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ENFERMAGEM EM PACIENTES CRÍTICOS Instrutor. Enf. David William Esp. UTI Adulto e Neonatal MENSURAÇÃO PVC INTUBAÇÃO ENDOTRAQUEAL ASPIRAÇÃO TRAQUEAL MENSURAÇÃO DA PRESSÃO VENOSA CENTRAL (PVC) ➢ A mensuração da pressão venosa central (PVC) é um método acurado da estimação da pressão de enchimento do ventrículo direito, de grande relevância na interpretação de sua função. ➢ O método de mensuração da PVC com coluna de água, devido à sua extrema simplicidade e baixo custo, é bastante popular e largamente utilizado, dispensando transdutores eletrônicos sofisticados. MENSURAÇÃO DA PRESSÃO VENOSA CENTRAL (PVC) ➢ Uma vez utilizada de maneira criteriosa e, sempre que possível, associada a outros parâmetros clínico e hemodinâmico, a PVC é um dado extremamente útil na avaliação das condições cardiocirculatórias de pacientes em estado crítico. MENSURAÇÃO DA PRESSÃO VENOSA CENTRAL (PVC) ➢ Para a mensuração da PVC, deve ser observado o posicionamento de um cateter em veia central (veia cava superior), comumente utilizando-se de punção percutânea de veia subclávia ou veia jugular interna. ➢ Este procedimento é realizado pelo médico. É checado radiologicamente para se certificar de que o cateter esteja bem posicionado. MENSURAÇÃO DA PRESSÃO VENOSA CENTRAL (PVC) ➢ Para a mensuração da PVC, pode ser utilizado um manômetro de água graduado em cm ou um transdutor eletrônico calibrado em mmHg. Espera-se que haja oscilação da coluna d'água ou do gráfico no monitor, acompanhando os movimentos respiratórios do paciente. MENSURAÇÃO DA PRESSÃO VENOSA CENTRAL (PVC) ➢ Encontrando e registrando o valor da PVC: INTUBAÇÃO ENDOTRAQUEAL ➢ Este procedimento é realizado por médicos. Entretanto, é papel da enfermagem auxiliar o profissional médico com a organização do material e durante o procedimento. Para tanto, o conhecimento acerca do método se faz necessário. ➢ A intubação endotraqueal consiste em substituir, durante certo tempo, as vias respiratórias superiores do paciente por um tubo flexível provido de um balão próximo a sua extremidade, que se insufla a partir do exterior, até ocupar a região traqueal correspondente. INTUBAÇÃO ENDOTRAQUEAL ➢ Para a execução do procedimento, devem ser executados os passos listados a seguir. 1) Explicar o procedimento ao paciente, segundo o seu nível de consciência e capacidade de compreensão. 2) Verificar o funcionamento de todo o material: a integridade do tubo, não permitindo escapes de ar. 3) Baixar a cama do paciente, para deixar espaço à pessoa que vai fazer o procedimento. 4) Posicionar o paciente, cama na horizontal, em decúbito dorsal. 5) Introduzir o laringoscópio na boca do paciente e realizar a aspiração das secreções orais. INTUBAÇÃO ENDOTRAQUEAL 6) O médico deve visualizar a glote e introduzir o tubo até a traqueia, com ou sem ajuda do fio-guia, conforme a dificuldade que se apresente. 7) Uma vez no local, e desde o exterior, deve-se insuflar o balão para isolar a via respiratória. 8) Verificar a correta localização do tubo mediante a ausculta de ambos os campos pulmonares com o estetoscópio, para despistar uma intubação seletiva do brônquio direito. 9) Fixar bem o tubo. 10) Conectar o paciente ao ventilador, verificando as conexões, os alarmes e a melhoria ventilatória. 11) Proceder as aspiração de secreções sempre que necessário. ASPIRAÇÃO TRAQUEAL Este tipo de procedimento é realizado por fisioterapeutas, enfermeiros e técnicos em enfermagem. Tem como finalidade técnica, manter as vias áreas livres e permeáveis, garantir a ventilação e oxigenação adequadas e prevenir complicações no quadro clínico geral do paciente, provocadas por acúmulo de secreções nos pulmões. ASPIRAÇÃO TRAQUEAL ➢ Observam-se a seguir alguns pontos importantes e justificativas para o procedimento. 1- Prevenir infecção. 2- Assegurar a tranquilidade do paciente. 3- Economizar tempo e poupar o funcionário. 4- Evitar contaminação do paciente e promover proteção do próprio funcionário. 5- Conforme o padrão respiratório do paciente, estar muito atento ao tempo de aspiração, o qual terá que ser inferior ao padronizado. 6- Sondas de aspiração muito calibrosas podem produzir excessivas pressão negativa, lesar a mucosa traqueal, além de piorar a hipóxia que a aspiração normalmente já provoca. ASPIRAÇÃO TRAQUEAL ➢ Observam-se a seguir alguns pontos importantes e justificativas para o procedimento. 7- Não retirar a sonda da embalagem antes do momento da aspiração, para não contaminá-la. 8. Prevenir hipóxia, uma vez que a aspiração traqueal reduz a pressão arterial de oxigênio cerca de 35mmhg; prevenir atelectasia, bronca- constrição, hipotensão e aumento da pressão intracraniana, arritmias cardíacas, parada cardíaca e morte. Cada hiperinsuflação deve durar cerca de 5 segundos. 9- Prevenir contaminação, seguindo técnica asséptica: usar uma das mãos para manipular a sonda de aspiração. ASPIRAÇÃO TRAQUEAL ➢ Observam-se a seguir alguns pontos importantes e justificativas para o procedimento. 10- Observar simultaneamente o padrão respiratório e monitorização cardíaca: ✓Garantir que o cuff da sonda endotraqueal esteja insuflado. ✓Não contaminar as conexões, a cânula endotraqueal e a extremidade do respirador ao desconectá-lo. ✓A segunda pessoa que auxiliar precisa utilizar máscara também. 11-Para apanhar a sonda e ligar o aspirador sem contaminar o sistema e a mão direita, proceder da seguinte forma: 12- A sucção não deve ocorrer neste momento da introdução para aspirar o ar. A sonda de aspiração deve ser introduzida em toda a sua extensão. ASPIRAÇÃO TRAQUEAL ➢ Observam-se a seguir alguns pontos importantes e justificativas para o procedimento. 13- Os movimentos lentos são para permitir que haja uma sucção: ✓Evitar hipóxia prolongada. ✓Evitar hipóxia ✓Evitar possível parada cardiorrespiratória. 14-Para corrigir a hipóxia provocada pela sucção devido à pressão negativa do aspirador. 15-Lembrar sempre que a cada cinco aspiração (15 segundos), o paciente deverá ser ventilado, para depois reiniciar a aspiração. 16-Certificar-se de que o respirador ou nebulizador estejam com os parâmetros anteriores sob controle. ASPIRAÇÃO TRAQUEAL ➢ Observam-se a seguir alguns pontos importantes e justificativas para o procedimento. 17- Nunca lavar a sonda de aspiração, durante as aspirações, na água do frasco. ✓Para lavar a extensão de látex, aspirar uma boa quantidade de água, para que toda a secreção seja eliminada do sistema, e não permitir que a secreção do látex retorne ao frasco de água. 18-Não se esquecer de aspiraro orifício da cânula de Guedel, introduzindo completamente a sonda de aspiração. 19-Não se esquecer de aspirar o orifício da cânula de Guedel, introduzindo completamente a sonda de aspiração. 20- Para evitar contaminação de estetoscópio que será utilizado na etapa seguinte. ASPIRAÇÃO TRAQUEAL ➢ Observam-se a seguir alguns pontos importantes e justificativas para o procedimento. 21- Avaliar a eficácia da aspiração e se houve melhora da ventilação pulmonar. 22- Prevenir infecção. 23- manter o ambiente em ordem, colaborando com a equipe. 24- Proporcionar conforto ao paciente. 25- Descrever característica, aspecto das secreções e quantidade. Anotar reações do paciente e intercorrências, como: sangramento, cianose, alterações eletrocardiográficas, etc. CUIDADOS COM ACESSO VENOSO CENTRAL E VENTILADOR MECÂNICO CURATIVO DE ACESSO VENOSO CENTRAL ➢ O curativo de acesso venoso central é um procedimento realizado pela equipe de enfermagem, com a finalidade técnica de manter o local da inserção do cateter limpo e seco, e prevenir infecção. Deve- se utilizar uma bandeja auxiliar, contendo os seguintes materiais: • Um pacote de curativos, • Solução antisséptica. • Esparadrapo comum e/ou especial. • Solução fisiológica 0,9%. • Água oxigenada, se necessário. • Um saco plástico para desprezar os dejetos. • Éter e/ ou benjoim. CURATIVODE ACESSO VENOSO CENTRAL ➢ Observações: 1- A troca do curativo deve ser feita a cada 24 horas. 2- Ao executar o banho de pacientes com cateter venoso central, procurar proteger o local, para que não seja necessário abrir o curativo mais vezes. 3- A troca do curativo de cateter venoso central é uma técnica rigorosamente asséptica, e deve, portanto, ser sempre um curativo oclusivo. 4- Proceder à tricotomia da região onde se localiza o cateter venoso central se necessário, a fim de facilitar a fixação do mesmo. 5- Fixar os equipos dos sobre a pele do paciente, pois as conexões, como torneirinhas e equipo de duas vias, pesam muito podendo deslocar o cateter venoso central da posição correta. CURATIVO DE ACESSO VENOSO CENTRAL ➢ Observações: 6- Ao auxilio o médico na instalação do cateter venoso central, nunca abrir o equipo de soro e manipulá-lo, mas sim, abrir a embalagem com técnica e colocá-lo no campo estéril. 7- Quando houver presença de hiperemia, mesmo sem secreção purulenta, significa presença de infecção e contaminação do cateter venoso central, e isto indica a necessidade de retirar o mesmo. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA ➢ A respiração é a principal necessidade do ser humano, uma vez que sem oxigênio o corpo não realiza suas funções normais. ➢ Utiliza-se, então, a ventilação mecânica (VM) como suporte de vida, em todos os hospitais do mundo, quando a respiração não se processa satisfatoriamente. ➢ O ventilador mecânico é um aparelho capaz de administrar oxigênio em pacientes impossibilitados de respirar ou quando essa atividade é realizada de forma exaustiva pelo mesmo. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA ➢ A VM é um método usual em unidade de terapia intensiva (UTI), utilizado em pacientes com insuficiência respiratória, dando suporte ao tratamento da patologia-base pelo tempo que for necessário para reversão do quadro, portanto não constitui um procedimento curativo. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA ➢ A insuficiência respiratória existe quando um paciente não é capaz de manter as tensões de seus gases sanguíneos dentro de valores normais. O tipo de insuficiência respiratória encontrada na UTI tem evolução relativamente rápida, ao contrário da deterioração gradual das doenças respiratórias crônicas. ➢ A VM pode ser invasiva ou não invasiva. A primeira se dá a partir do tubo orotraqueal (TOT), traqueostomia e cricotomia. Já a VM não invasiva se dá com o uso de máscara facial ou máscara nasal. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA ➢ A atenção aos pacientes sob uso de ventilação mecânica torna-se responsabilidade dos profissionais de enfermagem. A evolução positiva do paciente depende de cuidados contínuos, capazes de fornecer a identificação de problemas que atinjam diretamente as necessidades do cliente. ➢ Os ventiladores mecânicos são classificados em ventiladores por pressão negativa e por pressão positiva, sendo este último o mais utilizado. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA ➢ Ventiladores por pressão negativa: ➢ Os ventiladores por pressão negativa sustentam a ventilação semelhante à espontânea. Agem exercendo uma pressão negativa externamente no tórax. Tais ventiladores estão indicados em pacientes com insuficiência respiratória crônica associada à patologias neuromusculares. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA ➢ Ventiladores por pressão positiva: ➢ Em virtude da pressão positiva exercida pelo ventilador nas vias aéreas do paciente, os alvéolos se ampliam no momento da inspiração. Uma das maiores vantagens da ventilação mecânica por pressão positiva, além da substituição da atividade mecânica da respiração espontânea, é a possibilidade de permitir uma oxigenoterapia com frações de O2 variáveis. ➢ Ventilação por pressão positiva pode ser invasiva e não invasiva. A escolha dependerá das necessidades do paciente, devendo ser feita pelo médico. A ventilação invasiva fornece oxigênio através de intubação ou traqueostomia, se destinando a pacientes graves. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA ➢ Ventiladores por pressão positiva: ➢ A ventilação não invasiva pode ser aplicada por máscaras faciais, nasais ou por formas que proporcionem a ventilação, sem que haja algum procedimento invasivo. Atenção: Os ventiladores mecânicos possuem alarmes, que assinalam situações potencialmente perigosas para o paciente, sendo de fundamental importância que permaneçam ligados. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA ➢ Cuidados de enfermagem relacionados com ventiladores mecânicos: ➢ Devem ser observados alguns cuidados ao mobilizar o paciente, não realizando manobras bruscas para evitar pinçamento do circuito e desconexões do ventilador o que causaria danos ao estado clínico do doente. É importante estar atento aos alarmes sempre que ocorram. ➢ Vigilância constante: ➢ A vigilância constante de pacientes submetidos à VM é de responsabilidade dos profissionais de enfermagem que permanecem perto do paciente 24 horas por dia. O paciente em ventilação mecânica nunca deve ser deixado sozinho, deve estar em local que permita sua visualização continuamente, pois alterações súbitas podem ocorrer. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA ➢ Controle dos sinais vitais e monitorização cardiovascular: ➢ Os sinais vitais refletem o estado geral do paciente, e qualquer anormalidade na VM refletirá nas suas funções básicas como respiração, pulso, frequência cardíaca e pressão arterial, que devem ser periodicamente controladas pela enfermagem. ➢ Várias são as alterações que podem surgir a nível cardiovascular no paciente em uso de ventilador mecânico. Nesse sentido, é necessário que este paciente esteja monitorizado de forma invasiva e não invasiva. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA ➢ Controle dos sinais vitais e monitorização cardiovascular: ➢ Todo paciente de UTI deve estar fazendo uso de um aparelho de eletrocardiograma para o acompanhamento cardiológico e mensurar a pressão venosa central (PVC) e a pressão arterial (PA). ➢ Compete à enfermagem a coleta dos parâmetros hemodinâmicos do paciente, que deve estar conectado ao respirador no final da expiração. Desconectar o paciente do respirador pode agravar seu estado e saúde. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA ➢ Cuidados com a função respiratória: ➢ Os cuidados com a função respiratória evolvem uma observação do padrão respiratório, amplitude da expansão torácica, identificar batimentos da asa do nariz e a sincronia entre o paciente e o ventilador. A enfermagem também é responsável pela aspiração das secreções do paciente. Essa atividade deve ser executada sempre que necessário, pois a obstrução das vias aéreas está relacionada com o aumento da pressão intrapulmonar. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA ➢ Observação clínica e ausculta: ➢ A aparência geral, a coloração das mucosas e da pele, além da temperatura, consistem elementos importantes da observação rotineira do paciente. A cianose periférica é relacionada à má perfusão. A sudorese é um sinal de alarme e sua causa deve ser avaliada. É importante observar a expansibilidade pulmonar e realizar ausculta em todo o tórax. ➢ A observação inclui os drenos e seu débito. A permeabilidade e o posicionamento do tubo traqueal devem ser verificados frequentemente, bem como a quantidade, a coloração e a viscosidade da secreção traqueal espirada. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA ➢ Controle da oxigenação (PaCO2 e SaO2): ➢ A gasometria objetiva manter o controle da oxigenação do paciente. Trata-se de um exame que deve fazer parte da rotina do paciente ventilado, estando indicado o controle a cada 24 horas. ➢ A gasometria deve ser requisitada após os primeirostrinta minutos de ventilação. Para sua realização, a enfermagem deve realizar a coleta de sangue arterial do paciente, para posterior análise do material. Os valores mínimos considerados para a PaO2 e SaO2 (saturação de oxigênio) são, respectivamente, 60 mmHg de 90 a 92 %. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA ➢ Controle da oxigenação (PaCO2 e SaO2): ➢ Outra forma não invasiva da avaliação contínua da saturação de oxigênio é através da oximetria de pulso. Esse método é utilizado através de um sensor, que pode ser colocado em um dedo ou em crianças na palma da mão ou do pé. Oxímetro de pulso CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA ➢ Umidificação e aquecimento dos gases inalados: ➢ O gás seco é extremamente prejudicial para as vias aéreas, posto que causa ressecamento e inflamação da mucosa. Nos ventiladores que usam água, a água dos umidificadores deverá ser trocada diariamente. ➢ É importante ressaltar que o nível de água nunca deverá ser completado, e sim completamente substituído. Caso não seja diariamente trocada, a água dos ventiladores pode tornar-se um meio de cultura para micro-organismos resistentes. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA ➢ Umidificação e aquecimento dos gases inalados: ➢ A umidificação e o aquecimento dos gases inalados em VM são indispensáveis para prevenir a hipotermia, o aumento da viscosidade de secreções, a destruição do epitélio das vias aéreas e atelectasias. ➢ A temperatura das misturas gasosas deve ter uma temperatura de aproximadamente 33°C. Os níveis máximos e mínimos de água devem ser respeitados. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA ➢ Prevenção da infecção respiratória: ➢ Pacientes intubados têm alto risco de infecção respiratória. A prevenção deve ser preocupação constante da equipe multidisciplinar. O emprego de técnicas corretas no manuseio dos equipamentos de VM é o fator de prevenção. Portanto, se devem orientar e educar os membros da equipe multidisciplinar para estes fins. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA ➢ Controle neurológico: ➢ A enfermagem deve estar atenta ao paciente com VM, no que diz respeito ao nível de consciência, à orientação no tempo e espaço, a sinais importantes como, tosse e agitação, pois são manifestações que merecem atenção especial. A pressão intracraniana deve ser mensurada quanto houver indicação. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA ➢ Função renal e balanço hídrico: ➢ A ventilação mecânica por pressão positiva apresenta repercussões na função renal do paciente através da diminuição de débito urinário. A equipe de enfermagem deve controlar de maneira rigorosa a diurese do paciente, realizando um balanço hídrico periódico, pesar diariamente (quando possível) para o acompanhamento de retenção ou perda de líquido, e também atentar para a presença de edemas. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA ➢ Cuidados com o suporte nutricional: ➢ A alimentação do paciente sob assistência ventilatória invasiva pode ser mantida por meio da Nutrição Enteral (NE) ou da Nutrição Parenteral (NP). A associação entre o estado nutricional e a função pulmonar está bem estabelecida, na medida em que a nutrição inadequada diminui a massa muscular do diafragma, reduzindo o desempenho da função pulmonar e aumentando os requisitos de ventilação mecânica CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA ➢ Portanto, à enfermagem cabe: • Manter a cabeceira elevada (45°) se não houver contraindicações. • Obedecer rigorosamente aos horários de administração das dietas. • Certificar-se da insuflação do balonete no momento da administração das dietas. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA ➢ Sedação e Analgesia do paciente submetido à VMI: ➢ A sedação e analgesia do paciente em VMI estão indicadas para promover o conforto, facilitar o sono, aliviar a dor e a ansiedade e principalmente minimizar a resistência do paciente à VM, eliminando riscos de assincronia (não sincrônico) deste com o ventilador. ➢ Após a sedação, devemos avaliar o nível desta intervenção observando se há presença espontânea de movimentos respiratórios, resposta aos estímulos à dor, sensibilidade tátil, e outros. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA ➢ Mobilização do paciente em VMI (ventilação mecânica invasiva) e cuidados com a pele e mucosas: ➢ O posicionamento adequado e a mobilização constante no leito favorecem a maior expansão pulmonar, além de prevenir lesões de pele (úlceras por pressão), atelectasia, pneumonia e melhoram a higiene brônquica do paciente acamado e em uso de VMI. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA ➢ Comunicação e Apoio Emocional ao paciente em VMI: ➢ É recomendado que equipe de enfermagem deva assistir o paciente sob VMI interno em uma UTI, de forma integral e sistemática, atentando para as necessidades do mesmo, identificando seus principais problemas de saúde relacionados à situação que lhe é imposta, controlando seus níveis de estresse e ansiedade, angústia, medo do desconhecido e da morte, lhe transmitindo maior segurança e conforto, conversando, lhe explicando todos os procedimentos que serão feitos, mesmo que, aparentemente, esse paciente não esteja ouvindo (sedado). Enfim, é importante que a equipe lhe ofereça uma assistência o mais humanizada possível. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA ➢ Comunicação e Apoio Emocional ao paciente em VMI: ➢ A VM foi um dos maiores avanços tecnológicos ocorrido nas UTIs. Hoje, esses aparelhos constituem formas indispensáveis de ventilação artificial aos pacientes com insuficiência respiratória. ➢ Porém, são também responsáveis pela grande morbidade decorrida de complicações provenientes destas máquinas. ➢ A ventilação mecânica é,sem sombra de dúvidas, de suma importância no tratamento utilizado para as mais variadas afecções, às quais pacientes em estado crítico são acometidos, principalmente em unidade de terapia intensiva (UTI). Exercício • 1- Quais são indicações para instalação de acesso venoso central? • 2- Durante o plantão você acompanha o atendimento de ressuscitação cardiopulmonar em lactente de 18 meses. Foi realizada intubação orotraqueal, iniciadas compressões sincronizadas torácicas e ventilação na proporção de 15:2 e administração de adrenalina intravenosa. EM RELAÇÃO À CONDUTA, VOCÊ CONCORDA OU NÃO? JUSTIFIQUE • 3- Uma das medidas de prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV – VM) é ?