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ANEXO II 
 
GRAU DE MATURIDADE DA ESCOLA NO PEI 
 
Esta nota técnica tem como objetivo fornecer uma explicação sobre o grau de maturidade do 
Programa Ensino Integral (PEI), bem como detalhar a categorização das escolas participantes do 
programa com base na sua experiência temporal no mesmo. Além disso, serão apresentados 
estudos que indicam a relação positiva entre a duração do programa e o desempenho das escolas 
em avaliações padronizadas, como o IDEB ou IDESP. 
 
O Programa Ensino Integral é uma iniciativa educacional que busca promover uma formação mais 
completa aos estudantes, através de uma jornada escolar ampliada. O modelo de Ensino Integral 
visa proporcionar aos alunos uma carga horária maior, atividades diversificadas e uma proposta 
pedagógica mais abrangente, que engloba não apenas as disciplinas curriculares, mas também 
áreas como cultura, esporte, arte, tecnologia e cidadania. 
 
Categorização das escolas participantes do programa: 
 
Para avaliar o grau de maturidade do Programa Ensino Integral, foram estabelecidas três 
categorias de escolas, levando em consideração o tempo de participação no programa: 
 
a) Escolas que não são Ensino Integral: Nesta categoria, estão as escolas que não adotaram o 
modelo de Ensino Integral e, portanto, não fazem parte do programa. 
 
b) Escolas que são Ensino Integral há menos de 3 anos: Essa categoria inclui as escolas que 
adotaram o Programa Ensino Integral há menos de três anos e estão em estágio inicial de 
implementação. 
 
c) Escolas que são Ensino Integral há mais de 3 anos: Essa categoria engloba as escolas que 
adotaram o Programa Ensino Integral há mais de três anos e, portanto, possuem uma experiência 
mais consolidada no programa. 
 
A escolha do período de participação no programa como proxy de maturidade das escolas no 
Programa Ensino Integral se dá pelo entendimento de que, com o passar do tempo, as escolas têm 
a oportunidade de aprimorar a implementação do programa, ajustar as práticas pedagógicas e 
obter melhores resultados. É importante ressaltar que a maturidade não é medida apenas pelo 
tempo de participação, mas também pela efetiva incorporação dos princípios e diretrizes do 
Ensino Integral na rotina escolar. 
 
Relação entre a duração do programa e o desempenho das escolas: Estudos realizados apontam 
que existe uma relação positiva entre a duração do Programa Ensino Integral e o desempenho das 
escolas em avaliações padronizadas, como o IDESP (Índice de Desenvolvimento da Educação do 
Estado de São Paulo) ou o IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Escolas que 
participam do programa por um período mais longo têm demonstrado melhorias significativas em 
indicadores de aprendizagem. 
 
COMPLEXIDADE DE GESTÃO 
 
Assume-se que a complexidade da gestão escolar se concretiza em quatro características: (1) porte 
da escola; (2) número de turnos de funcionamento; (3) complexidade das etapas ofertadas pela 
escola e (4) número de etapas/modalidades oferecidas. As variáveis criadas para representar essas 
características são do tipo ordinal, nas quais as categorias mais elevadas indicariam maior 
complexidade de gestão. As quatro variáveis são descritas a seguir: 
 
1. Variável PORTE_ESCOLA: O porte da escola foi mensurado pelo número de matrículas de 
escolarização, em seis categorias (até 50 matrículas, de 51 a 150 matrículas, de 151 a 300 
matrículas, de 301 a 500 matrículas, de 501 a 1000 matrículas e mais de 1000 matrículas. Assume-
se que escolas que atendem mais alunos são mais complexas. 
 
2. Variável NÚMERO_ETAPA: Para o cálculo do número de etapas/modalidades ofertadas pela 
escola foram consideradas as seguintes classificações: educação infantil regular; anos iniciais 
regular; anos finais regular; ensino médio regular; educação profissional regular (incluindo ensino 
médio integrado); EJA (qualquer etapa); educação especial (qualquer etapa). A variável final varia 
de 1 a 7, correspondendo ao número de etapas/modalidades oferecidas pela escola. Assume-se 
que escolas que oferecem mais etapas são mais complexas. 
 
3. Variável ETAPA_COMPLEXIDADE: A variável indica qual das etapas ofertadas pela escola 
atenderiam, teoricamente, alunos com idade mais elevada. Parte-se do pressuposto de que 
quanto mais avançada a idade dos alunos e as etapas oferecidas, gerencia-se um número maior 
de docentes, mais arranjos para a organização das grades curriculares são necessários e mais 
desafios se enfrenta para a manutenção do aluno na escola (questões como distorção idade-etapa, 
conciliação entre trabalho e estudo, questões motivacionais etc). Para isso as escolas foram 
classificadas nas seguintes categorias: escolas com oferta de matrículas até a educação infantil ou 
anos iniciais do ensino fundamental; até os anos finais do ensino fundamental; até o ensino médio 
ou a educação profissional; com oferta de EJA (independente da etapa). 
 
4. Variável NÚMERO_TURNO: Para avaliar o número de turnos de funcionamento das escolas as 
turmas de cada uma delas foram classificadas de acordo com o seu horário de início em: matutino 
(5:00h às 10:59h), vespertino (11:00h às 16:59h) ou noturno (17:00h às 4:59h) e, por fim, a escola 
foi classificada de acordo com o número de turnos em que suas turmas funcionam. Assume-se que 
escolas que funcionam em mais turnos são mais complexas. 
 
Embora outras variáveis e formatos tenham sido testados para a composição do indicador, as 
definições apresentadas acima são aquelas que permaneceram no indicador aqui descrito. 
 
 
TAXA DE ALUNOS NÃO BRANCOS (NB) 
 
Esta nota técnica tem como objetivo explicar a utilização do percentual de alunos não brancos 
(NB) como variável para categorizar as escolas em seis categorias distintas. As escolas foram 
agrupadas, ciclo a ciclo em clusters com o mesmo número de alunos em cada cluster de forma a 
agrupar escolas com características similares nesta dimensão (cf. tabela abaixo): 
 
Percentual de alunos que se autodeclaram amarelos, indígenas, pardos ou pretos 
Categoria Anos Iniciais Anos Finais Ensino Médio 
1 41,8% 31,3% 31,9% 
2 50,4% 39,6% 39,6% 
3 58,0% 47,6% 47,6% 
4 63,1% 55,1% 54,1% 
5 69,0% 63,2% 61,6% 
6 >69% >63,2% >61,6% 
 
Com o intuito de tornar mais isonômica a definição de metas para as escolas, foi adotada a 
utilização do percentual de alunos não brancos (NB) como uma das variáveis de categorização. 
Esse critério busca considerar as particularidades das escolas e levar em conta fatores 
socioeconômicos e culturais que podem influenciar o desempenho dos estudantes. 
 
Estudos realizados têm apontado consistentemente que existe uma relação entre o percentual de 
alunos não brancos (NB) nas escolas e os desafios enfrentados em relação ao desempenho nas 
avaliações padronizadas. Geralmente, quanto maior o percentual de alunos não brancos (NB), 
maior é o desafio enfrentado pelas escolas em alcançar resultados satisfatórios nessas avaliações. 
 
Essa relação pode ser explicada por diversos fatores, como desigualdades socioeconômicas, acesso 
a recursos educacionais, discriminação racial e cultural, entre outros. É importante ressaltar que 
esse fato não está relacionado à capacidade dos alunos, mas sim às condições estruturais e sociais 
que podem impactar seu desempenho acadêmico. 
 
Ao considerar o percentual de alunos não brancos (NB) nas escolas para a categorização e 
definição de metas, busca-se promover a igualdade de oportunidades e a justiça educacional. Essa 
abordagem reconhece a necessidade de estratégias diferenciadas para atender às demandas 
específicas de cada contexto, a fim de superar os desafios e garantir uma educação de qualidade 
a todos os estudantes. 
 
Para enfrentar os desafios identificados e promover a equidade na educação, é essencial que 
sejam implementadas políticas e ações que visem reduzir as desigualdades socioeconômicas, 
combater a discriminação racial e cultural, promover a inclusão e ampliar o acesso a recursos 
educacionais de qualidade. Isso incluio fornecimento de suporte pedagógico adequado, formação 
contínua para os profissionais da educação, melhoria da infraestrutura escolar e desenvolvimento 
de programas e projetos voltados para a valorização da diversidade e o respeito às diferenças. 
 
Dessa forma, ao considerar o percentual de alunos não brancos (NB) como uma variável para a 
categorização das escolas, estamos buscando garantir uma abordagem mais justa e igualitária na 
definição de metas e na avaliação do desempenho educacional. Essa medida contribui para uma 
educação mais inclusiva e efetiva, promovendo a equidade e valorizando a diversidade nas escolas.

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