Prévia do material em texto
Unidade 2 Tipos e Etapas Executadas das Edificações Fundamentos da Construção Civil Diretor Executivo DAVID LIRA STEPHEN BARROS Gerente Editorial ALESSANDRA VANESSA FERREIRA DOS SANTOS Projeto Gráfico TIAGO DA ROCHA Autoria GISELE MEDINA AUTORIA Gisele Medina Olá! Meu nome é Gisele Medina. Sou formada na área de Construção Civil e pós-graduada nas áreas de Educação e Meio Ambiente, com experiência técnico-profissional de mais de 13 anos na área de educação. Atuei em empresas como a Secretária de Educação do Estado do Paraná e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, entre outras instituições de ensino. Sou apaixonada pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo! ICONOGRÁFICOS Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que: OBJETIVO: para o início do desenvolvimento de uma nova competência; DEFINIÇÃO: houver necessidade de se apresentar um novo conceito; NOTA: quando necessária observações ou complementações para o seu conhecimento; IMPORTANTE: as observações escritas tiveram que ser priorizadas para você; EXPLICANDO MELHOR: algo precisa ser melhor explicado ou detalhado; VOCÊ SABIA? curiosidades e indagações lúdicas sobre o tema em estudo, se forem necessárias; SAIBA MAIS: textos, referências bibliográficas e links para aprofundamento do seu conhecimento; REFLITA: se houver a necessidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou discutido sobre; ACESSE: se for preciso acessar um ou mais sites para fazer download, assistir vídeos, ler textos, ouvir podcast; RESUMINDO: quando for preciso se fazer um resumo acumulativo das últimas abordagens; ATIVIDADES: quando alguma atividade de autoaprendizagem for aplicada; TESTANDO: quando uma competência for concluída e questões forem explicadas; SUMÁRIO Etapas preliminares na obra civil ............................................................................ 12 O terreno é o início de tudo ..................................................................................................... 12 A elaboração dos projetos .................................................................................... 14 Alvará da construção ................................................................................................ 15 Instalação do canteiro de obras ........................................................................ 17 Situação orçamentária.............................................................................................. 19 Cronograma .................................................................................................................... 20 Alvenaria e instalações em uma obra civil ........................................................ 22 Definições sobre alvenaria .......................................................................................................22 Estrutura e dimensão das alvenarias ............................................................23 Estruturas pré-moldadas: benefícios e malefícios do seu uso nas edificações .......................................................................................................................24 A utilização das estruturas metálicas na área da construção civil .............27 As desvantagens da utilização das estruturas metálicas ............. 30 Estrutura metálica versus concreto armado .............................................................. 30 Ocorrências de patologias em estruturas metálicas ............................................32 Revestimentos, esquadrias e ferragens ..............................................................36 As camadas de argamassas utilizadas em revestimentos ............37 Funções do revestimento de argamassa .................................................. 39 Patologias das edificações ocorridas no revestimento de argamassa ........................................................................................................................ 39 Esquadrias ............................................................................................................................................43 Vão e localidade ...........................................................................................................44 Segurança..........................................................................................................................45 Janelas ................................................................................................................................45 Ferragens ...........................................................................................................................45 Louças, metais, pintura e cobertura ..................................................................... 47 Pintura...................................................................................................................................47 Pintura à base de cal ............................................................................. 49 Pintura à base de cimento ................................................................ 50 Emulsões poliméricas (Latex) ......................................................... 50 Pintura simples com tinta à base de óleo .............................. 51 Tinta à base de óleo no madeiramento ...................................52 Pintura sobre superfícies de estruturas metálicas ...........52 Pinturas de marcação ............................................................................53 Coberturas ............................................................................................................................................53 9 UNIDADE 02 Fundamentos da Construção Civil 10 INTRODUÇÃO Aqui você vai entender um pouco sobre algumas etapas de uma obra da construção civil. Primeiramente, iremos abordar sobre a fase preliminar da obra em que um dos serviços executados, como a limpeza do terreno. Esta é de fundamental importância para a instalação do canteiro de obras, local onde será realizada a edificação desde a infraestrutura até a sua cobertura. A fase intermediária da obra estabelece alguns serviços como as estruturas do empreendimento. No caso do nosso estudo, veremos as características principais das alvenarias e alguns tipos de instalações realizadas nas edificações. Adiante, vamos conhecer um pouco sobre alguns tipos de revestimentos mais comuns no setor da construção civil e também as esquadrias e ferragens que fazem parte de qualquer tipo de edificação. Para finalizarmos os nossos estudos, iremos nos familiarizar com as louças e metais disponíveis no mercado e conhecer alguns serviços de pintura e cobertura mais executados nas edificações. Ao longo desta unidade letiva, você vai mergulhar neste universo! Fundamentos da Construção Civil 11 OBJETIVOS Olá. Seja muito bem-vinda (o). Nosso propósito é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o término desta etapa de estudos: 1. Entender a funcionalidade e importância das instalações provisórias, locações e fundações. 2. Identificar e compreender as estruturas de alvenaria e instalações em uma obra civil. 3. Entender o papel dos revestimentos, esquadrias e ferragens no processo construtivo. 4. Compreender os elementos de louças, metais, pintura e cobertura em uma obra de construção civil. Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? Ao trabalho! Fundamentos da Construção Civil 12 Etapas preliminares na obra civil OBJETIVO: Ao término deste capítulo, você será capaz de entender um pouco das fases do início da obrana área da construção civil, a importância de um bom planejamento na instalação do canteiro de obra, no qual o responsável técnico está preocupado com a otimização das atividades que serão realizadas na edificação. E, então? Motivado(a) para desenvolver esta competência? Então, vamos lá. Avante! O terreno é o início de tudo De acordo com Souza (2015), no ponto de vista da engenharia, as obras iniciam-se com as investigações preliminares, que têm como princípio identificar e preparar o terreno no qual a obra será construída. A situação da área acontece por meio de visitação in loco e precisa ser feita por um profissional encarregado por essa tarefa. Dessa maneira, poderão ser analisados os primeiros processos a serem executados na obra, o dimensionamento do terreno e os prováveis empecilhos que influirão no prosseguimento do projeto de arquitetura. Figura 1 – Uma reunião in loco para a discussão baseada nos projetos da obra Fonte: Freepik Souza (2015) relata alguns itens de determinados serviços preliminares geralmente aplicados nas execuções de obras de construção: Fundamentos da Construção Civil 13 • A execução da limpeza do terreno; • A realização do movimento de terra, para nivelar o terreno conforme previsto em projeto; • A execução da sondagem; • O reconhecimento das condições relacionadas à vizinhança; • Os desimpedimentos para as instalações temporárias; • A execução de demolições no caso de existirem construções excedentes; • A realização de retirada de resíduos sólidos. Figura 2 – A limpeza do terreno Fonte: Freepik Conforme o manual de obras ofertado pela empresa Tigre (2016), as despesas antevistas com as atividades preliminares giram em média de 3% do somatório total da obra. Santos et al., (2019) realizaram um estudo, para o qual foi selecionado um terreno situado no município de Mineiros/GO. O terreno tem o seguinte dimensionamento: testada de 12m com laterais de 25m, o que atinge uma Fundamentos da Construção Civil 14 área de 300m2. Os autores comentam que, baseado na condição da área, chegou-se à conclusão de que precisaria ser executada a limpeza do lote para iniciar a obra. Santos et al. (2019) enfatizaram que, pelo fato da inexistência de vizinho no entorno, a construção em questão viabilizaria o armazenamento de alguns insumos para a obra, como, por exemplo, brita, areia e blocos cerâmicos, abstendo o uso das vias públicas. Depois da realização das investigações e dos processos preliminares, foram concebidos os projetos fundamentais para a execução da obra. A elaboração dos projetos Para Santos et al. (2019), depois da realização das atividades preliminares, inicia-se a produção dos projetos. Os autores informaram que, para a execução daquela obra de construção, foi preciso um profissional competente com a intenção de impedir o acontecimento de gastos inconvenientes para a criação do empreendimento. Essa atividade tem a possibilidade de ser executada por profissionais da engenharia, arquitetos, tecnólogos ou técnicos da área da construção civil. Segundo Paixão (2013), é fundamental observar que há parâmetros e restrições nos exercícios profissionais de cada um dos responsáveis mencionados, que se modificam conforme a dimensão e a utilização de cada construção. Determinados projetos mais relevantes para a execução da obra são os projetos de arquitetura, os do setor de hidráulica, o da parte elétrica e, não menos importante, o projeto estrutural. Baseado nesses projetos são concebidos o cronograma e a parte orçamentária de gastos com a construção a ser edificada. De acordo com Paixão (2013), no decorrer desse período, é fundamental estar atento ao projeto de arquitetura, já que este será usado para o consentimento do alvará de construção concedido pela prefeitura. A autora enfatiza que o projeto de arquitetura precisa ser constituído pelas plantas retratadas a seguir: • Planta baixa da edificação; • O desenho da fachada da edificação; Fundamentos da Construção Civil 15 • Os desenhos de dois cortes da edificação; • Planta de cobertura da edificação. Santos et al. (2019) informam que, para a sua pesquisa, foi elaborado um projeto de arquitetura pleno, englobando todos os desenhos fundamentais para a autorização da prefeitura. Alvará da construção De acordo com Santos et al. (2019), o alvará de construção é o registro que evidencia o empreendimento que se apresenta em conformidade com a legislação e as obrigações da prefeitura, estando habilitado a ser edificado em uma localização estabelecida. Conforme Paixão (2013), cada cidade tem suas próprias leis, possuindo suas peculiaridades com relação aos documentos fundamentais para o consentimento do alvará de construção. Sendo assim, é preciso examinar o código de obras para tomar conhecimento de quais são os documentos requisitados. Para Santos et al. (2019), entretanto, a grande parte das prefeituras têm, de maneira geral, modelos padrão na listagem de documentos. Especificamente na cidade de Mineiros/GO, os documentos solicitados pela prefeitura são os descritos a seguir: • Requerimento padrão Refere-se ao pedido do contribuinte à prefeitura para a expedição do alvará de construção. Nesse documento, é preciso ter o assunto a ser requisitado, a localização onde será edificada a obra, os dados pertinentes do responsável técnico e também do proprietário do empreendimento. • Certidão Negativa de Débitos Esse comprovativo possui o objetivo de garantir que o contribuinte se encontra com todos os impostos municipais quitados. Porém, se o proprietário do empreendimento tiver realizado qualquer tipo de acordo de seus débitos, existirá a possibilidade da emissão de uma Certidão Negativa com Repercussão Positiva. Esta mostra que contribuinte declara Fundamentos da Construção Civil Financeiro01 Realce 16 e fica notificado que permanecem dívidas a serem quitadas. As duas certidões são expedidas pela prefeitura. • Espelho do imóvel É o cadastramento do imóvel junto à prefeitura. Descreve os aspectos do terreno, com o seu dimensionamento, área construída, informações do proprietário, entre outros. Esse comprovativo também será expedido pela prefeitura. • Cópia xerográfica do CPF, RG e comprovante de endereço Esses são comprovantes indispensáveis para o cadastramento e/ ou atualização do registro do imóvel na prefeitura com as informações do atual dono do empreendimento. • Cópia xerográfica da escrituração do terreno ou registro de compra e venda e declaração de matrícula Essa é a papelada que atesta a propriedade do terreno, na qual precisará constar os dados do terreno, seu dimensionamento e as informações do dono do imóvel. Esses comprovantes precisam estar assinados e reconhecidos pelo cartório da região. A escrituração do terreno será denotada no momento em que o imóvel se encontrar integralmente quitado. Se por acaso não estiver, então o contribuinte terá a possibilidade de mostrar o documento de compra e venda junto com o registro de matrícula. • Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) A ART é o comprovante que conecta o dono do empreendimento ao responsável técnico que realizará a obra. Na ART, existirão as especificidades dos tipos de atividades que serão executadas, as informações da pessoa que contratou o serviço e do profissional responsável. A ART é expedida pelo responsável técnico e pode ser recolhida pelo profissional por meio do ambiente virtual da internet, mais precisamente no portal da entidade fiscalizadora a que está submetido. Fundamentos da Construção Civil 17 • Memorial descritivo O memorial descritivo é um comprovativo que dispõe a maneira como a obra será realizada, especificando os tipos de insumos a serem usados e as peculiaridades da execução. No memorial, precisará conter as informações da área a ser edificada, além do endereço do empreendimento e as informaçõesda pessoa que contratou o serviço e do responsável técnico. Além disso, necessita estar precisamente assinado por ambos. • Três cópias do projeto de arquitetura integral Para o consentimento do alvará de construção, precisarão ser levadas à prefeitura três reproduções do projeto de arquitetura completo, pois duas ficarão nos arquivos da prefeitura e uma será enviada novamente, agora contendo o carimbo de aprovação. O projeto de arquitetura precisará englobar a planta baixa, a planta de cobertura, a planta de situação e a planta de locação da obra, a fachada e também dois cortes. Nenhum desenho deverá apresentar qualquer falta de cotas. No projeto, precisam estar dispostas claramente a área do imóvel e as peculiaridades, como ampliação ou redução, demolição e área a ser construída. O carimbo precisa englobar as informações da obra, do dono do empreendimento e do responsável técnico, e tem de estar precisamente assinado. Depois da conquista do alvará de construção, a obra encontra-se precedentemente autorizada a ser realizada. Precisarão ser requisitadas às instituições dirigentes as instalações dos sistemas de abastecimento de água e luz. Instalação do canteiro de obras O canteiro de obras, tem como objetivo, propiciar a infraestrutura necessária para a produção do edifício, com os recursos disponíveis, no momento necessário para sua utilização, podendo ser mais eficiente e eficaz em função do projeto do produto e da produção, e da forma de gerenciamento empresarial e operacional, influindo na produtividade da utilização dos recursos, em função da sua organização e do seu arranjo físico. (FERREIRA; FRANCO, 2015, p. 2) Fundamentos da Construção Civil 18 Segundo Santos et al. (2019), como qualquer segmento do planejamento, uma investigação para implementação do canteiro de obras se torna interessante quando o assunto é economia e eficácia no momento da execução da edificação. A função do reconhecimento das áreas onde permanecerão por tempo determinados insumos, máquinas e equipamentos, ferramentas que serão utilizadas no trabalho pelos profissionais, equipamentos de proteção individual e coletiva, áreas de vivência, entre outros, precisa estar conforme a Norma Regulamentadora 18 (NR-18) e também com a NBR 12284, que trata das áreas de vivência em canteiros de obras em conformidade com a quantidade de colaboradores que estão executando suas atividades profissionais na obra. De acordo com Pereira (2018), o planejamento de um canteiro de obras começa pela posição da somatória dos itens que irão abranger a obra. Sendo assim, do ponto de vista do engenheiro, os fatores fundamentais são: o cronograma da obra, a parte orçamentária do empreendimento, gráficos como histograma, programa de necessidades, restrições do terreno e definições técnicas. Os locais que instituem a extensão do canteiro de obras estão descritos a seguir (SANTOS et al.,2019): • Escritórios; • Banheiros; • Almoxarifado; • Depósitos; • Miniusina de concreto; • Miniusina de argamassa; • Central de armação. Depois de se verificar todos os itens que farão parte do canteiro de obras, parte-se, então, para a locação de cada ambiente destinado a cada tipo de tarefa, o que vai viabilizar o bom desempenho no momento da construção. É preciso ficar atento, no decorrer da execução, a modificações realizadas no canteiro, na intenção de precaver atrasos e estar em sintonia com o processo construtivo. Fundamentos da Construção Civil 19 Santos et al. (2019) enfatizam que o planejamento de um adequado canteiro de obras está intrinsecamente conectado ao elemento fundamental da edificação, como, por exemplo, os gastos. Sendo assim, no princípio da obra é preciso realizar uma investigação bastante minuciosa, que contribua de forma assertiva para direcionamento da construção. De acordo com Ferreira e Franco (2015), o arranjo físico do canteiro deve ser criado considerando o anteprojeto de arquitetura, as exigências e diretrizes, as condições da produtividade, os aspectos dos itens do canteiro, as suas correções, as dinâmicas dos procedimentos, a prioridade e a investigação da alocação dos itens, tendo a intenção satisfazer às necessidades da etapa corrente, usando, contudo, o arranjo físico da etapa anterior, como exemplo, para ter a possibilidade de menos modificações entre as etapas. A proposta do arranjo físico do canteiro, segundo Ferreira e Franco (2015), tem como meta potencializar a sua funcionalidade global no que diz respeito à capacidade e seguridade das acomodações e à produção das atividades, por meio especialmente, da redução dos gastos da mobilidade dos insumos e da melhoria dos encadeamentos de proximidade. Tudo isso procurando a correta solução universal para cada etapa ou, no mínimo, possibilidades que satisfaçam às exigências determinadas, ainda que especificamente a localidade de algum item não seja considerada perfeita quando no instante em que foi planejada individualmente. Situação orçamentária Santos et al. (2019) salientam que o orçamento do empreendimento é um dos procedimentos mais relevantes, de uma maneira geral da edificação. Esse item estabelece a quantidade de despesas que terá a construção e auxilia o dono do imóvel e o responsável pela obra a permanecerem controlados quanto aos gastos, de forma mais eficaz. Conforme relata Pereira (2018), o orçamento da construção é a estipulação das despesas para a realização de um projeto, a partir do momento de sua criação até a assessoria técnica após a entrega do imóvel, de acordo com um planejamento antecipadamente elaborado. Não se pode equivocar-se com relação a orçamento e orçamentação. A Fundamentos da Construção Civil 20 orçamentação é um procedimento de preparação da conclusão de custos de um empreendimento. Já o orçamento é precisamente essa conclusão. Dessa maneira, é o resultado final da orçamentação. Cronograma Segundo Chiavenato (2013), o cronograma é como um demonstrativo no qual se encontram correlacionadas duas variáveis: uma delas é a atividade que consta no planejamento, e a outra nada mais é do que o tempo. Uma das importantes tarefas da gestão é o planejamento com seu devido controle, que pode ser retratado por meio de ilustrações gráficas e tabelas, pelas quais poderá ser verificado o começo e o fim de cada atividade. De acordo com Santos et al. (2019), na área de projetos, ao se tratar do planejamento e da verificação, normalmente é usado o cronograma configurado em barras. Esse demonstrativo, que é conhecido como Gráfico de Gantt, é concebido por meio da relação das tarefas atribuídas e apontadas em colunas, e o período de duração de cada fase demonstrado em barras horizontais, com dimensionamento conforme o período empregado no projeto. Segundo Santos et al. (2019), a falta de vantagem do Gráfico de Gantt é a ausência de clareza em analogia de tarefas. No momento em que se aponta essas analogias por meio de setas pontilhadas ou até mesmo por linhas, o resultado é uma ilustração bastante enigmática, que poderia se apresentar de maneira mais simplória. Todavia, a falta de compreensão e utilização do cronograma de barras fazem com que ele se torne o mais corriqueiro usualmente. Ele é imprescindivelmente empregado quando se dispõe uma quantidade menor de tarefas com períodos reduzidos. De acordo Alnuaimi et al. (2010), com algumas informações obtidas por estudiosos, as situações que ocasionam o atraso do cronograma normalmente são os trabalhos adicionais que o dono da obra sugere e também modificações no projeto. Fundamentos da Construção Civil 21 RESUMINDO E, então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido, como foi explanado, que a concepção de um encadeamentológico dos processos preparatórios na construção civil é fundamental para que o alcance de uma obra executada de maneira racional, de boa qualidade e bastante segura. Tal sistematização encontra-se diretamente conectada ao andamento dos projetos, as documentações pertinentes, o orçamento, a concepção do cronograma e a locação do canteiro de obras, contribuindo para que a organização não esteja ausente em nenhuma fase da obra. Sendo assim, evitam-se os problemas não desejáveis nem para o profissional responsável nem para o proprietário do imóvel. No entanto, a capacitação quanto à profissionalização da área é fundamental para que as expectativas sejam alcançadas. A contratação de trabalhadores habilitados para o estabelecimento e a realização de tais processos precisam ser uma prioridade para a minimização das falhas que a construção civil está submetida. Fundamentos da Construção Civil 22 Alvenaria e instalações em uma obra civil OBJETIVO: Ao término deste capítulo, você será capaz de entender sobre a influência da escolha do processo construtivo das estruturas nas edificações, as vantagens e desvantagens que algumas apresentam desde o momento do planejamento até o instante em que será executada no canteiro de obras, considerando diversos fatores, entre eles o financeiro e o cumprimento do cronograma da obra. E, então? Motivado(a) para desenvolver esta competência? Então, vamos lá. Avante! Definições sobre alvenaria De acordo com Siqueira (1999), as alvenarias são formadas por componentes pré-industrializados, como blocos cerâmicos, blocos de concreto e alguns outros diferenciados ligados entre si por camadas de argamassa. Sua fundamental funcionalidade é definir a divisão de ambientes, principalmente a alvenaria exterior, que tem a incumbência de dividir os locais internos e externos, concretizando como freio, obstáculo e filtro seletor e limitando várias ações e mobilidades não simples e praticamente invariavelmente não homogêneas. Figura 3 – Fiadas de alvenaria Fonte: Freepik Fundamentos da Construção Civil 23 Para Gonzalez (2003), os aspectos interessantes das alvenarias são: • Resistência à umidade e a mudanças térmicas; • Resistência à força do vento; • Isolamento quanto à diferença de temperaturas e isolamento da acústica; • Resistência à infiltração de água da chuva; • Controle da movimentação de vapor de água e ajuste da condensação; • Base ou substrato para os mais variados tipos de revestimentos; • Segurança para usuários e ocupantes; • Adaptação e separação de ambientes. Estrutura e dimensão das alvenarias Na abordagem de Gonzalez (2003), dependendo do uso e da função, as alvenarias podem ser apontadas como resistentes ou de vedação. São chamadas “alvenarias resistentes” aquelas que têm como objetivo incorporar as cargas das lajes e sobrecarga. É preciso para a especificação de seu dimensionamento a utilização da NBR 10837 e NBR 8798. As “alvenarias de vedação” são as que se encontram dividindo ambientes. São denominadas somente de vedação por serem empregadas no fechamento de localidades sob estruturas, integrando-se como segmento de subsistema de anteparo perpendicular. Gonzalez (2003) salienta que, pelo fato dos enormes avanços tecnológicos na área das estruturas de concreto e aço, com decorrente ampliação das aberturas entre os pilares, recorreu-se a um aconselhável projeto minucioso das alvenarias, sua estruturação e dimensões, com o intuito de que não ocorressem falhas provenientes das seguintes prováveis intervenções: • Alterações imediatas ocasionadas pela deformidade da estrutura; • Modificações em decorrência da carga constante; Fundamentos da Construção Civil 24 • Distorção futura (por volta de mil dias, para as estruturas de concreto); • Variabilidade da umidade e temperatura sobre a estrutura; • Módulo de elasticidade verdadeiro; • Investigação global das deformações. Segundo Lopes (2001), é papel da engenharia o preciso dimensionamento dessas estruturas e suas complementações (alvenarias, portas e janelas, revestimentos, entre outros). Os profissionais da engenharia estrutural precisarão retratar com mais exatidão os valores das flechas iminentes em qualquer parte das lajes e em seguimento de longo prazo. Estruturas pré-moldadas: benefícios e malefícios do seu uso nas edificações De acordo com Vasconcelos (2002), o pré-moldado começou com o advento do concreto armado. Sendo assim, não existe como estabelecer uma data com exatidão da sua utilização. Já Sirtoli (2015) afirma o oposto, ao relatar que o pré-fabricado teve seu início junto com a industrialização no momento em que as tarefas realizadas pelo homem passaram a ser trocadas por máquinas. Conforme Vasconcelos (2002), a primeira utilização de pré- moldados em estruturas de construções aconteceu na França, na edificação do Cassino de Biarritz, estimulando um crescimento no seu emprego nos Estados Unidos e na Europa, mais precisamente no século passado. O autor salienta que ocorreu outro momento de bastante importância para o aumento do uso das estruturas pré-moldadas no final do Século XIX adentrando o Século XX, período em que se vivenciou a utilização do concreto armado no setor da construção civil. Dessa maneira, o crescimento do pré-fabricado esteve junto com o avanço do concreto armado e também o concreto protendido, facilmente observado nas construções de galpões. Fundamentos da Construção Civil 25 Sirtoli (2015), Vasconcelos (2002) e Tomás (2010) relantam que foi depois do ano de 1945 que o pré-moldado demonstrou significativo arranque nos países europeus, pelo fato da conveniência de construções em grande quantidade, falta de mão de obra, e o crescimento do concreto protendido. Com isso, uma das alternativas era mudar os colaboradores do canteiro de obras para a indústria, dando início, então, à pré-fabricação dos artefatos que anteriormente eram confeccionados no canteiro de obras com a meta da redução de gastos com materiais, enxugamento de mão de obra e diminuição de tempo e custos. Segundo Vasconcelos (2002), no Brasil, a obra que deu início à utilização de pré-fabricados foi o Hipódromo da Gávea, no ano de 1926, localizado na cidade do Rio de Janeiro. Executado pela construtora da Dinamarca Christiani-Nielsen, com filial no Brasil, a obra foi constituída por vários elementos pré-moldados, a exemplo das estacas utilizadas na fundação e no cercamento. Porém, o boom da mecanização das estruturas pré-moldadas aconteceu no fim dos anos de 1950 na cidade de São Paulo, local onde a Construtora Mauá concretizou diversos galpões com esse artefato in loco no canteiro de obras, viabilizando tempo e espaço no canteiro e proporcionando maior produtividade à obra. Sirtoli (2015) diz que um dos fundamentais benefícios da estrutura pré-moldada é a brevidade na fabricação e na organização da junção das estruturas. A obra é executada ligeiramente em um período menor, pelo fato de ser rápida e não precisar de grande quantidade de mão de obra e suporte, além de diminuir o desperdício de insumos, propiciando um projeto mais viável financeiramente, com ótima sustentabilidade, simples, eficaz e com segurança e excelência. Para Cunha (2010), as alternativas pré-fabricadas intensificam a qualidade universal da estrutura ao assegurar uma maior fiscalização do procedimento de fabricação no local industrial em que são fabricadas. O autor salienta que, a princípio, o pré-fabricado era atribuído a uma edificação de menor qualidade e indicado como uma alternativa a ser empregada em última condição. Ele não concorda com o pensamento, observando que construção rápida não significa construção ruim. Porém, é de responsabilidade dos projetistas e das indústrias de pré-fabricação a busca por mecanismos sem interferir na resistência das estruturas. Fundamentos da Construção Civil 26 Segundo Sirtoli(2015), a utilização de pré-moldados no setor da construção civil tem a possibilidade de ser um processo construtivo viável financeiramente, resistente, estável e com flexibilidade arquitetônica. O autor enfatiza que, no período do desenvolvimento de execução da estrutura, existe uma supervisão rigorosa em que a resistência do material é garantida com o acatamento de regras impostas das Normas Técnicas brasileiras. De acordo com Tomás (2010), a pré-fabricação inclui tarefas no ambiente, ainda que seja apenas a montagem, quando se estabelecem indicadores de pré-fabricação conforme a despesa financeira e o tempo. Segundo Sirtoli (2015), o pré-moldado traz uma vantagem no uso das formas utilizadas no momento do informe, visto que isso é a especial razão para a redução de desperdícios de materiais. Para o autor, a inconveniência desse procedimento pode acarretar o aparecimento de fissuras entre placas, por isso também há a exigência de mão de obra qualificada. Existem inclusive inconvenientes relacionados ao acondicionamento dos elementos nos locais estabelecidos, entraves no transporte, atenção na carga e descarga, e a dinâmica com os artefatos. Cunha (2010) declara que, pela situação em que os elementos são fabricados, em ambientes distintos de onde serão empregados, e também pela questão de distância entre a indústria e o canteiro de obras, existe o gasto com o transporte dos elementos construtivos que têm a possibilidade de acabar, sendo consideradas soluções de inviabilidade econômica, nas quais se faz necessário considerar os acessos à construção antecipadamente ao momento de escolher pela utilização do pré-moldado. Tomás (2010) contribui mencionando que, além da logística, há inclusive o desenforme, armazenamento e o encaixe correto, nos quais podem acontecer casos desvantajosos. É fundamental que, anteriormente à etapa da fixação das conexões definitivas, ocorra a verificação de segurança. De acordo com Sirtoli (2015), existe um enorme aproveitamento de espaço no interior do ambiente, viabilizando o alcance de maiores vãos livres. Dessa maneira, é válida a possibilidade de realizar projetos com pretensão de ampliações a curto, médio ou longo prazos, levando-se em Fundamentos da Construção Civil 27 conta os cálculos estruturais e o aumento de possíveis carregamentos nas estruturas. O autor comenta que, como a fabricação não é no canteiro de obras, a quantidade de trabalhadores é menor, e, quanto ao cronograma, há uma melhoria na limpeza e na extinção ou minimização do uso de formas. A utilização das estruturas metálicas na área da construção civil De acordo com Gomes et al. (2018), na perspectiva da sustentabilidade, as obras do setor da construção civil possuem como objetivo fundamental a redução do uso de recursos provenientes da natureza, isto é, gasto de energia e consumo de matérias-primas que formam resíduos e consequências negativas, como ruídos sonoro, entre outros, no local do trabalho. Os autores destacam que, em investigação das várias fases de vida de um dos elementos, mais precisamente da estrutura metálica, os benefícios desse tipo de estrutura quando comparado aos demais, apresentaram-se um pouco mais significativos. É previsto que as estruturas metálicas tenham um consumo de somente 7% do ciclo de vida completa da energia de uma habitação. Segundo Gervásio (2008), o aço tem a possibilidade de ser reaproveitado de várias maneiras. Ao se tratar das estruturas metálicas, as que não precisam ser usadas em um determinado local podem estar disponíveis para serem reaproveitadas em outros ambientes nos quais haja a necessidade de sua utilização, somente realizando o seu desmonte total e construindo-as em outras áreas nas quais serão proveitosas naquela circunstância. Quando ao final de seu proveito, seu desígnio seja efetivamente o refugo e não a reutilização da estrutura, ele tem a possibilidade em ser dirigido à reciclagem, para ser modificado em outro elemento por indústrias conhecedoras em recuperação de metais. O autor afirma que o aço tem a possibilidade de ser reciclado diversas vezes sem o risco de reduzir ou minimizar qualquer um de seus atributos, colaborando, dessa forma, para a redução da utilização de determinados elementos provenientes diretamente da natureza e para aumentar o reaproveitamento desses recursos. Fundamentos da Construção Civil 28 Segundo Gomes et al. (2018), a área tem incentivado o recolhimento do aço com o intuito de realizar sua reutilização nos produtos no momento em que se encontram no final de sua vida proficiente. O reprocesso faz o uso desse material para a criação de novos produtos, sem que aconteça a falta de qualidade ou das características do aço. Na reciclagem, o gasto com energia elétrica tem a possibilidade de atingir até 80% a menos, quando a comparação é feita para a produção de um novo material, isto é, que não seja algum tipo de peça metálica inútil. De acordo com Ricchini (2015 apud PEREZ, 2009), se verificados os diferentes materiais quimicamente reprocessados nos dias atuais, o aço tem se apresentado como o material que gasta menos energia e impacta menos o meio ambiente no instante do reprocessamento. Gomes et al. (2018) comentam que seja qual for o outro tipo de material, as estruturas metálicas dispõem de vantagens e desvantagens na sua aplicação. No entanto, na maior parte das situações de desvantagens, elas não são ocasionadas especificamente pelas estruturas metálicas, mas, sim, pela manipulação inadequada ou impossibilidade de mão de obra qualificada para a sua aplicação. Segundo Gomes et al. (2018), ao se tratar do peso nas fundações, pelo fato do aço ter resistência maior ao ser comparado com outros tipos estruturais normalmente encontrados no setor da construção civil, a execução do projeto pode resultar menos pesada, o que assegura a minimização dos pesos nas fundações em aproximadamente 30%. Os autores enfatizam que as estruturas metálicas contribuem para a organização do canteiro de obras, já que dispensam grandes materiais de manipulação para a sua junção e, por terem montagem ligeira de seus segmentos, o local de uso para armazenamento desses elementos é menor, mais limpo e com uma pequena quantidade de entulhos. Isso é uma vantagem por diminuir os gastos com a retirada de entulhos. Sem citar que é positivo para os operários, que, pelo fato de terem um canteiro de obra mais arrumado, estão menos propensos a acidentes em local de trabalho. Conforme Gomes et al. (2018), as estruturas metálicas são vantajosas desde a sua produção, que acontece por processamentos Fundamentos da Construção Civil 29 reincidentes e padronizados internamente na indústria, até seu encaixe, que não é prejudicado pelas interferências relacionadas ao clima, mais especificamente as ocorrências de chuvas. Considera-se, inclusive, a falta de necessidade do escoramento e de formas, extinguindo o desperdício de tempo para a remoção das escoras, como acontece no processo construtivo de estruturas de concreto armado. Gomes et al. (2018) salientam que, como as estruturas metálicas são mais resistentes, têm a possibilidade de apresentarem-se mais esbeltas do que outro tipo de estrutura. Sendo assim, os elementos construtivos, como pilares e vigas, podem ter uma seção pequena, ampliando o espaçamento útil no interior da edificação. Os autores enfatizam que, pelo fato de serem pré-fabricados em setores industriais, os elementos construtivos denominados de estruturas metálicas transitam por um minucioso procedimento em sua fabricação e distribuição. Por isso, existe a incidência de verificações dentro dessas indústrias na intenção de preservar a padronização das peças e garantia delas. Dessa maneira, a segurança é melhor e a margem de erro é menor, conforme sua produção. Gomes et al. (2018) destacam que, pelo simples fato de serum tipo de estrutura que precisa de montagem, tem a “predisposição” de ser desconstruído em caso de necessidade. Portanto se não houver mais a necessidade em determinada localidade, ele possui a flexibilidade de ser desfeito e remontado em ambientes onde sua existência seja indispensável. Gomes et al. (2018) frisam que, em processos construtivos tradicionais, o esbanjamento de material é de aproximadamente 25% em peso. Em construção metálica, a dissipação é significativamente reduzida, pois as peças têm a possibilidade de serem reprocessadas e reaproveitadas em outros locais. Também é importante comentar que suas medidas têm uma ótima precisão, favorecendo a aquisição do material, tendo assim uma economia com rejeito de materiais que corriam o risco de sobrar por causa do cálculo alto na orçamentação de compra. Fundamentos da Construção Civil 30 As desvantagens da utilização das estruturas metálicas Para Gomes et al. (2018), itens como a mão de obra especializada possuem uma significativa preponderância negativa no Brasil, pelo fato de sua privação para realizar a montagem de estruturas metálicas. Independentemente de profissionais capacitados serem mais assertivos para a garantia de uma entrega do serviço com melhor qualidade e baixo índice de riscos, ela não é viável no quesito econômico, especialmente em regiões onde não existe mão de obra capacitada. Com isso, a construção metálica pode vir a encarecer mais do que em outros locais. Segundo Gomes et al. (2018), ao se tratar de transporte restritamente, traz atuação desvantajosa se transportar volumosas estruturas já encaixadas. Na conjuntura de uma ponte ou viaduto, para a viabilidade de montagem, é bastante vantajosa, já que, no momento da chegada da estrutura na obra, basta apenas um guindaste levantar e os profissionais estarem prontificados para a realização do serviço. No entanto, no que se refere à estrada, é um fator desvantajoso, pois como as estruturas são de grande porte e têm a possibilidade de dificultar o fluxo do trânsito ou, em alguns locais, de passagens nas vias. Estrutura metálica versus concreto armado Para Gomes et al. (2018), uma das fases mais importantes da realização de qualquer serviço, sem levar em consideração a que área ele pertença, pode-se afirmar que é o planejamento, já que é ali que acontecem a totalidade dos processos decisórios e a metodologia a ser marcada para a efetivação da atividade. É no planejamento que são investigados e selecionados os tipos de materiais e processos que serão usados e consumados. Em vista disso, é nesse instante que se faz necessário estabelecer o tipo de estrutura que satisfaz melhor àquela edificação economicamente, segundo a exigência do cliente, e o mais inteligente possível com o meio. Fundamentos da Construção Civil 31 De acordo com Gomes et al. (2018), quando existir a primordialidade de agilidade ou pequeno prazo para a conclusão da obra, as estruturas metálicas são mais indicadas. Devido a elas já se apresentarem pré- fabricadas e serem somente encaixadas dentro do canteiro de obras, sua agilidade é bastante maior se comparadas à estrutura em aço. Ainda, não considerando o fato de que os pisos podem ser edificados até de três em três metros, já no caso das estruturas que utilizam concreto para subir para o próximo pavimento, é preciso que o piso anterior esteja totalmente pronto. Conforme a abordagem dos autores, para melhor esclarecimento, o período de construção em um empreendimento de quatro pavimentos utilizando estrutura metálica gira em torno de 120 dias e, em concreto tradicional, a conclusão dessa mesma obra se dá por volta de 210 dias. Segundo Gomes et al. (2018), as estruturas metálicas também são mais interessantes quando se trata do quesito materiais para a execução, já que precisam somente da estrutura em si e de alguns outros pouquíssimos materiais, como: parafusos es peças para atarraxá-los e tintas. No que diz respeito às estruturas de concreto, a quantidade de material já é maior, pois, para a sua execução, além de cimento, é preciso também britas com diâmetros adequados, areia de boa granulometria, água, algum tipo de aditivo conveniente e ferragens. De acordo com Gomes et al. (2018), nas estruturas metálicas existe a possibilidade de um cálculo mais preciso para a quantia de materiais que serão utilizados na construção completa a obra, com a taxa de erro insignificante, já que a mensuração é realizada fazendo o uso de milímetros. E, quando se trata de estrutura de concreto, essa estimação é praticamente impossível, visto que diversos elementos interferem no uso dos materiais no momento da construção total. Salientam Gomes et al. (2018) que no tocante à mão de obra, as estruturas metálicas estão em desvantagem ao serem comparadas com as estruturas de concreto, dado que, para o trabalho com as estruturas metálicas, é fundamental a mão de obra habilitada. Esta normalmente é bem minguada em comparação aos profissionais de executam estruturas de concreto. Todavia, como a realização das construções com estruturas metálicas é mais rápida, o emprego de muitos trabalhadores operando Fundamentos da Construção Civil 32 ao mesmo tempo é desnecessário. Porém, nas estruturas de concreto, é imprescindível o emprego de vários colaboradores ao mesmo tempo, já que a sua atividade, além de despender de mais tempo, é considerada mais trabalhosa. Para Gomes et al. (2018), quanto à resistência da estrutura, é fundamental elucidar que tanto as de concreto como as metálicas são consideradas convenientes. As duas são excepcionalmente resistentes ao serem executadas adequadamente, conforme o projeto. Sendo assim, quanto a essa questão de resistência estrutural, não se pode dizer que é um fator de significância para um determinado desempate na seleção de uma delas para a realização na obra. Ao se tratar da temperatura, dos ruídos e da proteção contra o fogo, segundo Gomes et al. (2018), ao considerar a estrutura entre si, essas questões não possuem diferenças entre as estruturas de concreto e as metálicas. No entanto, como as estruturas em concreto têm no fechamento o uso de material semelhante, elas são frequentemente mais duradouras, não tendo a precisão de praticamente nenhuma atenção extra. Quanto às estruturas metálicas, dependem do material usado para o remate da construção, já que elas admitem perfeitamente bem qualquer tipo de material. Sendo assim, para as estruturas metálicas desempenharem melhor resistência, é imprescindível que seu fechamento se utilize de material de boa resistência. De acordo com Nardin (2008), um dos maiores benefícios das estruturas metálicas está ligado ao meio ambiente. O autor frisa que, nos dias atuais, 50% do aço produzido universalmente são advindos de reciclagem, o que acaba criando a alternativa do uso das estruturas metálicas mais interessantes se comparadas à utilização das estruturas de concreto. Ocorrências de patologias em estruturas metálicas Segundo Gomes et al. (2018), as estruturas metálicas têm um considerável nível de qualidade em sua produção devido às quantidades Fundamentos da Construção Civil 33 de verificações e à rigorosa supervisão a que está sujeita. Mas, mesmo com essa preocupação de maior segurança devido à sua produção, elas ainda se encontram passíveis de acidentes. Estes têm a possibilidade de ser ocasionados pela falha na execução, incompatibilidade de projeto ou, ainda, erro na seleção do tipo de material a ser aplicado em alguma edificação. Conforme Gomes et al. (2018), no ato da escolha de realizar um projeto de estrutura metálica, é fundamental que aconteça a investigação de elementos relevantes e de extrema importância para a sua aplicação, entre eles: a prioridade da segurança e a preocupação com a durabilidade e com a funcionalidade. Alguns erros podem aparecer por situações,como: menor habilidade dos trabalhadores indicados para a montagem, insumos selecionados de menor qualidade ou condições externas do meio. Estudando com mais afinco, por uma perspectiva mais técnica, são identificáveis: • Erro no projeto e má leitura e interpretação Podem acontecer algumas patologias e inconvenientes que não eram previstos no primeiro projeto, pois, com a interpretação ou até mesmo com falha, a estrutura reagirá de uma forma extremamente diferenciada da que foi estudada e projetada, tendo a possibilidade de chegar a um colapso geral. • Uso com negligência da estrutura Provocará malefícios e minimização considerável de sua vida utilizável, mesmo porque o projeto principiante era para outra tarefa ou finalidade totalmente diferenciada da que está sendo aproveitada. • Falta de manutenção O profissional da engenharia responsável precisa estar atento frequentemente à manutenção dos materiais aplicados nas estruturas, na intenção de evitar consequências nocivas e garantir corretamente o projeto. A falta ou o erro na manutenção acarretam dificuldades que vão se intensificando até atingir ao ponto de colapso, tendo a possibilidade de acontecerem episódios de fatalidades. Fundamentos da Construção Civil 34 De acordo com Gomes et al. (2018), um dos entraves que precisa ser verificado no momento da realização de um projeto com estruturas metálicas, que tem a necessidade de ser obedecido com a intenção de evadir de um colapso por uso inadequado da estrutura, é a disposição de determinados elementos estruturais a serem aplicados na edificação que está sendo projetada. É importante que se faça uma investigação nas ofertas do mercado para verificar se os elementos construtivos necessários para a execução do projeto se encontram acessíveis, a fim de que não haja a necessidade de usar peças de menor qualidade somente pela precisão de atingir o prazo acordado. Conforme relata Gonzalez (2003), os maiores agentes das patologias mais nocivas provenientes nos dias de hoje estão intimamente ligados ao meio ambiente. São denominados catástrofes da natureza, a exemplo dos abalos sísmicos. As regiões que possuem predisposição a alguns tipos de modificações climáticas precisam ser investigadas e analisadas minuciosamente, especificamente com a intenção de se elaborar uma estrutura que tenha a capacidade de resistir àqueles tipos de implicações negativas que poderão vir a ocorrer. A considerável falha de determinados profissionais se acha nessa situação, visto que eles não estabelecem a estrutura para esse tipo de circunstância negativa, prejudicando seus projetos e até mesmo interferindo perigosamente na vida de pessoas em alguns cenários. Fundamentos da Construção Civil 35 RESUMINDO E, então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que as estruturas pré-moldadas são fabricadas em outro lugar que não é o mesmo de sua instalação, com a possibilidade de ser moldadas na indústria ou no canteiro de obras. Esse tipo de estrutura tem sido cada vez mais aceito nas construções devido ao seu processo construtivo rápido e eficiente. Vimos ainda que as estruturas de concreto armado são consideradas tradicionais no setor da construção civil, tendo vantagens e desvantagens quando comparadas às estruturas metálicas, que, como qualquer outro tipo de elemento construtivo, também apresentam seus benefícios e malefícios. Estes dependem de uma série de fatores que estão descritos no planejamento da obra para a execução dos projetos considerados viáveis economicamente e não menos importantes e seguros para todas as pessoas envolvidas na execução do empreendimento e as que irão fazer proveito deste após sua conclusão. Fundamentos da Construção Civil 36 Revestimentos, esquadrias e ferragens OBJETIVO: Ao término deste capítulo, você será capaz de entender as alternativas da fase de revestimentos internos e externos da edificação, bem como as disponibilidades no mercado da construção civil no que se refere às esquadrias e ferragens, elementos que estarão presentes no empreendimento. E, então? Motivado(a) para desenvolver esta competência? Então, vamos lá. Avante! De acordo com a NBR 13529 (ABNT, 2013), os revestimentos são classificados como processos formados por uma ou mais camadas de material composto, que denominamos como argamassa, e que uma se diferencia das outras conforme suas características. São empregadas sobre paredes internas e externas e também em tetos, almejando-se uma aparência harmoniosa. Em determinados casos, cumprem com as necessidades de conforto térmico e de vedação contra a radiação e proteção com relação à umidade. Essa legislação categoriza os revestimentos de argamassa conforme os parâmetros a seguir: • Quanto à quantidade de camadas na aplicabilidade: • Revestimento de uma só camada; • Revestimento de dupla camada. • No que se refere à localidade de exposição: • Revestimento de parede no interior do ambiente; • Revestimento de parede no exterior do ambiente; • Revestimento sobre o solo. • Quanto à reação em contato com a umidade: • Revestimento básico; • Revestimento de permeabilidade mínima; Fundamentos da Construção Civil 37 • Revestimento hidrófugo. • Quanto à reação em contato com a radiação: • Revestimento de proteção às radiações. • Quanto à reação em contato com calor: • Revestimento termoisolante. • Com relação à aparência de superfície: • Estilo camurçado; • Estilo chapiscado; • Estilo desempenado; • Estilo sarrafeado; • Estilo semelhante ao travertino; • Estilo lavado; • Estilo raspado. As camadas de argamassas utilizadas em revestimentos As camadas fundamentais de argamassas utilizadas para revestimentos, de acordo com Sabbatini (1992), ganham as seguintes designações: • Emboço Conhecido por argamassa espessa, é uma camada que tem a função fundamental de regularizar a face da alvenaria, tendo de exibir espessura de aproximadamente 18mm. É empregada pontualmente sobre a superfície antecipadamente preparada (tento ou não chapisco) e se dispõe a obter as camadas seguintes do revestimento (reboco, algum tipo de pedra decorativa, entre outros). Ainda, faz-se necessário evidenciar a porosidade e a rugosidade superficiais coerentes com o potencial de aderência da confecção final desejada. Essas duas são atributos advindos da variabilidade das dimensões dos materiais e do processo construtivo. Fundamentos da Construção Civil 38 • Reboco Também conhecido como massa fina, é a camada de encerramento dos elementos construtivos revestidos de argamassa. É colocada na superfície do emboço e sua dimensão de espessura é somente o suficiente para instituir uma película constante e conjunta em cima do emboço, com pelo menos 5mm de dimensionamento de espessura. É a camada de reboco que deixa a forma externa aos revestimentos de diversas camadas, podendo ser a pintura empregada pontualmente em cima desta. Sendo assim, não pode conter fissuras, sobretudo em aplicabilidades em paredes exteriores. Dessa maneira, a argamassa precisa ter uma ótima capacidade de acondicionar deformidades. • Argamassa única Também conhecida como emboço paulista, constitui-se de um tipo de revestimento com acabamento em pintura realizado em uma só camada. Portanto, a argamassa empregada e o processo construtivo necessitarão terminar em um revestimento de qualidade para desempenhar as atribuições de ambos (emboço e reboco), isto é, correção da base e acabamento. • Chapisco Essa não é considerada uma camada de revestimento. É um processo construtivo de preparo da base, que não apresenta uma regularidade de espessura, não havendo necessidade de sua aplicação, dependendo do tipo da base. O chapisco tem como finalidademelhorar os estados de união da camada inicial do revestimento ao fundo em circunstâncias preocupantes normalmente interligadas em duas condições: • Problemas no potencial de aglutinação da base: no cenário em que a superfície é bastante lisa ou quando apresenta uma porosidade inapropriada, podemos citar como exemplo o concreto ou até mesmo outro tipo de superfície desprovido de atributos com absorção inapropriada com a junção do revestimento. Fundamentos da Construção Civil 39 • Revestimento submetido a ações mais impactantes: aqui estão englobados os revestimentos de áreas externas e o revestimento de tetos. Funções do revestimento de argamassa De acordo com Sabbatini (1984), os revestimentos constituídos de argamassa possuem normalmente as funções descritas a seguir: • Garantir a proteção das vedações e das estruturas das edificações contra a atuação de fontes agressoras e, por decorrência disso, impedir sua deterioração, ampliar a durabilidade e minimizar os gastos com a manutenção das edificações. • Contribuir com as vedações para que estas desempenhem da melhor maneira possível as suas atribuições, que são: efetivação do isolamento termoacústico e a garantia da estanqueidade à água e outros fluídos gasosos. Também não deixa de ser fundamental à segurança contra o fogo. • A boa aparência, o acabamento e, pontualmente, a valorização da edificação ou estabelecimento do padrão do empreendimento. Patologias das edificações ocorridas no revestimento de argamassa Segundo Medeiros e Sabbatini (1994), em todas as regiões do Brasil podem ser vistos indícios nítidos de amostras patológicas em revestimentos de argamassa comum ou argamassa mista, nos aspectos de trincas, descolação e disfunções de umidade, que normalmente inviabilizam o desempenho das construções. De acordo com Sabbatini (1984), as categorizações das patologias constatadas em revestimentos de argamassas apresentam-se conforme suas originalidades: • Aglutinação falha; • Inapropriada aptidão de acondicionamento plástico (no momento em que se encontra endurecida); Fundamentos da Construção Civil 40 • Falta de resistência mecânica. Para Cincotto et al. (1999), os inconvenientes normalmente verificados nos revestimentos de argamassa no Brasil são as trincas e a descolação. Segundo Thomaz (1989), as trincas com princípio relativo à base dos revestimentos são as mais existentes e acontecem em erros de projetos, falhas nas execuções dos processos construtivos e nas manutenções das edificações. Para o autor, as trincas e fissuras em revestimentos de argamassa são, com certeza, algumas das patologias que têm mais possibilidade de provocar incômodo e prejuízos financeiros aos proprietários. De acordo com Miranda (2000), ainda é insatisfatório o conhecimento técnico com relação às razões que causam essas patologias e suas repercussões na estabilidade das vedações, não existindo parâmetros que definam as limitações das trincas e fissuras para o aceitamento de revestimentos no cotidiano de controle dessa atividade. Conforme Narciso (2006), a fissura no revestimento é um episódio enigmático, já que existe a possibilidade de ter se originado nos processos de projeto e/ou de realização, na escolha dos insumos incorporados e, inclusive, na proporcionalidade dos insumos. O autor informa que a NBR 13749 (ABNT, 1996) retrata alguns tipos de patologias ocasionadas em revestimentos: a. Fissuras mapeadas: existe a possibilidade de sua formação devido à contração da argamassa, pela quantidade exagerada de finos que irão compor o traço, tanto podendo ser de aglomerantes como de determinados finos vindos do agregado, ou até mesmo pelo excedente da tarefa de desempeno. Geralmente, manifestam-se com formato de mapa. b. Fissuras geométricas: podem ser identificadas pelo fato de que normalmente acompanham o delineamento do elemento da base. Acontecem na ocorrência de retração da argamassa utilizada em assentamento. A norma enfatiza que fissuras na vertical possivelmente acontecem por causa da retração hidrotérmica do elemento, da interface da base composta por matérias-primas Fundamentos da Construção Civil 41 não semelhantes, regiões que precisariam dispor de juntas que ajudariam na dilação. c. Vesículas: as predominantes razões do aparecimento de vesículas são: • Hidratação vagarosa da substância inorgânica chamada óxido de cálcio não hidratado, que faz parte da constituição química da cal (a parte interna da vesícula apresenta uma coloração branca). • Existência de solidificações férreas no agregado miúdo (a parte interna da vesícula apresenta uma coloração avermelhada). • Aparecimento de matéria orgânica ou pirita de ferro no agregado miúdo (a parte interna da vesícula apresenta uma coloração preta). d. Pulverulência: existe a possibilidade de ser provocada por: • Grande quantidade de finos no agregado miúdo. • Traço desfavorecido em aglomerantes. • Carbonatação escassa da cal, em argamassa composta de cal, prejudicada por tempo seco e temperatura alta ou por influência do vento. e. Vesículas menores: enferrujamento da pirita de ferro existente como sujeira no agregado, revertendo na constituição de gipsita, junta com expansão (o agregado possui pintas de coloração preta). Segundo as investigações de Morais e Selmo (1999) e com as análises preliminares de Miranda (2000), os revestimentos nos quais as argamassas foram executadas em cima da camada de chapisco tendem a diminuir a quantidade de fissuras se comparados a outros em que foram efetuadas de modo direto no bloco de concreto. De acordo com Sabbatini (1984), o nível de fissuras é atribuição de alguns elementos, quais sejam: a. Proporção e natureza dos aglomerantes: necessitariam, de modo a reduzir a quantidade de fissuras, não ser de alta reatividade, já que nos revestimentos endurecidos a força de resistência Fundamentos da Construção Civil 42 ao tracionamentos, sendo alta, reduz sua possibilidade de deformidade. b. Proporção e natureza dos agregados: suas dimensões precisam ser constantes e apresentar a quantidade apropriada de finos, já que, em excesso, estes precisariam aumentar o volume de água nas possíveis misturas e, por causa disso, poderia ocorrer aumento na retração de cura do revestimento. A orientação quanto ao dimensionamento dos agregados apresentarem-se de forma constante se dá ao fato de que, criando um baixo volume de vazios no agregado, mais baixo será o volume da pasta. Por resultante, mais baixo será o retraimento. É igual o entendimento que se emprega para o aumento da quantidade de agregado a ser utilizada no traço, sem interferência negativa no quesito da trabalhabilidade, que precisa baixar o volume de pasta e as consequências de retraimento de cura do revestimento. c. Possibilidade de absorvência de água da base: as situações do meio ambiente e a propriedade de permanência de água da argamassa controlam a regularidade da dissipação da umidade do revestimento no momento de sua cura e crescimento inicial de sua resistência aos tracionamentos. d. Métodos de execução: definem o nível de compactação do revestimento e espaços de tempo para o sarrafeamento e desempenamento. Esses critérios estabelecem a quantidade de umidade excedente no revestimento e a possibilidade de retração consecutiva a tais ações. De acordo com Cincotto et al. (1995), o aparecimento de fissurações no revestimento de argamassa vem da flexibilidade e da resistência aos tracionamentos inapropriados em frente às forças de tração decorrentes da contração de cura, retraimento térmico ou intervenções externas ao revestimento. Para os autores, a harmonização da flexibilidade e da resistência aos tracionamentos não assegura a completa inexistência de fissuramentos. Porém, há o aparecimento de fissuramentos de dimensões minúsculas e com menor distância entre eles.Dessa maneira, não aumentam por implicações térmicas ou ao absorver água do ambiente, Fundamentos da Construção Civil 43 não se apresentando assim adversas à estanqueidade e à longevidade do revestimento. Para Selmo (1989), a resistência à tensão tangencial da inteiração entre substrato e a argamassa apropria o espaço entre as fissurações, mas, quando acontece uma ampliação desse espaço, aumenta-se a possibilidade de deslocamento do revestimento. Dessa forma, a força de ligação por tensão tangencial precisa se exibir de igual proporcionalidade que a resistência aos tracionamentos, com a intenção de assegurar que as fissuras permaneçam em estados não nocivos. Segundo Sabbatini (1984), nas argamassas denominadas como enfraquecidas, as conexões em seu interior são de baixa resistência. O tensionamento consegue ficar disseminado no formato de micro fissuramentos, ao passo que aparecem nas conexões microscópicas entre os grânulos do agregado e a massa de aglomerante. Nas argamassas potentes, com alto limite de força, os tensionamentos tendem a ir se concentrando, e o faturamento, no momento que acontece, já se encontra no formato de fissuramento microscópico. Esquadrias De acordo com Azeredo (1987), faz-se necessário diferenciar esquadrias de caixilhos. A primeira caracteriza as portas, os caixilhos, as venezianas, entre outros, enquanto que os caixilhos é a peça que compõe uma esquadria na qual podem ser fixados os vidros. Para o autor, é designada esquadria qualquer vedação de abertura do tipo portas e janelas constituídas de madeira e plástico. Relativamente aos caixilhos, chama especial atenção o grande desenvolvimento da indústria do PVC, sendo que as janelas fabricadas com este material praticamente já dominam os mercados de países da América do Norte e Europa, com ênfase especial na França e na Alemanha. (THOMAZ, 2001, p. 305): Segundo Azeredo (1987), as esquadrias são analisadas sob dois pontos de vista: um relacionado à tarefa do profissional pedreiro e o outro do profissional da marcenaria; um executando a abertura e o outro Fundamentos da Construção Civil 44 guarnecendo essa abertura. As esquadrias constituídas de madeira precisam respeitar exatamente, no que diz respeito a seu local e realização, as orientações do projeto referentes a desenhos e detalhamentos construtivos. Conforme Azeredo (1987), as esquadrias se distribuem em: • Portas; • Janelas; • Persianas. As portas precisam ser analisadas ao modo de seu sentido de abertura e localidade, proteção e componentes. Vão e localidade De acordo com Azeredo (1987), na fase do projeto, o profissional de arquitetura precisa estar bastante atento quanto à orientação de abertura das portas, no momento em que estas passarem a ser empurradas, tendo a possibilidade de abrir para o lado direito ou esquerdo. Não é indiferente o modo da porta nem a orientação de sua abertura, já que uma ou outra situação advém da conveniência do ambiente. Em um quarto, por exemplo, a porta localizada no centro da parede possibilita dividi-la em dois planos que inviabilizam a melhor disposição dos mobiliários, mas, se disposta de um lado, esse arranjo será otimizado. Segundo Azeredo (1987), na investigação do projeto, o arquiteto, além de levar em conta o ambiente em questão, precisará verificar em consonância com a sua função ou destinação, a alocação das portas e janelas, de maneira a viabilizar tal organização. Em todo o tempo que tiver condições, a abertura das portas deve ser para a direita, porém, sem qualquer tipo de receio de que se possa realizar a sua abertura para o lado oposto, caso se contribua para o conforto interno. O autor ainda enfatiza que a porta, quando posicionada na extremidade da parede, deve ser afastada do canto aproximadamente 20cm, para permitir espaço aos acabamentos. Fundamentos da Construção Civil 45 Segurança Para Azeredo (1987), as portas precisam ser averiguadas sob o porte de sua segurança. Com relação a essa perspectiva, será importante executar esquadrias de uma única folha e espessa. A proteção vai estar na dependência da maneira com que foi executada. É recomendável minimizar a quantidade de portas externas de ingressão, especialmente em domicílios, para evitar o ingresso de estranhos, aperfeiçoar a vigilância e diminuir os gastos com alarmes de segurança. Janelas De acordo com Azeredo (1987), nos estilos tradicionais, a janela é normalmente mais alta do que larga. Com as técnicas disponíveis atualmente, é corriqueiro o favoritismo pelas janelas muito largas que, a propósito, solucionam eficientemente o impedimento da iluminação e da ventilação. A dimensão da largura das folhas menores possibilita melhor organização dentro do ambiente, especialmente quando existirem cortinas e outros elementos decorativos da mesma categoria. Para Thomaz (2001, p. 305), as “janelas tipo veneziana, em aço, alumínio ou mesmo de madeira” concedem, nos dias atuais, a ajustagem das palhetas, aumentando a facilidade de arejamento e a luminosidade do ambiente. Ferragens Segundo Azeredo (1987), as ferragens são elementos em metal para apoio, estabilização e mobilidade das esquadrias, podendo ser constituídas de ferro ou material de bronze rebuscado ou não. A seguir, as peças que compõe as ferragens em uma obra: “dobradiças, fechaduras, contratastes, espelhos, rosetas, maçanetas, puxadores, ferrolhos, rodízios, cremonas, tarjetas, carrancas, fixadores ou prendedores e fechos” (AZEREDO, 1987, p. 56). Fundamentos da Construção Civil 46 RESUMINDO E, então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que os revestimentos utilizados no setor da construção civil, quando bem executados, contribuem significativamente para os processos posteriores, já que a inexistência de imperfeições viabiliza a economia durante e após a realização das edificações. Isso porque, há necessidade de determinadas correções após pronta à superfície revestida com argamassa, as quais podem onerar ainda mais os custos não previstos no orçamento da obra. Vimos também a importância da preocupação com as esquadrias, desde a fase do projeto arquitetônico, com relação à sua disposição nos ambientes e as escolhas de seus materiais constituintes, bem como com as ferragens que as compõem externamente. Foi enfatizado que a iluminação e a ventilação adequadas nos ambientes os tornam mais aconchegantes e agradáveis aos usuários. Fundamentos da Construção Civil 47 Louças, metais, pintura e cobertura OBJETIVO: Ao término deste capítulo, você será capaz de identificar as louças e metais mais comuns utilizados nas edificações e compreender um pouco sobre os tipos de pinturas para determinadas superfícies, assim como as opções de coberturas tradicionais e também as que são um pouco mais inovadoras na área da construção civil. E, então? Motivado(a) para desenvolver esta competência? Então, vamos lá. Avante! De acordo com Souza e Tamaki (2004), os metais sanitários disponibilizados no mercado da construção civil são: as torneiras de pressão, normalmente empregadas nas edificações que são planejadas, vislumbrando a economia de água; e os registros e válvulas, que poderão ser empregados na parede da edificação quando não existir caixa acoplada ao vaso sanitário. Os metais sanitários são instrumentos que possibilitam a circulação ou impedem a movimentação de água de uma rede hidrossanitária. Pintura Segundo Azeredo (1987), a pintura não necessariamente tem apenas um valor de estética nas edificações, mas tem como objetivo afastar a degradação dos materiais, criando exteriormente um filme invulnerável à atuação dos agressores. Esse filme tem a possibilidade de ser adquirido pela utilização de tintas ou vernizes.Sua atribuição incorpora, em vários casos, relevância na preservação da higiene, pelo fato da oportunidade de remoção da sujeira, lavagem e procedimento de desinfecção. De acordo com Azeredo (1987), outra intervenção sensitiva é a coloração em determinado local em que é utilizada e com relação aos indivíduos que permanecem nesses locais. A exemplo, as colorações claras, que têm maior possibilidade de espelhar a luminosidade dos esverdeados e dos azulados, que normalmente trazem mais tranquilidade, ou dos avermelhados e alaranjados, que geralmente despertam. Fundamentos da Construção Civil 48 Para o autor, as inovações tecnológicas das tintas têm alcançado maior crescimento, disponibilizando materiais para um recobrir requintado, não deixando de investir em melhorias enfáticas nos produtos clássicos. Conforme Azeredo (1987, p. 149) “a pintura pode ser agrupada em: pintura arquitetônica, de manutenção e comunicação visual.” • Pintura arquitetônica – É aquela cuja intenção inicial é decorativa, porém, as atribuições protetoras são levadas em conta também. Ela englobam a mescla de tintas e vernizes para uso interior ou exterior, no madeiramento, nas alvenarias ou até mesmo nas argamassas. • Pintura de manutenção – Normalmente é aplicada para a proteção e engloba um grupo de recobrimento empregado em materiais férreos, de aço e de concreto. • Pintura de comunicação – Tem por finalidade inicial a precaução de riscos de acidentes, reconhecimento de equipamentos de segurança, demarcações de ambientes e orientação contra riscos e ameaças, entre outros. De acordo com Azeredo (1987), os componentes das tintas são uma mescla de substâncias corantes com transporte fluído. A básica atribuição das substâncias corantes é a de encobrir e embelezar a superfície, e a do transporte é de agregar os elementos microscópicos e criar um filme de proteção. O ponto inicial para a produção de uma tinta é o seu veículo, e o considerável desenvolvimento que tem se avistado nas inovações das tintas é fruto de modificações nele empregadas. Na concepção de Azeredo (1987), os vernizes são misturas homogêneas de goma ou secreções resinosas, podendo ser naturais ou artificiais. Em um veículo (solvente volátil ou óleo secativo), que são convertidos em uma película útil, transparente ou translúcida, após aplicação de camadas finas. Secantes de diluentes são adicionados pelas mesmas razões que foram incorporados às tintas. (AZEREDO, 1987, p. 150) Azeredo (1987) informa que os esmaltes são adquiridos acrescentando-se substâncias corantes aos vernizes, sucedendo- Fundamentos da Construção Civil 49 se, então, uma verídica tinta, reconhecida pela eficiência de criar uma película inusitadamente lisa, brilhosa e sólida. Tem um significativo potencial de encobrimento e permanência da coloração, e determinados esmaltes secam, permitindo uma finalização opaca e aveludada, e não uma finalização brilhosa. Segundo Azeredo (1987), a denominação laca, especificava, inicialmente, determinados artefatos nativos utilizados pelos povos do oriente. É um pequeno número de vernizes constituídos de solutos de materiais resinados naturalmente, às vezes, chamados de laca por algumas pessoas em solventes que em temperatura ambiental podem se minimizar a vapor. Essa denominação passa a ter outra definição com o aperfeiçoamento de preparações químicas de nitrocelulose advinda do algodão. Isso fez com que essa definição ficasse bastante restrita. A condição mais atributiva desse verniz atual é o seu cheiro. Salienta Azeredo (1987), com relação à nitrocelulose, que sua disposição, até pouco tempo atrás, possuía uma viscosidade bastante elevada. Por isso, apenas solutos dissolvidos por solventes bastante fortes permitiam sua volatilidade em películas mais finas. Novos procedimentos foram aprimorados para o preparativo de nitrocelulose de pouca viscosidade e, nesse mesmo período, novos diluidores caracterizados especiais foram conquistados no momento em que o setor automobilístico ingressava em enorme expansão. Pintura à base de cal Segundo Azeredo (1987), a caiação – a pintura com cal – é um processo construtivo bastante antigo e convencional da área da construção civil. É realizada e aconselhada a sua aplicação em paredes de alvenaria e de argamassa. É considerada uma pintura básica e financeiramente econômica ao ser comparada com as demais. A tinta é confeccionada com uma mistura química de cal de afinada textura advinda da dissolução da cal em água. Atualmente o mercado da construção civil já dispõe de cal extinta em pó, ou seja, prontamente para a realização da pintura. De acordo com Azeredo (1987), no preparo da cal com água existe a possibilidade de serem acrescentados pigmentos minerais e é necessário Fundamentos da Construção Civil 50 introduzir uma determinada proporção de óleo de linhaça para aprimorar a adesividade e o espalhamento da tinta no local aplicado. O seu processo construtivo é realizado com a utilização de broxa. A quantidade de demão é aplicada dependendo da necessidade e da aparência da superfície, geralmente três demãos são suficientes para um bom acabamento. Respeitando “a seguinte sequência: primeira demão com tinta bem fluída no sentido horizontal – após seca a 1ª demão passa-se a 2ª demão com tinta mais incorporada, isto é, menos fluida, no sentido vertical; seca esta demão aplica-se a 3ª demão com tinta menos fluida do que a 2ª demão, no sentido horizontal. Se for necessário mais alguma demãos é ir alternando o sentido da aplicação e utilizar a tinta no fluido da 3ª demão. Não se deve adicionar sal, cinza, ou cola para dar maior fixação da película a superfície.” (AZEREDO, 1987, p. 153) Pintura à base de cimento Segundo Azeredo (1987), nesse processo em que são utilizadas as tintas compostas essencialmente de cimento Portland e que pigmentos coloridos podem ser acrescentados, a diversidade de coloração é pequena, frequentemente sendo empregada a cor branca. Esses tipos de tinta à base de cimento, na secagem, proporcionam uma finalização opaca e, pelo fato de a forma do cimento atingir a cura, elas necessitam de água. Por isso, antecipadamente à sua execução, é fundamental umedecer bastante a área que irá incorporar essa pintura. O seu procedimento de aplicação é semelhante ao executado com a tinta à base de cal, ou seja, é utilizada normalmente a broxa. É uma pintura considerada de significativa resistência. Emulsões poliméricas (Latex) De acordo com Azeredo (1987), um dos consideráveis alcances adquiridos pelos especialistas no ramo de tintas foi o de se obter uma emulsão oleosa que leva resinas artificiais, corantes e outras substâncias necessárias com água. Começou, então, um enorme espaço para a pintura, com bastante diversidade de tonalidades e facilidade de lavagem, isto é, a possibilidade de se remover manchas menores com água e sabão. Fundamentos da Construção Civil 51 Segundo Azeredo (1987), as tintas compostas pela substância de acetato de polivinila, mais conhecidas como tintas à base de PVA, geralmente utilizadas em pinturas de alvenarias interiores e exteriores, foram as que apresentaram melhor receptividade no mercado da construção civil. É aconselhável que o processo de pintura seja realizado com trincha ou até mesmo rolo. O autor salienta que, ao pensarmos em economia e menor tempo para a execução do serviço, a opção da aplicação da tinta PVA com rolo é mais interessante. É importante lembrar que a execução das demãos de tinta nas edificações deve ser alternada entre a horizontalidade e verticalidade. Os benefícios da aplicação desse tipo de tinta é sua ligeira secagem, a facilidade na aderência em áreas pouco umedecidas, segurança com relação ao fogo e inexistência de mau cheiro, ou seja, o aroma é neutro. Conforme Azeredo (1987), a região que vai receber a pinturaprecisa estar bastante limpa, sem poeira, isenta de graxa e sem nenhum ponto de mofo, entre outros tipos de inconvenientes relacionados à limpeza. As imperfeições que existirem nas áreas precisam ser corrigidas com os procedimentos adequados, como aplicação de gesso ou massa corrida nas trincas e fissuras. O autor salienta que, entre a aplicação de uma demão e outra, faz-se necessário aguardar pelo menos duas horas. Pintura simples com tinta à base de óleo De acordo com Azeredo (1987), a pintura simples não necessita de instrumentos sofisticados. Basicamente, é preciso preparar a área a ser pintada, removendo os grãos de areia, caso a parede seja de alvenaria e revestida com argamassa, e, em seguida, limpando a poeira. É imprescindível impermeabilizar o local com produto para esse fim. Finalmente, a aplicação da tinta poderá ser executada utilizando uma trincha. Existem profissionais que preferem usar o rolo ou até mesmo o revólver para pintura. Segundo Azeredo (1987), a pintura simples à base de óleo tem uma finalização bastante brilhosa e isso normalmente evidencia imperfeições Fundamentos da Construção Civil 52 do revestimento, caso haja. Uma das possibilidades para amenizar o brilho da tinta à base de óleo é o acréscimo de um pequeno volume de agarras. Tinta à base de óleo no madeiramento Para Azeredo (1987), no caso da execução de pintura com tinta a óleo em madeira, a preparação não se difere do processo realizado sobre alvenaria revestida com argamassa. Inicialmente, emprega-se uma demão de óleo de linhaça isenta de qualquer mistura. Após a secagem, deve-se realizar o lixamento para a remoção dos pequenos filetes de madeira. Daí então aplicar uma camada de massa para o cobrimento das imperfeições, lixar para que a superfície apresente mais regularidade e, finalmente, aplicar a tinta. O autor enfatiza para esse caso a dispensabilidade do uso de impermeabilizantes. Pintura sobre superfícies de estruturas metálicas De acordo com Cardoso (2009), devido à sua eficiência, os processos de revestimento por metalização estão atingindo bastante relevância, já que a pintura e metalização são métodos completivos. É imprescindível empregar os excelentes insumos em cima dessas superfícies, já que alguns primários contra oxidação utilizados para proteção não são apropriados para emprego sobre as regiões metálicas, tendo a possibilidade de ocorrerem consequências maléficas, como o descolamento do filme de tinta. O corriqueiro, nessas circunstâncias, é escolher por adequar um processo de pintura quimicamente harmonizável com o metal, executar sobre ele um feito passivo, com ótimas propriedades no quesito de penetração e elevada taxa em sólidos. Segundo Cardoso (2009), para essa classe de superfícies, há uma enorme preferência para o uso de tintas de alumínio. Todavia, para uma finalização colorida, é recomendável o uso de tintas alquídicas, não apenas por possuírem como considerável atributo a durabilidade, mas por formarem uma significativa aderência com o primário. Para a autora, a tinta a se utilizar na pintura em metais e todo material que tenha uma boa durabilidade exteriormente, sendo eficiente para conseguir boa aglutinação com o primário, será uma tinta de finalização eficaz. Fundamentos da Construção Civil 53 Pinturas de marcação Conforme Cardoso (2009), o uso dessa classe de tinta encontra-se cada dia mais corriqueiro pelo fato da indispensabilidade de marcação em áreas como garagens, estacionamento etc. É fundamental, entretanto, que as tintas a serem utilizadas tenham como atributos essenciais a máxima resistência aos raios ultravioletas solares e ao intemperismo climático. Geralmente, são aplicadas tintas da categoria epoxy com dois elementos, um dos quais contam com a resina epoxy em sua composição e o outro com substâncias catalisadoras que frequentemente advêm das aminas ou poliamidas. Segundo Cardoso (2009), como vantagem, possui alta resistência química, sem ser prejudicada pelos produtos solventes e tampouco pelos óleos ou gorduras, de modo a contarem com uma elevada resistência à força de atrito e significativa aglutinação sobre o cimento. Devido à sua resistência ao desgaste, à água e à propensão de descontaminação radioativa, essas tintas são aplicadas como finalização inclusive em ambientes hospitalares. Coberturas De acordo com Moliterno (1981), a função fundamental da cobertura das construções é o abrigo no interior do ambiente, frente às condições climatéricas extremas. Além disso, também interfere no estado térmico do ambiente. Dessa maneira, Machado et al. (2003) salientam que a cobertura é o elemento do envoltório mais propício a variações térmicas, em razão da exposição explícita à quantidade de energia do sol que recebe. Sendo assim, segundo Mascaró et al. (1992), a temperatura no interior dos ambientes possui a tendência de alcançar níveis térmicos altos no período do dia, dependendo da localidade na qual a construção está. De acordo com Kato e Lima (2020), basicamente, encontram-se três tipos de coberturas para as construções: Fundamentos da Construção Civil 54 • Telhado visível; • Telhado encaixado; • Laje provida de impermeabilização. Conforme a NBR 8039 (ABNT, 1983), telhado é um modelo de cobertura que tem um ou mais níveis inclinados em referência à coordenada horizontal. Para Vittorino et al. (2003), nessa perspectiva, afere-se que o telhado visível é a forma de cobertura bastante disposta, em que as telhas se encontram fixadas em uma sustentação própria, normalmente de madeira, perceptível ao público exterior à construção. Segundo Knies et al. (2014), no que se refere ao telhado encaixado, este é mais empregado em projetos arquitetônicos modernos, permitindo à construção mais autonomia volumétrica na fachada. Conforme Fedrizzi e Kuhn (2006), a conveniência de se fazer o uso de cada metro quadrado do empreendimento propiciou ao mercado a aplicação das lajes providas de impermeabilização, que são coberturas isentas de telhas e apresentam- se com baixas inclinações. Rolim e Allem (2016) salientam que é indispensável maior cautela aos processos construtivos de aplicação de impermeabilizante nas lajes, evitando -se sua deterioração devido à umidade e às mudanças térmicas. Ainda nesse contexto, mesmo assim acontece no ramo da construção civil o uso predominante de telhas conforme as investigações de Peralta (2006). Quanto à categorização das telhas, alguns tipos tradicionais no mercado segundo Kato e Lima (2020), são: • Telhas de material cerâmico; • Telha de aço; • Telhas de concreto fabricado; • Telhas de fibrocimento. Frequentemente, empregam-se as telhas cerâmicas em edificações unifamiliares e as telhas de aço em barracões industriais. Já as telhas de concreto são novas no mercado e se evidenciam pela Fundamentos da Construção Civil 55 variedade de modelos presentes, longevidade e eficácia térmica (quando em colorações claras). Silva et al. (2013) enfatizam que, no que se refere ao custo/benefício, basicamente aponta-se o uso de telhas de fibrocimento pelo fato de terem baixo peso e, por isso, sua sustentação pode ser mais comum. Frisa-se que esse tipo de telha é usado em telhados encaixados. Enquanto que as lajes impermeabilizadas são empregadas no momento em que se almeja ampliar a área de utilização da edificação (FEDRIZZI; KUHN, 2006). De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) (2017), a construção na perspectiva da sustentabilidade busca a minimização das consequências negativas para o meio ambiente causadas pela área da construção civil, viabilizando construções melhores habitacionalmente. Dessa maneira, segundo Kato e Lima (2020), a própria se caracteriza como um método abrangente que vislumbra a preservação do equilíbrio entre o meio ambiente e as edificações, estabelecendo a respeitabilidade humana e aequivalência na economia. Nesse contexto, Corrêa (2009) e Almeida (2010) enfatizam que os indispensáveis elementos que orientam a edificação sustentável relacionam-se às transformações de concepções nos projetos de arquitetura, promovendo projetos ajustáveis, minimizando possíveis desconstruções, e também procurando a utilização consciente de água, energia e insumos na obra, juntando a flexibilidade da construção e o clima da região. Segundo Kato e Lima (2020), entre as práticas de processos construtivos adeptos da sustentabilidade e seus vários modelos, as mais populares são: • Telhados compostos por telhas ecológicas com material de PET; • Telhados executados com telhas-sanduíche; • Telhados brancos; • Fabricação de telhados verdes intensivos; Fundamentos da Construção Civil 56 Comparando os telhados verdes intensivos às demais coberturas, os sistemas que também reiteram boa parte da energia incidente foram a laje impermeabilizada (54,6%) e as telhas sanduíche (54%). Isso pode ser explicado pelo fato desses sistemas possuírem materiais que absorvem uma grande quantidade de energia em sua estrutura (vegetação de médio e grande porte, para os telhados verdes intensivos; concreto e manta asfáltica, para as lajes impermeabilizadas e materiais termoisolante, para telhas sanduíches). Já os menores resultados foram encontrados nas telhas de metálicas (24,8%), telhados brancos (25%) e telhas de concreto (27,7%). Explicam-se tais desempenhos pela natureza dissipadora de seus materiais, no caso das telhas metálicas, pelo alto índice de refletância, no caso de telhados brancos, e pela coloração superficial de natureza escura, no caso das telhas de concreto. (KATO; LIMA, 2020, p. 192) • Fabricação de telhados verdes extensivos. Nesse ponto de vista, os telhados conhecidos como ecológicos, constituídos de PET, retratam melhor durabilidade ao serem comparados com os de telhas convencionais, além de denotarem baixa carga estrutural à construção (ALMEIDA et al., 2013). Enquanto que o telhado sanduíche, também denominado termoacústico, institui um conjunto misto composto por duas folhas metálicas, recheadas por insumo termoisolante. Por isso, o emprego da telha termoacústica assegura repercussões adequadas, mas seu preço de implantação é maior quando equiparado ao de outros modelos ofertados no mercado. Segundo Hosseini e Akbari (2015), em contrapartida, se a questão econômica for fundamental na definição do tipo de cobertura, uma saída acessível é o uso de telhados brancos. Nesse feitio, o método equivale a apenas pintar o telhado já presente com tinta acrílica da coloração branca, ou, se a edificação encontrar esse tempo em alguma etapa de projeto, determinar telhas brancas. Givoni (1981) já salientava que a coloração esbranquiçada do elemento interfere de modo direto no comportamento térmico dele. Fundamentos da Construção Civil 57 RESUMINDO E, então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que as pinturas utilizadas nas edificações precisam ser adequadas para cada tipo de superfície, ou seja, as características das tintas a serem aplicadas nos ambientes precisam ser adequadas para a execução do serviço. E, ainda, a metodologia usada para a realização da tarefa deve seguir as instruções dos produtos empregados no que diz respeito às ferramentas que serão utilizadas, bem como às proporcionalidades das misturas dos materiais. Dessa maneira, a assertividade e o bom acabamento do serviço de pintura valorizam a edificação. Estudamos algumas disponibilidades do mercado para as coberturas dos empreendimentos, entre eles elas as tradicionais e algumas inovações no setor da construção civil sustentável. Fundamentos da Construção Civil 58 REFERÊNCIAS ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 1367 – Áreas de vivência em canteiros de obras. Rio de Janeiro: ABNT, 1991. ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10837 –Cálculo de alvenaria estrutural de bloco vazado. 1989. Disponível em: https://azdoc.tips/documents/nbr-10837-calculo-de-alvenaria- estrutural-de-blocos-vazad-5c134ef19031f. Acesso em: 20 out. 2020. ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13529 – Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Terminologia. 2013. Disponível em: https://www.abntcatalogo.com.br/ norma.aspx?ID=259837. Acesso em: 26 out. 2020. ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8039– Projetos e execução de telhados com telhas cerâmicas tipo francesa. 1983. Disponível em: https://document.onl/documents/nbr- 8039-nb-792-projeto-e-execucao-de-telhados-com-telhas-ceramicas- tipo.html. Acesso em: 2 nov. 2020. ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8798 – Alvenaria estrutural. 1985. Disponível em: https://www.academia. edu/31370397/NBR_8798_ALVENARIA_ESTRUTURAL. Acesso em: 20 out. 2020. ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9062 – Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado. 2001. Disponível em: http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/ admin/arquivosUpload/14026/material/NBR9062_2017.pdf. Acesso em: 20 out. 2020. ALMEIDA, A. A. P. Arquitetura Residencial Multifamiliar baseada em conceitos sustentáveis: Ensaio Projetual à luz dos quesitos da metodologia LEED. 2010. 249 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil). Universidade Federal do Espírito Santo. Vitória, 2010. Fundamentos da Construção Civil 59 ALMEIDA, I. S. et al. Reciclagem de garrafas PET para fabricação de telhas. Cadernos de Graduação – Ciências Exatas e Tecnológicas, Sergipe. v. 1. N. 17. p. 83-90. Alagoas, 2013. ALNUAIMI, A. S. et al. Causas, efeitos, benefícios e soluções de pedidos de mudança em projetos de construção pública em Omã. Revista de Engenharia de Construção e Gestão. 2010, v. 136, n. 5. pp. 615-622. Disponível em: https://ascelibrary.org/ doi/10.1061/%28ASCE%29CO.1943-7862.0000154. Acesso em: 16 out. 2020. AZEREDO, H. A. O edifício e seu acabamento. São Paulo: Blucher, 1987. CARDOSO, A. P. Procedimento de controle da qualidade de trabalho de pinturas na construção de edifícios. 2009. Disponível em: https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/59664/1/000129932. pdf. Acesso em: 02 nov. 2020. CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. 7. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Campus/Elsevier, 2003. Disponível em: http:// techne17.pini.com.br/engenharia-civil/187/artigo286955-2.aspx. Acesso em: 18 out. 2020. CINCOTTO, M. A. et al. Argamassas de revestimento: características, propriedades e métodos de ensaio. São Paulo: Instituto de Pesquisas Tecnológicas, 1995. Boletim Técnico n. 68. CINCOTTO, M. A.; CARNEIRO, A. M. P. Estudo da influência da distribuição granulométrica nas propriedades de argamassas dosadas por curva granulométrica. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE TECNOLOGIA DAS ARGAMASSAS, III., 1999, Vitória. Anais [...]. Vitória: ANTAC, 1999. p. 3-26. CORRÊA, L. R. Sustentabilidade na Construção Civil. 2009. 70 f. Monografia (Especialização em Construção Civil). Escola de Engenharia – Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2009. CUNHA, F. N. M. Dimensionamento de tabuleiros de pontes com vigas de betão pré-fabricados. 2010. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil – Especialização em Construções) – Universidade do Fundamentos da Construção Civil 60 Porto, Porto, Portugal, 2010. Disponível em: https://repositorio-aberto. up.pt/bitstream/10216/61676/1/000149212.pdf. Acesso em: 15 out. 2020 FEDRIZZI, B.; KUHN, E. A. Percepção dos moradores quanto ao desempenho dos materiais das habitações. XI ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA NO AMBIENTE CONSTRUÍDO. Anais [...]. Florianópolis, 2006. FERREIRA, E. A. M.; FRANCO, L. S. Metodologia para elaboração doprojeto do Canteiro de obras de edifícios. 1998. Disponível em: https:// www.researchgate.net/publication/280306955_Metodologia_para_ Elaboracao_do_Projeto_do_Canteiro_de_Obras_de_Edificios. Acesso em: 11 out. 2020. GERVÁSIO, H. M. A Sustentabilidade do Aço e das Estruturas Metálicas. 2008. Disponível em: http://www.abcem.org.br/ construmetal/2008/downloads/ PDFs/27_Helena_Gervasio.pdf. Acesso em: 13 out. 2020. GIVONI, B. Man, Climate and Architecture. 2. ed. London: Applied Science, 1981. GOMES, B. F. et al. Estudo da utilização de estruturas metálicas na construção civil. Disponível em: http://revista.ugb.edu.br/ojs302/ index.php/episteme/article/view/883 Acesso em: 11 out. 2020. GONZALEZ, M. S. Uso de alvenaria de vedação em estrutura metálica. Disponível em: http://www.poli-integra.poli.usp.br/library/ pdfs/364e5c4d7c7cbc251004622b64f861e5.pdf. Acesso em: 20 out. 2020. HOSSEINI, M.; AKBARI, H. Effect of cool roofs on commercial buildings energy use in cold climates. Energy and Buildings. 2015. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1016/j.enbuild.2015.05.050. Acesso em: 2 nov. 2020. KATO, R. B.; LIMA, G. A. Estudo comparativo do desempenho térmico de coberturas convencionais e sustentáveis no Belém- PA. Disponível em: https://revistas2.uepg.br//index.php/ret/article/ view/14496. Acesso em: 02 nov. 2020. Fundamentos da Construção Civil 61 KNIES, C. G. et al. Brasil Arquitetura: casas não urbanas. In: III ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO. Anais [...]. São Paulo, 2014. LOPES, J. A. E. Produtividade da mão-de-obra em projetos de estruturas metálicas. São Paulo: Escola Politécnica da USP, 2001. MACHADO, M. et al. Comportamiento térmico em modelos com cubiertas ecológicas. Tecnologia y Construccion. v. 19, n.3, p. 49-58. Caracas, 2003. MASCARÓ, J. L. et al. Incidência das variáveis projetivas e de construção no consumo energético dos edifícios. Porto Alegre: Sagra- DC Luzzatto, 1992. 134 p. MEDEIROS, J. S.; SABBATINI, F. H. Estudos sobre a técnica executiva de revestimentos de argamassa sobre paredes de alvenaria. In: INTERNATIONAL SEMINAR ON STRUCTURAL MASONRY FOR DEVELOPING COUTRIES. 1994, Florianópolis. Anais [...]. Florianópolis: ANTAC, 1994. p. 594-607. MIRANDA, L. F. R. Estudo de fatores que influem na fissuração de revestimento de argamassa com entulho reciclado. 2000. 172 f. Dissertação (Mestrado) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2000. MMA. Ministério do Meio Ambiente. Construções Sustentáveis. 2017. Disponível em: http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/ urbanismo-sustentavel/item/8059. Acesso em: 2 nov. 2020. MOLITERNO, A. Caderno de projetos de telhados em estrutura de madeira. São Paulo: Blucher, 1981. 419 p. MORAIS, F. L.; SELMO, S. M. S. Estudo comparativo de fatores intervenientes na fissuração de revestimentos de argamassa de cimento e cal. Relatório final (Iniciação Científica) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 1999. 89 p. NARCISO, G. S. Argamassa de revestimento de cimento, cal e areia britada de rocha calcária. 2006. 165 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade federal do Paraná, Curitiba, 2006. Fundamentos da Construção Civil 62 NARDIN, F. Â. A importância da Estrutura Metálica na Construção Civil. Itatiba: Universidade São Francisco (USF), 2008. PAIXÃO, L. Projetos de prefeitura: o manual do profissional autônomo da construção civil. São Paulo: ProBooks, 2013. PERALTA, G. Desempenho térmico de telhas: Análise de monitoramento e normalização específica. 131 f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo). Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo. São Carlos, 2006. PEREIRA, C. Canteiro de obras: tipos, elementos e exigências da NR-18. Escola Engenharia. 2018. Disponível em: https://www. escolaengenharia.com.br/canteiro-de-obras/. Acesso em: 16 out. 2020. PEREZ, A. C. Aço, o material mais reciclado do mundo. 2009. Disponível em: http://www.setorreciclagem.com.br/reciclagem-de- metal/acoo-mate rial-mais-reciclado-do-mundo/. Acesso em 20 de out. 2020. ROLIM, F. C.; ALLEM, P. M. Projeto de Impermeabilização em piscinas e terraços. 2016. 20 f. Artigo (Graduação em Engenharia Civil) Universidade do Extremo Sul Catarinense. Blumenau, 2016. SABBATINI, F. H. O processo construtivo de edifícios de alvenaria estrutural sílico-calcária. 1984. 298 f. Dissertação (Mestrado) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. São Paulo, 1984. SABBATINI, F. H. Tecnologia de execução de revestimento de argamassas. In: SIMPÓSIO DE APLICAÇÃO DA TECNOLOGIA DO CONCRETO, 13., 1992, São Paulo. Anais [...]. São Paulo: Concrelix, 1992. SANTOS, G. P. et al. Procedimentos preliminares para a construção de uma residência unifamiliar no município de Mineiros – GO. 2019. Disponível em: http://publicacoes.unifimes.edu.br/index.php/coloquio/ article/view/831/817. Acesso em: 11 out. 2020. SELMO, S. M. S. Dosagem de argamassa de cimento portland e cal para revestimento externo de fachadas dos edifícios. 1989. 227 f. Dissertação (Mestrado) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 1989. Fundamentos da Construção Civil 63 SILVA JR, J. A. et al. Variabilidade espacial do conforto térmico e a segregação social do espaço urbano na cidade de Belém, PA. Revista Brasileira de Meteorologia. v. 28. n. 4. pp. 419-428. 2013. SIQUEIRA, F. F. S.; DIAS, E. M. Racionalização da construção: produção de fachadas e impermeabilização. Distrito Federal: CREA/DF, 1999. SIRTOLI, A. S. C. Industrialização da construção civil, sistemas pré- fabricados de concreto e suas aplicações. 2015. Disponível em: http:// coral.ufsm.br/engcivil/images/PDF/1_2015/TCC_ALEX%20SANDRO%20 COUTO%20SIRTOLI.pdf. Acesso em: 18 de out. 2020. SOUZA, Â. A. Tecnologia dos processos construtivos residenciais. 2015. Disponível em: https://docente.ifrn.edu.br/valtencirgomes/ disciplinas/construcao-de-edificios/servicos-preliminares. Acesso em: 18 out. 2020. SOUZA, R.; TAMAKI, M. R. Gestão de materiais de construção. São Paulo: O Nome da Rosa, 2004. THOMAZ, E. Tecnologia, gerenciamento e qualidade na construção. São Paulo: Pini, 2001. THOMAZ, E. Trincas em edifícios: causas, prevenção e recuperação. São Paulo: Pini, 1989. TOMÁS, Q, J. J. Concepção e projecto de um edifício de habitação com estrutura em betão pré-fabricado. 2010. Disponível em https:// run.unl.pt/bitstream/10362/3367/1/Tomas_2010.pdf. Acesso em: 14 out. 2020. VASCONCELOS, A. C. O Concreto no Brasil: pré-fabricação, monumentos, fundações. São Paulo: Studio Nobel, 2002. Volume III. VITTORINO, F. et al. Desempenho térmico de isolantes refletivos e barreiras radiantes aplicados em coberturas. In: ENCAC 2003 - VII Encontro Nacional sobre Conforto e Ambiente Construído. COTEDI 2003 – III Conferência Latino-Americana sobre Conforto e Desempenho Energético de Edificações. Anais [...]. Curitiba, 2003. 8 p. Fundamentos da Construção Civil Etapas preliminares na obra civil O terreno é o início de tudo A elaboração dos projetos Alvará da construção Instalação do canteiro de obras Situação orçamentária Cronograma Alvenaria e instalações em uma obra civil Definições sobre alvenaria Estrutura e dimensão das alvenarias Estruturas pré-moldadas: benefícios e malefícios do seu uso nas edificações A utilização das estruturas metálicas na área da construção civil As desvantagens da utilização das estruturas metálicas Estrutura metálica versus concreto armado Ocorrências de patologias em estruturas metálicas Revestimentos, esquadrias e ferragens As camadas de argamassas utilizadas em revestimentos Funções do revestimento de argamassa Patologias das edificações ocorridas no revestimento de argamassa Esquadrias Vão e localidade Segurança Janelas Ferragens Louças, metais, pintura e cobertura Pintura Pintura à base de cal Pintura à base decimento Emulsões poliméricas (Latex) Pintura simples com tinta à base de óleo Tinta à base de óleo no madeiramento Pintura sobre superfícies de estruturas metálicas Pinturas de marcação Coberturas