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UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ SÉRGIO DA COSTA KEYLA MAYLAINE GONÇALVES VIEIRA PEREIRA OBESIDADE INFANTIL Cabo Frio - RJ 2023 SÉRGIO DA COSTA KEYLA MAYLAINE GONÇALVES VIEIRA PEREIRA OBESIDADE INFANTIL Projeto Tcc , apresentado a Universidade Estacio de Sá, como parte das exigências para a obtenção do título de Bacharel em Nutrição. Orientador: Profª Paola Maia. Cabo Frio - RJ 2023 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO–TEMAEPROBLEMATIZAÇÃO 3 2. OBJETIVOS 5 3. JUSTIFICATIVA 6 4 HIPÓTESE 7 5 REFERENCIAL TEÓRICO 8 5.1 LIBERDADE DE EXPRESSÃO 8 5.2 PROJETO DE LEI - PL 2630/2020 10 5.3 COMO AS PLATAFORMAS PODEM LIDAR COM A FAKE NEWS 11 6 METODOLOGIADAPESQUISA 13 7 CRONOGRAMA 15 8 REFERÊNCIAS 16 1. INTRODUÇÃO–TEMAEPROBLEMATIZAÇÃO O presente trabalho visa discutir o tema obesidade infantil, tendo em vista que este problema vem aumentando de forma significativa nos últimos anos. Esta temática tem se tornado um dos assuntos mais desafiadores da saúde pública, sendo frequentemente associada a diversas outras doenças que podem levar a uma morte prematura ou perda da qualidade de vida. A obesidade infantil pode ter como responsável diversos fatores tanto culturais, quanto mudanças sociais que levaram as crianças a terem uma alimentação rápida e inadequada, tendo grande impacto sobre o funcionamento das mesmas. No Brasil, é possível verificar que nos últimos anos a taxa de desnutrição infantil reduziu, enquanto a taxa de obesidade infantil só aumentou(ALVARENGA,2020). As mudanças de estilo de vida, hábitos alimentares e o aumento do consumo de alimentos ricos em açúcares e gorduras estão entre os principais aspectos que levaram ao aumento da taxa de obesidade infantil no país. Diante deste contexto, este trabalho levanta o seguinte problema: crianças brasileiras, em idade escolar, diagnosticadas com obesidade, conseguem se readaptar a hábitos de alimentação saudável? Com base neste questionamento, este estudo pretende investigar como as crianças brasileiras em idade escolar podem desenvolver a obesidade, identificando fatores que influenciam o aumento de casos de obesidade infantil, além da análise de como se dá a readaptação de hábitos de alimentação saudável em crianças obesas. A importância deste estudo está na revelação de diversos fatores que nos fazem pensar sobre como está hoje a saúde de nossas crianças e como a mesma estará no futuro, apresentando doenças preocupantes que a tornará dependente de recursos hospitalares e farmacológicos. Portanto, é de grande relevância dar atenção a este problema, para que se possa criar estratégias que melhorem a qualidade de vida destas crianças, evitando assim transtornos futuros para essa população alvo(BACHMEYER,2009). A importância deste estudo está na revelação de diversos fatores que nos fazem pensar sobre como está hoje a saúde de nossas crianças e como as mesmas estarão no futuro, apresentando doenças preocupantes que as tornarão dependentes de recursos hospitalares e farmacológicos. Portanto, é de grande relevância dar atenção a este problema, para que se possa criar estratégias que melhorem a qualidade de vida destas crianças, evitando assim transtornos futuros para essa população alvo. Crianças brasileiras em idade escolar, diagnosticadas com obesidade, conseguem se readaptar a hábitos de alimentação saudável? 2. OBJETIVOS 2.1 GERAL Tem como objetivo geral investigar se crianças em idade escolar diagnosticadas com obesidade conseguem se readaptar à hábitos saudáveis de alimentação. 2.2 ESPECÍFICOS · a) Identificar fatores que influenciam na obesidade infantil; · b) Descrever a educação alimentar e nutricional no combate à obesidade infantil · c) Analisar como se dá o processo de readaptação alimentar. 3. JUSTIFICATIVA A educação nutricional é uma missão de todos, sendo um processo longo de ensino e aprendizagem, que deve levar em consideração também todos os aspectos de nossa cultura. Este estudo também trará maior conhecimento sobre as dificuldades que poderão emergir das mudanças de hábitos alimentares em crianças e sua adaptação, tendo em vista a complexidade que está presente no comportamento alimentar de nossa população. Mesmo que nos últimos anos a educação nutricional tenha ganhado um importante espaço em políticas públicas, é nítida ainda as dificuldades em desenvolver intervenções em decorrência de pouco conhecimento do assunto, principalmente em relação à obesidade infantil. 4 HIPÓTESE A obesidade infantil é reconhecida como um problema de grande gravidade em nosso país, tendo em vista que seu crescimento nos últimos anos é assombroso, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). A pesquisa do tema possibilitará uma maior conscientização a respeito das elevadas taxas de sobrepeso e obesidade na infância, além das consequências à saúde, como pressão arterial, colesterol, triglicerídeos e problemas psicossociais. Ao longo do tempo, nossa sociedade adquiriu hábitos de consumo alimentar que nem sempre são saudáveis e acabam refletindo na educação alimentar infantil, por isso a importância de discutirmos formas de alterar estes hábitos não saudáveis com a ajuda de políticas públicas para uma educação em nutrição. Esta pesquisa poderá auxiliar em intervenções no campo da alimentação infantil, motivadas pela preocupação com a saúde das crianças em nosso país através de ações de caráter educativo, ampliando os conhecimentos sobre a alimentação de nossa população. 5 REFERENCIAL TEÓRICO A pesquisas e artigos analisados, embora analisando grupos diferentes, maiores ou menores e em territórios diversificados, usando estratégias diferentes, apresentam resultados com variações nos percentuais, mas podem ser unificados em uma informação comum: tanto na Europa, como na América Latina, no Caribe ou no Brasil, em todas as suas regiões e tendência, nas últimas décadas é de aumento da obesidade na infância. Um jornal de ampla circulação nacional no Brasil traz noticia, em 2010, onde apresenta a seguinte informação: “Obesidade infantil aumentou 239% no Brasil nos últimos vinte anos segundo dados do IBGE e dos Vigilantes do Peso” (MOUBARAC,2014). Em dados gerais os estudos apontam que “O excesso de peso já é um problema que afeta 1/5 da população infantil e pode resultar em uma geração futura de obesos, pois crianças obesas se tornam adolescentes obesos e 80% destes chegam à vida adulta também com obesidade.” (GOLKE, 2016). A se referir a situação do Brasil, o site da ONUBR (Organização das Nações Unidas no Brasil) cita o relatório anual produzido pela Organización de las Naciones Unidas para la Alimentación y la Agricultura (FAO), pela Organización Panamericana de la Salud e pela Organización Mundial de la Salud (OMS) e confirma a tendência sempre crescente da obesidade em todas as idades. Esses dados apontam que os fatores que provocam o crescimento da obesidade não estão sendo alterados seja pela ausência de intervenção ou por intervenções suficientes e inadequadas. Outros estudos apresentam dados sobre esse crescimento em uma proporção bastante preocupante como PUDLA et al, em artigo publicado em 2015, onde indica que “Nas últimas quatro décadas, houve no Brasil aumento de pelo menos cinco vezes na prevalência de obesidade entre crianças e adolescentes na faixa de cinco a 19 anos, em ambos os sexos.” Embora já exista uma quantidade razoável de estudos e intervenções sobre a problemática, é necessário um direcionamento dos estudos para dar respostas a algumas lacunas de informação e conhecimento sobre a obesidade infantil. 5.1 FATORES QUE INFLUENCIAM O AUMENTO DE CASOS DE OBESIDADE INFANTIL NO BRASIL A maioria dos estudos sobre a obesidade infantil aponta para múltiplos fatores atuando para a sua ocorrência. Outro aspecto que podemos destacar desses estudos e pesquisas analisados é que geralmente focalizam seu levantamento de dados e análises para um, dois ou três dos fatores combinados, quando não são estudos focados apenas em um dos fatores. Isso nos leva a concluirque é imprescindível a realização de pesquisas e estudos que abranjam a maior quantidade possível de fatores, com diversas combinações e cruzamentos de dados afim de que haja mais precisão quanto a dimensão desse problema. Dentre os fatores endógenos, os aspectos genéticos são aqueles com possibilidades mínimas de alteração, sendo que nessa classe de fatores torna-se mais propicia a intervenção em fatores de natureza fisiológicas e aqueles de natureza metabólicas. Além dos fatores exógenos já relacionados acima, outras pesquisas apontam mais alguns, que apresentam relevância para o entendimento deste problema como: “O crescimento econômico, a urbanização e a mudança nos padrões de consumo são alguns aspectos que explicam o crescente aumento do sobrepeso. O relatório aponta que muitas famílias têm deixado de consumir pratos tradicionais e aumentado a ingestão de alimentos ultraprocessados e de baixa qualidade nutricional.” (FISBERG,2014). As pesquisas indicam também que o desenvolvimento econômico de alguns países não significa a disponibilidade suficiente de alimentos saudáveis e o acesso a eles por populações vulneráveis, com menos recursos financeiros. Que o desenvolvimento tecnológico proporciona mudanças no ambiente social, onde as maquinas substituem o esforço humano com maior gasto de energia, ciando um estilo mais sedentário. Apontam também ocorre uma ampliação da oferta de alimentos com alta densidade calórica e os baixos níveis de escolarização e de acesso à informações implicam em aumento de risco de que essas populações venham a sofrer com a obesidade. Em algumas pesquisas encontraremos estudos comparativos entre crianças que frequentam escolas públicas e escolas privadas. Sem significativas diferenças identificas entre os dois públicos, considerando que esses fatores já estão explicados por padrões socioeconômicos que facilitam ou dificultam o acesso a alimentos saudáveis. Fatores relacionados a condição de gênero também são apontados, mas não contam com a disponibilidade suficiente de estudos para definir se as taxas de obesidade nesses grupos estão mais relacionadas à condições endógenas ou exógenas. Quando se trata dos grupos étnico-raciais é constatada uma maior incidência de obesidade nas populações negras. No entanto, no atual estágio em se encontram os estudos, não dá para definir com precisão se os fatores endógenos são determinantes ou se o aumento dos índices está relacionado aos contextos sociais, econômicos e culturais em que vivem esses grupos(BANDINI,2010). Não foi possível encontrar estudos que apontem fatores climáticos implicando na mudança das taxas de obesidade. Estudos comparativos entre regiões de climas diferentes poderiam indicar se este pode ser um fator exógeno que afete os índices de obesidade. Também estudos comparativos entre crianças que vivem em ambiente urbano e rural e as taxas de obesidade de cada um desses ambientes poderão trazer novos elementos para o entendimento dessa problemática e de soluções para a mesma. 5.2 EDUCAÇÃO ALIMENTAR Das CRIANÇAS Nas últimas décadas, assistiu-se a um aumento gradual do número de pessoas com sobrepeso e obesidade de todas as faixas etárias na Europa e em todo o mundo e, consequentemente, um dos problemas de saúde pública mais urgentes com custos sociais significativos. Um dos problemas é o da obesidade, que não conhece fronteiras ou faz distinções entre classes sociais, no sentido de que se antes era erroneamente considerada uma doença das classes sociais abastadas, hoje está amplamente demonstrado que isso não é verdade. É possível afirmar que, de fato, há um percentual crescente de pessoas que sofrem de obesidade em classes sociais desfavorecidas e em países desfavorecidos com problemas de desnutrição (FISBERG,2012). A obesidade não é um problema apenas para os adultos, mas também para as crianças, e é influenciada por fatores culturais, ambientais, econômicos, psicológicos e genéticos, bem como, é claro, pela atividade física e pela dieta, embora este último seja menos importante e decisivo do que pensamos (GARCIA,2011). Portanto, é necessário definir a obesidade eliminando certas “crenças” e analisando as várias implicações sociais e de saúde. Em primeiro lugar, deve-se destacar que a obesidade é o aumento da massa corporal distribuída em determinadas partes do corpo, que está ligada ao aumento de doenças como diabetes mellitus tipo 2, doenças cardiovasculares e hipertensão e mortalidade. (NADON,2001). O OverseasDevelopmentInstitute também demonstrou que a obesidade, ao contrário do que se costuma pensar, não é uma doença de países ricos e, de fato, o número de pessoas com sobrepeso e obesas é maior nos países em desenvolvimento do que nos ricos (904 milhões pessoas em países em desenvolvimento e 557 milhões no resto do mundo) e as taxas de obesidade continuam a aumentar entre pessoas de baixo status socioeconômico e entre grupos de minorias étnicas . A OMS determinou que o número de crianças com sobrepeso ou obesas na África aumentou aproximadamente 50% desde 2000. Também foi determinado que cerca de metade das crianças com sobrepeso ou obesas com menos de 5 anos de idade viviam na Ásia em 2016 (ROCHA,2017). 6 METODOLOGIADAPESQUISA Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica ,permite explicar e discutir o tema partindo de referências publicadas em trabalhos acadêmicos como artigos, livros, dissertações, teses, dentre outros. Os artigos e periódicos disponíveis em base de dados são fontes amplamente utilizadas e que permitem aprofundar ainda mais o estudo (MARTINS; PINTO, 2012). Marconi e Lakatos (2017) afirmam que essa metodologia coloca os pesquisadores em contato direto com as publicações acerca do tema. O objetivo dessa metodologia não é replicar o que já foi escrito anteriormente e sim, apresentar outra visão crítica sobre o assunto, introduzindo uma nova abordagem e outro enfoque ao tema, enriquecendo a bibliografia sobre o tema. A revisão bibliográfica utilizada para a realização deste trabalho tem um caráter exploratório e qualitativo. Segundo Gil (2008) as pesquisas exploratórias tem como finalidade permitir a familiarização com um determinado assunto, permitindo que o pesquisador conheça mais sobre o tema após o término das pesquisas. As pesquisas bibliográficas são um exemplo claro disso, os pesquisadores precisam buscar conhecimento sobre o assunto para que tenham conhecimento específico para formular hipóteses e opinar sobre o tema no qual está estudando. Quanto à forma de abordagem qualitativa, A metodologia inicial para a composição da amostra foi conduzida a partir da leitura dos títulos e resumos e identificação dos estudos que atenderam aos objetivos estabelecidos para o estudo. Foram utilizados artigos científicos nacionais e internacionais indexados a base de dados da Scientific Electronic e Library Online (Scielo), LILACS e BDENF. Trabalho será dividido em três etapas: 1ª etapa: Através de pesquisas de dados serão realizadas coletas de artigos da literatura de saúde da língua espanhola e portuguesa, de 2012 a 2020; 2ª etapa: Os critérios de inclusão dos artigos serão aqueles que tinham no seu contexto as seguintes Palavras-chave: Currículo , EJA, Educação Critérios de exclusão artigos que não estivesse dentro das exigências dos critérios de inclusão; 3ª etapa: O presente trabalho tem que estar de acordo com as normas da ABNT. 7 CRONOGRAMA Atividades Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Pesquisa dotema X Pesquisabibliográfica X Coleta de Dados(seforocaso) X X Apresentaçãoe discussão dosdados X X Elaboração dotrabalho X X Entrega dotrabalho X 8 REFERÊNCIAS BANDINI, L. G., ANDERSON, S. E., CURTIN, C., CERMAK, S., EVANS, E. W., SCAMPINI, R., MASLIN, M., & MUST, A. (2010). Food selectivity in children with autism spectrum disorders and typically developing children. The Journal of Pediatrics,157,259-264. doi:10.1016/j.jpeds.2010.02.013 FISBERG, M. Guia descomplicado da alimentação infantil. São Paulo: Abril 2012. (Série: Saúde é Vital). FISBERG, Mauro; TOSATTI, Abykeyla Melisse; ABREU, Camila Leonel. A criança que não come-abordagem pediátrico-comportamental. Blucher Medical Proccedings, v. 1, n. 4, p. 176-189, nov. 2014 GOLKE, Cari; Obesidade infantil: uma revisão de literatura.2016. Disponível em: <https://docplayer.com.br/53972219-Obesidade-infantil-uma-revisao-de-literatura.html> MOUBARAC JC, PARRA DC, CANNON G, MONTEIRO CA. Food classification systems based on food processing: significance and implications for policies and actions: a systematic literature review and assessment. currobes rep. 2014;3(2):256-72. doi:10.1007/s13679-014-0092-0 NADON, LEE, Ronald D.; CARTER, Lawrence R. 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