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SOCIEDADE EDUCACIONAL VERDE NORTE S/C Ltda FACULDADE VERDE NORTE - FAVENORTE CURSO BACHAREL EM ENFERMAGEM BETÂNIA SOARES ANTUNES CAMILA EDUARDA DA SILVA NORA BARROS SAMARA ALVES DE FREITAS O CURATIVO NÃO ADERENTE É EFICAZ PARA A CICATRIZAÇÃO DO PÉ DIABÉTICO? BETÂNIA SOARES ANTUNES CAMILA EDUARDA DA SILVA NORA BARROS SAMARA ALVES DE FREITAS O CURATIVO NÃO ADERENTE É EFICAZ PARA A CICATRIZAÇÃO DO PÉ DIABÉTICO? Trabalho acadêmico apresentado ao curso de Bacharel em Enfermagem da Faculdade Verde Norte - FAVENORTE, mantida pela Sociedade Educacional Verde Norte S/C Ltda. Orientador: Professor Ernandes Dias. Mato Verde-MG 2023 Sumário 1 Introdução A diabetes é uma condição motivada pela dificuldade na produção ou absorção do hormônio insulina, que é responsável pela quebrada glicose que permite a energia para que o corpo desenvolva as suas atividades. Dessa forma, quando não controlada pode motivar muitas alterações fisiológicas, destaca-se entre elas o pé diabético; sucede-se como alterações nos pés causada por infecções ou problemas circulatórios que provocam o surgimento de lesões que não cicatrizam. Nesse sentido, investigar o uso do curativo não aderente em relação a cicatrização da ferida é extremamente necessário porque é através dessa investigação que obtém-se o melhor procedimento para a cura dos ferimentos. Depreender-se que por não causarem atrito com a pele é uma opção acertada, mesmo que não tenha sido criada para o controle da infecção, o que motiva a utilização de outros mecanismos para torná-lo ideal, que é a utilização de pomadas ou carnes antibióticos. 2 Objetivo Essa pesquisa busca estabelecer recomendações baseadas em evidências com a identificação do potencial de cicatrização do curativo não aderente nos pés diabéticos. 3 Situação problema Joana Beatriz é uma senhora de 67 anos, possui diabetes mellitus tipo I, nega consumo de álcool e cigarros. Possui uma ferida grau II no pé esquerdo há 6 meses e sempre vai a unidade básica de saúde para realização do curativo do seu pé e percebe a dificuldade na cicatrização. Dessa formação surge a questão do uso do curativo não aderente e a sua eficácia para a cicatrização do pé diabético? 3.1 Questão clínica Quadro 1. Questão de pesquisa representada na estratégia PICO. ACRÔNIMO DEFINIÇÃO P Pacientes com pé diabético. I Análise da cicatrização. C O Identificação do melhor tratamento. Fonte: Dados primários, 2023. 4 Método 4.1 Seleção da amostra Informar critérios considerados para revisão (inclusão de trabalhos), definir as bases a serem consultadas, o desenho do estudo e as estratégias de condução da revisão. 4.2 Levantamento de descritores Quadro 2. Descritores controlados e não controlados considerados na revisão. Descritores não Controlados Descritores Controlados Fonte: Descritores de Ciências da Saúde e Dados primários, 2023. 4.3 Resultado de busca com descritores Quadro 3. Quantitativo de artigos por descritor aplicado na base XXXX. Descritor Quantidade Fonte: Dados primários, 2023. 4.4 Filtros aplicados 4.4.1 Total de artigos utilizados após filtragem 5 Resultados 5.1 Análise dos dados Quadro 4. Resumo dos artigos analisados. Artigo 1 Título Cicatrização de feridas diabéticas com fator de crescimento epidérmico: revisão integrativa Autores Bianca Campos Oliveira, Beatriz Guitton Renaud Baptista de Oliveira, Gabriela Deutsch, Fernanda Soares Pessanha, Selma Rodrigues de Castilho e Flavio Barbosa Luz. Periódico Portal Regional da BVS Detalhamento Metodológico Foram incluídos estudos realizados com seres humanos que avaliaram a eficácia do rhEGF em feridas. Foram excluídos aqueles que avaliavam a eficácia do rhEGF em lesões de outras etiologias (não diabéticas), bem como, publicações como editoriais, cartas ao editor, revisões da literatura, estudos de farmacovigilância e de análise econômica, bem como, publicação da literatura cinzenta. Não foi estabelecido recorte temporal. Detalhamento Amostral A busca ocorreu em 20 de fevereiro de 2020 nas seguintes bases de dados: PubMed/Medline; SCOPUS e LILACS. Intervenção Estudada As feridas crônicas representam um desafio global para os sistemas de saúde tendo em vista o aumento da expectativa de vida e da prevalência de comorbidades associadas. (1) Um rompimento da barreira epidérmica funcional é definido como uma ferida crônica quando seu reparo tecidual leva mais de três meses para ser concluído. (2) As causas mais comuns relacionadas à cronicidade de feridas são os comprometimentos vasculares (úlceras arteriais, venosas e do pé diabético) e a pressão não aliviada em condições de mobilidade comprometida (lesões por pressão). Resultados Nos 21 estudos incluídos na análise final foram tratados com rhEGF 1302 pacientes. A maior parte dos estudos tinha desenho experimental, isto é, 48% eram quase-experimentais (10/21) e 38% eram ensaios clínicos controlados (8/21). A amostra incluiu também séries de casos (9%, 2/21) e estudos observacionais (5%, 1/21). Recomendações e Conclusões Pode-se dizer que o EGF é muito promissor no tratamento clínico de feridas diabéticas, apesar de lacunas ainda precisarem ser esclarecidas antes da utilização generalizada (dosagem e via de administração ideal, influência na microbiota das lesões e custo- efetividade). Desta forma, mais estudos metodologicamente rigorosos são necessários para elucidar novos desfechos do tratamento com rhEGF em feridas crônicas. Tipo de Questão Clínica O objetivo desse trabalho é analisar as produções científicas sobre a efetividade do Fator de crescimento epitelial recombinante humano na cicatrização de feridas diabéticas. Nível de Evidência Alto Fonte: Dados primários, 2023. Quadro 5. Resumo dos artigos analisados. Artigo 2 Título Caracterização e tratamento de úlceras do pé diabético em um ambulatório. Autores Lidiane Lima de Andrade, Gabrielly de Carly Pereira Carvalho, Fernanda Albyege Alves de Andrade Valentim, Werllinson Azevedo Siqueira, Fabricia Maria de Araújo Bustorff Melo e Marta Miriam Lopes Costa. Periódico Portal Regional da BVS. Detalhamento Metodológico Estudo descritivo com abordagem quantitativa, realizado no ambulatório de um hospital universitário, tendo como sujeitos, 56 pacientes. Para a coleta de dados, foi utilizado um roteiro abordando dados sociodemográficos e clínicos, dados de caracterização e de tratamento das úlceras do pé diabético. Detalhamento Amostral Dos 56 pacientes, 35 (62,5%) eram do sexo masculino e apresentavam faixa etária entre 38 a 84 anos, sendo que 34 (60,6%) tinham idade entre 58 e 75 anos. Quanto ao grau de escolaridade, 20 (35,7%) possuía o ensino fundamental incompleto e 18 (32,1%) analfabeto. Com relação ao estado civil,32 (57,1%) eram casados e 40 (71,4%) não apresentavam atividade ocupacional, sendo aposentados. Intervenção Estudada Diante dessa problemática, o cuidado com os pés das pessoas que vivem com DM envolve diversas medidas que exigem estreita colaboração e responsabilidade tanto do paciente como dos profissionais de saúde. Diversos estudos apontam a atividade de educação em saúde como uma forma de prevenção, no entanto, há incipiência de produção científica nacional acerca da avaliação e do tratamento das úlceras do pé diabético já instaladas. Resultados Os resultados reforçam a importância da caracterização/ avaliação das lesões para escolha de um tratamento eficaz, o que reduz a gravidade de complicações, como amputações e consequente comprometimento da qualidade de vida dos pacientes. Recomendações e Conclusões Recomenda-se que estudos dessa natureza sejam desenvolvidos, pois mesmo reconhecendo a relevância da prevenção de úlceras do pé diabético, é preciso existir um protocolo para o tratamento adequado da lesão já instalada, pois o risco de amputações se torna maior, alémde existir um comprometimento na qualidade de vida do paciente acometido. Tipo de Questão Clínica Caracterizar as úlceras do pé diabético de pacientes atendidos em um ambulatório e investigar qual o tratamento dispensado a estas lesões. Nível de Evidência Não informado. Fonte: Dados primários, 2023. Quadro 6. Resumo dos artigos analisados. Artigo 3 Título Autores Periódico Detalhamento Metodológico Detalhamento Amostral Intervenção Estudada Resultados Recomendações e Conclusões Tipo de Questão Clínica Nível de Evidência Fonte: Dados primários, 2023. Quadro 7. Resumo dos artigos analisados. Artigo 4 Título Autores Periódico Detalhamento Metodológico Detalhamento Amostral Intervenção Estudada Resultados Recomendações e Conclusões Tipo de Questão Clínica Nível de Evidência Fonte: Dados primários, 2023. Quadro 8. Síntese das evidências encontradas. Artigos Objetivos Conclusões 1 2 3 4 Fonte: Dados primários, 2023. 6 Discussão das evidências Discutir as evidências encontradas com a literatura. 7 Considerações finais Considerando a dificuldade de cicatrização em feridas nos pacientes com diabetes, o curativo não aderente ajuda a evitar possíveis contaminações, bem como auxilia à cicatrização da ferida, podendo inclusive ser utilizada juntamente com antibióticos aumentando ainda mais as chances de melhora dos pacientes, outrossim é a possibilidade que o próprio paciente tem em fazer a higienização e a substituição do curativo não aderente em seu domicilio, sem a necessidade de se deslocar ao posto médico. Referências Informar critérios considerados para revisão (inclusão de trabalhos), definir as bases a serem consultadas, o desenho do estudo e as estratégias de condução da revisão.