumas das ações e planos que evideciam um notável intervencionismo estatal para promover e atrair investimentos javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx1 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx2 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx3 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx4 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx5 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 64 privados, nacionais e estrangeiros. Para uma leitura abrangente da propaganda governamental dirigida ao setor empresarial, cf. Documento Especial/Oportunidades de investimentos: As melhores opções no Estado do Rio, (Jornal do Commercio, 15 e 16/12/96). Cf. "Sepetiba, o coração do Mercosul: estudo da FIRJAN propõe novo uso para o porto como distribuidor de carga para a região" (O Globo, 30/01/97, p. 25). Cf. "Rio receberá US$ 4,4 bilhões em cinco anos: investimentos virão de agências internacionais de financiamento e serão aplicados em projetos dos governos estadual e municipal" (Jornal do Brasil, 19/11/95, p. 32). O Prefeito César Maia, nos anos de 1995-1996, sitiou o carioca com obras feitas simultaneamente em 15 bairros - do Fundão à Barra da Tijuca - e iniciou a construção da Linha Amarela que vai ligar a Barra a Bonsucesso. O Rio Cidade, a Linha Amarela e outros projetos da administração Maia geraram 23.302 postos de trabalho em obras, o que explica, em parte, o apoio recebido politicamente por setores populares. O município tinha no final de 1996 uma dívida de cerca de 2 bilhões de dólares. Cf. Caderno Especial: O Rio de Marcello e César (Jornal do Brasil,13/11/96, p. 1-6). A propósito, o setor da construção civil foi dos que mais empregaram em 1996 no Rio (+ 7,2%) (cf. Jornal do Brasil, 30/01/97, p. 14). 6Os empresários vêm participando de iniciativas que estão definindo o projeto da cidade. É exemplo o Plano estratégico da cidade do Rio de Janeiro, que foi elaborado pelo Conselho da Cidade - formado de representantes da sociedade civil - a partir de um convênio entre a Prefeitura, a Federação das Indústrias do estado do Rio de Janeiro (FIRJAN) e a Associação Comercial do Rio. "Plano Estratégico mostra resultados" (cf. Jornal do Brasil,22/10/96, p. 23). Outros exemplos são o do lançamento da candidatura do Rio para ser sede dos Jogos Olímpicos de 2004 e a feitura do chamado "Master Plano" do Rio (cf. Jornal do Brasil, 13/11/96, p. 19). Para a documentação oficial, cf. Plano estratégico da cidade do Rio de Janeiro: Rio sempre Rio (1996); Relatório da cidade 2: plano estratégico da cidade do Rio de Janeiro (1996). 7As articulações dos políticos são pluripartidárias. Existe também apoio do próprio Presidente Fernando Henrique que tem afiançado a candidatura do Rio para ser sede das Olimpíadas, tem anualmente despachado com os seus ministros no Palácio Rio Negro, em Petrópolis e recebido pedidos de tratamento especial para o Rio de Janeiro (cf.Jornal do Brasil, 13/11/96, p. 19 e 23/01/97). 8O Viva Rio, rede que inclui empresários e lideranças sindicais e populares, tem atuado em várias campanhas, inclusive na Rio 2004, nas quais tenta afirmar uma identidade coletiva positiva do carioca. Sobre o início do Viva Rio. cf. Zuenir Ventura (1994). Para um depoimento sobre o Viva Rio, cf. Soares (1996). Cf. ainda: "Marcello e Maia usam trabalho de ONGs" (Jornal do Brasil, 17/12/95, p. 38). 9Um belo exemplo da contribuição de artistas neste processo é o clip promocional das Olimpíadas Rio 2004 cantando Aquele Abraço, música de Gilberto Gil. 10O Rio continua a ser associado com um cartão postal do Brasil, e é visto pelos cariocas como uma cidade atraente. O reconhecimento desse fato se encontra, por exemplo, em produção cinematográfica brasileira recente na qual o cenário carioca predomina (cf. Jornal do Brasil, 20/08/95, p. 31). Ao lado de um dos maiores centros urbanos do país se encontra a mais vasta floresta urbana do mundo (Floresta da Tijuca). Vales, restingas, lagos, lagoas e praias famosas completam um mapa natural de grande potencial turístico. 11O estado do Rio é o maior produtor de petróleo (442 mil barris-dia), gás natural (com 28,20% das reservas nacionais), aço bruto e de ferro do país. Possui o segundo maior parque industrial e o maior aeroporto em movimento nas áreas nacional e internacional. A partir de 1995, o Rio recuperou o segundo lugar no ranking do Produto Interno Bruto nacional. 12O patrimônio histórico e cultural da ex-capital do Brasil é também notável, destacando-se o Paço Imperial, as praças e jardins do centro do Rio e os museus e galerias de artes. Possui ainda grandes recursos de lazer, especialmente na vida noturna. 13As maiores universidades federais e importantes centro de pesquisa estão http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx6 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx7 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx8 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx9 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx10 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx11 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx12 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx13 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 65 no Rio. A taxa de alfabetização do Rio (90%) está entre as maiores do país. 14Com significativa bancada de deputados federais e burocratas dentro do aparelho estatal, a articulação e defesa de interesses do Rio é potencialmente alta. 15Estima-se que seriam investidos cerca de 703 milhões de dólares na preparação para o evento (cf. Jornal do Brasil, 01/09/96, p. 27). O prefeito Luís Paulo Conde afirma que seu modelo de gestão urbana será o de Barcelona,Espanha (cf. Jornal do Brasil, 17/11/96). 16No ano de 1995, a alta do custo de vida no Rio foi de 27,85%. Em 1996, a inflação anual dos preços ao consumidor, medida pela Fundação Getúlio Vargas, foi de 11,54 % no Rio de Janeiro. A menor inflação desde 1950(Jornal do Brasil, 09/01/97, p. 13). 17A vitória de César Maia (PFL) sobre Benedita da Silva (PT), na disputa pela prefeitura carioca, parece ter marcado um ponto de significativa rejeição da função social do urbanismo. O Plano Diretor da Cidade do Rio de Janeiro, que estabelece as condições legais para o crescimento da cidade, foi aprovado pela Câmara Municipal em julho de 1992. Este Plano Diretor foi amplamente discutido e possui consideráveis avanços em termos da função social da cidade. O Prefeito César Maia não realizou as determinações no Plano. Já em 1993, o Prefeito promovia o Plano Estratégico da Cidade, que passou a orientar sua Administração, ao invés de complementar o Plano Diretor aprovado pela Câmara Municipal. Para uma visão do que poderia ser um Plano Diretor de orientação democrática-popular. ver Grazia (1990). 18Na pesquisa Lei, Justiça e Cidadania, realizada pela Fundação Getúlio Vargas e ISER, entre setembro de 1995 e julho de 1996, na qual foram ouvidos 1574 moradores nos municípios dos Rio, Niterói, São Gonçalo, Magé, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São João de Meriti, revela-se esta fragilidade do associativismo. Vejamos as perguntas: 1) É filiado a sindicato? O associativismo religioso, no entanto, não parece estar enfraquecido no Rio de Janeiro. O potencial da dinâmica de criação de identidades coletivas e ajuda recíproca abre portas para emergência de comunidades parciais e movimentos sociais (cf. Novaes, http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx14 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx15 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx16 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx17 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx18 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 66 Catela & Nascimento, 1996). 19A temática da criminalidade violenta teve grande importância nas campanhas eleitorais de 1992 (principalmente, os arrastões nas praias que favoreceram politicamente o candidato a prefeito César Maia), 1994 (a reivindicação da Operação Rio, usada contra o candidato do brizolismo a governador, Anthony Garotinho), e 1996 (as balas perdidas, usadas parcialmente para indicar a ineficácia da política de segurança pública do governador Marcello Alencar). Para um exemplo das críticas de César Maia durante a campanha eleitoral verJornal do Brasil (07/09/96, p. 16). A imagem que se constrói dessa criminalidade violenta é racista e classista: bandido é negro, pobre e favelado, envolvido com tráfico de drogas. A favela passa a ser vista preponderantemente como a base de operações do crime organizado na cidade do Rio de Janeiro. "No novo modelo de segregação espacial, favelas e periferia são marcadas pela retração do antigo tecido associativo e pela expansão de formas criminosas e perversas de sociabilidade. tal mudança reforça a disseminação da cultura do medo que reconstrói os significados das favelas e periferia: deixam de ser territórios de coagulação de valores e signos positivos, referências de identidades coletivas, e passam crescentemente ao papel de estigmatizadores e diabolizadores dos pobres, na medida em que se busca associá-los como o lugar e a origem da chamada violência urbana" (Ribeiro, 1996, p. 177). Sobre o assunto, ver também Fausto Neto (1995, p. 417-38). 20Para ver as recomendações feitas pelo Plano na área de segurança pública, consulte Plano estratégico da cidade do Rio de Janeiro: Rio sempre Rio (1996, p. 70-73). Convém, lembrar que as operações na área de segurança pública - polícia ostensiva e judiciária - são de competência do Estado Federado e não do Município. Daí, neste artigo tentar-se articular a dimensão de construção estratégica da cidade com a dimensão de segurança pública comandada pelo governo estadual. Para uma análise jurídica completa da questão da organização das competências na área de segurança consulte Caldeira (1994). O diretor-executivo do Conselho da Cidade, Rodrigo Lopes afirma que a segurança é a área onde o Rio encontra ainda maior dificuldade. "Os governos estadual e municipal ainda não chegaram a um consenso nessa área" (Jornal do Brasil, 22/10/96). A análise que segue está baseada, em parte, no documento Nota Técnica - Violência escrito por Rosanna Zraick, da equipe de consultores do Plano Estratégico da Cidade do Rio de Janeiro, datado de março de 1995. Zraick reconhece no seu texto que: "Os indicadores de criminalidade utilizados neste trabalho foram extraídos dos estudos sobre violência e criminalidade realizados pelo Núcleo de Pesquisa do ISER, com apoio da FAPERJ. Esses mesmos dados foram utilizados pelo movimento Viva Rio em sua análise da violência no Rio de Janeiro, e são fruto de um cuidadoso e demorado trabalho de levantamento junto aos órgãos de segurança pública do estado" (p. 3). 21A sensação de crise na área de segurança está amplamente documentada em jornais e revistas. Para uma visão desta crise no final do governo Moreira Franco /PMDB (1987- 1990) que havia prometido acabar com a insegurança em 6 meses, combatendo o crime organizado localizado nas favelas e ocupando-as com uma polícia forte, cf. "Rio em Crise", caderno especial da Folha de S. Paulo (05/08/90). A pesquisa DataFolha publicada então mostra que 57% dos entrevistados afirmam ser a segurança e violência o principal problema do Rio. O custo de vida está em segundo lugar com 17% das respostas dos entrevistados. Cf. "Carioca quer abandonar a sua cidade" (Folha de S. Paulo, 05/08/90. p. 1). 22Na Nota Técnica - Violência (supra cit.) lê-se na conclusão: "O diagnóstico da situação do Rio de Janeiro no que se refere à violência aponta para a ausência do Estado, como principal causa dos níveis e do tipo de criminalidade que assola a cidade" (p. 27). Mas, esta interpretação está presente na análise feita pela imprensa, como por exemplo, no editorial "A morte chegou mais cedo" (cf. Folha de S. Paulo, 11/01/94, p. 1-2). 23Cf. L. Silva (1995). A propósito das interpretações: cf. Coelho (1992). Para um texto sofisticado e abrangente, representativo dessa interpretação dominante - e que não apoia a truculência policial - cf. Abranches (1994). Para uma análise crítica dessa http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx19 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx20 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx21 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx22 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx23 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 67 interpretação sóciopolítica dominante, cf. J. Silva (1996, p. 497-519). 24Nilton de Albuquerque Cerqueira, 66, general-de-brigada da reserva do Exército. Deputado federal licenciado, eleito com 40 mil votos - em grande parte de policiais - pelo PP/RJ, partido que apoiou a candidatura do governador Marcello Alencar. Dirigiu a PM/RJ no período 1981-82, época em que instituiu o sistema de promoção por bravura. Chefe do Doi-Codi da Bahia durantea ditadura militar. Cerqueira foi o responsável pela morte do capitão Carlos Lamarca, líder guerrilheiro, em 1971. O Grupo Tortura Nunca Mais divulgou um Dossiê Nilton Cerqueira, datado de 19 de maio de 1995 e assinado pela sua presidente Cecília Coimbra, que afirma que: "Em 17 de setembro de 1971, Carlos Lamarca e José Campos Barreto, também militantes do MR-8, foram assassinados a sangue frio por tropa comandada pelo major Nilton Cerqueira" (cf. Jornal do Brasil, 18/5/95, p. 23 e 12/5/95, p. 12). Cerqueira substituiu o primeiro secretário de segurança do governo Marcello Alencar, o general da reserva Euclimar da Silva, que pediu demissão, no dia 15 de maio de 1995, depois de cinco meses e meio de atuação, sem ter conseguido reverter a situação de violência no Rio e, principalmente, debelar a onda de seqüestros existente. Euclimar deixou ao cargo, entre outras razões, por não ter sido consultado sobre a extinção da Divisão Anti-seqüestro (DAS), que se mostrava então ineficaz para resolver casos de seqüestros e era objeto de inúmeras críticas. O governador disse que a escolha de Cerqueira atendia a "dois grandes desafios" do governo: a reforma das instituições policiais e o "combate em caráter emergencial" ao crime (cf. Folha de S. Paulo, 18/05/95. p. 3-1). Para um perfil completo do general Cerqueira, consulte "Bala na agulha", Revista Manchete (24/06/95, p. 14-23). 25Nilton Cerqueira, "Nota aos policiólogos" {Jornal do Brasil, 08/05/96, p. 9). Aqui está um bordão típico desta política: a acusação de que o ex-governador Brizola não deixava a polícia invadir as favelas. Cf. Folha de S. Paulo(19/05/95, p. 3-4) para declarações de Cerqueira no mesmo sentido, no momento em que tomava posse como Secretário de Segurança. Segundo o noticiário atual, a polícia efetivamente invade as favelas. Mas o Governo Estadual para realizar obras saneadoras em 53 favelas vem pagando uma taxa extra de "segurança", cf. "Governo paga para entrar em favelas: guias são contratados para evitar que traficantes atrapalhem obras e ameacem trabalhadores" (O Globo, 17/03/96, p. 18). 26" Nota supra cit. (Jornal do Brasil, 08/05/96). 27Fontes do Comando Militar do Leste informaram que só em 1995 foram descobertos 15 casos de militares e ex-militares envolvidos com traficantes no Rio. Todos são ou foram das forças especiais, com curso de guerrilha. Cf. "Militares se envolveram com o tráfico" (O Globo, 20/12/95, p. 1; 28). Existe também uma ligação antiga entre militares, traficantes de drogas e venda de armas (cf. O Dia, 24/11/96, p. 26; Folha de S. Paulo, 18/11/96, p. 3-9; Jornal do Brasil, 18/11/96, p. 17; Folha de S. Paulo, 28/06/95, p. 3-3). 28Os jornais noticiaram a existência de supostas "bases" assemelhadas a de guerrilheiros no morro do Andaraí, Grajaú. (cf. Jornal do Brasil, 29/07/95, p. 22; Folha de S. Paulo, 29/07/95, p. 1-2). 29Nilton Cerqueira. "Uma visão de realidade" (Folha de S. Paulo, 26/08/96, p. 3). Ver ainda: "Rio é uma área de guerrilha, diz secretário" (Folha de S. Paulo, 15/12/95, p 3-3). "Cidade tem áreas de risco", (Folha de S. Paulo16/12/95, p. 1-12); "Cerqueira diz que Rio vive guerra não declarada" (Jornal do Brasil, 17/10/96, p. 26). O ex-prefeito César Maia enfatiza também o papel estratégico das bases territoriais dos narcotraficantes. "A questão de fundo, que diferencia o Rio e torna o seu caso específico, é a existência de bases territoriais, com fronteiras ostensivamente controladas pelo crime. As bases territoriais são decisivas para o tipo de organização que o crime tem no Rio. São tão decisivas que as gangues precisam de armas pesadas para conquistar e manter territórios. As bases territoriais facilitam o tráfico, a guarda e a comercialização de drogas. Permitem a banalização dos seqüestros... É grave também pensar que se trata de uma questão estadual. Não é. É uma questão federal, porque caracteriza a ruptura da unidade de Estado. A solução não é simples. Mas é só uma. Ocupar as bases territoriais dos traficantes e não sair mais delas. Simultaneamente, levar o Estado às http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx24 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx25 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx26 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx27 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx28 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx29 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 68 comunidades a partir da segurança pública. Esta operação não necessariamente seria sangrenta. Basta, para isso, que se tenham efetivos e organização. A segurança pública no Rio é hoje, principalmente, segurança do Estado. Sem essa não haverá segurança do cidadão" (O Globo, 12/11/ 95, p. 32). Para uma crítica não conservadora ao tráfico de drogas, a sua organização e suas conexões com o exterior, consulte Marcelo Lopes de Souza (1996). 30Cf. Folha de S. Paulo (26/08/96, p. 3). Ler sobre as considerações criminológicas do General Cerqueira em "Obsessão pela segurança" (Jornal do Brasil, 22/05/96, p. 11). Neste artigo ele afirma que "há uma relação estreita entre o aumento de impunidade e o deslanche da criminalidade nas áreas metropolitanas"(...) "Um estudo sociológico feito recentemente constatou que nos últimos 10 anos, período em que se verificou vertiginoso crescimento da criminalidade violenta no Rio e São Paulo, declinou o número de prisões e condenações". Leia, ainda, a defesa feita por Cerqueira da repressão policial em "Carta aberta a um jurista" (Jornal do Brasil,16/01/97, p. 11). "O estranho é que a qualidade de vida nas favelas melhorou consideravelmente nos últimos anos, enquanto paradoxalmente a violência aumentou. Os barracos de madeira foram substituídos pelos de alvenaria, do mesmo modo que a coleta de lixo e a distribuição de água melhoraram em muitos locais, mas, coincidentemente, ocorreu a disseminação da violência. Será que agora a iluminação mais intensa se constitui, comprovadamente, um instrumento preventivo eficaz? É o bastante para inibir bandido armado de AR-15 pronto para matar?" 31Cf. Folha de S. Paulo (01/06/95, 3-3). "Cerqueira reafirma que polícia deve atirar primeiro" (Folha de S. Paulo.29/05/95, p. 3-3); "Nilton Cerqueira recomendou à polícia que não socorra supostos marginais baleados em tiroteio" (Folha de S. Paulo, 25/05/95, p. 3-1); "Nossa recomendação é para o policial atirar primeiro. O primeiro tiro tem que ser dado pela polícia, não pelo bandido" (Folha de S. Paulo, 21/05/95, p. 1-2). 32O General Cerqueira chegou a sugerir a extinção da Polícia Civil. "General é ameaçado ao propor fim de polícia" (cf. O Estado de S. Paulo, 4/8/95, p. C7). Sobre mudanças na polícia civil (cf. O Dia, 27/07/95, p. 13; Jornal do Brasil, 6/11/95, p. 15; Folha de S. Paulo, 05/12/95, p. 3-3). Sobre os vários aspectos das reformas cf. a entrevista de Cerqueira, na revista Manchete, 24/06/95. 33Cf. "Corrupção atinge 80% da Polícia" (Jornal do Brasil, 06/11/95, p. 1 e 15). Os indícios de corrupção policial são, de fato, amplos e bem documentados na imprensa. "Celular revela ligação entre tráfico e polícia" (Jornal do Brasil, 07/09/96). Rastreamento da Telerj pedido pela Justiça pegou entre 300 telefonemas feitos pelo traficanteMarcinho VP, chefe do morro Dona Marta, várias ligações para a sede da Polícia Civil do Rio, para o BOPE, da PM, além da Assembléia Legislativa. Cf. Jornal do Brasil (31/10/96, p. 25); "Policiais seqüestravam traficantes" (O Dia,27/07/95, p. 1). Sobre a intenção depunir corruptos, ler Jornal do Brasil (04/06/95, p. 19). 34Em novembro de 1995, o governador Marcello Alencar criou uma gratificação para os agentes policiais que se destacam em ações - a conhecida gratificação "faroeste" (decreto 21.753). De acordo com análise da Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa do Rio - baseada em números fornecidos pela Secretaria de Segurança Pública, antes da gratificação "faroeste" a média de civis suspeitos mortos em tiroteios com policiais era de dez por mês. Depois da gratificação subiu para 25. O que gera uma promoção por bravura? 1) Localização e invasão de cativeiro, resgate do seqüestrado e prisão dos criminosos; 2) Ações em favelas que resultem em prisão dos traficantes, apreensão de armas e fechamento de pontos-de-venda de cocaína e maconha. 3) Quando um policial, mesmo em inferioridade, reage contra criminosos e tem êxito. "Rio gratifica policial que mata mais: desde que o Estado criou a gratificação "faroeste", número de civis mortos cresceu 150% e o de policiais, 37,5%"(Folha de S. Paulo, 19/07/ 96, p. 3-1). Cf. a longa reportagem "PM do Rio mata cada vez mais" (Jornal do Brasil,07/04/96, p. 1, 27-29). Esta política implantada tem recebido muitas críticas (cf. Jornal do Brasil, 05/12/96. p. 9 e 31/01/97, p. 13). Premiações foram dadas sem cumprimento de requisito de apresentação de, pelo menos, duas testemunhas insuspeitas da ação que justifica o benefício (82,5% dos 103 casos analisados, http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx30 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx31 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx32 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx33 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx34 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 69 e que resultaram na promoção de 180 Pms). "Bravura sem testemunha" (cf. Jornal do Brasil, 07/07/96, p. 34). Outro aspecto que é importante: nove entre dez policiais militares mortos entre junho de 1995 e março de 1996 não estavam a serviço, segundo informação prestada pela Secretaria de Segurança. Provavelmente muitas mortes ocorreram quando os policiais estavam fazendo bicos como seguranças particulares (cf. Jornal do Brasil, 17/05/96, p. 24). 35Cf. Jornal do Brasil (07/09/95. p. 16). Cf. ainda: "Rio compra equipamento inadequado: Secretaria de Segurança Pública gastou R$ 7,8 milhões em material considerado ruim por oficiais da PM" (Folha de S. Paulo,07/04/95, p. 3-5). 36Cf. declarações de Cerqueira sobre prioridades como secretário de Segurança (Manchete, 24/06/95, p 19). 37Cf. "Carioca põe o crime na linha" (Veja/Rio, 08/11/95, p. 8-12); "Disque-denúncia vira central onde carioca reclama de tudo" (Jornal do Brasil, 26/05/96, p. 30). 38Jornal do Commércio (05/12/96, p. A-5). 39São exemplos os casos dos estudantes Marcos Chiesa e Carolina Dias Leite. 40Cf. "Resgate da confiança", Jornal do Brasil, seção Opinião (27/10/96, p. 11). 41Convém citar uma declaração do próprio Gal. Nilton Cerqueira, quando já exercia o cargo de Secretário de Segurança do Rio, sobre as estatísticas de criminalidade no Rio: " As estatísticas não merecem crédito, porque não correspondem à verdade. E isso se deve, principalmente, ao fato de as pessoas não acreditando nas polícias, não registrarem as ocorrências de que são vítimas". Cf. "Bala na agulha" (Manchete, 24/06/95. p. 18). 42César Maia diz o seguinte sobre o Gal. Cerqueira: "Ele pensa que está na guerra do Paraguai. Só fala em quantos bandidos foram abatidos, quantas armas pegaram. É um relatório de guerra. Quero ver é dizer quantas pessoas foram condenadas devido à investigação da polícia. Daqui a sete meses o caos nessa área ficará claro para todos" (Jornal do Brasil, 31/12/96, p. 5). 43Ler, entre outros textos do Gal. Cerqueira, "Nota aos policiólogos" (Jornal do Brasil, 06/05/96, p. 9); "Carta aberta a um jurista*' (Jornal do Brasil, 16/01/97). Escreve o General: " A crítica dos intelectuais de polícia, os quais denominamos de 'policiólogos', é outro fator adverso ao trabalho policial no nosso país, em particular, e no mundo, em geral, funcionando como proteção ao crime e aumentando os lucros da 'indústria do crime', esquecendo-se do verdadeiro sujeito dos direitos constitucionais, o cidadão". Cf. Nilton Cerqueira, "Uma visão da realidade" (Folha de S. Paulo, 26/08/96, p. 1-3). 44 Cf. "Cerqueira diz que ONG é coisa de vagabundo: relatório sobre direitos humanos no Rio irrita secretário de Segurança, governador e prefeito" (O Globo, 31/01/96, p. 12). Ler ainda, os comentários do General ao 20° relatório anual sobre direitos humanos do Departamento de Estado norte-americano que criticou a chamada "lei faroeste", apontada no documento como responsável pelo aumento de morte de suspeitos por policiais militares (cf. Jornal do Brasil, 01/02/97, p. 8). 45Dentre os artigos mais completos de crítica à atual política de segurança pública estão Cerqueira (1996a) e Jorge da Silva (1996). 46Ler "Carioca sob o domínio do medo" (Jornal do Brasil, 12/11/95, p. 40-41). Na pesquisa do Data Brasil, realizada em março e maio de 1995 - 600 pessoas de diversas classes sociais, com mais de 16 anos - 54,2% dos entrevistados responderam que "o Rio de Janeiro comparado a outras cidades do mundo é mais violento. 47Para 57% dos cariocas entrevistados pela DataFolha a Polícia Civil inspira mais medo que confiança (cf. Folha de S. Paulo, 14/01/96, p. 3-3). 48Pesquisa Jornal do Brasil-Petrobrás mostra que 51% entrevistados no município do Rio de Janeiro (a média do Estado é 48%) já foram roubados. O GERP entrevistou 2400 pessoas nos 24 principais municípios do Estado durante o mês de julho de 1996. Cf. "Rio, um estado de medo" (Jornal do Brasil, 28/07/96, p. 28). 49Mesma pesquisa, nota supra (Jornal do Brasil, 28/07/96, p. 29). 50"PM confirma falta de segurança" (O Globo, 16/09/96, p. 3). 51"Hospedagem do Papa causa preocupações" (Jornal do Brasil, 16/01/97, p. 25). http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx35 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx36 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx37 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx38 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx39 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx40 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx41 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx42 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx43 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx44 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx45 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx46 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx47 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx48 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx49 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx50 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx51Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 70 52Jornal do Brasil (01/09/96, p. 27). 53Críticos afirmaram que a medida consistia no reconhecimento oficial da violência. A lei atinge imóveis residenciais e comerciais, além de terrenos, de 4.626 ruas ou trechos. Cf. "Violência reduz IPTU de 300 mil imóveis" (Jornal do Brasil, 07/11/96, p. 1 e 08/11/96, p. 24). 54Foram inúmeras matérias jornalísticas relatando casos de vítimas inocentes de disparos de armas. Até o dia 28 de novembro de 1996, havia 82 vítimas, com 20 mortos e 62 feridos (cf. Jornal do Brasil, 06/12/96, p. 24). Cf. ainda, "Balas perdidas agora são preocupação até da polícia" (Jornal do Brasil, 03/11/96, p. 1 e 26-27). De acordo com levantamento feito pelo Jornal do Brasil, em 1994, 49 pessoas foram baleadas, sendo que destas 16 foram mortas. Em 1995, foram 41 vítimas, entre elas 14 não resistiram e morreram. Cf. "Bala perdida" (Jornal do Brasil,14/07/96, p. 27). 55Para uma análise crítica cf. Caldeira (1995). Este trabalho foi originariamente apresentado no XIX Encontro Anual da Associação Nacional de Pós Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS), em Caxambú, em outubro de 1995. Um artigo que resume aquele trabalho está publicado em Caldeira (1996). Segundo pesquisa do DataFolha, 89% dos entrevistados em novembro de 1994, desejavam a manutenção dos militares na Operação Rio em 1995. "Cariocas querem ação do Exército também em 1995" (cf. Folha de S. Paulo, 27/11/94, p. 1-7; Jornal do Brasil, 07/12/94. p. 21). 56Eram 85 mil soldados (30 mil do Exército, 40 mil da Marinha e 15 mil da Aeronáutica), mais 28.500 policiais militares, 11.500 policiais civis e 850 policiais federais (cf. Resende, 1995, p. 46). 57Seriam 4.800 traficantes-chefes, 4.400 soldados armados, 1.400 olheiros e 740 passadores de drogas (cf. Resende, 1995, p. 46). Outras estimativas existem: as investigações da Polícia Federal levam a crer que o chamado "Cartel do Rio" emprega 100 mil pessoas. 'Tráfico emprega 100 mil pessoas", (cf. Jornal do Brasil,10/09/95, p. 29). O Serviço reservado da PM, em 1994, elencava 344 pontos de tráfico de drogas no Rio, que vendiam por mês, duas toneladas de maconha e cocaína. Para uma listagem dos 15 pontos mais movimentados cf. Resende (1995, p. 61-64). 58Lima da Silva foi secretário-executivo da Comissão Especial de Investigação da SAF (Secretaria de Administração Federal) criada para combater a corrupção no poder Executivo federal e participou da montagem do esquema de segurança da Eco-92 (Conferência Internacional Sobre Ecologia e Meio Ambiente), ocorrida no Rio em junho de 1992. Foi para a reserva em 31 de março de 1994. Antes disso ocupou a função de chefe do Estado-maior do Comando Militar do Leste, sediado no Rio. Também comandou a 1ª Brigada de Cavalaria Mecanizada e dirigiu o Centro de Avaliações do Exército (cf. Folha de S. Paulo, 01/12/94, p. 1-10). 59Cf. organograma da nova secretaria de Segurança (Jornal do Brasil, 13/01/95, p. 13). 60Cf. entrevista do General Lima da Silva (Jornal do Brasil, 11/12/94, p. 13). 61A expressão é do Gal. Lima da Silva, que também usava a expressão "ganhar essa guerra" quando se referia à Operação Rio. Cf. entrevista supra cit. (Jornal do Brasil, 11/12/94, p. 13). 62Na posse, o novo chefe da Polícia Civil, Dilermando Amaro, criticou o Ministério Público por "invadir" competências da Polícia Civil no trabalho de polícia judiciária e investigação policial. Foi uma referência à atuação do MP no caso da lista do bicho (livro-caixa) encontrado no escritório do bicheiro Castor de Andrade, em março de 94, com mais de 200 nomes que receberiam propinas. O MP investigou o caso sozinho. Da lista constavam nomes de mais de 60 delegados e policiais civis, que estão sendo processados na Justiça. "Acho que o MP talvez tenha ultrapassado o limite de sua competência nesse caso". Amaro, 49, era chefe do Departamento Administrativo do ex-secretário Mário Covas. (cf. Folha de S. Paulo, 06/01/95, p. 1-11). 63Dorasil Corval, 46, era coronel da PM há dois anos. Bacharel em administração e direito, fez carreira na Polícia Militar no setor de ensino e formação de quadros. Na posse disse que a PM "não precisa mudar" e que não é corrupta (cf. Folha de S. Paulo, 06/01/95, p. 1-11). http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx52 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx53 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx54 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx55 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx56 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx57 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx58 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx59 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx60 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx61 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx62 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx63 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 71 64Cf. "PM passa a comandar ações" (Folha de S. Paulo, 24/01/95, p. 1-12). Ver ainda, pelo convênio assinado entre Estado do Rio e Forças Armadas que o policiamento do Exército será nas ruas e 'áreas estratégicas'. Cf. "Militar não sobe morro na 2' fase da ação" (Folha de S. Paulo, 28/03/95, p. 1-12). 65"DAS terá novo chefe" (Jornal do Brasil, 21/02/95, p. 18). 66Cf. nota supra cit. 67Ícaro da Silva foi diretor da Divisão de Fiscalização de Armamentos e Explosivos (DFAE). 68 "Seqüestro traz ministro da Justiça ao Rio" (Jornal do Brasil, 07/02/95, p. 19). 69 Cf. Folha de S. Paulo (17/05/95, p. 3-1). 70Criticou-se a inoperância da DAS que não conseguiu localizar o orelhão de onde eram feitas as chamadas telefônicas, apesar de terem sido vinte ligações ao todo, dentre elas uma de doze minutos. Sobre o seqüestro de Juliana Leutterbach, o líder do PP, deputado Rubens Tavares, acusou a polícia de ter roubado o dinheiro do resgate, no valor de R$ 1 milhão (cf. O Globo 20/04/95, p. 4; 13/05/95, p. 18; 15/05/95, p. 9; e 22/05/95, p. 10). 71Cf. "Cai secretário de Segurança do Rio: general pede demissão do cargo por discordar da extinção da DAS" (cf. Folha de S. Paulo, 17/05/95, p. 3-1; Jornal do Brasil, 18/05/95, p. 24). Segundo a própria DAS, 25 pessoasestariam em poder de seqüestradores no dia 19 de abril de 1995. Este é um período em que o nome de alguns seqüestrados é guardado em sigilo pela DAS, como, por exemplo, uma sobrinha do médico Ivan Lemgruber (O Estado de S. Paulo, 20/04/95). 72Cf. "Nelson Jobim aprova nomeação" (cf. Jornal do Brasil, 18/05/95, p. 24). 73Cf. "Secretário ordena devassa completa na DAS: Hélio Luz, novo titular da Divisão Anti-seqüestro, assume e avisa que acabou a fase em que policiais participavam dos crimes" (Jornal do Brasil, 30/05/95, p. 20). Cf. ainda, "Secretário nomeia novo diretor para a DAS" (Folha de S. Paulo, 26/05/95, p. 3-1). 74Ver, nota supra cit (Jornal do Brasil, 30/05/95, p. 20). 75Ver, nota supra cit. 76Cf. Jornal do Brasil, 01/06/95, p. 25. 77O coronel Corval permaneceu no cargo durante todo o período deste estudo. 78Entre as justificativas aventadas para a substituiçãode Dilermano Amaro estavam: 1) a falta de liderança e desprestígio do Delegado perante os policiais; 2) o aparecimento do seu nome no inquérito feito sobre o chamado "escândalo das quentinhas" pelo Ministério Público. Nada foi comprovado contra o delegado e, por isso, o MP pediu o arquivamento do inquérito. "Marcello faz mudanças na cúpula da Polícia: Hélio Luz substitui Dilermano Amaro que não se adaptou à política de Cerqueira" (cf. Jornal do Brasil, 28/06/95, p. 21). 79Cf. Jornal do Brasil (28/06/95, p. 21). 80Cf. Jornal do Brasil (4/11/95, p. 17). 81Folha de S. Paulo, 30/10/95, p. 3-1. Cf. "Demitido diretor da Divisão Anti- seqüestro" (O Globo, 04/11/95, p. C-6). Alexandre Neto, 36, delegado de confiança de Hélio Luz, teve uma trajetória controvertida. O ex-diretor da DAS foi eventualmente suspenso por 43 dias pelo secretário da Segurança, Nilton Cerqueira.O motivo da suspensão foi a entrega por Neto de um revólver a um comerciante da Baixada Fluminense. A Corregedoria de Polícia Civil concluiu que Neto cedeu a arma de forma indevida (cf. Folha de S. Paulo, 14/12/95, p. 3-3). 82Cf. "Diretor da DAS não acredita em resultado rápido" (Jornal do Brasil, 06/11/95, p. 15). 83Ex-escrivão, previamente havia trabalhado exclusivamente em delegacias do interior do estado: Campos, Miracema, Santo Antônio de Pádua e Trajano de Moraes. Antes da assumir a DAS comandou a Divisão de Fiscalização de Armas e Explosivos (O Globo, 27/02/96, p. 16). 84"DAS tem novo diretor" (Jornal do Brasil, 21/03/96, p. 24). 85O delegado Herald Spíndola permaneceu como Chefe do DAS durante o http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx64 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx65 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx66 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx67 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx68 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx69 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx70 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx71 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx72 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx73 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx74 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx75 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx76 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx77 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx78 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx79 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx80 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx81 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx82 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx83 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx84 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx85 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 72 restante do ano de 1996. 86Para uma análise detalhada do que é chamado "militarização ideológica", cf. J. Silva (1996). 87As megaoperações policiais continuam no início de 1997, de maneira assemelhada à Operação Rio. Por exemplo, no dia 24 de janeiro foram ocupadas 100 morros e favelas do Rio por 4000 homens das Polícias Civil e Militar, e apoio da PF e da Polícia Rodoviária, para combater tráfico de drogas e apreensão de armas (cf. Jornal do Brasil,25/01/97 p. 19; O Dia, 25/01/97, p. 15). 88Criou-se na opinião pública um entendimento que não há outra alternativa senão o uso cada vez maior e não controlado da força militar contra os "bandidos". Existe, por outro lado, uma crise de valores na sociedade. Cf. entrevista do psicanalista Jurandir Freire Costa comentando a aprovação que foi dada pela maioria da população à execução a sangue-frio de um assaltante por um policial, nas imediações de um shopping center no Rio, em março de 1995, que foi mostrada pela televisão (Jornal do Brasil, 13/03/95, p. 13). Cf. na pesquisa Lei, Justiça e Cidadania, realizada pela Fundação Getúlio Vargas e ISER, entre setembro de 1995 e julho de 1996, o resultado das respostas feitas à pergunta seguinte: Os bandidos não respeitam os direitos dos outros, por isso não merecem ter seus direitos respeitados (%). 89A imprensa reflete o ascenso dos chamados Movimentos de Lei e Ordem no Brasil que ditam políticas criminais que afirmam: 1) que a pena se justifica como castigo e retribuição; 2) que os crimes hediondos sejam punidos com a morte ou penas de privação de liberdade longas; 3) que a prisão provisória seja ampliada; 4) que se devem abrir mais prisões de segurança máxima. Para uma introdução ao tema, consulte Araújo Jr. (1991 e 1997). 90 O tiroteio verbal é, às vezes, bem humorado. César Maia disse que mandaria "internar o Hélio Luz numa colônia de hippies" (Folha de S. Paulo, 06/12/96, p. 3-1). 91 Entre as exceções deve-se registrar a atuação do Grupo Tortura Nunca Mais e do Centro de Defesa de Direitos Humanos Rubens Requião. Existe ainda um trabalho importante e de qualidade que é feito pela ONG Human Rights Watch/Americas (cf. 1996), de documentação e denúncia de violações de direitos humanos. Para uma análise crítica da atuação das ONGs de defesa de direitos humanos durante a Operação Rio, cf. Caldeira (1996). 92O Viva Rio, liderado por Rubens César Fernandes, durante o período 95-96, fez críticas pontuais à política de segurança pública - mas, ao contrário do que parece imaginar o gal. Nilton Cerqueira - para posicionar-se mais como parceiro que contestador. Por exemplo, o Viva Rio defende o policiamento comunitário. A experiência patrocinada pelo Viva Rio em Copacabana era uma de suas principais propostas, tendo sido, inclusive, levada às autoridades militares antes da Operação Rio no manifesto "O Rio Unido contra a Violência" (cf. Folha de S. Paulo:10/08/94, p. 3-3). O general Cerqueira acabou com o experimento porque causava disputa entre os policiais que gostariam de levar uma "vida boa", inclusive com agrados dos membros da comunidade- alvo, e porque retirava combatentes das ações policiais mais imediatas e do controle do trânsito. O policiamento comunitário tinha apoio dos moradores da Zona Sul (cf. Folha de S. Paulo, 13/09/95, p. 3-3). O Viva Rio e o General Cerqueira, ainda como Presidente do Clube Militar, em 1994, foram incentivadores da intervenção federal na questão da criminalidade urbana do Rio, e mobilizaram-se pela Operação Rio. Para um depoimento favorável de Rubem César sobre a ação das Forças Armadas nas favelas, cf. sua entrevista (Fernandes, 1994). Por fim, ambos estiveram, e estão, solidários na campanha de desarmamento no Rio. 93Esta comissão conduziu debates - lamentavelmente não disponíveis para consulta de pesquisadores - com os principais operadores públicos e privados diretamente interessados na questão. Produziu um documento indicando "propostas para a segurança públicado Rio de Janeiro" que constitui um embrião de uma superação da atual política. Mas as forças políticas articuladas na comissão não tiveram capacidade de dar http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx86 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx87 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx88 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx89 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx90 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx91 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx92 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx93 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 73 publicidade e pressionar pelas políticas enunciadas. A Comissão Mista teve pouca atuação pública durante 1996. Junto ao ISER (Instituto Superior dc Estudos Religiosos) vem conduzindo um estudo dos "autos de resistência" registrados na PMRJ entre janeiro de 1993 e março de 1996, que poderá constituir-se numa contribuição à discussão sobre violência policial. 94Foram lançados dois números da revista até fevereiro de 1997. Para uma proposta de política de segurança alternativa, representativa da linha da revista, cf. Cerqueira (1996b). 95Cf. Fernandes e Carneiro (1995). Este estudo argumenta que o declínio da atividade econômica no Rio é anterior ao período em que os índices de violência dispararam na década de 80. E que a recuperação da economia no Rio começou, apesar dos dados relativos à criminalidade evidenciarem que crimes de maior especialização e densidade financeira - como roubo a banco, roubo de carga e extorsão mediante seqüestro - terem aumentado no 1o semestre de 1995 (época que abrange a Operação Rio) em relação ao 1o semestre de 1994, segundo dados da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Cf. Fernandes c Carneiro (1995, p. 42) e também "Crescem assaltos a banco e seqüestros", (Folha de S. Paulo,18/ 08/95. p. 3-3). 96Cf. " Secretário veta 'aspecto negativo' da polícia do Rio" (Folha de S. Paulo, 25/08/95, p. 3-4). 97Cf. "Cerqueira já admite acabar com Polícia Civil" (Jornal do Brasil, 02/08/95, p. 20); "General perde a paciência: se até o final do ano a Polícia Civil não tomar jeito vai acabar" (O Dia, 03/08/95, p. 11); "Cerqueira dá ultimato à Polícia Civil" (O Globo, 03/08/95, p. 12). É preciso destacar que em dois meses e meio, a administração do general Cerqueira havia iniciado um número considerável de investigações como parte da "limpeza" na polícia: 87 inquéritos e 174 sindicâncias (cf. O Globo, 03/08/95, p. 12). Por outro lado, nos primeiros seis meses do governo Marcello Alencar foram exonerados 33 policiais civis subalternos e apenas um delegado. Cf. " Processo de expulsão nunca chega ao fim" (Jornal do Brasil, 03/08/95, p. 23). 98Cf. "Policiais civis se rebelam no Rio" (Folha de S. Paulo, 04/08/95, p. 3-1); "General é ameaçado ao propor fim de polícia" (O Estado de S. Paulo, 04/08/95, p. C7). 99Os policiais esperavam que a promessa de um aumento salarial de 53,6% feita pelo Governador fosse cumprida (cf. Folha de S. Paulo, 04/08/95, p. 3-1). 100"Governador não admite que Cerqueira deixe a Secretaria"' (Jornal do Brasil, 07/08/95, p. 13). 101"Vem aí o imposto caça-bandido: Marcello que aumentar a arrecadação para aparelhar a polícia" (O Dia,27/09/95. p. 1); "Marcello que criar imposto para segurança: proposta original prevê cobrança de novo tributo apenas para empresário" (Jornal do Brasil, 27/09/95, p. 20); "Bancos pagam o caça-bandido: Governador diz que imposto para melhorar a segurança deverá ser cobrado do setor financeiro, o maior beneficiado com as ações policiais" (O Dia, 28/09/95, p. 16). 102Cf. Folha de S. Paulo (18/08/95, p. 3-3). Cf. ainda, "Promoções vão beneficiar 250 policiais civis" (O Globo,Rio. 17/11/95. p. 16). 103Entre as crises da conjuntura, houve a demissão pelo governador do diretor do C1SP (Centro de Inteligência da Secretaria de Segurança), coronel Sérgio Krau. Cf. "Marcello demite assessor de Cerqueira" (Jornal do Brasil,15/08/95, p. 20). http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx94 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx95 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx96 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx97 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx98 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx99 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx100 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx101 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx102 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx103 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 74 104Sobre as sucessivas crises e demissões na Corregedoria da Polícia Civil, cf. "Briga com Luz afasta corregedor de polícia: desgastado, Manoel Vidal se reuniu com Cerqueira, pediu férias e avisou que não voltará ao cargo na cúpula da Polícia Civil" (Jornal do Brasil, 16/10/95, p. 24); "Corregedor de Polícia briga com Luz e pede demissão: subcorregedor Mário Covas também deixará o cargo se pedido de Luiz Gonzaga for aceito, abrindo nova crise na instituição" (Jornal do Brasil, 13/11/95, p. 13); "Cerqueira contorna a crise" (Jornal do Brasil, 14/11/95, p. 20); "Gonzaga assume cargo de cúpula na Segurança" (Jornal do Brasil, 21/11/95, p. 23). Cf. "Secretária, pivô da crise na polícia" (Jornal do Brasil, 27/11/95, p. 16). 105O governo estadual colaborou efetivamente para que a caminhada Reage Rio fosse bem sucedida, liberando inclusive seus servidores do trabalho antes do evento e oferecendo transporte gratuito no metrô, trens suburbanos e nas barcas da Baía de Guanabara (cf. Folha de S. Paulo, 28/11/95, p. 3-1). 106Cf. "Marcello ataca Reage Rio" (Jornal do Brasil. 24/11/95, p. 23); "Governador é contra a passeata" (Folha de S. Paulo, 26/11/95, p. 3-1). 107"Cocaína na Fábrica da Esperança" (O Globo, 24/11/95, p. 18); "Cocaína abala Esperança" (Jornal do Brasil.24/11/95, p. 22); "Fábrica de Esperança pode ser fechada" (Jornal do Brasil, 25/11/95, p. 1); "ONGs sofrerão devassa" (Jornal do Brasil, 27/11/95, p. 16); "Cocaína: polícia acredita em conivência" (O Globo, 30/11/95. p. 16). 108Cf. FH antecipa verba para o Rio: Presidente dará apoio formal à luta contra a violência no estado, antecipando um programa especial para reforçar a segurança" (Jornal do Brasil, 16/11/95, p. 16); "Reage Rio ganha apoio de FH" (Jornal do Brasil, 15/11/95, p. 1). 109Ver neste sentido a Carta do Rio, preparada pela Associação Comercial do Rio de Janeiro, onde se encontram propostas para uma Política Nacional de Segurança Pública. O resumo do seminário internacional "Violência Urbana: o desafio das grandes cidades", no qual se encontra o referido documento, está em encarte especial deO Globo (15/12/95). Ver, mais precisamente, o artigo de Humberto Mota. Presidente da Associação Comercial, ao convocar para a caminhada: "A opçãopela paz" (20/11/95, p. 16). 110 Quanto à ineficácia da ação da PF no combate ao contrabando de armas, cf. a crítica feita pelo Secretário de Segurança Pública: "Críticas à Polícia Federal" (Jornal do Brasil, 26/4/95, p. 18). No final de 1996, a atuação da PF parece um pouco mais positiva segundo a imprensa. Cf. "Repressão reduz tráfico no aeroporto" (Jornal do Brasil, 02/09/96, p. 17). Para uma análise da atuação da PF durante a Operação Rio, cf. César Caldeira (1996, p. 50-74). 111Cf. "Polícia Federal exonera superintendente: delegado do Rio teria sido omisso em suposta extorsão de brasileiros com contas bancárias ilegais nos EUA" (Folha de S. Paulo, 28/6/95, p. 3-3); "Fuga de traficantes da PF custou RS 70 mil" (Jornal do Brasil, 25/8/95. p. 18). 112Cf. Entrevista de Rubem César Fernandes (Jornal do Brasil. 26/11/95, p. 14). Cf. ainda, "A caminhada é um basta" (O Globo, 17/11/95, p. 14) e "Viva Rio tem propostas" (Jornal do Brasil, 28/11/95, p. 19). 113O jornal O Globo usou no período a figura de uma pessoa armada, com a legenda "seqüestro", para referenciar as notícias sobre o Reage Rio. Cf. por exemplo, a edição do dia da caminhada (O Globo, 28/11/95). 114Dentre os seqüestrados mais importantes do período estavam o filho do Presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN), o estudante Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira Filho e o empresário José Zeno, seqüestrado no Condomínio Novo Leblon, na Barra da Tijuca. Nesta época da caminhada do Reage Rio, a imprensa divulgava o crescente número de seqüestros, mesmo em relação à administração brizolista anterior. Cf. "Seqüestro cresce 23% no Rio em 95: estudo indica que cidade está mais violenta este ano; roubo a banco teve maior elevação, de 89%" (Folha de S. Paulo, 13/11/95, p. 3-1). 115Para um argumento sobre o significado da caminhada semelhante ao http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx104 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx105 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx106 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx107 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx108 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx109 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx110 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx111 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx112 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx113 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx114 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx115 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 75 apresentado, cf. Márcia Pereira Leite (1996). 116Cf. "Passeata pede R$1 bi para o Rio: metade do dinheiro virá de banco internacional, outra metade depende do governo e de empresas" (Folha de S. Paulo, 27/11/95, p. 3- 1; O Globo, 18/11/95, Rio, p. 19). 117Cf. "César tenta ligar pastor e Betinho a políticos" (O Globo, 30/11/95. Rio, p. 14). 118Cf. "Marcinho VP pede ajuda ao Viva Rio" (Jornal do Brasil, 18/05/96, p. 23); "ONG contesta as acusações de Cerqueira" (Jornal do Brasil, 24/05/96. p. 18): "Viva Rio decide processar Cerqueira" (Jornal do Brasil. 25/05/96, p. 24); "Cerqueira volta a atacar ONGs" (Jornal do Brasil,20/09/96, p. 28). 119O Instituto Superior de Estudos Religiosos (ISER) passou a promover um seminário intitulado "Lei e Liberdade" a partir do 2o semestre de 1995, e que funcionou durante todo o ano de 1996, dedicado a discutir pesquisas e propostas de reformas na área de segurança pública. O resumo das apresentações feitas estão publicadas nas "Comunicações do ISER", Rio de Janeiro. Outro evento acadêmico marcante para discussão entre pesquisadores foi o Ciclo de Debates Cidadania e Violência, organizado pela Copea/UFRJ em 1996. Para o registro deste Ciclo e seus debates, cf. Velho e Alvito (1996). 120Várias crises ocorreram e foram superadas em 1996. Dentre elas destaca-se a de março, em que o Chefe de Polícia Hélio Luz chegou a pedir exoneração do cargo. Nessa crise desgastante pareceu evidente que a manutenção de Luz, apesar de todos os conflitos criados por suas reivindicações que incluíam aumentos salariais para policiais, era um recurso político importante para a área de segurança. Ler a respeito: "Salário faz Hélio Luz pedir demissão" (Folha de S. Paulo, 08/03/96, p. 3-1); "Hélio Luz fica e ganha mais força na Polícia", (09/03/96, p. 1-12); "Luz permanece no cargo" (Jornal do Brasil. 12/03/96, p. 15). 121Cf. por exemplo, sobre a mudança do inspetor-geral da Secretaria de Segurança Pública, em que prevaleceu a indicação de uma pessoa de confiança do Chefe de Polícia (Jornal do Brasil, 17/07/96, p. 23 e 18/07/96, p. 28). Para a modificação da estrutura da Polícia Civil do Rio, cf. Folha de S. Paulo (05/12/95, p. 3-3). 122Em 1995, a Secretaria, dividida em Polícia Militar e Civil, obteve 668 milhões de reais; em 1996, o orçamento unificado foi de 1,4 bilhão de reais; em 1997 é de 1.5 bilhão de reais (cf. Jornal do Commércio, 13/12/96, p. A-2). 123Segundo o Chefe de Polícia Hélio Luz, o seu maior problema são os "6,3 mil presos que temos em delegacias dos quais 3 mil estão condenados. As condições são péssimas. Haveria espaço para, no máximo, 2,5 mil presos. Eles se revezam para dormir, por falta de espaço. Tem gente que dorme de pé amarrada na grade. A Polícia Civil existe para investigar, mas grande parte de nossa capacidade de trabalho fica empatada em funções de guarda". Cf. entrevista com Hélio Luz (Atenção,1996, 5:61). 124Num momento de júbilo, o secretário de Segurança Nilton Cerqueira já chegou a dizer que resolveu o problema de segurança do Rio, com a prisão dos grandes chefões do tráfico de drogas. Cf. "Cerqueira diz que resolveu segurança" (Jornal do Brasil, 08/01/97, p. 20). 125As prisões constantes de traficantes pela polícia, no período, levou a uma mudança no perfil das quadrilhas. Segundo a polícia, houve crescimento em 50% de adolescentes e mulheres no comando das gangues. Cf. "Sucessão disputada a tiros no tráfico" (O Globo, Rio, 16/02/97, p. 25). 126"Camelô no Rio já vende cocaína" (Jornal do Brasil, 17/09/95, p. 1; 29). 127'Traficante vende cocaína até em igreja da Zona Sul" (O Dia, 25/09/95, p. 1); "PM fecha os olhos para o brilho de Ipanema: número de flagrantes é muito maior nas áreas pobres da cidade" (O Dia, 23/09/95, p. 1); "A elite e as drogas: a clientela 'vip" muda perfil do tráfico do Rio" (Jornal do Brasil, 20/12/95, p. 20). O chefe da Polícia Civil admitiu que: "A polícia só atua na faixa que ganha até mil reais. Não consegue mexer com quem lava dinheiro do tráfico e do bicho" (cf. O Dia, 27/7/95, p. 13). Cf. ainda. "Polícia só prende quem é pobre" (O Dia, 27/07/95, p. 1, 13). 128Os últimos banqueiros do bicho condenados por formação de quadrilha pela juíza Denise Frossard em sentença histórica de 1993, deixaram a cadeia no final de http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx116 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx117 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx118 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx119http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx120 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx121 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx122 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx123 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx124 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx125 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx126 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx127 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx128 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 76 1996. Cf. "Nenhum bicheiro preso" (Jornal do Brasil, 18/12/96, p. 21). 129"O bicho refaz seu bloco na avenida" (Jornal do Brasil, 12/02/97, p. 1, 11). Cf. ainda, "Bicho financia os seqüestros e o tráfico", entrevista com o jurista João Marcelo de Araújo Jr. (O Globo, Rio, 20/11/95, p. 15). 130Cf. "Violência impede acesso a serviços" (Folha de S. Paulo, 16/02/97, p. 3- 1, 2). 131Cresceu o número de seguranças particulares como um todo, mas o crescimento dos serviços de segurança clandestinos diminuiu em 23% o número vigilantes de empresas legalizadas no Rio no período 1992-1996. Em 1992, havia cerca de 60 mil vigilantes registrados em 60 empresas credenciadas pela Polícia Federal. Em 1996, existiam 50 mil seguranças particulares, vinculados à 108 empresas legalizadas. O crescimento do número de empresas legalizadas deve-se. em parte, à pressão do Sindicato de empresas de Segurança do Estado do Rio que fez 195 denúncias de empresas clandestinas só em 1995. Mas o número de seguranças clandestinos cresceu muito mais: estima-se que 100 mil seguranças clandestinos atuavam no Rio em 1996, principalmente em casas de espetáculo, bares, boates, condomínios e ruas da zona sul. Cf. "Contratações legais caem 23% no Rio", (Folha de S. Paulo,17/03/96, p. 3-2). Cf. ainda, denúncia de venda de proteção particular através de um telefone do 2o Batalhão da PM feita pelo Jornal do Brasil, nas reportagens dos dias 15/09 e 16/09/96. 60% dos policiais entrevistados pela Infoglobo declararam na pesquisa que têm segundo emprego nas horas vagas. Desses, 54,6% são seguranças, aproveitando-se da carteira e da arma dadas pela instituição.(cf. "A corrupção no cotidiano da Polícia". O Globo24/03/96, Rio, p. 18). 132Sobre o fluxo de armas para o Rio, cf. "Rio é o maior comprador de armas no mercado negro" (O Globo,18/09/96, p. 1; 17-8); "Armas: Governo cobra informações de general" (O Globo, 09/09/96, p. 1;16). Sobre as armas sofisticadas que são usadas no Rio, ler: (Folha de S. Paulo, 05/01/97, p. 3-3). 133Cf. Fernandes e Carneiro (1995. p. 54). 134Uma versão condensada desse texto cobrindo um período diferente de seqüestros extorsivos (01/01/95 - 31/05/96) já foi publicada (cf. Caldeira. 1996b). O presente texto foi reescrito e revisto. Foram também refeitas tabelas e excluídas as anteriormente publicadas. 135No ano seguinte, o embaixador da então Alemanha Ocidental, Ehrenfield von Holleben, foi também seqüestrado por razões políticas no Rio de Janeiro. A década de 70 não é, entretanto, marcada por numerosos seqüestros extorsivos. Estão fora do escopo do presente artigo os seqüestros praticados por autoridades policiais e militares contra adversários políticos do regime militar, realizados principalmente após o Ato Institucional n° 5 de 13 de dezembro de 1968. 136É crime contra o patrimônio previsto no Código Penal brasileiro no artigo 159. Corresponde ao vocábulo inglêskidnapping. Não deve ser confundido com rapto, termo que, em linguagem jurídica, só se refere ao seqüestro para fins libidinosos. Código Penal, art. 159. Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate: Pena - reclusão, de 6 (seis) a 15 (quinze) anos, e multa. § 1o Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o seqüestrado é menor de 18 (dezoito) anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha: Pena - reclusão, de 8 (oito) a 20 (vinte) anos, e multa. § 2o Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: Pena - reclusão, de 12 (doze) a 24 (vinte e quatro) anos, e multa. § 3° Se resulta a morte: Pena - reclusão, de 20 (vinte) a 30 (trinta) anos, e multa. Atenção: O Presidente Fernando Henrique sancionou no dia 2 de abril de 1996 uma lei que reduz de um a dois terços a pena do cúmplice de seqüestro que denunciar o crime, facilitando a libertação do seqüestrado. A lei, cujo projeto foi do ex-senador Francisco Rollemberg (PFL-SE) entrou em vigor alterando o artigo 159 do Código Penal. A Lei n° 8.930 de 6 de setembro de 1994, que dá nova redação ao art. 1o da Lei 8.072 de 25 de julho de 1990 que dispõe sobre os crimes hediondos, reafirma que extorsão mediante seqüestro, e na forma qualificada é considerado crime hediondo. A http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx129 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx130 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx131 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx132 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx133 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx134 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx135 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx136 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 77 Lei 8.072/90 havia introduzido duas modificações básicas ao art. 159 do Código Penal: a) agravamento do mínimo legal, com referência à pena privativa de liberdade, quer no tocante ao crime básico, quer no que tange às suas formas qualificadas; b) exclusão da pena pecuniária. Ficou a seguinte redação: Art. 159 - (...) Pena - reclusão, de oito a quinze anos. § 1o-. (...) Pena - reclusão de doze a vinte anos. 2o - (...) Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos. §3° - (...) Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos. Observe-se que a exclusão da pena de multa deu origem a uma regra penal mais favorável que tem aplicação retroativa. Assim, a pena pecuniária não poderá ser aplicada aos seqüestros extorsivos aplicados praticados antes da Lei 8.072/90 e ainda não julgados, nem poderá ser executada se já tiver sido aplicada (cf. Franco, 1994, p. 268). A Constituição de 1988 faz restrições, no art. 5o, XLIII. a direitos e garantias que ela própria afirma ao estabelecer que "a lei considerará inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática de tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá- los, se omitirem". A Constituição afirma que serão alcançados pela Lei dos Crimes Hediondos os autores e todos os que concorrerem, por ação e por omissão, para a prática desses delitos. Mas o texto usa uma noção de omissão muito ampla para ser penalmente relevante. "Esse 'poder fazer algo', que não foi feito, para evitar a prática delituosasó terá interesse, de conotação penal, quando é também imposto ao omitente, o 'dever fazer algo' para obstar a concretização delituosa. A omissão só tem relevância penal quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado ou de uma situação de ingerência, em obstar o advento do resultado típico. Só, portanto, nas hipóteses fáticas em que cabia, ao omitente, com base nas fontes geradoras de um especial dever de agir, o papel de garante do bem jurídico, é que se pode vislumbrar, no seu procedimento, uma omissão criminosa" (Franco, 1994, p. 31). A Lei 8.072/90 estabelece que os crimes hediondos são insuscetíveis de anistia, graça e indulto (art. 2o, I) e defiança e liberdade provisória (art. 2o). A pena por "extorsão mediante seqüestro" será cumprida integralmente em regime fechado (art. 2o, § 1o) e em presídio de segurança máxima (art. 3o). Jurisprudência: a) "A efetiva obtenção do benefício ou proveito, neste como no crime de extorsão simples, é irrelevante para a configuração jurídica da infração penal, podendo apenas, ser considerada como medida da pena" (JTA Crim 81/501). b) "A extorsão mediante seqüestro é crime pluriofensivo, uma vez que envolve ofensa à liberdade individual e ao patrimônio. Consuma-se, porém, com a efetivação do seqüestro, independentemente da obtenção da vantagem indevida. Trata-se de crime permanente, iniciando-se a execução com o seqüestro"(RT 595/374). 137Tabela criada a partir dos dados apresentados por Gomes (1993). 138O Governador paulista era Orestes Quércia - PMDB e o Presidente da República José Sarncy. O Congresso Constituinte elaborava a atual Constituição. Na economia ainda repercutia o plano Cruzado II até que o ministro da Fazenda Dilson Funaro passasse o cargo para Bresser Pereira. 139Foi o primeiro ano da Constituição promulgada em 5 de outubro de 1988. A chamada "Constituição cidadã", na expressão de Ulysses Guimarães, previa no art. 5o, XLIII a posterior regulamentação dos crimes hediondos, entre os quais figurou afinal a "extorsão mediante seqüestro", uma prática delituosa em constante ascenso durante a década, conforme mostram as tabelas. Em 1989, era governador fluminense, Moreira Franco (PMDB) (1987-90). 140Durante a segunda administração de Leonel Brizola (1991-1994). No http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx137 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx138 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx139 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx140 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 78 governo federal, estava inicialmente Fernando Collor (1990-1992), e depois do seu "impeachment", o Vice-Presidente Itamar Franco, que patrocinou o convênio "Operação Rio". A respeito, cf. Caldeira (1995). 141Cf. Jornal do Brasil (17/12/96, p. 22). É muito importante frisar que as estatísticas oficiais citadas sobre seqüestros nos jornais freqüentemente são contraditórias. Para constatar rapidamente este fato cf. Jornal do Brasil (06/02/95, p. 12; 26/10/95, p. 1) e O Globo (26/10/95. p. 19). 142Cf. Caldeira (1996). 143Uma versão condensada do texto encontra-se em Carvalho (1996) cf. ainda: "Algumas considerações dobre o seqüestro no Brasil", Os Direitos Humanos no Brasil, 95. USP - Núcleo de Estudos da Violência e Comissão Teotônio Vilela. São Paulo, 1995. Para uma visão de um especialista da polícia militar de São Paulo sobre o assunto, cf. Wanderley Mascarenhas de Souza (1993). 144Cf. Prado e Douglas (1995), Gomes e Cervini (1995) e A. Fernandes (1995). 145"Mesa Redonda sobre Crime Organizado" (1994). realizada no XV Congresso Internacional de Direito Penal, Rio dc Janeiro, setembro; Zaffaroni (1996); Maciel (1995); Jesus (1995); Terra (1995). 146 Para uma visão geral da política criminal no Brasil cf. Capeller (1995). 147 Este levantamento foi efetuado com a participação de alunos de duas faculdades de direito cariocas: a Cândido Mendes Ipanema e a Universidade do Rio de Janeiro (UNI- RIO). A informatização e sistematização dos dados coletados só foi possível pela colaboração inestimável do Professor Carlos Dörner da Faculdade de Direito Cândido Mendes-Ipanema, que trouxe ainda observações valiosas para a análise dos dados. A responsabilidade sobre os eventuais equívocos de interpretação neste projeto é apenas do autor. 148Sendo crime de ação pública incondicionada - aquele cuja propositura da ação pelo órgão do Ministério Público independe de qualquer condição - a autoridade policial dele tomando conhecimento deve instaurar o inquérito (cf. Tourinho Filho, 1984. p. 193- 194). 149Segundo Tourinho Filho, a notícia do crime de "cognição imediata" ocorre quando a Autoridade Policial toma conhecimento do fato infringente da norma por meio das suas atividades rotineiras: ou porque o jornal publicou a respeito, ou porque um dos seus agentes lhe levou ao conhecimento, ou porque soube por intermédio da vítima, etc. (cf. Tourinho Filho. 1984, p. 193). 150Cf. Tourinho Filho. 1984. p. 194. 151A Divisão Anti-seqüestro tem divulgado para a imprensa o número de 106 seqüestros no ano de 1995 (cf.Jornal do Commércio, 14/08/96, p. A-12). 15265 casos até 16/12/96 (cf. Jornal do Brasil, 17/12/ 96. p. 22). 153"Crescem seqüestros não registrados no Rio" (Folha de S. Paulo, 1/11/95, p. 3-3). Segundo estimativa da polícia, a média de casos não comunicados era de 25% em 1994. 154No artigo publicado na revista Archè sobre seqüestros no período de 01/01/95 a 31/05/96 lê-se: "no período de dezessete meses, foram noticiados casos com um total de 157 vítimas: 121 do sexo masculino e 36 do sexo feminino". Não há, portanto, nenhuma variação significativa no perfil do sexo da vítima nos dois períodos. 155Nota-se que houve um crescimento no período junho/dezembro de 1996 das vítimas na faixa dos 31 aos 40 anos, que veio a inverter a situação do período do artigo anterior. No texto da revista Archè lê-se: "A faixa etária de maior risco está entre 21 e 30 anos: 29 seqüestros no período. Em segundo estão as pessoas entre 31 e 40 anos: foram 21 vítimas" (p. 111). 156Ver a matéria: " 'Mineira' é hábito comum na Polícia" (Jornal do Brasil, 1/11/95, p. 18). Uma fonte ouvida peloJornal do Brasil explicou porque os policiais mineradores parecem ler fácil acesso a traficantes e seqüestradores. "A mineira prende e extorque porque contra ela não há delação. Entretanto, quando a polícia está em missão oficial, o próprio minerador vende a informação da caçada ao criminoso, permitindo que ele fuja. Com isso ele já garante uma propina: a oferecida como recompensa pelo bandido", explica. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx141 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx142 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx143 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx144 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx145 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx146 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx147 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx148 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx149 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx150http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx151 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx152 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx153 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx154 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx155 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx156 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 79 157O número se refere apenas aos casos informados à polícia civil e publicados em jornais. No referido período duas das vítimas foram mortas. Cf. "Fortuna atraiu os seqüestradores", (Jornal do Brasil, 08/09/96, p. 30). 158Cf. "Seqüestro atinge donos de mercados" (Folha de S. Paulo, 21/11/96, p. 3-5). 159Dados citados pelo subsecretário de Planejamento Operacional, coronel Helmo Dias (cf. Folha de S. Paulo,21/11/ 96, p. 3-5). Observação importante: O Diretor do DAS, Herald Paquetl Spindola em declaração ao Jornal do Brasil, três semanas depois, dizia que "mais de 60 seqüestradores foram presos este ano" (cf. Jornal do Brasil,17/12/96, p. 22). 160Esta hipótese se baseia nas observações feitas pela extinta comissão especial de promotores de justiça que em 1990, acompanhou as investigações sobre crime organizado no Rio de Janeiro (cf. Jornal do Brasil, 1º caderno, 11/8/90, p. 32). O presente levantamento indica, à primeira vista, que pouco se avançou na atuação policial anti-seqüestro desde o início da década. 161 O autor agradece ao engenheiro-cartógrafo Lúcio Graça pela elaboração dos 4 mapas incluídos no texto. A responsabilidade pelos dados e sua interpretação são minhas. 162A Barra da Tijuca, bairro cujo consumo per capita é de cerca de US$ 7,260, é o terceiro colocado em poder aquisitivo na cidade do Rio de Janeiro, só perdendo para Copacabana (US$ 8,187) e Botafogo (US$ 7,636). Porém, estima-se que a maior parte da população local (41,7%) está concentrada na classe A. Em Botafogo, apenas 27,3% dos moradores são da classe A, que na média do Rio representa somente 8,36% da população (cf. O Globo, 1/09/96, p. 41). A propósito, a Barra da Tijuca já havia sido apontada como recordista de casos de seqüestros: 100 casos nos últimos 4 anos (cf. O Globo, 04/03/95, Rio, p. 15). 163Duque de Caxias está a cerca de 20 minutos de carro do Aterro (centro do Rio), pela Linha Vermelha. O município se caracteriza por ter um área de miséria repleta de loteamentos sem saneamento, luz ou policiamento. Caxias possui cerca de 700 mil habitantes que vivem basicamente da indústria e comércio. 164Reportagem do Jornal do Brasil refere-se a 16 vítimas de seqüestros que foram mantidas em cativeiro em Duque de Caxias somente em 1995, porém sem dizer quem são essas vítimas. Notícias como estas que sugerem números mais elevados de cativeiros ou vítimas de seqüestro não entram no banco de dados porque não têm o grau de informação necessário para contribuir ao levantamento. Cf. "Cativeiros proliferam em Duque de Caxias"(Jornal do Brasil, 03/12/95, p. 36). 165A rigor, somente exame dos registros oficiais poderão esclarecer estas questões. A eficácia policial também terá que ser vista em relação à qualidade das provas incriminadoras do suspeito. Para uma comparação com os dados aqui levantados cf. "Polícia já prendeu, extorquiu e soltou suspeitos de seqüestro" (Jornal do Brasil,01/11/1995, p. 1). "Dos 70 seqüestros de maior repercussão nos últimos 6 anos - período que ocorreram, oficialmente, 568 casos, - a polícia só conseguiu solucionar 12, ou seja, 17% do total. Dos 70 casos, os empresários são a maioria entre as vítimas". A Central de Inquéritos do Ministério Público do Rio de Janeiro informou que no período de 1/01/95 a 31/04/96 haviam sido abertos um total de 163 inquéritos sobre casos de extorsão mediante seqüestro: 136 inquéritos foram instaurados em 1995 e 27 em 1996. Este total de inquéritos versa sobre 164 vítimas de seqüestro. Foram indiciados 45 réus. Foram arquivados 3 inquéritos. Mas nenhuma denúncia foi oferecida pelo Ministério Público.Casos de prisão em flagrante por seqüestro extorsivo não passam pela Central de Inquéritos. Esses casos vão direto para as varas criminais. Cf. ainda, "Polícia emperra as investigações" (O Globo, Rio, 19/11/95, p. 32). 166Foi em 26 de outubro de 1995 que chegou o primeiro computador à DAS (cf. "Inteligência substitui o estilo 'bateu-levou' ", Jornal do Brasil, 27/10/95, p. 25). Quando o delegado Hélio Luz assumiu a direção da DAS, uma de suas primeiras providências foi obter um perito para realizar perícias em casos de seqüestros. E mais ainda, desde a época do delegado Hélio Vigio que a DAS não possuía arquivos, porque eles foram levados supostamente para uso particular (cf. "Diretor da DAS enfrenta http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx157 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx158 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx159 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx160 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx161 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx162 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx163 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx164 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx165 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx166 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 80 primeiro seqüestro", Jornal do Brasil, 01/06/95, p. 25). Segundo Hélio Luz, num momento de desabafo, "se o Vigio entendesse de seqüestros, teria prendido algum seqüestrador. Na sua gestão a sua equipe seqüestrava. Herdamos a Divisão sem um arquivo de seqüestradores. Não houve sequer uma condenação dos detidos pelo Vigio", cf. 'Shadow Cabinet' dá primeira gafe (Jornal do Brasil, 13/01/96, p. 20, grifo nosso). Não existe, por exemplo, uma listagem, no DESIPE (Departamento do Sistema Penitenciário), sobre presos condenados por seqüestro (cf. "Falta de dados prejudica as investigações". Jornal do Brasil, 05/11/95, p. 36). 167Para uma introdução à discussão sobre "política criminal", cf. Delmas-Marty (1992). No texto preferi usar a expressão "política de segurança pública" para: 1) delimitar mais claramente o alcance da discussão pertinente à cidade e ao estado federado; 2) centrar a atenção nos aspectos relevantes da formulação e implementação da política governamental pelas instituições e seus agentes. A abordagem metodológica adotada neste trabalho encontra-se nas várias obras de Harold D. Lasswell. Cf. Richard Arens e Harold D. Lasswell (1961); Myres S. McDougal, Harold D. Lasswell e Lung-Chu Chen (1980). 168Vários aspectos do levantamento não foram mostrados neste texto porque já haviam sido previamente publicados pelo autor, na versão resumida do texto (Caldeira, 1996). 169Para um trabalho jornalístico amplo e atual sobre crime organizado, cf. Arbex Jr. e Tognolli (1996). 170Sobre os obstáculos à efetivação de um Estado Democrático de Direito no Brasil, cf. Vieira (1996).http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx167 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx168 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx169 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100007&lng=pt&nrm=iso#tx170 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 81 Revista de Saúde Pública versão impressa ISSN 0034-8910 Rev. Saúde Pública vol.44 no.3 São Paulo jun. 2010 Epub 07-Maio-2010 http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102010005000006 ARTIGOS ORIGINAIS ABORTO E LEGISLAÇÃO: OPINIÃO DE MAGISTRADOS E PROMOTORES DE JUSTIÇA BRASILEIROS Graciana Alves Duarte; Maria José Duarte Osis; Anibal Faúndes; Maria Helena de Sousa Departamento de Pesquisas Sociais. Centro de Pesquisa em Saúde Reprodutiva de Campinas. Campinas, SP, Brasil RESUMO OBJETIVO: Analisar opiniões de juízes e promotores de justiça sobre a legislação brasileira e as circunstâncias em que o aborto induzido deveria ser permitido. MÉTODOS: Estudo transversal realizado com 1.493 juízes e 2.614 promotores no Brasil entre 2005 e 2006. Os participantes preencheram um questionário estruturado sobre características sociodemográficas, opiniões acerca da legislação que trata do aborto e circunstâncias para permiti-lo. Realizaram-se análises bivariada e multivariada por regressão de Poisson. RESULTADOS: A maioria (78%) dos participantes opinou que as circunstâncias nas quais não se pune o aborto deveriam ser ampliadas, ou mesmo que o aborto não deveria ser considerado crime. As maiores proporções de opiniões favoráveis a que o aborto seja permitido referiram-se a risco para a vida da gestante (84%), anencefalia (83%), malformação congênita grave (82%) e gravidez resultante de estupro (82%). As variáveis relativas à religião foram as mais freqüentemente associadas a essas opiniões. CONCLUSÕES: Observou-se uma tendência a considerar a necessidade de mudanças na atual legislação brasileira no sentido de ampliar as circunstâncias nas quais não se pune o aborto e até deixar de considerá-lo como um crime, independentemente da circunstância em que é praticado. Descritores: Aborto Legal. Aborto Criminoso. Direito Penal, legislação & jurisprudência. Ministério Público. Percepção Social. RESUMEN OBJETIVO: Analizar opiniones de jueces y promotores de justicia sobre la legislación http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=0034-8910&lng=pt&nrm=iso Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 82 brasilera y las circunstancias en que el aborto inducido debería ser permitido. MÉTODOS: Estudio transversal realizado con 1.493 jueces y 2.614 promotores en Brasil entre 2005 y 2006. Los participantes llenaron un cuestionario estructurado sobre características sociodemográficas, opiniones acerca de la legislación que trata el aborto y circunstancias para permitirlo. Se realizaron análisis bivariado y multivariado por regresión de Poisson. RESULTADOS: La mayoría (78%) de los participantes opinó que las circunstancias en las cuales no se castiga el aborto deberían ser ampliadas, o más aún que el aborto no debería ser considerado crimen. Las mayores proporciones de opiniones favorables para que el aborto sea permitido se refirieron a riesgo para la vida de la gestante (84%), anencefalia (83%), malformación congénita grave (82%) y gravidez resultante de violación (82%). Las variables relativas a la religión fueron las más frecuentemente asociadas a tales opiniones. CONCLUSIONES: Se observó una tendencia a considerar la necesidad de cambios en la actual legislación brasilera en el sentido de ampliar las circunstancias en las cuales no se castiga el aborto y hasta dejar de considerarlo un crimen, independientemente de la circunstancia en que es practicado. Descriptores: Aborto Legal. Aborto Criminal. Derecho Penal, legislación & jurisprudencia. Ministerio Público. Percepción Social. INTRODUÇÃO Na maioria dos países desenvolvidos, a legislação permite o aborto para salvar a vida da gestante, preservar a sua saúde física ou mental, quando a gravidez resultou de estupro ou incesto, em casos de anomalia fetal, por razões econômicas ou sociais e por solicitação da mulher.10,a Na América Latina e Caribe, o aborto é permitido em poucas situações, prevalecendo maior aceitação legal para as situações de aborto associadas principalmente à vida e à saúde da mulher. Dada a situação de ilegalidade, quase todos os abortos são realizados de modo clandestino, oferecendo riscos para a saúde e para a vida das mulheres, o que contribui também para a elevada taxa de mortalidade materna.21 No Brasil, o Código Penal estabelece, desde 1940, que o aborto praticado por médico não é punido quando não há outro meio de salvar a vida da gestante ou quando a gravidez for resultado de estupro.8,19 Todos os demais casos são passíveis de punição, com penas que variam de um a dez anos de prisão para a mulher e para a pessoa que realiza o aborto, a qual pode ter a pena dobrada caso ocorra a morte da gestante.b Apesar dessas restrições legais, a estimativa de abortos ilegais no Brasil em 2005 estava em torno de 1.054.242.18 Na prática, apesar de a legislação brasileira não punir o aborto nos dois casos já citados, o acesso à interrupção da gestação enfrenta vários obstáculos.8,b,c Durante muito tempo, apenas o aborto por risco de morte da gestante era praticado em hospitais, enquanto as vítimas de estupro raramente eram atendidas nos hospitais públicos, o que as levava a recorrerem ao aborto clandestino.8 Na medida em que se tem sensibilizado os serviços públicos de saúde para o atendimento ao aborto nos casos já previstos na lei brasileira,9 tem se apresentado a necessidade de lidar com os casos de anomalias fetais incompatíveis com a vida. O avanço tecnológico vem tornando comum o diagnóstico de tais anomalias, o que gerou um paradoxo, visto que é possível detectar defeitos intra-uterinos incompatíveis com a vida, mas não é possível oferecer aos pais a opção de amenizar o sofrimento http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102010000300004&lng=pt&nrm=iso#backa http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102010000300004&lng=pt&nrm=iso#backb http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102010000300004&lng=pt&nrm=iso#backb http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102010000300004&lng=pt&nrm=iso#backc Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 83 decorrente desse diagnóstico.14 Essa circunstância tem resultado em crescente demanda sobre o Poder Judiciário para se obter autorização para interromper a gestação nesses casos.21 Frigério et al14 (2004), em pesquisa realizada no período de agosto de 1996 a junho de 1999, levantaram 263 processos envolvendo aborto seletivo e apontaram que esse número estava subestimado. Em abril de 2004, o Supremo Tribunal Federal concedeu liminar à Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS) autorizando a interrupção da gestação de feto anencefálico, sem a necessidade de alvará judicial. No mesmo ano, a liminar foi cassada e a Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), apresentada pela CNTS, ainda não foi votada.6 No contexto desse processo dinâmico em que as demandas sociais pressionam por mudanças legais, o tema do aborto induzido tem mobilizado vários setores da sociedade brasileira, tais como advogados, profissionais da saúde,parlamentares e os grupos de mulheres organizadas.17 Os operadores da justiça têm exercido papel relevante nesse processo, pois são eles que, na prática, executam as leis ou eventuais mudanças, decididas pelo Poder Legislativo. Essas pessoas, portanto, podem ser vistas como atores fundamentais no processo de discussão acerca das leis, em que se coloca como desafio a transformação das premissas dos direitos reprodutivos em norma jurídica.5 O objetivo do presente artigo foi analisar a opinião de juízes e promotores de justiça sobre a legislação brasileira e as circunstâncias em que o aborto induzido deveria ser permitido. MÉTODOS Foi realizado um estudo descritivo de corte transversal, para o qual foi utilizado um questionário estruturado e pré-testado, auto-respondido por juízes filiados à Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e por promotores associados às 29 Associações do Ministério Público do Brasil (26 nos Estados e três no Distrito Federal). O questionário e uma carta explicativa, acompanhados de envelope-resposta pré-selado, foram enviados a 11.286 juízes e 13.592 promotores por meio de malote das associações. Os juízes receberam o material da pesquisa no final de 2005 e os promotores no começo de 2006. Foi feita uma segunda remessa de questionários com o objetivo de aumentar a participação dos juizes e promotores. Foi necessário enviar novamente o convite a todos os associados porque não era possível identificar apenas os que não haviam respondido, dadas as medidas adotadas para assegurar o sigilo. A taxa de resposta foi de 14% (1.550) dos questionários enviados a juízes, dos quais 50 retornaram em branco e sete foram devolvidos com a explicação de que o afiliado já era falecido. Dessa forma, foram incluídos questionários de 1.493 juízes. Para promotores, a taxa de resposta foi de 20% (2.716), dos quais 101 questionários estavam em branco e um referia-se a afiliado falecido. Portanto, foram incluídos 2.614 questionários de promotores. A amostra final foi de 4.107 participantes. Os questionários respondidos foram revisados, numerados e duplamente digitados. As variáveis dependentes analisadas foram: opinião acerca da legislação que trata a questão do aborto (ampliar permissivos/não considerar crime versus restringir permissivos/considerar crime sempre/não modificar) e opinião sobre as circunstâncias nas quais o aborto deveria ser permitido (risco de morte; diagnóstico de anencefalia; Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 84 malformação congênita grave incompatível com a vida extra-uterina; gravidez resultante de estupro; gravidez traz prejuízos graves à saúde física da gestante; gravidez traz prejuízos graves à saúde psíquica da gestante; em qualquer circunstância; em nenhuma circunstância). As variáveis independentes foram: idade (em anos), sexo (masculino; feminino), estado marital (unido; não unido), número de filhos (até dois; três ou mais), gravidez indesejada e aborto da mulher respondente ou da parceira do respondente (nunca teve gravidez indesejada/teve gravidez indesejada e não fez aborto versus teve gravidez indesejada e fez aborto), categoria profissional (juiz; promotor) região de atuação (Norte/Nordeste/Centro-Oeste; Sudeste/Sul), tempo de atuação na área (em anos), localidade de atuação (capital e interior; somente interior), grau de atuação (tribunal; primeira instância/aposentado); área de atuação (criminal/vara única; demais áreas: cível, trabalhista, infância e juventude e aposentado), nível de atuação (federal e estadual; somente estadual); religiosidade (religioso; intermediário/não religioso); importância da religião sobre as respostas dadas (muito importante; pouco importante/não importante/sem religião) e importância das concepções religiosas pessoais sobre as respostas dadas (muito importante; pouco importante/não importante/sem religião). Quanto à variável religiosidade, os respondentes foram classificados a partir de um índice criado com base na combinação das respostas a duas perguntas do questionário, que abordavam aspectos da crença, da prática e da autopercepção das pessoas sobre quanto a religião afeta o exercício de sua profissão. A escolha dessas dimensões para medir a religiosidade foi baseada no modelo proposto por Glock & Starkd (1965) para avaliar em que medida o comprometimento com uma determinada religião interfere nas opções de conduta e atitude das pessoas.4,16,22 Foi descrita a opinião dos participantes acerca da legislação que trata do aborto e das circunstâncias em que o aborto deveria ser permitido. Foi feita análise bivariada para distribuição de freqüências de cada uma das variáveis dependentes (opiniões) segundo as categorias das diversas variáveis independentes. Aplicou-se o teste qui- quadrado1 específico para cada dimensão de tabela (qui-quadrado de Pearson para tabelas gerais e qui-quadrado com correção de Yates para tabelas 2x2). Para as variáveis idade e tempo de atuação na área foi aplicado o teste de tendência linear.1 Foram desenvolvidos nove modelos de regressão de Poisson3 referentes às variáveis dependentes: opinião acerca da legislação que trata a questão do aborto (ampliar permissivos/não considerar crime versus restringir permissivos/considerar crime sempre/ não modificar) e opinião sobre as circunstâncias nas quais o aborto deveria ser permitido (risco de morte; diagnóstico de anencefalia; malformação congênita grave incompatível com a vida extra-uterina; gravidez resultante de estupro; gravidez traz prejuízos graves à saúde física da gestante; gravidez traz prejuízos graves à saúde psíquica da gestante; em qualquer circunstância; em nenhuma circunstância). As variáveis independentes consideradas foram: idade (em anos), sexo (masculino; feminino), estado marital (unido; não unido), número de filhos (até dois; três ou mais), gravidez indesejada e aborto da mulher respondente ou da parceira do respondente (nunca teve gravidez indesejada/teve gravidez indesejada e não fez aborto versus teve gravidez indesejada e fez aborto), categoria profissional (juiz; promotor) região de atuação (Norte/Nordeste/Centro-Oeste; Sudeste/Sul), tempo de atuação na área (em anos), localidade de atuação (capital e interior; somente interior), grau de atuação (tribunal; primeira instância/aposentado); área de atuação (criminal/vara única; demais áreas: cível, trabalhista, infância e juventude e aposentado), nível de atuação (federal e estadual; somente estadual); religiosidade (religioso; intermediário/não religioso); importância da religião sobre as respostas dadas (muito importante; pouco importante/não importante/sem religião) e importância das concepções religiosas pessoais sobre as respostas dadas (muito importante; pouco importante/não http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102010000300004&lng=pt&nrm=iso#backd Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 85 importante/sem religião). O desenvolvimento da pesquisa obedeceu às normas brasileiras para pesquisas com seres humanos e os protocolos foram aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Pareceres 596/2004 e 081/2005). RESULTADOS Na amostra estudada cerca de dois quintos (41%) dos participantes tinham 50 anos ou mais de idade; a maioria (69,9%) era do sexo masculino, referiu viver em união (76,6%) e ter no máximo dois filhos vivos por ocasião da entrevista (69,4%). Doze por cento dos respondentes referiram que diante de uma gravidez absolutamente indesejada haviam optado por fazer um aborto. Quanto às características da atuação profissional, 63,6% dos respondentesatuavam como promotores e 36,4% como juízes; pouco mais de três quintos referiram atuar nas regiões Sul, Sudeste (65%); somente 8,7% atuava há mais de 25 anos; 62,5% atuava ou havia atuado no interior do estado, pouco menos da metade (48,9%) atuava na área criminal ou em vara única, apenas 14,8% atuava em Tribunal e 7,7% atuava em nível federal. A grande maioria dos participantes foi classificada como não religiosos ou de religiosidade intermediária (86,5%), apenas 21,5% referiram que a religião que praticava teve muita importância sobre as respostas que deram; 24,1% deu a mesma resposta em relação à importância de suas concepções religiosas pessoais (dados não apresentados em tabela). Quando solicitados a expressar sua opinião acerca das leis brasileiras que tratam a questão do aborto, 78% dos participantes consideraram que as circunstâncias em que o aborto não é punido deveriam ser ampliadas ou que as leis brasileiras deveriam deixar de considerar o aborto como crime em qualquer circunstância. Para 9% dos respondentes o aborto deveria ser sempre proibido ou os permissivos deveriam ser restringidos, e 13% opinou que a lei deveria permanecer como está (dados não apresentados em tabela). Na análise bivariada não foram observadas diferenças significativas para as variáveis: categoria profissional, região, grau e área de atuação em relação à opinião dos respondentes quanto à lei. Entretanto, opinar que as circunstâncias deveriam ser ampliadas/não considerar o aborto como crime associou-se a: ter menos de 40 anos de idade (82,3%), sexo feminino (83,5%), não viver em união (80,8%), ter até dois filhos por ocasião da entrevista (81,2%), ter recorrido a um aborto por ocasião de uma gravidez absolutamente indesejada (88%), menos tempo de atuação na área (83,7%), atuar na capital e interior (79,9%), atuar em níveis federal e estadual (83,6%), religiosidade intermediária/não ser religioso (83,7%), pouco ou sem importância ou não ter religião (86,6%) e pouca ou nenhuma importância ou não ter concepções religiosas pessoais (86,3%). Verificou-se que houve tendência linear de associação da idade e do tempo de atuação na área com a opinião de que os permissivos legais deveriam ser ampliados/não considerar o aborto como crime: essa opinião foi mais freqüente à medida que a idade e o tempo de atuação decresceram (Tabela 1). Quando realizada a análise por regressão de Poisson somente se confirmou a associação entre a importância da religião para as respostas dadas e religiosidade e a opinião de que as circunstâncias nas quais o aborto não é punido deveriam ser ampliadas/não considerar o aborto um crime (Tabela 2). http://www.scielo.br/img/revistas/rsp/v44n3/AO1270t01.gif http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102010000300004&lng=pt&nrm=iso#t2 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 86 As circunstâncias em que o aborto deveria ser permitido que receberam maior proporção de respostas positivas foram: em caso de risco de morte da gestante (84%), diagnóstico de anencefalia (83,1%), feto com qualquer malformação congênita grave incompatível com a vida extra-uterina (81,8%), em caso de gravidez resultante de estupro (80,6%), caso a gravidez traga prejuízos graves à saúde física da mulher (59%) e se a gravidez trouxer prejuízos graves à saúde psíquica da mulher (41,9%). Apenas 4,7% dos participantes considerou que o aborto nunca deveria ser permitido, e 12,1% que o aborto deveria ser permitido em toda e qualquer circunstância (dados não apresentados em tabela). Na análise bivariada verificou-se que as variáveis referentes à religião se associaram com a opinião favorável à permissão do aborto em todas as circunstâncias apresentadas. As maiores proporções de opiniões favoráveis em cada circunstância estiveram entre os respondentes classificados como não religiosos ou de religiosidade intermediária e aqueles cuja religião ou concepções religiosas pessoais não foram importantes. Da mesma forma, a experiência prévia de um aborto provocado e o número de filhos vivos (até dois) por ocasião da pesquisa associaram-se a ser favorável à realização do aborto nas diversas situações apresentadas. Quando aplicado teste de tendência linear para as variáveis idade e tempo de atuação na área, verificou-se que o tempo de atuação só não esteve associado à opinião favorável nas seguintes situações: quando a gravidez trouxer prejuízos graves à saúde psíquica da mulher e em qualquer circunstância. A idade associou-se à opinião favorável em todas as circunstâncias apresentadas: os participantes com menor idade tenderam a ser os mais favoráveis à realização do aborto (Tabela 3). Na análise múltipla, confirmou-se que a importância dada à religião para as respostas assinaladas no questionário estava associada à opinião acerca da permissão do aborto em todas as circunstâncias analisadas. A religiosidade somente não esteve associada à opinião em relação a permitir o aborto em caso de risco de morte da mulher. A muita importância dada à religião apresentou razão de prevalência (RP) igual a 8,69 em relação à opinião de que o aborto nunca deveria ser permitido e a classificação dos respondentes como religiosos apresentou RP = 2,61. A idade por ocasião da entrevista mostrou associação com a opinião sobre o aborto em caso de risco de morte da gestante, caso a gravidez traga prejuízos graves à saúde física da mulher e em qualquer circunstância. A experiência prévia de aborto provocado associou-se à opinião sobre permitir o aborto caso a gravidez traga prejuízos graves à saúde física e psíquica da mulher, bem como em qualquer circunstância. Atuar na capital/interior esteve associado à opinião acerca do aborto caso a gravidez traga prejuízos graves à saúde física da mulher e em qualquer circunstância. O estado marital associou-se à opinião acerca de quando a gravidez implique em prejuízos graves à saúde psíquica da mulher e em qualquer http://www.scielo.br/img/revistas/rsp/v44n3/AO1270t03.gif Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 87 circunstância. Além disso, o sexo dos respondentes, a região e o nível de atuação associaram-se à opinião sobre se o aborto deveria ser permitido em qualquer circunstância. A categoria profissional esteve associada à opinião de que o aborto nunca deveria ser permitido: ser juiz apresentou RP = 1,84. Quando perguntados sobre a ADPF, entre aqueles que tinham uma opinião formada sobre o assunto (n = 2.223), 60,5% referiu que ADPF deveria ser transformada em lei, 25,1% considerou-a adequada e 14,4% opinou pela sua inadequação (dados não apresentados em tabela). DISCUSSÃO Na amostra estudada foi possível observar tendência a considerar a necessidade de mudanças na atual legislação brasileira, seja no sentido de ampliar as circunstâncias nas quais não se pune o aborto praticado por médicos, seja mesmo no sentido de deixar de considerar o aborto como um crime, independentemente da circunstância em que é praticado. Essa tendência já foi observada em outras pesquisas com médicos, bem como em pesquisas de base populacional.7,11,12,13,20,e Diante de uma lista de possíveis situações em que se poderia permitir o aborto, os operadores da justiça manifestaram-se a favor da ampliação dos permissivos legais e 12,1% dos participantes mostraram-se a favor da não penalização do aborto em qualquer caso. Outro ponto a ser destacado, e que reforça a tendência de expressar a necessidade de mudanças na lei, é a opinião favorável dos participantes em relação à ADPF, que continua em julgamento no Supremo Tribunal Federal, desde 2005. Como já observado em outros estudos, também houve altaproporção de concordância com a permissão do aborto em circunstâncias com justificativas médicas.7,12,13,20,e Dentre as características dos participantes que se mostraram associadas a uma atitude mais favorável a mudanças na lei e quanto à aceitação das diversas circunstâncias em que o aborto deveria ser permitido, também se confirmou a presença de variáveis já apontadas em outros estudos, como idade, sexo, região de residência, experiência prévia de aborto provocado, importância da religião e religiosidade.15,f Chama a atenção a presença constante dessas últimas variáveis como possíveis obstáculos às mudanças na lei, o que tem sido, freqüentemente, colocado em debate. Os meios de comunicação e os diversos fóruns em que se discute essa questão apontam os argumentos religiosos como grandes entraves ao avanço na discussão sobre a legislação brasileira acerca do aborto. Com efeito, os resultados do presente estudo indicam que a religião é um aspecto que não pode ser negligenciado no debate sobre a necessidade de ampliação dos permissivos legais ao aborto. Nesse mesmo sentido, os achados indicam que mudanças legais que incluam circunstâncias com justificativa médica provavelmente serão mais bem aceitas no meio dos operadores da justiça. Um indício dessa situação é o fato de que a religião apenas não se associou à opinião favorável ao aborto em caso de risco de morte da mulher, entendida como uma necessidade justificada medicamente. Isso é coerente com a predominância de argumentos da área da saúde para defender a maior liberação do aborto, que tem sido a estratégia predominante no debate atual acerca do assunto. Entre ginecologistas brasileiros, por exemplo, observou-se que o aborto tendia a ser aceito sempre que os profissionais encontravam uma justificativa moral para descartarem uma vida (feto) em benefício de outra (mulher), ou porque essa vida não tem expectativa de continuidade (malformação do feto).f Por outro lado, assim como já se observara entre médicos ginecologistas,12 a experiência http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102010000300004&lng=pt&nrm=iso#backe http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102010000300004&lng=pt&nrm=iso#backe http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102010000300004&lng=pt&nrm=iso#backf http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102010000300004&lng=pt&nrm=iso#backf Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 88 de ter passado por um aborto provocado é bastante relevante para determinar a postura dos operadores da justiça diante da questão. Entendemos que os resultados apresentados não podem ser generalizados a todos os juízes e promotores filiados às respectivas associações de classe, uma vez que a taxa de resposta foi de 14% entre os juízes e 20% entre os promotores. Entretanto, podemos considerar que essas taxas são satisfatórias, se considerarmos a via indireta de aproximação aos associados e as conhecidas dificuldades para obter resposta a questionários enviados pelo correio.2 Por outro lado, também é possível que a taxa de resposta tenha sido mais elevada, uma vez que não sabemos o número exato de associados que efetivamente receberam o malote das associações com o material da pesquisa, devido a endereços não atualizados. É impossível saber se houve algum viés de seleção, no sentido de que aqueles que responderam ao questionário tenham sido principalmente pessoas com idéias mais liberais em relação ao aborto. O elevado número absoluto de respostas, entretanto, sugere que dificilmente as principais conclusões, que surgem da análise apresentada, poderiam mudar de maneira significativa com uma maior proporção de respostas. Além disso, dificilmente as associações entre as características dos participantes e suas opiniões poderiam estar determinadas por um viés de seleção. Pesquisas já realizadas anteriormente com ginecologistas e obstetras,11,15 bem como pesquisas de base populacional com homens e mulheres,7,20 chegaram a resultados semelhantes, com as mesmas tendências verificadas em nosso estudo. Em que pesem as limitações discutidas, os resultados observados nesta amostra de operadores da justiça no Brasil podem ser vistos como subsídios para continuar alimentando a discussão acerca das mudanças na legislação, principalmente porque reforçam a perspectiva de que existe aceitação para mudar, bem como indica alguns limites a essa mudança. REFERÊNCIAS 1. Altman DG. Practical statistics for medical research. Boca Raton: Chapman & Hall/CRC; 1999. [ Links ] 2. Asch DA, Jedrziewski MK, Christakis NA. Response rates to mails surveys published in medical journals. J Clin Epidemiol. 1997;50(10):1129-36. DOI:10.1016/S0895- 4356(97)00126-1 [ Links ] 3. Barros AJ, Hirakata VN. Alternatives for logistic regression in cross-sectional studies: an empirical comparison of models that directly estimate the prevalence ratio. BMC Med Res Methodol. 2003;3:21. DOI:10.1186/1471-2288-3-21 [ Links ] 4. Cochran JK, Chamlin MB, Beeghley L, Harmden A, Blackwell BS. 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Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 90 [ Links ] 20. Osis MJD, Hardy E, Faúndes A, Alves G, Balarezo, G. Opinião das mulheres sobre as circunstâncias em que os hospitais deveriam fazer aborto. Cad Saude Publica. 1994;1093):320-30. DOI:10.1590/S0102-311X1994000300012 [ Links ] 21. Rocha MIB, Andalaft Neto J. A questão do aborto: aspectos clínicos, legislativos e políticos. In: Berquó E. Sexo e vida: panorama da saúde reprodutiva no Brasil. Campinas: Editora da Unicamp; 2003. 257-318 [ Links ] 22. Scheepers P, Grotenhuis MT, Van Der Slik F. Education, religiosity and moral attitudes: explaining cross-national effect differences. Sociol Relig. 2002;63(2):157-77. 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Disponível em:http://www.cemicamp.org.br/relatorios/Relatorio_final.pdf. javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102010000300004&lng=pt&nrm=iso#top mailto:graduarte@cemicamp.org.br http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102010000300004&lng=pt&nrm=iso#topa http://www.reproductiverights.org./pub_fac_abortion_laws.html http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102010000300004&lng=pt&nrm=iso#topb http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102010000300004&lng=pt&nrm=iso#topc http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102010000300004&lng=pt&nrm=iso#topd http://hirr.hartsem.edu/ency/religiosity.htm http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102010000300004&lng=pt&nrm=iso#tope http://www.ccr.org.br/uploads/noticias/Aborto_no_Brasil.ppt http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102010000300004&lng=pt&nrm=iso#topf http://www.cemicamp.org.br/relatorios/Relatorio_final.pdf Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 91 Revista Direito GV versão impressa ISSN 1808-2432 Rev. direito GV vol.7 no.1 São Paulo jan./jun. 2011 http://dx.doi.org/10.1590/S1808-24322011000100010 DIREITO PENAL E OUTROS TEMAS NEXO CAUSAL EM MATÉRIA PENAL: ANÁLISE DA JURISPRUDÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA Luisa Moraes Abreu Ferreira Advogada, formada pela Direito GV Mestranda em Direito Penal pela Universidade de São Paulo - USP RESUMO Este artigo discute uma pesquisa empírica apresentada em 2009 como Trabalho de Conclusão de Curso na Direito GV sobre a definição da causalidade para responsabilização criminal nos tribunais de justiça. Foram analisadas 84 apelações criminais julgadas entre 2007 e 2008 e extraídos resultados quantitativos e qualitativos relacionados aos dados do processo, ao resultado da decisão e à argumentação. A análise desses resultados levou a cinco principais constatações: (1 ) a discussão sobre nexo causal ocorre quase exclusivamente em casos de crimes culposos; (2) muitas vezes, apesar de discutido pelas partes, a existência de nexo causal não é afirmada no acórdão; (3) o nexo causal é frequentemente afirmado com pouca fundamentação e, em geral, com menos argumentos do que a afirmação de culpa; (4) a teoria mais utilizada pelos tribunais é a da equivalência das condições; e (5) o nexo causal é frequentemente afirmado como decorrência da culpa. Palavras-chave: Direito Penal; Imputação penal; Causalidade; Jurisprudência; Tribunal de Justiça ABSTRACT This paper reports empirical research presented in 2009 as final dissertation for graduation as bachelor of laws at direito gv about the definition of causation to attribute criminal liability in the brazilian state supreme Courts. A total of 84 criminal appeals, ruled between 2007 and 2008, were analyzed and quantitative and qualitative results related to procedure data, results of the decision and reasoning were extracted. Analysis of these results led to five major findings: (1) discussion of causation occurs almost exclusively in cases of willful crimes, (2) often, though discussed by the parties, a causal http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=1808-2432&lng=pt&nrm=iso Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 92 relationship is not asserted in the decision, (3) causal relationship is often stated with little reasoning and, generally, with fewer arguments than the statement of negligence, (a) the causal theory most used by the courts is that cause is every necessary condition for the event, and (5j causal relationship is often asserted as a result of negligence. Keywords: Criminal Law; Attribution of criminal liability; Causation;Case law; Brazilian State Supreme Courts. INTRODUÇÃO Desde o século XIX a teoria penal se ocupa em definir os critérios para imputação de responsabilidade jurídico-penal a um sujeito por um fato. No âmbito da tipicidade, essa imputação depende, dentre outros elementos, da escolha dos requisitos necessários para que se determine a ligação de um comportamento a um resultado. Até recentemente a discussão dogmática acerca da imputação restringia-se à forma como deveria ser feito o corte da linha natural de relações causais, mas a causalidade em si não era questionada. E possível citar dois autores contemporâneos que propõem a renovação dos instrumentos dogmáticos tradicionalmente usados para a imputação penal. Günther Jakobs foi o primeiro a romper com o conceito material de delito, preocupando-se em construir padrões de conduta normativos, desvinculados de dados ontológicos. Da mesma forma, Klaus Günther desnaturaliza a imputação e a concebe como ato social de significado próprio que depende da escolha das condições sob as quais é justificável responsabilizar individualmente a violação da norma. Atento para a importância dos critérios de responsabilização nas sociedades modernas,1 Günther constatou que a única forma de legitimação dos critérios de responsabilização seria pelos próprios indivíduos, com debate público sobre as normas jurídicas que estabelecem esses critérios. Essa breve menção aos autores evidencia o questionamento da adequação das teorias dogmáticas existentes — e em especial o conceito de causalidade —, para explicar a imputação penal. Apesar da relevância das novas teorias, este artigo se concentrará na definição do conceito de causalidade pelos tribunais brasileiros, uma vez que no Brasil prevalece largamente a concepção causal como elemento fundamental do tipo objetivo, e o primeiro passo do esforço de questionamento desse modelo só pode se dar, sob pena de tornar a discussão desvinculada da prática, depois do entendimento de quais são os critérios atualmente utilizados pela jurisprudência. No Brasil a referência normativa desse modelo está no art. 13 do Código Penal, que oferece apenas critérios mínimos para imputação do tipo objetivo. A única baliza legal é o paradigma da causalidade que carece de critérios concretos, uma vez que a única limitação é a da causa relativamente independente que apenas exclui a imputação "quando, por si só, produziu o resultado". Daí conclui-se que há um problema de aplicabilidade do dispositivo legal, que depende da construção de critérios limitadores pela jurisprudência. Com o objetivo de fomentar o debate público de forma que, nos termos propostos por Klaus Günther, esses critérios sejam questionados, deliberados publicamente e, se for o caso, reconstruídos, foi realizada uma pesquisa em 2009 que deu origem ao Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola de Direito de São Paulo, na Fundação Getulio Vargas, sob orientação da professora. Dra. Marta Rodriguez de Assis Machado, que será http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-24322011000100010&lng=pt&nrm=iso#nt01 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 93 relatada neste artigo. I METODOLOGIA O lócus escolhido para a pesquisa foram os Tribunais de Justiça. Essa escolha se justifica por três razões. Em primeiro lugar, porque a maior parte dos crimes nos quais se discute causalidade é de competência estadual. Em segundo lugar, a seleção de apenas um Estado poderia ocultar alguma corrente jurisprudencial ou produzir resultados não passíveis de generalização. Por fim, é nos Tribunais de Justiça que a questão é discutida e estabelecida de forma definitiva. Ainda que a tipicidade seja discutida em habeas corpus nos Tribunais Superiores, a pesquisa restringiu-se aos Tribunais de Justiça porque em habeas corpus a análise da tipicidade objetiva fica prejudicada pela impossibilidade de análise do mérito. Pelos mesmos motivos, optou-se por não estudar as decisões em recursos especiais e extraordinários. Em primeira instância não há sentenças disponíveis na internet, dificultando a coleta de informações. Foram selecionadas apenas as apelações, pois é nesse recurso que se discutem, preponderantemente, questões de fato. Um dos principais objetivos deste artigo — analisar a argumentação das decisões que afirmam a existência/inexistência de causalidade — ficaria prejudicado caso fossem pesquisados recursos em que a discussão de fato é limitada ou lateral. A busca pelas decisões foi feita entre os dias 11 e 30 de novembro de 2008, pela ferramenta de pesquisa on-linede jurisprudência do site da Associação dos Advogados de São Paulo (AASP).2 As palavras-chave "nexo causal" e "causalidade" foram escolhidas porque abarcariam os termos mais comuns para a discussão da questão. Não foram incluídas palavras-chave que abarcassem outras correntes dogmáticas, pois em pesquisa preliminar constatou-se que nos tribunais brasileiros prevalece a concepção da causalidade como elemento fundamental do tipo objetivo e, mesmo quando discutidas, essas teorias aparecem como complementação das teorias de causalidade. Foram feitas duas restrições: (1) temporal, pois foram analisadas somente as decisões proferidas em 2007 e 2008; e (2) com relação á matéria, pois foram selecionadas apenas decisões de matéria penal. Essa busca resultou em um total de 3.219 decisões. Desse conjunto de acórdãos, apenas 444 compuseram a base de dados inicial do trabalho; foram excluídas as decisões que, apesar do filtro feito no momento inicial da busca, não se tratavam de apelações criminais, estavam fora do período de tempo analisado ou eram repetidas. Após a análise dessas decisões, foram excluídas 360 decisões que não tinham como objeto a discussão acerca da definição do conteúdo da tipicidade objetiva.3 As decisões nas quais não havia nenhum argumento para sustentar a existência/inexistência de nexo causal, mas nas quais isso está no pedido, foram mantidas, pois uma das hipóteses iniciais é a de que a tipicidade objetiva poderia ser afirmada pelas turmas julgadoras sem ter sido arguida. Optou-se por excluir as decisões que tratavam exclusivamente de autoria e participação, ou seja, nas quais se discutia o grau de contribuição individual de cada corréu para o http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-24322011000100010&lng=pt&nrm=iso#nt02 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-24322011000100010&lng=pt&nrm=iso#nt03 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 94 resultado, pois o objetivo principal do estudo era entender como os tribunais interrompem o fluxo infinito de acontecimentos para definir o que é causa, e não como os tribunais definem que tipo de participação deve ser penalmente relevante. O banco de dados definitivo dessa pesquisa é formado, portanto, por 84 decisões encontradas no site da AASP, portanto, elas estão sujeitas a alterações por recursos. Para a leitura das informações do banco de dados, foi criada uma planilha no Microsoft Excel na qual as decisões foram classificadas segundo os seguintes grupos de informações: (1) dados do processo; (2) decisão analisada; (3) e argumentação. Cada grupo de informação foi subdividido totalizando 45 critérios de análise, detalhados a seguir. As informações sobre o processo foram divididas em (1) dados do processo (caso; tribunal; comarca de origem; recorrente; número; turma julgadora; relator; votação unânime?; data do julgamento; descrição do fato; modalidade; tipificação penal solicitada pelo MP ou imputada pelo juiz de primeira instância; e culposo?); (2) informações de primeira instância (júri?; decisãode primeira instância; e fundamento); e (3) pedido (pedido; e especificação do pedido com relação à culpa e nexo causal). As categorias acerca da decisão analisada foram: (1) resultado do julgamento (resultado do julgamento; fundamento; tipo penal; pena restritiva de liberdade; regime; pena de multa; pena restritiva de direitos; sursis; substituição; prescrição; e evolução da decisão); e (2) observações da decisão (trechos mais importantes; e número de páginas do acórdão). A argumentação foi dividida nas seguintes categorias: (1) argumentação principal (afirmação sobre nexo causal e principal abordagem); (2) argumentação sobre nexo causal (dispositivos legais; teoria de causalidade; perícia; provas testemunhais; doutrina; e jurisprudência), e argumentação sobre culpa (dispositivos legais; teoria de causalidade; perícia; provas testemunhais; doutrina; e jurisprudência). Apesar de este artigo focar a parte objetiva do tipo penal, foram incluídos critérios de análise da argumentação da parte subjetiva do tipo (nos casos de acusação por tipos culposos), porque na pesquisa preliminar observou-se grande quantidade de resultados de tipos culposos e, em leitura superficial das decisões, verificou-se que em alguns casos a argumentação do nexo causal decorria da argumentação da culpa. O grupo de informações "argumentação" só foi preenchido com argumentos utilizados para sustentar a existência/inexistência de nexo causal e a existência/inexistência de culpa. Todos os outros argumentos da decisão foram desconsiderados. Todos os resultados quantitativos e qualitativos — referentes a cada um dos 45 critérios de análise, bem como das novas categorias de cruzamento de dados — foram computados, tabelados e devidamente analisados na pesquisa que deu origem a este artigo. Em razão da grande quantidade de informação obtida e diante das limitações foram excluídos (1) os resultados quantitativos considerados menos relevantes para a discussão central do texto; (2) os gráficos e tabelas contendo todos os dados obtidos em cada critério de análise; e (3) grande parte dos trechos das decisões que corroboram as afirmações feitas na análise qualitativa dos resultados, tendo sido mantida, para verificação, a identificação de cada acórdão. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 95 2 RESULTADOS QUANTITATIVOS 2.1 Tipo de crime Os tipos culposos são maioria, respondendo por 79,7% das denúncias. Em 8,5% das decisões, a acusação refere-se a tipos complexos, em que se discute se o resultado morte tem nexo causal com a conduta do indivíduo. Esse resultado foi surpreendente: esperava-se maior número de decisões sobre tipos dolosos, pois, também nesses casos, a afirmação do nexo causal é necessária. Na pesquisa prevaleceram os casos de acidentes de trânsito (58,3% do total de casos são de homicídio culposo na direção, art. 302 da Lei 9.605/97). Por fim, foi interessante notar que dentro das acusações por tipos culposos apenas uma não se tratava de homicídio culposo, mas de lesão corporal culposa. Assim, em 78,5% do total de decisões que discutem causalidade, a acusação é de homicídio culposo. 2.2 Pedido Em 71,4% dos casos o pedido4 contido na apelação é de absolvição. Os pedidos de condenação corresponderam a 19% do total. Os pedidos de anulação (3,6%) são das apelações de decisões do Tribunal do Júri. Os pedidos de desclassificação correspondem a 6%. 2.3 Principal abordagem do pedido Nos pedidos de condenação o argumento mais frequente é a existência de culpa, sem menção ao nexo causal (31,1%). Já nos pedidos da defesa predominam os argumentos de inexistência de nexo causal (35,8%), e de inexistência de nexo causal e de culpa, simultaneamente (34,3%). Excluindo-se as acusações por tipos dolosos (para poder utilizar o dado para comparação entre a relevância dos elementos objetivo e subjetivo do tipo), dos pedidos do Ministério Público, 37,5% alegam exclusivamente a existência de culpa e em apenas 12,5% alega- se exclusivamente nexo causal. Para a defesa, o principal argumento dos pedidos é a alegação de ausência de culpa e de nexo causal (41,8%). Ainda, observou-se que é mais frequente a alegação exclusiva de ausência de nexo causal (23,6%) do que a alegação exclusiva de ausência de culpa (16,4%). 2.4 Resultado da decisão As condenações prevalecem. Em 77,4% das decisões o resultado foi condenação. Houve absolvição em 20,2% dos casos. 2.5 Evolução da decisão Em 88,1% dos casos a decisão de primeira instância foi mantida (Condenação- Condenação, Absolvição-Absolvição e Condenação-Condenação [prescrição]).5 Nos casos de reforma da sentença, foi mais frequente a reforma para absolver (6%). Das reformas para condenar (3,6%), a maioria declarou extinta a punibilidade pela prescrição. Os casos de anulação do julgamento pelo Tribunal do Júri (2,4%) são decisões em que: (1) o Conselho de Sentença havia condenado por lesão corporal grave e o Ministério Público apelou alegando existência de nexo causal entre as lesões e a morte; e (2) houve condenação por lesão corporal seguida de morte e o Ministério Público apelou pedindo a anulação. Em ambos os casos, o Tribunal anulou a sentença de primeiro grau. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-24322011000100010&lng=pt&nrm=iso#nt04 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-24322011000100010&lng=pt&nrm=iso#nt05 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 96 2.6 Unanimidade das decisões Em 92,9% das decisões a apelação foi decidida por unanimidade. Todos os casos em que houve divergência foram julgados pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais. 2.7 Afirmação quanto existência/inexistência de nexo causal Nas decisões que compuseram o banco de dados predomina a afirmação de existência de nexo causal (72,6%). Em 6% das decisões não há nenhuma afirmação sobre a existência/inexistência de nexo causal, sendo 4,8% casos de condenação. O dado ganha relevância tendo em vista que foram selecionadas apenas decisões em que, de alguma forma, discute-se nexo causal. Esses casos são, portanto, decisões em que: (1) a defesa apelou alegando a inexistência de nexo causal; (2) a defesa, em contrar-razões de apelação, alegou a insuficiência de provas da existência de nexo causal; e (3) a decisão afirma a necessidade de verificar-se a existência de nexo causai para definição da tipicidade, mas, para condenar, apenas afirma a existência de culpa. Nessa categoria, a argumentação não foi analisada. Para que a decisão fosse classificada como afirmação de "existência" de nexo causal, bastou que, mesmo sem qualquer argumento, se afirmasse, em qualquer parte da decisão, que havia causalidade. Assim, nessas decisões (6% do total) nada foi afirmado com relação ao nexo causal no caso concreto. Outro dado importante observado durante a pesquisa foi que nos casos de absolvição a afirmação de insuficiência de prova do nexo causal (15,5%) prevalece largamente sobre a afirmação de inexistência de nexo causal (3,6%). Isso demonstra a dificuldade em afirmar-se, com segurança, sobre a existência/inexistência do elemento do tipo, o que se revela nos casos de absolvição, pois, nesses casos, não é exigida certeza. 2.8 Principal abordagem da decisão Nas decisões em que se discute culpa, a afirmação sobre a existência ou inexistência de um dos elementos coincidiu com a existência ou inexistência do outro em 67,7% das decisões. Em apenas 4,4% dos acórdãos não houve coincidência: afirmou-se a existência de culpa e inexistência de nexo causal. Apesar de essa coincidência não significar, necessariamente, que os argumentos são os mesmos, esse resultado foi o primeiro indicativoda necessidade de análise mais cuidadosa sobre a relação entre os elementos objetivo e subjetivo do tipo, que será feita na discussão dos resultados. Ainda levando em conta apenas as acusações por tipos culposos, outro dado relevante é a alta porcentagem de decisões em que a principal abordagem é a existência de culpa, sem que se discuta o nexo causal (19,1% do total). Nesses casos, a decisão afirmou culpa sem, em momento algum, explicitar se o acusado deu causa ao resultado. O oposto (discussão sobre existência de nexo causal sem que se discutisse culpa) ocorreu em 7,3% dos casos. Em todos os casos em que a decisão afirmou a inexistência de culpa, também afirmou a inexistência de nexo causal. Esta categoria é distinta da anterior (afirmação da decisão): aqui se analisou se a decisão explicitou se o acusado deu causa ao resultado e/ou se agiu com culpa. Na anterior, para que a decisão fosse classificada como afirmação de "existência" de nexo causal, bastou que se afirmasse, em qualquer parte da decisão, que havia causalidade. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 97 3 RESULTADOS QUALITATIVOS A análise qualitativa restringiu-se aos dados que permitiram a análise dos critérios para imputação de responsabilidade de um Jato à conduta. Mais especificamente, buscou-se, em primeiro lugar, descrever os principais argumentos utilizados para decidir sobre a existência de nexo causal. Nas apelações em que se imputava tipo culposo, foram analisadas as relações entre os elementos objetivo e subjetivo do tipo e a relevância de cada elemento para a decisão. Ao final foram descritos os casos de embriaguez ao volante e as teorias de causalidade mencionadas nos acórdãos. 3.1 Principais argumentos utilizados para decidir sobre a existência de nexo causal Em relação aos argumentos utilizados para decidir sobre a existência de nexo causal, o objetivo era responder ás seguintes perguntas: quem define quem deu "causa" ao resultado. Os peritos? Testemunhas? Como o art. 13 é interpretado pelas decisões? A resposta a essas perguntas foi o primeiro passo para extrair os critérios para imputação do tipo objetivo. Para atingir esses objetivos, foram criadas cinco categorias de argumentação: (1) perícia; (2) provas testemunhais; (3) dispositivos legais; (4) casos julgados; e (5) doutrina. A perícia foi o elemento mais utilizado para decidir sobre a existência de nexo causal. Das decisões que resultaram em condenação ou anulação de julgamento do Tribunal do Júri, 50% mencionaram algum tipo de prova pericial (laudo de exame de local, laudo necroscópico e laudo de exumação) para afirmar a existência de nexo causal. Há casos em que a decisão apenas afirmou que "A materialidade da infração penal está demonstrada pela prova pericial, que também comprova o nexo de causalidade entre a conduta atribuída ao apelante e o evento morte" (TJSP AC 993.08.049468-1; TJSP AC 1.087.274.3; TJSP AC 1.182.810.3). Em outros, o conteúdo do tipo objetivo parece ser preenchido pelos próprios peritos, que explicitam a existência de nexo causal (TJMG AC 1.0223.04.154592-0; TJMG AC 1.0470.05.020241-0; TJMS AC 2007.005551-8; TJSP AC 1.025.173.3; TJSP AC 382108.3; TJSP AC 1.013.958.3; TJDF AC 2004 07 1 008161-5), como no exemplo a seguir: "O laudo, de forma categórica, concluiu que houve nexo causal entre a agressão sofrida pela vitima e a morte" (TJSP AC 382108.3). Em outras decisões, apesar de não afirmar o nexo causal, a perícia foi a prova determinante para a conclusão acerca da causalidade (TJMG AC 1.0508.06.000673-3; TJMG AC 1.0637.03.020315-1; TJMG AC 1.0382.00.012929-8; TJPR AC 365.942- 7;TJPRAC 381-585-2; TJPR AC 391.590-6; TJSP AC 1069010.3). Em apenas um caso a conclusão dos peritos — de que seria possível que o acidente tivesse tido a participação de outro veículo, excluindo-se, assim, o nexo causal — foi rejeitada (TJSP AC 1010026.3). O depoimento de testemunhas foi prova determinante para a conclusão acerca da causalidade em 17,6% das condenações. Em apenas um caso a prova testemunhai foi utilizada para condenação, contrariando o laudo pericial (TJSP AC 1010026.3-0). Nos demais casos a prova testemunhai foi o único argumento para embasar a existência de nexo causal (TJMG AC 1.05 14.04.012116-2), ou a prova testemunhai não foi determinante para a conclusão acerca da causalidade, mas corroborou o laudo pericial (TJMG AC 1.0407.03.003382-0/001; TJMG AC 1.0637.03.020315-1; TJMG AC 1.0105.98.005492-5; TJMG AC 1.0382.00.012929-8; TJSP AC 382108.3-1; TJSP AC Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 98 922594.3-3). Das decisões que resultaram em condenação ou anulação de julgamento do Tribunal do Júri, 15,7% mencionaramdispositivo legal para afirmar a existência de nexo causal. Em alguns casos, o art. 13, caput, do CP foi mencionado na conclusão do voto, sem indicação de qualquer elemento de causalidade, mas com a afirmação de que o nexo causal teria sido concretizado pela infração do dever de cuidado objetivo (TJMG AC 1.0183.03.054548-1; TJMG AC 1.0223.04.154592-0; TJMG AC 1.0514.04.012116-2), como no exemplo a seguir: "Restando, pois, caracterizado o nexo de causalidade e o resultado, conforme previsto no art. 13 do Código Penal, concretizado pela infração do dever de cuidado objetivo, alternativa outra não resta senão manter a condenação imposta" (TJMG AC 1.0183.03.054548-1). Em três decisões, o art. 13, caput foi mencionado para sustentar condenação fundamentada, ainda que implicitamente, na teoria da equivalência das condições (TJMG AC 1.0024.00.116233-8; TJMS AC 2007.005551-8; TJRO AC 32.000.002.117-5). Em duas decisões, o §1° do art. 13, foi mencionado para afasta-ra alegação de que a conduta do acusado configuraria causa superveniente (TJSP AC 1.025.173.3 e TJMG AC 1.0309.04.000510-5). Os casos julgados corresponderam a 9,8% dos argumentos. As decisões mais citadas diziam respeito a interpretação do §1° do art. 13 do Código Penal (TJMG AC 1.0309.04.000510-5; TJSP AC 382.108.3; TJSP AC 1.013.958.3). Foram citadas, ainda, decisões sobre a impossibilidade de desclassificação de homicídio para lesão corporal seguida de morte e de latrocínio para roubo, se demonstrado nexo causal entre conduta e morte (TJDF AC 2004.04.1.003704-3 e TJPR AC 403.439-1). Um dos acórdãos (TJGO AC 31972-2) citou decisão sobre impossibilidade de compensação de culpas, argumento utilizado muito frequentemente para afirmar a existência de culpa (argumento que será analisado na próxima seção). Foi citada doutrina para afirmar a existência de nexo causal em 5,9% das decisões. Os autores citados nas decisões foram Cezar Roberto Bitencourt (Tratado de direito penal), Eugenio Raúl Zaffaroni e José Henrique Pierangelli (Manual de direito penal brasileiro, Parte geral), Júlio Fabbrini Mirabete (Manual de direito penal) e Damásio de Jesus (Crimes de trânsito). Diferentes trechos do Tratado de direito penal de Cezar Roberto Bitencourt foram citados em três decisões: para afastar acontecimento com causa superveniente, por estar na mesma linha de desdobramento da conduta anterior (TJMG AC 1.0309.04.000510-5); para explicar o que é causa para a teoria da equivalência das condições — toda conduta que, caso eliminada mentalmente, suprimiria o resultado (TJMG AC 1.0508.06.000673-3); e em um trecho em que afirmou que a teoria da equivalência dos antecedentes, adotada pelo nosso Código Penal, não permite compensação de culpas. Júlio Fabbrini Mirabete foi citado em decisão que definiu causa como tudo que está dentro do desdobramento físico necessário da conduta (TJSP AC 1.013.958.3). Na mesma decisão, trecho da obra Crimes de trânsito, em que DamásioE. de Jesus afirma que "Broncopneumonia posterior ao fato não é uma causa superveniente", foi utilizado para sustentar a condenação por morte que ocorreu mais de um mês do acidente, por "insuficiência respiratória aguda e broncopneumonia" constada em laudo indireto. 3.2 Relação entre os elementos subjetivo e objetivo do tipo No que diz respeito á relação entre os elementos subjetivo e objetivo do tipo, o objetivo foi analisar qualitativamente as decisões e buscar extrair os dados que pudessem demonstrar se as afirmações acerca de culpa e de nexo causal decorreram do mesmo Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 99 argumento. Como será demonstrado, isso ocorreu em 56,6% das condenações por tipo culposo.6 Em 41,5% das condenações, a decisão baseou-se no argumento de que não é possível a compensação de culpas no direito penal (TJSP AC 993.08.049468-1; TJDF AC 2004.07.1.008161-5; TJMG AC 1.0111.04.001247-3; TJMG AC 1.0223.04.154592-0; TJMG AC 1.0514.04.012116-2; TJMG AC 1.0525.99.006889-8; TJMG AC 1.0671.07.002385-6;TJMG AC 1.0707.04.075506-8;TJMG AC 1.0105.98.005492-5; TJMG AC 1.0470.05.020241-0;TJMG 1.0024.02.749613-2; TJMS AC 2007.005551-8;TJPR AC 405.144-5;TJSP AC 1.042.801-3;TJSP AC 799.391-3;TJSP AC 955.091-3; TJSP AC 993.06.065899-9; TJSP AC 1.182.810-3; TJGO 31972-2/213; TJPR 331.091-0, TJPR 356.132-2; TJPR 365.942-7). Surpreendentemente, nesses casos não houve aferição de nexo causal: o raciocinio utilizado parece ser o de que, comprovada a culpa do acusado, a conduta seria típica, independentemente da contribuição de cada pessoa para o resultado. A forma pela qual esse argumento é utilizado pelos Tribunais é de suma importância para a discussão apresentada neste artigo. O argumento da impossibilidade de compensação de culpas surge quando há possibilidade de a vitima ou de terceiro terem contribuído com o resultado típico, agindo com culpa. A solução adotada pelos Tribunais parece ser a de afastar qualquer discussão sobre essa possível contribuição para o resultado, porque "impossível a compensação de culpas no direito penal". Ou seja, apesar de a discussão acerca da contribuição de vítima ou de terceiro tratar-se de discussão sobre causalidade, uma vez que, havendo fundada suspeita de que outra pessoa deu causa ao acidente, isso seria suficiente para excluir o nexo causal, a questão foi tratada como relacionada exclusivamente ao tipo subjetivo. O exemplo a seguir é ilustrativo: A e B envolvem-se em acidente de trânsito. B morre. Após exame de corpo e delito em A e perícia no local, verifica-se que A havia ingerido alguma quantidade de álcool, e que B estava dirigindo em excesso de velocidade. Em vez de proceder-se ao próximo passo, isto é, aferir se a culpa de A (caracterizada pela embriaguez) deu causa ao acidente — o que não é, de modo algum evidente, tendo em vista que B estava em alta velocidade — utiliza-se o princípio da "impossibilidade de compensação de culpas" e decide-se que A deve ser condenado. Seguindo esse raciocínio, deixa-se de aferir nexo causal sob o argumento da "impossibilidade de compensação de culpas", como se uma vez comprovada a culpa do acusado, a conduta seria típica, independentemente da contribuição de cada pessoa para o resultado. E possível argumentar que os acórdãos deixam de discutir a causa porque o que está sendo questionado não é a contribuição causal do réu, mas apenas se a existência de concausa (contribuição da vítima, por exemplo) impediria a imputação a ele. Mas o problema é que as decisões nem chegam a discutir a contribuição de cada um. Pelas decisões, havendo culpa, há imputação, como, por exemplo, na decisão a seguir, em que é afirmado que a imprudência da vítima "é irrelevante", tendo em vista a impossibilidade de compensação de culpas: ... não obstante a velocidade excessiva desenvolvida pela vítima, conforme se depreende da prova testemunhai e da extensão dos danos provocados, a condenação é irrefutável. Em remate, anota-se que a possível imprudência da vítima, consubstanciada na condução de seu veiculo em velocidade excessiva, é irrelevante, porquanto inexiste compensação de culpas no âmbito penal (TJSP AC 993.08.049468-1). Também seria possível levantar a hipótese de que a confusão entre culpa e nexo causal seja léxica, uma vez que se usa expressões como "culpa da vítima" ou "culpa http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-24322011000100010&lng=pt&nrm=iso#nt06 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 100 de terceiro" quando o que se quer dizer é "fato" ou "conduta" de terceiro ou da vítima. Não haveria, segundo esse argumento, confusão dos requisitos, mas apenas das expressões, pois a causalidade estaria sendo discutida sob a veste de culpa. Apesar de interessante, o argumento não se aplica às decisões estudadas, nas quais a causa (ou "culpa") do evento não foi sequer discutida. E como se a impossibilidade de compensação acarretasse na falta (ou diminuição) da necessidade de discussão da causa, conforme se observa no trecho a seguir, de decisão que em nenhum momento aventa a possibilidade de a embriaguez do réu não ser determinante para o acidente: "Eventual culpa da vítima não mitigaria a culpa grave do apelante que dirigia em reconhecido estado de embriaguez. Demais disso, compensação de culpas é incabível em matéria pena" (TJSP AC 993.06.065899-9). É o quanto basta. Além disso, em 15,1% das condenações, sem invocar o princípio da impossibilidade de compensação de culpas no direto penal, o nexo causal foi afirmado como decorrência da culpa (TJDF 2002.06.1.005 156-7; TJDF AC 2005.04.1.010865-0; TJMG AC 1.0183.03.054548-1; TJMG AC 1.0309.04.000510-5; TJMG AC 1.0183.04.066889-3; TJPR AC 358.546-4;TJPR AC 375.483-6; TJSP AC 965556.3-5). Nesses casos, concluiu-se que, estando provada a culpa, estaria provado que o indivíduo "deu causa" ao resultado, sendo isso suficiente para a condenação, como no trecho a seguir em que é consignado que o crime se caracteriza com a imprudência, sem mencionar o nexo causal: Caracteriza o crime culposo, por imprudência, o fato de o agente proceder sem a necessária cautela, deixando de empregar as precauções indicadas para prevenir possíveis resultados lesivos. [...] Logo, da conjugação dos elementos de convicção constantes dos autos, resta caracterizado o nexo de causalidade e o resultado, conforme previsto no art. 13 do Código Penal, concretizado pela infração do dever de cuidado objetivo, alternativa não havia senão manter o bem lançado juízo condenatório firmado em primeira instância (TJMG AC 1.0183.04.066889-3). 3.3 Relevância dos elementos subjetivo e objetivo do tipo para a decisão Nesta seção serão relatados os que contribuem para a comparação entre a relevância dada ao nexo causal e à culpa para a decisão. Em 96,2% das condenações afirmou-se como principal abordagem da decisão a existência de culpa, em conjunto ou não com afirmação de nexo causal. Em 79,2% das condenações afirmou-se nexo causal. Esse dado significa que em 20,8% das condenações por crimes culposos não foi explicitado — ainda que sem suporte probatório - que o acusado deu causa ao resultado (TJGO AC 31972-2/213; TJMG AC 1.0024.03.059032-7; TJMG AC 1.0514.04.012116-2; TJMG AC 1.0525.99.006889-8; TJMG AC 1.0671.07.002385-6; TJMG AC 1.0686.05.141663-0; TJMG AC 1.0707.04.075506-8; TJSP AC 914.578.3-7; TJSP AC 1.042.801.3-6; TJSP AC 965.556.3-5; TJSP AC 993.06.065899-9). Desses casos, em 45,5% ausência ou insuficiência de prova havia sido expressamente alegada no pedido (TJGO AC 31972-2/213; TJMG AC 1.0514.04.012116-2; TJMG AC 1.0671.07.002385-6; TJMG AC 1.0686.05.141663-0; TJSP AC 914.578.3-7).Confira-se trecho de uma dessas decisões: PEDIDO: Inconformado, o réu interpôs apelação [...] Ressalta, ainda, que ficou comprovada a culpa exclusiva da vítima, não havendo nexo causal entre sua conduta e o acidente que ocasionou a morte da vítima. Ao final pugna para que seja absolvido da imputação que lhe foi atribuída. [...] ACÓRDÃO: Ainda que se cogite a corresponsabilidade da vítima pela ocorrência do evento delituoso, o que não se verifica no caso concreto, porque, segundo o réu, aquela supostamente não observou as regras de segurança ao fazer a travessia da avenida, este fato não afasta a Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 101 punibilidade do sentenciado, pois no Direito Penal não se admite a denominada culpa concorrente, sendo acolhida somente na seara civil. [...] resta sobejamente demonstrado que o recorrente agiu imprudentemente, por não ter tomado as precauções exigidas ao condutor de veículo automotor, especialmente por se tratar de motorista profissional, neste mister descarta-se a tese absolutória. (TJGO AC 31972-2). Em alguns casos, provado que o indivíduo participou do acidente, afirmou-se que bastava aferir se havia agido com culpa ("O apelante admitiu estar na condução do veículo envolvido no acidente, de modo que cumpre apenas estabelecer se agiu com culpa", TJSP AC 993.08.049468-1 e TJMG AC 1.0707.04.075506-8). Infere-se que o nexo causal estaria caracterizado exclusivamente pelo envolvimento no acidente. Em outras decisões, a comprovação de culpa — sem menção ao nexo causal — foi suficiente para condenação (TJGO AC 31972-2/213;TJMGAC 1.0637.03.020315-l;TJMG AC 1.0686.05.141663-0; TJMG AC 1.0105.98.005492-5;TJPR AC 365.942-7; TJSP AC 914.578.3-7; TJSP AC 799391.3-7). Em um dos acórdãos, afirmou-se expressamente que "é típica toda conduta que infringe o cuidado necessário objetivamente previsível" (TJSP AC 993.06.065899-9). Em contraste, em 93,3% das absolvições foi afirmada a ausência de nexo causal. Não há nenhuma absolvição fundamentada somente na ausência de culpa. Em 26,7% das absolvições afirmou-se a ausência de nexo causal, independentemente da existência de culpa. São os únicos casos do total de decisões em que não houve coincidência entre as constatações sobre o tipo subjetivo e objetivo. A comparação das absolvições com as decisões condenatórias supramencionadas é interessante: afirma-se e discute-se mais o nexo causal nas absolvições. Ainda, constatou-se que, enquanto as categorias de argumentação foram utilizadas 5 1 vezes para afirmação de nexo causal, para afirmação de culpa as categorias foram utilizadas 106 vezes. E exigido, assim, do julgador, um número maior de argumentos para comprovação de culpa do que para comprovação de nexo causal. Com exceção da categoria "perícia", todas as demais são mencionadas com mais frequência para comprovação de culpa do que para a comprovação de nexo causal. Das decisões condenatórias, 28,3% não utilizaram nenhuma dessas categorias para a tomada de decisão acerca de nexo causal (TJMG AC 1.0024.03.059032-7; TJMG AC 1.0111.04.001247-3; TJMG AC 1.0525.99.006889-8; TJMG AC 1.0671.07.002385-6; TJMG AC 1.0686.05.141663-0; TJMG AC 1.0707.04.075506-8; TJPR AC 331.091-0; TJPR AC 375.483-6; TJPR AC 412.197-7; TJSP AC 914.578-3; TJSP 1.042.801-3; TJSP AC 965.556-3; TJSP AC 955.091-3; TJSP AC 951.968-3; TJSP AC 993.06.065899-9). Com relação a afirmação de culpa, 7,5% das decisões não utilizaram nenhuma das categorias, sendo que em duas delas o pedido era o de desclassificação de homicídio culposo para lesão corporal culposa, ou seja, a culpa não era objeto de discussão. 3.4 OS CASOS DE EMBRIAGUEZ NO VOLANTE Os casos de embriaguez são especialmente interessantes a culpa é mais evidente (e a tendência de a decisão afirmar o nexo causal como decorrência da culpa é ainda maior). Desses casos, em quatro decisões a constatação do estado de embriaguez foi suficiente para a condenação (TJMG AC 1.0111.04.001247-3; TJMG AC 1.0525.99.006889-8; TJSP AC 1010026.3-0; TJSP AC 993.06.065899-9), como no trecho a seguir: "Ê típica toda conduta que infringe o cuidado necessário objetivamente previsível. [...] eventual culpa da vítima não mitigaria a culpa grave do apelante que dirigia em reconhecido estado de embriaguez. Demais disso, compensação de culpas é incabível em matéria penal" (TJSP AC 993.06.065899-9). Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 102 Em apenas uma condenação o nexo causal foi discutido e não somente afirmado como decorrência da culpa. Nesse caso, a discussão central focou-se na possibilidade de hipertensão arterial sistêmica da vítima excluir ou pelo menos colocar em dúvida a existência de nexo causal. Decidiu-se que não, pois "o resultado morte da vítima está na mesma linha de desdobramento da conduta perpetrada pelo réu, ou seja, atropelamento, [...] com agravamento do quadro de hipertensão e consequente parada cardiorrespiratória" (TJDF AC 2004.04.1.003704-3). Na única absolvição, culpa e nexo causal foram avaliados de forma separada e concluiu- se que a acusação não demonstrou, com segurança, "a influência do estado etílico do increpado sobre o lamentável acidente que culminou na morte precoce da jovem vitima" (TJSP AC 938.883.3-4). A média de pena de prisão aplicada, nos casos de condenação, foi de 2,5, ou seja, aproximadamente 2 anos e 6 meses de detenção. Esse dado será relevante para a discussão dos resultados, quando faremos uma análise das consequências de se afirmar nexo causal como decorrência de culpa, tendo em vista a diferença entre as penas cominadas a crimes de resultado (como o art. 302, da Lei n. 9.605/97) e de mera conduta (como o art. 306, da Lei n. 9.605/97). 3.5 Teoria de causalidade Apenas 6% das condenações e anulações indicaram, expressamente, alguma teoria da causalidade. Dessas, em 80% mencionou-se que a teoria adotada pelo Código Penal brasileiro é a da equivalência das condições7 (TJMG AC 1.0508.06.000673-3;TJMG AC 1.0239.05.003842-5;TJMS 2007.005551-8;TJSP AC 9160293). E em 7,5% das decisões, a teoria da equivalência das condições foi aplicada sem ter sido mencionada expressamente (TJDF AC 2004.04.1.003704-3; TJMG AC 1.0024.02.749613-2; TJPR AC 405.144-5; TJPR AC 418.401-0; TJSP AC 799391.3). A teoria da imputação objetiva é mencionada apenas uma vez, em decisão que afirmou que nenhum tipo de erro médico superveniente é suficiente para interromper o nexo de causalidade (TJMG AC 1.0309.04.000510-5). 4 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS A análise dos resultados levou a cinco constatações sobre a forma pela qual é feita a imputação do tipo objetivo nos tribunais brasileiros: (1) a discussão sobre nexo causal ocorre quase exclusivamente em casos de imputação por crime culposo; (2) muitas vezes, apesar de discutido pelas partes ou mencionado na decisão, a existência ou inexistência de nexo causal não é afirmada no acórdão; (3) o nexo causal é frequentemente afirmado sem ou com pouca fundamentação e, em geral, com muito menos argumentos do que para afirmação de culpa; (4) na maior parte dos casos em que é desenvolvida argumentação sobre o tipo objetivo, a decisão afirma que causa é toda a conduta que, caso eliminada mentalmente, suprimiria o resultado; (5) o nexo causal é frequentemente afirmado como decorrência da culpa. 4.1 Discussão sobre causalidade apenas em casos de tipo culposo Apesar de reconhecidas pela dogmática em diversos países — principalmente Alemanha e Espanha — as teorias da imputação objetiva são ainda pouco discutidas no Brasil.8 Em decisões judiciais, principalmente, prevalece largamente a concepção da causalidade http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-24322011000100010&lng=pt&nrm=iso#nt07http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-24322011000100010&lng=pt&nrm=iso#nt08 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 103 como elemento fundamental do tipo objetivo.9 É por isso que se esperava que a busca por acórdãos que discutissem nexo causal resultasse em decisões em que se imputava ampla gama de tipos penais, culposos e dolosos. No entanto, em 79,7% das decisões o tipo penal atribuído ao fato pela acusação, na denúncia, era culposo. Para explicar este dado, podemos levantar a hipótese de que, por ser considerada mais reprovável que a culposa, a conduta dolosa prescinda de maiores preocupações com a certeza de que o resultado é consequência da conduta. Na prática, seria como considerar mais importante estudar com cuidado se uma morte em hospital decorrente de infecção generalizada após acidente de trânsito deve ser imputada ao individuo do que se o mesmo ocorresse após tiro de arma de fogo. Outra explicação possível é a ideia do conceito de causa como "senso comum", formulada por Hart e Honoré (1985). De acordo com essa explicação, profissionais do direito aplicam, em casos concretos, generalizações conhecidas, sem a preocupação em descobrir conexões entre eventos para formular generalizações universais. Assim, o conceito de "causa" se assemelha ao que é considerado causa pela experiência comum, pois os "efeitos de impactos, pancadas e movimentos mecânicos estão tão arraigados em nossa visão da natureza que raramente são tidos como elementos passíveis de serem individualizados em afirmações causais"10 (Hart e Honoré, 1985). Essa visão explicaria a falta de questionamento do nexo causal em crimes dolosos: pelo senso comum, é mais fácil afirmar que alguém morreu de um tiro, de envenenamento ou de uma facada do que de um erro médico ou de acidente de trânsito. Apenas pesquisa mais detida sobre o tipo objetivo em crimes dolosos poderia resolver essa questão. 4.2 Dificuldade de afirmação de existência ou inexistência de nexo causal Conforme indicado na seção Afirmação quanto existência/inexistência de nexo causal, 6% das decisões nada afirmam sobre existência/inexistência/insuficiência de provas de nexo causal, apesar de serem decisões em que foi alegado pelas partes, ou nas quais a própria decisão afirmou, a necessidade de verificar-se a existência de nexo causal para definição da tipicidade. Outro dado que se relaciona com este foi apresentado na seção Relevância dos elementos subjetivo e objetivo do tipo para a decisão: em 20,8% das condenações por tipos culposos não foi explicitado como principal abordagem da decisão — ainda que sem suporte probatório — que o acusado deu causa ao resultado. A análise qualitativa das condenações por tipos culposos em que nexo causal não fez parte da principal abordagem da decisão mostrou, ainda, que em alguns desses casos, provado que o indivíduo participou do acidente, afirmou-se expressamente que para condenar bastava aferir se havia agido com culpa. Em um dos acórdãos afirmou-se expressamente que "é típica toda conduta que infringe o cuidado necessário objetivamente previsível". Outro resultado que aponta a dificuldade de afirmação de nexo causal é que, nos casos de absolvição, a afirmação de insuficiência de prova prevalece sobre a afirmação de inexistência de nexo causal. Como este trabalho só analisou decisões que de alguma forma mencionavam nexo causal, conclui-se que nos casos concretos há grande dificuldade em afirmar a existência ou inexistência de causalidade. E, ainda, que em condenações há maior tendência em concentração da decisão na afirmação de culpa do que na afirmação de nexo causal. Mais uma vez, levanta-se aqui a hipótese de Hart e Honoré (1985) de que "o nexo causal pode não estar sendo afirmado por ser considerado, em muitos casos, óbvio pelo senso comum". http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-24322011000100010&lng=pt&nrm=iso#nt09 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-24322011000100010&lng=pt&nrm=iso#nt10 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 104 Além disso, a falta de afirmação do nexo causal pode ter relação com a menor incidência desse critério nas apelações do Ministério Público, já que se constatou que nos pedidos de condenação, o argumento mais frequente é a existência de culpa, sem menção ao nexo causal (seção Principal abordagem do pedido). Nesse ponto, importa fazer uma ressalva: como explicitado na metodologia, não foram analisadas as decisões que envolviam concursos de pessoas e a discussão a respeito da contribuição pessoal de cada um para o resultado criminoso, pois a intenção deste artigo é analisar os crimes mais comuns, em que, a principio, a discussão de causalidade não seria problemática. E possível, portanto, que justamente nesses casos excluídos se verificariam situações de maior aprofundamento sobre a contribuição pessoal para o resultado criminoso. 4.3 Pouca fundamentação para afirmar a existência de causalidade Das decisões condenatórias, 28,3% não utilizaram nenhuma das categorias de criadas na pesquisa para análise de argumentação (dispositivo legal, teoria de causalidade, perícia, prova testemunhai, doutrina ou jurisprudência) para a tomada de decisão acerca de nexo causal (seção Relevância dos elementos subjetivo e objetivo do tipo para a decisão). Ainda, verificou-se que é exigido do julgador um número maior de argumentos para comprovação de culpa do que para comprovação de nexo causal. Com exceção da categoria "perícia", todas as demais são mencionadas com maior frequência para comprovação de culpa do que para a comprovação de nexo causal. Em relação á perícia (seção IV.I), constatou-se esta que foi utilizada como fundamento em 50% das condenações. Em apenas um desses casos a conclusão dos peritos foi rejeitada. Nos demais, de diversas formas, a perícia foi determinante para afirmação de nexo causal. Em alguns a decisão afirmou que "a materialidade da infração penal está demonstrada pela prova pericial, que também comprova o nexo de causalidade entre a conduta atribuída ao apelante e o evento morte". Em muitos casos o conteúdo do tipo objetivo foi preenchido pelos próprios peritos: a ausência de critério objetivo para aferição da causalidade faz com que o conceito de "causa" do art. 13 do Código Penal se resumisse ao que os peritos definem como causa, seja do acidente de trânsito, da morte, etc. Essa constatação demonstra que, em grande parte dos casos, a imputação tem sido feita pelos próprios peritos, reforçando a hipótese de que se está utilizando um conceito de causalidade suposta, derivada do senso comum. No caso de acidentes de trânsito, por exemplo, tem-se imputado responsabilidade criminal a quem, na visão dos peritos "causou" o acidente, sem questionamento acerca do conceito de causa e sobre a possibilidade de correspondência direta entre causar o acidente e causar a morte para fins de imputação. 4.4 Prevalência da teoria da equivalência das condições Em 80% das decisões que indicaram alguma teoria da causalidade, afirmou-se que o Código Penal brasileiro adotou da equivalência das condições. Na única decisão que mencionou a teoria da imputação objetiva, foi afirmado que ... nem mesmo recorrendo-se a ideia de nexo de causalidade normativo ou aos cânones da imputação objetiva se pode afirmar que infecções hospitalares, intervenções cirúrgicas imperfeitas, inadequadas ou extemporâneas, atendimentos tardios, manobras de ressuscitação mal executadas ou negligência médica bastam para interromper a relação de causalidade em curso (TJMG AC 1.0309.04.000510-5). Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano– MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 105 Ainda, 7,5% aplicaram a teoria da equivalência das condições sem mencioná-la expressamente e indicaram que causa é toda a conduta que, caso eliminada mentalmente, suprimiria o resultado. Além disso, todos os casos julgados citados como argumento para afirmação da causalidade em casos de imputação por tipos culposos foram acórdãos em que se afastou doença adquirida em hospital após acidente de trânsito como causa superveniente porque estaria "dentro da linha de desdobramento físico-causal da conduta do agente" (seção IV.I). A análise da doutrina utilizada afirmação da causalidade também indica a prevalência da teoria da equivalência das condições (seção IV.I). 4.5 Nexo causal afirmado como decorrência da culpa Conforme explicitado na seção "Principal abordagem da decisão", em 67,7% das decisões em que se imputou tipo culposo, houve coincidência entre a afirmação sobre nexo causal e culpa. Mais especificamente, observou-se que em 57,4% das decisões houve coincidência entre as afirmações para condenar. Esse resultado, no entanto, só seria relevante para este trabalho caso fosse possível confirmar que as afirmações coincidiam porque decorriam do mesmo argumento. Para saber se esse resultado poderia significar que a afirmação dos elementos às vezes decorre de um mesmo argumento, foram analisadas qualitativamente as condenações por tipos culposos (ver "Relação entre os elementos subjetivo e objetivo do tipo"). Verificou-se que isso ocorreu em 56,6% do total de condenações por tipo culposo. Pela leitura das decisões foi possível perceber que estando provada a culpa estaria provado que o indivíduo "deu causa" ao resultado, sendo isso suficiente para a condenação. Constatou-se, ainda, que em 41,5% das condenações a decisão baseou-se no argumento de que não é possível a compensação de culpas no direito penal. O raciocínio utilizado nesses casos parece ser o de que, comprovada a culpa do acusado, a conduta seria típica, independente da contribuição de cada pessoa para o resultado. Outro resultado que revelou a confusão entre nexo causal e culpa é a existência de diversos casos em que o art. 13, caput, foi mencionado na conclusão do voto sem indicação de qualquer elemento sobre o conceito de causalidade, somente com a afirmação de que o nexo causal teria sido concretizado pela infração do dever de cuidado objetivo (seção IV.I). Os casos de embriaguez ao volante são particularmente interessantes para demonstrar a afirmação de nexo causal como decorrência de culpa, pois são casos em que a culpa é mais evidente e a conduta de dirigir embriagado, sem causar morte ou lesão corporal, mas expondo outro a perigo é crime tipificado no art. 306 da Lei n. 9.503/97, o que ensejaria importante comparação com as condenações pelo art. 302. Com exceção de dois casos, a constatação do estado de embriaguez foi suficiente para a condenação. Nesses casos, a média de pena de prisão aplicada foi de 2 anos e 6 meses de detenção. Caso as condenações tivessem sido pelo art. 306, a média da pena privativa de liberdade aplicada seria menor do que um ano de detenção.11 Isso ilustra uma das implicações da afirmação de nexo causal como decorrência exclusiva da culpa: pessoas estão sendo condenadas por crime de resultado (considerado mais grave pelo sistema político, uma vez que a pena cominada é maior) sendo que a decisão se limitou a constatar a conduta http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-24322011000100010&lng=pt&nrm=iso#nt11 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 106 individual. 5 CONCLUSÃO Partindo da premissa de que a imputação não é um dado ontológico, este trabalho teve como objetivo entender os requisitos para verificação do nexo causal no sistema criminal brasileiro. Como o direito positivo brasileiro oferece apenas critérios mínimos para a determinação da imputação (art. 13 do Código Penal), a proposta deste artigo foi explorar empíricamente os requisitos para a realização do tipo objetivo nos tribunais brasileiros,contribuindo, assim, para o fomento e legitimação do debate acerca da imputação. Em primeiro lugar, constatou-se que o tipo objetivo é raramente discutido em crimes dolosos. Além disso, em 20,8% das condenações não foi explicitado como principal abordagem da decisão (ainda que sem suporte probatório) que o acusado deu causa ao resultado, e em 45,5% desses casos a existência de nexo causal havia sido expressamente questionada no pedido. Aqui, também, uma explicação possível seria a hipótese de que o nexo causal pode não ser afirmado por ser considerado óbvio pelo senso comum. Outra importante conclusão: quando o tipo objetivo é discutido, os tribunais, de forma geral, vêm afirmando causalidade com pouca fundamentação. Em muitos casos, a decisão não utilizou nenhuma das categorias utilizadas na pesquisa para análise de argumentação; em outros tantos, o conteúdo do tipo objetivo foi preenchido pelos próprios peritos, que estão, verdadeiramente, fazendo o juízo de causalidade no lugar dos juizes, reforçando a hipótese de que se está recorrendo a um conceito de causalidade suposta, derivada do senso comum. Constatou-se, ainda, que é exigido do julgador um número maior de argumentos para comprovação de culpa do que para comprovação de nexo causal. Além disso, verificou-se que o nexo causal vem sendo afirmado como decorrência de culpa. Em quase metade do total de condenações por tipo culposo, o raciocínio utilizado foi que estando provada a culpa estaria provado que o indivíduo " deu causa" ao resultado, sendo isso suficiente para a condenação — o que foi corroborado pelo argumento da "impossibilidade de compensação de culpas no direito penal" utilizado em grande parte das condenações por tipos culposos. Nesses casos, não houve aferição de nexo causal, pois, pelo que se deduz das decisões, uma vez comprovada a culpa do acusado, a conduta seria típica, mesmo que comprovada a contribuição da vítima para o resultado, o acusado foi condenado. Esses casos evidenciam uma clara confusão entre culpa e nexo causal, pois ainda que presente a culpa do acusado, restaria a discussão acerca do nexo causal: se está provado que a vítima ou outra pessoa contribuiu para o resultado, seria ainda necessário aferir se há causalidade entre a conduta do indivíduo e o resultado. Pela leitura das decisões constatou-se, ainda, que essa discussão é ignorada. Ainda que se possa afirmar que discute-se o nexo causal sob a terminologia de "culpa", a utilização indiscriminada do argumento de impossibilidade de compensação de culpas no direito penal — e, é claro, a utilização da teoria da equivalência das condições — tem contribuído para empobrecer o discurso e diminuir a necessidade de argumentos racionais para a aferição do nexo causal. Isso significa que, a despeito dos debates dogmáticos sobre a necessidade de limitação do tipo, os tribunais têm utilizado as primeiras teorias sobre causalidade (datadas do final do século XIX). Além disso, em muitos casos pessoas estão sendo condenadas por crimes de resultado (considerado mais grave pelo sistema político, uma vez que a pena cominada é maior) nos quais a decisão limitou-se a constatar a conduta individual. O Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 107 exemplo da embriaguez ilustra bem a constatação de que culpa foi suficiente para a condenação. Este artigo não pretende criticar a forma pela qual os tribunais vêm decidindo. Na maioria das vezes, a causalidade parece não ser discutida, simplesmente, por não ser controversa no casoconcreto, em razão da prevalência da teoria da equivalência das condições e do senso comum das relações de causalidade. A ideia foi apenas mostrar que a decisão pode estar desvinculada das discussões dogmáticas e das próprias escolhas feitas pelo sistema político que, pela gradação das penas, pretendeu diferenciar crimes de mera conduta e de resultado. Além disso, as constatações feitas neste artigo são apenas um primeiro passo para a verificação de como tem sido feita a imputação individual de responsabilidade jurídica criminal. Para conclusões mais sólidas, seria necessário estudar mais detalhadamente as imputações por crimes dolosos, o problema da responsabilização na "criminalidade moderna", e relacionar a discussão travada na esfera penal com as conclusões e pesquisas já realizadas na esfera civil, tendo em vista que já não se pode mais pensar em fronteira estanque entre os dois campos.12 Por fim, este artigo pretendeu destacar para a importância das mais recentes teorias dogmáticas, como a teoria concebida por Jakobs, que passaram a distinguir o juízo de causalidade do juízo de imputação e procuraram criar critérios normativos, desvinculados de qualquer dado ontológico, para a imputação objetiva. O desenvolvimento dessas ideias, sempre amparadas pelo debate público, essencial para situar o debate dentro das balizas legitimadores do Estado Democrático de Direito, pode ser a chave para que se estabeleçam arranjos dogmáticos mais aptos para lidar com o sistema jurídico contemporâneo. 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Teoria do injusto penal. 3. ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2003. [ Links ] Artigo aprovado (10/06/2011) Recebido em 17/01/2011 NOTAS 1 Para uma análise e compilação dos artigos de Klaus Günther sobre sua teoria da responsabilidade e sua relação com a dogmática penal, ver: Püschel e Machado (Teoria da responsabilidade no estado democrático de direito: textos de Klaus Günther. São Paulo: Saraiva, 2009). 2 Antes do início da pesquisa, buscou-se verificar se havia algum filtro anterior de decisões feito pela AASP para formação de seu banco de dados. Após contato com o coordenador da ferramenta de pesquisa on-line, fui informada de que, para a maioria dos tribunais, a AASP possui parceria por meio da qual todas as decisões publicadas são automaticamente enviadas para o banco de dados. Nos outros casos, a própria AASP busca as decisões nos sites dos tribunais, sem realizar nenhum tipo de seleção e, portanto, todas as decisões publicadas compõem o banco de dados. Ressalte-se, no entanto, que a ferramenta inclui, apenas, as decisões dos seguintes Tribunais: TJMG, TJRS, TJGO, TJPR, TJSP, TJDF, TJMT, TJSC, TJAC, TJMS, TJRO. Ainda assim, tendo em vista que nos demais Tribunais de Justiça a pesquisa de jurisprudência pela internet é mais restrita e que, dessa forma, o critério de busca seria o mesmo, decidiu-se que, para uma pesquisa que envolvesse mais de um Tribunal de Justiça, a ferramenta de pesquisa on-line de jurisprudência do site da AASP(<http://www.aasp.org.br/aasp/jurispruaencia/inaeK.asp>) seria a forma mais prática e menos parcial para a formação do banco de dados. 3 As decisões foram excluídas pelos seguintes motivos: (1) decisões em que as palavras "nexo causal" e "causalidade" estão presentes em trecho (em nada relacionado com o objeto da decisão) de citação de doutrina ou jurisprudência; (2) decisões em que alguma das partes alega a existência/inexistência de nexo causal, mas a turma julgadora não analisa a questão porque alguma questão preliminar (nulidade ou prescrição, por exemplo) é acatada; (3) decisões em que nenhuma das partes alega existência/inexistência de nexo causal e a turma julgadora afirma, simplesmente, a existência de tipicidade/nexo causal/causalidade sem sustentar a afirmação com nenhum argumento; (4) decisões que tratam de nexo causal ou causalidade entre duas condutas (e não entre ação e resultado) para determinar a existência/inexistência de continência ou continuidade delitiva; e (5) decisões que tratam de causalidade na coautoria e participação. 4 O pedido, para fins desta pesquisa, é o que o relatório do acórdão descreveu como pedido. javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-24322011000100010&lng=pt&nrm=iso#tx01 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-24322011000100010&lng=pt&nrm=iso#tx02 http://www.aasp.org.br/aasp/jurispruaencia/inaeK.asp http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-24322011000100010&lng=pt&nrm=iso#tx03 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-24322011000100010&lng=pt&nrm=iso#tx04 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 109 5 O resultado Condenação-Condenação [prescrição] refere-se aos casos em que o Tribunal manteve a condenação de primeira instância, mas declarou extinta a punibilidade pela prescrição. Da mesma forma, Absolvição-Condenação [prescrição] refere-se aos casos em que o Tribunal reformou a sentença de primeira instância para condenar e, ao mesmo, declarou extinta a punibilidade pela prescrição. 6 Todos os resultados apresentados aqui referem-se somente às decisões de acusação por tipo culposo, que correspondem a 79,7% do total (seção III.I). 7 De acordo com essa teoria, todo resultado é produto de condições equivalentes do ponto de vista causal: causa é toda conduta que, caso eliminada mentalmente, suprimiria o resultado. 8 O debate foi introduzido somente na última década, principalmente por Galvão (2000); Tavares (2003) e Greco (2005). Muitas vezes as teorias de imputação objetiva são tidas como forma de complementação das teorias de causalidade. Cf. as consideraçãode Prado e Carvalho (2006, p. 13) sobre as teorias de imputação objetiva: "Muito embora envolta em uma série de questionamentos, é impossível prescindir-se pura e simplesmente da causalidade especialmente nos delitos de resultado, não somente por ser um dado ôntico irrefutável na maioria dos casos, mas, também, por representar garantia em sede penal". 9 Apesar de este artigo restringir-se às decisões que tratam de causalidade, sabe-se que o debate da imputação objetiva é ainda incipiente nos tribunais brasileiros. A título de ilustração, verifica-se que a busca por acórdãos do Superior Tribunal de Justiça com a palavra-chave "imputação objetiva" resulta em apenas oito decisões, das quais cinco fazem referência à inexistência de inépcia da denuncia, pois "a imputação, objetiva, é por demais clara, sem prejuízo para a defesa" (RHC 22151, HC 24770; HC 23898; RHC 11970 e HC 9709). Apenas três decisões mencionam (duas sem aplicar) a teoria (REsp 822517; HC 46525 e RHC 12842). 10 Tradução da autora. 12 Para uma análise da relação entre as responsabilidades penal e civil, ver: Püschel e Machado (Questões atuais acerca da relação entre as responsabilidades penal e civil. In: GARCIA, Basileu. Instituições de direito penal, v. 1, 7. ed., ver. e atual., São Paulo: Saraiva, 2008, p. 18-36). http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-24322011000100010&lng=pt&nrm=iso#tx05 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-24322011000100010&lng=pt&nrm=iso#tx06 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-24322011000100010&lng=pt&nrm=iso#tx07 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-24322011000100010&lng=pt&nrm=iso#tx08 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-24322011000100010&lng=pt&nrm=iso#tx09 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-24322011000100010&lng=pt&nrm=iso#tx10 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-24322011000100010&lng=pt&nrm=iso#tx12 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 110 SITES E LIVROS PARA CONSULTAS [CITAÇÃO] Manual de direito penal JF Mirabete - 1984 - Editora Atlas [LIVRO] Direito e razão: teoria do garantismo penal L Ferrajoli, AP Zomer, FH Choukr, J Tavares… - 2002 - ambito-juridico.com.br Sinopse: Ao discutir o sistema penal atual em suas bases filosóficas, políticas e jurídicas, a presente obra destroi velhos vícios teóricos e práticos, para, em seguida, construir a teoria geral do garantismo como modelo ideal: um sistema normativo dotado de garantias que ... [CITAÇÃO] Lições de direito penal: parte especial HC Fragoso - 1986 - Forense [CITAÇÃO] Tratado de direito penal CR Bitencourt - 2011 - bdjur.stj.jus.br Descrição: Divulgação dos SUMÁRIOS das obras recentemente incorporadas ao acervo da Biblioteca Ministro Oscar Saraiva do STJ. Em respeito à lei de Direitos Autorais, não disponibilizamos a obra na íntegra. 343 B624t 5. ed. v. 4 STJ00087799/5. ed v. 5 ... Citado por 771 Artigos relacionados Todas as 2 versões Citar Mais [CITAÇÃO] Manual de direito penal brasileiro ER Zaffaroni, JH Pierangeli - Parte geral, 1999 [CITAÇÃO] Criminologia crítica e crítica do direito penal: introdução à sociologia do direito penal A Baratta - 2002 - Revan Citado por 572 Artigos relacionados Citar [HTML] de rt.com.br [HTML] Curso de direito penal brasileiro. v. 3 LR Prado - São Paulo: RT, 2006 - rt.com.br A presente edição do volume 3 do Curso de Direito Penal Brasileiro mantém todas as características das edições anteriores, inclusive o rigor metodológico eo tratamento aprofundado da Parte Especial do Código Penal brasileiro. [CITAÇÃO] Manual de direito penal: parte geral CR Bitencourt - 1999 - Editora Revista dos Tribunais Citado por 287 Artigos relacionados Citar [CITAÇÃO] Introdução crítica ao direito penal brasileiro N Batista - 2011 - bdjur.stj.jus.br Descrição: Divulgação dos SUMÁRIOS das obras recentemente incorporadas ao acervo da Biblioteca Ministro Oscar Saraiva do STJ. Em respeito à Lei de Direitos Autorais, não disponibilizamos a obra na íntegra. STJ00091338 343 (81) B833i 12. ed.(2011) [CITAÇÃO] Manual de direito penal JF Mirabete, RN Fabbrini - 2011 - bdjur.stj.jus.br 2 Aplicação da lei penal, 39 2.1 Princípio da legalidade, 39 2.1. 1 Conceito e histórico, 39 2.1. 2 Princípios decorrentes, 41 2.1. 3 Outros princípios, 41 2.2 A lei penal no tempo, 42 2.2. 1 Introdução, 42 2.2. 2 Princípios da lei penal no tempo, 43 http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=obras_visualiza&id_o=886 http://bdjur.stj.jus.br/dspace/handle/2011/21179 http://scholar.google.com/scholar?cites=11093826580682328822&as_sdt=2005&sciodt=0,5&hl=pt-PT http://scholar.google.com/scholar?q=related:9kpbXX8w9ZkJ:scholar.google.com/&hl=pt-PT&as_sdt=0,5 http://scholar.google.com/scholar?cluster=11093826580682328822&hl=pt-PT&as_sdt=0,5 http://scholar.google.com/scholar?hl=pt-PT&q=DIREITO+PENAL&btnG=&lr= http://scholar.google.com/scholar?hl=pt-PT&q=DIREITO+PENAL&btnG=&lr= http://scholar.google.com/scholar?cites=10677144683806203390&as_sdt=2005&sciodt=0,5&hl=pt-PT http://scholar.google.com/scholar?q=related:_h24HYXWLJQJ:scholar.google.com/&hl=pt-PT&as_sdt=0,5 http://scholar.google.com/scholar?hl=pt-PT&q=DIREITO+PENAL&btnG=&lr= http://www.rt.com.br/index.php/rdire/article/view/?sub=produto.detalhe&id=52003 http://www.rt.com.br/index.php/rdire/article/view/?sub=produto.detalhe&id=52003 http://scholar.google.com/scholar?cites=7728357310662472245&as_sdt=2005&sciodt=0,5&hl=pt-PT http://scholar.google.com/scholar?q=related:NXJUBwekQGsJ:scholar.google.com/&hl=pt-PT&as_sdt=0,5 http://scholar.google.com/scholar?hl=pt-PT&q=DIREITO+PENAL&btnG=&lr= http://bdjur.stj.jus.br/dspace/handle/2011/42349 http://bdjur.stj.jus.br/dspace/handle/2011/23551 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 111 Citado por 326 Artigos relacionados Todas as 2 versões Citar Mais [LIVRO] O direito de empresa à luz do novo código civil S Campinho - 2005 - en.scientificcommons.org ... Herausgeber, Renovar. Archiv, BDJur no STJ (Brazil). Keywords, Direito empresarial, Brasil, Direito comercial, Brasil, Sociedade comercial, regime jurídico, Brasil, Pessoa jurídica de direito privado, Brasil, Estabelecimento comercial, Brasil. Typ, Livro. Sprache, Portugisisch. ... Citado por 111 - Artigos relacionados - Em cache - Todas as 4 versões [CITAÇÃO] Responsabilidade civil ambiental dos agentes financiadores [PDF] de fgv.br CAF Natali - Direito Empresarial, 2010 - bibliotecadigital.fgv.br RESUMO Meio ambiente. Palavra que ganhou força e importância a partir de meados dos anos 80. Os efeitos das ações nocivas do homem ao meio ambiente têm cada vez mais espaço nos noticiários e na impressa escrita. 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Citado por 8 - Artigos relacionados - Em cache - Todas as 5 versões [CITAÇÃO] Direito empresarial moderno W Bulgarelli - 1992 - Forense Citado por 9 - Artigos relacionados [CITAÇÃO] Tratado de direito empresarial: sociedades anônimas e valores mobiliários JSPacheco - São Paulo: Saraiva, 1977 Citado por 9 - Artigos relacionados [CITAÇÃO] Problemas de direito empresarial moderno: contratos comerciais, falências e concordatas, propriedade industrial, concorrência desleal e proteção ao … W Bulgarelli - 1989 - Revista dos Tribunais Citado por 9 - Artigos relacionados http://scholar.google.com/scholar?cites=12432092106651380455&as_sdt=2005&sciodt=0,5&hl=pt-PT http://scholar.google.com/scholar?q=related:56rkJ-eph6wJ:scholar.google.com/&hl=pt-PT&as_sdt=0,5 http://scholar.google.com/scholar?cluster=12432092106651380455&hl=pt-PT&as_sdt=0,5 http://scholar.google.com/scholar?hl=pt-PT&q=DIREITO+PENAL&btnG=&lr= http://scholar.google.com/scholar?hl=pt-PT&q=DIREITO+PENAL&btnG=&lr= http://en.scientificcommons.org/52201945 http://scholar.google.com.br/scholar?cites=15605908445221434506&as_sdt=5&sciodt=0&hl=pt-BR http://scholar.google.com.br/scholar?q=related:ijSxGgxTk9gJ:scholar.google.com/&hl=pt-BR&as_sdt=0 http://scholar.googleusercontent.com/scholar?q=cache:ijSxGgxTk9gJ:scholar.google.com/+direito+empresarial&hl=pt-BR&as_sdt=0 http://scholar.google.com.br/scholar?cluster=15605908445221434506&hl=pt-BR&as_sdt=0 http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/7692 http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/7692/TCC%20Responsabilidade%20Civil.pdf?sequence=1 http://scholar.google.com.br/scholar?q=related:Zri7lV8BuOUJ:scholar.google.com/&hl=pt-BR&as_sdt=0 http://scholar.google.com.br/scholar?cluster=16552981940445886566&hl=pt-BR&as_sdt=0 http://scholar.google.com.br/scholar?cites=15929599410693812730&as_sdt=5&sciodt=0&hl=pt-BR http://scholar.google.com.br/scholar?q=related:-jGt8ENOEd0J:scholar.google.com/&hl=pt-BR&as_sdt=0 http://en.scientificcommons.org/46160729 http://bdjur.stj.jus.br/xmlui/bitstream/handle/2011/21748/Li%C3%A7%C3%B5es_Direito_Empresarial_8%C2%AAEdi%C3%A7%C3%A3o.pdf?sequence=1 http://scholar.google.com.br/scholar?cites=15041583235602582500&as_sdt=5&sciodt=0&hl=pt-BR http://scholar.google.com.br/scholar?q=related:5AuQUUJwvtAJ:scholar.google.com/&hl=pt-BR&as_sdt=0 http://scholar.googleusercontent.com/scholar?q=cache:5AuQUUJwvtAJ:scholar.google.com/+direito+empresarial&hl=pt-BR&as_sdt=0 http://scholar.google.com.br/scholar?cluster=15041583235602582500&hl=pt-BR&as_sdt=0 http://scholar.google.com.br/scholar?cites=5660348717194716998&as_sdt=5&sciodt=0&hl=pt-BR http://scholar.google.com.br/scholar?q=related:Rqc6ISuZjU4J:scholar.google.com/&hl=pt-BR&as_sdt=0 http://scholar.google.com.br/scholar?cites=14013075926589775742&as_sdt=5&sciodt=0&hl=pt-BR http://scholar.google.com.br/scholar?q=related:fh_2jk9yeMIJ:scholar.google.com/&hl=pt-BR&as_sdt=0 http://scholar.google.com.br/scholar?cites=9568025161526484632&as_sdt=5&sciodt=0&hl=pt-BR http://scholar.google.com.br/scholar?q=related:mB7J2jB0yIQJ:scholar.google.com/&hl=pt-BR&as_sdt=0 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 112 [CITAÇÃO] Curso de direito empresarial ALSC Ramos - Salvador: Jus Podivm, 2008 Citado por 8 - Artigos relacionados - Todas as 2 versões [CITAÇÃO] Prova Pericial Contábil: aspectos práticos e fundamentais WAZ Hoog - 2007 - Jurua Editora Citado por 30 - Artigos relacionados [CITAÇÃO] Resumo de direito comercial:(empresarial) MCA Führer - 2010 - bdjur.stj.jus.br Descrição: Divulgação dos SUMÁRIOS das obras recentemente incorporadas ao acervo da Biblioteca Ministro Oscar Saraiva do STJ. Em respeito à lei de Direitos Autorais, não disponibilizamos a obra na íntegra. STJ00083066 347.7 (81) F959r 40. ed CITAÇÃO] Direito empresarial JF ARAÚJO - Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1998 Citado por 7 - Artigos relacionados [CITAÇÃO] Direito Empresarial–doutrina e jurisprudência LAS HENTZ - Leme: LED, 1998 Citado por 7 - Artigos relacionados Direito Empresarial: o estabelecimento e seus aspectos contratuais ML Postiglione - 2006 - bdjur.stj.gov.br Aborda questões instigantes do direito comercial. O autor dividiu a obra em dois blocos principais onde no primeiro, teceu considerações iniciais acerca do estabelecimento empresarial, aprofundando-se nos elementos imateriais que o compõem. No segundo, ... 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Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 113 [CITAÇÃO] Direito Empresarial JC FORTES - Fortaleza: Editora Fortes, 2004 Citado por 6 - Artigos relacionados [CITAÇÃO] Tratado de direito empresarial JS Pacheco - Direitos Negociais e, 1979 Citado por 6 - Artigos relacionados [CITAÇÃO] A filantropia empresarial: nem caridade, nem direito N Beghin - 2004 - Cortez Editora Citado por 46 - Artigos relacionados [CITAÇÃO] Direito empresarial: estudo unificado [PDF] de stj.jus.br R Negrão - 2008 - bdjur.stj.jus.br Descrição: Divulgação dos SUMÁRIOS das obras recentemente incorporadas ao acervo da Biblioteca Ministro Oscar Saraiva do STJ. Em respeito à lei de Direitos Autorais, não disponibilizamos a obra na íntegra. STJ00076153 347.7 (81) N385d STJ000896393. ed [CITAÇÃO] Sociedades comerciais: empresa e estabelecimento W Bulgarelli - 1985 - Atlas Citado por 81 - Artigos relacionados [CITAÇÃO] Estudos e pareceres de direito empresarial:(o direito das empresas) W Bulgarelli - 1980 - Editora Revista dos Tribunais Citado por 13 - Artigos relacionados [CITAÇÃO] Tratado de direito empresarial brasileiro CM de Oliveira - 2004 - LZN Citado por 17 - Artigos relacionados [CITAÇÃO] O novo direito societário [PDF] de stj.gov.br C Salomão Filho - 2011 - bdjur.stj.gov.br ... C APiTULO I - DIREITO EMPRESARIAL P ÚBLICO I. Introduçiio: uma crítica ao neoliberalismo ..... 15 2. Crítica aos determinismos econômicos ..... ... 17 4. Direito empresarial público ..... ... Citado por 61 - Artigos relacionados - Todas as 2 versões [CITAÇÃO] Direito empresarial ME Finkelstein - 2005 - Atlas Citado por 15 - Artigos relacionados http://scholar.google.com.br/scholar?cites=14498441111948059642&as_sdt=5&sciodt=0&hl=pt-BR http://scholar.google.com.br/scholar?q=related:-mOVEmDPNMkJ:scholar.google.com/&hl=pt-BR&as_sdt=0 http://scholar.google.com.br/scholar?cites=13903746413458793264&as_sdt=5&sciodt=0&hl=pt-BR http://scholar.google.com.br/scholar?q=related:MKNSpbIH9MAJ:scholar.google.com/&hl=pt-BR&as_sdt=0 http://scholar.google.com.br/scholar?cites=15930328108925868789&as_sdt=5&sciodt=0&hl=pt-BR http://scholar.google.com.br/scholar?q=related:9VryNwPlE90J:scholar.google.com/&hl=pt-BR&as_sdt=0 http://bdjur.stj.jus.br/xmlui/handle/2011/26665 http://bdjur.stj.jus.br/xmlui/bitstream/handle/2011/26665/Direito_empresarial_estudo_3.ed.pdf?sequence=4 http://scholar.google.com.br/scholar?cites=13602404777588589468&as_sdt=5&sciodt=0&hl=pt-BR http://scholar.google.com.br/scholar?q=related:nIM-mxNzxbwJ:scholar.google.com/&hl=pt-BR&as_sdt=0 http://scholar.google.com.br/scholar?cites=18254554034553031306&as_sdt=5&sciodt=0&hl=pt-BR http://scholar.google.com.br/scholar?q=related:igq1ei00Vf0J:scholar.google.com/&hl=pt-BR&as_sdt=0 http://scholar.google.com.br/scholar?cites=8932803599404960756&as_sdt=5&sciodt=0&hl=pt-BR http://scholar.google.com.br/scholar?q=related:9Avdroux93sJ:scholar.google.com/&hl=pt-BR&as_sdt=0 http://bdjur.stj.gov.br/xmlui/handle/2011/40774 http://bdjur.stj.gov.br/xmlui/bitstream/handle/2011/40774/Novo_Direito_Societario_4.ed.pdf?sequence=1 http://scholar.google.com.br/scholar?cites=477110473778479792&as_sdt=5&sciodt=0&hl=pt-BR http://scholar.google.com.br/scholar?q=related:sEIvtHIJnwYJ:scholar.google.com/&hl=pt-BR&as_sdt=0 http://scholar.google.com.br/scholar?cluster=477110473778479792&hl=pt-BR&as_sdt=0 http://scholar.google.com.br/scholar?cites=12950173092197971626&as_sdt=5&sciodt=0&hl=pt-BR http://scholar.google.com.br/scholar?q=related:qjZIfNBBuLMJ:scholar.google.com/&hl=pt-BR&as_sdt=0 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 114 [CITAÇÃO] Direito empresarial M Gusmão - 2005 - Impetus Citado por 12 - Artigos relacionados [CITAÇÃO] Novos ensaios e pareceres de direito empresarial FK Comparato - 1981 - Forense Citado por 11 - Artigos relacionados [CITAÇÃO] Direito empresarial aplicado JC Fernandes - 2007 - del Rey Editora Citado por 9 - Artigos relacionados [CITAÇÃO] O novo direito empresarial W Bulgarelli - 1999 - Renovar Citado por 14 - Artigos relacionados [CITAÇÃO] Introdução ao direito inglês e norte-americano Manual de direito empresarial [PDF] de stj.gov.br G Mamede - 2008 - en.scientificcommons.org Abstract Divulgação dos SUMÁRIOS das obras recentemente incorporadas ao acervo da Biblioteca Ministro Oscar Saraiva do STJ. Em respeito à lei de Direitos Autorais, não disponibilizamos a obra na íntegra. STJ00080847 347.7 (81) M264m 4. ed. Citado por 68 - Artigos relacionados - Em cache - Todas as 4 versões [CITAÇÃO] Direito empresarial: estudos e pareceres FK Comparato - 1990 - Editora Saraiva Citado por 71 - Artigos relacionados [CITAÇÃO] Tratado de direito empresarial W BULGARELLI - São Paulo: Atlas, 1995 Citado por 54 - Artigos relacionados [CITAÇÃO] Ensaios e pareceres de direito empresarial FK Comparato - 1978 - Forense Citado por 30 - Artigos relacionados [CITAÇÃO] Curso de direito empresarial [PDF] de stj.gov.br M Tomazette - 2011 - bdjur.stj.gov.br Descrição: Divulgação dos SUMÁRIOS das obras recentemente incorporadas ao acervo da Biblioteca Ministro Oscar Saraiva do STJ. Em respeito à lei de Direitos Autorais, não disponibilizamos a obra na íntegra. 347.7 (81) T655c STJ00081336 2. ed. STJ00084234 ... Citado por 24 - Artigos relacionados - Todas as 2 versões http://scholar.google.com.br/scholar?cites=9124025174371418794&as_sdt=5&sciodt=0&hl=pt-BR http://scholar.google.com.br/scholar?q=related:qkIhEI4Mn34J:scholar.google.com/&hl=pt-BR&as_sdt=0 http://scholar.google.com.br/scholar?cites=13161369347965904715&as_sdt=5&sciodt=0&hl=pt-BR http://scholar.google.com.br/scholar?q=related:S-c4p7CTprYJ:scholar.google.com/&hl=pt-BR&as_sdt=0 http://scholar.google.com.br/scholar?cites=17377700948817838203&as_sdt=5&sciodt=0&hl=pt-BR http://scholar.google.com.br/scholar?q=related:e4BBI_H-KfEJ:scholar.google.com/&hl=pt-BR&as_sdt=0 http://scholar.google.com.br/scholar?cites=11965132505573905209&as_sdt=5&sciodt=0&hl=pt-BR http://scholar.google.com.br/scholar?q=related:OVM2rZ6wDKYJ:scholar.google.com/&hl=pt-BR&as_sdt=0 http://en.scientificcommons.org/51232157 http://bdjur.stj.gov.br/xmlui/bitstream/handle/2011/23356/Manual_Direito_Empresarial_4.ed.pdf?sequen http://scholar.google.com.br/scholar?cites=7597010984310063601&as_sdt=2005&sciodt=0,5&hl=pt-BR http://scholar.google.com.br/scholar?q=related:8cGKUj0BbmkJ:scholar.google.com/&hl=pt-BR&as_sdt=0,5 http://scholar.googleusercontent.com/scholar?q=cache:8cGKUj0BbmkJ:scholar.google.com/+direito+empresarial&hl=pt-BR&as_sdt=0,5 http://scholar.google.com.br/scholar?cluster=7597010984310063601&hl=pt-BR&as_sdt=0,5 http://scholar.google.com.br/scholar?cites=597027048392347744&as_sdt=2005&sciodt=0,5&hl=pt-BR http://scholar.google.com.br/scholar?q=related:YNC59O8QSQgJ:scholar.google.com/&hl=pt-BR&as_sdt=0,5 http://scholar.google.com.br/scholar?cites=7337277316211044478&as_sdt=2005&sciodt=0,5&hl=pt-BR http://scholar.google.com.br/scholar?q=related:fnBKM9g-02UJ:scholar.google.com/&hl=pt-BR&as_sdt=0,5 http://scholar.google.com.br/scholar?cites=15410512750738576596&as_sdt=2005&sciodt=0,5&hl=pt-BR http://scholar.google.com.br/scholar?q=related:1JRmyrIj3dUJ:scholar.google.com/&hl=pt-BR&as_sdt=0,5 http://bdjur.stj.gov.br/xmlui/handle/2011/24603 http://bdjur.stj.gov.br/xmlui/bitstream/handle/2011/24603/Curso_Direito_Empresarial_Tomazette_2.ed.pdf?sequence=5 http://scholar.google.com.br/scholar?cites=17253066850843630066&as_sdt=2005&sciodt=0,5&hl=pt-BR http://scholar.google.com.br/scholar?q=related:8hma4uM0b-8J:scholar.google.com/&hl=pt-BR&as_sdt=0,5 http://scholar.google.com.br/scholar?cluster=17253066850843630066&hl=pt-BR&as_sdt=0,5 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 115 [CITAÇÃO] Direito empresarial brasileiro G Mamede - 2006 - Editora Atlas Citado por 31 - Artigos relacionados Direito empresarial brasileiro [PDF] de stj.jus.br G Mamede - São Paulo: Atlas, 2004 - en.scientificcommons.org Abstract Divulgação dos SUMÁRIOS das obras recentemente incorporadas ao acervo da Biblioteca Ministro Oscar Saraiva do STJ. Em respeito à lei de Direitos Autorais, não disponibilizamos a obra na íntegra. STJ00080655 347.72 (81) M264d 3. ed Citado por 28 - Artigos relacionados - Em cache - Todas as 4 versões [PDF] Direito empresarial [PDF] de unesp.br LAS Hentz - São Paulo: Ed. de Direito, 1998 - franca.unesp.br O aluno estará habilitado a dissertar e solucionar questões sobre o conteúdo programático em provas escritas e orais, no Exame Nacional de Cursos do MEC, no Exame de HabilitaçãoProfissional da OAB e em concursos públicos das carreiras jurídicas ( ... Citado por 20 - Artigos relacionados - Ver em HTML [CITAÇÃO] Direito societário: sociedades simples e empresárias [PDF] de stj.gov.br G Mamede - 2008 - bdjur.stj.gov.br ... 6.2 Constituição, 26 Page 2. xü Direito Empresarial Brasileiro 6.3 Ténnino e liquidação, 30 2 PERSONIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES ... do sócio, 158 xüi Page 4. xiv Direito Empresarial Brasileiro 4.1 Incapacidade superveniente, 160 ... Citado por 56 - Artigos relacionados - Todas as 4 versões [CITAÇÃO] A teoria jurídica da empresa: análise jurídica da empresarialidade W Bulgarelli - 1985 - Editora Revista dos Tribunais Citado por 32 - Artigos relacionados ORIENTAÇÕES PARA BUSCA DE ARTIGOS CIENTÍFICOS NO SCIELO http://scholar.google.com.br/scholar?cites=1689564960768300141&as_sdt=2005&sciodt=0,5&hl=pt-BR http://scholar.google.com.br/scholar?q=related:bZSKT2GKchcJ:scholar.google.com/&hl=pt-BR&as_sdt=0,5 http://en.scientificcommons.org/47458905 http://bdjur.stj.jus.br/xmlui/bitstream/handle/2011/22420/Direito_Empresarial_Brasileiro_Direito_4.ed.v.2.pdf?sequence=7 http://scholar.google.com.br/scholar?cites=4765278591960145663&as_sdt=2005&sciodt=0,5&hl=pt-BR http://scholar.google.com.br/scholar?q=related:_96OwaGrIUIJ:scholar.google.com/&hl=pt-BR&as_sdt=0,5 http://scholar.googleusercontent.com/scholar?q=cache:_96OwaGrIUIJ:scholar.google.com/+direito+empresarial&hl=pt-BR&as_sdt=0,5 http://scholar.google.com.br/scholar?cluster=4765278591960145663&hl=pt-BR&as_sdt=0,5 http://www.franca.unesp.br/graduacao/grade_curso_Direito/2_Ano/DIR7213%20-%20Direito%20Empresarial%20I.pdf http://www.franca.unesp.br/graduacao/grade_curso_Direito/2_Ano/DIR7213%20-%20Direito%20Empresarial%20I.pdf http://scholar.google.com.br/scholar?cites=16123633378733008700&as_sdt=2005&sciodt=0,5&hl=pt-BR http://scholar.google.com.br/scholar?q=related:PCcDnCGnwt8J:scholar.google.com/&hl=pt-BR&as_sdt=0,5 http://scholar.googleusercontent.com/scholar?q=cache:PCcDnCGnwt8J:scholar.google.com/+direito+empresarial&hl=pt-BR&as_sdt=0,5 http://bdjur.stj.gov.br/xmlui/handle/2011/19239 http://bdjur.stj.gov.br/xmlui/bitstream/handle/2011/19239/Direito_Societ%C3%A1rio_Sociedades_Simples_e_Empres%C3%A1rias.pdf?sequence=1 http://scholar.google.com.br/scholar?cites=12798519304391091991&as_sdt=2005&sciodt=0,5&hl=pt-BR http://scholar.google.com.br/scholar?q=related:F-c1dX95nbEJ:scholar.google.com/&hl=pt-BR&as_sdt=0,5 http://scholar.google.com.br/scholar?cluster=12798519304391091991&hl=pt-BR&as_sdt=0,5 http://scholar.google.com.br/scholar?cites=17901189647432524837&as_sdt=2005&sciodt=0,5&hl=pt-BR http://scholar.google.com.br/scholar?q=related:JaQdyCPNbfgJ:scholar.google.com/&hl=pt-BR&as_sdt=0,5 Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 116 Após a escolha do tema do TCC, pertinente ao seu curso de Pós-graduação, você deverá fazer a busca por artigos científicos da área, em sites especializados, para a redação do seu próprio artigo científico. O suporte bibliográfico se faz necessário porque toda informação fornecida no seu artigo deverá ser retirada de outras obras já publicadas anteriormente. Para isso, deve-se observar os tipos de citações (indiretas e diretas) descritas nesta apostila e a maneira como elas devem ser indicadas no seu texto. Lembre-se que os artigos que devem ser consultados são artigos científicos, publicados em revistas científicas. Sendo assim, as consultas em revistas de ampla circulação (compradas em bancas) não são permitidas, mesmo se ela estiver relatando resultados de estudos publicados como artigos científicos sobre aquele assunto. Revistas como: Veja, Isto é, Época, etc., são meios de comunicação jornalísticos e não científicos. Os artigos científicos são publicados em revistas que circulam apenas no meio acadêmico (Instituições de Ensino Superior). Essas revistas são denominadas periódicos. Cada periódico têm sua circulação própria, isto é, alguns são publicados impressos mensalmente, outros trimestralmente e assim por diante. Alguns periódicos também podem ser encontrados facilmente na internet e os artigos neles contidos estão disponíveis para consulta e/ou download. Os principais sites de buscas por artigos são, entre outros: SciELO: www.scielo.org Periódicos Capes: www.periodicos.capes.gov.br Bireme: www.bireme.br PubMed: www.pubmed.com.br A seguir, temos um exemplo de busca por artigos no site do SciELO. Lembrando que em todos os sites, embora eles sejam diferentes, o método de busca não difere muito. Deve-se ter em mente o assunto e as palavras-chave que o levarão à procura pelos artigos. Bons estudos! http://www.scielo.org/ http://www.periodicos.capes.gov.br/ http://www.bireme.br/ http://www.pubmed.com.br/ Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 117 Siga os passos indicados: Para iniciar sua pesquisa, digite o site do SciELO no campo endereço da internet e, depois de aberta a página, observe os principais pontos de pesquisa: por artigos; por periódicos e periódicos por assunto (marcações em círculo). Ao optar pela pesquisa por artigos, no campo método (indicado abaixo), escolha se a busca será feita por palavra-chave, por palavras próximas à forma que você escreveu, pelo site Google Acadêmico ou por relevância das palavras. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 118 Em seguida, deve-se escolher onde será feita a procura e quais as palavras- chave deverão ser procuradas, de acordo com assunto do seu TCC (não utilizar “e”, “ou”, “de”, “a”, pois ele procurará por estas palavras também). Clicar em pesquisar. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 119 Lembre-se de que as palavras-chave dirigirão a pesquisa, portanto, escolha- as com atenção. Várias podem ser testadas. Quanto mais próximas ao tema escolhido, mais refinada será sua busca. Por exemplo, se o tema escolhido for relacionado à degradação ambiental na cidade de Ipatinga, as palavras- Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 120 chave poderiam ser: degradação; ambiental; Ipatinga. Ou algo mais detalhado. Se nada aparecer, tente outras palavras. Isso feito, uma nova página aparecerá, com os resultados da pesquisa para aquelas palavras que você forneceu. Observe o número de referências às palavras fornecidas e o número de páginas em que elas se encontram (indicado abaixo). A seguir, estará a lista com os títulos dos artigos encontrados, onde constam: nome dos autores (Sobrenome, nome), título, nome do periódico, ano de publicação, volume, número, páginas e número de indexação. Logo abaixo, têm-se as opções de visualização do resumo do artigo em português/inglês e do artigo na íntegra, em português. Avalie os títulos e leia o resumo primeiro, para ver se vale à pena ler todo o artigo. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 121 Ao abrir o resumo, tem-se o nome dos autores bem evidente, no início da página (indicado abaixo). No final, tem-se, ainda, a opção de obter o arquivo do artigo em PDF, que é um tipo de arquivo compactado e, por isso, mais leve, Caso queria, você pode fazer download e salvá-lo em seu computador.