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ESCOLA DE ENGENHARIA 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA E MEIO AMBIENTE 
ENGENHARIA AGRÍCOLA E AMBIENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARYANNA DE OLIVEIRA FRANCO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estudo de caso: Sítio Sonho Dourado. 
Elaboração de proposta para produção de café especial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NITERÓI 
2022 
 
 
MARYANNA DE OLIVEIRA FRANCO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado 
ao Curso de Engenharia Agrícola e 
Ambiental, da Universidade Federal 
Fluminense, como requisito parcial à 
obtenção do título de Bacharel em 
Engenharia Agrícola e Ambiental. 
 
 
 
 
 
 
Orientadora: 
Roberta Jimenez de Almeida Rigueira, D.Sc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NITERÓI 
2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARYANNA DE OLIVEIRA FRANCO 
 
 
 
 
Estudo de caso: Sítio Sonho Dourado 
Elaboração de proposta para produção de café especial 
 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado 
ao Curso de Engenharia Agrícola e 
Ambiental, da Universidade Federal 
Fluminense, como requisito parcial à 
obtenção do título de Bacharel em 
Engenharia Agrícola e Ambiental. 
 
Aprovada em 08 de fevereiro de 2022. 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
___________________________________________________________________ 
Profa Roberta Jimenez de Almeida Rigueira, Orientadora, D.Sc. – UFF. 
 
 
___________________________________________________________________ 
Prof. Ivenio Moreira da Silva , DSc – UFF 
 
 
___________________________________________________________________ 
Profa Josiane Pereira da Silva, DSc – UFF 
 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho aos meus pais, 
minha família, amigos, a todos aqueles 
que me ajudaram direta e indiretamente, e 
a todos aqueles que tiveram paciência 
comigo, sem vocês eu não estaria aqui. 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Aos meus ídolos, meus pais Marcia e Franco, obrigada pelo amor 
incondicional, pelo exemplo de vida, pelo incentivo, pela ajuda e pelo apoio 
constante. 
A minha orientadora Roberta Rigueira por todo apoio e por plantar a semente 
de possibilidades que o café traz. 
A minha avó, que proporcionou um local maravilhoso para passar as férias 
durante a infância, sem o qual eu não teria desenvolvido o amor que eu tenho pelos 
animais e pela natureza. 
Ao meu cachorro Negão, que me acompanhou durante onze anos, me 
alegrando nos momentos mais difíceis, e agora olha por mim do céu. 
Meu eterno agradecimento às amigas de faculdade Germana e Flávia, que 
deram uma contribuição valiosa para a minha jornada acadêmica. Obrigada pelos 
conselhos, palavras de apoio, paciência e risadas. 
Aos meus amigos e família, pela compreensão das ausências e pelo 
afastamento temporário. 
A todos os professores, por todos os conselhos e ajuda durante os meus 
estudos e elaboração do meu TCC. 
Obrigado à Universidade Federal Fluminense pela oportunidade de fazer o 
curso de Engenharia Agrícola e Ambiental. Agradeço por me oferecer professores 
incríveis, um ambiente de estudo saudável e muitos estímulos para participar de 
atividades acadêmicas. Sou grata não só aos professores, mas também à direção, 
ao pessoal do administrativo, da limpeza e demais colaboradores da instituição. 
Só tenho a agradecer e dizer que esse TCC também é de vocês. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 “A jornada de mil quilômetros começa com o 
primeiro passo.” 
Rei Leão 
 
 
 
 
RESUMO 
 
O objetivo do presente trabalho foi elaborar uma proposta para implantação de 
pequena lavoura de café especial, em uma propriedade rural do município de 
Vassouras–RJ. Este trabalho foi desenvolvido visando verificar a melhor técnica de 
cultivo, o tipo de cultivar a ser adotado, e o custo para implementar uma lavoura 
para produção de café especial, em particular o Café Jacu. A análise dos custos de 
formação e produção da lavoura demostrou que a produção de café especial para 
participação em concursos ou para produção de Café Jacu demanda investimento 
alto, contudo também possui retorno financeiro elevado, com a saca de um quilo de 
Café Jacu sendo comercializada a R$ 976,80, se tornando a alternativa mais 
rentável economicamente para a propriedade em estudo. 
 
PALAVRAS – CHAVE: Café Jacu, análise de custo, agricultura familiar. 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The purpose of the present paper was to elaborate a proposal for the implantation of 
a small specialty coffee plantation, in a rural property in the municipality of 
Vassouras-RJ. This work was developed in order to verify the best cultivation 
technique, the type of cultivar to be adopted, and the cost to implement a crop to 
product specialty coffee, in particular Jacu Bird Coffee. The analysis of crop 
formation and production costs showed that the production of Jacu Bird Coffee and 
specialty coffee for participation in competitions demands high investment; however it 
also has a high financial return, with one kilo of benefited Jacu Bird Coffee being 
trade at R$ 976.80, showing that the production of specialty coffee is the most 
profitable alternative for the property under study. 
 
KEY WORDS: Jacu Bird Coffee, cost analysis, family farming. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
Figura 1 – Evolução das exportações de cafés diferenciados (jan/dez). ................... 27 
Figura 2 – Consumo de cafés especiais no Brasil. .................................................... 27 
Figura 3 – Faces para área de cultivo. ...................................................................... 31 
Figura 4 – Espaçamento entre plantas nas linhas de plantio de lavoura aberta. ...... 32 
Figura 5 – Largura entre ruas no sistema de lavoura aberta. .................................... 32 
Figura 6 – Espaçamento entre plantas nas linhas de plantio de lavoura adensada. . 33 
Figura 7 – Largura entre ruas no sistema de lavoura adensada. .............................. 33 
Figura 8 – Ave Jacu (Penelope sp.) .......................................................................... 43 
Figura 9 – Excremento do Jacu pós-colheita. ........................................................... 44 
Figura 10 – Croqui da propriedade. ........................................................................... 45 
Figura 11 – Área de plantio do café especial e curvas de nível 1:25.000.................. 46 
Figura 12 – Temperaturas e precipitações médias de Vassouras. ............................ 47 
Figura 13 – Frequência relativa das subcategorias nas suas respectivas categorias.
 .................................................................................................................................. 49 
Figura 14 – Planta da cultivar Catuaí Amarela. ......................................................... 50 
Figura 15 – Processamento e secagem a ser adotado para cada café a ser 
produzido. .................................................................................................................. 54 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 – Exportações brasileiras de cafés diferenciados - Ano 2020. ................... 25 
Tabela 2 – Exportações brasileiras de cafés diferenciados - Ano 2021. ................... 26 
Tabela 3 – Subgrupos de classificação do café beneficiado da COB ....................... 39 
Tabela 4 – Classificação a partir do Resultado Final da metodologia SCCA ............ 40 
Tabela 5 – Tipos de café especial ............................................................................. 41 
Tabela 6 – Equivalência entre a metodologia SCAA e a COB .................................. 42 
Tabela 7 – Produção total acumulada e produção média por ano, em função dos 
diferentes arranjos populacionais ..............................................................................52 
Tabela 8 – Parâmetros de secagem ......................................................................... 55 
Tabela 9 – Ganhadores do COE dos últimos 5 anos ................................................ 58 
Tabela 10 – Custos de formação estimados para um hectare, no sistema adensado, 
com sistema operacional manual e espaçamento de 2 x 0,5 m ................................ 60 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
ABIC Associação Brasileira Da Indústria De Café 
BSCA Brazil Specialty Coffe Association 
COB Classificação Original Brasileira 
COE Cup of Excellence 
CECAFE Conselhos dos Exportadores de Café do Brasil 
CONAB Companhia Nacional de Abastecimento 
EPTV Emissoras Pioneiras de Televisão 
IAC Instituto Agronômico de Campinas 
ICO International Coffee Organization 
IEA Instituto de Economia Agrícola 
INCAPER 
Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão 
Rural 
SCAA Specialty Coffee Association of America 
SENAR Serviço Nacional de Aprendizagem Rural 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 13 
2. OBJETIVOS .......................................................................................................... 15 
2.1. OBJETIVO GERAL ............................................................................................ 15 
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS .............................................................................. 15 
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E REVISÃO DA LITERATURA .......................... 16 
3.1. A CULTURA – PRINCIPAIS VARIEDADES ..................................................... 16 
3.1.1. Coffea arábica........................................................................................... 16 
3.1.1.1. Mundo Novo ....................................................................................... 16 
3.1.1.2. Bourbon .............................................................................................. 17 
3.1.1.3. Laurina ................................................................................................ 18 
3.1.1.4. Catuaí ................................................................................................. 18 
3.1.1.5. Acaiá................................................................................................... 19 
3.1.1.6. Topázio ............................................................................................... 20 
3.1.1.7. Icatu .................................................................................................... 20 
3.1.1.8. Caturra ................................................................................................ 21 
3.1.2. Coffea canephora ..................................................................................... 21 
3.1.2.1. Conilon ............................................................................................... 22 
3.1.2.2. Robusta .............................................................................................. 23 
3.2. MERCADO CONSUMIDOR ............................................................................ 23 
3.3. RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS PARA PLANTIO DE CAFÉ ARÁBICA ......... 28 
3.3.1. Aspectos sociais e econômicos ................................................................ 28 
3.3.2. Aspectos ambientais e climáticos ............................................................. 29 
3.3.3. Aspectos Agronômicos ............................................................................. 30 
3.3.4. Escolha do sistema de plantio .................................................................. 31 
3.3.5. Escolha da cultivar .................................................................................... 34 
3.3.6. Preparo da área e plantio ......................................................................... 34 
3.4. COLHEITA E PÓS-COLHEITA ........................................................................ 35 
3.5. CUSTO DE FORMAÇÃO E PRODUÇÃO ........................................................ 37 
3.6. PRODUÇÃO DE CAFÉS ESPECIAIS - ASPECTOS GERAIS ......................... 38 
3.7. CAFÉ JACU BIRD ........................................................................................... 42 
4. MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................... 45 
4.1. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA ....................................................................... 45 
 
 
4.2. ESCOLHA DA VARIEDADE ............................................................................ 47 
4.3. PRODUÇÃO DO CAFÉ ................................................................................... 51 
4.3.1. Tempo de produção e produtividade ........................................................ 51 
4.3.2. Escolha do processamento e secagem do café........................................ 53 
4.3.3. Manejo do Jacu......................................................................................... 56 
3.3.4. Custo de implantação e produção ............................................................ 57 
4.3.5. Comercialização ....................................................................................... 58 
4.4. SELEÇÃO DO CONCURSO ............................................................................ 59 
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 60 
6. CONCLUSÕES ..................................................................................................... 64 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 65 
 
 
 
 
 
 
13 
 
1. INTRODUÇÃO 
O café é uma das bebidas mais consumidas do mundo, sendo conhecido 
principalmente por seu poder estimulante. O primeiro registro alusivo ao café data do 
ano de 575, através da lenda de Khaldi, um pastor de cabras da Etiópia que notou 
que seus animais ficavam mais animados e cheios de energia após se alimentarem 
dos frutos e folhagens de certo arbusto. A África foi o território de origem do café, 
onde seu consumo era feito em forma de fruto, contudo coube aos árabes o domínio 
das técnicas de plantio e preparação do produto. A infusão do café só veio a ser 
consumida por volta dos anos 1.000 e o processo de torrefação foi desenvolvido no 
século XIV, quando a bebida adquiriu forma e gosto semelhante ao consumido 
atualmente (MARTINS, 2017). 
 No século XVI a bebida, já conhecida como café, se tornou popular na 
Turquia. No século XVII foi difundida pela Europa apesar de ser identificada como 
bebida procedente do lado herege do mundo. No século XVIII o café chegou ao 
Brasil com suas primeiras mudas de plantas cultivadas no Pará e de lá ocupou o 
território brasileiro. Contudo, foi apenas no século XIX que sua produção ganhou 
força e começou a ser realizada em escala comercial (SHIE, 2018). 
O Brasil atualmente é responsável por mais de um terço da produção mundial 
de café, sendo o maior produtor mundial, também é o maior produtor de café arábica 
e segundo maior produtor de café robusta (GAMA, 2021). No ano de 2020 a 
exportação brasileira de café atingiu um novo recorde, totalizando 44,5 milhões de 
sacas, tendo a variedade arábica correspondido a 79,7% do total exportado, a 
variedade conilon a 11,1% e os cafés industrializados a 9,2% (CAVATON, 2021). 
Em relação aos cafés diferenciados, considerados cafés de qualidade 
superior, ou que possua algum tipo de certificado de práticas sustentáveis, o Brasil 
exportou, em 2020, o equivalente a 7,9 milhões de sacas de 60 kg, volume que 
representou um aumento de 4,4% em relação ao ano anterior e 17,7% do total 
exportado dos Cafés do Brasil em 2020. Os cafés especiais geraram uma receita 
cambial de US$1,3 bilhão, o que os torna responsáveis por 22,9% de toda a receita 
cambialgerada com as exportações dos cafés do Brasil no ano de 2020. 
(CAVATON, 2021). 
Em se tratando dos preços, deve-se considerar que o café é uma commodity 
agrícola que possui contratos futuros negociados na bolsa de valores brasileira, a 
14 
 
B3. Desde 2017, a cotação do café arábica apresentava tendência de 
desvalorização, com contratos atingindo valores próximos a 100 dólares por saca 
em junho de 2020, após o início da pandemia da Covid-19. Entretanto, a partir de 
outubro/2020, se iniciou uma forte valorização que se segue ao longo de 2021, 
alcançando cotações próximas a 280 US$/saca (CAFÉ ARABICA 6/7, 2022). 
O Café Jacu teve origem no Brasil, e surgiu devido à necessidade de 
encontrar uma solução para os prejuízos causados pelas aves Jacu que chegavam 
a comer até 10% do café produzido na Fazenda Camocim, localizada no Espírito 
Santo. Desta forma, inspirado no café Kopi Luwaki, a partir dos grãos retirados dos 
excrementos do Jacu começou a ser produzido um café equilibrado que se tornou 
premiado no mundo inteiro, sendo classificado como um dos cafés mais caros do 
mundo (PAIVA, 2021). 
Diante do exposto, este trabalho teve como objetivo propor um projeto para 
produção de café especial para concurso e de Café Jacu, segundo as condições 
disponíveis na propriedade Sítio Sonho Dourado, localizada no Município de 
Vassouras-RJ. Tendo em vista o crescimento do mercado de cafés especiais e 
aumento da lucratividade durante a comercialização, a produção de café especial e 
de café especial raro torna-se uma opção atrativa para produtores que anseiam 
agregar valor à sua produção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
2. OBJETIVOS 
2.1. OBJETIVO GERAL 
O presente trabalho tem como objetivo propor um projeto para produção de 
café especial, na propriedade Sítio Sonho Dourado, localizada no Município de 
Vassouras-RJ. 
 
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
- Propor um projeto para implementação da lavoura de café, contendo o estudo 
econômico, para formação de lavoura e produção de café especial. 
- Propor recomendações para produção de café especial, em relação ao 
manejo do Café Jacu (Jacu Bird Coffee). 
- Recomendar a participação em concursos de cafés especiais quando a 
lavoura iniciar o processo produtivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E REVISÃO DA LITERATURA 
3.1. A CULTURA – PRINCIPAIS VARIEDADES 
 
O café pertence à família botânica Rubiaceaes, gênero Coffea, possuindo, 
pelo menos 25 espécies com importância comercial, das quais, quatro possuem 
maior importância significativa no mercado mundial, a Coffea arabica (café Arábica), 
a Coffea canephora (café Robusta), e em menor escala, a Coffea liberica (café 
Libérica) e a Coffea dewevrei (café Excelsa), sendo as duas primeiras espécies as 
mais utilizadas comercialmente no Brasil (ICO,20--). 
 
3.1.1. Coffea arábica 
 
Essa cultivar possui 44 cromossomos, em geral, suas mudas são formadas 
por meio de sementes, e seus arbustos são monocaules com folhas pequenas e 
ovaladas, de coloração verde escuro (EMBRAPA, 2004a). 
Os grãos mais lisos e mais alongados do café Arábica possuem um teor de 
cafeína mais baixo, variando entre 0,8 e 1,4 % (ICO, 20--). Sua bebida é 
considerada mais aromática, de acidez mais perceptível e menos encorpada, além 
de possuir valor comercial mais elevado (AGNOLETTI et al.,2019). 
Da espécie Coffea arabica, as variedades Catuaí e Mundo Novo são as mais 
difundidas devido à adaptabilidade que possuem a nível regional, se adaptando bem 
em condições de altitudes mais baixas, de clima quente e com alguns problemas de 
déficit hídrico (MATIELLO et al., 2015). No presente trabalho serão abordadas as 
principais variedades da espécie Coffea arábica produzidas no Brasil. 
 
3.1.1.1. Mundo Novo 
 
Esse cultivar corresponde a uma combinação resultante de um cruzamento 
natural entre as cultivares Sumatra e Bourbon Vermelho, onde sementes de um 
desses cafeeiros foram plantadas no município de Mundo Novo, hoje Urupês (SP), e 
posteriormente de onde foram selecionadas as plantas matrizes que deram origem à 
cultivar Mundo Novo. (BSCA, c2022). 
17 
 
Essa variedade possui plantas com altura média de 3,4 metros e diâmetro de 
2,0 metros, com ramos secundários abundantes e internódios pequenos, seus 
cultivares apresentam rendimento de 50 % e produção média anual de 30 sacas de 
café beneficiado por hectare, incluindo as primeiras produções após o plantio, valor 
este que pode aumentar quando considerado o plantio adensado ou em áreas 
irrigadas, onde a produtividade pode alcançar, em média, 60 sacas por hectare 
(CARVALHO, 2007). 
Seu porte alto e caule fino favorecem o arqueamento natural, estimulando o 
aparecimento de ramos ladrões, exigindo assim, maiores cuidados com a desbrota; 
seu elevado crescimento vertical, requer espaçamentos maiores e controle através 
da poda (EMBRAPA, 2014a). 
É uma das variedades mais requisitadas para a produção de cafés especiais, 
uma vez que seus grãos de alta qualidade, que possuem cerca de 1,3% de cafeína, 
propiciam bebida de aroma suave e sabor marcante (BARROS, 2021). 
 
3.1.1.2. Bourbon 
 
Essa cultivar possui duas subvariedades, sendo elas: Bourbon Vermelho e 
Bourbon Amarelo. 
A subvariedade Bourbon Vermelho possui frutos de coloração vermelha e 
arbusto com forma cilíndrica com altura de 2 a 3 metros, ramos laterais secundários 
e terciários abundantes, que formam muitas palmetas, principalmente na base da 
planta; enquanto a subvariedade Bourbon Amarelo possui frutos de coloração 
amarela e plantas com altura média de 2,6 metros e diâmetro de 2,3 metros 
(CARVALHO, 2007). 
Duas características importantes do Bourbon Amarelo são: a precocidade de 
maturação dos frutos, que ocorre cerca de 20-30 dias mais cedo que no Mundo 
Novo e o bom rendimento coco/beneficiado, contudo a produtividade de essa cultivar 
quando considerado espaçamentos normais, tem sido cerca de 30% inferior a 
cultivar Mundo Novo, com essa diferença podendo ser reduzida com o uso de 
espaçamentos menores, devendo tal estratégia deve ser adotada com cuidado 
especial no controle à ferrugem, uma vez que o cafeeiro Bourbon é altamente 
18 
 
susceptível ao ataque desta doença e desfolha com facilidade (MATIELLO et al., 
2015). 
Desta forma, sua cultivar é indicado somente para cafeicultores que desejam 
obter um produto diferenciado, agregando valor ao seu café especial, uma vez que a 
qualidade da sua bebida é considerada superior à de outras cultivares por 
apresentar sabor mais suave e adocicado, e uma textura achocolatada (BARROS, 
2021). 
 
3.1.1.3. Laurina 
 
A variedade Laurina possui plantas com forma cônica, multicaules, de 
ramificação densa, com ramos laterais e internódios curtos, folhas pequenas e 
elípticas, com frutos e sementes pequenos e afilados na base, com baixa produção 
e baixo rendimento, de cerca de 35%, além de ser bastante suscetível a ferrugem, 
sendo indicado para o sistema de plantio adensado ou superadensado com intuito 
de obter produto somente para mercados especiais (CARVALHO, 2007). 
Em 2018, o café filtrado vencedor do concurso World Brewers Cup, sediado 
em Belo Horizonte, foi preparado com grãos da variedade Laurina, tal cultivar produz 
uma bebida mais suave e de baixo teor de cafeína, cerca de 0,6%, metade do teor 
encontrado em outras cultivares de Coffea arabica (CAFESESPECIAISIAC, 2018). 
 
3.1.1.4. Catuaí 
 
Assim como a cultivar Bourbon, a variedade Catuaí possui duas 
subvariedades: Catuaí Vermelho e Catuaí Amarelo. 
A subvariedade Catuaí Vermelho possui plantas com alturas que podem 
atingir 2,0 a 2,4 metros e diâmetro da copa de 1,7 a 2,1 metros, com internódios 
curtos e ramificação secundária abundante, além de folhas verde-escuro brilhante; 
enquanto a subvariedade Catuaí Amarelo possui plantas vigoras de altura média de 
2,0 a 2,3 metros e diâmetro de copa de 1,8a 2,0 metros, com internódios da haste 
principal e dos ramos laterais curtos, ramificações secundárias e terciárias 
abundantes, e folhas verde-escuras e brilhantes (BSCA, c2022). 
https://www.mokaclube.com.br/como-preparar-cafe-no-coador-hario-v60/
19 
 
Os cafeeiros Catuaí apresentam como características principais: a alta 
capacidade produtiva das plantas; o porte baixo, que facilita o manejo da plantação, 
e torna a planta mais protegida contra ventos frios e calor resistindo melhor a 
períodos de estiagem; e menor prejuízo em relação à ferrugem, pois a desfolha 
ocorre mais lentamente (MATIELLO et al., 2015) 
Sua baixa estatura permite maior densidade de plantio, torna mais fácil a 
colheita e mais eficientes os tratamentos fitossanitários, além disso, uma vez que 
seus cultivares produzem abundantemente nos dois primeiros anos de colheita, se 
torna necessário um cuidadoso programa de adubação (FERRAZ, 2013). 
O Catuaí possui rendimento de 50%; e produção média de café beneficiado, 
quando considera a subvariedade e espaçamentos normais, variando entre 1.800 a 
2.400 kg por hectare, em plantios adensados ou superadensados pode alcançar até 
3.000 kg por hectare, e em áreas irrigadas, com espaçamento de 3,8 m x 0,5 m, 
pode atingir até 3.600 kg por hectare, Já a subvariedade vermelha possui produção 
de cerca de 30 a 40 sacas beneficiadas por hectare, em regiões com temperaturas 
elevadas e espaçamentos normais de 3,5 m x 0,5 m ou em regiões de temperaturas 
amenas com espaçamento de 3,5 x 0,7m; em áreas irrigadas, com espaçamento de 
3,80 x 0,50 m, a produtividade é de cerca de 60 sacas de café beneficiado por 
hectare (CARVALHO, 2007). 
As duas subvariedades do Catuaí possuem pouca diferenciação de sabor e 
aroma, seus grãos produzem uma bebida leve e suave em acidez sendo indicada 
para aqueles que preferem o consumir o café sem açúcar, contudo a versão amarela 
pode ser mais doce (BARROS, 2021). 
 
3.1.1.5. Acaiá 
 
A variedade Acaiá possui plantas que atingem uma média de 4,2 metros de 
altura e diâmetro de 1,8 metros, suas folhas, quando novas, apresentam cor bronze, 
seus frutos são vermelhos e seus ramos secundários são menos abundantes que as 
da variedade Mundo Novo (BSCA, c2022). 
Possui rendimento de 50% e sua produção média de café beneficiado é de 30 
sacas de café beneficiado por hectare, quando considerado espaçamentos normais; 
em plantios adensados ou superadensados, a produtividade anual pode alcançar até 
20 
 
3.000 kg por hectare; e em áreas irrigadas, pode produzir de 60 a até 100 sacas por 
hectare (CARVALHO, 2007). 
As linhagens do cultivar Acaiá possuem boa capacidade de adaptação às 
diversas regiões cafeeiras do Brasil; sendo especialmente indicadas para o plantio 
adensado, pois apresentam ramos laterais curtos e maturação uniforme; e para 
colheita mecânica (FERRAZ, 2013). Seus grãos produzem um café suave e 
aromático com notas frutadas, além de um sabor achocolatado e acidez média 
(BARROS, 2021). 
 
3.1.1.6. Topázio 
 
A variedade Topázio teve origem do cruzamento das variedades Mundo Novo 
e Catuaí amarelo, possui plantas que atingem cerca de 2,0 metros de altura e 
diâmetro de 1,8 metros, suas folhas, quando novas, apresentam cor bronze escuro, 
seus frutos são amarelos e suas ramificações secundárias abundantes 
(CARVALHO, 2007). 
Essa cultivar possui suscetibilidade a ferrugem, contudo, também apresenta 
boa adaptabilidade, cultivo estável, com plantações abundantes e de grande 
qualidade, que fornecem grãos que possuem sabor suave, complexo com notas 
cítricas e perfumadas, sendo indicado o consumo de sua bebida gelada (BARROS, 
2021). 
 
3.1.1.7. Icatu 
 
A variedade Icatu possui três subvariedades, sendo elas: Icatu Vermelho, 
Icatu Amarelo e Icatu Precoce. 
As subvariedades Icatu Vermelho e Icatu Amarelo possuem plantas com 
altura média entre 2,5 e 2,9 e diâmetro médio de 2,2 a 2,4, com sistema radicular 
bastante desenvolvido e ramos secundários abundantes; seus frutos possuem 
colorações diferentes, conforme indicado em seus nomes; e seus cultivares se 
adaptam bem a regiões de baixas altitudes, mais quentes e úmidas, apresentando 
rendimentos de 50%, semelhantes à variedade Mundo Novo, já sua produção varia 
de 35 a 50 sacas de café beneficiado por hectare. (BSCA, c 2022). 
21 
 
A subvariedade Icatu Precoce possui fruto de coloração amarela e 
características físicas semelhantes ao Icatu Vermelho e Amarelo, com exceção de 
suas sementes que possuem tamanho reduzido, sua maturação é precoce gerando 
a necessidade de adubação adequada e no momento certo, sendo uma cultivar não 
adequada para solos arenosos e regiões quentes, devendo ser cultivado em regiões 
altas e com solos bem preparados e adubados (CARVALHO, 2007). 
O grão da variedade Icatu é uma excelente opção para café expresso, por ser 
muito encorpado, produzindo uma bebida de alta qualidade, com notas frutadas e 
boa acidez também cítrica (BARROS, 2021). 
 
3.1.1.8. Caturra 
 
A cultivar Caturra pode ser dividido em duas subvariedades: Caturra 
Vermelho e Caturra Amarelo. 
Essas cultivares são caracterizadas por seu baixo porte, decorrente da 
redução do comprimento dos internódios dos ramos ponteiros e laterais, 
características que proporcionam aspecto compacto aos cafeeiros, e possuem alta 
produtividade, contudo são suscetíveis à ferrugem (BSCA, c2022). 
Seus grãos geram bebida de ótima qualidade, uma vez que têm praticamente 
100% do café Bourbon, entretanto em lavouras mais velha a produção por planta, 
em geral, é inferior à das cultivares de porte alto como a Mundo Novo e a Acaiá 
(CARVALHO, 2007). 
 
3.1.2. Coffea canephora 
 
Possui 22 cromossomos e, suas mudas são formadas por meio de mudas 
clonais ou sementes, seus arbustos são multicaules com folhas maiores e de 
coloração verde mais claro, seus frutos pouco mais esféricos, menores, com 
coloração vermelha, amarela e alaranjada quando maduros e seu exocarpo é mais 
fino (INCAPER, 2017) 
O café Robusta apresenta grãos mais arredondados e menores, com teor de 
cafeína mais elevado, variando entre 1,7 e 4% (ICO, 20--) Sua bebida apresenta 
22 
 
amargor e sabor amadeirado, sendo mais encorpada e com baixa acidez 
(AGNOLETTI et al.,2019). 
Pertencem a essa espécie, as variedades Conillon, Robusta, Guarini, Apoatã, 
Laurenti, Oka, Uganda, Crassifoli, Bukobensis, contudo, no presente trabalho serão 
abordadas as principais variedades cultivadas no Brasil. 
 
3.1.2.1. Conilon 
 
A variedade Kouillou é originária da África, tendo sido introduzida no Brasil 
pelo Estado do Espírito Santo brasileiro onde ficou conhecida como Conilon 
(INCAPER, 2017). 
Suas plantas possuem porte alto; apresenta sistema radicular volumoso, com 
maior competição com as ervas-daninhas; internódios longos com ramos compridos 
e pouco ramificados; folhas pequenas, sublanceoladas e com bordos ondulados; e 
suas sementes são pequenas com coloração variando de amarelo-palha a marrom 
(EMBRAPA, 2004a). 
As plantações comuns por semente apresentam grande variabilidade genética 
apresentando diferentes resultados em relação à maturação, porte, características 
de frutos e grãos, aspecto da folhagem, produtividade, e com relação à tolerância a 
pragas e doenças, sendo, de modo geral, bastante suscetíveis à ferrugem e à broca-
do-café (Hypothenemus hampei), tendo uma maior tolerância em relação ao bicho-
mineiro (Leucoptera coffeella). Desta forma é mais recomendado que as lavouras 
sejam formadas por clonagem, ou com mudas de estacas, que geraram um cafeeiro 
com boa produtividade e maior uniformidade entre plantas MATIELLO et al., 2015). 
É recomendado o plantio do café Kouilou em locais de clima quente e úmido, 
protegidos de ventos frios, sua produção anual pode atingir, em média, 2.700 quilos 
de café beneficiado por hectare (CARVALHO, 2007). A qualidade de sua bebida 
varia entre neutra e encorpada, possuindo teoresde sólidos solúveis entre 27,9 a 
29,9% e de cafeína entre 1,76 a 2,37% (VENEZIANO, 1993). 
 
 
 
23 
 
3.1.2.2. Robusta 
 
O fato do nome desta variedade coincidir com o nome do grupo de variedades 
causa certa confusão, contudo essa variedade é parte da espécie Coffea canephora 
(Café Robusta), tendo sido introduzida no Brasil pelo Instituto Agronômico de 
Campinas (IAC), tendo, algumas de suas subvariedades, surgido de uma coleção de 
germoplasma da Indonésia (EMBRAPA, 2004a). 
 Suas plantas são resistentes a todas as raças do fungo agente da ferrugem 
(H. vastatrix), além de serem altamente resistentes ao nematoide M. exígua, 
ressalta-se ainda, que algumas progênies da cultivar Robusta também possuem 
resistência e ou tolerância a M. incognita e M. paranaenses (CARVALHO, 2007). 
Em comparação com a variedade Conilon, as plantas da variedade Robusta 
apresentam porte mais alto, são mais vigorosas e possuem ramos mais compridos, 
com internódios mais longos, seus frutos variam de médio a grande, e seus grãos 
são mais arredondados, de coloração verde azulada e com menor ocorrência de 
grãos do tipo moca (EMBRAPA, 2004a). 
A qualidade de sua bebida varia de neutra a encorpada, com um teor médio 
de sólidos solúveis variando de 26,3 a 31,4%, o teor de cafeína variando de 1,43 a 
1,81% (VENEZIANO, 1993). 
 
3.2. MERCADO CONSUMIDOR 
 
O sistema de comercialização do café é responsável pela ligação entre 
produtores e consumidores, sendo imprescindível conhecer o funcionamento do 
comércio e decisões que podem ser tomadas visando maior eficiência. Para tal é 
possível dividir esse sistema em seis etapas, sendo elas: a concentração, que 
determina o rendimento do café, encontrando a relação de peso entre o café em 
coco e o café beneficiado correspondente; o financiamento, que consiste em obter 
verba, através de instituições financeiras oficiais ou particulares, permitindo a 
comercialização ao longo do ano, no intuito de obter um melhor retorno financeiro; a 
padronização e classificação, que é realizada por cooperativas, armazéns gerais e 
exportadores, através da COB possibilitando a venda do produto por simples 
descrição; a venda, que corresponde a todas as operações onde o café é adquirido 
por um novo comprador; o transporte que consiste na entrega do produto ao seu 
24 
 
destino, geralmente cobrado por saco ou tonelada; e a pós-venda ou seguros que é 
a cobertura por perdas por fogo ou roubo e as perdas por mudanças bruscas de 
preços (TAVARES, 2002) 
A evolução de hábitos relacionados ao consumo de café pode ser dividida em 
quatro diferentes ondas: a primeira consiste na proliferação do consumo da bebida 
no período pós 2a guerra mundial, com a produção em massa do grão e o 
consequente surgimento de diversas indústrias de torrefação e café solúvel, contudo 
o café produzido era de baixa qualidade; a segunda onda teve seu início em 1960, 
quando surgiram as grandes cafeterias e o café expresso, representando uma 
melhoria na qualidade do café consumido, mas ainda sendo produzido com uma 
commoditie; a terceira onda teve seu início na década de 90, quando os 
consumidores começaram a demonstrar interesse na qualidade e procedência do 
café que estava sendo consumido estando abertos a pagar mais por um produto de 
qualidade superior; atualmente estamos vivendo a quarta onda, que apesar de não 
haver um consenso exato para sua definição, pois alguns afirmam que está 
relacionada a cafés prontos para beber, outros que se trata da popularização do café 
especial e outros acreditam que seja a adoção do hábito de encomendar a produção 
de seu próprio café, contudo a consonância é que está nova fase está atrelada ao 
consumo do café especial (AGUIAR, 2021). 
Em 2020 o Brasil exportou 44,5 milhões de sacas, dado que conferiu ao país 
novo recorde de exportação do produto, deste total 79,7% foram de café arábica, 
11,1% de café robusta, e 9,2% de industrializados. Já em relação aos cafés 
diferenciados, que são os cafés de qualidade superior ou que possuam algum tipo 
de certificado de práticas sustentáveis, foi exportado o equivalente a 7,9 milhões de 
sacas de 60 kg, equivalente a 17,7% do total importado, gerando uma receita 
cambial de US$ 1,3 bilhão, que corresponde a 22,9 % do total gerado com os 
valores da exportação de café (CECAFE, 2020). 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
Tabela 1 – Exportações brasileiras de cafés diferenciados - Ano 2020. 
Tipo Café / 
Qualidade 
Volume 
sacas 60 
kg 
Participação 
no volume 
total da 
exportação 
Receita Cambial 
US$ FOB 
Participação 
no valor total 
da exportação 
Preço 
Médio 
U$S/saca 
Total geral de 
exportações 
44.517.933 100,00% 5.632.537.583,20 100,00% 126,52 
Industrializado 
(Solúvel e 
T&M) 
4.119.921 9,30% 544.366.767,69 9,70% 132,13 
Total Café 
Verde 
40.398.012 90,70% 5.088.170.815,51 90,30% 125,95 
Diferenciados 7.877.855 17,70% 1.288.779.172,62 22,90% 163,6 
Naturais / 
Médios 
32.520.157 73,00% 3.799.391.642,89 67,50% 116,83 
Arábicas 35.474.494 79,70% 4.705.427.109,74 83,50% 132,64 
Arábicas 
Diferenciados 
7.518.632 16,90% 1.254.988.048,88 22,30% 166,92 
Arábicas 
Naturais 
27.955.862 62,80% 3.450.439.060,86 61,30% 123,42 
Robustas 4.923.518 11,10% 382.743.705,77 6,80% 77,74 
Robustas 
Diferenciados 
359.223 0,80% 33.791.123,74 0,60% 94,07 
Robustas 
Médios 
4.564.295 10,30% 348.952.582,03 6,20% 76,45 
Fonte: Adaptado pela autora, elaborado a partir de CECAFE, (2020). 
 
Em 2021, o Brasil exportou 40,37 milhões de sacas, desempenho que 
representa queda de 9,7% em volume, mas evolução de 10,3% em receita cambial 
comparado ao ano anterior; desse total 80,9% foram de café arábica, 10% de café 
solúvel, 9% de café robusta e conilon, e 0,1% de café torrado e moído. Já em 
relação aos cafés diferenciados, o Brasil exportou o equivalente a 7,7 milhões de 
sacas de 60 kg, equivalente a 19% do total exportado, gerando uma receita de US$ 
1,591 bilhão, o que corresponde a 25,5% do total obtido com as exportações 
(CECAFE, 2021). 
 
 
26 
 
Tabela 2 – Exportações brasileiras de cafés diferenciados - Ano 2021. 
Tipo Café / 
Qualidade 
Volume 
sacas 60 kg 
Participação 
no volume 
total da 
exportação 
Receita Cambial 
US$ FOB 
Participação 
no valor total 
da exportação 
Preço 
Médio 
U$S/saca 
Total geral de 
exportações 
40.371.703 100,00% 6.242.481.225,33 100,00% 154,63 
Industrializado 
(Solúvel e T&M) 
4.077.602 10,10% 578.902.331,17 9,30% 141,9 
Total Café 
Verde 
36.294.101 89,90% 5.663.578.894,16 90,70% 156,05 
Diferenciados 7.668.659 19,00% 1.591.475.520,16 25,50% 207,53 
Naturais / 
Médios 
28.625.442 70,90% 4.072.103.374,00 65,20% 142,25 
Arábicas 32.654.996 80,90% 5.312.695.586,38 85,10% 162,69 
Arábicas 
Diferenciados 
7.222.112 17,90% 1.534.816.777,59 24,60% 212,52 
Arábicas 
Naturais 
25.432.884 63,00% 3.777.878.808,79 60,50% 148,54 
Robustas 3.639.105 9,00% 350.883.307,78 5,60% 96,42 
Robustas 
Diferenciados 
446.547 1,10% 56.658.742,57 0,90% 126,88 
Robustas 
Médios 
3.192.558 7,90% 294.224.565,21 4,70% 92,16 
Fonte: Adaptado pela autora, elaborado a partir de CECAFE (2021). 
 
Nos últimos anos a exportação de café especial vem crescendo de forma 
expressiva, com exceção do ano de 2021 que apresentou um recuo de 2,7% em 
relação ao ano anterior (Figura 1). Contudo, apesar da quantidade de café especial 
exportado ter diminuído entre os anos de 2020 e 2021, sua porcentagem em relação 
ao total exportado, passou de 17,7% no ano de 2020 para 19% no ano de 2021, ou 
seja, houve um aumento de 1,3% em relação ao total exportado. 
 
 
 
 
27 
 
Figura 1 – Evolução das exportações de cafés diferenciados (jan/dez). 
 
Fonte: Adaptado pela autora, elaborado a partir de CECAFE, 2020. 
 
Em 2019 o grupo Rabobank, divulgou estimativas para o consumo de cafés 
especiais no Brasil entre os anos de 2012 e 2019 e projeções até o ano de 2023 
(Figura 2). Tais estimativas implicamque o consumo de cafés especiais no Brasil 
triplicou entre 2014 e 2019, passando de 327 mil para 981 mil sacas, enquanto a 
projeção indica que entre os anos de 2019 e 2023 o consumo irá dobrar chegando a 
1,8 milhão de sacas consumidas no Brasil (CESAR, 2020). 
 
Figura 2 – Consumo de cafés especiais no Brasil. 
 
Fonte: Adaptado pela autora, elaborado a partir de CESAR, 2020. 
 
28 
 
O Instituto Axxus (2021), com apoio da ABIC, elaborou pesquisa que teve 
como um de seus objetivos identificar possíveis mudanças nos hábitos de compra e 
consumo decorrentes da pandemia, para tal foram entrevistadas 4.200 pessoas e os 
dados obtidos foram comparados com a pesquisa feita no ano de 2019. Em relação 
ao consumo de café 49% dos entrevistados informaram que aumentaram o 
consumo, havendo um aumento de 13% em relação ao grupo entrevistado em 2019. 
Contudo quando considerado os critérios de escolha os entrevistados foram mais 
sensíveis a preços, promoções e ofertas, 21% dos entrevistados responderam que 
comprariam a marca mais barata, em 2019 eram apenas 7%; 12% responderam que 
comprariam a marca que preferem independente do preço, em 2019 eram 26%, 11% 
responderam que só compram o produto que está em promoção, em 2019 eram 6%. 
Os resultados obtidos mostram uma sensibilidade acentuada dos entrevistados em 
relação ao valor do café consumido, refletindo à situação econômica existente em 
decorrência da pandemia do COVID-19. 
 
3.3. RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS PARA PLANTIO DE CAFÉ ARÁBICA 
 
3.3.1. Aspectos sociais e econômicos 
 
É necessário ter conhecimento prévio de aspectos sociais e econômicos, 
como: mercado consumidor, disponibilidade de recursos financeiros, infraestrutura e 
logística da região, e disponibilidade de mão de obra, antes de escolher a região 
onde será implantada a lavoura de café. Para tal deve-se analisar como se dará a 
comercialização do café, se ocorrerá, por meio de cooperativas, associações ou 
grupos de agricultores da região; por meio de marca própria de café industrializado, 
agregando valor ao produto e vendendo diretamente para o consumidor; ou através 
de concursos para cafés especiais (SENAR, 2017b). 
Deste modo, a escolha das regiões e das propriedades para formação da 
lavoura deve levar em conta a disponibilidade/custo dos principais fatores de 
produção, como: custo das terras; a disponibilidade de áreas planas com facilidade 
de mecanização; a existência de infraestrutura regional, de estradas, fornecedores 
de insumos próximos, escoamento da safra, disponibilidade de mão de obra, etc.; 
29 
 
existência de polos cafeeiros já instalados na região ou próximos (MATIELLO et al., 
2015). 
 
3.3.2. Aspectos ambientais e climáticos 
 
Entre os fatores ambientais e climáticos a serem analisados, os mais 
importantes a serem analisados são: a temperatura, a umidade relativa do ar, os 
ventos, a precipitação, a altitude e a topografia. 
 A temperatura é um fator limitante para a cafeicultura, devendo estar 18ºC e 
23ºC, áreas com temperaturas médias entre 18°C e 19°C e entre 22°C e 23°C são 
consideradas marginais, sendo necessário um acompanhamento técnico mais 
detalhado (SENAR, 2017b). Valores de temperatura inferiores a 18°C podem gerar 
atraso significativo no desenvolvimento e maturação dos frutos, enquanto que 
valores de temperaturas superiores a 23°C podem acarretar no desenvolvimento e 
maturação precoce dos frutos (LUZ, 2014). 
A umidade relativa do ar do local a ser implantado o cafezal deve ser 
analisada, pois a alta umidade relativa favorece a incidência de pragas, doenças e 
fermentações indesejáveis, enquanto a baixa umidade relativa favorece a infestação 
por pragas e a redução do desenvolvimento do cafeeiro; prejudicando o cafeeiro e a 
qualidade de seu café produzido (MESQUITA et al., 2016c). 
A incidência de ventos no local a ser implantada a lavoura deve ser analisada, 
pois ventos fortes têm o potencial de causar danos mecânicos ao cafeeiro, 
principalmente nas folhas e nos ramos, favorecendo a infecção por fungos e 
bactérias. Logo As medidas de proteção contra ventos devem ser aplicadas nas 
áreas problemáticas, devendo ser priorizadas as medidas destinadas á proteção de 
plantações jovens (OLIVEIRA, 2009). 
A precipitação deve estar entre 1.200 mm e 1.800 mm anuais, para permitir a 
exploração comercial da cultura, devendo estar distribuída de forma a atingir os 
períodos de desenvolvimento vegetativo e frutificação, devendo ser considerado que 
o cafeeiro da espécie arábica pode suportar um déficit hídrico de até 150 mm, sem 
grandes prejuízos, desde que ocorra no período de repouso vegetativo. Já em 
regiões marginais, ou seja, regiões que não proporcionem os índices pluviométricos 
necessários pode ser necessária a utilização da irrigação (MESQUITA et al., 2016a). 
30 
 
A altitude deve estar entre 600 m e 1.500 m (WINTGENS, 2009). Em regiões 
com menores latitudes, a altitude, adquire aspecto de grande importância para o 
desenvolvimento e produtividade do cafeeiro, e para a qualidade do produto 
produzido (FILHO, 2002) 
O solo do local de implantação do cafezal deve fornecer um ambiente 
favorável ao pleno desenvolvimento do cafeeiro, possuindo características físicas, 
químicas e biológicas favoráveis, como: ser bem drenado; possuir teor de argila 
entre 15% e 50%; não ter impedimentos físicos como pedras, cascalhos e outros 
(SENAR, 2017b). 
 
3.3.3. Aspectos Agronômicos 
 
Também devem ser analisados os aspectos agronômicos como: a 
disponibilidade de água, linha de geada, face do terreno e topografia. 
A água é um insumo fundamental na cafeicultura sendo necessário observar 
sua disponibilidade e fácil acesso no local da plantação, que quando possível deve 
se encontrar acima da área de plantação, pois facilita a irrigação, tomando-se um 
fator estratégico para localização da lavoura nas regiões com problema de déficit 
hídrico (MATIELLO et al., 2015). 
Linha de geada delimita uma faixa imaginária da qual ao sul a área é 
considerada inapta à cafeicultura pela alta incidência do fenômeno, enquanto ao 
norte são encontrados terrenos menos sujeitos de ocorrência (MORAES, 2017). 
Segundo SENAR (2017b), caso a topografia permita, é preferível áreas de 
cultivo que tenham face Leste-Oeste, pois possuem melhor distribuição da insolação 
sobre planta ao longo do dia, permitindo um ligeiro aumento de produtividade e um 
menor ataque de pragas e de doenças; já em áreas com face Norte-Sul, possuem 
mais chance de ocorrência de escaldaduras de um lado da planta, por excesso de 
insolação, e auto-sombreamento do outro, pela escassez de luminosidade, 
provocando doenças e resultando em menor produtividade (Figura 3). 
 
 
 
 
31 
 
Figura 3 – Faces para área de cultivo. 
 
Fonte: SENAR, 2017b. 
 
A topografia influenciará diretamente na escolha das cultivares, no sistema de 
plantio, no espaçamento e na mecanização dos tratos culturais e na colheita 
(MESQUITA et al., 2016a). Terrenos com até 20% de declividade são preferíveis, 
pois permitem a mecanização total da lavoura, facilitando os tratos e reduzindo os 
custos; declividades acima de 20% limitam a mecanização, especialmente na etapa 
de colheita, dificultando o manejo das lavouras, consequentemente, aumentando os 
custos; já terrenos com mais de 50% de declividade devem ser evitados (SENAR, 
2017b). 
 
3.3.4. Escolha do sistema de plantio 
 
Para escolha do sistema de plantio a ser adotado é preciso considerar: o 
espaçamento, a população de plantas, a cultivar de café e a mecanização da 
lavoura. O espaçamento refere-se à distância entre plantas na mesma linha e 
largura das ruas que irão definir a população de plantas da área e o adensamento 
do cafezal (BAPTISTELLA, 2021). 
O sistema de lavouras abertas é caracterizado por um maior espaçamento 
entre as linhas de café e distância reduzida entre as plantas na linha de plantio, 
disposição que facilitaa mecanização dos tratos culturais, sendo mais utilizado em 
projetos de média e grande escala que necessitam do manejo mecanizado para sua 
https://blog.aegro.com.br/espacamento-entre-plantas-e-entre-linhas/
32 
 
viabilidade. Para o emprego dessa técnica no plantio de café arábica é 
recomendado utilizar espaçamentos de 0,5 m a 0,8 m entre as plantas nas linhas de 
plantio (Figura 4), e larguras de 3,5 m a 4 m entre linhas (Figura 5), resultando em 
populações de 3 mil a 5 mil plantas por hectare (SENAR, 2017b). 
 
Figura 4 – Espaçamento entre plantas nas linhas de plantio de lavoura aberta. 
 
Fonte: SENAR, 2017b. 
 
Figura 5 – Largura entre ruas no sistema de lavoura aberta. 
 
Fonte: SENAR, 2017b. 
 
Já o sistema de lavouras adensadas possui espaçamento reduzido entre as 
plantas na linha de plantio e entrelinhas resultando, em uma maior produtividade, 
sendo mais indicado aos produtores de menor escala que necessitam de maior 
33 
 
produção por área e que têm disponibilidade de mão de obra, uma vez que este 
manejo limita bastante a mecanização dos tratos culturais e da colheita em 
determinadas situações. Para uso de lavouras adensadas no plantio de café arábica, 
é recomendado utilizar espaçamentos que vão de 0,5 m a 0,8 m entre as plantas na 
linha de plantio (Figura 6) e larguras de 2 m a 3,2 m (Figura 7) entre as ruas, 
resultando em populações de 5 mil a 10 mil plantas por hectare (SENAR, 2017b). 
 
Figura 6 – Espaçamento entre plantas nas linhas de plantio de lavoura adensada. 
 
Fonte: SENAR, 2017b. 
 
Figura 7 – Largura entre ruas no sistema de lavoura adensada. 
 
Fonte: SENAR, 2017b. 
 
O uso de sistemas adensados tem sido crescente, principalmente, em 
pequenas e médias propriedades situadas em regiões montanhosas onde os tratos 
34 
 
culturais precisam ser realizados manualmente, visando obter maior produtividade 
por área, redução dos custos de produção e retorno em curto prazo dos 
investimentos na implantação do cafezal (ROCHA, 2000). 
Para colheitas com uso derriçadeiras manuais motorizadas, deverão ser 
utilizados espaçamentos nas entrelinhas que permitam o manuseio o pleno da 
máquina (MESQUITA et al., 2016a). 
 
3.3.5. Escolha da cultivar 
 
A escolha da variedade para plantio deve ser feita após a decisão sobre o 
sistema de espaçamento e o manejo desejado, também deve ser levado em 
consideração às condições climáticas da região uma vez que a variedade deve 
interagir bem com o ambiente (MATIELLO et al., 2015). 
É indicado buscar um equilíbrio entre fatores como: porte e arquitetura da 
planta, índices de produtividade, qualidade de bebida, tolerância a pragas e 
doenças, adaptabilidade às condições climáticas do local, além do nível tecnológico 
a ser adotado (MESQUITA et al., 2016a). 
Segundo SENAR (2017b), sempre que possível, é indicado buscar o auxílio 
de técnico especializado e com experiência prática na região, para a escolha das 
cultivares que mais se adaptam a área a ser utilizada. 
 
3.3.6. Preparo da área e plantio 
 
Para preparar a área é necessário fazer a limpeza e uniformização da área, 
definir da localização de talhões e carreadores, realizar amostragem e correção do 
solo, definir as linhas de plantio e construção de terraços, para em seguida preparar 
os sulcos ou covas e realizar o plantio das mudas. 
A limpeza consiste na eliminação de vegetação rasteira e raízes, além de 
obstáculos como pedras, tocos e paus, que possam dificultar o plantio e/ou o manejo 
da lavoura, podendo ser feita de forma manual ou mecanizada; a divisão da área 
tem como objetivo dividir o terreno em seções homogêneas, levando em conta o 
histórico de uso e manejo, a posição topográfica, a exposição do terreno e as 
35 
 
características perceptíveis do solo, não sendo recomendados glebas ou talhões 
com áreas maiores que 10 ha; a amostragem e análise do solo são indispensáveis 
no planejamento, na implantação e durante toda a vida produtiva do cafezal, uma 
vez que afetam diretamente a produtividade, os custos, à longevidade da lavoura, à 
conservação do solo, sendo parte integrante de um sistema de produção sustentável 
(MESQUITA et al., 2016a). 
A construção dos carreadores tem como objetivo facilitar à logística e a 
movimentação de máquinas, insumos, pessoas, veículos, auxiliando também na 
divisão das glebas; as linhas de plantio são as marcações dos sulcos feitas seguindo 
determinado alinhamento das ruas de café onde serão plantadas as mudas, e 
podem ser realizadas em nível ou em linha. O plantio em nível prioriza a marcação 
das ruas de café em função da declividade do terreno, proporcionando a 
conservação do solo pelo controle da erosão, contudo possui menor desempenho 
operacional em áreas mecanizadas; enquanto o plantio em linha visa o alinhamento 
reto e o maior comprimento das ruas de café, favorecendo um maior rendimento 
operacional e facilitando a mecanização da lavoura (SENAR, 2017b). 
Em área mecanizáveis é realizada a abertura de sulcos com um maior 
rendimento operacional, e em áreas de maior declividade ou menor produção são 
abertas, manualmente, covas; para em seguida ser feito o plantio que consiste na 
transferência das mudas do viveiro para o sulco ou cova (MATIELLO et al., 2015). 
 
3.4. COLHEITA E PÓS-COLHEITA 
 
Existem dois tipos de colheita: a colheita plena, que consiste na derriça total 
dos frutos da lavoura, colhendo todos os grãos em diferentes estágios de 
maturação; e a colheita seletiva que consiste na retirada dos frutos cereja, havendo 
necessidade de repetir a colheita quando houver novos frutos maduros. A colheita 
seletiva apesar de mais onerosa, proporciona uma bebida de melhor qualidade e, 
por consequência, agregar valor ao produto final (SENAR, 2017c). 
Para colheita plena deve ser iniciada quando a plantação apresentar o 
mínimo possível de frutos verdes, mesmo que para isso a carga fique em grande 
parte seca, já a colheita seletiva pode ser antecipada visando evitar perdas iniciais 
(SANTINATO et al., 2020). 
36 
 
Após a colheita é realizado o processamento do café, que consiste na seleção 
e preparo do café antes da secagem, e pode ser feito através do método de via seca 
ou pelo método de via úmida. A tonalidade dos grãos de café beneficiados por via 
seca é esverdeada, enquanto os grãos beneficiados por via úmida é verde azulada 
(VILLELA, 2002). 
O preparo por via seca consiste no processamento do café com utilização de 
água apenas na fase de lavagem com separação, visando manter intactas suas 
partes constituintes, ou seja, casca, polpa, mucilagem e pergaminho; sendo seu 
produto denominado de Café Natural (REZENDE, 2013). Na lavagem com 
separação obtêm-se dois lotes, um de café cereja e verde, e outro de café bóia 
(MESQUITA et al., 2016b). Os grãos processados via seca precisam de mais tempo 
para secar quando comparados aos grãos processados via úmida (VILLELA, 2002). 
Apesar desse tipo de preparo exigir mais atenção, pois a polpa e a mucilagem são 
propícias ao desenvolvimento de fungos; o café resultante é pouco ácido, bem doce 
e aromático, uma vez que o grão em contato com as partes constituintes absorvendo 
mais os elementos que dão sabor (UCOFFEE, 2019). 
No preparo por via úmida podem ser obtidos três tipos de café: o 
desmucilado, o despolpado e o descascado (REZENDE, 2013). No preparo do café 
cereja descascado (CD) é retirada apenas a casca do fruto, sendo encaminhado 
para secagem com a mucilagem aderida ao pergaminho (LIMA et al., 2008). O café 
desmucilado é obtido através de desmuciladores mecânico, que retiram parcial ou 
gradativamente a mucilagem do grão (SILVA et al., 2015a). Para obter o café 
despolpado, o café descascado passa por processo de fermentação em tanques 
com água, até que ocorra a remoção total da mucilagem (MESQUITA et al., 2016b). 
Para secagem de café são utilizados terreiros, secadores, ou a combinação 
desses. A secagem temcomo objetivo retirar parte da água contida nos grãos, 
através da transferência simultânea de calor do ar para o grão, para o produto fique 
em equilíbrio com o ambiente em que será armazenado, preservando a aparência e 
a qualidade nutritiva (SILVA et al., 2008) O melhor método de secagem será o que 
atender as características da região, do produtor e do tipo de produto final que se 
deseja adquirir (QUEIROZ, 2008). 
Os terreiros dependem das condições climáticas, pois utilizam a radiação 
solar para aumentar o aporte de calor do produto e do ar de secagem, já os 
secadores são equipamentos que diminuem o tempo de secagem de forma artificial, 
37 
 
contudo demandam combustível, que resulta no aumento do custo do processo, 
além de poder ocasionar danos térmicos e mecânicos aos grãos (SILVA et al., 
2015a). 
O café produzido pode ser armazenado na propriedade ou em armazéns 
especializados, contudo o café não beneficiado, quando possível, deve ser 
armazenado na propriedade, visando manter sua qualidade e evitar possíveis 
contaminações (MESQUITA et al., 2016b). O período de armazenagem deve durar 
no mínimo 15 dias, para que ocorra estabilização de transformações químicas e de 
propriedades físico-químicas associadas à qualidade da bebida (MARCOLAN; 
ESPINDULA, 2015). 
O beneficiamento consiste em um conjunto de operações com objetivo de 
separar os grãos de café em lotes homogêneos atendendo a padrões de 
comercialização e ou industrialização, podendo ocorrer dentro ou fora da 
propriedade de origem, e em unidades móveis ou fixas (SILVA et al., 2015b). Tal 
processo deve ser realizado perto da época de comercialização para que o produto 
mantenha suas características originais (EMBRAPA, 2004b). 
A armazenagem final deve ser feita de forma que o produto não perca ou 
ganhe de água, não haja o favorecimento da proliferação de fungos ou perda de 
matéria seca, e não seja exposto a direta à luz, uma vez que a coloração dos grãos 
do café é quesito avaliado na classificação podendo gerar sua desvalorização 
(SILVA et al., 2015b). Mesmo com as melhores condições de armazenamento o 
produto armazenado perde a intensidade de seus atributos ao longo do tempo, logo 
cafés de safra passada, ainda que mantenham características agradáveis que os 
enquadrem como especiais, não terão a mesma potência dos de nova safra 
(ALVES, 2021). 
 
3.5. CUSTO DE FORMAÇÃO E PRODUÇÃO 
 
Apurar os custos de produção do café é uma tarefa árdua, principalmente 
quando a meta é gerar parâmetros comparativos entre estabelecimentos e zonas 
produtoras, uma vez que é necessário levar em consideração fatores como 
perenidade da cultura do café, ciclo bienais de produção, tecnologia empregada no 
38 
 
cultivo, escalas produtivas, entre outros, sendo necessário um período de pelo 
menos dois anos, para mensurar a rentabilidade. (OLIVEIRA; VEGRO, 2004). 
Custos representam os gastos necessários para a fabricação de um produto, 
e quando analisados consistentemente fornecem ao administrador ferramenta para 
verificar se e como os recursos empregados em um processo produtivo estão sendo 
rentáveis; permitindo o planejamento, controle e tomada de decisão (FEHR et al., 
2012). 
Nas lavouras de café os custos podem ser divididos em dois tipos: os custos 
de formação do cafezal e os custos de produção. 
Para verificar o custo de formação de um cafezal, é necessário calcular as 
despesas com a implantação da lavoura, que incluem: o preparo da área; o 
suprimento das mudas, adubos e outros materiais; o plantio; e a condução da área 
tratada até os 2 anos de idade, época em que os cafeeiros produzem a primeira 
safra significativa. Já para verificar o custo de produção de café devem ser 
consideradas as despesas anuais na condução dos tratos da lavoura, na colheita e 
no preparo do café, que pode ser muito variável (MATIELLO et al. 2015). 
 
3.6. PRODUÇÃO DE CAFÉS ESPECIAIS – ASPECTOS GERAIS 
 
Segundo Tavares (2002), o termo “café specialty” (café especial) foi utilizado 
pela primeira vez por Erna Knutsen, em palestra de uma conferência internacional 
do café, realizada na França, em 1978. Tal termo consistia em um conceito simples: 
utilizar regiões geográficas com microclimas especiais que produziam grãos com um 
sabor único, que deveriam ser bem manipulados, torrados em momento próximo ao 
consumo, e adequadamente “passados” (TAVARES, 2002). 
No Brasil, a crise e consequente queda dos preços internacionais do café, 
aliada às mudanças no padrão de consumo e no mercado cafeeiro, foram fatores 
cruciais para o surgimento do movimento de produção de cafés especiais, visando 
agregar valor e atender às demandas dos consumidores, ou seja, cafés com 
características diferenciadas de qualidade, produzidos de forma sustentável e/ou 
justa (LEÃO, 2010; CARVALHO, 2016). 
No Brasil são utilizados dois métodos para classificação do grão cru: a 
Classificação Oficial Brasileira (COB), que é utilizado no dia a dia de cooperativas e 
39 
 
associações para avaliação de cafés tipo commodity, e a metodologia da Specialty 
Coffee Association of America (SCAA), que é utilizada como base para avaliação de 
cafés de alta qualidade, possuindo alto valor agregado (SENAR, 2017a). 
Na COB o produto é classificado de acordo com a espécie, a Coffea arabica 
pertence à categoria I e a Coffea canephora a categoria II. Através da granulometria 
é feita a divisão da subcategoria, em chato e moca. O aroma e sabor do café 
beneficiado dividem os Grupos I e II em Subgrupos (Tabela 1). A coloração do café 
é dividida em oito classes: verde azulado e verde cana, verde (incluindo nuances), 
amarelada (indicando envelhecimento), amarela, marrom, chumbado, 
esbranquiçada, e discrepante (mistura de cores características de ligas de safras 
diferentes). Através da contabilização dos defeitos, intrínsecos e extrínsecos, 
encontrados em uma amostra de 300 gramas de café beneficiado; e de sua 
separação por equivalência, é feita a categorização por tipo, que varia de 8 a 2 
(SANTOS, 2012). 
 
Tabela 3 – Subgrupos de classificação do café beneficiado da COB 
Grupos Subgrupos Descrição do aroma e sabor 
Arábica 
Bebidas 
finas do 
Arábica 
Estritamente 
mole 
Extremamente suave e 
adocicada. 
Mole Agradável, suave e adocicada. 
Apenas mole 
Levemente doce e suave, sem 
adstringência. 
Dura 
Adstringente e áspero, sem 
paladares. 
Bebidas 
fenicadas 
do 
Arábica 
Riada Leve sabor típico de iodofórmio. 
Rio 
Sabor típico e acentuado de 
iodofórmio 
Rio Zona 
Aroma e sabor muito acentuado 
de iodofórmio ou fenol, 
repugnante ao paladar. 
Regular 
Sabor típico de robusta, sem 
acidez. 
 
 
 
40 
 
Continuação 
Grupos Subgrupos Descrição do aroma e sabor 
Robusta 
Bebidas 
do 
Robusta 
Excelente Sabor neutro e acidez mediana. 
Boa Sabor neutro e ligeira acidez. 
Regular 
Sabor típico de robusta, sem 
acidez. 
Anormal 
Sabor não característico ao 
produto. 
Fonte: Santos (2012). 
 
Na metodologia SCAA de avaliação sensorial são avaliados onze atributos, 
sendo: fragrância e aroma, sabor, finalização ou aftertaste (gosto que permanece no 
paladar após a ingestão da bebida), acidez, corpo, equilíbrio, doçura, ausência de 
defeitos ou clean cup (ausência de interferências negativas desde a primeira 
ingestão do café até a finalização), uniformidade, resultado global (reflete a 
classificação da visão integral e geral da amostra pelo degustador individual), e 
defeitos. O Resultado Final é calculado somando as avaliações de cada atributo, 
com exceção de “Defeitos”, tal soma é denominada Resultado Total. Dela é 
subtraído o valor dos defeitos encontrando o Resultado Final (SCAA, 2015). A 
Tabela 2 apresenta a classificação da qualidade do café a partir do Resultado Final 
encontrado. 
 
Tabela 4 – Classificação a partir do Resultado Final da metodologia SCCA 
Pontuação Descrição Classificação 
90 – 100 Exemplar 
Especial 85 – 89,99 Excelente80 – 84,99 Muito bom 
<80 Abaixo da qualidade especial Não especial 
Fonte: Adaptado pela autora, elaborado a partir de SCAA (2015). 
 
Segundo Branco (2015) as principais categorias de cafés especiais são: café 
de Origem Certificada, café Gourmet, café Orgânico, e café Fair Trade (Tabela 3). 
 
41 
 
Tabela 5 – Tipos de café especial 
Tipo de café Descrição 
Gourmet 
É recomendado que este tipo de café seja composto por 
grãos de café 100% arábica, de origem única ou blendados; 
do tipo 2 ou 3 ou 4 (Classificação Oficial Brasileira), evitando 
a presença dos grãos pretos, verdes e ardidos e, 
principalmente, dos grãos preto-verdes ou fermentados; de 
bebida suave, preferencialmente, apenas mole ou mole ou 
estritamente mole (SÃO PAULO, 2007). 
Origem 
É relacionado à região do plantio, sendo necessário o 
cumprimento de regras específicas para garantir 
homogeneidade nas características dos produtos, uma vez 
que alguns atributos da planta são inerentes da região a qual 
ela foi cultivada (LEÃO, 2010; CARVALHO, 2016). 
Orgânico 
É necessário cumprir exigências das leis federais e regionais 
como premissa básica. É proibido o uso de agrotóxicos e 
adubos químicos solúveis, além de ser recomendado o 
aumento da diversidade vegetal nos plantios e a maior 
independência de insumos externos (MOREIRA, 2009). 
Fair Trade 
Deve ser produzido conforme os princípios do comércio 
justo, incluindo justiça social e financeira para os produtores 
rurais, participação em cooperativa e sustentabilidade 
ambiental. Envolve também aspectos políticos, levando à 
conscientização do amparo ao consumo ético e dos valores 
ambientais (OLIVEIRA et al., 2017). 
Fonte: A autora (2022). 
 
Segundo Neto (2007) existe a possibilidade de correlacionar os conceitos 
empregados pela COB e pela metodologia SCAA para a espécie Coffea arabica, 
uma vez que, considerada a qualidade sensorial, o café especial deve corresponder 
a um café com bebida Mole, ou seja, uma bebida adocicada, sem ocorrência de 
asperezas ou adstringência. A partir desta analogia, considerando que, acima da 
bebida Mole, se encontra a bebida Estritamente Mole, que possui os mesmos 
atributos da bebida Mole, além de possuir predominância do sabor adocicado; e que 
abaixo se encontra a bebida Apenas Mole, na qual é admitida discreta a leve 
aspereza, mas com predominância do sabor adocicado; o autor correlaciona às 
nomenclaturas conforme apresentado na Tabela 6. 
42 
 
Tabela 6 – Equivalência entre a metodologia SCAA e a COB 
Metodologia SCAA COB 
84 pontos e acima Bebida Estritamente Mole 
80 a 84 pontos Bebida Mole 
75 a 79 pontos Bebida Apenas Mole 
71 a 75 pontos Bebida Dura Limpa 
Fonte: Adaptado pela autora, elaborado a partir de Neto, 2007. 
 
A demanda por cafés especiais agrega elementos como sustentabilidade, 
segurança alimentar, sensações, qualidade intrínseca, qualidade sensorial, 
memória, afetividade, sociabilidade, prazer, acolhimento, estética, ética, entre outros 
atributos que remetem a sofisticação e a criação de nichos, características cada vez 
mais presentes em mercados maduros ao redor do mundo, ou seja, tais aspectos 
vão desde os físico-químicos até os elementos subjetivos, como mudanças 
comportamentais e culturais e o aumento do poder de compra (CARVALHO, 2016). 
 
3.7. CAFÉ JACU BIRD 
 
O Jacu é uma ave que habita a Mata Atlântica no Brasil, nas regiões 
Sudeste e Sul do país. Estes animais vivem nas copas das árvores descendo ao 
solo em busca de alimento, sendo sua alimentação predominantemente frugívora, 
apesar de também consumir folhas, flores, brotos e insetos (GUEDES, 2022). 
Segundo Paiva (2021), o Café Jacu ou Jacu Bird Coffee é um café especial 
feito a partir de grãos de café 100% arábica extraídos das fezes do Jacu (Figura 8), 
uma ave nativa da Mata Atlântica, sendo sua produção inspirada no café Kopi 
Luwak, produzido na Indonésia, a partir de grãos de café inteiros extraídos das fezes 
da civeta, um mamífero, que assim como o Jacu, já foi considerado um problema 
para os produtores locais. Desta forma, a produção do café se iniciou, pois, a 
Fazenda Camocim, localizada no interior do Espírito Santo, em Pedra Azul, estava 
tendo problemas com os pássaros Jacu, que estavam consumindo cerca de 10% da 
produção de seus cafezais. 
 
43 
 
Figura 8 – Ave Jacu (Penelope sp.) 
 
Fonte: Pereira, 2015. 
 
Ao perceber uma oportunidade de criar um café com alto valor comercial e 
que resolveria seus problemas de perda na produção, o dono da fazenda, Henrique 
Sloper, testou diferentes formas de processamento dos grãos, até conseguir 
transformar os resíduos do pássaro em uma bebida especialmente saborosa, 
contudo, durante este processo, o cafeicultor teve grande dificuldade em convencer 
seus funcionários a coletar as fezes do Jacu (SALUM; FERRAZ, 2017). 
A colheita é realizada aos pés das árvores, de onde os excrementos são 
recolhidos em formato semelhante ao de um “pé-de-moleque” (Figura 9), levadas 
para o terreiro suspenso, onde secam permitindo que os grãos sejam separados do 
excremento e de outras sementes; para que depois passem por máquina 
descascadora, que separa as cascas e as impurezas, e os grãos; por fim os grãos 
são peneirados e seguem para a torra, que é feita a temperatura de 180°C, 
eliminando as bactérias (EPTV, 2013). 
 
 
 
 
 
 
44 
 
Figura 9 – Excremento do Jacu pós-colheita. 
 
Fonte: Marcelino, 2016. 
 
No Brasil, a produção do café do Jacu é muito diferente de qualquer outra, 
começando pelo fato de que a seleção de grãos e feita de forma natural, sem 
envolvimento humano, ou seja, o próprio animal ingere apenas os frutos mais 
saudáveis e maduros. O processo de seleção dos grãos pela ave associado à sua 
rápida digestão, que resulta na eliminação da semente intacta, produz um café doce, 
encorpado, com um sabor limpo, suave e cítrico, sem amarguras e menos ácido do 
que o normalmente encontrado na região (PAIVA, 2021). 
O Café Jacu, da Fazenda Camocim, é cultivado em meio a mais de 100 tipos 
diferentes de árvores, como Jabuticabeiras e Bananeiras, que sombreiam os 
cafezais; tal biodiversidade contribui para a formação de um rico tapete de matéria 
orgânica, habitat ideal para o Jacu, que passa a permanecer mais tempo em solo e a 
reduzir suas horas de voo. O fato de a produção ser limitada está atrelado à vontade 
dos pássaros em se alimentar do fruto, pois o Jacu é uma ave ameaçada de 
extinção, e, consequentemente, protegida por legislação ambiental, não sendo 
permitido caçar, prender, criar ou reproduzir tais aves, por tanto, seu preço oscila de 
acordo com a quantidade produzida (SALUM; FERRAZ, 2017). 
Tais fatores, associados à qualidade do café produzido, fizeram com que o 
Café Jacu se torna um dos mais caros do mundo, com a saca de um quilo do grão 
sendo comercializadas, no ano de 2022, no Brasil a R$ 976,80 (CAMOCIM 
ORGANIC, c2022), sem considerar os valores praticados na exportação. 
45 
 
4. MATERIAL E MÉTODOS 
 
4.1. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA 
 
A propriedade Sítio Sonho Dourado, está localizada no Município de 
Vassouras-RJ (Figura 10). A área total da propriedade é de 24,24 hectares, dos 
quais 0,04 hectares correspondem à sede e instalações, e os outros 24,2 hectares 
se encontram recobertos por vegetação. A propriedade possui dois corpos hídricos, 
sendo um deles proveniente de nascente existente na propriedade. Não há 
atividades desenvolvidas na área selecionada, sendo a propriedade voltada para 
lazer. 
A propriedade em questão é habitada por diversas aves Jacu, que atacam 
as árvores frutíferas existentes para consumo familiar. 
 
Figura 10 – Croqui da propriedade. 
 
Fonte: A autora através do software Google Earth, 2022. 
 
Na Figura 11 se encontra demarcada, por polígono laranja, a área proposta 
para implantação de um sistema de cultivo de café especial, contendo 1 hectare. 
Para identificação das altitudes existentes naárea de estudo foi utilizada a 
base de curvas de nível na escala 1:25.000 fornecida pelo IBGE, também 
46 
 
representada na Figura 11. A propriedade possui seu terreno plano na cota 720 
metros e seu topo de morro na cota 810 metros. 
 
Figura 11 – Área de plantio do café especial e curvas de nível 1:25.000. 
 
Fonte: A autora através do software Google Earth, 2022. 
 
O clima de Vassouras é quente e temperado, com temperaturas médias 
entre 17,8°C e 23,8°C, e temperaturas mínimas e máximas de 13,8°C e 28,5°C, 
respectivamente; além de pluviosidade média de 1594 mm (Figura 12). Segundo a 
Köppen e Geiger o clima é classificado como Cfa (CLIMATE-DATA.ORG, c2022). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
Figura 12 – Temperaturas e precipitações médias de Vassouras. 
 
Fonte: Adaptado pela autora, elaborado a partir de CLIMATE-DATA.ORG, c2022. 
 
A área de estudo em questão se encontra dentro das condições ótimas para 
produção de café arábica, apesar de a altitude estar abaixo dos 800 metros, em 
alguns pontos, valor indicado para obter maior produtividade. 
 
4.2. ESCOLHA DA VARIEDADE 
 
Para o presente projeto será utilizada espécie Coffea arábica, visando à 
participação em concursos de café especial, que devem ser compostos de 100% de 
grãos desta espécie. 
Segundo Matiello et al. (2015) verificou-se que em regiões como as zonas 
de montanha no E. Santo e Leste de Minas, a zona serrana do Estado do Rio de 
Janeiro e na Bahia; em condições de topografia acidentada, áreas mais 
sombreadas, áreas de altitude mais baixa, entre 500 e 700 metros, com maiores 
temperaturas e com alguns problemas de déficit hídrico, há uma melhor adaptação e 
um amplo domínio do Catuaí, ocupando mais de 90% da área. O autor também 
informa que em ensaios comparativos entre as melhores linhagens de Catuaí e 
Mundo Novo, a primeira tem resultado uma produtividade de 20 a 30% maior que a 
segunda. 
48 
 
Assim para o presente estudo, dentre as variedades de café arábica, será 
selecionada a Catuaí, por possuir alta capacidade de adaptação, e produtividade 
elevada na maioria das nossas regiões cafeeiras, sendo necessário um cuidadoso 
programa de adubação (FERRAZ, 2013). 
Segundo Pinheiro (2015), após análise sensorial de cafés produzidos com 
as subvariedades variedades Catuaí Amarelo e Catuaí Vermelho foi verificado que 
os exocarpos de cores diferentes não influenciaram a caracterização sensorial dos 
cafés, ocorrendo equilíbrio entre as frequências de comentários obtidas para as 
duas variedades, com ambas possuindo sabor predominante caramelo, corpo 
cremoso, aroma floral e cítrico, acidez marcante, com média doçura e prolongado 
retrogosto (Figura 13). 
O estudo também evidenciou que apesar da similaridade entre as 
características predominantes encontradas durante a análise sensorial, foi possível 
notar algumas diferenças nas demais subcategorias, como: o Catuaí Amarelo 
apresentou para a categoria sabor, frequência ligeiramente superior na subcategoria 
achocolatado, e para a categoria acidez, maior frequência na categoria adocicado; já 
o Catuaí Vermelho para a categoria corpo apresentou maior frequência na 
subcategoria cremoso, corroborando informações que descrevem essa 
subvariedade como mais encorpada que a Catuaí Amarelo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
Figura 13 – Frequência relativa das subcategorias nas suas respectivas categorias. 
 
Fonte: Pinheiro, 2015. 
 
Entre os 29 cafés brasileiros ganhadores do Cup of Excellence (COE) no 
ano de 2021, cinco eram, exclusivamente, da subvariedade Catuaí Amarelo, sendo 
dois deles os que receberam a maior pontuação, ficando em primeiro lugar com 90,5 
pontos (COE, 2022). Desta forma, visando à produção de café especial para 
concurso, no presente projeto será utilizada a subvariedade Catuaí Amarelo 
(Figura14). O Quadro 1 contém a descrição das principais características do Catuaí 
Amarelo. 
 
 
50 
 
Figura 14 – Planta da cultivar Catuaí Amarela. 
 
Fonte: Mattielo et al., 2016. 
 
Quadro 1 – Ficha Técnica da subvariedade Catuaí Amarelo. 
Ficha Técnica Catuaí Amarelo 
Cor do fruto maduro Amarela 
Tamanho da semente Médio 
Formato da semente Curto e largo 
Ciclo de maturação Tardio 
Resistência à ferrugem Suscetível 
Resistência a nematoide Suscetível 
Vigor Alto 
Qualidade da bebida Boa 
Produtividade Alta 
Fonte: Adaptado pela autora, elaborado a partir de Carvalho (2007). 
 
51 
 
4.3. PRODUÇÃO DO CAFÉ 
 
4.3.1. Tempo de produção e produtividade 
 
Recomenda-se a utilização do sistema de lavoura adensada, pois é 
especialmente indicado para obter um melhor aproveitamento de áreas em 
pequenas propriedades em regiões montanhosas em que os tratos culturais são 
realizados manualmente (CARVALHO et al., 2006). Com esse sistema é possível 
obter alta produtividade por área, redução dos custos de produção e retorno em 
curto prazo dos investimentos na implantação do cafezal (ROCHA et al., 2000). 
Outro aspecto favorável ao cultivo adensado é o efeito sobre a fertilidade do solo, 
decorrente de fatores como: maior número e queda de folhas e ramos, menor 
escorrimento de água, lixiviação de nitrato e oxidação da matéria orgânica 
(ANDRADE et al., 2008). 
As mudas de café demoram de 2 a 3 anos para começar a produzir, 
atingindo sua produção plena cinco anos após o plantio, contudo a variedade Catuaí 
possui boa produção já nos dois primeiros anos de colheita (FAZUOLI, 2000). 
Cabe ressaltar que Andrade et al. (2014), produziu um experimento no 
município Bom Jesus de Itabapoana, Região Noroeste Fluminense, analisando a 
produtividade da cultivar Catuaí Vermelho IAC 144, considerando o efeito de quatro 
diferentes espaçamentos entre ruas (1,0 m; 1,5 m; 2,0 m e 2,5 m) e quatro diferentes 
espaçamentos entre plantas na linha (0,25 m; 0,50 m; 0,75 m e 1,0 m). Os dados de 
produtividade, de oito colheitas no total, foram agrupados a cada dois anos, de modo 
a obter quatro biênios de produção, através dos quais foram realizadas análises da 
produção de sacas de 60 kg por hectare e da produção total no período. 
Segundo o estudo, para uma mesma população de plantas, as combinações 
mais produtivas ocorreram quando se empregou menor espaçamento entre plantas 
nas linhas, não obtendo a mesma produtividade quando considerada uma redução 
nos espaçamentos entre ruas, logo, concluiu que conclusões baseadas apenas na 
população de plantas por hectare podem não ser conclusivas. Quando consideradas 
as oito colheitas, a maior produção ocorreu com 20.000 plantas por hectare no 
arranjo espacial de 2,00 m entre ruas e 0,25 m entre plantas na linha de plantio, 
produzindo um total de 611 sacas por hectare; a segunda maior produção ocorreu 
52 
 
com 10.000 plantas por hectare no arranjo espacial de 2,00 m entre ruas de plantio e 
0,50 m entre plantas na linha de plantio, produzindo um total de 522 sacas por 
hectare (Tabela 7). 
 
Tabela 7 – Produção total acumulada e produção média por ano, em função dos 
diferentes arranjos populacionais 
Plantas/ha 
Espaçamento 
entre plantas 
(m) 
Espaçamento 
entre linhas 
(m) 
Produção 
Total 
(sacas/ha) 
Produção média 
por colheita 
(sacas/ha) 
40.000 0,25 1,0 399,00 49,88 
26.666 0,25 1,5 486,00 60,75 
20.000 0,25 2,0 611,00 76,38 
16.000 0,25 2,5 443,00 55,38 
20.000 0,50 1,0 505,00 63,13 
13.333 0,50 1,5 516,00 64,50 
10.000 0,50 2,0 522,00 65,25 
8.000 0,50 2,5 450,00 56,25 
13.333 0,75 1,0 498,00 62,25 
8.888 0,75 1,5 434,00 54,25 
6.666 0,75 2,0 490,00 61,25 
5.333 0,75 2,5 441,00 55,13 
10.000 1,00 1,0 410,00 51,25 
6.666 1,00 1,5 371,00 46,38 
5.000 1,00 2,0 468,00 58,50 
4.000 1,00 2,5 409,00 51,13 
Fonte: Adaptado pela autora, elaborado a partir de Andrade et al. (2014). 
 
Cabe ressaltar que a analise elaborado por Andrade et al. (2019), utilizou a 
variedade Catuaí Vermelho IAC 144, contudo, segundo Carvalho (2007), as 
indicações de espaçamentosadensados para a subvariedade Catuaí Amarelo são 
semelhantes às utilizadas para o Catuaí Vermelho, portanto iremos adotar os 
mesmos valores de espaçamento e produtividade para a subvariedade Catuaí 
Amarelo. 
53 
 
Desta forma, para a área de estudo será considerada a implantação do 
sistema adensado com arranjo espacial de 2,00 metros entre as ruas e 0,50 metros 
entre plantas na linha de plantio, visando aumentar o tempo entre as podas, além de 
evitar possíveis problemas nas plantas causados pelos adensamentos extremo da 
plantação. A produção média desse arranjo, por colheita, é de 65,25 sacas por 
hectare, sendo composto por 10.000 pés de café. 
 
4.3.2. Escolha do processamento e secagem do café 
 
Para produção de café natural, tendo em vista a participação de concurso 
para cafés especiais, recomenda-se adotar o processamento via seca, sendo os 
frutos separados por densidade em água, em cereja e verdes, e boia. 
Após o processamento, para produção de café especial os frutos cereja 
devem ser separados manualmente dos frutos verdes e depois encaminhados 
diretamente para os terreiros suspensos para secagem. 
Para produção de cafés para concurso, os frutos cereja devem ser separados 
manualmente dos verdes e colocados em biorreatores (bombas plásticas de 200L) 
para que ocorra a fermentação anaeróbica induzida pela ação microbiana por sete 
(7) dias, e, decorrido esse período, o café deve ser disposto em terreiros suspensos 
para secagem (LOPES et al., 2022). 
Adotaram-se sete dias em virtude dos resultados obtidos por Lopes et al. 
(2022), cujo café atingiu a 88 pontos (no padrão SCA) de classificação, sendo 
premiado em primeiro lugar no Concurso ABIC, em 2021. 
Para definição do número de biorreatores, considerou-se que os concursos 
determinam o envio de 3 a 12 sacas, assim nesse trabalho, para um investimento 
inicial adotou-se 8 sacas de café. Considerando que são necessários 480 L de café 
da roça para produzir uma saca de 60 kg de café beneficiado (MESQUITA et al., 
2016). Para produzir a quantidade de café a ser enviada para concurso, recomenda-
se a utilização de 20 biorreatores, que produzirão pelo menos 8 sacas de café. 
Para a produção de Café Jacu após a colheita do excremento do Jacu nos 
pés das plantas os mesmos serão levados aos terreiros suspensos, onde 
permaneceram até que permitam que os grãos sejam separados do excremento e 
de outras sementes, para, em seguida, passar pela descascadora que irá separar as 
54 
 
cascas e impurezas, e os grãos finalizados. 
 
Figura 15 – Processamento e secagem a ser adotado para cada café a ser produzido. 
 
Fonte: A autora, 2022. 
 
Para elaborar os cálculos do presente trabalho foi adotado o valor de 
produção de 60 sacas por hectare, sendo 8 sacas obtidas por processo de 
fermentação anaeróbica induzida pela ação microbiana, e 51 somente por 
separação dos frutos maduros, e 1 saca por colheita do excremento do Jacu. 
Para secagem é recomendada a adoção de sistema de terreiros suspensos, 
que possui como vantagens: evitar que haja fermentação da massa de grãos se 
café, evitar que haja contato com o solo, proteger os grãos das intempéries e 
permitir uma secagem mais uniforme; e como desvantagens: ter um custo estrutural 
mais elevado quando comparado ao terreiro a céu aberto de cimento, ter tempo de 
secagem mais lenta e não ser recomendado para grandes quantidades de café 
(OLIVEIRA, 2022). 
55 
 
Os terreiros suspensos devem ser construídos de 0,8 a 0,9 metros do chão, 
proporcionando posições confortáveis durante o revolvimento do café, facilitando a 
carga e descarga no terreiro, e afastando os grãos do solo; seu comprimento deve 
ter de 10 a 15 m, com espaços de 2 metros entre os terreiros, facilitando a 
movimentação; a largura deve variar entre 2 e 2,5 metros, permitindo melhor 
revolvimento dos grãos; a cobertura deve ter entre 0,80 a 0,90 metros de altura 
permitindo a movimentação e o manejo; e a base do terreiro deve ser de sombrite 
com 50% de sombreamento apoiado sobre fios de arame para dar sustentação. 
(COCATO; D’ARC, c2022). 
Em casos em que seja utilizada uma única cobertura para todos os terreiros, 
a altura mínima no vão central deve ser de 3,0 metros e nas extremidades de 1,8 
metros, a lona de cobertura deve ser transparente, de 150 micas, e suas laterais 
devem possuir lonas com estrutura flexível para controle da ventilação e a 
temperatura. A estrutura também deverá possuir um, ou mais, termômetros internos, 
de acordo com seu tamanho, para monitorar a temperatura ambiente, que deve ser 
mantida entre 35º a 40ºC, em casos em que a temperatura estiver acima do 
recomendado à cobertura superior deve ser removida ou suas laterais abertas 
(ALIXANDRE, 2017). 
Considerando que, segundo Mesquita et al. (2016), uma (1) saca de 60kg de 
café equivale a 480 litros de café da roça, para o dimensionamento dos terreiros 
será utilizada a Equação 1 (Teixeira et al. 2008), para a qual foram considerados 
valores descritos na Tabela 8. 
 
Tabela 8 – Parâmetros de secagem 
Parâmetros Valores 
Sacas colhidas (sc/ha) 60 
Dias de colheita (dias) 45 
Dias de secagem (dias) 20 
Espessura da camada (m) 0,04 
Metros cúbicos de café por dia (m³) 0,64 
Fonte: A autora (2022). 
56 
 
 
 
 
 Equação 1 
Em que, 
A – área do terreiro, em m2; 
Vc – volume do café colhido, em m3 dia-1; 
T – tempo médio de secagem no terreiro, dias; 
E – espessura da camada de secagem, em m. 
 
O custo de construção do terreiro irá variar de acordo com os materiais 
utilizados e o tipo de terreiro suspenso escolhido. Segundo a Cooperativa Cooxupé 
(2021), o custo de dez a quinze metros lineares de terreiro suspenso varia de 
R$1.000,00 a R$2.000,00. Os valores previamente citados englobam os 
relacionados à lona, sombrite, parte de ferragens completa madeiramento e tela. 
Logo o preço do metro linear irá variar entre R$100,00 e R$133,40. 
 
4.3.3. Manejo do Jacu 
 
Uma vez que o Jacu é uma ave ameaçada de extinção seu manejo deve ser 
voltado para a construção de um ambiente que ele se sinta atraído. 
O cafezal deve ser, preferencialmente, localizado em meio a mata nativa, 
que fornecerá galhos, para as aves se empoleirarem, sombra e solo coberto por 
matéria orgânica, criando ambiente propício as aves. Ainda em consideração ao 
local de implantação deve-se tentar alocar a plantação em ponto com fluxo pequeno 
de pessoas, com exceção da época de colheita, evitando afugentar as aves. 
 Recomenda-se que a lavoura seja plantada em conjunto com árvores 
frutíferas. No sítio em que será implantado o cafezal, notou-se uma preferencia das 
aves pelos frutos das jabuticabeiras, seriguelas e caquizeiros. 
 
 
 
57 
 
3.3.4. Custo de implantação e produção 
 
Para base dos cálculos foi considerada que a produção da área de estudo 
é de 60 kg ha-1 de café beneficiado ou 28.800 L ha-1 de café da roça. 
Segundo o custo de formação de cafezais varia, caso a caso, dependendo 
da região, das características da área, do sistema operacional ser manual ou 
mecanizado e do sistema de plantio e manejo adotados (MATIELLO et al., 2015). 
Para estipular a quantidade necessária de horas trabalhadas, para cada 
etapa de formação da lavoura, foram consultados trabalhadores da região e o 
documento “Estratégias para adequação ambiental de propriedades rurais: 
implantação e manutenção” (ISERNHAGEN, 2012), elaborada pela Embrapa 
Agrossilvipastoril. Também foram utilizados os valores recomendados por este 
documento para calculo de adubo e pulverização necessários. 
Os preços dos insumos, utensílios, material e máquina foram obtidos através 
de consulta ao site da CONAB, para o ano de 2021, e ao site MFRURAL, para o ano 
de 2022. Para o cálculo do número de mudas necessárias foi utilizada uma taxa de 
replantio de 5%, conforme Mesquita et al. (2016a). 
Para cálculo do valor gasto com transporte e custoadministrativo foi 
considerando 10% sobre o valor total calculado para cada ano, conforme Matiello et 
al. (2015). 
O custo de produção abrange a colheita, preparo e beneficiamento, e 
também será impactado pelos mesmos fatores do custo de formação. 
Na colheita, para o cálculo de preço pago por litro de café da roça colhido foi 
considerada a diária de trabalho paga na região, no valor de R$70,00, e o valor 
médio de 335 litros de café da roça colhidos em um dia de trabalho, conforme 
Baptistella, (2020). 
Para estimar os custos com preparo (lavagem com separação e secagem), 
foi considerado 12,5% sobre o valor da colheita. Para cálculo do preço do terreiro 
suspenso, primeiro foi calculada a metragem quadrada necessária, que foi, em 
seguida, dividida em metragens menores visando facilitar o manejo dos grãos, e por 
fim, foi considerada a metragem linear de todos os terreiros a serem implantados e o 
valor citado no item 4.3.2. 
Para o beneficiamento foi considerado o valor de R$ 7,00 por saca, 
conforme Matiello et al. (2015). 
58 
 
Os preços dos utensílios, material e máquina foram obtidos em consulta ao 
site MFRURAL, para o ano de 2022. 
 
4.3.5. Comercialização 
 
Considerando a intenção de produzir um café especial, com alto valor 
agregado, a bebida produzida deve ter pontuação superior a 84 pontos e ser 
considerada mole ou estritamente mole. 
Segundo a CECAFE (2021), no ano de 2021, a saca de 60 kg de café 
arábica diferenciada foi exportada com valor médio de U$S 212,52, considerando a 
cotação em vigência do Dólar, de cerca de R$5,43, o valor em Reais pago pela saca 
é de R$ 1.154,61. 
É possível obter valores mais altos por saca quando considerados cafés 
premiados em concursos, como o Cup of Excellence (COE). A Tabela 9 apresenta 
uma compilação dos principais dados dos cafés especiais ganhadores dos últimos 5 
anos no COE, obtidos no site da organização. Cabe ressaltar que não foi 
especificada a variedade ganhadora do ano de 2017. 
 
Tabela 9 – Ganhadores do COE dos últimos 5 anos 
Ano Nota Ganhador Quilos (kg) Valor (U$S) Variedade 
2017 93,60 
Fazenda 
Camocim 
50 35.794.07 - 
2018 93,26 
Fazenda 
Paraíso 
36 31.786,08 
Catuaí 
Vermelho 
2019 92,23 
Fazenda Pai 
e Filha 
180 23.850,08 
Catuaí 
Amarelo 
2020 90,03 
Sítio 
Escondida 
180 15.873,20 
Catucaí 
Vermelho 
2021 90,5 
Fazendo 
Cachoeira 
180 26.190,28 
Catuaí 
Amarelo 
Fonte: Adaptado pela autora, elaborado a partir de dados da Alliance for Coffee Excelence (c2020). 
 
Quando considerado os valores pagos pelos lotes vencedores nos últimos 
três anos, em que a variedade Catuaí obteve a maior pontuação; e a atual cotação 
59 
 
do Dólar, o preço médio pago pela saca de 60 kg foi de R$ 39.328,42, e pelo quilo de 
R$ 655,47. 
Se considerada a existência de Jacus na área em estudo o valor obtido 
pela saca de 60 kg de café irá aumentar. Em 2022, a Fazenda Camocim, pioneira da 
produção de Café Jacu no Brasil, comercializa o quilo do café beneficiado a 
R$ 976,80 (CAMOCIM ORGANIC, c2022). 
 
4.4. SELEÇÃO DO CONCURSO 
 
O concurso selecionado foi o Cup of Excellence, no qual podem participar 
lotes de café da espécie Coffea arábica, que devem conter quantidade mínima de 06 
(seis) sacas de 59 kg e a máxima de 12 (doze) sacas de café beneficiado, que 
estejam livres, desembaraçados e disponíveis para comercialização. Para esse 
trabalho foi adotado a produção de 8 sacos de café para envio para concurso. 
As amostras inscritas devem estar beneficiadas e serem classificadas como 
Tipo 2, ou seja, apresentar no máximo 4 defeitos na amostra de 300 g; a peneira 
deverá ser 16 acima ou 17 acima, permitindo um vazamento máximo de 5% na 
peneira 16; o teor de umidade aceitável será de 9,5% a 12%; e a atividade de água 
deverá ser menor que 0,65 (COE, c2022) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
60 
 
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Considerando a implantação de lavoura de um (1) hectare da subvariedade 
Catuaí amarelo, em sistema adensado, com arranjo espacial de 2,00 m entre as ruas 
e 0,50 m entre plantas na linha de plantio, sendo composto por 10.000 pés de café. 
Será esperada, desse arranjo, uma produção média, por colheita, de 
aproximadamente de 65,25 sacas por hectare. 
Os custos estimados para produção de 60 sacas de 60 kg de café 
beneficiado para a área de estudo se encontram na Tabela 10. 
 
Tabela 10 – Custos de formação estimados para um hectare, no sistema adensado, 
com sistema operacional manual e espaçamento de 2 x 0,5 m 
1o ano 
Item de despesa Necessidade Custo Total (R$) 
1) Limpeza da área, roçada 40 hH 350,00 
Material (Roçadeira, enxadas,...) - 1.480,00 
2) Abertura de estradas 8 hT 1.120,00 
3) Abertura de covas 80 hH 700,00 
4) Enchimento/adub. de cova 20 hH 175,00 
Super simples 2 t 1.400,00 
Calcário 2 t 180,00 
5) Plantio 18 hH 157,50 
Mudas (plantio e replantio) 10.500 u 4.830,00 
Adubo de cobertura (03) 15 hH 131,25 
Adubo 20 – 0 – 20 300 kg 551,00 
Coroamento 50 hH 437,50 
Pulverizações (02) 24 hH 210,00 
Produto 2 apl. 200,00 
Pulverizador 2 u 400,00 
Capinas (03), trilhas,... 24 hH 210,00 
Subtotal 12.532,35 
Análise do solo 1 u 50,00 
Transporte, adm., outros. 10% 1.253,24 
Total do 1o ano 13.835,59 
Continua 
61 
 
 
Continuação 
2o ano 
Item de despesa Necessidade Custo Total (R$) 
1) Controle do mato (03) 24hH 210,00 
2) Adubação (03) 24 dh 210,00 
Adubo 20 – 0 – 20 900 kg 1.653,00 
3) Aplicação calcário 8hH 70,00 
Calcário (cobertura) 2t 180,00 
4) Pulverizações (03) 36 hH 315,00 
Produto 3 apl. 300,00 
Subtotal 
 
2.938,30 
Analise do solo 1 u 50,00 
Transporte, adm., outros. 10% 293,83 
Total do 2o ano 
 
3.282,13 
3o ano 
Item de despesa Necessidade Custo Total (R$) 
1) Controle de mato 40 hH 350,00 
2) Adubação (03) 24 dh 210,00 
Adubo 20 – 0 – 20 2100 kg 3.857,70 
3) Pulverizações (03) 36 hH 315,00 
Produto 3 apli. 300,00 
4) Colheita (60 sacas/ha) 12.5/60L 4.187,50 
Peneira e Pano 6 1.050,00 
Bomba de 200 L (biorreator) 20 u 12.900,00 
Lavadora 1 u 10.000,00 
5) Preparo (12,5% sobre colheita) - 523,44 
Terreiro Suspenso - 17.075,20 
Utensílios e sacaria 3/sc 551,10 
6) Beneficiamento 7/sc 420,00 
Subtotal 
 
51.739,94 
Analise do solo 1 u 50,00 
Transporte, adm., outros. 10% 5.173,99 
Total 3o ano 
 
56.963,93 
Total dos três anos 
 
74.081,65 
Custo com col./ prep./ ben. 
 
46.707,24 
Custo efetivo da formação 
 
27.374,41 
Fonte: Elaborada pela autora, adaptado a partir de Matiello et al. (2015). 
62 
 
O custo do terreiro suspenso, descrito na Tabela 11, foi estimado 
considerando que será necessária uma área de 320 m², a ser dividida, conforme 
recomendações técnicas, em nove terreiros de 2,5 x 12 metros e dois terreiros de 2,5 
x 10 metros. A partir dessas medidas foi aplicado o valor de R$133,40 por metro 
linear encontrando o total de R$ 17.075,20. 
Em análise a Tabela 11, quando considerado o primeiro ano de formação 
da lavoura, os maiores valores foram direcionados para compra das mudas R$ 
4.800,00 (34,91%); e para a mão de obra R$ 2.415,00 (17,14%), referentes à 
limpeza do terreno, coveamento, pulverização, etc.; seguido dos adubos para as 
covas R$ 1.580,00 (11,42%). Para os demais anos a maior parte do custo é 
relacionada com agrotóxicos e adubação. 
Segundo Matiello et al. (2015) para redução nos custos de formação da 
lavoura podem ser tomadas medidas como: utilizar mudas próprias; fazer análises de 
solo periódicas visando economia e racionalização do uso de corretivos e adubos; 
gerenciar mão de obra para obter um bom rendimento operacional, e onde for 
possível, implantar microterraceamento, para facilitar os tratos e colheita. 
Ressalta-se que os custos de produção de café calculados até o momento 
foram baseados em custos diretos, insumos, sacarias, etc., entretanto, para a correta 
avaliação de viabilidade econômica da lavoura devem ser considerados todos os 
fatores, incluindoos custos implícitos (exaustão da lavoura, custo da terra e custo de 
oportunidade, depreciação de equipamentos). 
Quando considerado o valor de exportação da saca de 60 kg, do ano de 
2021, U$S 212,52, e em Reais é de R$ 1.154,61. O valor obtido pela produção total 
da área, ou seja, 60 sacas de 60 kg, seria de R$ 69.276,66. 
Quando considerado concurso Cup of Excellence, os três últimos 
vencedores participaram com 180 kg de café beneficiado. Desta forma, considerando 
o valor médio de R$655,47, pago por quilo, nos últimos três anos, e um lote de três 
sacas de 60 kg de café beneficiado o valor estimado a ser recebido seria de R$ 
117.984,60. 
Quando analisada a possibilidade de produção de Café Jacu, a quantidade 
produzida inicialmente seria reduzida, sendo necessário analisar opções de manejo 
do local para torná-lo atrativo as aves, uma vez que as mesmas não podem ser 
colocadas ou criadas em cativeiro. O uso de árvores frutíferas e chão recoberto por 
matéria orgânica são opções financeiramente viáveis. Desta forma, considerando a 
63 
 
produção inicial 1 saca de 60 kg de café beneficiado por colheita e o valor de R$ 
976,80 para o quilo do Café Jacu beneficiado, o valor estimado a ser recebido seria 
de R$ 58.608,00. 
 
 
 
 
64 
 
6. CONCLUSÕES 
 
Conclui-se que a produção de cafés especiais demanda um investimento 
relativamente alto, tendo maiores gastos no ano de formação com mão-de-obra e 
insumos. Desta forma o plantio adensado se mostrou a melhor opção para 
pequenos produtores, uma vez que possibilita um retorno financeiro maior. 
Quando considerado o preço pago na exportação de cafés diferenciados o 
retorno financeiro seria mais lento, contudo quando considerada a produção de 
cafés especiais para participação em concursos e a produção de café especial raro, 
o prazo para obtenção de retorno financeiro pode ser reduzido de forma significativa. 
Existem meios de reduzir os custos de formação da lavoura que devem ser 
analisados e implantados, sempre que possível. 
A propriedade em analise no presente estudo possui grande parte de seu 
terreno não utilizado, logo a produção de café especial se mostra como uma opção 
de rentabilidade atrativa, sendo amplificada pelo fato de ser habitada por diversos 
pássaros Jacu, que possibilitam a produção de um café com alto valor agregado. 
Para que seja considerada a produção de Café Jacu deverá ser avaliado o 
plantio de árvores frutíferas junto aos cafezais, com intuito de aumentar o tempo dos 
Jacus no solo. 
Recomenda-se, para trabalhos futuros, que seja feita a estimativa dos custos 
implícitos dessa produção de café especial, visando obter uma valoração precisa do 
custo de produção por saca de café beneficiado. 
 
 
 
 
 
 
65 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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Café 2021 - Campos & Negócios, 12 Edição. Uberlândia: AgroComunicação, 2021. 
p. 50-55. Disponível em: https://evairdemelo.com.br/files/publicacoes/publicacao-
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Excelence, c2020. Disponível em: 
https://allianceforcoffeeexcellence.org/competition-auction-results/. Acesso em: 24 
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