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Insuficiência Respiratória
Insuficiência Respiratória
Pode ser definida como a condição clínica na qual o sistema respiratório não 
consegue manter os valores da pressão arterial de oxigênio PaO2 e/ou da 
pressão arterial de gás carbônico PaCO2 dentro dos limites da normalidade, 
para determinada demanda metabólica.
Incapacidade do sistema respiratório em manter a ventilação e/ou a 
oxigenação do organismo humano.
📎 A insuficiência respiratória trata-se de uma síndrome/condição e 
não uma doença, sendo diversas as entidades clínicas que podem 
causá-la.
Classificação
 Quanto à instalação:
IR Aguda: rápida deterioração da função respiratória, alterações 
gasométricas e manifestações clínicas intensas;
IR Crônica: instalação progressiva ao longo de meses/anos;
IR Crônica agudizada: descompensação aguda em pacientes com 
processo crônico;
 Quanto ao tipo:
Insuficiência Respiratória Hipoxêmica (tipo I: queda de PaO2 com valores 
normais ou reduzidos de PaCO2
Insuficiência Respiratória Hipercápnica /com hipoventilação / aumento 
do espaço morto (tipo II: elevação dos níveis de PaCO2 por falência 
respiratória
Gasometria
 IR tipo I (hipoxêmica)
Insuficiência Respiratória 1
PaO2  60 mmHg em ar ambiente.
PaCO₂ normal ou baixo (por hiperventilação compensatória)
pH pode estar normal ou alcalino leve
 IR tipo II (hipercápnica)
PaCO2  45 mmHg em ar ambiente com pH  7,2;
PaO₂ geralmente também reduzida  60 mmHg) em pacientes 
respirando o ar ambiente.
pH  7,20 indica gravidade (não houve compensação metabólica 
adequada) acidose respiratória descompensada.
Insuficiência Respiratória Hipoxêmica (tipo I) 
Gasometria arterial evidenciando hipoxemia decorrente de alterações da troca 
gasosa. (diminuição da PaO2
Também chamada de insuficiência alveolocapilar.
Sintomas de hipoxemia; ventilação mantida.
Compreende doenças que afetam, primariamente, vasos, alvéolos e interstício 
pulmonar.
Principais exemplos:
Pneumonia;
Atelectasia;
Síndrome do desconforto respiratório agudo SDRA ou Síndrome da
angústida respiratória aguda SARA;
Insuficiência Cardíaca IC;
Tromboembolismo Pulmonar TEP;
DPOC exacerbada;
Pneumotórax;
Insuficiência Respiratória Hipercápnica com 
hipoventilação/aumento do espaço morto (tipo II)
Gasometria evidenciando hipercapnia com acidose respiratória decorrente de 
alterações do processo de ventilação. (aumento da PaCO2.
Insuficiência Respiratória 2
Também chamada de insuficiência ventilatória. 
Pode ocorrer em pulmões normais (alterações do SNC, neuromusculares, 
parede torácica) ou em pulmões doentes, sobrepondo-se aos casos de IR tipo 
I, quando a fadiga do trabalho respiratório precipita a fadiga dos músculos 
respiratórios (o esforço extra para respirar acaba exaurindo os músculos 
respiratórios. Quando eles entram em fadiga, o paciente perde a capacidade de
ventilar adequadamente, acumula CO₂ e passa a apresentar também 
insuficiência respiratória tipo II (hipercápnica).
Principais exemplos:
Alterações de SNC
Lesões estruturais (neoplasia, infarto,
hemorragia...);
Drogas depressoras;
Hipotireoidismo;
Alcalose metabólica;
Apneia do sono central;
Doenças da medula:
Trauma raquimedular, neoplasia, infecção, infarto, hemorragia, 
mielite transversa, Guilain-Barré, esclerose lateral 
amiotrófica....etc
Disfunção da parede torácica e pleura:
Cifoescoliose;
Espondilite Anquilosante;
Obesidade;
Tórax instável;
Fibrotórax;
Tóracoplastia.
Alterações neuromusculares, periféricas
Doenças causadas por neurotoxinas, tétano, botulismo, difteria;
Miastenia gravis;
Insuficiência Respiratória 3
Síndromes paraneoplásicas;
Distúrbios eletrolíticos: hipofosfatemia, hipomagnesia, hipocalima, 
hipocalcemia;
Distrofias musculares;
Poliomiosites;
Hipotireoidismo;
Miosite infecciosa.
Obstrução das vias aéreas superiores VAS
Epiglote;
Edema de laringe;
Aspiração de corpo estranho;
Paralisia de cordas vocais, bilateralmente;
Estenose de traqueia, traquiomalácia;
Turmores nas VAS;
Apneia do sono obstrutiva.
Conceitos Importantes
 Ventilação V 
É o processo cíclico de entrada e saída de ar dos pulmões.
Garante a renovação do gás alveolar, mantendo as pressões parciais de O₂ 
e CO₂ adequadas para as trocas gasosas.
Resulta da ação integrada entre o centro respiratório, localizado no sistema 
nervoso, central SNC, vias nervosas, caixa torácica (estrutura 
osteomuscular) e os pulmões.
A ventilação alveolar é dada pela seguinte fórmula:
VA  VT  VD)f
VA  ventilação alveolar
VT volume corrente
VD volume do espaço morto anatômico
Insuficiência Respiratória 4
f=freqüência respiratória.
 Perfusão:
A circulação pulmonar é munida de um vasto leito vascular, no qual os 
pequenos vasos e os capilares são os responsáveis pela principal atividade 
funcional.
É o fluxo sanguíneo que chega aos capilares pulmonares por meio da 
circulação pulmonar. (fornecimento de sangue aos capilares alveolares).
 Difusão:
A capacidade de difusão pulmonar é a quantidade de gás que passa dos 
alvéolos para o sangue a cada minuto, para cada 1 mmHg de diferença de 
pressão entre o ar alveolar e o sangue capilar.
O oxigênio entra porque a pressão é maior no alvéolo do que no sangue 
capilar.
O gás carbônico sai porque a pressão é maior no sangue capilar do que no 
alvéolo.
Influenciada por fatores como: 
Extensão da superfície da membrana de difusão (área); 
Solubilidade dos gases; 
Propriedades de difusibilidade do meio;
Alterações dos gradientes de pressão dos gases;
 Relação Ventilação/Perfusão V/Q
Os valores finais da PaO2 e PaCO2 resultam de interações entre a taxa de 
ventilação alveolar e o respectivo fluxo sangüíneo.
Para que a troca gasosa seja eficiente, é necessário que haja ventilação 
suficiente nos alvéolos e perfusão adequada nos capilares.
 Zonas de West
As zonas de West são divisões funcionais do pulmão que mostram como a 
gravidade e as pressões alveolar, arterial e venosa determinam a perfusão 
e a ventilação.
Insuficiência Respiratória 5
Ápice (zona 1 ventilação é 
maior que a perfusão
Meio (zona 2 equilíbrio entre 
ventilação e perfusão
Base (zona 3 perfusão é maior 
que a ventilação
📎 Dependem do 
decúbito que o 
paciente estiver.
 Espaço morto alveolar:
Alvéolos ventilados, mas não perfundidos (vascularizados).
 Shunt:
Alvéolos com ventilação reduzida e perfusão sangüínea mantida.
Quadro Clínico
Dispneia;
Taquipneia;
Taquicardia;
Cianose;
Insuficiência Respiratória 6
Alterações neurológicas (incoordenação, perda da capacidade de 
julgamento, até coma e morte);
Situções crônicas evoluem para bradicardia, choque circulatório, 
depressão miocárdica, arritmias e paradas cardíacas.
Diagnóstico
 História clínica:
Queixa atuais, ocorrência de sintomas semelhantes prévios, doença de 
base, antecedentes pessoais e uso de medicação;
 Exame Físico:
Padrão respiratório (presença de movimento paradoxal do abdômen), sinais 
vitais, sinais de desconforto respiratório (uso de musculatura acessória, 
batimento de asa de nariz, tiragens)
 Exames complementares:
Radiografia de tórax, fibrobroncoscopia, eletrocardiograma, 
ecocardiograma,tomografia de tórax e culturas.
Diagnóstico
Gasometria arterial
Em ar ambiente:
PaCO2  45 mmHg
PaO2  60 mmHg 
Em suplementação de oxigênio: considerar a FiO2
Relação PaO2 /FiO2 abaixo de 300 IR
Tratamento
Permeabilidade de vias aéras;
Oxigenioterapia:
PaO2  60 mmHg
SpO2  90%
Ventilação mecânica não invasiva;
Insuficiência Respiratória 7
Ventilação mecânica invasiva.
Insuficiência Respiratória 8

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